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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – CELEUMA - Takemedia (Viseu)

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Academic year: 2021

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Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Instituto Politécnico da Guarda

R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O

HUGO MIGUEL VERÍSSIMO LOPES

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO EM COMUNICAÇÃO MULTIMÉDIA

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FICHA DE IDENTIFICAÇÃO

Discente | Hugo Miguel Veríssimo Lopes Número de aluno | 5008900

Instituição de Ensino | Escola Superior de Educação Comunicação e Desporto

Instituto Politécnico da Guarda

Curso | Licenciatura em Comunicação Multimédia Docente orientador | Professor Vítor Roque Entidade de acolhimento | Takemedia Morada | Rua 5 de Outubro 138 R/C

3500-106 Viseu

Supervisor de estágio | Rui Costa Grau académico | 12º Ano Email | ruicosta@takemedia.pt

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AGRADECIMENTOS

Com o aproximar do fim desta etapa e porque ninguém consegue nada sozinho tenho de agradecer a algumas pessoas que foram fundamentais nesta aventura de aquisição de conhecimentos no meu percurso pessoal, curricular e profissional.

Em primeiro lugar, endereçar os meus agradecimentos ao Instituto Politécnico da Guarda e à Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto por todo o ensino prestado, e aos professores desta instituição por toda a transmissão de sabedoria que ao longo deste percurso sempre fizeram questão de trocar conhecimentos pessoais, profissionais e culturais comigo, de forma a me enriquecer para o futuro.

Agradecer especialmente ao Professor Vítor Roque, que desde cedo acreditou em mim e nos projetos desenvolvidos nas unidades curriculares que culminou com a orientação deste estágio, a ele um obrigado por tudo o que me transmitiu e pelo incentivo dado ao longo deste percurso.

Agradecer também à equipa da Takemedia, Rui Costa, Paulo Varela e Daniel Azevedo pela orientação dada ao longo do estágio e pelos ensinamentos transmitidos.

Agradecer a todos os meus amigos em especial ao Simão, à Carolina e à Sara que ao longo destes anos sempre colaboraram e foram pilares importantes no meu desenvolvimento enquanto aluno e pessoa, eles sempre procuraram apoiar, mas também avisar de quando estava errado, mas acima de tudo foram verdadeiros amigos.

Agradecer à Sofia por todo o apoio dado ao longo destes três anos, por todos os projetos realizados, por ser o principal suporte e a melhor pessoa que tive a meu lado ao longo deste tempo, quer a nível pessoal como profissional, não esquecendo todos os momentos que enfrentámos em conjunto. A ti o mais sincero obrigado.

Um grande agradecimento à minha família que sempre me apoiou e festejou comigo todas as conquistas ao longo deste tempo sem nunca duvidar de que era o caminho para o sucesso.

E por último aos meus pais que nunca me deixaram sozinho nesta aventura e que tudo fizeram para que pudesse chegar até esta fase. Eles que tudo fizeram pela minha educação e para sair sempre da minha zona de conforto e arriscar, por tudo isto e por todos os sacrifícios que foram feitos um grande obrigado.

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RESUMO

Este relatório de estágio, a última fase da conclusão da licenciatura em Comunicação Multimédia resume o trabalho desenvolvido ao longo de 3 meses na empresa Takemedia em Viseu.

O presente relatório apresenta uma estrutura que numa primeira parte apresenta a empresa e aspetos como a sua caracterização, organização, valores, identidade visual, área de atuação e mercado entre outros aspetos.

Numa segunda parte estão presente as atividades que foram realizadas enquanto estagiário, devidas justificações e bases teóricas.

Como conclusão do relatório é apresentada uma reflexão final sobre tudo o que foi experienciado enquanto estagiário a respetiva aquisição de conhecimentos e a experiência no mercado de trabalho.

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ÍNDICE GERAL

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO ... I AGRADECIMENTOS ... II RESUMO ... III ÍNDICE DE FIGURAS ... V LISTA DE ACRÓNIMOS E SIGLAS ... VI GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS ... VII

INTRODUÇÃO ... 1

Capítulo I - A Empresa ... 2

1.1 História e organização ... 3

1.2 Serviços prestados pela Celeuma e empresas associadas ... 4

1.3 Localização ... 6

1.4 A Takemedia ... 7

1.5 Missão, Visão e Valores da Takemedia ... 10

1.6 Análise SWOT da Takemedia ... 10

Capítulo II - O Estágio ... 13

2.1. Plano de estágio ... 14

2.2. Articulação entre o estágio e as unidades curriculares ... 14

2.3. Cronograma e atividades desenvolvidas ... 14

2.4. Atividades ... 15

2.4.1. Edição de vídeo do grupo Copo ... 15

2.4.2. Assistente de produção do evento Mescla ... 17

2.4.3. Edição do videoclipe da Tunadão ... 18

2.4.4. Capa e bolacha da Tunadão ... 21

2.4.5. Ideias para proposta – Chão do Grou ... 23

2.4.6. Projeto “Mata do Fontanello” ... 24

2.4.7. Guião do Lince Ibérico ... 28

2.4.8. Ideias para a Faurecia ... 29

2.4.9. Colaboração com o TOMI ... 30

REFLEXÃO FINAL ... 31

BIBLIOGRAFIA ... 32

ANEXOS ... 34

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Fluxograma da Celeuma ... 4

Figura 2 - Empresas pertencentes à Celeuma ... 5

Figura 3 - Espaço exterior da Celeuma ... 6

Figura 4 - Espaço de trabalho da Takemedia ... 6

Figura 5 - Espaço de trabalho de design ... 6

Figura 6 - Logótipo da Takemedia ... 7

Figura 7 - Material usado... 8

Figura 8 - Softwares utilizados ... 9

Figura 9 - Análise SWOT da Takemedia ... 11

Figura 10 - Cronograma das atividades ... 15

Figura 11 - Projeto de edição do vídeo do Grupo Copo ... 17

Figura 12 - Frame do vídeo da Tunadão ... 18

Figura 13 - Frame do vídeo com correção ... 19

Figura 14 - Frame do vídeo sem correção de cor ... 19

Figura 15 - Timeline do projeto ... 20

Figura 16 - Primeira versão da capa do DVD ... 21

Figura 17 - Segunda versão da capa do DVD ... 22

Figura 18 - Versão final da capa do DVD ... 23

Figura 19 - Guião de flora a encontrar ... 24

Figura 20 - Guião de planos ... 24

Figura 21 - Testes com a Blackmagic Production Camera ... 25

Figura 22 - Gravação do vídeo Mata do Fontanello ... 26

Figura 23 - DJI Phantom 3 SE 4K ... 26

Figura 24 - Imagem aérea da Mata do Fontelo ... 27

Figura 25 - Ideias para o projeto do lince ibérico ... 29

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LISTA DE ACRÓNIMOS E SIGLAS

CEO – Chief Executive Officer

DSLR – Digital Single-Lens Reflex DVD – Digital Versatile Disc

ISO – International Organization for Standardization NAS – Network Attached Storage

PC – Personal Computer 3D – Três Dimensões

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GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS

Clean – Estilo de design minimalista e simples.

Frames – número de imagens que são exibidas por segundo.

Freelancers – profissionais autónomos que trabalham por projetos de forma independente.

Holding – empresa mãe, empresa detentora de outras empresas.

Hyperlapse – é uma técnica fotográfica no qual a posição da camera vai percorrendo um determinado caminho afastando-se do objeto com um período temporal entre cada afastamento.

Jingle – mensagem musical de tom publicitário com um refrão simples e curto.

Timecode – referência numérica visual sincronizada por tempo que permite identificar material em media gravado.

Raccord – Coerência entre planos através de ligações que dão continuidade à narrativa.

alargada de visualização.

Shutter – É o dispositivo que controla a quantidade de luz que entra num dispositivo fotográfico.

Slow-motion – vídeo em câmara lenta Spots – anúncios televisivos.

Storytelling – Narrativa e capacidade de contar uma história relevante. Streaming – transmissão de conteúdos media por via digital.

Vertigo effect – técnica cinematográfica em que a câmara se afasta do objeto, mas mantém o enquadramento do mesmo.

Video wall – conjunto de monitores conectados entre si de forma a criar uma superfície recurso a uma lente zoom o objeto mantém o mesmo enquadramento ao longo da cena. Voice over – técnica audiovisual em que a voz não faz parte da narrativa, sendo uma voz ausente e que tudo sabe sobre o contexto audiovisual em causa.

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INTRODUÇÃO

O presente relatório de estágio irá contemplar toda a experiência vivida e conhecimentos adquiridos durante os três meses de estágio bem complemento aos conhecimentos adquiridos durante a licenciatura que iniciei em setembro de 2016.

Desde a altura em que ingressei no curso de Comunicação Multimédia já sabia qual a área profissional sobre a qual me queria focar e trabalhar mais intensivamente. Por desde cedo, ter estas ideias bem definidas, a área de produção de vídeo foi a escolha óbvia. Por querer adquirir conhecimentos e experiências numa vertente mais profissional nesta área optei por apenas me candidatar a empresas de produção audiovisual na minha zona de residência, em Viseu. Após várias pesquisas e tentativas de contacto com outras entidades, foi na Takemedia que decidi fazer o estágio.

A princípio foi definido com o supervisor de estágio que iria desenvolver trabalhos na área da captação e edição de vídeo, porém acabou por se estender a áreas complementares à do vídeo, como o design de capas e bolachas para DVD (Digital Versatile Disc) e de elaboração de guiões. O facto do acordado ter sido cumprido permitiu aplicar conhecimentos adquiridos nas unidades curriculares que me foram sendo lecionadas ao longo do curso, bem como, a aquisição de conhecimentos que são internos da empresa e do mercado de trabalho em que a mesma se insere.

A estrutura do presente relatório encontra-se dividida em dois capítulos, no capítulo I se faz um enquadramento da empresa e as suas atividades bem como toda a análise de vários aspetos inerentes à existência da empresa como material e recursos humanos.

No capítulo II é abordado o estágio e as atividades desenvolvidas no mesmo no qual se inclui o plano de estágio (anexo I).

A finalizar o presente relatório surge uma conclusão final com uma reflexão de todo o processo de estágio.

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Capítulo I

A Empresa

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Neste capítulo será abordada a história da empresa Celeuma e Takemedia, de forma a contextualizar vários aspetos importantes no desenvolvimento do presente relatório.

1.1 História e organização

A Celeuma assume-se como “a empresa de Publicidade e Comunicação do Centro”.

A Celeuma surgiu em 1994 na região centro sendo o seu foco a publicidade e comunicação. Inicialmente começou apenas no distrito de Viseu, mas atualmente já se encontra presente a nível nacional.

Segundo Gonçalez (2009) “Podemos definir atualmente uma agência de publicidade como uma organização comercial independente, composta por setores técnicos e criativos, com o objetivo de idealizar e produzir publicidade...” (p. 37).

O seu Chief Executive Officer (CEO) e fundador é o Dr. José Agostinho, que aproveitou assim a inexistência de agências de comunicação na zona centro para fundar a Celeuma e marcar a sua presença, quer no distrito de Viseu, quer em toda a região das beiras.

Atualmente a Celeuma conta com clientes como o Grupo Copo, Martifer, Município de Viseu, OMB grupo ótico, FNAC, Câmara Municipal de Coimbra, Grupo Visabeira, entre outros.

De forma a conseguir abranger uma vasta gama de serviços prestados na área da comunicação e publicidade a Celeuma conta com uma organização interna muito própria, pois tem departamentos internos e empresas associadas que são sua propriedade, e que, podem ser autónomas da mesma.

Assim o cliente quando contacta a Celeuma enquanto agência de publicidade e comunicação passa por uma triagem ao longo do processo de forma a perceber o que se pretende e o que contemplará o seu pedido de contacto. Assim a divisão do trabalho passa por departamentos internos que fazem o processo criativo e delineiam as estratégias da campanha e distribuem pelas empresas associadas as tarefas a realizar na vertente multimédia, de design e de impressão.

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Todo este processo pode ser visto na figura 1:

1.2 Serviços prestados pela Celeuma e empresas associadas

A Celeuma, além de agência de publicidade e comunicação é também uma

holding de empresas que presta serviço à própria Celeuma enquanto agência de

publicidade e também presta serviço a clientes diretos da empresa sem estes terem uma campanha ou projeto a decorrer com a Celeuma (figura 2).

Figura 1 - Fluxograma da Celeuma.

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A Takemedia é a empresa de vídeo, áudio, 3D, infografias animadas que concebe projetos globais de comunicação digital, através de conteúdos audiovisuais, multimédia e web.

A Mr. Do It é a empresa de impressões de grandes dimensões e volume com soluções de impressão digital, grandes formatos, outdoors, lonas, veículos entre outros.

O TOMI é a empresa responsável dos equipamentos urbanos interativos de informação e serviços.

A 360Media é a empresa responsável pelo design e criação de logótipos, imagens para redes sociais e imprimíveis.

A PUC é a empresa de concessão de espaços publicitários.

Figura 2 - Empresas pertencentes à Celeuma

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1.3 Localização

A Celeuma tem a sua sede na cidade de Viseu, mais precisamente na Rua 5 de Outubro 138 R/C. Localizada perto do Parque do Fontelo, do Hospital São Teotónio e da Sé de Viseu, a sede da empresa está localizado numa zona privilegiada da cidade (figura 3).

As empresas que constituem a Celeuma coabitam todas no mesmo edifício, havendo apenas uma divisão entre os departamentos internos da Celeuma e das empresas, como se pode ver na figura 4 e figura 5.

1https://goo.gl/maps/ZU3TeA3JCmPyX4AMA

Fonte: Google Maps1

Figura 3 - Espaço exterior da Celeuma

Figura 5 - Espaço de trabalho de design

Fonte: elaboração própria

Figura 4 - Espaço de trabalho da Takemedia

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1.4 A Takemedia

A Takemedia é uma empresa de comunicação audiovisual e multimédia, pertencente ao Grupo Celeuma, que tem como principal função a realização de vídeos institucionais, vídeos promocionais e

documentários, bem como a produção de spots televisivos, reportagens, infografias animadas em 2D e 3D e transcrições de sistema e formato.

No que ao áudio diz respeito, a Takemedia tem no seu leque de oferta serviços como locuções, sonoplastia, gravação em estúdio, criação de bandas sonoras, produção de jingles e produção de spots.

No âmbito da multimédia, oferece serviços como o Authoring CD, realidade virtual, modelação 2D e 3D, design multimédia e duplicação de CD’s.

Um serviço também disponibilizado pela Takemedia é o de aluguer de equipamento, fazendo parte da sua oferta os seguintes:

-Vídeo Wall;

-Telas de retroprojetor; -Telas de projeção frontal; -PC’s; -Projetores de vídeo; -Monitores de cinescópio; -Monitores de plasma; -Luzes caleidoscópicas; -Som indoor; -Som outdoor; -Câmaras de vídeo; -Tripés.

Figura 6 - Logótipo da Takemedia

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A Takemedia assume assim, como principal foco, a criação de spots e vídeos promocionais na vertente institucional, em que os spots em média duram entre 20 a 30 segundos, e os filmes duram entre 10 a 15 minutos. Estes vídeos, regra geral, relatam a história e percurso do cliente, os recursos humanos, os produtos, a sede e espaço. O principal objetivo destes vídeos é serem usados para portfólio interno das empresas, para redes sociais ou para promoção da empresa.

A realização de vídeos promocionais, o principal objetivo é ajudar a vender/promover um produto de forma a criar uma imagem consistente, dinâmica e atrativa do mesmo de forma a alcançar o maior número de consumidores possível do produto.

A realização de vídeos de eventos tem como objetivo fazer um resumo, normalmente direcionado para as redes sociais de um determinado evento no qual a Takemedia faz a captação e edição das imagens de forma diária ou no formato de vídeo final (aftermovie).

A Takemedia também tem meios para fazer streaming para a web e para led walls, como por exemplo, desfiles de marchas populares, concertos, entre outros.

A empresa conta também com um vasto leque de equipamentos. Para captação de vídeo são usados os seguintes (figura 7):

Figura 7 - Material usado

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A nível de pós-produção, existem 2 computadores, um portátil de marca ASUS, e um

desktop de edição de vídeo.

Os softwares utilizados pela Takemedia são o Adobe Master Collection, DaVinci Resolve,

Reaper e Blender (figura 8).

No que aos sistemas de armazenamento diz respeito, a Takemedia possui um Network

Attached Storage (NAS), que permite a todos os computadores aceder aos ficheiros que

se encontrem na rede de forma a melhorar a fluidez do trabalho e otimização do tempo e dos recursos.

Como em qualquer empresa, organização ou associação, os recursos humanos são o pilar fundamental do desenvolvimento da empresa e são os responsáveis por converter tudo o que é planeado em produto final para o cliente. Os recursos humanos da Takemedia resumem-se a quatro colaboradores, Rui Costa que é o CEO da mesma e foi também o supervisor do meu estágio, Daniel Azevedo que é realizador, editor, guionista e produz

motion graphics, Paulo Varela que é operador de camera e editor de vídeo e Tiago Costa

que é editor de vídeo, fotógrafo de produto e responsável de gestão de materiais.

Estes colaboradores estão em constante articulação entre si e com os restantes departamentos, devido ao facto de a origem dos trabalhos ser diversa e existirem trabalhos a decorrer em simultâneo.

De acordo com Empresa Ágil (2014) “O cliente é a razão da existência de qualquer empresa e (...) o foco da empresa tem que estar nele e na sua satisfação”.

A Takemedia conta também com um vasto leque de clientes, clientes estes que variam desde municípios, a grupos empresariais, a fábricas, a estabelecimentos locais, a eventos entre outros.

Alguns dos clientes da Takemedia são: o Município de Viseu, o Grupo Copo, a Toscca, a Martifer, a Viseu Arena, o Irish Bar, o Instituto Politécnico de Viseu, entre outros.

Figura 8 -Softwares utilizados

Fonte: http://allpcworld.com/wp-

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1.5 Missão, Visão e Valores da Takemedia

A missão segundo Rabinow (1995) é “uma meta corajosa, instigante e audaz que deve ser expressa em linguagem clara, objetiva e bem definida” (p. 247).

A Takemedia assume como sua missão prestar um serviço completo, eficiente e de qualidade com o propósito de resolver as reais necessidades dos seus clientes.

Para Oliveira (2005) “Missão é a razão de ser da empresa. Conceituação do horizonte, dentro do qual a empresa atua ou poderá atuar no futuro” (p. 335).

A visão da Takemedia tem por base o crescimento e diversificação não só dos trabalhos desenvolvidos como dos mercados em que estão presentes.

Tamayo (1998) entende que “Valores organizacionais são princípios ou crenças, organizados hierarquicamente, relativos a condutas ou metas organizacionais desejáveis, que orientam a vida da organização e estão a serviço de interesses individuais, coletivos ou ambos” (p. 56).

Os valores da Takemedia regem-se pelo profissionalismo e pelo rigor com base numa equipa profissional, atenciosa e flexível de forma a adaptar-se ao cliente e às suas necessidades.

1.6 Análise SWOT da Takemedia

A análise das strenghts (forças), weaknesses (fraquezas), opportunities (oportunidades) e threats (ameaças) que vulgarmente se chama de análise SWOT foi inicialmente investigada em 1960 após um grupo de investigadores estudar e perceber porque os planos de algumas empresas não eram bem sucedidos. Assim pelas mãos de Edmund P. Learned, C. Roland Christiansen, Kenneth Andrews, e William D. Guth surge a análise SWOT descrita com detalhe no livro Business Policy, Text and Cases.

A análise SWOT permite com base em fatores internos ou externos à empresa perceber quais são as suas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças.

Segundo Crocco et al. (2014), “O processo de análise interna de uma organização deve conduzir necessariamente a uma identificação de variáveis, aspetos e fatores, defensáveis e perfeitamente justificados, que demonstrem com clareza o cenário internas das condições de operação, gestão, disponibilidade de capacitações, inventário de limitações e necessidades da empresa (...)”.

A Takemedia é uma das maiores empresas de produção audiovisual do distrito de Viseu e conta com uma larga experiência e um vasto leque de clientes. Porém esta

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reputação não a inibe de estar exposta a ameaças e fraquezas tal como qualquer empresa que esteja presente no mercado.

Na figura 9 é apresentada a análise SWOT da Takemedia:

Assim nas suas forças encontramos aspetos como os largos anos de experiência, que prepararam e permitiram aos seus profissionais saber exatamente o que fazer nas mais diversas situações ou obstáculos que surgem durante o processo de trabalho.

O domínio do mercado é também uma das grandes forças da Takemedia visto que a empresa tem uma presença em várias regiões e setores de mercado sendo a responsável de grandes projetos de vídeo. Como já foi referido anteriormente, a Takemedia está inserida numa empresa de publicidade e comunicação, a Celeuma, o que abre uma porta a novos clientes.

Nas suas fraquezas a Takemedia apresenta preços um pouco mais altos que a

Figura 9 - Análise SWOT da Takemedia

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qualidade do mesmo terão de ser sempre uma constante porque o cliente está a pagar um valor alto.

Os recursos humanos são uma fraqueza não na sua qualidade ou profissionalismo, mas sim na sua quantidade estando no limite para alguns projetos a serem desenvolvidos pois por vezes há necessidade de contratar freelancers para determinados trabalhos. O mesmo acontece com o material que é de qualidade, mas pouco, só havendo 2 câmaras de vídeo operacionais o que por vezes é insuficiente para o volume de trabalho.

As principais oportunidades da Takemedia prendem-se com o forte crescimento do turismo no país e na região centro o que arrasta consigo a expansão da empresa para outras áreas nacionais e por consequência mais trabalho e mais clientes.

A Takemedia vê como ameaças outras empresas com preços mais baixos, pois podem fazer um trabalho semelhante com um menor custo para o cliente. A empresa também pode sofrer com a saturação existente no mercado relativamente aos vídeos institucionais.

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Capítulo II

O Estágio

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Neste capítulo irá ser abordado, o estágio na sua vertente mais prática e serão feitas relações com unidades curriculares, reconhecimento de novas aprendizagens e onde será explicado o processo de trabalho das atividades desenvolvidas.

2.1. Plano de estágio

O plano de estágio foi definido com base nos documentos fornecidos pelo Gabinete de Estágios e Saídas profissionais do IPG (anexo I). Neste plano foram apenas mencionadas de uma forma genérica as atividades a realizar. As principais atividades a exercer seriam na área da captação e edição de vídeo, visto ser a área à qual também me candidatei e revelei maior interesse aquando da entrevista com o Diretor Geral da Takemedia.

2.2. Articulação entre o estágio e as unidades curriculares

O estágio devido à sua exigência profissional requer, por parte do aluno, um conhecimento médio/avançado da área em que vai desenvolver as suas tarefas. Nesta medida, as unidades curriculares de “Captação e edição de áudio e vídeo” tiveram um peso significativo. Também, as unidades curriculares de “Design Gráfico”, “Publicidade e propaganda” e “Análise e produção publicitária”, tiveram um contributo importante para o bom desenvolvimento do estágio, quer no que diz respeito ao processo criativo, quer nos procedimentos de elaboração de guiões.

As unidades curriculares presentes no curso vieram ajudar a comunicar de forma eficaz num curto espaço de tempo, como no caso dos vídeos promocionais e na articulação entre o processo de planeamento, a escrita de guiões, a articulação entre a mensagem a transmitir e a vertente prática da edição e montagem, tudo de forma a que o produto final seja concordante com o que o cliente pretende transmitir.

2.3. Cronograma e atividades desenvolvidas

Durante o estágio desenvolvi diversas atividades na área da multimédia, mas o foco incidiu sempre sobre a captação e edição de vídeo, tendo desenvolvido edição de vídeo para quatro projetos. A criação de guiões e desenvolvimento de ideias também foram uma atividade presente ao longo do estágio tendo sido desenvolvidos ideias e guiões para propostas a enviar ao cliente. Também tive oportunidade de desenvolver atividades na área do design gráfico.

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De forma a ilustrar graficamente o tipo de trabalho realizado ao longo do estágio foi elaborado o cronograma da figura 10.

A edição foi uma constante todas as semanas ao longo das 13 semanas de estágio. Porém, a captação aconteceu menos vezes em parte por motivos de saúde pois durante as semanas 3 a 5 estive de baixa médica por motivos de operação urgente à apêndice o que me obrigou a um repouso absoluto, após 5 dias de internamento.

2.4. Atividades

Neste tópico constará uma descrição mais detalhada de cada uma das atividades desenvolvidas ao longo do estágio.

2.4.1.

Edição de vídeo do grupo Copo

Na primeira semana de estágio, após ter conhecido o local de estágio, os colegas e ter começado a aprender as mecânicas de trabalho da Takemedia surgiu o primeiro projeto, cujo cliente era o grupo Copo e o objetivo era editar um vídeo comemorativo dos 50 anos do grupo.

Para Dancyger (2013), “O papel primário do editor de vídeo, tem lugar na fase da pós-produção. Uma vez que a produção está concluída, som e música são adicionados nesta fase bem como os efeitos especiais. Além de encurtar os vídeos o editor tem de encontrar um ritmo para o filme; trabalhando de perto com o realizador e por vezes com o produtor (...)”.

Figura 10 - Cronograma das atividades

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de imagens era imenso e o encadeamento era complexo pois a captação das mesmas já tinha acontecido antes de iniciar o estágio, e a orientação que me chegou do supervisor era que seria para realizar um vídeo resumo.

Quando abri o projeto, que tinha sido iniciado por um colega, havia os ficheiros cortados de todas as câmaras sendo que a dimensão de ficheiros em bruto já tinha passado de 4 horas para 50 minutos, e estes 50 minutos teriam de passar para cerca de dois minutos.

Foi iniciado então o processo de cortar e selecionar os melhores enquadramentos dos vídeos que tinha à disposição e previamente cortados. A música, apenas instrumental, já estava escolhida e tinha sido facultada por um colega da empresa. Procurou-se assim com base na música escolhida encaixar as mudanças de imagens com a batida da música e manter uma sequência de imagens que fizesse sentido, como por exemplo a passagem de imagens de exteriores para interiores fazendo uso das imagens de drone captadas.

Após ter montado o vídeo juntamente com os meus dois colegas de estágio o mesmo foi enviado ao cliente e o feedback foi de que o mesmo teria de seguir uma ordem lógica consoante a linha cronológica do evento. Com base nesta indicação foram selecionados os clipes em bruto novamente e foi feita uma nova versão com base no pedido de correção do cliente.

O vídeo em todas as suas versões foi enviado com timecode, uma das técnicas da Takemedia para evitar que o cliente publique o vídeo e de forma a permitir ao cliente identificar mais facilmente o tempo em que quer determinada correção. No final, o cliente mostrou-se muito satisfeito com a versão do vídeo.

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Com este primeiro trabalho foi possível pôr em prática alguns dos conhecimento pessoais no que à edição e velocidade de trabalho diz respeito, bem como pude aprender a usar mais e melhor as sequências. Toda a edição foi feita no Adobe Premiere, ferramenta que me é bastante familiar.

2.4.2.

Assistente de produção do evento Mescla

O evento MESCLA foi um evento que decorreu na cidade de Viseu, e que ao longo de uma semana tinha demonstrações de arte por toda a zona da Sé, sendo a Takemedia a empresa responsável pela cobertura do evento na área do vídeo.

Fiz a captação de vídeo com uma câmara DSLR Canon 6D numa vertente mais livre e de captar alguns detalhes.

Nas filmagens, por estas serem maioritariamente noturnas, as lentes usadas eram sempre muito luminosas de forma a evitar o ISO (International Organization for Standardization) alto para as imagens terem o mínimo de ruído possível.

Nesta atividade, além da componente profissional houve a oportunidade de apreciar algumas obras de arte que na sua maioria eram de autores desconhecidos para mim o que foi bastante positivo.

Figura 11 - Projeto de edição do vídeo do Grupo Copo

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2.4.3.

Edição do videoclipe da Tunadão

Ainda no princípio do estágio estava a decorrer na Takemedia o projeto do videoclipe da Tunadão que é o nome da tuna académica do Instituto Politécnico de Viseu. Neste projeto realizei tarefas de assistente de produção bem como tive a cargo a maioria do processo de edição.

O storytelling deste videoclipe estava definido pelo guionista responsável do mesmo e na edição teríamos de seguir o que já estava previamente planeado no que diz respeito ao tipo de imagens e enquadramentos em determinado tempo do vídeo.

Inicialmente em conjunto com os meus colegas fizemos uma revisão de todas as imagens e do guião, pois as imagens acompanhavam a letra da música.

Já no processo de edição, após a revisão dos conteúdos e de perceber a letra e a sua batida começou-se por cortar os vídeos em bruto que apesar de serem planos em que existia um guião eram sempre feitos vários takes e aí foi necessário escolher o melhor plano entre os demais pois por vezes havia erros menores que estavam a mais.

Este videoclipe tinha a particularidade de ser gravado a 120 frames por segundo para se conseguir obter os slow-motions pretendidos. Era nesses movimentos lentos que se encontrava um dos primeiros desafios na edição destes clipes, pois requeriam uma maior quantidade de clipes num curto espaço de tempo de modo a evitar que os planos fossem demasiado lentos e quebrassem a dinâmica que estava previamente definida e pensada para este vídeo (figura 12).

Figura 12 - Frame do vídeo da Tunadão

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Após toda a montagem dos diversos clipes estar pronta, o Diretor Rui Costa ia acompanhando e dando sugestões fundamentais, de modo ir ao encontro do pretendido pelo guionista e pelo cliente, como por exemplo a sequência de determinadas imagens ou a velocidade das mesmas.

Uma das grandes dificuldades com que me deparei neste projeto fora o facto de haver momentos em que o raccord do vídeo não estava perfeito ou que por vezes nem existia, o que obrigou a alguma agilidade mental de forma a conseguir colmatar essas situações e manter na mesma o encadeamento e storytelling pretendidos.

Após este processo de montagem foi feita a correção de cor no Adobe After Effects pois a versão do Adobe Premiere de que a empresa possui licença não tem a opção de

Lumetri.

Segundo Hurkman (2011) “Correção de cor refere-se ao processo que é mais técnico na natureza, de fazer ajustes a problemas claramente qualitativos numa imagem, trazendo ao seu estado mais neutro...” (p. 3).

No Adobe After Effects a correção passou por mexer em parâmetros como as curvas, o HSL, as sombras e as altas luzes de forma a conseguir corrigir por exemplo os tons de azul nas gravações do bar como é visível na figura 13 e figura 14.

Figura 14 - Frame do vídeo sem correção de cor

Fonte: Elaboração própria

Figura 13 - Frame do vídeo com correção

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Foi assim um processo de edição mais demorado, mas que contou com muito empenho e dedicação da minha parte. O aspeto mais positivo deste projeto foi a liberdade e confiança dada, o que me permitiu poder mostrar alguns dos meus conhecimentos, mas também poder adquirir outros tantos, em especial no que diz respeito à mecânica de trabalho e ao planeamento (figura 15).

O vídeo2 foi um caso de sucesso contando, à data de dia 02 de dezembro de 2019, com mais de 49.000 visualizações no Youtube.

2https://youtu.be/-oO0q0Lr8bo

Figura 15 - Timeline do projeto.

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2.4.4.

Capa e bolacha da Tunadão

Ainda no projeto do Tunadão, após o vídeo ter sido aprovado pelo cliente fazia parte da proposta a gravação do videoclipe, das entrevistas, de álbuns e das fotos de atuações da tuna num DVD comemorativo dos 20 anos de existência.

Foi pedido pelo supervisor para realizarmos todo o processo criativo e de concretização gráfica do que tínhamos planeado.

Inicialmente começou por fazer-se uma pesquisa na web para ver o que já tinha sido feito para este cliente e para outros bem como de elementos relacionados com as tunas e com a cidade de Viseu, que era o principal mote deste projeto.

Neste processo de brainstorming juntamente com os meus colegas decidimos diversos aspetos como a cor predominante, os elementos gráficos e a composição. A cor escolhida foi o preto, cor dos estudantes.

Nos elementos gráficos, optou-se pela Sé de Viseu, a pandeireta, o violoncelo, a guitarra, a bandeira, a capa e o chapéu, pois quando combinados entre si iriam fazer a união entre a tuna e a cidade de Viseu como um complemento mútuo (figura 16).

(31)

Nas janelas do edifício foram colocados frames do conteúdo do DVD de forma a transmitir a mensagem de “espreitar à janela” em tom de amostra.

Na base esquerda da Sé de Viseu (figura 17) encontram-se os elementos da tuna e na bandeira, que o primeiro elemento carrega, o logótipo do Instituto Politécnico de Viseu.

Após mostrar a versão ao responsável do projeto na Takemedia sobre o qual deu o feedback que faltavam elementos coloridos na capa do DVD o que levou a um novo

brainstorming de como colorir estes elementos e melhorar a sua disposição.

Nesta fase surgem então as cores, o brasão e a bandeira de Viseu o amarelo e o vermelho, elementos estes que trariam a cor necessária (figura 17).

Após estas alterações, a capa continuava na sua maioria muito escura o que o cliente não pretendia. Procurei junto dos meus colegas uma solução e chegámos à conclusão que passaria por trazer o equílibro do branco de forma a trazer modernidade e elementos clean à capa.

Assim sendo optámos por dividir na diagonal, e com base na forma da Sé de Viseu, a cor e inverter as cores das ilustrações dos elementos da tuna, criando uma homogeneidade por toda a capa (figura 18).

(32)

A unidade curricular de Design Gráfico teve um peso considerável neste projeto, não só por me munir de conhecimentos ao nível das ferramentas de software, mas acima de tudo no brainstorm, no processo criativo e no processo de pesquisa.

Este trabalho permitiu assim pôr em prática alguns conhecimentos na área do design e no uso de ferramentas de edição vetorial como foi o caso do Adobe Illustrator em articulação com o Adobe Photoshop e por ter sido um complemento ao trabalho desenvolvido na edição do videoclipe.

2.4.5.

Ideias para proposta – Chão do Grou

O cliente Chão do Grou, uma residência sénior, abordou a Takemedia solicitando um orçamento para um projeto com guião ou ideia central da mensagem a transmitir num spot de TV de 15 segundos e numa versão mais longa de 90 segundos.

A elaboração desta ideia tinha várias condicionantes como o tipo de público, que neste caso seriam os filhos dos idosos e a mensagem a transmitir, que deveria ser a de

Figura 18 - Versão final da capa do DVD

(33)

2.4.6.

Projeto “Mata do Fontanello”

Este projeto foi elaborado a cem porcento pelos estagiários com total liberdade após uma sugestão do Diretor Rui Costa. Este sugeriu criarmos um vídeo de raiz sobre algo que fosse característico da cidade de Viseu de forma a enriquecer o nosso estágio e também de forma a termos a nossa liberdade criativa e conseguirmos mostrar os nossos conhecimentos.

Inicialmente iríamos fazer um vídeo do estilo documental sobre os pavões da Mata do Fontelo em Viseu, porém este tema era muito limitado para a realização de um documentário de natureza e optámos por alargar o tema à Mata em geral.

Numa primeira fase comecei, em conjunto com os meus colegas, por pesquisar informações sobre a Mata do Fontelo, na sua vertente histórica, de fauna e da flora. Recolhemos toda a informação necessária para a elaboração do guião técnico no que aos elementos a captar diz respeito, e definimos o storytelling do vídeo como se pode constatar na figura 19 e na figura 20.

Figura 20 - Guião de planos

Fonte: Elaboração própria

Figura 19 - Guião de flora a encontrar

(34)

Após o processo de seleção e pesquisa de elementos a ter em consideração no vídeo, foi perguntado ao supervisor de estágio, Rui Costa, qual o material que poderíamos usar para este projeto. Foi-nos disponibilizada para tal a câmara Blackmagic Production Camera 4K, material com o qual nunca tinha tido contacto direto, o que para mim foi uma novidade, pois o funcionamento desta câmara é diferente do funcionamento das DSLR a que estava habituado. Optei assim juntamente com os restantes colegas de projeto, por pesquisarmos informações sobre o equipamento e testar a câmara para que o trabalho no terreno fosse mais eficaz e sem erros (figura 21).

Uma das principais particularidades destas câmaras é que o shutter funciona em ângulos em vez da velocidade vulgarmente presente nas DSLR. Esta novidade foi rapidamente percebida após pedir a um dos colaboradores da Takemedia uma explicação do funcionamento deste tipo de câmaras, complementando com uma pesquisa na Internet. Outra funcionalidade que é possível controlar é o balanço de brancos com recurso a medidas exatas de temperatura usando graus kelvin.

Após estes testes e de aprender como funcionava o material que iríamos usar começaram então as primeiras gravações na Mata do Fontelo.

Figura 21 - Testes com a Blackmagic Production Camera

(35)

Consoante o guião e as filmagens que íamos gravando gradualmente ao longo do estágio, foi desenvolvido um guião para o voice over para acompanhar o vídeo e que dependeria das imagens captadas.

As primeiras imagens realizadas foram apenas imagens estáticas e movimentos de

pan e tilt com recurso ao tripé, sendo que algumas filmagens foram feitas ao ombro com

lentes zoom, como foi o caso da Samyang 85mm f 1.8, que permitiu captar detalhes com um desfoque em campo de profundidade com um toque cinemático que correspondia ao planeado.

Nas captações também operei um drone DJI Phantom 3 SE 4K (figura 23) que permitiu obter ângulos diferentes e que elucidavam a dimensão do cenário e que permitiu criar transições entre planos de forma a dinamizar o vídeo (figura 24). O grande desafio aqui enfrentado foi no voo a baixa altitude (cerca de 1,5 metros do chão) nos corredores da floresta pois voar a esta altitude requer muita destreza e conhecimento.

Figura 22 - Gravação do vídeo Mata do Fontanello

Fonte: Elaboração própria

Figura 23 - DJI Phantom 3 SE 4K Fonte: https://www1.djicdn.com/asse ts/images/products/phantom- 3-se/banner-fa7b98ace0a3510dfed4b4d75 1137a6a.png?from=cdnMap

(36)

Após a recolha de todas as imagens foi necessário um trabalho árduo de edição, pois as imagens tinham sido apenas captadas com tripé e ao ombro, e a Blackmagic Production Camera tem como particularidade não ter estabilizador de imagem, nem 60 ou 120 frames por segundo, o que me limitava quer os movimentos quer a velocidade e estabilidade dos mesmos.

Na edição, seguimos o guião que tínhamos definido e optámos por contextualizar primeiramente a história da mata e só depois a fauna e flora bem como as atividades que nela se desenvolvem.

De acordo com Ascher et al. (2012) “O período de pós-produção (...) começa normalmente após a principal captação estar concluída. Em muitos filmes o editor trabalha ainda no processo de produção e vai cortando à medida que cada cena é filmada, pois assim consegue dar indicações ao realizador e à equipa das correções a serem feitas” (p. 3).

A mistura de cores, dos movimentos, das imagens terrestres e aéreas foi pensada para dar o máximo de dinâmica ao vídeo bem como o uso de técnicas cinematográficas como hyperlapse e o vertigo effect. No caso do vertigo effect este teve de ser criado

Figura 24 - Imagem aérea da Mata do Fontelo

(37)

A nível musical, optei por escolher música de livre utilização num tom épico e cinemático que acompanhasse as imagens e a voice over. Juntamente com a música foi também editada a voice over em que apenas se mexeu nos efeitos de repitch, equalizador, reverbação e redução de ruído pois o objetivo não era alterar demasiado a voz apenas torná-la mais limpa e percetível. A edição de áudio foi feita no Adobe Premiere pois para este efeito o software servia o pretendido.

O lettering do título foi pensado para ser minimalista e o mais simples possível pois a voice over já acrescenta bastante informação ao vídeo e a imagem de fundo já é complexa por natureza.

Após a montagem de todos os elementos, o vídeo foi mostrado ao responsável por este projeto e o mesmo deu os parabéns à equipa pelo trabalho conseguido.

2.4.7.

Guião do Lince Ibérico

A Takemedia recebeu um pedido de proposta para um projeto de promoção de um centro de observação do Lince Ibérico em Mértola, e o meu supervisor pediu para que elaborasse um guião de um possível vídeo sobre o centro de observação de forma a promover o mesmo como um momento de família e de passeio.

A ideia passava por promover uma rota com pontos turísticos previamente facultados pelo cliente num vídeo que fosse mais cinematográfico e mais familiar. Assim comecei por pesquisar o local e os respetivos sítios específicos pretendidos nas gravações bem como outros vídeos semelhantes que pudessem ter sido realizados.

Após este trabalho de pesquisa comecei por criar o storytelling e a opção recaiu sobre a ideia da viagem de carro de uma família a caminho de Mértola em que a criança no banco de trás ia a brincar com a irmã a imitar um lince ibérico. Com base neste

storytelling, a ideia passava por a família ir chegando aos sítios que estavam

contemplados no roteiro definido pelo cliente, sendo que o vídeo terminaria com a criança a avistar um lince ibérico.

(38)

Na figura 25, pode-se observar o guião realizado para este projeto.

Este projeto nunca chegou a ser concretizado por questões que me são alheias e que desconheço.

2.4.8.

Ideias para a Faurecia

A Faurecia uma multinacional da área automóvel, responsável pelo revestimento dos bancos dos automóveis, contactou a Takemedia para a realização de três vídeos promocionais, sendo o vídeo principal relacionado com o recrutamento de recursos humanos para a empresa. Em relação a este projeto, foi-me proposto ter ideias para a realização do vídeo.

Assim, numa primeira fase foi feita uma pesquisa de informação sobre a empresa, trabalhos já realizados e outros trabalhos de recrutamento. Esta pesquisa incidiu fundamentalmente em redes sociais como o Linkedin e o Facebook. Após a recolha de informação seguiu-se um brainstorming onde se concluiu que o ideal seria um desenvolver um vídeo que mostrasse que o candidato tinha um lugar à sua espera na empresa. Como maneira de transmitir esta mensagem pensou-se na utilização de fardas.

De forma resumida a ideia passaria por mostrar um pavilhão com máquinas de costura e uma bata na cadeira. A fábrica estaria às escuras sendo que só acendia uma

(39)

2.4.9.

Colaboração com o TOMI

O TOMI é um dispositivo de smart cities que permite aos utilizadores interagir com o mesmo de forma a obter informações sobre transportes, eventos, entre outros.

O coordenador do projeto TOMI, o Eng. José Carlos pediu a colaboração dos estagiários da Takemedia no desenvolvimento de um projeto de segurança com recurso aos equipamentos TOMI (figura 26), uma vez que estes possuem câmaras apontadas para a via pública o pretendido é que estes mesmos TOMI detetem situações de violência, assaltos, roubos, entre outras situações e através da inteligência artificial detetar estas situações para registar em vídeo as ocorrências.

Neste projeto colaborámos na recriação de cenas de violência, roubos e assaltos bem como de questões de saúde. Para tal tínhamos de caminhar em frente ao TOMI ou na direção da câmara e recriar essas situações na via pública com diversas roupas e acessórios de forma a aprimorar o algoritmo.

No geral foi uma experiência bastante enriquecedora e que permitiu interagir e trocar conhecimentos com a empresa TOMI e os seus funcionários.

Figura 26 - Equipamento da TOMI

(40)

REFLEXÃO FINAL

O processo de estágio, apesar de não ter sido o meu primeiro contacto com o mercado de trabalho, foi uma experiência que me ensinou novos métodos de trabalho e me proporcionou novos conhecimentos, bem como me permitiu lidar com diversas situações práticas e emocionais. Foi um caminho importante e com história que ditará assim o final de uma licenciatura na qual empenhei muito trabalho e conhecimento.

Tive a oportunidade de estagiar na área que gosto e da qual quero exercer a minha profissão, apesar dos aspetos que havia a melhorar, a experiência foi globalmente enriquecedora.

Durante estes três meses de estágio contei com o apoio dos meus dois colegas de turma e de estágio, a Sofia e o Simão, que foram fundamentais para o sucesso dos projetos que nos eram propostos. No geral a entidade que nos acolheu ficou muito agradada com o trabalho que desenvolvemos, em especial com o vídeo da Mata do Fontelo.

Graças a este processo desde o início da licenciatura até ao final deste relatório, cresci enquanto pessoa e profissional e sinto-me mais preparado para os desafios do futuro no mercado profissional. Toda a evolução que presenciei e tive a oportunidade de vivenciar e aprender muniu-me de conhecimentos, técnicas e inteligência emocional que me motivam para o meu futuro profissional enquanto técnico de multimédia.

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BIBLIOGRAFIA

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Lista de anexos:

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(48)

Lista de apêndices

Apêndice I – Projeto Tomi

Apêndice II – Camera usada nas gravações da Mata do Fontanello Apêndice III – Gravações do projeto Mata do Fontanello

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Referências

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