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(1)

Os Direitos da

Os Direitos da

Criança e do

Criança e do

Adolescente

Adolescente

Legislação pátria

Legislação pátria

(2)

Principais formas de agressão

Principais formas de agressão

a Criança e ao Adolescente.

a Criança e ao Adolescente.

Trabalho infantil

Trabalho infantil

Prostituição Infantil (Pornografia

Prostituição Infantil (Pornografia

infantil) -

infantil) -

Anualmente 100 MIL crianças são vítimas de exploração sexual no Brasil.

Tráfico de crianças

Tráfico de crianças

Abandono afetivo

Abandono afetivo

Violência doméstica -

Violência doméstica -

100 CRIANÇAS

morrem por dia no Brasil,

vitimas de

maus-tratos, negligência, violência física, abuso

sexual e psicológico

(3)
(4)

Proteção à criança e ao

Proteção à criança e ao

Adolescente

Adolescente

A criança e o adolescente são

verdadeiros sujeitos de direito, em

condição

peculiar

de

desenvolvimento, motivo pelo qual

merecem uma proteção especial

(proteção integral + lógica e

principiologia próprias).

Proteção e implementação dos

direitos humanos das crianças e

dos adolescentes → papel do

Estado,

da

família

e

da

sociedade.

(5)

Pessoa em desenvolvimento

Pessoa em desenvolvimento

A criança e o adolescente são considerados pessoa em desenvolvimento: pessoa humana em fase de imaturidade biopsíquico-social por ser menor de 18 (dezoito) anos de idade,

segundo a presunção legal.

O reconhecimento da peculiaridade dessa

condição vem somar-se à condição jurídica de

sujeito de direitos e à condição política de absoluta prioridade

A condição peculiar de pessoa em

desenvolvimento implica, primeiramente, o reconhecimento de que a criança e o

adolescente não conhecem inteiramente os seus direitos, não têm condições de defendê-los e

fazê-los valer de modo pleno, não sendo ainda capazes, principalmente as crianças, de suprir, por si mesmas, as suas necessidades básicas.

(6)

Pessoa em desenvolvimento

Pessoa em desenvolvimento

A afirmação da criança e do adolescente como “pessoas em condição peculiar de

desenvolvimento” não pode ser definida apenas a partir do que a criança não sabe, não tem

condições e não é capaz. Cada fase do

desenvolvimento deve ser reconhecida como revestida de singularidade e de completude

relativa, ou seja, a criança e o adolescente não são seres inacabados, a caminho de uma plenitude a ser consumada na idade adulta,. Cada etapa é, à sua maneira, um período de plenitude que deve ser compreendida e acatada pelo mundo adulto.

A conseqüência prática de tudo isto reside no

reconhecimento de que as crianças e adolescentes são detentores de todos os direitos que têm os

adultos e que sejam aplicáveis à sua idade e mais direitos especiais, que decorrem precisamente do seu estatuto ontológico próprio de “pessoas em condição peculiar de desenvolvimento

(7)

Proteção da Criança e do

Proteção da Criança e do

Adoslecente

Adoslecente

Nas palavras de Piovesan e Pirotta,

“é emergencial romper, em

definitivo, com as reminiscências de

uma cultura e prática autoritárias,

que inibem a construção

emancipatória dos direitos

humanos das crianças e

adolescentes, violando, sobretudo,

seu direito fundamental ao respeito e

à dignidade”

(8)

Proteção internacional dos Direitos da

Proteção internacional dos Direitos da

Criança e do Adolescente

Criança e do Adolescente

O primeiro documento legal de âmbito internacional, concebendo a criança como sujeito de direitos – a Declaração Universal dos Direitos da Criança foi

aprovado em 1959, pela Assembléia Geral das Nações Unidas. Ratificado pelo Brasil.

Tem como base e fundamento os direitos a liberdade, estudos, brincar e convívio social das crianças que

devem ser respeitados e preconizadas em dez princípios. Princípcios: À igualdade, sem distinção de raça,

religião ou nacionalidade; Direito a especial proteção para o seu desenvolvimento físico, mental e social; Direito a um nome e a uma nacionalidade; Direito à alimentação, moradia e assistência médica

adequadas para a criança e a mãe; Direito à educação e a cuidados especiais para a criança física ou

mentalmente deficiente; Direito ao amor e à

compreensão por parte dos pais e da sociedade; Direito á educação gratuita e ao lazer infantil. Direito a ser socorrido em primeiro lugar, em caso de

catástrofes; Direito a ser protegido contra o abandono e a exploração no trabalho; Direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos.

(9)

A Convenção sobre os Direitos

A Convenção sobre os Direitos

da Criança

da Criança

Para a Convenção, a criança é:

“todo o ser humano com menos de 18 anos

de idade, a não ser que, pela legislação

aplicável, a maioridade seja atingida mais

cedo” (art. 1º).

Estatuto da Criança e do Adolescente ECA

(Lei nº 8.069/90)

- Art. 2º Considera-se

criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa

até doze anos de idade incompletos, e

adolescente aquela entre doze e dezoito anos

de idade.

(10)

Inserção do art. 227 na C.F – Emenda

Inserção do art. 227 na C.F – Emenda

Popular

Popular

1986 – Ministério da Educação desenvolve a Campanha “Criança e Constituinte”. Não houve

consenso e em junho de 87, surgiu a emenda popular

“Criança, prioridade Nacional” com mais de 300 mil assinaturas de eleitores no Congresso + 2 milhões de assinaturas de adolescentes adolescentes nas

escolas públicas.

Zé Aparecido, governador do Distrito Federal, e Rui de Almeida, chefe da Casa Civil, colocaram toda a rede de escolas e a rede de transporte público de Brasília para transportar adolescentes até o Congresso

Nacional. Foi feito um cerco ao Congresso Nacional com mais de mil crianças e eles trouxeram em

carrinhos de supermercado 2 milhões de assinaturas de crianças e adolescentes e mais de 300 mil

assinaturas de eleitores. Então essa emenda ganhou praticamente irreversibilidade no Congresso.

1988 – Promulgada a Constituição Federal e a

emenda popular foi incluída em grande parte nos art.

(11)

Art. 227 da C.F

Art. 227 da C.F

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com

absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à

dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas específicas e obedecendo aos seguintes preceitos: I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à

saúde na assistência materno-infantil

II - criação de programas de prevenção e atendimento

especializado para as pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de

discriminação.

§ 2º - A lei disporá sobre normas de construção dos

logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.

(12)

Art. 227 da C.F

Art. 227 da C.F

§ 3º - O direito a proteção especial abrangerá os

seguintes aspectos:

I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao

trabalho, observado o disposto no Art. 7º, XXXIII;

II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;

III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à

escola;

-IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição

de ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica;

V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade

e respeito à condição peculiar de pessoa em

desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;

VI - estímulo do Poder Público, através de assistência

jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado;

VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança e ao adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins.

VII - programas de prevenção e atendimento especializado à

criança, ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins.

(13)

Art. 227 da C.F

Art. 227 da C.F

§ 4º - A lei punirá severamente o abuso, a violência

e a exploração sexual da criança e do adolescente.

§ 5º - A adoção será assistida pelo Poder Público,

na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros.

§ 6º - Os filhos, havidos ou não da relação do

casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.

§ 7º - No atendimento dos direitos da criança e do

adolescente levar-se-á em consideração o disposto no Art. 204.

§ 8º A lei estabelecerá:

I - o estatuto da juventude, destinado a regular os

direitos dos jovens;

II - o plano nacional de juventude, de duração decenal,

visando à articulação das várias esferas do poder público para a execução de políticas públicas."

(14)

Propostas do ECA

Propostas do ECA

Formulado com o objetivo de intervir positivamente na tragédia de exclusão

experimentada pela nossa infância e juventude, o Estatuto da Criança e do Adolescente apresenta duas propostas , quais sejam:

a) garantir que as crianças e adolescentes

brasileiros, até então reconhecidos como meros objetos de intervenção da família e do Estado, passem a ser tratados como sujeitos de direitos; b) o desenvolvimento de uma nova política de atendimento à infância e juventude, informada pelos princípios constitucionais da

descentralização político-administrativa (com a consequente municipalização das ações) e da participação da sociedade civil

(15)

Divisão dos Sistemas de garantias dos

Divisão dos Sistemas de garantias dos

direitos da criança e do adolescente.

direitos da criança e do adolescente.

Sistema primário = direitos e

garantias referentes à criança e

ao adolescente

Sistema secundário = medidas

de proteção

Sistema terciário = medida

sócio-educativas

* Quarto aspecto = sistema de

responsabilização

(16)

Princípios que norteiam a proteção

Princípios que norteiam a proteção

da criança e dos adolescente

da criança e dos adolescente

Princípio da proteção integral da

criança e do adolescente

O princípio encontra-se previsto

constitucionalmente no artigo 227 e no Estatuto da Criança e do Adolescente (artigo 3º).

A doutrina jurídica da situação irregular perdia

adeptos na mesma proporção em que doutrina da proteção integral ganhavam novos aliados.

A nova teoria, da proteção integral, é baseada nos direitos próprios e especiais das crianças e

adolescentes, que, na condição peculiar de pessoas em desenvolvimento, necessitam de proteção diferenciada, especializada e integral.

(17)

Princípio da proteção integral

Princípio da proteção integral

da criança e do adolescente

da criança e do adolescente

A proteção dos interesses do menor deverão sobrepor-se a qualquer outro bem ou interesse juridicamente tutelado, levando em conta a

destinação social da lei e o respeito à condição

peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.

A Teoria da Proteção Integral sustenta Veronese desempenha papel estruturante no sistema na medida em que o reconhece sob a ótica da

integralidade, ou seja, o reconhecimento de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa

humana e, ainda, direitos especiais decorrentes da condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, que se articulam, produzem e reproduzem de forma recíproca.

(18)

Princípio da proteção integral

Princípio da proteção integral

da criança e do adolescente

da criança e do adolescente

“(...) possa ter assegurado seu pleno

desenvolvimento, desde as exigências

físicas até o aprimoramento moral e

religioso. (Luciano Mendes de Almeida)

“(...) o valor intrínseco da criança como ser

humano; a necessidade de especial respeito

à sua condição de pessoa em

desenvolvimento; o valor prospectivo da

infância e da juventude, como portadora da

continuidade do seu povo e da espécie e o

reconhecimento da sua vulnerabilidade o

que torna as crianças e adolescentes

merecedores de proteção integral por parte

da família, da sociedade e do Estado, o qual

deverá atuar através de políticas específicas

para promoção e defesa de seus direitos”.

(19)

 RECURSOESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.

MATRÍCULA E FREQUÊNCIA DE MENORES DEZERO A SEIS ANOS EM CRECHE DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL. DEVER DOESTADO. 1. Hipótese em que o Ministério Público do Estado de São Paulo ajuizouAção Civil Pública com o fito de assegurar a matrícula de duas crianças emcreche

municipal. O pedido foi julgado procedente pelo Juízo de 1º grau, poréma sentença foi reformada pelo

Tribunal de origem. 2. Os arts. 54, IV, 208, III, e213 da Lei 8.069/1990 impõem que o Estado propicie às crianças de até 6 (seis)anos de idade o acesso ao atendimento público educacional em creche e pré-escola. 3. É legítima a determinação da obrigação de fazer pelo Judiciário paratutelar o direito subjetivo do menor a tal assistência educacional, não

havendofalar em discricionariedade da Administração Pública, que tem o dever legal deassegurá-lo.

Precedentes do STJ e do STF. 4. Recurso Especial provido. (STJ. 2ªT. R.Esp. nº 511645/SP. Rel. Min. Herman Benjamin. J. em 18/08/2009).

(20)

Princípio do melhor

interesse da criança e do

adolescente

O Princípio do Melhor Interesse da Criança e do Adolescente tem sua origem no instituto do parens

patriae britânico, que a priori consistia numa prerrogativa real e buscava proteger os incapazes.

A concepção da criança como coisa pertencente ao seu pai foi superada pelo entendimento de que a criança e seu bem-estar devem ser postos acima de quaisquer interesses, até mesmo os de seus pais.

Desta forma, os juristas, ao aplicarem a lei têm que analisar o interesse do menor, e observar o que é melhor para a criança e/ou adolescente, de modo a favorecer sua realização pessoal, independentemente da relação biológica que tenha com seus pais, pois muitas vezes eles encontram-se ligados apenas pelo parentesco sangüíneo, não existindo entre os mesmos qualquer tipo de ligação afetiva capaz de uni-los

(21)

Princípio do melhor interesse da

criança e do adolescente

“é no sentido do seu melhor equilíbrio físico e

psicológico. O princípio impõe a

predominância do interesse do menor. É este

interesse que deverá nortear o julgador que, no caso concreto, decidirá se a realização pessoal do menor está sendo assegurada” (LÔBO, 2004, p. 517).

Trata-se de princípio orientador, tanto para o

legislador quanto para o aplicador, determinando a primazia das necessidades da criança e do

adolescente como critério de interpretação da lei, deslinde de conflitos, ou mesmo para a

elaboração de futuras regras

Trata-se de norma constitucional de eficácia plena e aplicabilidade imediata (GONÇALVES, 2002, p. 29).

(22)

Princípio do melhor

interesse da criança e do

adolescente

PEREIRA (2004) defende que para a

averiguação do que se entende por melhor

interesse há que se considerar o caso

concreto e as peculiaridades a ele inerentes.

Assim sendo, o princípio do melhor interesse

deve ser uma consideração primária de todas

as ações direcionadas à população

infanto-juvenil. O que significa que em qualquer

circunstância, em toda decisão referente a

uma criança/adolescente, devemos escolher a

melhor solução para ela. (PAIS, 1999)

Aplica-se o mesmo raciocínio para a

elaboração de novas leis atinentes a

infanto-adolescência

(23)

Aplicabilidade do princípio do

Aplicabilidade do princípio do

melhor interesse do menor

melhor interesse do menor

 ECA. GUARDA. MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA.

Nas ações relativas aos direitos de crianças, devem ser considerados primordialmente, os interesses dos infantes. Os princípios da moralidade e impessoalidade devem, pois, ceder aos princípio da prioridade absoluta à infância, insculpido no art. 227 da Constituição Federal. Apelo

provido. (TJ/RS –Apelação Cível nº 70008140303 – Rel. Des. Maria Berenice Dias)

 O BRASIL, AO RATIFICAR A CONVENÇÃO

INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA, ATRAVÉS DO DECRETO 99.710/90, IMPÔS, ENTRE NÓS, O PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA, RESPALDADA POR PRINCÍÍOS LEGAIS E CONSTITUCIONAIS. O que faz com que se respeite no caso concreto guarda de uma criança de 03 anos de idade, que desde o nascimento sempre esteve na

companhia do pai e da avó paterna. Não é conveniente enquanto não definida a guarda na ação principal que haja o deslocamento da criança para a companhia da mãe que, inclusive, é portadora de transtorno bi-polar. Agravo

provido. (TJ/RS –Agravo de Instrumento nº 70000640888, Rel. Des. Antônio Carlos Stangler Pereira)

(24)

 Uma decisão que fundamentasse o deferimento da

guarda à genitora, quando as crianças possuíssem pouca idade, com base no entendimento de que esta seria a “cuidadora” nata dos filhos, aquela que melhor sabe identificar todas as necessidades dos filhos, tocando ao pai o sustento financeiro é

desconforme. Assim também seria a decisão que deferisse a guarda de uma criança aos avós com base no fato de que estes possuem uma condição financeira mais favorável que a de seus genitores, sem atentar para o necessário amparar moral, psicológico e material de que ela carece.

 Entendemos que o princípio do melhor interesse não

deve ser utilizado como elemento de legitimação de valores culturais já ultrapassados como meio de favorecimento da mulher, sob pena de estarmos distorcendo o seu conteúdo. Com isso queremos dizer que não é porque em um determinado

momento históricocoube à mulher o cuidado com os filhos e ao homem o labor para o sustento da família que tal fato deva servir de base para a aplicação do melhor interesse.

(25)

Princípio da prioridade

Princípio da prioridade

absoluta

absoluta

Intrinsecamente relacionado com o interesse

superior da criança, está o princípio da

prioridade absoluta. O art. 227, da

Constituição Federal, e o art. 4º, do Estatuto

da Criança e do Adolescente, atribuem como

dever da família, da sociedade e do Estado a

responsabilidade em assegurar os direitos

fundamentais, estabelecendo que sua

realização deve ser realizada com absoluta

prioridade. O art. 4º, Parágrafo Único, do

Estatuto da Criança e do Adolescente

determina o alcance da garantia de absoluta

prioridade:

(26)

Princípio da prioridade

Princípio da prioridade

absoluta

absoluta

A garantia de prioridade compreende:

a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;

c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude Segundo Dalmo de Abreu Dallari (Estatuto da

Criança e do Adolescente Comentado, 1996) a enumeração normativa prevista na lei não é

exaustiva, não estando ali especificadas todas as situações em que deverá ser assegurada a

(27)

Princípio da prioridade

Princípio da prioridade

absoluta

absoluta

Além de servir como critério interpretativo na

solução de conflitos, o princípio da

prioridade absoluta reforça verdadeira

diretriz de ação para a efetivação dos

direitos fundamentais, na medida em que

estabelece a prioridade na realização das

políticas sociais públicas e a destinação

privilegiada dos recursos necessários à sua

execução

Numa fila para transplante de órgãos,

havendo uma criança e um adulto nas

mesmas condições, os médicos deverão

atender em primeiro lugar a criança.

(28)

Princípio da descentralização ou da

Princípio da descentralização ou da

municipalização

municipalização

 O Estatuto da Criança e do Adolescente determina no

art. 86 que: “a política de atendimento dos direitos da

criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e

não-governamentais, da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios”.

 Especificamente, em relação às políticas de assistência

social, a própria Constituição Federal é clara e determina no art. 204: “I - descentralização político-administrativa cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social”

 O princípio da descentralização tem o mérito da

aproximação da política, ou seja, as políticas públicas devem ser realizadas na localidade onde residem as pessoas, se reconhecendo o papel da sociedade nas decisões que afetam sua própria realidade.

(29)

Princípio da tríplice

Princípio da tríplice

Responsabilidade

Responsabilidade

O princípio da tríplice responsabilidade

compartilhada seria a competência

distribuída à família, estado e sociedade

na efetivação dos direitos de crianças e

adolescentes, isto é, essas três instituições

não podem, nem devem agir isoladamente,

devendo existir uma articulação para

proteção dos direitos da criança e do

adolescente.

Registre-se, todavia, que éo Estado a

função primordial de garantir os direitos da

criança e do adolescente.

(30)

Princípio da Universalidade

Princípio da Universalidade

As disposições do Estatuto da

Criança e da Adolescência

aplicam-se a todos os

indivíduos menores de idade,

estejam eles em situação de

risco ou não.

(31)

Princípio da participação

Princípio da participação

progressiva

progressiva

Visa distinguir as crianças e os

Visa distinguir as crianças e os

adolescentes dos incapazes.

adolescentes dos incapazes.

Ao verificar o entendimento e o

Ao verificar o entendimento e o

discernimento no caso concreto o

discernimento no caso concreto o

menor será ouvido e sua opinião

menor será ouvido e sua opinião

considerada.

considerada.

Por exemplo: a partir dos 16 anos

Por exemplo: a partir dos 16 anos

pode votar; a criança que pratica ato

pode votar; a criança que pratica ato

infracional não sofre medidas

infracional não sofre medidas

sócio-educativas, ser ouvido nas ações de

educativas, ser ouvido nas ações de

guarda.

guarda.

(32)

Princípios que norteiam a proteção

Princípios que norteiam a proteção

da criança e dos adolescente

da criança e dos adolescente

Princípio da afetividade:

O afeto, portanto, é a “realização

pessoal dentro da família” (CARDOSO,

2004, p. 86), ou seja, elemento nuclear de

formação das famílias contemporâneas,

reconhecendo-se “um contorno familiar

sem molduras rígidas, sendo o espaço do

lar um lugar de afeto e de realização das

potencialidades de cada um de seus

membros”

Princípio da igualdade:

Princípio que também alcançou os

vínculos de filiação, proibindo qualquer

tipo de discriminação relativamente aos

filhos havidos ou não da relação de

casamento ou por adoção (art. 227, §

(33)

Critérios de interpretação do

Critérios de interpretação do

ECA

ECA

LICC – exigência do bem

LICC – exigência do bem

comum e os fins sociais a que

comum e os fins sociais a que

lei ela se dirige.

lei ela se dirige.

Condição peculiar da criança e

Condição peculiar da criança e

do adolescente como pessoas

do adolescente como pessoas

em desenvolvimento.

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