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IDEAIS PRIMOS DO ANEL DE WITT SOBRE UM ANEL LOCAL

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Academic year: 2021

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(1)Ideais Primos do Anel de Witt sobre um Anel Local Rosali Brusamarello. Orientação Prof. Dr. Ires Dias. Dissertação apresentada ao Instituto de Ciências Matemáticas de São Carlos USP, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Matemática.. USP - São Carlos agosto 1991.

(2) À minha família.

(3) Inicialmente, agradeço à, Ires, pela sua incansável dedicação. Agradeço aos meus pais, pela confiança em mim depositada; aos meus colegas da pós-graduação, pela amizade e apoio; à Míriam, pelo seu exemplar coleguismo e sua grande amizade; ao CNPq, pelo auxílio financeiro recebido; e as demais pessoas que me foram importantes..

(4) Abstract. In this work we study quadratic forms theory on local rings on which we don't have the hipothesis that 2 is invertible. Our aim is to stablish a one to one correspondence between the set of the minimal prime ideais of Witt Ring on a local ring and the set of maximal orders of this ring. This correspondence have already been stablished by Kanzaki and Kitamura when 2 is invertible on the local ring..

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(6) . Conteúdo. Introdução. 111. 1 Espaços Bilineares. 1. 1.1 Preliminares . 1. 1.2 Espaços Bilineares. 3. 1.3 Subespaços. 7. 1.4 Espaços Metabólicos 1.5 Decomposição de Espaços Bilineares. 10. 2 O Anel de Witt 2.1. W(A) e W(A) . 2.2 Geradores de W(A) . 3. Ideais de W(A) 3.1 Os Ideais Primos de W(A) . 13 16 16 20 24 24.

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(8) Introdução A teoria de formas quadráticas teve origem em 1937 através de um artigo escrito por E. Witt, onde foi introduzido pela primeira vez na literatura a noção de Anel de Witt de um corpo. Trinta anos depois, surgiram os trabalhos de A. Pfister, com os primeiros resultados sobre a estrutura do Anel de Witt de um corpo de característica distinta de 2. Em 1973, T. Y. Lam escreveu o livro [12], ainda trabalhando sobre corpos de característica distinta de 2. Posteriormente, surgiram trabalhos importantes na teoria de formas quadráticas sobre domínios mais gerais, dentre eles destacamos os trabalhos de A. Knebusch. Nosso trabalho tem por base a teoria de formas quadráticas sobre anéis locais com 2 inversível ou não. Mais precisamente, estudamos os ideais primos do Anel de Witt sobre um anel local. Em [12], Lam estabelece uma correspondência biunivoca entre o conjunto dos ideais primos minimais do Anel de Witt de um corpo de característica distinta de 2 e o conjunto das ordens deste corpo. Kanzaki e Kitamura estabeleceram em [8] uma correspondência biunívoca entre o conjunto dos ideais primos minimais do Anel de Witt sobre um anel local em que 2 é inversível e o conjunto das ordens das unidades (ver def. 4.10) deste anel. Nosso objetivo é estabelecer uma correspondência análoga às citadas acima, para o caso de um anel local sem a hipótese de 2 ser inversível. Com isso estaremos generalizando [8]. Baseados no que Baeza apresenta em [2] a respeito da teoria de formas quadráticas sobre anéis semi-locais, introduzimos os conceitos básicos da teoria de formas quadráticas sobre um anel local. Além de definirmos o Anel de Witt sobre um anel local, damos uma caracterização de seus geradores, afim de facilitar. III.

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(12) Lema 1.7 Se P é um A-módulo projetivo finitamente gerado, então existe um A-módulo finitamente gerado N tal que P (4) N = An, para algum n E N.. Dem.: Como P é um A-módulo projetivo, temos que existe um Amódulo N„, tal que P e No = F, onde F é um A-módulo livre com base { ei}iEr• Sendo P finitamente gerado existe um subconjunto finito J de I, tal que P C F, := EiE j Aei. Assim, F, = P (No n F0 ). Tomando N = N, n Fo, temos que Fo = P e N, pois P n N =0. Claramente N FolP é finitamente gerado. Portanto P e N = An, para algum 71 E N. O Teorema 1.8 Todo módulo projetivo finitamente gerado sobre um anel local é. livre. Dem.: Sejam A um anel local e M um A-módulo projetivo finitamente gerado. Então, por (1.7) existe um A-módulo finitamente gerado N tal que MeN An, = para algum n E N. Consideremos {e1, , en} uma base de MeN . Sendo A local podemos considerar o corpo das classes residuais K A/M = e, pela projeção canônica, temos que M e N Kn. Seja 7k,. ,j,„ base de M e 7,„+1, ,7,, base de N sobre K. Se B = (bii) com fi = então B não singular, pois é uma matriz mudança de base. Assim, o determinante de B uma unidade, ou seja, B é inversível. Logo, {fi, ,f,,} é uma base de M e N. Assim, {fi, ,f„,} é base de M, ou seja, M é um A-módulo livre. 13. 1.2 Espaços Bilineares No que segue e nos demais capítulos A denota sempre um anel local comutativo com elemento identidade 1 e M seu ideal maximal. Indicamos por A* o grupo das unidades de A. Assumimos também, a partir de agora, que todo A-módulo é unitário e que todo homomorfismo de anéis leva elemento identidade em elemento identidade. Em geral, a teoria de formas quadráticas sobre anéis é feita na categoria dos módulos projetivos finitamente gerados de posto constante. Como vimos em.

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(14) d: M --> M*.. Como um módulo bilinear (M, b) é caracterizado por uma matriz quadrada (bii), usamos também a notação b = (bii ) para indicarmos a forma bilinear b. O determinante da matriz (bii ) é chamado determinante do espaço bilinear b. Exemplo 1.12 Seja (M, b) um módulo bilinear tal que M Aei = e Ae2 COM b(ei , ei) = a, b(e2, e2) = fi e b(ei,e2) = 1. Assim: (bii) = (b(ei,e.i)) =. ou seja, (M, b) é um espaço bilinear se, e somente se, 1 — ai3 E A*. A menos que se diga em contrário, no que segue, (M, b) denotará um espaço bilinear sobre A . Definição 1.13 Uma isomet ria entre dois espaços bilineares (M1, b1) e (M2, b2) = so(y)), para é um isomorfismo linear w M2, tal que bi(x, y) b2(so(x), todo x,y E MI. Se existir uma isometria entre (M1, b1) e (M2, b2) dizemos que os espaços são isometricos e denotamos por (M1, b1) f:-2 (M2, b2), ou simplesmente. b1r-s-2 b2. Proposição 1.14 Sejam (M1, b1 ) e (M2 , b2 ) espaços bilineares sobre A e (aii ) , (li) suas respectivas matrizes. Então b1 b2 se, e somente se, (aii) e (bii) são matrizes semelhantes.. Dem.: Se b1 b2, então existe um isomorfismo w : M1 —>. tal que bi(x, y) = b2(so(x),w(y)). Todo isomorfismo entre módulos livres é determinado = para todo x E M1. Como por uma matriz inversivel C, ou seja, ço(s) Cx, M2,. bi(x , y) xt =(aii)Y e b20,0 (x), 49(Y)) (P(s)t(bii)(P(Y) = xtnbii)Cy =. Portanto (aii) e (bii) são semelhantes. temos (aii) Ct(bii)C. =.

(15) Reciprocamente, se existe uma matriz inversivel C tal que (aii) = então podemos considerar o isomorfismo coo: M1 --+ M2 tal que ya(x) = Cx, para todo x E M1. Assim, para x, y E M1, mcp(x),(e(Y)) = xict(bii)cY = st(ai,)y =(x, Y).. Portanto b1 b2.. Como conseqüência desta proposição temos:. Corolário 1.15 Os determinantes de dois espaços bilineares isometricos diferem por quadrados. Dem.: Imediata. Cl. Consideremos agora a categoria dos espaços bilineares sobre A , que denotamos por Bi/(A), onde os morfismos são as isometrias. Em Bil(A) vamos definir uma soma e um produto. Definição 1.16 Definamos a soma ortogonal dos espaços (Mi,bi ) E Bil(A) (i = 1,2) como sendo o espaço bilinear: (M1, b1) (M2, b2) = (M1 EB M2, b1 b2), onde (b1 1 b2 )(x1 e x2, yi 3y2) + b2(x2, Y2), para todo x, y, E Mi = (i =1,2). Denotamos este espaço simplesmente por b1 1 b2. = Definamos o produto tensorial dos espaços (Mi , b) E Bil(A) (i 1,2), como sendo o espaço bilinear: (M11 b1) ® (M2, b2) = (M1 0 M2) b1 b2),. onde (biOb2)(xiOx2, ®Yz) = (xi Yi)b2 (x2, y2), para todo xi, yi E Mi (i =1, 2). Denotamos por b1 b2 este espaço..

(16) As duas operações são associativas, comutativas e o produto tensorial é distributivo em relação a soma ortogonal. Além disso, as duas operações são compatíveis com a relação de isometria , ou seja, se bi b2 e b'2, então biJL b2 J_ b5 e bi 0 III b2 Yr De fato, se cp : b1) —> (M2, b2) e e,o' : b'i ) (M, b' 2 ) são isometrias, então é fácil ver que: (70 Soi (M1 e Mi, bi 1 —> (m2 e M, b2 ib/2), definida por so -F (x i e = cp(x1 ) çoi(xii ) é uma isometria. Assim como wØd :(Mi Ø M,bi ØbJ—*(M2øM,b2Øb), definida por cp so'(xi = cp(x i ) çoi (x1i ) é uma isometria. Observação 1.17 Convencionamos como sendo o elemento neutro da soma ortogonal o espaço (0, O) que assumimos não singular. O elemento neutro do produto tensorial é o espaço unidimensional ( Ae, b), com b(e, e) = 1, que denotamos por < 1>.. 1.3 Subespaços Nesta seção voltamos a considerar os módulos bilineares, sem exigirmos que sejam não singulares. Seja (M, b) um módulo bilinear. Para todo subconjunto U C M consideremos o conjunto: = Vy E U}, = {x E M : b(x, y) 0, que é um submódulo de M. Lema 1.18 (i) SeV CU C M, então U(ii) U (iii) = U±±7.

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(41) 3.2 Os Ideais Primários de W(A) Esta seção contém uma caracterização dos ideais primários de W(A), onde A é um anel local. Esta caracterização é baseada no que Fitzgerald fez em [5] para corpos de característica distinta de 2. Vale observar que o que é feito aqui, apesar de generalizar o resultado de Fitzgerald, não é relevante para o restante do trabalho. Estes primeiros resultados sobre ideais primários se encontram demonstrados em [1].. Definição 3.13 Um ideal Q C A, Q A é primário se xy E Q implica em x E 2 ou yn E Q para algum n > O. Em outras palavras, Q é primário se, e somente se, A/Q {O} e todo divisor de zero em A/Q é nilpotente.. Definição 3.14 Seja E C A um subconjunto qualquer de A. Definimos como sendo o radical de E, que denotamos por r(E), o conjunto: r(E) = {x E A : xn E E, para algum ri > O}. Lema 3.15 Se A C A, então r(A) é também um ideal de A. Mais ainda, r(A) é a intersecção de todos os ideais primos de A que contém A.. Proposição 3.16 Seja Q um ideal primário de A. Então, r(Q) é o menor ideal primo contendo Q.. Se 2 = r(2) dizemos que Qé 2-primário. Em geral, se r(A) é um ideal primo, não podemos afirmar que A é primário. Vale, porém, o seguinte resultado:. Proposição 3.17 Se r(A) é maximal, então A é primário. Em particular, as potências de um ideal maximal M são M-primárias.. 32.

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(54) Bibliografia [1] ATIYAH, M.F. e MACDONALD, I.G. , Introduction to Commutative Álgebra, University of Oxford, 1969. [2] BAEZA, R. , Quadratic Forms Over Semilocal Ring , Lecture Notes in Mathematics, 1978. [3] CAVICHIA, M.C. , Estudos de Relações entre um Corpo Formalmente Real e seu Anel de Witt , Dissertação de Mestrado , IMECC-UNICAMP, 1989. [4] DIAS, I. , Formas Quadráticas sobre LG-Anéis , Tese de Doutorado , IMECC-UNICAMP , 1988. [5] FITZGERALD, R.W. , Primary Ideais in Witt Rings, Journal of Algebra 96, 368-385, 1985. [6] FITZGERALD, R.W. , Ideal Class Grvups of Witt Rings , Journal of Algebra 124, 506-520, 1989. [7] HU, SZE-TSEN , Introduction to Hornological Algebra , University of California , Los Angeles, 1968. [8] KANZAKI, T. e KITAMURA, K. , On Prime Ideais of a Witt Ring over a Local Ring, Osaka Journal Mathematics 9, 225-229, 1972 [9] KNEBUSCH, M. e ROSENBERG, A., An Invitation to Real Spectra , Lecture at Conference on Quadratic Forms , Hamilton, 1983. [10] KNEBUSCH, M. e ROSENBERG, A. , Real Closures of Commutative Rings , Journal für Mathematik, 1973.. 45.

(55) [11] KNEBUSCH, M. , Symmetric Bilinear Forms over Algebraic Varieties , Lecture at the Quadratic Forms Conference Queen's University, Kingston/Ontario, 107-179, 1976. [12] LAM, T.Y. , The Algebraic Theory of Quadratic Forms , University of California, 1973..

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