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Elaboração de um histórico de enfermagem para pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva: relato de experiência

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Academic year: 2021

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ELIZABETH CARDOSO DE OLIVEIRA

ELABORAÇÃO DE UM HISTÓRICO DE ENFERMAGEM PARA PACIENTES DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: relato de experiência

FLORIANÓPOLIS (SC)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

ELIZABETH CARDOSO DE OLIVEIRA

ELABORAÇÃO DE UM HISTÓRICO DE ENFERMAGEM PARA PACIENTES DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: relato de experiência

FLORIANÓPOLIS (SC)

2014

FOLHA DE APROVAÇÃO

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem – Atenção às Urgências e Emergências do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista.

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O trabalho intitulado ELABORAÇÃO DE UM HISTÓRICO DE ENFERMAGEM

PARA PACIENTES DE UMA UNIDADE DE TERAPIA: relato de experiência, de autoria

da aluna ELIZABETH CARDOSO DE OLIVERA foi examinado e avaliado pela banca avaliadora, sendo considerado APROVADO no Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem – Área de Urgência e Emergência.

_____________________________________

Profa. Dra. Eliane R. P. do Nascimento Orientadora da Monografia

_____________________________________

Profa. Dra. Vânia Marli Schubert Backes

Coordenadora do Curso

_____________________________________

Profa. Dra. Flávia Regina Souza Ramos

Coordenadora de Monografia

FLORIANÓPOLIS (SC)

2014 DEDICATÓRIA

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Dedico o presente trabalho aos profissionais de Enfermagem que, junto comigo, dedicam-se diariamente a um atendimento de urgência/emergência mais humanizado e qualificado.

Aos enfermeiros e técnicos de enfermagem.

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Agradeço a Deus, a minha ex-gerente de Enfermagem, que me incentivou a fazer esta pós-graduação, e à Universidade Federal de Santa Catarina por me presentear com ensino e

aprendizado aplicáveis a minha prática profissional.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO... 01

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA... 03

3 A CONSTRUÇÃO DO HISTÓRICO DE ENFERMAGEM... 06

3.1 Considerações Iniciais... 06

3.2 A apresentação do histórico elaborado... 07

4 CONSIDERAÇÕES FIN AIS... 12 REFERÊNCIAS... .

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RESUMO

O enfermeiro, ao realizar a admissão do paciente em uma unidade hospitalar, o acolhe, proporcionando-lhe todas as informações necessárias à sua internação. Também desenvolve o processo de enfermagem, possibilitando o cuidado individualizado e o consequente preparo para a alta hospitalar. Esse processo começa com o preenchimento de um roteiro sistematizado para o levantamento de dados do paciente relacionados à sua identificação e levantamento de problemas que é o Histórico de Enfermagem. Dessa forma, tendo em vista que o histórico principia o planejamento da assistência de enfermagem de modo organizado, o presente estudo parte do seguinte questionamento: Quais os elementos que devem constituir um histórico de enfermagem de pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva? O objetivo desse trabalho é retratar como ocorreu a elaboração de um formulário para a aplicação do histórico de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital de referência no atendimento às urgências no município de Teresina, PI. Essa iniciativa justifica-se pelo fato de que, enquanto enfermeira assistencial em Unidade de Terapia Intensiva, pude constatar que, a não existência de um instrumento para direcionar a assistência, dificulta, em muito, o planejamento e avaliação dos cuidados. Participaram da construção do instrumento os enfermeiros lotados em uma das UTIs-adulto do hospital mencionado. O trabalho apresentado significa a possibilidade de que essa ferramenta de trabalho garanta agilidade na avaliação do paciente e assistência prestada.

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1 INTRODUÇÃO

O trabalho dos enfermeiros nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) reveste-se de características especiais, em razão das demandas de cuidados, com diferenciais técnicos e humanos. Nestas unidades, os profissionais de saúde prestam atendimento a casos de maior complexidade, ou seja, de maior gravidade, por meio do Suporte Avançado de Vida (SAV). A UTI é definida como um local que abrange um conjunto de elementos funcionalmente agrupados, destinado ao atendimento de pacientes graves ou de risco que exijam assistência à saúde ininterruptas, além de equipamentos e recursos especializados. Nessas unidades, portanto, concentram-se recursos humanos especializados e materiais para assistir o paciente de forma ininterrupta, utilizando tecnologias precisas e avançadas, destinadas à observação contínua, que possam sustentar decisões e intervenções em situações de descompensação (NASCIMENTO; GOMES; ERDMANN, 2013).

A recepção ou admissão desse paciente crítico, por ser um ponto estratégico no atendimento de uma unidade de saúde, deve contar com profissionais qualificados, que possam fornecer informações e encaminhamentos corretos, a fim de transmitir os dados necessários à internação na Terapia Intensiva (VIANA, 2011).

O enfermeiro, ao realizar a admissão, acolhe o paciente no hospital, proporcionando-lhe todas as informações necessárias à sua internação. Também desenvolve o processo de enfermagem, possibilitando o cuidado individualizado e o consequente preparo para a alta hospitalar. Esse processo começa na coleta de dados do paciente e preenchimento do Histórico de Enfermagem.

Portanto, a participação do enfermeiro no processo de admissão, deve ser um recurso interessante para reduzir o nível de ansiedade e medo do paciente e de seus familiares. Nesse contexto, torna-se necessário que seja explicado o funcionamento da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), de seus principais recursos tecnológicos e o papel desempenhado pela equipe de enfermagem e demais profissionais, preferivelmente prévio à internação do paciente em caso eletivo, ou imediatamente após a admissão, quando urgente. Esse processo pode ser realizado através de protocolos institucionais, formulários específicos adequados à realidade hospitalar, e programas de acolhimento as pacientes e familiares (VIANA, 2011).

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Enquanto enfermeiros, é imprescindível a utilização do processo de enfermagem, que passa por etapas de investigação ou histórico, diagnósticos de enfermagem, planejamento, implementação das ações e sua avaliação. É dever do enfermeiro sistematizar sua prática mediante a aplicação do processo de enfermagem, pois, como ciência, a enfermagem desenvolve diversas formas de conhecimento para contribuir com a saúde das populações (HORTA, 1979).

Tendo em vista o papel do enfermeiro na admissão e acompanhamento do paciente, considera-se necessário que esse profissional se utilize de ferramentas assistenciais que garantam a eficácia no processo de cuidar e a transmissão de informação entre os demais trabalhadores que integram esse cuidado. A utilização de formulários na coleta de informações e abordagem ao paciente e sua família é o passo inicial na sistematização da assistência de enfermagem. Portanto, é necessário que Enfermeiro tenha em mãos os conhecimentos e questionamentos necessários para que, desde a admissão, o paciente tenha as suas necessidades atendidas. E isto é possível, inicialmente, através da aplicação do histórico de enfermagem elaborado conforme a demanda do serviço de saúde.

Sistematizar a assistência de enfermagem ainda é um desafio no cotidiano dos profissionais. Frequentemente somos instigados a garantir uma assistência livre de danos ao paciente e norteada por objetivos e resultados precisos. No compromisso de assegurar tal assistência e a continuidade dela, é imperativo que o enfermeiro tome consciência do processo de enfermagem e apodere-se dele como ferramenta de trabalho.

Enquanto enfermeira em um hospital de urgências com menos de seis anos de fundação, percebi a necessidade de elaborar uma proposta para aplicação da Sistematização da Assistência em Enfermagem (SAE) em meu ambiente de trabalho a fim de fomentar a disseminação do processo de enfermagem.

Dessa forma, tendo em vista que o histórico principia a assistência de enfermagem organizada, o presente estudo parte do seguinte questionamento: Quais os elementos que devem constituir um histórico de enfermagem de pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva?

No intuito de buscar uma resposta a essa questão este trabalho tem como objetivo relatar a experiência da construção de um histórico de enfermagem para pacientes de uma UTI de um hospital de referência no atendimento às urgências no município de Teresina, PI.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A busca pela autonomia e especificidade da enfermagem valoriza o enfoque da contínua construção e aperfeiçoamento do corpo de conhecimentos específicos da profissão. Desde a década de 1960 surgiram discussões e teorias para conceituar a enfermagem como ciência.

Segundo Wanda Horta (1979), a enfermagem é a ciência e a arte de assistir ao ser humano no atendimento de suas necessidades básicas, de torna-lo independente dessa assistência, quando possível, pelo ensino do autocuidado, de recuperar, manter e promover a saúde em colaboração com outros profissionais. Dessa forma, além de conceituar o objeto de estudo da enfermagem, a autora elaborou diretrizes para as ações de enfermagem que são traduzidas na aplicação do processo de enfermagem. O Processo de enfermagem idealizado pela autora consiste em seis passos inter-relacionados: 1. Histórico de enfermagem; 2. Diagnósticos de enfermagem; 3. Plano assistencial; 4. Plano de Cuidados ou prescrição de enfermagem; 5. Evolução; 6. Prognóstico.

Atualmente, o processo de enfermagem também é denominado de Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), é composto por cinco etapas inter-relacionadas de forma sistemática a fim de promover o cuidado organizado, com intervenções seguras e orientadas a resultados palpáveis (COFEN, 2002).

A SAE é uma metodologia de organização, planejamento e execução de ações sistematizadas, que são realizadas pela equipe durante o período em que o cliente se encontra sob a assistência de enfermagem. Essa metodologia foi introduzida, inicialmente nas décadas de 1920 e 30, nos cursos de Enfermagem, particularmente no ensino dos estudos de caso e no planejamento de cuidados individualizados. Posteriormente, a SAE passa a ser utilizada como instrumento de planejamento e execução de sua prática, sendo denominada de Plano de Cuidados. Paralelamente havia a preocupação em introduzir os princípios científicos na prática de Enfermagem. Assim, a SAE passou a ser utilizada como um para organizar os cuidados (NEVES; SHIMIZU, 2010).

No Brasil, a SAE começou a ser implantada com maior ênfase em alguns Serviços de Enfermagem nas décadas de 1970 e 80. Nessa época, a Teoria de Necessidades Humanas Básicas (NHB), de Wanda de Aguiar Horta, influenciou a aplicação do Processo de Enfermagem nas instituições de saúde e no ensino de

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Enfermagem. Essa Teoria foi adotada para a implementação das etapas da SAE no cenário em estudo, tendo em vista que esse modelo tem sido adotado pela maioria dos enfermeiros e amplamente utilizado nas pesquisas de SAE e nas realidades brasileiras (NEVES, SHIMIZU, 2010, p.223).

Na aplicação do processo de enfermagem, Alfaro-Lefevre (2000) assevera que a investigação é o primeiro passo para a determinação da situação da saúde. As informações são coletadas para assegurar que existem todas as informações necessárias para definir-se o estado de saúde de uma pessoa. Considerando que todo o plano de cuidados é baseado nos dados coletados durante essa fase, devem ser feitos todos os esforços para garantir que a informação seja correta, completa e organizada. Assim, na fase de investigação há a coleta e verificação dos dados; agrupamento dos dados em grupos de informação (organização); identificação de padrões; comunicação e registro de dados significativos.

A coleta de dados é um processo permanente. Começa quando você encontra o paciente pela primeira vez e continua em cada encontro subsequente até que a pessoa receba alta (...) Existem dois tipos principais de investigação:

 Investigação da base de dados: informações compreensivas coletadas no contato inicial com a pessoa para investigar todos os aspectos da situação de saúde.

 Investigação de enfoque: dados coletados para determinar a situação de uma condição específica (por exemplo, hábitos intestinais). (ALFARO-LEFEVRE, 2000, p. 53-54) Ao utilizar um instrumento investigativo bem elaborado, o enfermeiro consegue agrupar os dados sobre a saúde do cliente e cria um ponto de partida para as futuras intervenções de enfermagem.

Desde 2002, o Conselho Federal de Enfermagem determinou que a SAE deve ser implementada em toda instituição de saúde brasileira, registrada no prontuário do paciente e composta por histórico de enfermagem, exame físico, diagnóstico de enfermagem, prescrição da assistência de enfermagem, evolução da assistência de enfermagem e relatório de enfermagem.

De acordo com Fontes et al (2006), esse registro escrito retrata a qualidade do atendimento de enfermagem ao paciente, reflete o grau de preparo dos profissionais e favorece a continuidade do trabalho nos diferentes plantões e nas diferentes áreas de assistência. A

documentação da assistência ao paciente permite o acompanhamento das condições de saúde, e avaliação contínua dos cuidados prestados; daí a importância de ser realizada de forma clara, objetiva e de acordo com os princípios éticos e morais da profissão.

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O registro de dados no prontuário do paciente é parte integrante do processo de enfermagem, por estabelecer um mecanismo de comunicação entre os membros da equipe de saúde, ajuda a criar relações positivas entre o paciente e os provedores de cuidados de saúde, facilita a execução do cuidado qualificado e garante um mecanismo de avaliação do cuidado do paciente como pessoa (FONTES et al, 2006, p.71).

Ressalta-se ainda, que a utilização do processo de enfermagem, além de melhorar a comunicação entre a equipe, prevenindo erros e repetições desnecessárias, traz benefícios como a redução da incidência e tempo de internação hospitalar à medida que agiliza o diagnóstico e tratamento de problemas de saúde; cria um plano de eficácia de custos; elabora cuidados ao indivíduo e não apenas para a doença (AMANTE; ROSSETTO; SCHNEIDER, 2009).

HORTA (1979) conceitua o Histórico de Enfermagem como um roteiro sistematizado para o levantamento de dados do ser humano, sendo estes significativos para o enfermeiro e que torna possível a identificação e problemas. Deve ser claro e sem repetições; as informações devem proporcionar um cuidado imediato; o histórico deve ser individual. Na aplicação do Histórico utiliza-se a técnica de entrevista informal, para promover a interação enfermeiro-cliente, e a observação. A autora destaca que o Histórico de Enfermagem deve ser feito na admissão do cliente, e fica claro que isso é um papel exclusivo do enfermeiro, onde este antes de executá-lo deverá se apresentar e detalhar o procedimento.

Outras autoras, como Hermida e Araújo (2006), apontam como fundamental a fase de coleta de dados para o desenvolvimento da SAE, e todo o planejamento da assistência depende da objetividade, fidedignidade e abrangência com que os dados iniciais são coletados. Nessa primeira fase quatro tipos de dados podem ser coletados: dados subjetivos, objetivos, históricos e atuais. Estes podem ser obtidos utilizando-se: a entrevista, a observação, o exame físico, os resultados de provas diagnósticas, a revisão do prontuário e a colaboração de outros profissionais. Depreende-se disso que o trabalho investigativo realizado pelo enfermeiro na forma de Histórico é vital para a obtenção de dados sobre o cliente, e dá progressão ao Processo de Enfermagem.

Assim, o presente estudo tem como objetivo apresentar um modelo de Histórico de Enfermagem aplicável em uma unidade de terapia intensiva adulto de um hospital de urgências no município de Teresina.

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3 A CONSTRUÇÃO DO HISTÓRICO DE ENFERMAGEM

3.1 Considerações Iniciais

Este trabalho consiste de um relato de experiência na construção de um instrumento para levantamento e registro da avaliação dos pacientes, que é o histórico de enfermagem, necessário para o planejamento da assistência de enfermagem, neste caso para pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva. O estudo foi elaborado a partir da observação e constatação da necessidade vivida por enfermeiros da UTI de um hospital de urgências, no município de Teresina,

Considera-se o produto desenvolvido como um recurso tecnológico (Tecnologia do cuidado) passível de uso na realidade desses profissionais.

Para isso, foi elaborado um formulário-modelo a ser aplicado como Histórico de Enfermagem no momento da admissão dos pacientes. Tal documento seria o passo inicial para a Sistematização da Assistência de Enfermagem.

Os participantes da elaboração do Histórico de Enfermagem foram os enfermeiros lotados em umas das UTIs-adulto do hospital mencionado. A ferramenta de trabalho elaborada a partir deste estudo visa agilizar e facilitar o trabalho do enfermeiro, além de contribuir para que o paciente tenha suas necessidades conhecidas e atendidas desde o momento da admissão até a sua saída da UTI.

O trabalho foi desenvolvido entre os meses de março a maio de 2013. Primeiramente realizou-se um estudo minucioso sobre a SAE com base na literatura, aliado a minha experiência e de meus pares, à consulta aos prontuários e protocolos institucionais sobre a existência de um de um formulário (histórico) semelhante ao proposto neste estudo, e nas Portarias do COFEN sobre a SAE.

Diagnosticou-se a aplicação parcial da SAE no setor observado (UTI). Onde há apenas, o registro frequente das evoluções de enfermagem, diagnósticos e intervenções imprecisas, e a completa ausência do Histórico de Enfermagem na interação enfermeiro-paciente. Tal fato constituiu-se em objeto de interesse em querer contribuir para a mudança dessa realidade.

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Julgo pertinente informar que, por não se tratar de uma pesquisa e sim relato de experiência, a proposta aqui relatada, não foi submetida ao Comitê de Ética. Além disso, não foram utilizados dados relativos aos sujeitos-alvo ou descrições sobre as situações assistenciais.

3.2 A apresentação do histórico elaborado

Trata-se de um documento conciso com o objetivo de reunir as informações mais relevantes sobre o paciente recém-chegado e desconhecido para o enfermeiro e sua equipe.

O Histórico é dividido em dez seções, contemplando os diversos sistemas fisiológicos: 1. Identificação (dados iniciais do paciente); 2. Procedência (setor intra ou extra-hospitalar de origem do paciente); 3. Antecedentes pessoais; 4. Avaliação do sistema neurológico; 5. Avaliação do sistema respiratório; 6. Avalição do sistema circulatório; 7. Avaliação do sistema musculoesquelético; 8. Avaliação do sistema gastrointestinal; 9. Avaliação do sistema geniturinário e reprodutor; 10. Responsabilidade das informações (entrevistador e entrevistado); além desses itens há uma seção extra para anotações e registro dos procedimentos realizados pelo enfermeiro em relação ao paciente no momento da admissão.

Optou-se por fazer um formulário com perguntas fechadas que agilizam a entrevista e o exame físico, e abertas que permitem ao entrevistador/enfermeiro acrescentar informações extras e impressões pessoais.

Os itens investigados nas seções 1 a 3 podem ser coletados e confirmados com o paciente, familiar/acompanhante e informações no prontuário. Informações como peso, altura, tipo sanguíneo e alergias são essenciais para que as necessidades básicas de nutrição, hidratação e terapia medicamentosa sejam estabelecidas. As seções 4 a 9 abordam o exame físico do paciente. Em cada espaço dessas seções é possível ao enfermeiro identificar e descrever as normalidades e alterações visualizadas no paciente.

Devido à necessidade de intervenção rápida, que geralmente é observada na unidade de emergência, nem sempre é possível ter o tempo adequado para a identificação das necessidades afetadas dos pacientes. Entretanto, por mais curto que seja esse tempo, é importante que o enfermeiro aplique uma metodologia de identificação de problemas para que, em seguida, possa identificar os principais pontos voltados para o cuidado e posteriormente implementar as ações de enfermagem (BARBOSA; DAL SASSO, 2013, p.11).

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Dessa forma, a organização dos itens referentes ao exame físico foi elaborada de forma objetiva para que o enfermeiro possa coletar, rapidamente, as informações que nortearão os possíveis diagnósticos e intervenções de enfermagem. Salienta-se aqui que o exame físico exige perícia e perspicácia profissional. Portanto, antes de aplicar esse histórico, o enfermeiro deve conhecer as informações e termos técnicos exigidos no preenchimento desse formulário.

Na seção 10 será registrado o nome do informante dos dados coletados sobre o paciente (familiar ou o próprio paciente), e do enfermeiro que realizou o histórico.

Além das seções supracitadas, o formulário traz um espaço extra para anotações do enfermeiro. O profissional deve relatar como ocorreu a admissão do paciente (hora, condições do paciente e do transporte, procedimentos realizados, intercorrências e outros) e as intervenções realizadas pelo enfermeiro. Ao final do preenchimento do histórico, o entrevistador/enfermeiro deve carimbar e assinar o formulário, e anexá-lo ao prontuário do paciente, garantindo dessa forma que as informações colhidas serão compartilhadas pela equipe multiprofissional.

As figuras 1.0 e 2.0 seguintes mostram a frente e o verso do Histórico de Enfermagem proposto e as seções descritas acima.

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O Histórico de Enfermagem proposto é o passo inicial para que o diagnóstico e avaliação de enfermagem, etapas subsequentes do Processo de Enfermagem, sejam realizadas.

O instrumento elaborado nesse estudo é de fácil manuseio e sua aplicação pode ser estendida às admissões realizadas em emergências, salas de estabilização e outros setores do ambiente hospitalar nos quais há a prerrogativa de uma assistência de enfermagem sistematizada.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho apresentado nestas páginas significa a possibilidade de expor uma nova ferramenta de trabalho que garanta agilidade e eficiência à assistência de enfermagem especificamente à assistência prestada pelo enfermeiro.

Partindo da compreensão da inserção dos serviços de urgência na rede local, é imprescindível repensar e criar novas formas de agir em saúde que levem a uma atenção de enfermagem resolutiva, humanizada e acolhedora.

Acrescenta-se que o histórico é, também, uma ação tecno-assistencial que pressupõe a mudança da relação profissional/usuário e sua rede social por meio de parâmetros técnicos, éticos, humanitários e de solidariedade, reconhecendo o usuário como sujeito e participante ativo no processo de produção da saúde, ou seja, aplicar o histórico de enfermagem constitui-se também em uma estratégia de acolhimento aos usuários dos serviços de saúde, aqui em especial os pacientes de UTI. Pacientes esses, em estado de gravidade e complexidade importantes, o que torna ainda mais necessário o registro dos diversos sistemas fisiológicos, que irão embasar à tomada de decisão mais segura.

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REFERÊNCIAS

ALFARO-LEFEVRE, R. Aplicação do processo de enfermagem: um guia passo a passo. 4ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

AMANTE, L.N.; ROSSETTO, A.P.; SCHNEIDER, D.G. Sistematização da assistência de enfermagem em unidade de terapia intensiva sustentada pela teoria de Wanda Horta. Rev. Esc.

Enferm. USP, vol. 43, n.1, p. 54-64, 2009.

BARBOSA, S.; DAL SASSO, G.M. Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em

Enfermagem: Linha de cuidado nas urgências/emergências clínicas respiratórias e metabólicas.

Florianópolis (SC): Universidade Federal de Santa Catarina/Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, 2013.

Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN-272, de 27 de agosto de 2002. Dispõe

sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE – nas instituições de saúde brasileiras. Acesso em maio de 2014. Disponível em: < http://novo.portalcofen.gov.br> FONTES, M.C.F. et al. Análise das anotações do enfermeiro em uma unidade de terapia intensiva. Rev. RENE. Fortaleza, v. 7, n. 3, p. 70-77, set./dez.2006.

HERMIDA, P.M.V.; ARAÚJO, I.E.M. Elaboração e validação do instrumento de entrevista de enfermagem. Rev. Bras. Enferm., vol.59, n.3, p.314-20, 2006

HORTA, W.A. Processo de Enfermagem. São Paulo: EDUSP, 1979.

NASCIMENTO, K.C.; GOMES, A.M.T.; ERDMANN, A.L. A estrutura representacional do cuidado intensivo para profissionais de Unidade de Terapia Intensiva móvel. Rev. Esc. Enferm.

USP, vol.47, n.1, p. 176-184, 2013.

NEVES, R. S.; SHIMIZU, H. E. Análise da implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem em uma unidade de reabilitação. Rev. Bras. de Enferm., vol. 63, n.2, p. 222-229, 2010.

REIBNITZ, K. S. et al. Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem: Desenvolvimento do processo de cuidar. Florianópolis (SC): Universidade Federal de Santa Catarina/Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, 2013.

VIANA, R.A.P.P. Enfermagem em terapia intensiva: prática baseada em evidências. São Paulo: Atheneu, 2011.

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