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Origem e historial da Filosofia

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

FILOSOFIA

10ºANO Módulo inicial I – Iniciação à actividade filosófica

1. O que é a filosofia? 2. Quais são as questões da filosofia? 3. A dimensão discursiva do trabalho filosófico.

(2)

O QUE

É A

(3)

APROXIMAÇÃO

ETIMOLÓGICA

(4)

O termo «filosofia» teve

origem na Grécia antiga.

Etimologicamente podemos

distinguir nele duas

compo-nentes: fileo = amor, procura

e sophia = sabedoria,

conhe-cimento. Assim,

originaria-mente, o termo filosofia

queria dizer, para os Gregos,

«amor da sabedoria» ou

«busca do conhecimento».

(5)

APROXIMAÇÃO

SIMBÓLICA

(6)
(7)
(8)
(9)

Aproximação à

origem da filosofia

e do filosofar

(10)

No princípio está a

admiração, o espanto, o

assombro

(11)

No princípio está também a

experiência do erro e da

dúvida

(12)

No princípio está ainda o

desejo de felicidade

(13)

APROXIMAÇÃ

O HISTÓRICA

(14)

1º nascimento da

filosofia grega

2º nascimento da

filosofia grega

Os pré-socráticos e os seus modelos de explicação da Natureza A filosofia na e da cidade PROBLEMA COSMOLÓGICO PROBLEMA COSMOLÓGICO O tema predominante é a explicação do cosmos através de uma substância una que explique a multiplicidade do real, ordenando-o.

PROBLEMA PROBLEMA ANTROPOLÓGICO ANTROPOLÓGICO O homem torna-se o centro de toda a problemática filosófica.

(15)

FILOSOFIA PRÉ-SOCRÁTICA

O problema fulcral é o da origem do cosmos. Busca do

elemento primordial, ou substância original de todas as coisas.

A procura de um princípio de unidade do real a partir

da multiplicidade das coisas existentes é, então, a preocupação dominante neste período.

Os primeiros filósofos procuram o fundamento

primordial, aquilo que permanece e se define como uno, universal e imutável.

Este princípio de unidade é a substância primordial de

que tudo emerge e à qual tudo regressa, a matéria de que todas as coisas se compõem.

(16)

Escola de Mileto

(Tales, Anaximandro, Anaxímenes)

TALES (de Mileto)

É considerado o primeiro filósofo que estudou a

natureza das coisas.

Atribui a origem do real a uma substância sensível – a

água, justificando esta afirmação pelo papel da água

na vida das plantas e dos animais e pela importância

dos rios nas civilizações que conhecia (Egipto e

Mesopotâmia).

(17)

Anaximandro (de Mileto)

 Admite como elemento primordial uma substância

não observável – o infinito ou ilimitado (apeiron).

Na origem de todos os seres está um elemento não

determinado que não é, nem se confunde com

nenhuma das substâncias já determinadas, mas contém em si todas as possibilidades de determinação.

 Atribui ao apeiron imperecível e imortal um carácter

(18)

Anaxímenes (de Mileto)

 Considera de novo uma substância determinada,

o ar, como princípio primordial, atribuindo-lhe

contudo as mesmas características do apeiron de Anaximandro.

 Todas as coisas nasceram do ar por condensação

e rarefacção. O ar quando se rarefaz torna-se mais quente, transformando-se em fogo. Condensando-se, torna-se mais frio, engendrando o vento, as nuvens, a água, a terra e as pedras.

(19)

HERACLITO (de Éfeso)

Surge como o filósofo do devir (vir-a-ser) e do

movimento. Talvez por isso, a substância primordial esteja para este autor materializada no fogo, devido à sua extrema mobilidade. Todas as coisas são fogo e estão em constante fluir (inflamação e extinção).

• Tudo está em movimento perpétuo. Nada permanece

idêntico.

«Não é possível descer duas vezes no mesmo rio; nós próprios somos e não somos».

(20)

PARMÉNIDES de Eleia

Preocupa-se com a negação do movimento

heraclitiano, reduzindo-o a uma simples aparência e afirmando simultaneamente que só a substância é verdadeira.

O Ser, a substância na sua unidade e

permanência, passa a ser concebida como algo imutável.

A substância perde o seu carácter material

(água, ar, fogo, etc.), tornando-se numa estrutura necessária e permanente. Para além da diversidade, do movimento do real, o ser é aquilo que permanece.

O ser, a substância é algo incriado,

imperecível, eterno, imutável, indivisível, total, uno, completo…

(21)

EMPÉDOCLES de Agrigento

 Os elementos originários, substrato de todas

as coisas, são quatro: o fogo, a terra, o ar e

a água.

 Admitiu a existência de duas forças

responsáveis pelo movimento mecânico dos quatro elementos e pelas suas combinações: o amor (que impele à união) e o ódio (que conduz à separação).

(22)

ANAXÁGORAS de Clazomene

Reconhecendo parcialmente o valor da argumentação

de Parménides, admitiu que partículas diminutas de todas as substâncias existentes existiriam desde sempre numa massa compacta originária.

Reconhecendo a impossibilidade de negar a mudança,

as transformações e a pluralidade das coisas, admitiu que uma força ou causa exterior, a que deu o nome de

Entendimento ou Nous, imprimiria movimento a

essa massa originária. As partículas, separando-se umas das outras e unido-se, depois, segundo a sua natureza, deram origem aos diferentes seres.

(23)

OS ATOMISTAS

(LEUCIPO e DEMÓCRITO)

 A realidade originária seria constituída por

elementos mínimos indivisíveis (átomos), eternos, imutáveis em si, que se encontram em permanente movimento, possibilitado pela existência do vazio.

 Das diferentes combinações dos átomos, em

colisão uns com os outros, é que resultam todos os seres, distintos entre si não por uma matéria diferenciada, mas tão-só em função do tamanho e da posição e disposição dos átomos.

(24)

2º nascimento da filosofia

grega

A FILOSOFIA NA E DA

CIDADE

(25)

DIMENSÃO ANTROPOLÓGICA DA FILOSOFIA

A Filosofia na “Polis”

Sócrates:

(Atenas, 469 a.c -399 a.c.)

Afirmações: “Só sei que nada sei”; “Conhece-te a ti mesmo”

Platão:(

Atenas, 428/7 a.c -348/7 a.c.)

Teoria das Ideias; Mundo sensível # Mundo inteligível

Aristóteles:(

Estagira 384 a.c - Atenas, 322 a.c.)

Grande compilador da filosofia Pré-socrática (obra “Metafísica”)Sistematizador dos saberes/ciências

(26)

Especificidade da Filosofia

Autonomia

Radicalidade

Historicidade

(27)

Autonomia

De Auto (Próprio) + Nomos (Lei)

Afirmação da liberdade de pensar – pensar por si;

Em Filosofia não se aceita, de forma passiva e acrítica, qualquer verdade estabelecida;

Aceitação do diálogo crítico com os grandes pensadores;

Ver Texto de Kant (“O que é o

(28)

Radicalidade

A Filosofia quer ir à raiz dos

problemas;

Pretende

procurar

os

fundamentos, os princípios, as

causas primeiras de toda a

realidade;

Na

Filosofia

tudo

é

(29)

Historicidade

Os filósofos vivem num tempo histórico e num

espaço determinado;

Compreender um autor implica conhecer a época

em que viveu e pensou;

O filósofo volta a sua capacidade questionadora e

interrogativa para as temáticas da sua época;

Sendo a filosofia uma realidade histórica, tanto os

filósofos, como o seu pensamento e as suas obras deverão ser compreendidas e inseridas no seu tempo.

(30)

Os filósofos não podem ignorar o

Os filósofos não podem ignorar o

passado – têm de fazer da história o

passado – têm de fazer da história o

seu

“laboratório”,

pois

seu

“laboratório”,

pois

temáticas

colocadas

pelos

temáticas

colocadas

pelos

primeiros filósofos que ainda hoje

primeiros filósofos que ainda hoje

se mantêm sem resposta definitiva

se mantêm sem resposta definitiva

e

que

constantemente

nos

e

que

constantemente

nos

interpelam.

interpelam.

(31)

Universalidade

Universalidade

O objeto de reflexão da Filosofia

é a totalidade do real;

Todos os homens são filósofos, na

medida em que todos têm

capacidade racional. Todo o

homem está apto a filosofar a um

nível espontâneo (diferente do

sistemático);

Alguns dos seus problemas são

universais,

referem-se

à

existência do homem;

(32)

Cada ciência aborda a realidade numa perspetiva

delimitada, numa visão parcelar. A Filosofia não ignorando mas pressupondo o trabalho das diferentes ciências, representa o esforço do homem para se apoderar do sentido da totalidade totalidade

do real.

do real.

Sendo o saber da filosofia um saber centrado no

“homem” e nas suas realizações (cultura) e não tanto nas “coisas”, como acontece nas ciências, o saber resultante não pode adquirir (ou dificilmente pode adquirir) o estatuto de conhecimento certo e seguro, universalmente válido.

(33)

FILOSOFIA OU FILOSOFIAS

Não é fácil, não é pacífica, nem é consensual a noção ou conceito de filosofia.

Muitos preferem falar de filosofias, no plural, em vez de (uma) filosofia.

(34)

Uma

Uma

aproximaçã

aproximaçã

o à atitude

o à atitude

filosófica

filosófica

(35)

Filosofar implica:

Filosofar implica:

Sermos abertos ao mundo, sendo

sensíveis a tudo quanto nos

rodeia. Viver todas as situações

como se fossem nossas, recusando

o enclausuramento em nós mesmos

e contrapondo a simpatia à

indiferença,

o

amor

ao

alheamento.

(36)

Filosofar implica:

Filosofar implica:

Possuirmos

a

capacidade

de

admiração, de nos espantarmos com

as coisas e os acontecimentos. Este

espanto tanto pode significar que

sentimos amargura e indignação em

face do mundo circundante como pode

querer dizer que nos sentimos

maravilhados ou fascinados.

(37)

Filosofar implica:

Filosofar implica:

Assumirmos uma atitude de

interrogação. Assaltados pela

curiosidade, esta suscita uma

infinidade

de

perguntas

visando detectar a razão de

ser daquilo que constatamos.

(38)

Filosofar implica:

Filosofar implica:

Termos dúvidas acerca daquilo que vemos e

do modo como vemos. Desconfiar de nós

mesmos, da nossa interpretação ingénua e

primária das coisas e admitir que elas

talvez não sejam, não possam, ou não

devam ser tal como nos aparecem é a

postura mais saudável quando se deseja

conhecer a verdade daquilo que nos cerca.

(39)

Filosofar

Filosofar

implica

implica

:

:

Reflectirmos sobre aquilo que despertou

o nosso interesse. A reflexão torna-se

inevitável como meio de ultrapassar os

ardilosos aspectos da aparência e

chegarmos à compreensão daquilo que

observamos e extrairmos ilações para a

nossa vida e para nos empenharmos na

alteração dos factos com os quais não

estamos de acordo.

(40)

O fundamental da filosofia é a

crítica. A filosofia deve ser

estudada, não pelo mérito das respostas precisas sobre um certo número de questões primárias, mas pelo valor que em si mesma assume, para a cultura do espírito, a mera discussão de tais problemas.

Referências

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