Os Direitos da
Os Direitos da
Criança e do
Criança e do
Adolescente
Adolescente
Legislação pátria
Legislação pátria
Principais formas de agressão
Principais formas de agressão
a Criança e ao Adolescente.
a Criança e ao Adolescente.
Trabalho infantil
Trabalho infantil
Prostituição Infantil (Pornografia
Prostituição Infantil (Pornografia
infantil) -
infantil) -
Anualmente 100 MIL crianças são vítimas de exploração sexual no Brasil.
Tráfico de crianças
Tráfico de crianças
Abandono afetivo
Abandono afetivo
Violência doméstica -
Violência doméstica -
100 CRIANÇASmorrem por dia no Brasil,
vitimas de
maus-tratos, negligência, violência física, abuso
sexual e psicológico
Proteção à criança e ao
Proteção à criança e ao
Adolescente
Adolescente
A criança e o adolescente são
verdadeiros sujeitos de direito, em
condição
peculiar
de
desenvolvimento, motivo pelo qual
merecem uma proteção especial
(proteção integral + lógica e
principiologia próprias).
Proteção e implementação dos
direitos humanos das crianças e
dos adolescentes → papel do
Estado,
da
família
e
da
sociedade.
Pessoa em desenvolvimento
Pessoa em desenvolvimento
A criança e o adolescente são considerados pessoa em desenvolvimento: pessoa humana em fase de imaturidade biopsíquico-social por ser menor de 18 (dezoito) anos de idade,
segundo a presunção legal.
O reconhecimento da peculiaridade dessa
condição vem somar-se à condição jurídica de
sujeito de direitos e à condição política de absoluta prioridade
A condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento implica, primeiramente, o reconhecimento de que a criança e o
adolescente não conhecem inteiramente os seus direitos, não têm condições de defendê-los e
fazê-los valer de modo pleno, não sendo ainda capazes, principalmente as crianças, de suprir, por si mesmas, as suas necessidades básicas.
Pessoa em desenvolvimento
Pessoa em desenvolvimento
A afirmação da criança e do adolescente como “pessoas em condição peculiar de
desenvolvimento” não pode ser definida apenas a partir do que a criança não sabe, não tem
condições e não é capaz. Cada fase do
desenvolvimento deve ser reconhecida como revestida de singularidade e de completude
relativa, ou seja, a criança e o adolescente não são seres inacabados, a caminho de uma plenitude a ser consumada na idade adulta,. Cada etapa é, à sua maneira, um período de plenitude que deve ser compreendida e acatada pelo mundo adulto.
A conseqüência prática de tudo isto reside no
reconhecimento de que as crianças e adolescentes são detentores de todos os direitos que têm os
adultos e que sejam aplicáveis à sua idade e mais direitos especiais, que decorrem precisamente do seu estatuto ontológico próprio de “pessoas em condição peculiar de desenvolvimento
Proteção da Criança e do
Proteção da Criança e do
Adoslecente
Adoslecente
Nas palavras de Piovesan e Pirotta,
“é emergencial romper, em
definitivo, com as reminiscências de
uma cultura e prática autoritárias,
que inibem a construção
emancipatória dos direitos
humanos das crianças e
adolescentes, violando, sobretudo,
seu direito fundamental ao respeito e
à dignidade”
Proteção internacional dos Direitos da
Proteção internacional dos Direitos da
Criança e do Adolescente
Criança e do Adolescente
O primeiro documento legal de âmbito internacional, concebendo a criança como sujeito de direitos – a Declaração Universal dos Direitos da Criança foi
aprovado em 1959, pela Assembléia Geral das Nações Unidas. Ratificado pelo Brasil.
Tem como base e fundamento os direitos a liberdade, estudos, brincar e convívio social das crianças que
devem ser respeitados e preconizadas em dez princípios. Princípcios: À igualdade, sem distinção de raça,
religião ou nacionalidade; Direito a especial proteção para o seu desenvolvimento físico, mental e social; Direito a um nome e a uma nacionalidade; Direito à alimentação, moradia e assistência médica
adequadas para a criança e a mãe; Direito à educação e a cuidados especiais para a criança física ou
mentalmente deficiente; Direito ao amor e à
compreensão por parte dos pais e da sociedade; Direito á educação gratuita e ao lazer infantil. Direito a ser socorrido em primeiro lugar, em caso de
catástrofes; Direito a ser protegido contra o abandono e a exploração no trabalho; Direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos.
A Convenção sobre os Direitos
A Convenção sobre os Direitos
da Criança
da Criança
Para a Convenção, a criança é:
“todo o ser humano com menos de 18 anos
de idade, a não ser que, pela legislação
aplicável, a maioridade seja atingida mais
cedo” (art. 1º).
Estatuto da Criança e do Adolescente ECA
(Lei nº 8.069/90)
- Art. 2º Considera-se
criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa
até doze anos de idade incompletos, e
adolescente aquela entre doze e dezoito anos
de idade.
Inserção do art. 227 na C.F – Emenda
Inserção do art. 227 na C.F – Emenda
Popular
Popular
1986 – Ministério da Educação desenvolve a Campanha “Criança e Constituinte”. Não houve
consenso e em junho de 87, surgiu a emenda popular
“Criança, prioridade Nacional” com mais de 300 mil assinaturas de eleitores no Congresso + 2 milhões de assinaturas de adolescentes adolescentes nas
escolas públicas.
Zé Aparecido, governador do Distrito Federal, e Rui de Almeida, chefe da Casa Civil, colocaram toda a rede de escolas e a rede de transporte público de Brasília para transportar adolescentes até o Congresso
Nacional. Foi feito um cerco ao Congresso Nacional com mais de mil crianças e eles trouxeram em
carrinhos de supermercado 2 milhões de assinaturas de crianças e adolescentes e mais de 300 mil
assinaturas de eleitores. Então essa emenda ganhou praticamente irreversibilidade no Congresso.
1988 – Promulgada a Constituição Federal e a
emenda popular foi incluída em grande parte nos art.
Art. 227 da C.F
Art. 227 da C.F
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas específicas e obedecendo aos seguintes preceitos: I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à
saúde na assistência materno-infantil
II - criação de programas de prevenção e atendimento
especializado para as pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de
discriminação.
§ 2º - A lei disporá sobre normas de construção dos
logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.
Art. 227 da C.F
Art. 227 da C.F
§ 3º - O direito a proteção especial abrangerá os
seguintes aspectos:
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao
trabalho, observado o disposto no Art. 7º, XXXIII;
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à
escola;
-IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição
de ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica;
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade
e respeito à condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência
jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado;
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança e ao adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins.
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à
criança, ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins.
Art. 227 da C.F
Art. 227 da C.F
§ 4º - A lei punirá severamente o abuso, a violência
e a exploração sexual da criança e do adolescente.
§ 5º - A adoção será assistida pelo Poder Público,
na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros.
§ 6º - Os filhos, havidos ou não da relação do
casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
§ 7º - No atendimento dos direitos da criança e do
adolescente levar-se-á em consideração o disposto no Art. 204.
§ 8º A lei estabelecerá:
I - o estatuto da juventude, destinado a regular os
direitos dos jovens;
II - o plano nacional de juventude, de duração decenal,
visando à articulação das várias esferas do poder público para a execução de políticas públicas."
Propostas do ECA
Propostas do ECA
Formulado com o objetivo de intervir positivamente na tragédia de exclusãoexperimentada pela nossa infância e juventude, o Estatuto da Criança e do Adolescente apresenta duas propostas , quais sejam:
a) garantir que as crianças e adolescentes
brasileiros, até então reconhecidos como meros objetos de intervenção da família e do Estado, passem a ser tratados como sujeitos de direitos; b) o desenvolvimento de uma nova política de atendimento à infância e juventude, informada pelos princípios constitucionais da
descentralização político-administrativa (com a consequente municipalização das ações) e da participação da sociedade civil
Divisão dos Sistemas de garantias dos
Divisão dos Sistemas de garantias dos
direitos da criança e do adolescente.
direitos da criança e do adolescente.
Sistema primário = direitos e
garantias referentes à criança e
ao adolescente
Sistema secundário = medidas
de proteção
Sistema terciário = medida
sócio-educativas
* Quarto aspecto = sistema de
responsabilização
Princípios que norteiam a proteção
Princípios que norteiam a proteção
da criança e dos adolescente
da criança e dos adolescente
Princípio da proteção integral da
criança e do adolescente
O princípio encontra-se previsto
constitucionalmente no artigo 227 e no Estatuto da Criança e do Adolescente (artigo 3º).
A doutrina jurídica da situação irregular perdia
adeptos na mesma proporção em que doutrina da proteção integral ganhavam novos aliados.
A nova teoria, da proteção integral, é baseada nos direitos próprios e especiais das crianças e
adolescentes, que, na condição peculiar de pessoas em desenvolvimento, necessitam de proteção diferenciada, especializada e integral.
Princípio da proteção integral
Princípio da proteção integral
da criança e do adolescente
da criança e do adolescente
A proteção dos interesses do menor deverão sobrepor-se a qualquer outro bem ou interesse juridicamente tutelado, levando em conta a
destinação social da lei e o respeito à condição
peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.
A Teoria da Proteção Integral sustenta Veronese desempenha papel estruturante no sistema na medida em que o reconhece sob a ótica da
integralidade, ou seja, o reconhecimento de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa
humana e, ainda, direitos especiais decorrentes da condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, que se articulam, produzem e reproduzem de forma recíproca.
Princípio da proteção integral
Princípio da proteção integral
da criança e do adolescente
da criança e do adolescente
“(...) possa ter assegurado seu pleno
desenvolvimento, desde as exigências
físicas até o aprimoramento moral e
religioso. (Luciano Mendes de Almeida)
“(...) o valor intrínseco da criança como ser
humano; a necessidade de especial respeito
à sua condição de pessoa em
desenvolvimento; o valor prospectivo da
infância e da juventude, como portadora da
continuidade do seu povo e da espécie e o
reconhecimento da sua vulnerabilidade o
que torna as crianças e adolescentes
merecedores de proteção integral por parte
da família, da sociedade e do Estado, o qual
deverá atuar através de políticas específicas
para promoção e defesa de seus direitos”.
RECURSOESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
MATRÍCULA E FREQUÊNCIA DE MENORES DEZERO A SEIS ANOS EM CRECHE DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL. DEVER DOESTADO. 1. Hipótese em que o Ministério Público do Estado de São Paulo ajuizouAção Civil Pública com o fito de assegurar a matrícula de duas crianças emcreche
municipal. O pedido foi julgado procedente pelo Juízo de 1º grau, poréma sentença foi reformada pelo
Tribunal de origem. 2. Os arts. 54, IV, 208, III, e213 da Lei 8.069/1990 impõem que o Estado propicie às crianças de até 6 (seis)anos de idade o acesso ao atendimento público educacional em creche e pré-escola. 3. É legítima a determinação da obrigação de fazer pelo Judiciário paratutelar o direito subjetivo do menor a tal assistência educacional, não
havendofalar em discricionariedade da Administração Pública, que tem o dever legal deassegurá-lo.
Precedentes do STJ e do STF. 4. Recurso Especial provido. (STJ. 2ªT. R.Esp. nº 511645/SP. Rel. Min. Herman Benjamin. J. em 18/08/2009).
Princípio do melhor
interesse da criança e do
adolescente
O Princípio do Melhor Interesse da Criança e do Adolescente tem sua origem no instituto do parens
patriae britânico, que a priori consistia numa prerrogativa real e buscava proteger os incapazes.
A concepção da criança como coisa pertencente ao seu pai foi superada pelo entendimento de que a criança e seu bem-estar devem ser postos acima de quaisquer interesses, até mesmo os de seus pais.
Desta forma, os juristas, ao aplicarem a lei têm que analisar o interesse do menor, e observar o que é melhor para a criança e/ou adolescente, de modo a favorecer sua realização pessoal, independentemente da relação biológica que tenha com seus pais, pois muitas vezes eles encontram-se ligados apenas pelo parentesco sangüíneo, não existindo entre os mesmos qualquer tipo de ligação afetiva capaz de uni-los
Princípio do melhor interesse da
criança e do adolescente
“é no sentido do seu melhor equilíbrio físico e
psicológico. O princípio impõe a
predominância do interesse do menor. É este
interesse que deverá nortear o julgador que, no caso concreto, decidirá se a realização pessoal do menor está sendo assegurada” (LÔBO, 2004, p. 517).
Trata-se de princípio orientador, tanto para o
legislador quanto para o aplicador, determinando a primazia das necessidades da criança e do
adolescente como critério de interpretação da lei, deslinde de conflitos, ou mesmo para a
elaboração de futuras regras
Trata-se de norma constitucional de eficácia plena e aplicabilidade imediata (GONÇALVES, 2002, p. 29).
Princípio do melhor
interesse da criança e do
adolescente
PEREIRA (2004) defende que para a
averiguação do que se entende por melhor
interesse há que se considerar o caso
concreto e as peculiaridades a ele inerentes.
Assim sendo, o princípio do melhor interesse
deve ser uma consideração primária de todas
as ações direcionadas à população
infanto-juvenil. O que significa que em qualquer
circunstância, em toda decisão referente a
uma criança/adolescente, devemos escolher a
melhor solução para ela. (PAIS, 1999)
Aplica-se o mesmo raciocínio para a
elaboração de novas leis atinentes a
infanto-adolescência
Aplicabilidade do princípio do
Aplicabilidade do princípio do
melhor interesse do menor
melhor interesse do menor
ECA. GUARDA. MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA.Nas ações relativas aos direitos de crianças, devem ser considerados primordialmente, os interesses dos infantes. Os princípios da moralidade e impessoalidade devem, pois, ceder aos princípio da prioridade absoluta à infância, insculpido no art. 227 da Constituição Federal. Apelo
provido. (TJ/RS –Apelação Cível nº 70008140303 – Rel. Des. Maria Berenice Dias)
O BRASIL, AO RATIFICAR A CONVENÇÃO
INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA, ATRAVÉS DO DECRETO 99.710/90, IMPÔS, ENTRE NÓS, O PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA, RESPALDADA POR PRINCÍÍOS LEGAIS E CONSTITUCIONAIS. O que faz com que se respeite no caso concreto guarda de uma criança de 03 anos de idade, que desde o nascimento sempre esteve na
companhia do pai e da avó paterna. Não é conveniente enquanto não definida a guarda na ação principal que haja o deslocamento da criança para a companhia da mãe que, inclusive, é portadora de transtorno bi-polar. Agravo
provido. (TJ/RS –Agravo de Instrumento nº 70000640888, Rel. Des. Antônio Carlos Stangler Pereira)
Uma decisão que fundamentasse o deferimento da
guarda à genitora, quando as crianças possuíssem pouca idade, com base no entendimento de que esta seria a “cuidadora” nata dos filhos, aquela que melhor sabe identificar todas as necessidades dos filhos, tocando ao pai o sustento financeiro é
desconforme. Assim também seria a decisão que deferisse a guarda de uma criança aos avós com base no fato de que estes possuem uma condição financeira mais favorável que a de seus genitores, sem atentar para o necessário amparar moral, psicológico e material de que ela carece.
Entendemos que o princípio do melhor interesse não
deve ser utilizado como elemento de legitimação de valores culturais já ultrapassados como meio de favorecimento da mulher, sob pena de estarmos distorcendo o seu conteúdo. Com isso queremos dizer que não é porque em um determinado
momento históricocoube à mulher o cuidado com os filhos e ao homem o labor para o sustento da família que tal fato deva servir de base para a aplicação do melhor interesse.
Princípio da prioridade
Princípio da prioridade
absoluta
absoluta
Intrinsecamente relacionado com o interesse
superior da criança, está o princípio da
prioridade absoluta. O art. 227, da
Constituição Federal, e o art. 4º, do Estatuto
da Criança e do Adolescente, atribuem como
dever da família, da sociedade e do Estado a
responsabilidade em assegurar os direitos
fundamentais, estabelecendo que sua
realização deve ser realizada com absoluta
prioridade. O art. 4º, Parágrafo Único, do
Estatuto da Criança e do Adolescente
determina o alcance da garantia de absoluta
prioridade:
Princípio da prioridade
Princípio da prioridade
absoluta
absoluta
A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude Segundo Dalmo de Abreu Dallari (Estatuto da
Criança e do Adolescente Comentado, 1996) a enumeração normativa prevista na lei não é
exaustiva, não estando ali especificadas todas as situações em que deverá ser assegurada a
Princípio da prioridade
Princípio da prioridade
absoluta
absoluta
Além de servir como critério interpretativo na
solução de conflitos, o princípio da
prioridade absoluta reforça verdadeira
diretriz de ação para a efetivação dos
direitos fundamentais, na medida em que
estabelece a prioridade na realização das
políticas sociais públicas e a destinação
privilegiada dos recursos necessários à sua
execução
Numa fila para transplante de órgãos,
havendo uma criança e um adulto nas
mesmas condições, os médicos deverão
atender em primeiro lugar a criança.
Princípio da descentralização ou da
Princípio da descentralização ou da
municipalização
municipalização
O Estatuto da Criança e do Adolescente determina no
art. 86 que: “a política de atendimento dos direitos da
criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e
não-governamentais, da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios”.
Especificamente, em relação às políticas de assistência
social, a própria Constituição Federal é clara e determina no art. 204: “I - descentralização político-administrativa cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social”
O princípio da descentralização tem o mérito da
aproximação da política, ou seja, as políticas públicas devem ser realizadas na localidade onde residem as pessoas, se reconhecendo o papel da sociedade nas decisões que afetam sua própria realidade.
Princípio da tríplice
Princípio da tríplice
Responsabilidade
Responsabilidade
O princípio da tríplice responsabilidade
compartilhada seria a competência
distribuída à família, estado e sociedade
na efetivação dos direitos de crianças e
adolescentes, isto é, essas três instituições
não podem, nem devem agir isoladamente,
devendo existir uma articulação para
proteção dos direitos da criança e do
adolescente.
Registre-se, todavia, que éo Estado a
função primordial de garantir os direitos da
criança e do adolescente.
Princípio da Universalidade
Princípio da Universalidade
As disposições do Estatuto da
Criança e da Adolescência
aplicam-se a todos os
indivíduos menores de idade,
estejam eles em situação de
risco ou não.
Princípio da participação
Princípio da participação
progressiva
progressiva
Visa distinguir as crianças e os
Visa distinguir as crianças e os
adolescentes dos incapazes.
adolescentes dos incapazes.
Ao verificar o entendimento e o
Ao verificar o entendimento e o
discernimento no caso concreto o
discernimento no caso concreto o
menor será ouvido e sua opinião
menor será ouvido e sua opinião
considerada.
considerada.
Por exemplo: a partir dos 16 anos
Por exemplo: a partir dos 16 anos
pode votar; a criança que pratica ato
pode votar; a criança que pratica ato
infracional não sofre medidas
infracional não sofre medidas
sócio-educativas, ser ouvido nas ações de
educativas, ser ouvido nas ações de
guarda.
guarda.
Princípios que norteiam a proteção
Princípios que norteiam a proteção
da criança e dos adolescente
da criança e dos adolescente
Princípio da afetividade:
O afeto, portanto, é a “realização
pessoal dentro da família” (CARDOSO,
2004, p. 86), ou seja, elemento nuclear de
formação das famílias contemporâneas,
reconhecendo-se “um contorno familiar
sem molduras rígidas, sendo o espaço do
lar um lugar de afeto e de realização das
potencialidades de cada um de seus
membros”