• Nenhum resultado encontrado

Memórias do cangaço: visões desse movimento no município de Uiraúna.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Memórias do cangaço: visões desse movimento no município de Uiraúna."

Copied!
37
0
0

Texto

(1)

F-^TE L T V R O NT\ 0 P O D E S A I R D A B I B L i v J r i S C A

U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D A PARAlBA C E N T R O D E F O R M A Q A O D E P R O F E S S O R E S C U R S O L I C E N C I A T U R A P L E N A E M H I S T C R I A

MEM(!)RIAS D O C A N G A 5 0 : Visoes desse

Movimento no Municipio de Uirauna

F R A N C I S C A F E R N A N D E S D A S I L Y E I R A N E T A

CAJAZEIRA3 1994

(2)
(3)

F R A N C I S C A F E R N A N D E S D A S I L Y E I R A N E T A

MEMfiRIAS DO CANGAQO: Visoes desse Movimento no Municipio de Uirauna

Monografia exigida pela discipli-na Pratica de Ensino rainistrada pela professora Maria de Fatima Holanda Leite Mai a, para conclu-sao do curso Licenciatura Plena em Historia, da Universidade F e -deral da Paraiba - Campus V- Ca-jazeiras, no periodo 93.2

C A J A Z E I R A S

(4)

A Deus: Obrigado Senhor, por ter me dado a vida, raciocinio e humildade, para chegar a esse momento de felicidade e exito, saben-do que a vida e uma escola terrena, ha nela uma licao, estusaben-do e con-servo a grandeza do teu amor, no real sentido do meu existir.

Aos meus pais, por terem acreditado em mim.

A minha orientadora Silvana, pela consideragao, respeito, incentivo e crenca no trabalho que dispus a fazer.

A minha irma Lindalva, que sempre esteve disponivel para colaborar nas pesquisas e organizacao das ideias.

A todos que de uma forma ou de outra contribuiram para a concretizagao desse trabalho.

(5)

S U K A R I O

INTRCDUgSo

1. COMTEXTO HISTCaiCO DO MOVIKENTC DC CANGACO

1•1 Definindo o Cangaco • 2. U I R A O N A N O R O T E I R O D E L A M P I S O C O N C L U S A O ANEXOS BIBLIGGRAFIA GLOSSARIO

(6)

Buscando da enfase aos pre-requesitos carecidos pela vali-dez desta rnonografia programamos os dados obtidoe na montagem do mesmo, de forma clara e harmoniosa, afim de atender a exigencia da disciplina de Pratica de Ensino, intriseca na conclusao do Curso de Licenciatura Plena em Historia do Campus V - UFPB.

A escolha do tema deveu-se a nossa euriosidade de resgatar o aspecto historico do municipio de Uirauna que, ate entao, se fazia ausente das reflexoes historicas. A partir dai nos ppeocupamos e nos interessamos em abordar de que forma e atraves de quais situagoes o Cangago esteve nesse municfpio, algum tipo de repercursao ou mesmo manifestagao. Nesse sentido, nao vamos estudar o Cangago de rnodo

ge-ral, mas especificamente alguns aspectos deste, que teve como cenario

o municipio de Uirauna"1". Objetivamos assim, que o mesmo preencha

al-gumas lacunas existentes nos resistros historicos e, ao mesmo tempo, possibilite sabermos de que forma ficou resistrado na memorias das

pessoas da epoca a passagem do MbandoM de Lampiao neste municipio.

Nosso trabalho se ocupara. das seguintes formulagoes; Num primeiro momento, apontaremos questoes de ordem mais geral,colocados sobre o movimento do Cangago, tendo em vista, a bibliografia consul-tada. Aqui, nossa preocupagao, sera de situar o movimento nas

condi-1 Uirauna, a^tingamente com o nome de Bel em, foi emamcipada e tornan-do-se municipio no ano de 1953*

(7)

goes historicas do Nordeste, nos fins do seculo XIX e inicio do se-culo XX. Num segundo momento, nossa preocupagao se destinara a in-vestigar de que forma e em fungao de que, o municipio de Uirauna foi incluido na rota de agao desse movimento. Aqui, trabalharemos os fa-tes na pespectiva historica e reflexiva apresentada pela historia o-ral. Neste estudo buscaremos entender e resgistrar visoes do Cangago encontrada na memoria das pessoas da epoca.

(8)

CONTfiXTO HISTfifilCO DO MOVIMENTO DO CANGAQO

Os sertoes nordestinos, desde a epoca colonial, foram cena-rios de movimentos e revoltas diversas, E dentro dessas manif estacoes sociais, buscamos compreender e analisar historicamente a partir de um estudo de raeros fragmentos do denominado movimento do Cangaco. Para tanto, lancaremos mao, para compreensao do fenoraeno, como um to-do de representacoes to-do mesmo encontradas na bibliografia

consulta-da}. As primeiras representacoes literarias do fenomeno do cangaco

tendem a expressar sobre o mesmo, significados que se definem como julgamentos contaminados de valores e interesses ideologicos diver-sos.

Na historia do Cangaco se faz necessario a contextualiza-eao vista ao entendimento das condicoes sociais do Nordeste no pe-ri o do de sua atuacao.

No contexto geral, o Cangaco e um movimento rural ocorrido nos fins do seculo XIX e primeiras decadas do seculo XX# Movimento, ocorrido justamente pelas dificuldades existentes na epoca, 0 Nor-deste estava passando por uma crise economica, politica e social. De-pois de ser explorado para atender as necessidades e interesses da metropole (Portugal) e abondonado. Nao interesssjido a outros investir numa regiao que nao houvesse uma troca economica. Em virtude disso, os proprietaries comeearam a investir violentamente contra seus

a-1 Bern como das representacoes provinientes de informagoes da memoria dos entrevistados.

(9)

7

gregados para seus proprios interesses e obtencao de lucros. Os coro-neis estavam acima de todos e em quaisquer julgamentos, o poder era a autoridade maior. 0 coronel, atraves da eleicao, obrigava os seus subordinados a votarem na pessoa indicada.

Mediante tal contexto socio-politico, o surgimento do Can-gago, e por vezes, a essa situagao condicionada como podemos obser-var nas afirmagoes de Rui Faco* "Para os proprietaries de terra era interessante manter no obscurantismo a populagao local. Ele quer bra-gos servis e nao cabegas que pensam. Ninguem necessita de saber ler e escrever para pegar numa enxada. Era mais que natural, era legiti-m e , que esses holegiti-mens selegiti-m terras, selegiti-m bens, selegiti-m direito e selegiti-m

garan-tias buscassem uma saida nos grupos de cangaceiros, sonhando a con-quista de uma vida melhor. E muitas vezes, lutando por ela a seu mo-do, de armas na mao" .

Assim tambem se coloca as explicagoes desse fenomeno:"Es-tes proprietaries fundamentavam sua denominagao no latifundio e na exploragao da mao-de-obra sob relagoes sociais de produgao cue iam desde o contrato mediante salarios ate a escravidao conforme suas

A 3

conveniencias e lucratividades."

Tambem parte da linguagem e da necessidade jornalistica

so-bre o Cangago assim se expressa: ,!Segundo algumas analise, como por

exemplo a publicagao do Jornal Leitura, o Cangago pode ser repensado a partir da sequinte compreensao:"Nao podemos pensar que o Cangago tinha como unico palco de agao a area conhecida como Poligono das Se-cas. & possivel sustentar que o cangaceiro tenha agao em todo Brasil, so que tudo dependendo do tipo de Cangago".

2 Rui Faco, Cangaceiros e Fanaticos, 1980

(10)

A partir dos estudos realizados sobre a situagao economi-ca podemos perceber que na epoeconomi-ca, a aplieconomi-caeconomi-cao da justiga e o res-peito as leis eram preearissirnas. Desta forma, familias poderosas, levadas pela ignorancia e desassistidas numa regiao seca e longin-gua da civilizagao, faziam justiga com as proprias maos. 0 desejo de seguranga e a falta de garantias foram os elementos basicos que levaram o homem nordestino a andar armados e a reagir pessoalmente, quando necessario, para resolver questoes, geralmente, ligada aos aspectos de honra, de terra e injustiga social entre elementos de familias tradicionais que se tornavam inimigas rancorosas.

Diante deste contexto, a comunidade e, apenas, o adensa-mento das populagoes em condigoes de igualdade tanto a grande, co-mo a pequena sao determinadas por um poder politico. Sao, contudo, os chefes politicos e os grandes senhores de terra que manejam o poder.

Nao houve, de inicio, por parte das autoridades, um corn-bate especifico a causa do Cangago. 0 sertanejo, escorragado era

socialraente desassistido e nao houve tentativa de recuperagao do "bandido". Assim, estabeleceu-se o ciclo do Cangago, que ofereceu a historia os mais serios ajustamentos sociais em uma regiao nor-destina subdesenvolvida e passou a constituir em todas as epocas um assunto inesgotavel.

1*1 Definindo o Cangago

Muitos autores consideram o cangago como uma forma pu-ra e simples de banditismo e criminalidade. papu-ra outros, o Canga-go e uma forma de banditismo social, isto e, uma forma de revolta contra a opressao da vida nordestina.

(11)

9

fato racial, o meio fisico dos sertoes em todo vasto territorio e ao que se chama estigma degenerative de tres ragas.

Nina Kodrigues e da mesma opiniao e afirma que a criminali-dade do mestico brasileiro esta ligado a varias condigoes antropolo-gicas da mesticagem no Brasil.

Ja Xavier de Oliveira, filho do Cariri, reconhece textual-mente que o homem honeste e trabalhador de outrora e bandido de

ago-ra, por causa de uma questao de terago-ra, 0 mesmo afirma que esses ho-mens tinham mais que ser revoltados sem terras, sem nenhuma ocupacao e viviam da mais brutal exploracao do trabalho. M a s , conclui pedindo ajuda do exercito para exterminar o Cangaco,

Para Gustavo Barroso, o Cangago seria extinto nos sertoes com estes remedios; comunicacao, transporte, instrugao e justiga.

A esse respeito Rui Faco comenta que o cangaceiro e o fana-tico eram pobres do campo que saiam de.uma patia generalizada para as lutas que comegavam a adquirir carater social, lutas, portanto,que deveriam decidir mais cedo ou mais tarde o seu proprio destino. Nao era, ainda, uma luta direta pela terra, m a s , era uma luta em fungao da terra, uma luta contra o dominio do latifundio semi-feudal. Os bandos de cangaceiros que saem dentre aqueles semi-servos vivem des-persos, lutam por objetivos isolados e nao raros. Enfrentando-se uns

aos outros, destroem-se rautuamente. Tornando-se presas de seus prp^ prios inimigos de classe, os grandes proprietaries rurais, donos de fazenda de gados ou lavras de minerios.

(12)

2. U I R A O N A N O J R O T E I R O D E L A M P I A O

A pespectiva do estudo de caso sobre a atuacao do Cangago no municipio de Uirauna se manifesta a partir da incursao pela h i s

-toria oral e, portanto, pelas representacoes desse movimento his-torico nas memorias dos informantes por nos consultados. Pouco di-ferente dos registros oficiais sobre o Cangago, ocorre concensualmente na memoria popular a ideia de que o Cangago tem as suas o r i -gans em questoes ligadas a natureza, as condigoes de vida,desassis-tencias do poder e protegao por parte dos envolvidos como sugere as colocagoes dos entrevistados.

Das variaveis apresentadas pelos relatos colhidos,

pode-mos elaborar um perfil para o HbandoM listando as varias abordagens

que mostra as visoes dos entrevistados sobre Lampiao. No que diz respeito a forma de trabalhat as entrevistas resolvemos nao repro-duzir as falas das pessoas na integra, visto que, as entrevistas em anexo constaram no trabalho. Ainda assim selecionamos aspectos mais visiveis das visoes e versoes sobre o tema mais presente no ima-ginario dos informantes.

a- Questao de Terra:

Segundo Joel Vieira da si l v a , Lampiao entrou no Cangago

mediante questoes de terras envolvendo a familia Nogueira e sua fa-milia. Depois do assassinato de seu pai foi em busca da justiga dos homens, nao encontrando apoiom torna-se um travestido da lei, passando a fazer justiga com as proprias maos.

(13)

u

b- Adrairacaoj

Os entrevistados apresentam o Cangaco com uma visao de ad-miracao. Para Joel Vieira da Silva, Lampiao era inteligente na for-macao de uma estrategia ofensiva que quase sempre obtinha sucesso nos seus ataques.

c- Recepgaoj

0 "bando" ao aproximar-se das cidades para atacar, era re-cepcionado com piquetes por parte dos habitantes. Como relata alguns informantes consultados:Joel Vieira da Silva conta que em sua pri-meira tentativa, Lampiao foi repelido por um piquete,entretanto, re-sultou na morte de um habitante (Antonio Correia) por uma bala per-dida dos proprios habitantes.

Segundo Josefa Augusta Fernandes, ao se aproximar de Belem (Uirauna) atacou a primeira casa que avistaram de propriedade de Joao Gabriel, tocando fogo nas plantacoes. Quando viram o fogo, os habitantes formaram piquetes nos becos da cidade, tendo por ponto central a igreja. Era da torre da igreja que se tinha uma melhor v i -sao da entrada da cidade e dos cangaceiros.

Sinforoza Claudint de Galiza, relata que estava no sftio Caicara e era o dia de vaquejada, quando o "bando" chegou, abriu as porteiras, soltou o gado, prendeu uma velhinha, amarrou o filho da velha no rabo do cavalo e foi em diregao a Uirauna. No caminho la tocando fogo no algodao das fazendas. Chegando em Belem (Uirauna ) foram repelidos por piquetes.

Francisca Fernandes da Silveira, informou que, quando Lam-piao chegou a uirauna, atacou a rua da Proa [ tocando fogo na casa de joao Gabriel). De la mesrno foram repelidos por um piquete que ha-via na igreja, sairam diversos feridos. De la, o "bando" retornou ao Juazeiro.

Nesses relatos, reporta-se a primeira tentativa de ataque no municipio de Uirauna de Lampiao e do seu "bando", eles vindo do

(14)

Juazeiro dirigindo-se a Kossoro chegaram a Uirauna, Ao se aproxima-rem da cidade, comegaram a fazer diversas crueldades e foram avieta-do s por um vaqueiro nas imediagoes de Sao Joao avieta-do Rio avieta-do peixe. Ao observar que o "bando" se dirigia ao pequeno distrito de Belem($irau-n a ) , ele veio comuBelem($irau-nicar o roteiro do "baBelem($irau-ndo", e, a par dessas iBelem($irau-nfor- infor-macoes, os habitantes do distrito formaram piquetes na torre da igre-ja,onde se encontravam Luis Rodrigues, Moises Lauriano, Joaquim Es-tevao e Ze Teotonio, e nos becos da cidade(distrito) raunidos de armas de fogo e municao para repelir o "bando", o mesmo sentiu-se coagido com a agao dos habitantes e retornam ao Juazeiro do Norte- CE. Entre-tanto, esta ofensiva resultou em morte, feridos e devastagao das fa-zendas e de uma casa que ficou totalmente estragada. Este foi o resultado da primeira tentativa de ataque de Lampiao ao distrito de B e -lem.

No dia 27 de maio de 1927, os cangaceiros retornaram ao distrito de Belem, todavia, eles contornaram o distrito, indo em

di-regao aos sitios pertencentes ao distrito, especificamente o Canada. Os entrevistados relatam que no Canada eles tomaram refens para

pe-direm restate, como a quantia era alta e as pessoas nao podiam pagar, soltaram-nos sem o resgate, bateram nos habitantes e mataram uma pes-soa, Antonio Virgilio. Sua "visita" ao Canada durou aproximadamente 3 horas, dali rumaram para o Rio Grande do Norte ( Mossoro) com um

re-fem ( Jose Fernandes Sobrinho ) para servir de guia. 0 rere-fem conse-guiu fugir do "bando", quando esse atacou uma volante no Rio Grande do Norte ( Marcelino Vieira ) .

d- Coragem;

0 relato por parte de alguns entrevistados nos mostra a co-ragem de alguns habitantes do distrito provindo dos desrespeitos que o "bando" de Lampiao tinha junto a eles.

Mesmo com medo, os habitantes apresentaram muita forga pa-ra defender o distrito, as pesnoas e seus bens materiais.

(15)

13

Como relata Sinforoza Claudino de Galiza, o filho se

apre-senta para defender sua mae que, maltratada pelos cangaceiros, faz com que ele, tomasse o lugar da mae e fosse amarrado no rabo de um cavalo.

Segundo Josefa Augusta Fernandes, seu irmao Manoel. enfren-tou o "bando", negando armas e dinheiro, e, tambem, nao aceienfren-tou ser expulso de sua casa, mesmo sob ameaca de armas. Mao a.eeitando sua re-cusa, um cangaceiro para mostrar sua valentia, atirou nele e o matou.

e- Medo:

0 medo e observado em dois prismas; de um lado, o medo do "bando" em enfrentar os piquetes e do outro, o dos habitantes em se contrapdr ao "bando".

Assim, esta variavel tern uma dimensao vasta que se apresen-ta de moao a demonstrar a verdadeira realidade de confronto entre pi-quete e "bando". Como relata Josefa Augusta Fernandes, que ao saber da chegada do "bando", pegavs o que podia e ia para o mato se escon-der, ate que eles passassem. Isso ocorria com quase todos os habitan-tes das comunidades por onde ele passava.

Sinforoza Claudino de Galiza, conta que Zeu ao saber da a-proximacao do "bando" foi se esconder dentro de um poco. So nao che-gou a morrer afogado, porque quando perceberam seu ato, seus familia-res foram retira-lo.

Francisca Fernandes da Silveira, conta que, a sua familia quando ouviu falar de Lampiao, que ele estava se aproximando foram se

refugiar no Canada. Numa dessas fugas foram pegos pelo "bando".

Sinforoza Claudino de Galiza, e quem nos relata que, apesar de toda valentia apresentada pelo "bando", quando chegava perto dos piquetes eles baixavam a guarda e retornavam de onde vinham, como foi o caso da primeira tentativa de ataque ao Belem, que apesar de serem em maior numero do que os moradores do distrito nos piquetes, estarem armados e serem mais preparados para o combate do que os habitantes do

(16)

distrito, eles trocaram apenas alguns tiros, mas nao tiveram a cora-gem de investir contra os piquetes forgando a entrada na cidade.

Portanto, o medo foi um dos elementos que determinava o su-cesso ou o fracasso dos ataques, pois quern melhor consequisse se man-ter mais forte, melhor se apresentava. A organizacao dos piquetes,demonstrando vigor para defender o distrito, foi quern fracassou a p r i -meira tentativa de ataque do "bando". £ tanto, que na segunda tenta-tiva eles nao avangaram pelo distrito e sim o contornaram, indo de en-contro aos sitios pertencentes ao distrito, onde nao havia uma defesa organizada.

f- Mortes e Feridos:

As constantes lutas entre cangaceiros e volantes (soldados) como tambem do"bando" com as comunidades, deixavam marcas profundas, resultando em mortes e feridos.

Sua primeira tentativa de ataque em Belem (Uirauna) deixou como resultado um morto e varios feridos, como relata algumas pessoas por nos entrevistadas. Joel Vieira Da Silva diz que o assassinato de

Antonio Correia, foi em vista de uma bala perdida pelos proprios ha-bitantes de Belem, ou seja, ele nao foi morto pelo "bando", nesta

ba-talha ficou muitos feridos.

Josefa Augusta Fernandes relata que Antonio Correia levou um tiro de uma bala perdida, ficou baleado, morrendo uns 15 dias de-pois.

Francisca Fernandes da Silveira conta que o "bando" foi re-pelido pelo piquete da ignga, deixando muitos ferido e um morto(Anto-nio Correia).

Na segunda tentativa, deixou um morto (AntBnio Virgilio) no sitio Canada, como relata Francisca Fernandes da Silveira.

g- Violencia:

(17)

Lampiao,bus-camos resgatar da mernoria das pessoas consultadas visoes dessas vio-lencias, como comenta Josefa Augusta Fernandes dizendo que eles bati-am, espancavam as pessoar:, queimavara propriedades, roubavam joias e annas, e exigiam dinheiro.

Sinfiroza Claudino de Galiza diz que eles amarravam as p e s -soas no rabo de cavalo, e saiam puxando-os, queimavam propriedades,es-pancavam quern encontrassem na. sua frente.

h- Esperanca:

Mediante relatos, procuramos entender a esperanca de algumas pessoas de salvar-se da violencia mostrada pelo "bando", visto que,e«* les nao respeitavam as pessoas que encontravam.

Sinforoza Claudino de Galiza lembra que as pessoas se es-condiam na raata, na esperanca de nao serem vistos pelos cangaceiros,e assim, escaparem ilesos da sua violencia.

Josefa Augusta Fernandes comenta que ela e outras pessoas se escondiam por tras da casa e nas montanhas para nao serem vistas.

i- conceito:

0 conceito do que seja cangaco, no entendimento

popular,di-fere do dado pela bibliografia. sobre o assunto, Francisca Fernandes da Silveira define o Cangago como sendo 60 homens armados a cavalo,a-tras de sitios e gente rica para tomar dinheiro, fazendo desordenn, matando e espancando.

Para estes celatos colhidos das pessoas que vivenciaram-no, este periodo da vida do distrito de Belem, hoje Uirauna, podemos tra-car um perfil para o "bando" de Lampiap como sendo violento, sangui-nario e destemido para fazer desordem, atacando pessoas que

encontras-sem, nao importando a idade. Entretanto, observamos que apesar de to-da coragem apresentato-da pelo "bando", ele agia assim, principalmente com pessoas indefesas e quando encontrava grupos armados (piquetes)

(18)
(19)

CONCLUSAO

Finalmente, pode-se concluir que o Cangaco foi uma mani-festacao de revolta, nao organizada em termos politicos dos opri-midos contra os opressores, em virtude das ameacas por parte dos

latifundiarios. Esses homens iam a luta com armas nas maos, tor-nando-se cangaceiros, ja que estes nao tinham a lei a seu favor. Cancados dos descasos por parte das autoridades competentes e da vida que levavam, iam em busca de solucoes. Nao podiam mais

supor-tar tanta exploracao e ficarem de bracos cruzados.

Surgem varios "bandos" de cangaceiros, mas o de maior repercursao aqui no nordeste foi o de Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampiao, que a principio tornou-se um fora da lei por vingar a morte de seu p a i . Sendo perseguido pela justica, comeca a formar um "bando" de cangaceiros, visto por muitos como sanguinario e vio-lento, para outros era um homem inteligente e asturcioso que sabia a hora de atacar em determinadas regioes.

Durante vinte anos, Lampiao e seu "bando", p percorreram todo o nordeste, incluindo no seu roteiro de viagem o distrito de Belem, hoje municipio de Uirauna. Apesar do tempo minimo que es-teve aqui causou grandes perdas para a coraunidade que a muito tem-po vinha se preparando com armas e coragem para combate-los ao

en-trarem na cidade. E ao saber de sua passagem nesse municipio, ja que o "bando" ia em direcao do Rio Grande do Norte, precisamente para Mossoro, a populacao refugiou-se e preparou piquetes para

(20)

es-maltratando os proprietaries e obrigando-os a cumprir o que este determinasse. Depois de sua passagem, ficou resistrada na memoria das pessoas, vitimas das atos de crueldade, que o "bando" fazia, assim como tambem, as perdas de pessoas queridas e dos poucos bens que estes possuiam, sendo destruidos e levados por homens que nao mediam a diraensao dos seus atos. Na memoria dessas pessoas com quem tivemos contato, pode-se sentir o medo estampado que o "bando" causou a esta populacao. Nao foi apenas a sua presenca fisica, mas tambem, as visoes que estes tinham referente ao "bando", criadas por uma sociedade que impoem determinados conceifcos a estes homens.

Segundo as visoes apresentadas pelos informantes, apos coletar dados sobre este movimento, especificamente sobre Lampiao, podemos constatar que o "bando" de Lampiao era violento, sanguina-rio, rude e descarregava seus problemas e frustacoes em cima de pessoas inocentes que pagavam um preco muito alto. Algumas vezes

com a propria vida devido sua revolta que resultava em ataques abo-minaveis.

Na historiografia existe duas concepgoes, uma que conde-na o Cangago e o classifica conde-na linha do banditismo, a outra que os absorve incluindo-o na perspectiva dos movimentos sociais fazendo relagao com a estrutura econoraica-social. Com essa pesquisa nao pretendemos esgotar as possibilidadee de analise dessa historia,ou-tras poscibilidades podem a partir dessa primeiro trabalho surgir. Outras questoes que poderia ser analisadas sobre a relagao entre a comunidade uiraunense e o grupo de Lampiao podem ser trabalhadas em estudos posteriores ou proprio aprofundamento dessa pesquisa.

(21)
(22)

Francisca Fernandes da Silveira, 84 aiios, nasceu em B e -lem (hoje Uirauna),

i( Quando Lampiao chegou em Uirauna atacou a rua da Proa de

la mesmo foi repelido por um piquete que havia na igreja, de la sairam diversos feridos e um morto. Eles voltaram para o Juazeiro, la passaram um mes reforcando, ate que enfim eles voltaram nova-mente ao Uirauna, outra tentativa eles fizeram, chegaram no dia 27

de maio de 1927 e foram para o Canada, eu estava no Canada, esta-vamos refugiados na casa velha, toda vez que tinha um ataque iamos para o sitio, Ursula e a filha, eu e Ze Fernandes, na descida da ladeira para ir para 6 si tio Sabino e Lampiao nos pegaram mandou que-chamasse Cirino, chamamos e prenderam Cirino e Ursula, donos do sitio, prenderam todos que estavam no sitio e levaram para dentro da casa, bateram e exigiram as coisas, pegaram violao, queijo de mamteiga e foram comer. Depois o cangaceiro dfesse* a senhora nao vai esperar por ninguem, vao embora para Uirauna, dar a notfcia la, ai sairam eu e Ursula, ela sabia do caminho, fomos pra Uirauna,nao era Uirauna ainda era Belem,Lampiao mandou um bilhete por mim e ou-tro por Ursula, para Silvestre Claudino e Silvestre Fernandes, mas nenhum mandou nada, jiediram muito dinheiro (3 contos de reis) vol-tamos sem nada. Do Canada eles sequiram para o Rio Grande do Norte sairam fazendo desordem, no Canada ainda morreu Antonio Virgilio, eles levaram Ze Fernandes como refem ate Marcelino Vieira - Rn.

(23)

Em uarcelino Vieira encontraram com uma volante, e Ze Fernandes fu-giu, de la eles foram para o Mossoro.

Cangaco era 60 homens armados, a cavalo, tudo atras de sitio e gente rica para tomar dinheiro, fazendo muita desordem ma-tando, dando surra em gente, faziam baile eles mesmo tocavam, pas-savam a noite e quando amanhecia matavam os bichos para

comer.Lam-fr" piao era muito violent©.

(24)

Joel Vieira da Silva, 85 anos, nasceu em Monte Alegre, m u -nicipio do Parana-RN.

*c Eu lembro que Lampiao nasceu em Vila Bela, Pernambuco, e

de Serra Talhada pra la, e o pai dele eu nao sei o nome, sei que o de Lampiao era Virgulino Ferreira da Silva, e agora tinha Antonio Ferreira da Silva era cangaceiro, o segundo irmao, ent'ao eles tinham uns vizinhos chamados Nogueira, eram proprietaries, o pai de Lampiao tinha uma propriedade muito grande e esses Nogueira tinha outra e numa briga de terras eles se entrigaram, entao ai os Nogueira perse-guiam ele, o pai dele tinha muito recurso, a profissao dele quando tinha de 15 anos pra la, era viajar pra Mossoro comprar sal e levar pra outros cantos, Recife por aquele mundo la, vender o sal e trazer rapadura do Cariri. Quando ele completou, o velho resolveu vender essa propriedade e comprar outra em MaceioAL, que era perto da c i -dade, os Nogueira resolveram matar o velho la, foram e mataram, Lampiao procurou justiga, era muito inteligente, e nao achou apoio, porque o poder sempre foi desmantelado para fazer justiga, chamou o irmao, Ant6nio, disse vamos fazer justiga com as maos, nao vou dei-xar um desses Nogueira em canto nenhum, mas ainda deixou um estava em Sao Paulo, ele nao sabia onde era, so escapou esse la, isso ele comegou com 21 anos, virou um homem a matar gente, diz ele que nunca roubou um tostao, era fazendo carta pedindo dinheiro e as pessoas mandando, na frente dele ninguem estrupava ninguem, ele nao deixava era muito direito, e tinha muita fe nesse Padre Cicero, ele era

(25)

ca-tolico, nunca atacou juazeiro.

No dia 27 de maio ele chegou aqui, um vaqueiro daqui esta-va la no Brejo das Freiras, pra ea um pouco, quando viu um grupo, ai correu ate aqui, chegou avisou, com pouco tempo umas duas ou tres ho-ras ele chegou aqui, o povo aqui tinha muita arma, gente vinha com-prando porque podia haver um ataque dele, porque ele ja tinha vindo a Santa Helena, o certo e que ele chegou aqui as 7 horas alojou-se na casa de joao Gabriel, mas ja tinha todo mundo sal do daqui, mas em cima da igreja achou Luiz Rodrigues, Moises Lauriano, Joaquim Este-vao, ze Teotonio, eram quatro armados e atiravam da torre da igreja e pelo meio da rua saia tiro tambem, saiu um que matou Antonio Cor-reia, irmao de Firmo CorCor-reia, Zequinha CorCor-reia, dizem quern matou foi Zeu da Fogueira.

Em 27 juntou-se mais Lampiao, Sabino era cangaceiro igual a ele, Marcilon era do Bachio, Jararaca, Cochete e muitos outros e um menino com 20 anos que era valente, chamava "menino de ouro", e o certo e que a policia cercava ele e ele desaparecia, cercava, bri-gava, foi muitos anos, foi de 21 a 38. Ele nao era malvado nao, ele nao dava no povo, atirar ele atirava, porque nessa viagem daqui ele primeiro veio e atacou aqui em maio, agora com treze dias, ele pas -sou e foi pro Canada, ele pegou Ze Fernandes que estava tirando lei-te, levou ele como refem e guia, depois ele passou umas tres horas aqui foram pra Marcelino Vieira, neste caminho encontraram com muitos soldados armados, houve muito tiro, mataram um cangaceiro e les

(26)

Josefa Augusta Fernandes, 96 anos, nasceu no sitio

Arro-jado, Belem (hoje uirauna).

" Lampiao veio a procura do Vaquejador, la chegou, na casa de Manoel Chiquinho, meu irmao, ele chegando la, os raeninos correram e se esconderam, Manoel disse eu nao saio daqui que estou em minha casa, nao devo a ninguem e da minha casa nao saio, quando chegou ele atacou e disse - bota o dinheiro pra fora velho- Manoel disse que nao tinha. Lampiao disse - voce tem, quero dinheiro e quero as armas de fogo que voce tem, rifle, espingarda - Manoel continuou dizendo que nao tinha, o capanga dele de fora atirou e matou Manoel.

Eles vinheram embora, a procura de Uirauna, as 7 horas eu estava aqui ( Arrojado) rezando, tirando um terco mais Bastiao, eu vi baterem na porta, era Marcio pra dizer que Lampiao vem chegando no

Uirauna, com pouco tempo comecou o tiroteio, daqui se ouvia bala, as vezes eu dizia a Israel que ouvia o barulho das balas passando por cima da casa e ele nao acreditava, no ano passado ele achou as balas aqui atras cravada na parede. Chico Sarcelino nesse tempo so tinha Francisca, Severino era novinho, ai eu disse, Chico leva Francisca que eu levo Severino e Marcio leva as redes dos meninos, a gente v e -io se esconder aqui atras da casa, pouco mais chegou Ant6n-io Chaga com a familia. Tio Joao Batista, meu sogro, tinha uma oiticica bem grande, onde foi armada a rede. Quando foi de madrugada Antonio Chaga disse que ia a rua, tio Joao disse pra ele nao ir, podia

(27)

cor-rer perigo, ele respondeu - eu vou tomando chegada que quando eu ver que posso entrar, se nao eu volto. Antes do dia amanhecer ele chegou dizendo que estava tudo em paz, Eampiao atirava da cas de Joao Gabri-e l , matar am um porco, tocaram fogo no chiquGabri-eiro, no curral Gabri-e no arma-zem que Joao Gabriel tinha. ^les nao aguentaram ficar no Uirauna porque botaram piporquete em cada beco, quando terminou Antonio ^orreia f i -cou baliado e morreu, era negociante irmao de 5equinha, marido de Jaaninha.

Lampiao foi pro Canada, as meninas entraram dentro d'aqua Ursula e Belinha, escaparam por um milagre, eles gritaram que iam atirar. Nesse tempo o povo nao sossegava, quando via era o povo

gri-•>*>

(28)

Sinforoza Claudino de Galiza, 12 anos, nasceu em Belem (hoje Uirauna).

" Estavamos na Caigara, meu pai tinha uma fazenda la,e to-dos os anos ele fazia vaquejada, entao em 27 foi o acontecido de Lampiao, no dia da vaquejada Lampiao chegou gritando para soltar o gado do curral, se nao ele matava tudo, meu cunhado foi abrir a porteira. Corremos para casa do meu vizinho que tinha uma veiha de la. corremos pro mato, Lampiao gritou: pode sair que eu vi voces a i , a velhinha nao pode nos acompanhar, eles entrarara na casa e toma-ram conta da velhinha, derra uma surra nela, arrancatoma-ram o cordafc de ouro que ela tinha no pescogo, e as aliangas. Chegou o filho da v e -lhinha e disse: Porque estao fazendo isso com mamae? Lampiao disse* Voce vai ver oque vou fazer com voce, venha ca. Eles pegaram o pa# bre do rapaz amarraram as maos dele no rabo do animal e correram, o rapaz gritava para o soltarem. Perto do vaquejador eles soltaram.

Chegando na entrada de uirauna, eles tocaram fogo no al-godao. Aqui ja tinha piquete formado, eles tinham medo de piquete, os moradores comegaram a atirar, e ele disse: eu nao vou entrar a i ,

eu tenho medo daquele £ogo.

u povo ia se escondendo, Zeu se atirou dentro do cacim-bao ipogo; que Joao Caboclo tinha, quase morria, precisou correr gente pra tirar ele de la.

(29)

Ao ser repelido pelo piquete, Lampiao desceu para o Rio do Peixe, no caminho fez um queima danado. Eu nao sei como eles chegarara no Canada.

Lampiao na hora da afligao tinha uma oracao que resava e dizia que era a sua guia. Ele era todo enfeitado, os homens dele era todo armado com rifle, revolver e facas.

(30)

J' !

;

5

•*!!'

> :Vt*o* 13 je.*rWo<de W 6

•'• • tUMfc

B

: 1

: 1

S a g

IS s irt.u«-ri4lo:

N a card* d o <tiri 4 d o c o r r e m e ,

I U corrcu :t'.cbt e a nO'.'f.i* d*J que Lam-piAo com c » teua :*»ecb* acatnonir.'i ai o n B a r . belhe, Je p u u |c m p.tr* o Juazeiro.

A i a o t i c u a rraiidai pdoa vnjr.otti, n*a crwm d e todo alwrinantea: o« ba ndoleiroe

mportai am-ae btttt ciii Bafbulha. t« n d o i.arp-; >i.arp-; f a eaida d a cidade, se dirigido da It )ja am lo ja. dc bodega e m bodega, lBdagando 1»e ait una do* aeui rapazea haviam comprado njc :rcadoria#> ftada Onde o fato ae venficou, Lampiilo pagou . genercsaroentc o Jcbito. j

I've s acontr cicnet.it os vertficadca exata- , rrrv. a hora e m que av iidorrna<;oea oil ciaii do governo de I'erflaifibuco c dc tod a t iniprenaa ' d o Nordcscc da vara a xelsbrc fecioorat c o m o m o n o e m combat* icott * policla p«ir.ai nhuca- ' nc, detaaratn na* p0pu)tc6oa do Carifl, u. m mia. to de,e*upefncde» f Utiot. ,

A' proporcftd. porto, que oa fttoi »e esc ta-re-iam, deieparecido • panic o da incurslo dot Jaclnorej em noaso radio, pot »c poaiUvarcim at iatuitos pacific oe, acufiosididc aubstituiu i.: im» prexoet, guiando o p ••*o cm vcrdadcira r.-xiia-ria, a casa onde ao bofpedgra Uxr.r Vv a

E M j O A K E l l t O

-Of bandoieiroi cheganun n«ia cidade, via Baititlha. IUI (Rrds d o dia 4 do coriente, •roiiandoK iy» mcdac^ea da fix coda do de~ ' putauo* rwiii BaitulUiitu, As !0 b»>raa da ooite quando te iraM^oftamm ao centre da ci-dade, hoipcdaiido ae era cat a dc «ffl doe ti| M M malt "tuigeneru*' do Juazeiro, o poeta popu'ar Joio Mend'i de OUveira, que tc intitala joi is «-mctue "hittonadot hmaUcaro" e oegociaate.

O B A ^ I X J 8 I N 1 S T 1 0 '

Compde^te eate dc q u w e n u e nove h o a r ea

A

casa do poeta populir Joio M«irf«t dt O H * * * , no Joi»fax> BMCCOde 1926. E autor da o6k?bre cntrev^taa m^lcoatenia

do Cmto, Dr. OtacBlo Macfido (ja fakcWo). O ttvt* oofe M stgi

puMlcado, na ^poca, em duas edK6es «iccs$iva$ do iomal O tear; •uai era o l>t. Otodiio M a o M o uta coSaboradi^a. ! }S ^

t ) • ' . ' •.. .1.4- .1.4.. V . J M

11-HI ,

e o fitmoao fadnoi^ fvffatando u m iotaJ etoiMl de 5 0 b a o d d d r o i Eatpeailo murtobeiD ana,* dqa e rnuraciade^vcatcm, Ba moiofaa, brim ki»-ki, alpercau de nbichok c h a p e u d e coimo

Mquebrado" e ka^bcjde cpiei djve?r*», predo

-mtnando verde p ctoedtaadg, amorradoa no pea* • coco. O armaawatb ejeifle « fuzd mauver, revtV-' vere punhai; i ctntur^ traa«m ireaaquairocai. tuebctnu aoondicioflacdo aciaa, cads, h a m e m , a m touJ de quatrqetnuu bbiaa. <

A maiona dot; bandid«a e da ovigem pev> o&mbucana, doa maniolpice de V0a BeTa, Tnuav foi, R o r cut a e P^.?6 da llovtt lurgiram deste tit casus dot senix4 nkKdczliooa, baohado D C M >

aquek famiferado aflueiaa.do Rio Sio Fraacuv co - o riacbo do Navu>;< lendario ao contclho popular peli valer«ia^r6djga doa teua haWtaa-teadentre oa qaaii ae pem apootadooa maia peri* gosce. rany«retroa d o none!

I A excectSo dc Ucs. "Xurr.bir^o", Mariano e ou'^o de qur olo ooa roe or d a m oa o n o m e . da origem vibroca. todos r.ln atocoa de boa apareo-. eta, de cor braoca^dcj I I a u i o u atvoa de idade, oturoa dez toatada^elo aoljaJguai^carraocudoi, otaro.1 tic sfivtn .. Un>debts, Manoal ''am, ra-!

f

ax de vinte c da« a m k . aloradn, coanpeticao da Urcalet, corn q i n M doia met/as dc altura, lembra ooa Iracta Haitoa usa U m c o deacendeme de holandeai tio comuna cot hatadot do aorta, pode o Principe Maaricio de N u a s u implanioy o domfcio noa i^i-i <. J W U J Todo* **o ftolteir • roe, a pen/: j doia-caJUd-a. •

Fulam do "oflciq ' coaa emuaiaamo c nar* ram c o m paiivrai joc^saa aa priacipaia fac snhsa pratkadai.

i i Nenburn ae cofftjaau arrcpeadido da vida cottumetra, elogiam-da todos porque a "profuv

aio e boa"., '{t j

. I A J U P U P ; . - H ;

.) < t-.ccntr?.r.-lo, ft. ortedra viaJu, tdtaau

• algamaa c a a w da cntrada e m que te acoitava o . groaau.de m a gem*. E r a o caaecire daaeu irmio

-....A'TicJiuT.e n lodoe oa caj«br»de Juazeiro.

u-' wtaoy pi* cieaJcatcrVv povo7 . *~" j A : porta, eitstjoaaara aafia BrOati£HU) eoon&a procuraodo w Litoptaa^O t o o c o qua aa rclo-rt dc until para i*aai spa govemoa de Euadca . j aedctadoB do Braa»J.Ii*vodu2Jdo» na casa per

(31)

i do. leu ir.jto

prc/ruraodo W»iZjur^kC«<rpmemqi«e M

refo-rm, cjf iguai pv|i vital «ot sovcrooa de lltfj'.dos fetters oi doj^s^itfrcdu/fcko m ease por si-ft era <i« reiacoo* do beadKdo, rvmpem-w cemt-eno AO « e w 4 M » « M 9#ufci? ? c.ccrtr*n?w M

ma hntrevisU

| if, || 1 y » 1

F fl.r aj.uga ao jsupo dc Senhor Ft rout. [• . j' H o rih*e aabe, tfesdc 1917, qtfajtd© gat f *. V V,, .jtMu" do* 1 •vi>|*f^4yi

N 8 0 rJw.ende abahdofttr r> pfriissfo^^WK "ifl^Todou, ear rem os dc cnafo M K ae**rares mats pajptten- if* I 4

ten, d a vida dp-<i^<atea^f>fegtrt iocuUa, rrua ,., ctn% o m r a ; , ,

-, Se o sookoT tuiver c m obi ricgoclo 0 ror H I da.jda bent C o m ole p s i u a i a porvenura e m ' •tgcrduedo fetJ»,^ii{>«ifj)d»ea:a»t«rIoouiPi pare*

ceod»» modi. 0 tfwfojd* gusaiaeJavres, clente « ce!toc,em;e de out boobMaocie de apaade. bo* tats* it aveaeao.. L J . ' . . J ftiO .

•jpoi bacorow da cx^rfBJ&Jks q u o p r ^ u r a -oioalc*ho<.ar B U B S r t l a o c t ) o * B O O S T v a c a o ctnda*

0 perfil mofaJwo doihdxaom quo d o terror doa tcrt&».d^ N«rde«ie,'p!»^ftdo aqui c o m as

• Eataaura .~edisn*, vomtituieen' f . crir.fo dc*ieoc*faic«, aufculo facia! abbao rotto oral arrclnatadoipotrquaiBopomeeguito, tor ax e m e m b r o e rcg uJaracnw proporciunadoe, els 00 uaecs *r*ropouicmtQa mail ihciatvos d o b«ivd>

1 do. CooOrastando coro $1 homens d n aew ?,>

P-3.1*my 13 ) edf fodoaateaodo cor tilth "car* icgada", aproa uaa&do-ae m«u) do oearodo qurv d o lipc c u m a n d o c a b o d o no Norte. 1>cxoo* dentt ksstimo, dotapoio, radicuraodo-ee-lhe no

A eau> lpargimu. Uup<io.fcspondcu-«co

otrtra;,

«b,U3dO0A-t«|?

' Poia*e»aiAnicnte o m e u caao;porque vou | roc daade b « m c o m e«ta -iiefocio ajnda nao ' pcciaei e m ebundr. n.v !u ; •, j j, I , : IT •( 1 >

' N a o W... tahci... prcdao, poc^m "trabV •

H o " . Jfrc

l ^ o f o i W l i J t l ;

'HiqlllTjUS ? • S • . • .-v- * E dcpoJ* que proflta.

rtodlia*,' i o w j i M l o ; fhiruieaw t. T1*:- - •« womove e m ei

vida com, atco at bravarti asJtrtma c o m aurtot da tatrcrna acria^esfdacfo o bend id 0 pareee g o ,>

a v aobremawira 0 curioatdada popular que o ipdaia. ) , JLM \\> ft , .

Ji Ctbdeira fftrta, prefta,' {kffida, conada s

craericAttt, caftgote raapado,| deuer.de> a oucd t d<»cobe.ta n u m triao groictva) a trrhaote. a

in-e

ceaio que se tcm dO' fad flora, oeata pruoeiro lancear dc traeoa beaaanoa] a do mulato per- •,

B & W W © do Ktoral. -i £ !a ' U '{

M a a esta improaa&J ?ai mudar-sc depois.

• U Dedp* m o o M o a da aocia dc preoo, eogasta^

dos da pedrsa precioasA, verifks-se lacaYneste, > 0 0 1 noji..• '."r e 0 0 anular,' u«i topizlav u m iubi,

tri» bnlluHnfe*. de raider laft^P-fo-ftg^ <«3a«« .

• «GBM#I •mrtH^KSi-iKW^n^pftJ^HO** liberu u o Bread:.. •» ,1. U J * ' - V .>.f.,

Trajav'acalcidaaaance'palit6d«brtmca-c^j-o, llstrado. c' rp*«>do fettrporidiaario, aipaj>

ct&a dc rabicbo c maot, a o e « a o « o o a leaco

verdc, en>:drcasdo, ' ]

'•I Carap>lo a*a oealOi torn Vidros aofaraaea* doa, enaattacfweta teruntaa -e ooro, c o m o fun ds crsv'x is utB jfUgiyl "fstajjoma" (bilido) da' cdrnaa d o oUio-dJ/eito. 'ij * , '

D.'rpnia ioik> 0 wnp-a ]vr aonvcraoo ao*

ooaeo 0 foi par cspafca dc m^Ji de u m t bora • QaO rhi u m a \r * e m»atevr'4a evn drcuntpec*

CSo.oooiproetTado das luaaMp^mabdidaces e • da fama de u u ooore... Nloakandooou ura mo- ; swvao »«u sfioaquetao icsea^eTio, scot ado e m . eta tamhorcte, apes ado a wfia bomkida, cha- . pou oa cabeca, ooorindo oa icabelos longos a

S

rotoa t bios, ocoioa a ooeii tkiutoraia,

reapoo-ecdo apcaaa as p^rguncaa qist fba too faiua, face attuda, laaatxlo ne»a K m . c e , <3k aaaim a * amprsasao eesta de a m bada chine a, ou de u m a . doasaa indmdraa ?cabeces faiantn" qae oa em* « prtKlrtae erpcrwe/ r^nbobacera a ingrrimdadt do

Ittai'" ainda uoa \th\ anos. Tonbo* alguns

••«mi-gos" uitf qusro visi'd-U», p que ainda nlo f] 1 e>

peraAdo Utrta oportuoirjaoa.

* E depois que profhiao adotara? , ••' 1 1 ' i 1

. v\tbrquir u-r.'-.e <•. a •V.^vajriai*'ptopriedadct albeiaa? ,

- Ob I thai co nuncs n/ Ouv Ouando precoo . de at]urn dinhea-p, snaodo pedir "amigavelmen- ,'

te" 4 a!gur« ewnaxadas. ;»* I J«

s (Nesttt ahura chegou o l« tenente do bara* •

,, Ihflo patriotrco de iuareiro e clvunoo lampiao para u m particular. D e voita. avboo-gos 0 laci* rtcra): . ' . -< 1 \ '•• ' ' '

m. * 8 6 corttlmlo a faxer este 'derioimento" '

ordem d o tneu aaparior. (Sic!). ! " quern a sru •upcriort ;i H, . t

n s t a b k e H a ' '! ! '

'* Q u a n d o vnltamia, algun.u horaa depoia k prescn<ta de La>npi&o, ja C M - , ao encontrjvs liuv taiado e m cast do "hi^toriaJor bratdetro" ioJk> M e n d e s de OUvaira. • ;'l.5|

Rempida, noviunente, a' custo, a crnrme anaasa ttopular que cilacionava dcfroiuo a casa, 1 nenetrtmoe por u m patio dt fcrro, onde veio ' lampilo, to nt*;o encomro dizendo:

,- - Vara at p s r s 0 sotao, onde convcriarcmoa toeihor. (subimos u m a cscndHria dc pedra aie 0 adtao. A i not a m i * seguramonte u n t qoarerrta doa boroem de L a m p i a o , uot deicansando e m redes, outroa cowersandocra g r u p . « ; todies, p o -1 - Detejamc* u m auiogra/o acu, lampiaotl

- rV>i» olo. 1 •

• . (Seotado rtrdaimo de u m a m e u , 0 bandido pegou da pena e c t t s c o o cmbaracadt))

. Q u e qu; eacrevo? - Hi* - ou ditar^

^ ' E I ampiSo escrevcu com "n*3ot f«nr>c», csli-gj-afia rcguiur.

"Juazeiro, 6 de marco de P*ii»... a o Oorunel... Ixmbranca de E U

^ f t f i I I I alios haerada, a

'lH-*i* f^ano, okraoo, eU

, eioijeafidok mi oriar.a E M R ha4|aaajadH\ y eg oc "

" knot do idudot )

'*><:( y • v<>ce nsfi

strpilo pa beta d o Queremaa que voc

• • I i - J ' i

IHIO clogJo. T o d o •

jija agno balko noo ofo ujetio c o m * policifl. 1 }Htj0 do boodo? j < flioato FcrrOtra o u M W M H u n uwLafcgogo qu< ncnte OpptatttldaJjiiicia percent hue ao« *ri?;fado o n I aa tdir a grup"o, c^rrendo a

naJ da m« rtd^^Lbmpiaij. T > -fc 0 laj uml['aWMisr; ela r

' tsMocoojrstf•'cotii ncaT:" ^t?«gmt^, c o m andante e e kaJ |0O umbeis ji :

1 81 •' I'rta. Ut J!{RNIKO**, iiu;d ka 11. i 1 • d "malhorea qfcreca g m !;|f1fc"XumN do, tirou rts COrro Ic iijIPBdl G o m e s . id - O s dlllacodi > - E o « e | pnTfcia dd Pi ri ijfi-seu cecalUI ^||£lr\)ej^jj

ill Naste nip4tib«(e cbciou ao actio u;, m«|ra" vetfta IfMWajloVo o m presents lAOJpiio. I:ri po^ueojo"teguaro** a u:r cifino de U;i&6rdirj4rKx' ^elTJinha,•, apt

tsndo s« a«aMA.|* ! V a aqui acu cor one piat>. que a J ,;rw4 |i fa rornece**. . . I;1 E o e Mnto'ljw-a tgeete dc bales?Sd nr.

voai for aantpiaulag.OaeJ i . . .

1 I Dcpoat, <espe:to*an"ora!c, benou croci.

gutjnV u-o nojbqlso ].m argoidn lirou da c re urns n w n H e l l i & u ! ) « gorjctOu a roma - Q u e tmpbttana a ja dtatribtao c o m o d o iuwe.ro'j \ l ijl. 1 ; > 1. |f),

, - Malj d } kAjcttad ae rels> , N» 1(01 f l u i o nds syeompaab •: u s 9 u ; .artfiodq viatuc a a ponu. Pedi F.ar-srobomar cpra fffTl v : -1 > j.rr»A!.i?»f.\ •caomais oorromae«.

Virs>u1iAo IFerreira d« Silva. Vuf-jo laatpiXo.

u m

O s outroa facln^a* oKervi^am-nt* ooni mrrto de atmnaij* c doemafbinca. A o lado. como urn cad dc lila, velava d ho:-..cm dc maior coufiaocjii da Lampilo, Sal ino G o m e s , o seu lugur-u- ur.te, ma(-encarado

- fi verdade rapazaI vocoevlo ter 01 nomea . publicciios nos jomuis e m Ictras redondas...

(A oate afirmativa, una goraram o nfettoda-la, porea. parece, itid goatartun da colsa).,

- Artara Lampilo, pedimos par-\ etcrevrr oa ' nomcs ctos rapsucs de tus maior confianca.

vt*A*f hi I If 11 lit' i I- • Pcd* olot E para trio malindrar oa demala

Foi'ida&attO^dOfte axoic«)fora grotesca, dt r-frf fcerripanbeirc* todon roe mereeem igu>4 coarmn* atsoitrto rcsp~: > O C J clrcu.^tivtej, qoeaoikita* '",'''>os. eolretajtfo podcria cnar o n o m e d o a canpo-luos do LatnpHo part t fopKaag. ' nheiros quo esuo bi m a u tempo cotalgo.

, ^ ^ c u r i ^ o f W ^ a l d e v l d o o peso doa , 1

%

' ap-.Utr.h\y.' brf'.rftaa ejwe^ Icofciiax, carrunhi ura

-pouco cdrcufido, 0 ova olo tepede de imadiar |i

n. E cacrtvsu. * Luit Pedro. - Jurity. Xumbinbc. 4 - N»vuearc. 3 - Vkjtttte ,, Jjrrma. wtado roaion

l:

doa c res e m trdogtr ;'|. Q u e difk Hi IJCata era n u ' .i>.jeirt . i(|Justir«avMla piciencadoband^odi da cidade do p*Hr# < ccip pelichda por 1 de. KK) homegu &i-b ,•.-.!!»*<. patriots, dixc qut tie firera ffta^ofc*u.i hbmaoidadea por u cut prettado*.«; ii^aj! Hide.

if Afirnsva^eetqua u o foi Jo ca...».a:> tr d o «a nuenuit U b d , u u Peroembirso. er.v rtbtides c dtt*e;Taot •;*i'd*geaiea. de ton;:; outta fasc da luta, tar 0 tafio ancrifksdd Ln" «uente a !• QatUtOlnt <!o beSaJhio 0*1- > l*Teaema Chaf^i, ee A o fosse c eCctente oj to00 euxilio pidsitido gif Laropiao act m e * a apuro.' ! ' &: -i-1 fi) l,; tt • ;

0 cceTibate*6trat«ado«. ccruotraJt^ iprtejtsbo a m i vefba ttf "' e o m u i m a d o . c<t

m \ 11 ^ I. ;

idtjob tctutoo dVaaasi P M

ciroaistinciaj^l 1«U Ea1retam<», a e-p.i'

beide et'oathsBbod* rtboa'do poed ura a ggoi tttl» matt pabi agetu^K vakuu* <"

oli Orato a tk) H I I M o • (KH'.O i

do« lampilo I M f M k i a Jt vildria. -Urei da "brios* a£c voUoaos. O tr afoul. • o w o d o o corftstt,"-1 Itdtik e o P M * » C K a » m e m o d o fat«,.(ruw<^ - Aaautorigtdeapii ram agjr I alt trt-'dw ~ depoueiaMiih Pilfflca Jooe ri-opria 1 ottitJl. JoaMorbo? oajeierf aif-|cato«--•oc wmmwm

(32)

jose Fernandes Sobrinho - Refera de ^arupiao em maio de 1927, na sua paSsagem por Belem.

(33)

T

OS CARAI ANEIROS QUE PESEGUIRAM LAMPIAO PARA REA VEREM D MARIA JOSE LOPES (ao

C entrv sentada) ao seu lado esquerdo em pe Manoel Convolves de Abrantes. Luiz Gonzaga da Silvei-n.Joao Gomes Joao Man tenca. Jose Fernandes. Sebastido Grande. Antonio Batista, Antonio e Joacuim Saldanha. A-JOIJO h. Maia e brancisco Belo. 1927.

>

O > o 2

(34)

L A M P E A O E 0 S E U B A N D O - Interessante trcvista concedida. ao.O M O S S O R O E N S E pot-urna ex-prisioneira d o celerado bandido d o N m d e s t e - U m a velha de mais de 6 0 anos a c o m p a n h a du-rante 16 dias a maicha dos bandolejros -

Episo-^os - C o m b a t e s - Perseguicoes^pelas forcas da tfcia - Fugas dos bandidos, euffetc.

L o g o que tivemos cienciaNla estadia nesfa cidade. da sra. d. Maria Jose Lopes, esposa d o Cel. Jose L&pes. rica/fazendeiro residente no sitio Aroeiras, d o municipio de Luiz GorrieSyCx-prisioneira da nefasta quadri-Iha de L a m p c a o e seus asseclas. destaciroos u m dos nossos companheiros c o m o fim dc entrevista-la, o qual {oyfcceoY^o atenciosamenie pela m e s m a , que prontificou-se a fazer a narrafiva do que\presenciou e sofreu durante

os 16 dias de constants desasso>^go que passou oojno "refern" daquadrilha sinistra

E assim d a m o s a/seguir a cntrevista que nb^ foi concedida por d Maria Jose Lopes:

- E m que &\a/b\ aprisionada?

- O bando^aprisionou-me pelas 1 1 horas d o dia lONie junho (sextafeira). n o s^rfo de minha propriedade. d e n o m i n a d o "Aroeira", d o m u -nicipio de Luiz G o m e s . L o g o ai os bandidos cometeram as maibres depre-dacoes, jyraltrataram-me, bern assim pessoas de minha fain ilia, qubbrando toda nrobilia da casa, q u e i m a n d o alguns utensilios e conduzindo aino| pe-que/fos objetos.

E a que horas saiu 0 grupo de sua casa, e qual o r u m o que tomava?> 89

(35)

BIBLI0GRAF1A

BATISTA, Abraao. Imaginaria de Lampiao sobre seus lei tores e admi-radores. 12 ed. Cordel, Juazeiro do Norte. 1991.

FAC6, Hui. Cangaceiros e Fanaticos. 6 2 ed. Rio de Janeiro: Edicoes

UFC, Civilizagoes Brasileira, 1980.

U A D E I H A , jose Abrantes. Sangue, Terra e P o . Sousa: A Uniao. 1983.

JANOTTI, Maria de Lourdes M . 0 Coronelismo Uma Polftica de cornpro-misso. Colecao tudo e Historia. Sao Paulo: Brasiliense. 1987.

Jornal Leitura: 0 Cangaco na Literatura Oral. Sao Paulo: publica-cao Cultural da Imprensa do Estado S.A. IMESP. 1981.

THOMPSON, Paul. A voz do Passado. Historia Oral. Rio de Janeiro-. Paz e Terra. 1992.

(36)

agregado: Lavrador pobre estabelecido em terras alheias mediante

certas condigoes; morador.

antropologia: Ciencia que reune varias disciplina cujas

finalida-des comuns sao finalida-descrever o homem e analisa-lo com base nas carac-teristicas biologicas e culturais dos grupos em que se distribui, dando enfase, atraves das epocas, as diferengas e variagoes entre esses grupos,

atacar: Acometer comimpeto; investir; agredir; assaltar.

bandido: Salteador; malfeitor; facinora.

banditismo: Agao de bandido; vida de bandido.

bando: Quadrilha de malfeitor.

cangaceiro: Bandido do sertao nordestino, que anda sempre

fortemen-te arm ado; bandoleiro; cabra.

(37)

opi-nioes.

estrategia: Arte de explorar condigoes favoraveis com o fim de

alcancar objetivos especificos.

piquete: Grupo de pessoas que se posta a, entrada da cidade para

impedir entrada de outras.

pogo: Grande burraco, geralmente circular e murado, cavado na

ter-ra, para acumular agua.

repelidoj Impelido para longej posto fora; txpulso; nao aceito;

Referências

Documentos relacionados

Sendo assim, o presente estudo visa quantificar a atividade das proteases alcalinas totais do trato digestório do neon gobi Elacatinus figaro em diferentes idades e dietas que compõem

2 - OBJETIVOS O objetivo geral deste trabalho é avaliar o tratamento biológico anaeróbio de substrato sintético contendo feno!, sob condições mesofilicas, em um Reator

cada amostra, obtidos na deteção de S. pneumoniae por PCR em tempo real, assim como o respetivo resultado qualitativo obtido em cultura. Cada ponto representado nos gráficos 3-1

determinou, nomeadamente: “III - Salvo prova em contrário, de ocorrência de circunstâncias excecionais, o acordo no qual o sócio e gerente de uma sociedade garante

Os instrutores tiveram oportunidade de interagir com os vídeos, e a apreciação que recolhemos foi sobretudo sobre a percepção da utilidade que estes atribuem aos vídeos, bem como

Afinal de contas, tanto uma quanto a outra são ferramentas essenciais para a compreensão da realidade, além de ser o principal motivo da re- pulsa pela matemática, uma vez que é

O Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA (BRASIL,

Com a investigação propusemo-nos conhecer o alcance real da tipologia dos conflitos, onde ocorrem com maior frequência, como é que os alunos resolvem esses conflitos, a