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Mídias sociais no consumo de trajes femininos

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Recebido em 19/06/2019. Aceito em 10/08/2020. Publicado em 13/09/2020. RASM, Alvorada, v.10 n.1, p.17-31, Jan./Jun. 2020.

Victor Lopes de Almeida1

João Jordan Teles Moreira2

Lucas Lopes Ferreira Souza3 RESUMO

Este artigo apresenta a atuação e influência das mídias sociais na compra de roupas da moda feminina, restringindo os estudos em alguns influenciadores, tais como: marca, preço, design, publicidade e valor percebido. A internet revolucionou muitos setores do mercado, contudo as mídias sociais entraram no embalo, de tal forma que proporcionam eficiência e eficácia na obtenção de roupas femininas, levando em conta a praticidade e a comodidade que as tecnologias nos proporcionam. A pesquisa usa métodos descritivos e quantitativos, utilizando como ferramenta de pesquisa questionário virtual contendo perguntas sociodemográficas, escalas e de autoria própria. Os resultados foram interpretados baseando-se em construtos e gráficos que fornecem percentuais e médias em relação à influência da mídia social.

Palavras-Chave: Mídias sociais. Roupa feminina. Influência.

ABSTRACT

This article presents the performance and influence of social media in the purchase of women's clothing, restricting studies in some influencers, such as brand, price, design, advertising and perceived value. The internet has revolutionized many sectors of the market, but social media has come to the fore in such a way that it provides efficiency and effectiveness in obtaining women's clothing, taking into account the practicality and convenience that technologies provide. The research uses descriptive and quantitative methods, using as a research tool virtual questionnaire containing sociodemographic, scales and self-written questions. The results were interpreted based on constructs and graphs that provide percentages and averages in relation to the influence of social media.

Keywords: Social media. Feminine clothes. Influence.

1 Centro Universitário Christus – Contato: victorlopes28vl@gmail.com 2 Centro Universitário Christus

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RASM, Alvorada, v.10, n.1, p.17-31, Jan./Jun. 2020.

1. INTRODUÇÃO

O consumo é algo intrínseco ao ser humano e a forma de consumir determinados produtos vem mudando com o avanço da tecnologia e a inserção das mídias sociais no mercado. Atualmente, estão cada vez mais substituindo as lojas físicas pela as virtuais para encontrar produtos, perante as novas tendências do mercado cabe às marcas se modernizarem e ganharem mais dinamismo para trabalhar com seus clientes. Uma dessas novas tendências que tem se destacado nos últimos anos tem sido o uso das mídias sociais na divulgação de marca (Lemes e Ghislene, 2013).

As mídias sociais passaram a ser importantes ferramentas de auxílio para tomada de decisão para a compra de um produto ou serviço para o consumidor, sendo dessa forma mais prático e ágil (Carvalho, 2016).

As facilidades de acesso às novas tecnologias fizeram com que as interações interpessoais ficassem mais ligeiras e eficazes, de tal forma que se teve uma enorme capacidade de influenciar nas opiniões e conduta das pessoas (Marques, 2018).

As mídias sociais vão entrar em cena para a interação pessoal, troca de conhecimentos e interesses comuns. Para as organizações, a utilização das mídias sociais serve como ferramenta de marketing para divulgação de algum produto ou simplesmente estar mais unido ao seu cliente e um desses setores que faz uso deste instrumento é o mercado de roupas femininas (Cintra, 2010).

O setor de vestuário é considerado um dos mais crescentes no cenário global, e o ramo de peças femininas vêm ganhando destaque, visto que a inovação e melhoria na qualidade e conforto dos produtos fez com que seu público alvo adquirisse com mais frequência essas peças (Queiroz, 2009).

Em fevereiro de 2018 o IEMI fez um levantamento e detectou mudanças no público consumidor levando em consideração a decorrente expansão da internet e seu poder de influência na decisão da compra do produto final, principalmente nas consumidoras mais jovens com idade média dos 18 aos 24 anos de idade (Santiago e Bueno, 2018).

Este artigo tem como objetivo examinar as influências das mídias sociais no mercado varejista de moda feminina, e tendo como objetivos específicos fazer relações entre a influência da mídia social com fatores influenciadores de decisão de compra das consumidoras femininas tais como preço, marca, publicidade, valor percebido e design.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Esta seção será dividida em: mídia social no mercado; mercado de roupa feminina; fatores que influenciam, tendo como subtítulos: preço, valor percebido, design, publicidade e marca.; mídias sociais x mercado de roupas femininas. Estes temas foram escolhidos com base no tema principal e com os objetivos do artigo em questão.

2.1. MÍDIA SOCIAL NO MERCADO

As tecnologias vêm ganhando cada vez mais espaço nas organizações, isso tudo devido ao desenvolvimento organizacional das empresas quem vem se adaptando para gerar novos meios de atrair clientes para seus mais diversos produtos. Por conseguinte,

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RASM, Alvorada, v.10, n.1, p.17-31, Jan./Jun. 2020. devido a essas mudanças ocasionadas pelas tecnologias, as empresas vêm buscando

ferramentas virtuais para que seu cliente tenha mais acesso e facilidade na hora de suas compras (Trainini e Torres, 2014). Dentre essas tecnologias podem ser destacada as mídias sociais, que são um canal no qual o consumidor busca uma maior interação com o produto da empresa para decidir se é o que realmente ele quer consumir (Menegatti et al., 2017a).

O surgimento das mídias sociais a partir do ano 2000 possibilitou que cada vez mais as empresas se aproximem de seus clientes, não só pelo fato de divulgação dos seus produtos, mas também, pelo aspecto de se manter mais conectado ao seu cliente. Com isso seu cliente poderia estar adquirindo com mais facilidade determinado produto ou serviço e também maior facilidade para falar com o fornecedor do produto seja para reclamação ou sugestão a ser dada a empresa. Com isto a marca ou empresa tenderia a crescer, visto que seu cliente estaria mais satisfeito com o serviço ofertado a ele (Menegatti et al., 2017b).

A comunicação é o principal meio de a empresa impactar o consumidor, e quando juntas a comunicação e as mídias sociais, fazem com que mais pessoas sejam influenciadas, por terem um grau muito elevado de pessoas conectadas as redes. Nesse caso as empresas optam por expandir seu marketing boca a boca, onde usam de canais interpessoais utilizando da própria internet para atingir o maior número de pessoas possível (Bentivegna, 2002).

2.2. MERCADO DE ROUPA FEMININA

O mercado varejista destaca o preço como a principal peça para a empresa se destacar na competitividade e na conquista do cliente. Nesse caso, a política de preço assume caráter estratégico, em que as empresas busquem um equilíbrio de sua lucratividade e a satisfação do seu cliente e que os compradores escolham a empresa que melhor lhe oferece em termo de valor (Vieira e Matos, 2012).

“De todas as variáveis do marketing mix, a decisão de preço é aquela que mais rapidamente afeta a competitividade, o volume de vendas, às margens e a lucratividade das empresas varejistas” (Parente, 2000, p.160). Essa afirmação deixa claro que a precificação dos produtos pode ser alterada em curtíssimo prazo, visando também a relação de oferta e demanda do produto ou serviço, tendo em vista que é a peça mais importante e mutável no mercado varejista. Entretanto os clientes darão preferências a empresas que proporcionar um maior valor para ele, levando em conta o conceito de valor total percebido e o valor total para ele, onde o valor total o para o cliente é o conjunto de benefícios que ele espera de um produto ou serviço adquirido em termos monetário, já o custo total é baseado no que ele espera que não ocorra ao obter, utilizar e descartar o produto (Rozenfeld et al., 2006).

2.3 FATORES QUE INFLUENCIAM 2.3.1 PREÇO

O preço de referência, bem como sua associação com a Teoria das Perspectivas, foi sugerido por Thaler que determinou como sendo aquele usado pelo consumidor como alicerce para julgar o preço efetivamente cobrado pelo produto da compra. A noção de justiça (fairness) gera a fixação do preço de referência. Em outras palavras, o preço de

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referência é o preço que o comprador considera admissível, equitativo (Avila e Serpa, 2004a).

Sendo assim, deve-se analisar além do preço de referência, pois com o passar do tempo, algumas situações e ambientes contam bastante e fazem toda a diferença na hora de pagar por um determinado produto, por exemplo, o fato de se pagar por preços acima do normal ou do preço de tabela do produto, as vezes até mesmo abusivos em alguns casos apenas pelo ambiente em que se compra ou pelo status que pode levar a pessoa. Um exemplo, é quando o consumidor vai atrás de comprar a roupa ou qualquer outra peça de uma determinada marca, se for uma marca famosa e que tenha certo status na sociedade, podendo ser comprada em lojas da própria marca ou em até mesmo em lojas de importados, porém mesmo sabendo que existem em dois lugares diferentes que possuem a mesma peça e com preços diferentes, as pessoas estão dispostas a pagar mais por conta do local onde compra (Avila e Serpa, 2004b).

Podemos citar também as feiras de artesanatos e lojas colaborativas com marcas de pequeno porte, em que os consumidores estão dispostos a pagar preços absurdos por peças de marcas famosas, e quando são cobrados preços mais elevados em lojas de pequeno porte não dão seus devidos valores mesmo sendo marcas com peças de qualidades, algumas vezes por não lhe trazer um status que uma marca famosa vai lhe trazer (Sampaio, 2008).

2.3.2 VALOR PERCEBIDO

O valor percebido tem por sua vez o intuito de definir o valor atribuído pelo consumidor a determinado serviço ou produto que está sendo ofertado, que vai muito além do custo que o cliente terá que desembolsar para adquiri-los, levam-se em conta o valor agregado do consumidor pelo o que ele esperava daquele produto e do custo total para se obter o produto ou serviço em questão (Kotler, 1998).

É a percepção total do consumidor para com determinado produto ou serviço, visando a utilidade em relação do que foi proposto ao cliente e a real serventia para o consumidor (Zeithaml, 1988).

O valor percebido também difere muito levando em consideração diferentes aspectos, como o tipo de uso, a natureza do produto, relação afetiva, o grau de conhecimento com determinado produto ou serviço, assim no caso de roupas femininas o design conta bastante (Dominguez, 2000).

2.3.3 DESIGN

A sociedade vem de um passado ao qual as roupas eram improvisadas para se proteger de chuvas e frios, não tinha diferença de gênero nas roupas. Com o passar do tempo, a sociedade foi se moldando de acordo com os costumes e com as culturas, as roupas passaram a ser dividida em gêneros e culturas de acordo com o lugar e a sociedade. Atualmente, o uso de roupas passou ir além de apenas algo para se proteger de frios e chuvas, tornando-se algo que define a pessoa de acordo com o que ela veste, fazendo com que seja algo que dê status para a pessoa e mude a maneira que ela é vista no ambiente que ela frequenta, podendo até mesmo formar uma pré-conceito da classe social (Bezerra e Martins, 2013a).

Atualmente existem diversas marcas com uma grande variedade de designs e modelagens buscando sempre uma versatilidade para atender seus consumidores,

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RASM, Alvorada, v.10, n.1, p.17-31, Jan./Jun. 2020. projetando e produzindo produtos de vestuários e de moda a qual se adequam com as

necessidades de conforto, mobilidade e usabilidade de seus clientes. Seja lá qual for a marca e a loja, ela estará sempre em busca de uma melhoria em design de acordo com a moda e com a tecnologia que os tecidos podem oferecer um melhor conforto para seus consumidores (Bezerra e Martins, 2013b).

2.3.4 PUBLICIDADE

A publicidade tem 3 características que lhe descrevem, são elas: Capacidade informativa, força persuasiva e por fim caráter comercial. Ela é posta como um meio, ou melhor, ferramenta, para se da ao conhecer de determinados bens de consumos e serviços que estão postas a vendas. Negócios comerciais e publicidade sempre andaram juntos desde a revolução industrial, onde se viu a necessidade de ‘divulgação’ por parte dos artesãos ou indústrias (Gomes, 2001).

A publicidade é estada em notícias, jornalismo, publicidade, relações públicas, educação e em todos os aspectos da vida cotidiana (Ellul, 1966). Está presente nas empresas, organizações religiosas, em muitas formas de passatempo, abrangendo em músicas, programas de TV, filmes, jogos online, panfleto, revistas e mídias sociais (Junior e Andrade, 2007).

Um das maiores contribuições da publicidade é seu grande poder para a construção de grande marcas, o que difere um grande marca ser bem-sucedidas são a qualidade de seus produtos ou a grande influência dela (marca) no meio publicitário, quanto mais publicidade mais será a divulgação de seus produtos ou serviços de determinada empresa (Jones, 2004).

2.3.5 MARCA

Na contemporaneidade os consumidores, no seu processo de decisão de compra, não enfatizam a utilidade do produto, ou seja, sua serventia no cotidiano, mas sim, o que eles representam e significam para estes e principalmente para os que lhe rodeiam (Da Silva Añaña e Nique, 2009). O comportamento do consumidor pode ser entendido como o estudo dos processos envolvidos quando indivíduos ou grupos selecionam, compram, usam ou descartam produtos, serviços, ideias, ou experiências para satisfazer necessidades e desejos (Solomon, 2008).

Entretanto, a sociedade visa cada vez mais o status e a fama que determinado produto pode lhe trazer, atualmente comprar uma roupa vai além de o fato de ter mais uma peça necessária no guarda roupas, e passa a visar mais o poder que determinada peça de tal marca pode proporcionar para se destacar das demais pessoas com baixa condição aquisitiva que usam roupas de marcas de status inferior (Santos, 2015).

A marca pode ser identificada pelo nome, por um símbolo, um desenho ou qualquer outra característica que lhe diferencie no mercado. Sendo mais referenciadas em marcas famosas, destacando-se também por toda a história da empresa e todas suas características, são muitos também os consumidores que visam o storytelling da marca, tornando-se até mesmo uma ferramenta de venda para as empresas (Louro, 2000).

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2.4 MÍDIAS SOCIAIS X MERCADO DE ROUPA FEMININA

Como viram o avanço da internet afetou e afeta todos os dias as indústrias e empresas de todo o mundo por oferecer maior agilidade e eficácia nas operações de comunicação e vendas de determinado produto final, por isso as empresas buscam potencializar seu Marketing Digital para divulgar, captar e fidelizar seus consumidores, contudo, a moda feminina foi uma das segmentações mais afetadas do mercado pelo fato de muitas destas mulheres estarem em contato cotidianamente com as mídias digitais, tornando-se um consumo globalizado, principalmente por jovens, onde estão localizados o maior percentual de conectividade (Medeiros et al., 2014).

Entretanto, com o aumento da concorrência e o avanço da tecnologia, o mercado se torna cada vez mais competitivo, tornando-se necessário que a empresa busque entender melhor o mercado entre as necessidades, os desejos e as expectativas dos seus consumidores por buscar está sempre satisfazendo o seu público alvo (Piccinini, 1995).

Um levantamento feito pelo Instituto Data Popular, dita que as mulheres da classe C são as que mais consomem, levando em consideração a cada R$ 100,00 as mulheres são responsável pelo o consumo de R$ 70,00 (Bancillon e Choucair, 2012) tendo em vista que os produtos que as brasileiras mais gostam são comidas, produtos de cabelo, perfumes, cremes e roupas (Bacha et al., 2009).

3. METODOLOGIA

Em afinidade com o seu objetivo geral, a pesquisa desenvolvida acerca dos influenciadores de decisão na compra de peças de roupas da moda feminina pode ser classificada como descritiva e quantitativa. Por definição, a pesquisa descritiva visa descrever características de determinado público (feminino) ou estabelecer relação entre as variáveis. Para isso ela faz uso de técnicas de coleta de dados como questionários e observação sistemática.

Com o intuito de atender o objetivo geral de identificar influências das mídias sociais no mercado varejista de moda feminina e de seus objetivos específicos de fazer relações com fatores influenciadores de decisão de compra das consumidoras femininas. Foi realizada uma survey por meio dequestionário virtualmente, disponível online dos dias 10 de Junho à 13 de junho do ano de 2019.

Quanto à obtenção de dados, se fez o uso de uma ferramenta de formulários chamada “Google Formulários”. Foram aplicados um questionário utilizando a escala Likert com 7 pontos. O questionário foi construído com base em escalas de outros estudos, apenas o construto de mídia social foi de autoria própria sendo adaptadas para o âmbito da pesquisa (Tabela 1).

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RASM, Alvorada, v.10, n.1, p.17-31, Jan./Jun. 2020. Tabela 1 – Instrumento de Pesquisa

Construto Item Autores

Valor percebido

Determinada roupa parece ser feita com materiais de qualidade.

Yoo & Donthu

(2001)

Determinada roupa parece ser belíssima. Eu confio na qualidade de determinada roupa.

Design

Me importo com os elementos dos detalhes dessa roupa (por exemplo: estampas, decotes e etc.).

Filieri & Lin (2016)

Aprecio determinada roupa por ter detalhes atraentes e sofisticados. Creio que o design dessa roupa possa dizer muito sobre o produto.

Preço

Tenho preferência por determinada roupa por ter um preço baixo.

Suri & Monroe

(2003)

O preço é um fator importante na escolha de determinada roupa. Compro determinada roupa por causa do preço.

O preço de determinada roupa me atrai a comprá-la.

Intenção de Compra

Planejo comprar determinada roupa de uma marca específica

novamente algum dia. Chandran,

Sucharita, & Morwitz

(2005)

Há uma grande chance que compre determinada roupa de uma marca específica em um futuro próximo.

É certo que vou comprar roupa novamente dessa marca.

Marca

Eu presto atenção aos nomes de marca das roupas que eu compro.

Nan, X., & Heo, K.

(2007)

Às vezes eu estou disposto a pagar mais dinheiro para uma roupa por causa de seu nome de marca.

Acredito que as marcas que compro são um reflexo de quem eu sou.

Publicidade

O fato de determinada roupa ser bastante divulgada me influencia a escolhê-la. Pelsmacker, P., Geuens, M. and Anckaert, P. (2002)

A grande quantidade de propaganda e patrocínios relacionados a

determinada roupa

me ajuda em sua escolha.

O fato de eu ver propagandas de determinada roupa me ajuda na sua escolha.

Minha preferência por determinada roupa se deve ao fato de eu

gostar dos comerciais

da TV que a marca produz.

O fato de determinada roupa patrocinar os esportes e eventos que

gosto faz com que

tenha preferência pela marca.

Tenho maior propensão a consumir uma marca de roupa depois de

assistir comerciais

de TV sobre ela.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Foram coletados 117 questionários. Destes foram excluídos 8 que foram respondidos por pessoas do sexo masculino, uma vez que a pesquisa tem interesse, somente, no público feminino. Ademais, para análises sobre a influência da mídia social com relação aos outros construtos, se dividiu a amostra em duas, baseada na média do construto mídia social. A divisão ocorreu de tal forma que pessoas com média baixa, isto é, abaixo de 4 foram classificados como baixo e pessoas com média acima ou igual de 4 classificadas como alto.

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RASM, Alvorada, v.10, n.1, p.17-31, Jan./Jun. 2020.

Tabela 2 – Média dos Construtos em Relação a Influência das Mídias Sociais

Preço Publicidade Marca Design Valor Percebido Intenção de Pagar

Total 4,9 2,9 2,9 5,5 5,4 4,2

Alto 5,1 3,4 3,2 5,7 5,7 4,6

Baixo 4,4 2,3 2,4 5,4 5 3,7

Fonte: Elaborado pelos autores.

Todos os valores das médias dos construtos, analisando somente as mulheres, planilha utilizada para montagem dos gráficos postos para demonstração dos resultados.

4. RESULTADOS

Esta seção está dividida em duas partes. Inicialmente são apresentados os dados sociodemográficos e na segunda será realizada a análise da influência da mídia social com relação aos construtos

4.1 Análises sociodemográficas 4.1.1 Sexo

Os questionários foram aplicados a 117 pessoas, sendo destas 109 (93,2%) mulheres e apenas 8 homens (6,8%) do sexo masculino, isto deu-se pelo fato do público alvo das pesquisas serem destinadas ao sexo feminino.

4.1.2 Idade

Do público geral 29,9% tem menos de 18 anos, 53% do público tem a faixa de idade entre os 18 aos 24 anos e os responsáveis pelos 17% são de 24 anos indo até acima dos 40. É notável que as pessoas que estão sendo mais influenciadas pela mídia social além de terem maior acessibilidade são as pessoas mais jovens, onde estão diariamente conectadas.

4.1.3 Estado Civil

Dos 100% de entrevistados, 86,3% estão na condição de solteiros, 11,1% casadas e apenas 2,6% em estado de união estável. Isto demonstra que as mulheres solteiras tendem a consumir bem mais que as mulheres que estão em um relacionamento, isso se dá muitas vezes pelo fato de as solteiras saírem mais as baladas ou até mesmo sentem a necessidade de estarem bem postas para agradar algum futuro parceiro.

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4.1.4 Renda

Dos entrevistados 38,5% corresponde à renda de R$ 1990,00 a 3000,00 reais, 31,6% corresponde à renda de até R$ 998,00 reais, 8,5% possuem renda familiar R$ 3001,00 reais a 4500,00, e os outros 21,5% correspondem a renda familiar de acima de R$ 4501,00 reais. Esta análise tem forte impacto no consumo do varejo feminino, uma vez que as pessoas de classe baixa compram roupas mais baratas ou até mesmo não tendo uma marca específica, e frequentando lugares onde encontram preços mais acessíveis tais como em feiras, sites, Renner, C&A entre outros, já as pessoas de classe média alta consomem mais, além de comprarem roupas mais caras e em lugares mais específicas como em lojas de marca específica, Shoppings outlets, lojas de marca virtuais, entre outros.

4.1.5 Locais Onde Consomem Mais

Em relação do total de entrevistados 24,8% consomem em lojas de rua e em feiras, 24,8% em lojas de shoppings, 22,2% em lojas que ofertem promoções, 15,4% em lojas e centros de atacado, 6,8% no instagram e os outros 6% em shoppings outlets e sites e lojas online. Vemos aqui mais um exemplo que depende bastante da classe que o público se encontra, além do mais acessível, vemos também uma pequena utilização da mídia social, talvez pela confiabilidade não transmitida as pessoas não fazem a utilização delas.

4.2 Análises da influência da mídia social com relação aos construtos

No Gráfico 1, apresenta-se a relação do preço com a influência da mídia social, onde o alto tem como valor 5,1 e o valor de pessoas que são pouco influenciadas pelas mídias sociais apresentaram o valor baixo de 4,4. Nota-se que em média, o preço tem uma alta influência no mercado varejista de roupa feminina, uma vez que seu valor deu acima de 4,9. No entanto, quem utiliza mais as redes sociais são mais propensas a buscar roupas com preços menores.

Gráfico 1 – Preço

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RASM, Alvorada, v.10, n.1, p.17-31, Jan./Jun. 2020.

No gráfico 2 demonstra que a publicidade não obtém tanta ênfase na compra das roupas femininas pelo canal das mídias sociais, vista que o valor baixo do gráfico deu-se por 2,3 do total de 2,9. Comerciais de TV, patrocínios de celebridades ou de esportes não são grandes influenciadores do varejo feminino.

Gráfico 2 – Publicidade

Fonte: Elaborado pelos autores.

No gráfico 3 foca-se na marca, no gráfico os valores são bastantes concentrados, vista que há similaridade nos valores total, alto e baixo, respectivamente, 2,9/3,2/2,4. Isso demonstra uma divisão da parte das mulheres a respeito da influência das marcas pelas mídias sociais no varejo feminino, levando em consideração também os locais onde compram e sua renda.

Gráfico 3 – Marca

Fonte: Elaborado pelos autores.

No gráfico 4 que dá ênfase ao design, a influência das mídias foi a maior levando em consideração os demais construtos, o valor alto chegou a média de 5,7, um dos valores mais elevados da pesquisa, ou seja, as mulheres ao utilizar a mídia social para adquirir roupas femininas levam muita consideração em relação a estampas e detalhes em geral sobre a peça.

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RASM, Alvorada, v.10, n.1, p.17-31, Jan./Jun. 2020. Gráfico 4 – Design

Fonte: Elaborado pelos autores.

No gráfico 5 entra em análise o valor percebido, que junto com o design é o construto que teve mais influência das mídias sociais tendo como valor alto novamente a média de 5,7. O valor percebido tem forte ligação com preço e o design, vista que as mulheres buscam cada vez mais roupas baratas, de boa qualidade e visualmente sofisticadas.

Gráfico 5 – Valor Percebido

Fonte: Elaborado pelos autores.

Por último e não menos importante, o gráfico 6, intenção de pagar, se obtém a relação das mídias sociais ao varejo feminino e a sua intenção de pagar novamente por aquele produto, o valor alto deu-se em 4,6, tendo 0,4 a mais do valor total, porém não há uma grande variação vista que a não influência tem o seu valor 3,7, que é um grande valor levando em consideração ao mercado de varejo que visa fidelizar clientes.

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Gráfico 6 – Intenção de Pagar

Fonte: Elaborado pelos autores.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este artigo incide em analisar a influência das mídias sociais no consumo de roupas femininas, tendo como público alvo as mulheres, onde estão localizadas o maior percentual de pessoas que consomem o produto em questão.

O estudo tem como princípio o impacto que as mídias sociais causam no mercado com suas tecnologias frequentemente atualizadas e de intensa influência no poder de decisão das roupas, levando em consideração múltiplos fatores que as consumidoras levam em conta na hora da escolha das peças, tais como preço, marca, publicidade, design, valor percebido e até mesmo a intenção de pagar.

Nesse contexto foi concretizada uma pesquisa via questionário para se examinar a influência das mídias sociais em diferentes características atribuídas às roupas femininas. O objetivo deste trabalho foi alcançado a partir de que se pode identificar o grau de influência das mídias sociais baseado em fatores influenciadores no público feminino na hora de adquirir seus trajes.

Tendo o não uso do marketing boca a boca como uma limitação e que o seu impacto poderia ser estudado em pesquisas futuras, assim como procurar entender o comportamento das pessoas que de certa forma dizem-se ‘não influenciadas’ pelas mídias sociais.

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