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História do ensino aprendizagem em arte na educação escolar brasileira

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Academic year: 2021

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HISTÓRIA DO ENSINO APRENDIZAGEM EM ARTE NA EDUCAÇÃO ESCOLAR BRASILEIRA

Liliane Alves Bezerra | lilicaboca@yahoo.com.br INTRODUÇÃO

Dar importância a todas as produções artísticas da criança é o primeiro grande incentivo à expressão da potencialidade artística do indivíduo. Levar em consideração o contexto e o estado de espírito do estudante é muito importante, visto que a criatividade resulta desses dois cenários. A Arte é produto de uma cultura e de uma sociedade. O papel e função do ensino da Arte é formar um cidadão crítico, ciente de si, do seu mundo e do seu momento histórico (FERREIRA, 2001).

Nesse contexto, surge a importância da atuação do professor, que deve atuar como mediador do acesso ao conhecimento. Um método eficiente é o professor dialogar com os seus estudantes sobre suas inquietações, oferecendo apoio para que eles mesmos produzam conhecimentos. Os docentes também devem criar instrumentos diversificados na avaliação da aprendizagem artística, que possam analisar elementos como contextualização, fruição, análise da expressão e da caminhada individual, participação, estado de espírito, intervindo de maneira positiva e construtiva, promovendo à autocrítica.

Este artigo pretende refletir, de modo geral: i) descrever a história do ensino de Artes no Brasil; ii) apresentar concepções contemporâneas do ensino- aprendizagem em artes; iii) analisar as singularidades e importância da Arte na educação escolar.

Este estudo se faz importante principalmente para a área de Pedagogia, pois os futuros professores deverão saber propiciar um desenvolvimento pleno e uma formação humana de qualidade, estimulando e respeitando as aprendizagens e expressões artísticas de cada aluno. Conhecer a história do ensino de arte faz com que o ser humano possa conhecer também um pouco da sua história, dos processos criativos de cada uma das linguagens artísticas em determinadas épocas da história e elaborar inovadoras formas de realizar o ensino de artes.

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1. ENSINO DE ARTES NO BRASIL

As manifestações artísticas estão presentes na vida do ser humano desde a Pré-História, quando o homem já demonstrava a necessidade de se expressar por meios dos desenhos e pinturas rupestres, mas o ensino de Arte nas instituições escolares, no Brasil, é algo bem recente. Hoje, observa-se que a Arte vem sendo tratada, na maioria das escolas brasileiras, como suporte para as demais disciplinas que compõem o quadro curricular, fato que acaba negando o seu caráter como área específica do conhecimento humano (FERREIRA, 2001).

1.1 BREVE HISTÓRICO

A Arte é concebida de acordo com os principais períodos da humanidade, visto que é tratada de forma distinta em cada época, designando estilos próprios que correspondem a diferentes momentos históricos. Desde a Pré-História, o homem já produzia Arte, porém, convém assinalar que muitas civilizações foram desconsideradas em suas produções artísticas, que só foram reveladas posteriormente através de descobertas arqueológicas (LELIS, 2004).

Os indígenas brasileiros, no século XVI, já desenvolviam uma arte própria. A arte, para esse povo, é a mais pura expressão do seu modo de viver. Segundo Lelis (2004), em 1549, chegaram os jesuítas e, com eles, a primeira manifestação do ensino de Artes no Brasil, por meio de danças, teatros e músicas, mas conforme os padrões da Igreja Católica. Não existiam as escolas de Artes e o aprendizado artístico era vinculado às oficinas dos artesãos, às ruas e às instituições religiosas.

Conforme Lelis (2004), com a expulsão dos padres em missão jesuítica, no ano de 1759, pelo Marquês de Pombal, ocasionou-se uma desestruturação na Educação brasileira, até então voltada para a literatura, com desprezo às Ciências e à atividade manual, deixando-as marginalizadas no contexto sociocultural. Após um decênio, iniciou-se a reconstrução de uma nova organização escolar, cuja reforma metodológica contemplava as Ciências, as Artes manuais e a técnica.

Lelis (2004) afirma que, em 1816, D. João VI instituiu, à missão Artística Francesa, administrar a Academia Real de Arte e Ofícios e, por meio desta, divulgar a proposta

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neoclássica. A imposição do modo de produção acadêmico e elitista provocou um distanciamento entre a Arte e o povo. As Artes Plásticas ganharam um contorno neoclássico, sendo destinadas à elite brasileira.

De acordo com Lelis (2004), em 1922, com a Semana de Arte Moderna, surgiu um novo momento para o ensino de Arte no Brasil. A nova arte se opunha à influência dos valores culturais e artísticos trazidos por imigrantes europeus. Mantinha a proposta da construção de uma arte nacional, singular e típica. Foi um alerta para a população, em geral, e para os professores, em específico, respeitarem e preservarem a expressão criadora, a sensibilidade e a autenticidade do fazer artístico nacional.

Em 1948, surgiu, no Brasil, o Movimento das Escolinhas de Arte, no Rio de Janeiro, tendo, à frente, o educador Augusto Rodrigues. Esse movimento foi, talvez, o mais fecundo em termos de ensino da Arte realizado no Brasil. Sua finalidade era a de desenvolver a capacidade criadora da criança, visando ao seu desenvolvimento estético. Foram criados ateliês/oficinas para que as crianças e adolescentes pudessem desenvolver a autoexpressão. Trabalhavam requisitos como liberdade, espontaneidade e criatividade.

Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1961, há uma mudança social e um revigoramento cultural na Educação brasileira. Criou-se, nesse período, a Universidade de Brasília (UnB), que contava com um departamento de Arte-Educação, voltado especificamente à sistematização da Arte na escola, contemplando crianças e adolescentes. Para tanto, fez-se necessária à união de especialistas na construção de uma escola que permitisse estudos e pesquisas em Artes.

Na visão de Lelis (2004), a repressão atinge todos os campos (político, econômico, cultural, artístico) com o golpe militar de 1964. A ditadura fez o povo calar/aceitar as novas regras num clima de terror, atingindo massivamente a Educação no Brasil. A Arte então permanece sob dois ângulos dicotômicos: a supervalorização como atividade livre (ensino extracurricular) e voltada à experimentação nas escolas públicas, de acordo com a LDB de 1961. Seguindo-se a esta, aconteceu a reformulação do Ensino Superior –reforma universitária (lei 5.540/68) – e a proposta de reformulação do 1º e 2º graus (lei 5.692/71), impostas autoritariamente numa tendência puramente tecnicista.

Conforme Barbosa (2011), em 1971,o ensino de arte passa a ser obrigatório no componente curricular do Ensino Fundamental e Médio por meio da LDB nº 5.692/71, mas é

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considerada “atividade educativa” obrigatória, de caráter profissionalizante, mas não disciplina escolar. Naquele momento, não existiam cursos de graduação para formação de professores em Artes. Os únicos professores existentes eram aqueles formados pelas Escolinhas de Arte. Então, em 1973, o governo criou cursos de graduação em Educação Artística, com duração de dois anos, para formação de professores polivalentes em Artes.

Atualmente, a formação de professores de Arte, dos cursos universitários, prevê o profissional específico para cada linguagem artística. Entretanto, surge uma contradição com as políticas praticadas pelas instituições de ensino, pois, enquanto as universidades formam professores especializados em cada linguagem artística, os ensinos fundamental e médio demandam professores polivalentes que trabalhem simultaneamente com todas as artes.

Segundo Barbosa (2011), em 1987, fundou-se a Federação de Arte Educacional do Brasil (FAEB), com o objetivo de congregar essas organizações, ora atuantes, ora desmobilizadas. Congressos anuais vêm sendo realizados até hoje, com professores do Ensino Fundamental e Médio e poucos do Ensino Superior de cursos de licenciatura, com os objetivos de: manter o ensino de Arte na escola; rejeitar e denunciar a Educação Artística polivalente; divulgar, socializar e discutir as pesquisas sobre Arte na contemporaneidade e seu ensino; incentivar, ampliar e aprofundar as reflexões sobre a Arte e Filosofia, Arte e Cultura e Arte e Sociedade, dentre outros objetivos.

De acordo com Barbosa (2011), com a lei nº 9.394/96, revogam-se as disposições anteriores e a Arte é considerada obrigatória na Educação Básica como disciplina: “O ensino de arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos” (art. 26,§ 2º). A partir de 1996, com a lei, houve avanços em termos teóricos e metodológicos em se tratando do ensino de Arte. Cursos de pós-graduação crescem, no Brasil, com um número maior de pessoas refletindo sobre a Arte e seu ensino.

Hoje, grandes tendências, não excludentes, têm sido motivo de reflexões e geradoras de bons resultados. Aproxima-se deste enfoque a Abordagem Triangular sistematizada na década de 1990 pela professora Ana Mae Barbosa, pioneira e desencadeadora de trabalhos e pesquisas no Brasil. Nessa abordagem, o posicionamento teórico-metodológico da autora aponta três vértices norteadores para desenvolver a competência estética nas linguagens da Arte: i) a fruição (apreciação significativa da arte e do universo a ela relacionado); ii) a

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reflexão sobre a Arte como produto da história e multiplicidade de culturas humanas, com ênfase na formação do cidadão; iii) a produção em Arte (o fazer artístico). Sinteticamente, três etapas: ler obras de Arte, fazer Arte e contextualizar Arte. A Arte, hoje, é compreendida como patrimônio cultural da humanidade (BARBOSA, 2011).

A Arte, por muito tempo, foi marginalizada pela sociedade e pelo sistema de ensino, mas, aos poucos, foi conquistando espaço no currículo escolar e na vida das pessoas. Hoje, sabe-se que é de extrema importância a função atribuída ao ensino de Arte nas escolas, no que diz respeito à dimensão social das manifestações artísticas. Por ser uma forma rápida e eficaz de comunicação, que por meio dos sentidos, possibilita uma relação mais ampla e diferenciada da pessoa com o meio.

1.2 ENSINO DE ARTES NA ATUALIDADE

Na composição da grade curricular, sempre foi difícil pensar a inclusão da Arte. As instituições de ensino não conseguiram compreendê-la como uma área de conhecimento no processo de formação do indivíduo. A Arte não era concebida como uma disciplina que poderia mostrar abertura em relação à humanidade e ao trabalho criativo. A Arte facilita a aprendizagem até mesmo das outras disciplinas.

Essa institucionalização da Educação Artística obrigou os cursos universitários a pensarem na formação do professor desta nova disciplina, visto que as escolinhas de arte não configuravam um curso superior. Mas tal curso, oferecido pelas instituições superiores, formava rapidamente em dois anos o educador de arte, sendo este polivalente, o que representa um grande equívoco, pois anula as particularidades das linguagens artísticas e generalizam-se os conceitos, como se todas as artes fossem uma só.

Hoje, embora a legislação tenha mudado em relação aos professores de arte polivalentes, ainda nos estabelecimentos educacionais, o ensino de Arte é trabalhado de forma a abolir as particularidades de cada linguagem artística. É mais triste ainda constatar que, geralmente, o ensino de Arte ainda seja oferecido por professores despreparados. Isso nos mostra que a Arte não é entendida como forma importante de conhecimento. Os alunos são os que mais se prejudicam, pois são destituídos do direito de vivenciar adequada ou

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suficientemente uma prática artística de qualidade. Alguns professores de Arte, na ausência de qualificação adequada, também se sentem prejudicados e desejam, no mínimo, uma formação na área para oferecer um ensino de qualidade.

Os professores licenciados em uma das áreas da Arte, que são capacitados para oferecer um conhecimento artístico mais específico e adequado, se sentem invadidos, porque, segundo eles, o essencial seria uma equipe de professores licenciados, cada um em determinada área, oferecendo, aos alunos, nos diversos níveis da Educação Básica, a promoção ao desenvolvimento cultural, nos termos da lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

Outra problemática presente na instituição escolar, na atualidade, em relação ao ensino de Arte, é o espaço físico e a insuficiência de materiais reservados às atividades artísticas. Segundo Ferreira (2001), se a escola compreende que a Física, a Química e a Biologia precisam de laboratórios equipados para o bom desempenho de suas funções, não seria uma forma de desprezo considerar que o estudo de Arte pode ser realizado em qualquer lugar, com qualquer material, ao invés de criar recursos para realizá-lo com qualidade?

Por que a escola aceita tão facilmente a desculpa de que não existe material para o trabalho artístico? Seria, na verdade, um tipo de preconceito com a Arte por considerá-la menor ou supérflua, a primeira da lista em caso de contenção de despesas e a última em questão de investimento? Nessa perspectiva:

A escola exige um resultado satisfatório e brilhante da Arte sobre os alunos, solicitando, aos professores, um trabalho árduo e criativo a cada dia. Geralmente, a escola não contribui de modo significativo, como por exemplo, com a disponibilidade de materiais fundamentais para que o trabalho criativo aconteça. Requer um resultado satisfatório, mas não contribui, de fato, para que ele aconteça. A escola costuma se esquivar, eximindo-se desse compromisso.

O intervalo de tempo é outro inimigo da Arte na escola. O período oferecido ao ensino de Arte é escasso e ainda é dividido com outras disciplinas. Geralmente, é ofertada uma hora/aula para esse intento. São necessários períodos mais longos para que o aluno possa vivenciar as dinâmicas e apropriar-se desse conhecimento artístico.

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ensino de Arte na instituição escolar não tem por objetivo profissionalizar o ator, o cantor -mas não impede que isso aconteça. Deve proporcionar, ao aluno, a vivência dessa linguagem artística, para que ele possa conhecê-la e ter subsídios suficientes para integrá-la ao seu universo cultural.

Outro grave problema é o frequente desânimo ou mesmo horror que os alunos têm da Arte. Mas porque isso acontece? De acordo com Eisner (1979) apud Ferreira (2001), talvez uma das causas esteja relacionada ao fato de os professores de Arte estarem mais empenhados em justificar a importância das Artes na escola. Por causa disso, acabam privilegiando os produtos das atividades artísticas conforme festividades previstas no calendário escolar, como a peça do dia das mães, a dança da festa junina, dentre outras.

A realização desses eventos acaba por centralizar toda a atenção dos professores, que, cobrados pela direção da escola, acabam impingindo aos alunos exercícios árduos, repetições exaustivas, propostas desprovidas de sentido para eles. Portanto, uma atividade que poderia e deveria ser prazerosa se transforma em mais uma tarefa monótona e obrigatória a ser cumprida.

A alegria da aula de Artes acontece quando é dado, ao aluno, o direito de experimentar, tatear, sentir o prazer de apenas explorar os materiais; ou quando os estudantes realizam atividades capazes de despertar sentidos plenos para eles. Isso ocorre quando se identificam com a proposta de trabalho e se reconhecem como autores, como também constatam que podem criar algo novo por meio de sua ação.

Um grande empecilho para a realização do trabalho artístico pelo aluno é o medo ou apreensão que ele tem em expressar seus sentimentos. Sendo assim, a Arte fica distante na vida dele, uma vez que a arte é a própria expressão dos sentimentos. Muitos alunos têm dificuldades em expor suas emoções, e, além de se afastam da arte, se afastam de si mesmos. Mas quando a escola se empenha em transformar esta realidade limitada, os alunos “atrofiados em si” se revelam e ganham estímulo para ir ao encontro das Artes. E quando as suas expressões artísticas são valorizadas, ganham mais estímulos para continuar.

1.3 PARA QUE SERVE A ARTE NA ESCOLA

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que o ensino das Artes na Educação Básica não está voltado para a formação do ator, do músico, do artista plástico ou dançarino, eles não são capazes de explicar claramente o porquê de sua presença no currículo escolar.

Ainda que os professores –especialistas ou não –acreditem nas vantagens do ensino de Artes e apontem alguns desses benefícios, eles são conseguem apresentar justificativas para suas crenças e também não têm clareza sobre em que consiste o trabalho com Artes para que esses benefícios ocorram. “O que os alunos aprendem quando desenham, pintam, dançam ou dramatizam?” Geralmente se obtêm várias respostas evasivas ou simplistas, incapazes de apresentar argumentos convincentes para responder por que a Arte deve ser incluída no currículo escolar.

Como aponta Lanier (1984) apud Ferreira (2001), não só Artes, mas muitos outros componentes curriculares também contribuem para o desenvolvimento da criatividade e dos aspectos sócio afetivos. Defende que a Arte deve estar no currículo escolar principalmente pelos benefícios que apenas as Artes, e nenhuma outra área de estudo, podem oferecer.

Eisner (1979) apud Ferreira (2001) apresenta inúmeras razões que justificam a presença das Artes no currículo escolar. Embora sua análise se restrinja a experiências realizadas no campo das Artes Plásticas, as mudanças no ensino de Arte abrangem os demais campos, com dança, teatro e música. Em sua visão, ao realizarem atividades artísticas, as crianças desenvolvem autoestima e autonomia, sentimento de empatia, capacidade de simbolizar, analisar, avaliar e fazer julgamentos, como também um pensamento mais flexível. Desenvolvem, igualmente, o senso estético e as habilidades específicas da área artística; tornam-se capazes de expressar melhor ideias e sentimentos, passam a compreender as relações entre as partes e o todo e a entender que as Artes são uma forma diferente de conhecer e interpretar o mundo.

Para Ferreira (2001), o motivo mais importante para incluirmos as Artes no currículo da Educação Básica é que elas são parte do patrimônio cultural da humanidade e uma das principais funções da escola é preservar esse patrimônio e dá-lo a conhecer. As Artes são produções culturais que precisam ser conhecidas e compreendidas pelos alunos, visto que é na cultura que nos constituímos como sujeitos humanos.

Mason (1999) e Saccá (1999) apud Ferreira (2001) apresentam a ideia de que o objetivo artístico extrapola o campo específico das Artes. Para essas autoras, as Artes deveriam servir a interesses políticos e sociais, para discutir questões como diversidade cultural e formas de exclusão social e, desse modo, contribuir para a construção de sentimentos de tolerância, respeito e compaixão entre as pessoas.

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Para Eisner (1979) apud Ferreira (2001), o mais importante a ser lembrado no tocante às atividades artísticas é que elas proporcionam alegria aos alunos. Outra contribuição das atividades artísticas seria ajudar os alunos a desenvolver um pensamento mais flexível, menos cristalizado. O desenvolvimento de habilidades em Artes pode ser uma das maiores fontes de satisfação pessoal para os alunos, contribuindo para elevar a sua autoestima. Isso ocorre quando tomam consciência de que desenvolveram certas habilidades, quando descobrem que aprenderam a fazer coisas que não podiam fazer anteriormente.

Habilidades artísticas podem ser usadas para promover o desenvolvimento afetivo e a construção de valores humanos. Ford (1999) apud Ferreira (2001) defende a ideia de que relações de afeto podem ser construídas ou sedimentadas por ações como fazer algo que possa ser oferecido a alguém. Um desenho feito para ser ofertado à mãe, uma camisa pintada para o pai, uma cesta de páscoa para a amiga. Dedicar tempo e esforço à execução de um presente é uma forma de ajudar os alunos a construir valores, sentimentos que estreitam relações de afeto entre as pessoas.

CONCLUSÃO

São perceptíveis as contribuições da avaliação da aprendizagem em Arte para o processo de elaboração de conhecimentos pelos alunos. Cabe, à escola, como também às famílias e aos diversos setores da sociedade, saber estimular a Arte na vida das crianças, de forma que venha a enriquecer as experiências da infância. Valorizando a Arte, o professor estará estimulando o aluno a se interessar pelas produções que são realizadas por ele mesmo e por seus colegas. Na condição de mediador do conhecimento, o professor constitui um elemento essencial para a aprendizagem do educando, oferecendo os subsídios mais adequados de forma a somar no desenvolvimento e na formação do discente (LELIS, 2004; BARBOSA, 2011; FERREIRA, 2001).

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, A.M. (Org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2011.

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FERREIRA, S. (Org.). O ensino das artes: construindo caminhos. Campinas, SP: Papirus, 2001.

LELIS, S. C. C. Poéticas visuais em construção: o fazer artístico e a educação (do) sensível no contexto escolar. 2004. 191 f. Dissertação (Mestrado em Arte) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2004.

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