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Análise da interrelação entre o sistema de transportes e a estrutura urbana.

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Academic year: 2021

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CURSO DE MESTRADO EM ENGENHARIA C I V I L

ANÁLISE DA INTERRELAÇÃO ENTRE 0 SISTEMA DE TRANSPORTES E A ESTRUTURA URBANA

JOSÉ ESTEVAM DE MEDEIROS FILHO

CAMPINA.GRANDE - PB SETEMBRO - 1983

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ANÁLISE DA INTERRELACAO ENTRE 0 SISTEMA DE TRANSPORTES E A ESTRUTURA URBANA

Dissertação apresentada ao Curso de MESTRADO EM ENGEMiARlA CIVIL da Universidade Federal da Paraíba, em cumprimento às exigências pa r a obtenção do Grau de Mestre.

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: TRANSPORTES JOSÉ EUGÉNIO LEAL

O r i e n t a d o r

CAMPINA GRANDE - PB SETEMBRO - 1 9 8 3

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JOSÉ ESTEVAM DE MEDEIROS FILHO

DISSERTAÇÃO APROVADA EM 13/09/83

7]

JOSÉ EUGÊNIO . LEAL

-P r e s i d e n t e

DR

SOHEIL R, RABBANI - DR

E x a m i n a d o r I n t e r n o ,

GUíítíEJ^ÊOSTÂ"' VARELA - M.Sc.

E x a m i n a d o r E x t e r n o

CAMPINA GRANDE - PB

SETEMBRO - 1983

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(7)

Ap c o r p o d o c e n t e d a Ãrea de T r a n s p o r t e s do M e s t r a d o em E n g e n h a r i a C i v i l d o C e n t r o d e Ciências e T e c n o l o g i a d a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l da Paraíba, como também a t o d a s a s p e s s o a s q u e , d i r e t a o u i n d i r e t a m e n t e , a j u d a r a m na r e a l i z a ção d e s t e t r a b a l h o .

Ao P r o f e s s o r José Eugênio L e a l , q u e p e l a disposição, s e n s i b i l i d a d e e segurança de s u a orientação, a j u d o u a t r a n s p o r a s d i f i c u l d a d e s e x i s t e n t e s no d e c o r r e r d e s t e t r a b a l h o . Ao P r o f e s s o r G u i l h e r m e C o s t a V a r e l a , • d o C e n t r o de A r t e s d a UFPe, q u e d e d i c o u p a r t e do s e u t e m p o n a e s t r u t u ração d e s t e t r a b a l h o . Aos P r o f e s s o r e s , João de B r i t o de A t h a y d e M o u r a e Mário G l a u c o d i Láscio, p e l a a j u d a p r e s t a d a , q u a n t o ãs informações d o s i s t e m a de b o n d e de João P e s s o a no i n i c i o d e s t e século. Ao e n g e n h e i r o C a r l o s A l b e r t o Gonçalves Lompa, c h e f e do escritório d a E m p r e s a B r a s i l e i r a d e P l a n e j a m e n t o • de T r a n s p o r t e - GEIPOT, em João P e s s o a , e ao a r q u i t e t o Ney S i m a s A n d r a d e de O l i v e i r a , d a mesma e m p r e s a , p e l a c o l a b o ração p r e s t a d a com o s d a d o s s o b r e o s i s t e m a d e t r a n s p o r t e u r b a n o a t u a l de João P e s s o a .

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Ao a m i g o , João C. d e M o r a i s , p e l o s serviços p r e s t a d o s n a diagramação e execução d a s f i g u r a s c o n s t a n t e s des_ t e t r a b a l h o .

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B u s c a n d o m o s t r a r , de f o r m a c o n c e i t u a i , o i n t e r r e l a c i o n a m e n t o e n t r e o s i s t e m a d e t r a n s p o r t e e a e s t r u t u r a u r b a n a , e s s e t r a b a l h o , u t i l i z a o s c o n c e i t o s a p r e s e n t a d o s n a anã l i s e de d u a s c i d a d e s p a r a i b a n a s , João P e s s o a e P a t o s , s e n d o a p r i m e i r a de médio e a s e g u n d a de p e q u e n o p o r t e . M o s t r a - s e q u e o s i s t e m a d e t r a n s p o r t e s e o u s o do s o l o u r b a n o são o s " m e i o s " p a r a a realização d a s inúmeras a t i v i d a d e s u r b a n a s . -Chega-se, a s s i m , a conclusão q u e , p a r a se a s s e g u r a r o p e r f e i t o exercício d e s s a s a t i v i d a d e s com um s i s t e m a de t r a n s p o r t e r a c i o n a l , hã então a n e c e s s i d a d e de um p l a n e j a m e n t o d o s i s t e m a de t r a n s p o r t e s i n t e g r a d o com o

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T h i s e s s a y s e e k s t o show, i n a c o n c e p t u a l f o r m , t h e i n t e r r e l a t i o n b e t w e e n t h e t r a n s p o r t s y s t e m a n d u r b a n s t r u c -t u r e . F o r -t h i s , i -t u -t i l i z e s -t h e c o n c e p -t s p r e s e n -t e d i n -t h e a n a l y s i s o f t w o c i t i e s o f P a r a i b a S t a t e , João P e s s o a a n d P a t o s , b e i n g t h e f o r m e r a médium s i z e c i t y a n d t h e l a s t , a s m a l l o n e . I t shows t h a t t h e t r a n s p o r t s y s t e m a n d t h e u t i l i z a t i o n o f t h e u r b a n s o i l are" t h e "ways" f o r t h e r e a l i z a t i o n o f s e v e r a l u r b a n a c t i v i t i e s . So, i t r e a c h e s t h e cónclusion, t h a t t o g u a r a n t e e t h e p e r f e c t p r a c t i c e o f t h e s e a c t i v i t i e s w i t h a l o g i c a l s y s t e m o f t r a n s p o r t , t h e n , i t i s necessáry a n i n t e g r a t e d p l a n n i n g o f t h e s y s t e m t r a n s p o r t w i t h t h e urban s y s t e m .

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1 . INTRODUÇÃO 1 1 . 1 . O b j e t i v o s 1 .

1.2. Ordem d e exposição 2 1.3. A b o r d a g e m metodológica 2 2. ORIGEM E EVOLUÇÃO DAS CIDADES 4

2 . 1 . P r i m e i r a s aglomerações u r b a n a s 4

2.2. C i d a d e s n o s i s t e m a f e u d a l 5 2.3. C i d a d e s d e a c o r d o com o s i s t e m a p r o d u t i v o 8

3. USO DO SOLO, ATIVIDADES URBANAS E SISTEMA DE

TRANSPORTE 12 3 . 1 . P r o c e s s o d a segregação d o s o l o u r b a n o 12 3 . 1 . 1 . Introdução ' 12 3.1.2. Localização d o s e t o r c o m e r c i a l e d e s e r -v i ç o s 13 3.1.3. Localização d o s e t o r i n d u s t r i a l 14 3.1.4. Localização d o s e t o r r e s i d e n c i a l - 15 3.2. P r i n c i p a i s a t i v i d a d e s u r b a n a s 17 3 . 2 . 1 . Introdução 1 7 3.2.2. T r a b a l h o 18 3.2.3. E s t u d o I 8

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3 . 2 . 6 . Negócios 21 3.2.7.. L a z e r 21 3.3. M e i o s d e t r a n s p o r t e s u r b a n o s 22 3 . 3 . 1 . Introdução 22 3 . 3 . 2 . T r a n s p o r t e c o l e t i v o 23 3 . 3 . 3 . T r a n s p o r t e i n d i v i d u a l 25 3.4. S i s t e m a Viário 29 3.5. N o v a s concepções u r b a n a s ' 31 3.6. Situação n o B r a s i l 31 3 . 6 . 1 . P r o b l e m a s e soluções d o s i s t e m a d e t r a n s p o r t e u r b a n o b r a s i l e i r o 33 3.7. Conclusão 37 4. ANALISE DAS CIDADES DE JOÃO PESSOA E

PATOS 39 4 . 1 . Introdução 39 4.2. Fundação d a c i d a d e d e João P e s s o a 41 4.3. Expansão u r b a n a e o s i s t e m a d e t r a n s _ p o r t e s d e João P e s s o a 42 4.4. Uso d o s o l o d e João P e s s o a 63 4 . 4 . 1 . Localização d o s e t o r c o m e r c i a l e de serviços 66 4 . 4 . 2 . Localização d o s e t o r i n d u s t r i a l 75 4 . 4 . 3 . Localização d o s e t o r r e s i d e n c i a l 75 4.5. A t i v i d a d e s u r b a n a s d e João P e s s o a 80 4.6. Fundação d a c i d a d e d e P a t o s 94

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4.7.2. Localização d o s e t o r i n d u s t r i a l 99 4.7.3. Localização d o s e t o r r e s i d e n c i a l 101 4.8. A t i v i d a d e s u r b a n a s e o s i s t e m a d e t r a n s p o r t e s de P a t o s 101 4.9. Situação d o t r a f e g o d e P a t o s 106 4.10. Conclusão 108 5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES 113 5 . 1 . Conclusões 113 • 5 . 2 . Sugestões p a r a p e s q u i s a s f u t u r a s 114 6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 116 7. ANEXOS 121 7 . 1 . ANEXO I - Análise do' S i s t e m a d e T r a n s p o r t e

C o l e t i v o U r b a n o d e João P e s s o a s e g u n d o a s T a b e l a s 2 e 3 122 7.2. ANEXO I I - Relação u s o d o s o l o / t r a n s p o r t e s i n o s c o r r e d o r e s d e C r u z d a s Armas e E p i tá c i o P e s s o a 126 7 3 . ANEXO I I I - Glossário 130

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FIGURAS

0 1 . E s t r u t u r a física d a c i d a d e m e d i e v a l 0 2 . Declínio n o u s o de t r a n s p o r t e de massa n o s EE.UU. 0 3 . Localização d a s c i d a d e s d e João P e s s o a e P a t o s n o E s t a d o d a Paraíba 0 4 . João P e s s o a - Itinerário do b o n d e - e v o l u ,ção u r b a n a 0 5 . João P e s s o a - Itinerário d o t r a n s p o r t e c o l e t i v o u r b a n o 0 6 . João P e s s o a - F l u x o de ônibus n a h o r a de p i c o - área c e n t r a l

0 7 . João P e s s o a - Itinerário de õnibus n a área c e n t r a l

0 8 . João P e s s o a - Renda m e d i a d a população (em salários mínimos) 0 9 . João P e s s o a - Uso d o s o l o u r b a n o 10. João P e s s o a - P o s t o s de C o n t a g e m de Tráfego 1 1 . João P e s s o a - L i n h a s de d e s e j o d a s v i a g e n s q u e demandam â área c e n t r a l ( p a s s a g e i r o s / d i a ) 1 2 . João P e s s o a - F l u x o de veículos n a h o r a de

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de p i c o - área c e n t r a l 14. João P e s s o a - F l u x o de p e d e s t r e s n a área c e n t r a l 15. João P e s s o a - E s t a c i o n a m e n t o n a área c e n t r a i 16. P a t o s - S i s t e m a viário 17. P a t o s - Uso do s o l o u r b a n o 18. P a t o s - L i n h a s do t r a n s p o r t e c o l e t i v o u r b a n o 19. P a t o s - D e n s i d a d e demográfica ( h a b / h a ) TABELAS

0 1 . João P e s s o a - População'e área u r b a n a

0 2 . João P e s s o a - Demanda de p a s s a g e i r o s p o r l i n h a d e t r a n s p o r t e c o l e t i v o em 24 h o r a s -1977 0 3 . João P e s s o a - Demanda de p a s s a g e i r o s p o r l i n h a de t r a n s p o r t e c o l e t i v o em 24 h o r a s -1982 0 4 . João P e s s o a - Uso do s o l o n o s p r i n c i p a i s c o r r e d o r e s de tráfego 0 5 . João P e s s o a - V o l u m e de tráfego, d a s 5:00 âs 20:00 h o r a s , n a A v . Epitácio P e s s o a , s e g u n d o p o s t o s de c o n t a g e m d a f i g u r a 10

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g u n d o p o s t o s de c o n t a g e m d a f i g u r a 10

0 7 . João P e s s o a - Tempo médio de serviço p a r a e m p r e g a d o s d a indústria, comércio e s e r v i . ços

0 8 . João P e s s o a - Preço.de imóveis n o s p r i n c i p a i s b a i r r o s 0 9 . João P e s s o a - E s t r u t u r a de e m p r e g o 10. João P e s s o a - F l u x o de p e d e s t r e s ( e n t r e 14:30 e 15:30) 1 1 . João P e s s o a - Veículos l i c e n c i a d o s s e g u n d o o t i p o 12. P a t o s - C r e s c i m e n t o demográfico 13. P a t o s - E s t r u t u r a económica p o r s e t o r e s d e a t i v i d a d e s u r b a n a s (em %) 14. P a t o s Edificações l i c e n c i a d a s de 1976 a ,-1980 JOÃO PESSOA - M a t r i z O r i g e m / D e s t i n o d a s v i a g e n s p o r t r a n s p o r t e c o l e t i v o , em 24 h o r a s .

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A c i d a d e m o d e r n a n e c e s s i t a , n a s u a e s t r u t u r a , de um " m e i o " p a r a um " f i m " , q u e é o s i s t e m a d e t r a n s p o r t e u r b a n o . ' Sempre tão c o m p l e x o , q u a n t o c o m p l e x o f o r a distribuição do u s o do s o l o n a m a l h a u r b a n a , q u e f a z o s i s t e m a de a t i v i d a d e s s e d i s t a n c i a r m a i s d o s e t o r d e m o r a d i a , o s i s t e m a d e t r a n s p o r t e s n a s c i d a d e s d e médio e g r a n d e p o r t e e n c o n t r a - s e e s t r u t u r a d o , em g e r a l , de uma m a n e i r a i r r a c i o n a l , f r u t o de um p l a n e j a m e n t o q u e não l e v a em c o n t a o s i s t e m a u r b a n o em s u a t o t a l i d a d e . 1 . 1 . O b j e t i v o s E s t e t r a b a l h o t e m como o b j e t i v o r e s s a l t a r a s u b o r d i nação d o s i s t e m a d e t r a n s p o r t e s ao s i s t e m a de u s o d o s o l o e a o s i s t e m a d e a t i v i d a d e s u r b a n a s e , p o r t a n t o , a n e c e s s i d a d e d o e q u a c i o n a m e n t o d o p r o b l e m a u r b a n o como um t o d o , através do p l a n e j a m e n t o i n t e g r a d o : s i s t e m a u r b a n o — s i s t e m a de t r a n s p o r t e s .

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1.2. Ordem de exposição

O t r a b a l h o f o i e s t r u t u r a d o em q u a t r o capítulos: o p r i m e i r o , introdutório, m o s t r a o s o b j e t i v o s e a m e t o d o l o g i a u t i l i z a d a ; o s e g u n d o d e s c r e v e como s u r g i r a m a s c i d a d e s e como se d e r a m s u a s evoluções; o t e r c e i r o capítulo a b o r d a o s c o m p o n e n t e s bãsicos do s i s t e m a u r b a n o ( u s o d o s o l o , a t i v i d a d e s u r b a n a s e o s i s t e m a de t r a n s p o r t e s ) ; o último mos t r a uma análise do c o m p o r t a m e n t o d o s i s t e m a de t r a n s p o r t e s com o u s o do s o l o e a s a t i v i d a d e s u r b a n a s em d u a s c i d a d e s p a r a i b a n a s . '1.3. A b o r d a g e m metodológica A m e t o d o l o g i a u t i l i z a d a c o n s i s t e n a a b o r d a g e m c o n c e i . t u a l d o s c o m p o n e n t e s do s i s t e m a u r b a n o , a p a r t i r de uma b i b l i o g r a f i a a p r e s e n t a d a no f i n a l d e s t e t r a b a l h o . Os conceíL t o s a p r e s e n t a d o s , são u t i l i z a d o s n a análise d a s e s t r u t u r a s u r b a n a s d a s c i d a d e s p a r a i b a n a s d e João P e s s o a e P a t o s . A a n a l i s e se p r e n d e , m a i s p r e c i s a m e n t e , no q u e d i z r e s p e i t o a interrelação e n t r e o u s o d o s o l o u r b a n o , s u a s a t i v i d a d e s e o s s i s t e m a s de t r a n s p o r t e s e x i s t e n t e .

A l g u n s d a d o s t a i s como população, demanda de p a s s a g e i . r o s , e t c , f o r a m necessários p a r a m e l h o r a n a l i s a r a s e s t r u t u r a s d a s d u a s c i d a d e s . E s s e s d a d o s p e r m i t i r a m a m o n t a g e m d a s f i g u r a s e t a b e l a s c o n s t a n t e s n e s t e t r a b a l h o .

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s e r e m a n a l i s a d a s , d e v i d o a o s s e g u i n t e s p o n t o s : Em relação a João P e s s o a : - s e r de médio p o r t e ; - s e r uma c i d a d e a n t i g a ( a p r o x i m a d a m e n t e 400 a n o s de f u n d a ç ã o ) ; - p o s s u i r s i s t e m a d e t r a n s p o r t e de massa ( o p r i m e i r o f o i um s i s t e m a de b o n d e n o f i n a l do século p a s s a d o ) ; - s e r c a p i t a l do E s t a d o d a Paraíba e p r i n c i p a l c e n t r o u r b a n o do E s t a d o . Em relação a P a t o s : - s e r de p e q u e n o p o r t e ;

- s e r n o v a em relação a o u t r a s c i d a d e s d a região (me n o s de 100 a n o s d e f u n d a ç ã o ) ;

- p o s s u i r s i s t e m a de t r a n s p o r t e d e massa r e c e n t e ( o s i s t e m a começou a f u n c i o n a r há p o u c o m a i s d e 7 anos); - s e r o t e r c e i r o c e n t r o u r b a n o d o E s t a d o .

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2 . 1 . P r i m e i r a s aglomerações u r b a n a s M u i t o a n t e s do s u r g i m e n t o da c i d a d e , o campo já e x i s t i a , e o homem a l i v i v i a e x t r a i n d o do s o l o a s substâncias necessárias a s u a sobrevivência. Q u a n t o ã c i d a d e , s u a e x i s t e n c i a d e p e n d i a d o d e s e n v o l v i m e n t o d a s forças p r o d u t i v a s do campo q u e , c h e g a n d o a um estágio t a l , p r o d u z i u um e x c e d e n t e a l i m e n t a r e t r a n s f e r i u à c i d a d e p a r a s u a sobrevivência. I s t o o c o r r e u em regiões d a Mesopotâmia há 3.500 a n o s A.C. o u d o E g i t o há 3.000 a n o s A.C., d e v i d o às técnicas e ãs condições s o c i a i s e n a t u r a i s do t r a b a l h o , q u e p e r m i t i r a m a o s a g r i c u l ^ t o r e s p r o d u z i r e m m a i s do q u e e l e s mesmos n e c e s s i t a v a m p a r a s u b s i s t i r . ^ *

"A produção d o e x c e d e n t e a l i m e n t a r é uma condição necessária mas não s u f i c i e n t e p a r a o s u r g i m e n t o d a c i d a d e . Ê p r e c i s o a i n d a q u e se c r i e m instituições s o c i a i s , uma relação de dominação e de exploração en f i m , q u e a s s e g u r e a transferência d o m a i s p r o d u t o do campo a c i d a d e . " ( 2 )

E s s a divisão de c l a s s e s s o c i a i s se' d a v a a i n d a no m e i o r u r a l , o n d e começava uma diferenciação e n t r e c l a s s e s , umas s e d e d i c a n d o a a t i v i d a d e s p r o d u t i v a s e o u t r a s a n a o - p r o d u t i v a s .

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As c l a s s e s não-produtivas s e d e s t a c a v a m d a s d e m a i s p o r d e i x a r e m de p r o d u z i r o s e u s u s t e n t o o n d e , p a s s a n d o a recebê-lo d o r e s t o d a s o c i e d a d e . P a r a e x p l i c a r e s t a diferenciação, P a u l S i n g e r , o p . c i t . , d i z q u e : " s o m e n t e q u a n d o a residência d o s g u e r r e i r o s s e t r a n s f o r m a em f o r t e e a d o s s a c e r d o t e s em t e m p l o s , a g r u p a n d o - s e ao s e u r e d o r a s c a s a s de s e u s s e r v o s espê c i a l i z a d o s , i s t o é, q u e i g u a l m e n t e d e i x a r a m d e s e r p r o d u t o r e s d i r e t o s , só então a e s t r u t u r a de c i a s s e s s e c o n s o l i d a e o princípio d a diferença e n t r e o campo e c i d a d e se e s t a b e l e c e " . ( 2 ) Eram g e r a l m e n t e e s s a s d u a s c l a s s e s ( g u e r r e i r o s e sacerdo-t e s ) , q u e c o n s e g u i a m s e d e s sacerdo-t a c a r d a s d e m a i s , sacerdo-t o r n a n d o - s e c l a s _ s e s de p o d e r e domínio n a s p r i m e i r a s aglomerações u r b a n a s . 2.2. C i d a d e s no s i s t e m a f e u d a l

Com o e n f r a q u e c i m e n t o do Império Romano, a d e s o r g a n i zação n a E u r o p a e r a i m e n s a . 0 comércio n a c i d a d e f o i r e d u z i d o , a população a b a n d o n o u a s áreas u r b a n a s e p a s s o u a c u l t i v a r o s campos. S u r g i u o F e u d a l i s m o . , s i s t e m a q u e t i n h a p o r b a s e o a r r e n d a m e n t o de t e r r a s , o n d e o s arrendatários e s t a vam o b r i g a d o s a c u l t i v a r a t e r r a em t r o c a de p a g a m e n t o de r e n d a ao s e n h o r i o , proprietário d a s t e r r a s . Embora o campo f o s s e o c e n t r o da e s t r u t u r a f e u d a l , h a v i a n a s c i d a d e s o r g a n i z a d a s corporações, r e u n i n d o d i v e r s o s ofícios, q u e se d e s t i n a v a m p r a t i c a m e n t e ao m e r c a d o l o c a l . Aos p o u c o s , o s artesãos começaram a p r o d u z i r m a i s d o q u e o necessário p a r a o s e u c o n s u m o , e o e x c e d e n t e começou a s e r

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c o m e r c i a l i z a d o . A expansão d o comércio e r a c a d a v e z m a i o r , t e n d o i n f l u e n c i a d o n o c r e s c i m e n t o d a s c i d a d e s , como também, "â m e d i d a q u e o comércio c o n t i n u a v a a s e e x p a n d i r , s u r g i a m c i d a d e s n o s l o c a i s em q u e d u a s e s t r a d a s s e e n c o n t r a v a m , o u n a e m b o c a d u r a d e um r i o . ,."*3' A influência d o comércio n a expansão o u s u r g i m e n t o d e c i d a d e s é c l a r a . É bom r e s s a l -t a r , ' n o e n -t a n -t o , q u e sem o -t r a n s p o r -t e e s s a evolução s e r i a p r a t i c a m e n t e impossível. O t r a n s p o r t e e x i s t e d e s d e o t e m p o em q u e o homem d o m e s t i c a v a a n i m a i s , mesmo a n t e s d a c i d a d e , e t e m evoluído com a h u m a n i d a d e , f a c i l i t a n d o o d e s l o c a m e n t o d e p e s s o a s o u p r o d u t o s , n a s c i d a d e s o u e n t r e c i d a d e s , p o r t e r r a , m a r e a r . Com o comércio, a s c i d a d e s ( b u r g o s ) l i m i t a d a s p o r ' mu r a l h a s ( v e r f i g u r a 1 ) , a o s p o u c o s t i n h a m s e u s a r r a b a l d e s o c u p a d o s p o r m e r c a d o r e s , c h e g a n d o m u i t a s v e z e s a c o n s t r u i , rem uma n o v a m u r a l h a d e proteção. A s s i m , a s c i d a d e s s e e x p a n d i a m e s p a c i a l m e n t e e e c o n o m i c a m e n t e . P a r a L e o Humberman/ o p . c i t . , "a expansão d o comércio s i g n i f i c a v a t r a b a l h o p a r a m a i o r número d e p e s s o a s e e s t a s a f l u i a m ã c i d a d e a f i m d e o b t e - l o " . A c i d a d e p a s s a a a t r a i r a mão-de-obra d o campo. A b u r g u e s i a c o m e r c i a l a u m e n t o u a produção d e m a n u f a t u r a s , v i s a n d o um m e r c a d o c a d a v e z m a i o r . Os n o b r e s começa ram a t r a n s f o r m a r s e u s campos em t e r r a d e p a s t o s o v i n o s , c u j a lã d e v e r i a s e r v e n d i d a âs m a n u f a t u r a s . E s s e p r o c e s s o i m p l i c o u n a expulsão d e m i l h a r e s d e c a m p o n e s e s d a s t e r r a s d o s s e n h o r e s f e u d a i s .

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Se n o s i s t e m a d e corporações, o c a p i t a l i s t a não t i n h a v e z , com o d e s a p a r e c i m e n t o d o s artesãos, c r e s c e u o c a p i t a l i s m o , u s a n d o uma mão-de-obra a s s a l a r i a d a o n d e b o a p a r t e e r a m i g r a n t e s do campo. 2.3. C i d a d e s de a c o r d o com o s i s t e m a p r o d u t i v o De a c o r d o com L e o Humberman, o p . c i t . , a s f a s e s d a organização i n d u s t r i a l são: 1 . No princípio d a I d a d e Média, n o s i s t e m a d i t o f a m i . l i a r , o s membros de uma família p r o d u z i a m a r t i g o s p a r a s e u c o n s u m o , e não p a r a a v e n d a ; 2. d u r a n t e a I d a d e Média, n o s i s t e m a d i t o de c o r p o r a ç õ e s , a produção e r a r e a l i z a d a p o r m e s t r e s a r t e sãos i n d e p e n d e n t e s , com d o i s o u três e m p r e g a d o s , p a r a um m e r c a d o p e q u e n o e estável. Os t r a b a l h a d o r e s e r a m d o n o s t a n t o da matéria-prima q u e u t i l i z a , vam q u a n t o d a s f e r r a m e n t a s com q u e t r a b a l h a vam. Nao v e n d i a m o t r a b a l h o e s i m o p r o d u t o d o t r a b a l h o ; 3. e n t r e o s séculos X V I e X V I I I o c o r r e u o s i s t e m a do mestiço, o n d e a produção a i n d a e r a r e a l i z a d a em c a s a p e l o m e s t r e artesão e a j u d a n t e s . Os m e s t r e s t i n h a m a i n d a a p r o p r i e d a d e d o s i n s t r u m e n t o s de" t r a b a l h o , e m b o r a d e p e n d e s s e m d e um e m p r e e n d e d o r q u e f o r n e c e s s e a matéria-prima e n e g o c i a s s e o p r o d u t o . Os m e s t r e s p a s s a r a m a s e r t a r e f e i r o s a s s a l a r i a d o s ;

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4. d o século X I X até h o j e , t e m o s o s i s t e m a f a b r i l , q u e p r o d u z p a r a um m e r c a d o c a d a v e z m a i o r e o s c i l a n t e . A produção p a s s a a s e r r e a l i z a d a f o r a de c a s a , n o s edifícios do e m p r e g a d o r e s o b r i g o r o s a supervisão. Os t r a b a l h a d o r e s p e r d e m s u a i n d e p e n d e n c i a , a matéria-prima e o s i n s t r u m e n t o s de t r a b a l h o . O c a p i t a l t o r n o u - s e m a i s necessário d o q u e . n u n c a . A n a l i s a n d o a evolução d a c i d a d e de a c o r d o com a e v o l u ção p r o d u t i v a , e c o n s i d e r a n d o a s f a s e s d e s c r i t a s p o r L e o Humberman, p e r c e b e m o s a c i d a d e no início d a i d a d e Média p r a t i c a m e n t e numa posição m a r g i n a l i z a d a , uma v e z q u e o s pode_ r e s económico e s o c i a l s e e n c o n t r a v a m n o campo, c a r a c t e r i

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z a n d o m u i t o bem o s i s t e m a f e u d a l . A c i d a d e e r a um p e q u e n o c e n t r o p r o d u t o r e d e intercâmbio, com t a m a n h o r e d u z i d o e p e r m i t i n d o um d e s l o c a m e n t o a p é . ' ^

Nos s i s t e m a s de corporações e doméstico, o n d e o e x c e d e n t e p a s s a a s e r c o m e r c i a l i z a d o , a c i d a d e começa a aumen t a r s u a s funções, c h e g a n d o a s e r um c e n t r o de intercâmbio c o m e r c i a l , c e n t r o a d m i n i s t r a t i v o d a s c o m p a n h i a s c o m e r c i a i s e c e n t r o de a r t e s a n a t o e d e serviços. E s t a n d o em p l e n a e r a m e r c a n t i l i s t a , a c i d a d e a p r e s e n t a um t a m a n h o físico de r a i o de a p r o x i m a d a m e n t e quatro-quilómetros, p e r m i t i n d o , a i n d a , d e s l o c a m e n t o s a pé o u a c a v a l o .

"Na indústria doméstica, o tráfego d e p r o d u t o s e r a l i m i t a d o e l o c a l , o t r a n s p o r t e e r a r e a l i z a d o p o r a n i m a i s de c a r g a . " ( 6 )

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No s i s t e m a f a b r i l , o homem a d o t o u n o v a s técnicas d e produção, u s a n d o a e n e r g i a a v a p o r , o t e a r mecânico, a ma q u i n a de f i a r , e t c , p r o p o r c i o n a n d o - l h e g r a n d e s l u c r o s . A c i d a d e g a n h o u um n o v o e q u i p a m e n t o : a fábrica. O n o v o p r o c e s s o d e produção e x i g i a um g r a n d e número d e t r a b a l h a d o r e s com funções e s p e c i a l i z a d a s , d e fãcil a p r e n d i z a d o e q u e s e a d a p t a s s e m com r e l a t i v a r a p i d e z a o t r a b a l h o . O homem d e i x a v a d e p r o d u z i r s e u s próprios p r o d u t o s com s u a s f e r r a m e n t a s , o n d e e x e r c i a v a r i a s funções d e n t r o d o p r o c e s s o d e produção ( s i s t e m a a r t e s a n a l ) , p a r a s e r s u b o r d i n a d o a o u t r o homem, e s t e , p o s s u i d o r d e g r a n d e c a p i t a l , proprietário d a u n i d a d e de produção ( a f a b r i c a ) , o n d e várias p e s s o a s p a r t i c i p a v a m d o p r o c e s s o d e fabricação, c a d a uma com função e s p e c i a l i z a d a

e o n d e , d e v i d o ã mecanização d a função, o s operários se t o r navam u n s v e r d a d e i r o s robôs h u m a n o s .

O p r o c e s s o d e transição d a p a s s a g e m d e uma s o c i e d a d e d e b a s e económica f u n d a m e n t a l m e n t e agrícola-artesanal p a r a o u t r a p r e d o m i n a n t e m e n t e u r b a n a - i n d u s t r i a l , d e n o m i n a d a p o r a l g u n s d e "Revolução I n d u s t r i a l " , t e m p o r b a s e

"... uma alteração n o modo d e produção, g u e t o r n a o i n v e s t i m e n t o n o i n s t r u m e n t o d e produção, e não mais a p e n a s n a matéria-prima e n o p r o d u t o a c a b a d o , a l t a m e n t e l u c r a t i v o . " ( 2 )

p.

A indústria t r a n s f o r m a a c i d a d e e a c e l e r a a urbanização, e, s e g u n d o M a n u e l C a s t e l l s , i s s o s e d e v e a decomposição prévia d a e s t r u t u r a s o c i a l agrária e a eitfigração d a população p a r a o s c e n t r o s u r b a n o s já e x i s t e n t e s , p r o p o r c i o n a n d o a força d e t r a b a l h o e s s e n c i a l ã industrialização, como também d e v i d o ã

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p a s s a g e m d e uma e c o n o m i a doméstica p a r a uma e c o n o m i a de ma' n u f a t u r a e d e p o i s p a r a uma e c o n o m i a de fábrica, o q u e s i g n i ficarão mesmo tempo,, a concentração de mão-de-obra, a c r i a ção de um m e r c a d o c o n s u m i d o r e a constituição de um m e i o i n d u s t r i a l . *1' P a r a C a s t e l l s , a c i d a d e a t r a i a indústria d e v i d o a mão-de-obra e o m e r c a d o , ef p o r s u a v e z , a indús t r i a a t r a i n o v a mão-de-obra e n o v o s m e r c a d o s . No início d a industrialização, o s e q u i p a m e n t o s i n d u s t r i a i s s e l o c a l i z a v a m g e r a l m e n t e em t o r n o d o c e n t r o histõri c o d a s c i d a d e s . A mão-de-obra necessária a i n d u s t r i a l i z a ção r e s i d i a em t o r n o d a s fábricas, sem g r a n d e s p r o b l e m a s com d e s l o c a m e n t o s nem m e i o s de t r a n s p o r t e s . Com o d e s e n v o l v i , m e n t o i n d u s t r i a l , a população u r b a n a a u m e n t a , n e c e s s i t a n d o de n o v a s m o r a d i a s , i n t e n s i f i c a - s e a segregação do espaço u r b a n o , com áreas d i f e r e n c i a d a s p a r a m o r a d i a , c o m e r c i o e s e r v i ç o s , indústrias, e t c . As distâncias e n t r e o s p o n t o s de o r i g e m e d e s t i n o d o s d e s l o c a m e n t o s c r e s c e m c a d a v e z m a i s , n e c e s s i t a n d o de um t r a n s p o r t e s e m p r e m a i s v e l o z p a r a compen s a r a s distâncias.

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3 . 1 . P r o c e s s o d a segregação d o s o l o u r b a n o

3 . 1 . 1 . Introdução

F a t o r e s sõcio-econômicos agem n a e s t r u t u r a u r b a n a , d e m a n e i r a t a l q u e o s e u espaço físico f i c a t o d o r e t a l h a d o com funções específicas. P a r a P a u l S i n g e r ,

" s e n d o a c i d a d e uma i m e n s a concentração de g e n t e e x e r c e n d o a s m a i s d i f e r e n t e s a t i v i d a d e s , é lógico que o s o l o u r b a n o s e j a d i s p u t a d o p o r m u i t o s usos." (7) S e g u n d o e l e , no s i s t e m a c a p i t a l i s t a e s t a d i s p u t a s e f u n d a m e n t a n a p r o p r i e d a d e p r i v a d a do s o l o , p r o p o r c i o n a n d o r e n d a , l o g o , s e a s s e m e l h a n d o a o c a p i t a l . A concorrência p e l o espaço u r b a n o é g r a n d e , p r i n c i p a l m e n t e n a s ãreas c e n t r a i s , f a z e n d o com g u e e s t a s áreas s e v a l o r i z e m c a d a v e z m a i s d e v i d o à concorrência p e l o u s o . "Os preços n o m e r c a d o imobiliário t e n d e m a s e r d e t e r m i n a d o s p e

l o q u e a demanda e s t i v e r d i s p o s t a a p a g a r . " I s s o é v e r i -f i c a d o q u a n d o vários s e t o r e s u r b a n o s (com d i -f e r e n t e s -f u n

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ções como l a z e r , m o r a d i a , comércio, serviços, e t c ) , ao d i £ p u t a r e m um p e q u e n o espaço n a área c e n t r a l d a c i d a d e , f a z e m c r e s c e r a demanda p e l o s o l o . Com i s s o d e s e n c a d e i a - s e um p r o c e s s o d e valorização. D e s t a f o r m a o s o l o u r b a n o ê a p r o p r i a d o p e l o s d i v e r s o s s e t o r e s do c a p i t a l , de a c o r d o com a s u a c a p a c i d a d e de p a g a m e n t o , g u e é função d i r e t a do r e t o r n o económico d e c o r r e n t e d a s u a localização em um p o n t o especí f i c o do espaço. No c a s o d a área c e n t r a l , é o s e t o r d a s a t i v i d a d e s terciárias (comércio e serviços) q u e , a s s i m , e x p u l

sa o u t r o s s e t o r e s d a área, p r i n c i p a l m e n t e o r e s i d e n c i a l .

3.1.2. Localização d o s e t o r c o m e r c i a l e de serviços

P o r s e r o c e n t r o d a c i d a d e p o n t o d e m e l h o r a c e s s o e comunicação, como também l o c a l o n d e a s p e s s o a s c o s t u m a m i r com m a i s frequência, o s e s t a b e l e c i m e n t o s c o m e r c i a i s p r o c u r a m a l i s e l o c a l i z a r , ' j u n t a n d o - s e a s e u s c o m p e t i d o r e s , o n d e c e r t a m e n t e encontrarão s u a c l i e n t e l a . É comum n o c e n t r o c o m e r c i a l a existência d e comércio a t a c a d i s t a e s p e c i a l i z a d o em t e c i d o s , confecções, m a t e r i a i s elétricos, e t c , além d o c o mércio v a r e j i s t a . Os s e t o r e s de comércio e serviço t e n d e m

a s e a g l o m e r a r , f a c i l i t a n d o a comunicação e n t r e e l e s . "Não é p o r o u t r o m o t i v o q u e a m a i o r p a r t e d a s s e d e s de b a n c o s , de c o m p a n h i a s de s e g u r o , d e g r a n d e s s o c i e d a d e s p o r a ç o e s , e t c . , s e e n c o n t r a m n o chamado ' d i s t r i t o ' de c a d a c i d a d e . 0 a g r u p a m e n t o de g r a n d e s e s t a b e l e c i m e n t o s f a b r i s em d i s t r i t o s i n d u s t r i a i s t e m a mesma explicação."(7)

A v a n t a g e m d a aglomeração p e r m i t e também m e l h o r e s condições de a c e s s o ao m e r c a d o c o n s u m i d o r e â mão-de-obra e s p e c i a l i z a

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d a .( 5 ) 3.1.3. Localização do s e t o r i n d u s t r i a l 0 s e t o r secundário ( p r i n c i p a l m e n t e a s indústrias de g r a n d e p o r t e ) g e r a l m e n t e s e r v i n d o a um m e r c a d o r e g i o n a l o u n a c i o n a l , n e c e s s i t a d e m u i t o espaço e d e serviços de i n f r a -e s t r u t u r a como -e n -e r g i a , t r a n s p o r t -e , á g u a , -e t c . A n-ec-essjL d a d e de g r a n d e s áreas, d e v i d o a o s g r a n d e s e q u i p a m e n t o s f a b r i s , e a não n e c e s s i d a d e de c o n t a c t o d i r e t o com o público c o n s u m i d o r f a z com q u e o s e t o r secundário p r o c u r e s e l o c a l i ^ z a r n a p e r i f e r i a , o n d e o preço d o s o l o u r b a n o é bem i n f e • r i o r a q u a l q u e r o u t r o d a m a l h a u r b a n a . Nos E s t a d o s U n i d o s , "o m o v i m e n t o d a s indústrias p a r a f o r a d o s c e n t r o s d a s c i d a d e s f o i g r a n d e m e n t e a c e l e r a d o p e l a c o n s t r u ção de v i a s e x p r e s s a s i n t e r e s t a d u a i s . A c o n s t r u ção do s i s t e m a de v i a s e x p r e s s a s i n t e r e s t a d u a i s nas décadas de 1950 e 1960 o f e r e c e u ãs indústrias uma a l t e r n a t i v a b a s t a n t e a t r a e n t e . Os t e r r e n o s n o s s u búrbios e r a m b a r a t o s e o s i m p o s t o s m u i t o m e n o r e s que n o c e n t r o da c i d a d e . Além d i s s o , o q u e é m a i s i m p o r t a n t e , a s f a b r i c a s p o d i a m s e r p r o j e t a d a s de d e n t r o p a r a f o r a ; a l i n h a d e m o n t a g e m p o r e x e m p l o , p o d i a s e r i n s t a l a d a t o d a n o mesmo p l a n o . O tama n h o e a f o r m a do edifício podiam, s e r d e t e r m i n a d o s . p e l a s n e c e s s i d a d e s d a fábrica e não p e l o t a m a n h o e f o r m a d o t e r r e n o o u edifícil jã e x i s t e n t e . " ( 8 ) As indústrias p e q u e n a s q u e s e r v e m ao m e r c a d o l o c a l , p o r s u a v e z , p r e c i s a m de a c e s s o a o comércio q u e d i s t r i b u i s e u s p r o d u t o s , q u e , como e l a s mesmas, m u i t a s v e z e s vendem s e u s próprios p r o d u t o s , e n e c e s s i t a m s e l o c a l i z a r o m a i s próximo possível d o c o n s u m i d o r .

(31)

3.1.4. Localização d o s e t o r r e s i d e n c i a l

Q u a n t o ao s e t o r r e s i d e n c i a l ,

"a demanda de s o l o u r b a n o p a r a f i n s de habitação também d i s t i n g u e v a n t a g e n s l o c a c i o n a i s , d e t e r m i n a d a s p r i n c i p a l m e n t e p e l o m a i o r o u m e n o r a c e s s o a serviços u r b a n o s , t a i s como t r a n s p o r t e , serviços de água e e s g o t o , e s c o l a s , comércio, t e l e f o n e , e t c . e p e l o p r e s t i g i o s o c i a l d a vizinhança. E s t e últi-mo f a t o r d e c o r r e d a tendência d o s g r u p o s m a i s r i c o s de se s e g r e g a r d o r e s t o da s o c i e d a d e e da aspi-r a ç ã o d o s membaspi-ros d a c l a s s e média de a s c e n d e aspi-r s o c i a l m e n t e . " ( 7 ) P o r s u a v e z , H a w l e y a f i r m a q u e a s residências s e d i s t r i b u e m em função d o v a l o r d a t e r r a , d a localização d e o u t r a s a t i v i d a d e s e d o t e m p o g a s t o n o d e s l o c a m e n t o p a r a o s c e n t r o s de (9) a t i v i d a d e s . I s s o l e v a a população de r e n d a b a i x a a r e s i -d i r n o s p i o r e s l o c a i s -d a m a l h a u r b a n a , próximo -d a s in-dústri a s , n a p e r i f e r i a , ou-em áreas c e n t r a i s d e t e r i o r a d a s . S e9 u n d o H a w l e y , a explicação q u e j u s t i f i c a a presença da p o p u l a ção d e r e n d a b a i x a n a s áreas c e n t r a i s , em m u i t a s c i d a d e s , é d e v i d o ao f a t o de q u e e s t a s áreas s e a p r e s e n t a m em c o n d i , ções r u i n s , próximas d a s áreas c o m e r c i a i s e i n d u s t r i a i s e m a n t i d a s de modo e s p e c u l a t i v o a e s p e r a de um u s o m a i s l u c r a

t i v o . Seus d o n o s não g a s t a m m u i t o em manutenção, c o b r a n d o , (9)

e n t ã o , aluguéis b a i x o s . P o r s u a v e z , a população de r e n d a a l t a t e m o privilégio d e s e l o c a l i z a r n a s ãreas m a i s v a l o r i z a d a s , u s u f r u i n d o de t o d o s o s serviços u r b a n o s e x i s t e n t e s , e n q u a n t o q u e a população d e r e n d a média g e r a l m e n t e é distribuída p o r t o d o o espaço u r b a n o em t e r r e n o s não m u i t o c a r o s .

(32)

A m a i o r i a d a s c i d a d e s b r a s i l e i r a s de médio e g r a n d e p o r t e , possuíam uma e s t r u t u r a física com um único c e n t r o , o n d e e r a m e n c o n t r a d o s a i g r e j a m a t r i z , órgãos d a a d m i n i s tração pública, d i s t r i t o f i n a n c e i r o , comércio a t a c a d i s t a e v a r e j i s t a , e t c , t e n d o ao s e u r e d o r a residência d a p o p u lação de r e n d a a l t a . Como o c e n t r o p r i n c i p a l t e n d o a .se e x p a n d i r à m e d i d a q u e c r e s c e a população q u e e l e s e r v e , " e s t a expansão e s b a r r a n o s b a i r r o s r e s i d e n c i a i s1 f i n o s1 que o c i r c u n d a v a m , d e t e r m i n a n d o o d e s l o c a m e n t o de s e u s h a b i t a n t e s p a r a n o v a s áreas r e s i d e n c i a i s ' e x c l u s i v a s1, p r o v i d e n c i a l m e n t e c r i a d a s p e l o s p r o m o t o r e s imobiliários. 0 a n e l r e s i d e n c i a l q u e c i r c u n d a o c e n t r o p r i n c i p a l s e d e s v a l o r i z a e p a s s a a s e r o c u p a d o p o r serviços i n f e r i o r e s : l o c a i s de d i -versão n o t u r n a e de prostituição, hotéis de s e g u n da c l a s s e , pensões e — em estágio m a i s avançado de decadência — p o r cortiços, m a r g i n a i s , e t c . 0 en v o l v i m e n t o d o c e n t r o p r i n c i p a l p o r uma área em de composição s o c i a l c r i a condições p a r a q u e a e s p e c u lação imobiliária ofereça a o s serviços c e n t r a i s d a c i d a d e n o v a área d e expansão. S u r g e a s s i m um 'cen t r o n o v o1 em c o n t r a s t e com o ' c e n t r o v e l h o ' . " ( 7 )

Convém n o t a r q u e a obsolescência d a s construções i m p l i ^ c a também no d e s l o c a m e n t o d a população de r e n d a a l t a q u e l h e p e r m i t e o p t a r p o r residências m a i s m o d e r n a s . E s s a o b s o l e j s cência o c o r r e , s e g u n d o P a u l S i n g e r , d e v i d o a d u r a b i l i d a d e das construções q u e , com o avanço d a t e c n o l o g i a , t o r n a - a i n a d e q u a d a ' e m p o u c o t e m p o . Com o automóvel, p o r e x e m p l o , h o u v e a n e c e s s i d a d e de g a r a g e n s , c o i s a q u e a m a i o r i a d a s edificações a n t i g a s não possuíam.

Com o a u m e n t o d a população e c o n s e q u e n t e m e n t e , com o c r e s c i m e n t o d a c i d a d e , o s p r i n c i p a i s c o r r e d o r e s d e tráfego d a s áreas a n t e s r e s i d e n c i a i s , p r o m o v e m uma transformação no

(33)

u s o d o s o l o a d j a c e n t e a o c o r r e d o r . Surgem a s s i m o s chama d o s c e n t r o s secundários de comércio e serviços. Essa mudan ça s e dá em função d a demanda p e l o s o l o o c o r r i d o n a área, t a l como o c o r r e no c e n t r o p r i n c i p a l . De uma m a n e i r a g e r a l , o s i s t e m a d e t r a n s p o r t e s p a r t i c i p a n e s t a transformação p e l a a c e s s i b i l i d a d e q u e o f e r e c e , como a t r a t i v o , ãs a t i v i d a d e s terciárias. A l e m d i s s o , e s s e s c o r r e d o r e s também m u l t i p l i cam o s f a t o r e s indesejáveis ao s e t o r r e s i d e n c i a l , t a i s como b a r u l h o , fumaça, s u j e i r a , e t c .

3.2. P r i n c i p a i s a t i v i d a d e s u r b a n a s

3 . 2 . 1 . Introdução

No espaço u r b a n o , o indivíduo e x e r c e várias a t i v i d a d e s d u r a n t e o d i a . Sendo e s s e espaço c o m p o s t o p o r e q u i p a m e n t o s específicos q u e p e r m i t e m a realização de a t i v i d a d e s t a i s como: m o r a r , t r a b a l h a r , e s t u d a r , e t c , como e s s e s e q u i p a m e n t o s estão s e p a r a d o s e s p a c i a l m e n t e , o indivíduo t e m a n e c e s s i d a d e de s e d e s l o c a r p a r a e x e r c e r e s s a s a t i v i d a d e s . As a t i v i d a d e s se c a r a c t e r i z a m s e g u n d o o t i p o d e e q u i p a m e n t o u s a d o , o momento e a duração. Com i s s o , o s d e s l o c a m e n t o s q u e s u r g e m em função d e s s a s a t i v i d a d e s , p a s s a m a i n f l u i r n o s i s t e m a d e t r a n s p o r t e s de m u i t a s c i d a d e s , o n d e o s p i c o s d e tráfego d e p e n d e m do início e d o término d a s a t i v i d a d e s p r i n c i p a i s .

(34)

l i d a com d e s l o c a m e n t o s e a t i v i d a d e s . E l a é o r i g e m e d e s t i no d a m a i o r i a d o s d e s l o c a m e n t o , s e n d o de suma importância a distribuição d o s d e m a i s e q u i p a m e n t o s u r b a n o s em relação a e l a , v i s a n d o um s i s t e m a d e t r a n s p o r t e m a i s r a c i o n a l . 3.2.2. T r a b a l h o As a t i v i d a d e s como t r a b a l h o e e s t u d o , q u e são p r i o r i t a r i a s p a r a c e r t o s g r u p o s d a população, possuem a l t o g r a u de r e g u l a r i d a d e no t e m p o , f a z e n d o com q u e o s d e s l o c a m e n t o s o c o r r a m em horários m a i s o u menos c e r t o s n o s d i a s úteis da semana, o c a s i o n a n d o uma m a i o r demanda no s i s t e m a de t r a n s portes,© q u e d e t e r m i n a o s horários de " p i c o " . D e p e n d e n d o do

t r a b a l h o , i s t o é, s e a s a t i v i d a d e s são r e a l i z a d a s no s e t o r secundãrio o u terciário, o s d e s l o c a m e n t o s serão n a direção da p e r i f e r i a , o n d e s e c o n c e n t r a a m a i o r p a r t e d a s a t i v i d a d e s secundárias, o u em direção ao c e n t r o o n d e estão a s a t i v i d a d e s terciárias. 3.2.3. E s t u d o O e s t u d o n o s países d e s e n v o l v i d o s é, r e a l m e n t e , uma a t i v i d a d e prioritária p a r a o s g r u p o s q u e a e x e r c e m , i s t o é, e s s e s g r u p o s têm e x c l u s i v a m e n t e o e s t u d o como a t i v i d a d e p r i n c i p a l . O u t r o p o n t o f u n d a m e n t a l é q u e há uma b o a d i s t r i b u i ção r e l a t i v a e n t r e m o r a d i a e l o c a l d e e s c o l a s de nível i n f e r i o r (primário e secundãrio),.permitindo um m a i o r número de

-

c o )

d e s l o c a m e n t o s a p e .

(35)

Nos países em d e s e n v o l v i m e n t o , a a t i v i d a d e e s t u d o não p o d e s e r a s s u m i d a como uma realização prioritária p e l o s g r u p o s q u e a e x e r c e m , d e v i d o a o p a p e l s o c i a l de m u i t o s d e l e s : há m e n o r e s q u e só t r a b a l h a m ; há m e n o r e s q u e t r a b a l h a m e . e s t u dam; hã e s t u d a n t e s de nível s u p e r i o r q u e e s t u d a m e t r a b a l h a m ; e t c . . *1 0' Há a i n d a p r o b l e m a s d e deficiência de e q u i p a m e n t o s e s c o l a r e s e d e q u a l i d a d e de e n s i n o público, f a z e n do com q u e c e r t a s camadas d a s o c i e d a d e p r o c u r e m a r e d e de e n s i n o p r i v a d o , g e r a l m e n t e l o c a l i z a d o n o núcleo c e n t r a l d a c i d a d e , h a v e n d o , a s s i m , a n e c e s s i d a d e de d e s l o c a m e n t o s m o t o r i z a d o s , a u m e n t a n d o a demanda p e l o s i s t e m a d e t r a n s p o r t e s . 3.2.4. Compras Em s e t r a t a n d o d e " c o m p r a s " — a t i v i d a d e q u e p e r m i t e o a b a s t e c i m e n t o e consumo d e b e n s d i v e r s o s , e e x e r c i d a com. frequência p e l a s d o n a s de c a s a — não e previsível o momento de s u a realização, p o d e n d o t e r início e término em q u a l q u e r i n s t a n t e d o "horário c o m e r c i a l " , v a r i a n d o de c i d a d e p a r a c i d a d e . As v i a g e n s p o r m o t i v o de c o m p r a s , não a f e t a m n e c e s s a r i a m e n t e a demanda p e l o s i s t e m a d e t r a n s p o r t e s n a " h o r a de p i c o " . Pode t e r como o r i g e m p a r a o s d e s l o c a m e n t o s a r e s i dência o u q u a l q u e r o u t r o e q u i p a m e n t o u r b a n o . É necessário d i f e r e n c i a r o s t i p o s d e c o m p r a s , q u e p o dem s e r c l a s s i f i c a d o s em c o m p r a s d e b e n s de consumo diário

(36)

e compras de bens de consumo a médio e longo prazo. A d i s

tribuição dos equipamentos de compras, p r i n c i p a l m e n t e de

bens de consumo diário, é que v a i e s p e c i f i c a r o t i p o de des

locamento, se a pé ou por um meio de t r a n s p o r t e motorizado.

É comum a existência de equipamentos para compras diá

r i a s em todo o espaço urbano, p e r m i t i n d o assim, uma maior

freqíiência de deslocamentos a pé. Contudo, com os chamados

"supermercados", grandes equipamentos que concentram o comer

c i o diário, em g e r a l l o c a l i z a d o s em áreas c e n t r a i s , há uma

tendência da população de r e a l i z a r essas a t i v i d a d e s de

com-pras nesses equipamentos, fazendo com que os deslocamentos,

que antes eram a pé, passassem a ser por meio de t r a n s p o r t e

motorizado.

Os equipamentos para compras de médio e longo prazo,

por sua•vez, tendem a ser mais escassos. Geralmente l o c a l i

zados no c e n t r o p r i n c i p a l das cidades, exigem deslocamentos

motorizados,aumentando a demanda do sistema de t r a n s p o r t e s .

Nas cidades de médio e grande p o r t e , existem equipa

mentos do t i p o "shopping c e n t e r " , sempre l o c a l i z a d o s em

áreas próximas ã população de renda média e a l t a , estas,

grandes consumidoras. A existência desses equipamentos" t e n

de a d i m i n u i r as viagens para compras de médio e longo pra

zo destinadas ao c e n t r o , a t r a i n d o para s i um f l u x o elevado

de deslocamentos por t r a n s p o r t e i n d i v i d u a l .

(37)

3.2.5. Assuntos privados

As a t i v i d a d e s do t i p o "assuntos p r i v a d o s " , que g e r a l

mente correspondem a i d a a bancos, c o r r e i o s , cartórios,-con

t a c t o s com p r o f i s s i o n a i s l i b e r a i s (como médicos, advogados,

e t c . , ) são a t i v i d a d e s c u j o s f a t o r e s i n f l u e n t e s na demanda

p e l o sistema de t r a n s p o r t e são semelhantes aos que incidem

nas compras a médio e longo prazo.

3.2.6. Negócios

A a t i v i d a d e "negócios" corresponde a contatos dentro

do s e t o r económico secundário e terciário. É uma a t i v i d a d e

r e a l i z a d a p e l o i n d i v i d u o no exercício de sua profissão, l o

go

7

podendo ser executada d i a r i a m e n t e , tendo como origem e

d e s t i n o dos deslocamentos, equipamentos, em g e r a l , do s e t o r

secundário e/ou terciário.

3.2.7. Lazer

A a t i v i d a d e " l a z e r " , exercida no tempo l i v r e , depende

do e x t r a t o s o c i a l (condição f i n a n c e i r a ) de cada indivíduo,

da c u l t u r a l o c a l e, mesmo, da localização de algumas c i d a

des em áreas litorâneas. Durante a semana, ê frequentemen

t e e x e r c i d a ã n o i t e , em cinemas, t e a t r o s , e t c , c u j o s equi

pamentos se encontram geralmente na área c e n t r a l da cidade.

(38)

p r a i a s (em cidades litorâneas), c l u b e s , parques, e t c , ocor

rendo uma maior demanda do sistema de t r a n s p o r t e s , em compa

ração com o l a z e r exercido durante a semana.

E n t r e t a n t o , a maior demanda pelo sistema de transportes,

em razão do l a z e r , e v e r i f i c a d a quando da realização de grandes

eventos esportivos ou culturais como o f u t e b o l , shows m u s i c a i s ,

e t c , péla concentração de grande massa popular em equipamen

t o s como ginásios e s p o r t i v o s , estádios de f u t e b o l , e t c .

3.3. Meios de t r a n s p o r t e s urbanos

3.3.1. Introdução

A cidade pré-industrial, que apresentava poucas a t i v i

dades, quase todas l o c a l i z a d a s no c e n t r o , t i n h a seu tamanho

reduzido, p o s s i b i l i t a n d o deslocamentos a pé.

"Os p r i n c i p a i s usuários das ruas não eram rodas ou

cascos, mas pés humanos. Na cidade americana

pré-moderna, a vasta m a i o r i a das pessoas i a a pé para

seus d e s t i n o s e era essa forma de locomoção que

•determinava o tamanho e a forma da cidade. (...)

Até a década de 1850, as áreas h a b i t a d a s , até mes

mo das grandes cidades, como Nova York, Boston e

Filadélfia, só em r a r o s casos se estendiam até três

quilómetros do c e n t r o da cidade, a distância média

que uma pessoa pode caminhar em meia hora."(11)

Para Chudacoff, as restrições da locomoção a pé l i m i t a m a

expansão h o r i z o n t a l das cidades pré-modernas, como as l i m i

tacões tecnológicas impediam a expansão v e r t i c a l .

(39)

área urbana, o homem s e n t i a a necessidade de d e i x a r de se

deslocar a pé, para u t i l i z a r algum meio de t r a n s p o r t e que

f a c i l i t a s s e o seu deslocamento e o de mercadorias. Hoje,

a necessidade de t r a n s p o r t e na e s t r u t u r a urbana ê t a l que,

"sem t r a n s p o r t e não e x i s t i r i a m as cidades, v i s t o ser

e l e que t o r n a possível a especialização da área e

em consequência, o crescimento e a existência das

cidades".(12)

3.3.2. Transporte c o l e t i v o

Em termos de t r a n s p o r t e c o l e t i v o , o bonde f o i quem

'praticamente i n i c i o u o serviço. P r i m e i r o s u r g i u o bonde a

tração animal que Howard P. Chudacoff, r e f e r i n d o - s e ao

t r a n s p o r t e nas cidades americanas, chamou de Onibus: uma

grande carruagem puxada a cavalo e destinada a t r a n s p o r t a r

pessoas através de percursos f i x o s , com t a r i f a s f i x a s . S<2

gundo Chudacoff, os onibus c i r c u l a v a m apenas pelas ruas on

de podiam apanhar o maior número de passageiros. Quase t o

dos faziam seus percursos e n t r e d o i s i m p o r t a n t e s c e n t r o s de

a t i v i d a d e , em g e r a l o c a i s , estação ferroviária ou subúr

b i o , numa extremidade, e o c e n t r o do d i s t r i t o c o m e r c i a l , no

c u t r o . <

l 1 )

0 bonde a tração animal, e v o l u i u para o bonde a t r a

ção animal sobre t r i l h o s e depois para o bonde a vapor e a

e l e t r i c i d a d e . Com o bonde, o operário podia r e s i d i r em l o

c a i s cada vez mais d i s t a n t e s do l o c a l de t r a b a l h o .

(40)

"A inovação tecnológica do bonde elétrico aumentou

a área útil da cidade. 0 bonde elétrico era duas

vezes mais rápido e t i n h a uma capacidade três ve

zes maior que o bonde puxado a cavalo. A e f i c i e n

c i a e.baixo custo do bonde elétrico tornaram

p o s s T

v e l à população r e s i d i r a mais de 20 quilómetros

do c e n t r o da cidade. 0 r e s u l t a d o f o i uma

expansão-d e s i g u a l , em f a i x a s , acompanhanexpansão-do os t r i l h o s expansão-de

bonde. A t e r r a que f i c a v a e n t r e os " r a i o s " forma

dos pelos t r i l h o s continuou desabitada. Assim, as

cidades assumiram a forma de uma e s t r e l a , com as

pontas alinhadas com os t r i l h o s de bonde. As c i d a

des conservariam esta forma até a e r a do automo

v e l " . ( 8 )

0 t r a n s p o r t e de massa reformou a e s t r u t u r a s o c i a l e

económica da cidade, acelerando a expansão física e a t r a n s

(11)

formação do uso do s o l o . Graças ao t r a n s p o r t e de mas

sa, é possível a criação de regiões habitadas na p e r i f e r i a ,

em distâncias duas, três ou q u a t r o vezes maiores do que an

t e s .

"Em 1850, por exemplo, os l i m i t e s de Boston chega

vam a pouco mais de três quilómetros do c e n t r o do

v e l h o d i s t r i t o c o m e r c i a l . No começo do século, es

se r a i o se estendera para dezesseis quilõme

t r o s " . ( 1 1 )

Além do t r a n s p o r t e de massa i n f l u e n c i a r na expansão

física da cidade, uma comprovação de como e l e age no uso do

s o l o urbano ê mostrada por Chudacoff op. c i t . , quando d i z

que "o aumento da concentração de pessoas r e s i d e n t e s em t o r

no da p e r i f e r i a da cidade, a u t i l i z a r as l i n h a s de t r a n s p o r

t e de massa, transformou pontos de baldeação, como cruzamen

t o s de bondes e estações do elevado, em n a t u r a i s c e n t r o s co

m e r c i a i s " . I s t o é fácil de entender, uma vez que o t r a n s

p o r t e de massa tende a aglomerar pessoas em seus t e r m i n a i s

e pontos de parada, c r i a n d o c e r t o alvoroço e o u t r o s inconve

(41)

n i e n t e s nas imediações indesejáveis ao s e t o r r e s i d e n c i a l .

Outro ponto a r e s s a l t a r é que o t r a n s p o r t e tende a v a l o r i

zar as t e r r a s ao longo de suas l i n h a s , onde o s e t o r r e s i d e n

c i a i não podendo arcar com os altos' custos da t e r r a dã l u

gar ao s e t o r comercial e de serviços, que paga mais p e l o so

l o por t e r um r e t o r n o assegurado do c a p i t a l empregado em pou

co tempo.

Ê a p a r t i r da revolução i n d u s t r i a l que as cidades eu

ropéias e norte-americanas sentem a presença do t r a n s p o r t e

de massa, o r i e n t a n d o suas áreas urbanas. A indústria gera

mais deslocamentos pendulares — residência/trabalho / r e s i

-dência — onde, o volume cada vez maior destes deslocamen

t o s e consequentemente uma maior demanda do t r a n s p o r t e urba

no, t o r n a - s e elemento v i t a l nos planos h a b i t a c i o n a i s f u t u

r o s , i n f l u e n c i a n d o no desenvolvimento urbano como um todo.

3.3.3. Transporte i n d i v i d u a l

Com o automóvel, a e s t r u t u r a urbana ganhou nova c o n f i

guração: o poder público passou a c o n s t r u i r v i a s p r e f e r e n

c i a i s e, com a expansão da indústria automobilística incen

t i v o u - s e e f a c i l i t o u - s e o t r a n s p o r t e i n d i v i d u a l , por ôfere

cer c o n f o r t o , rapidez e um t i p o de serviço p o r t a a p o r t a

que é impossível com o t r a n s p o r t e de massa. I s t o se obser

va no mundo c a p i t a l i s t a a p a r t i r dos anos 50, onde o

t r a n s p o r t e i n d i v i d u a l , alem de e n t r a r como um importan

t e f a t o r do desenvolvimento económico, "teve influência

(42)

importante no desenvolvimento urbano, f a c i l i t a n d o a u r b a n i

zação de extensas áreas de moradia u n i f a m i l i a r na p e r i f e r i a

das c i d a d e s . "

( 5 )

0 automóvel passou a merecer destaque e n t r e os f a t o

r e s que i n f l u e m nas mudanças sócio-econõmicas o c o r r i d a s em

nosso século.

"O desejo a t u a l da sociedade parece ser o de usar

o mais possível o automóvel que oferece c o n f o r t o ,

p r i v a c i d a d e , independência de horário, l i v r e esco

lha de intinerário e o u t r a s satisfações

i n t a n g T

v e i s como por exemplo, o ' s t a t u s ' de p o s s u i r um

c a r r o p a r t i c u l a r " . ( 1 3 )

Todos querem o automóvel. E, enquanto cresce o número de

proprietários do t r a n s p o r t e p r i v a d o , modifica-se a paisagem

urbana. Entre as muitas mudanças o c o r r i d a s na cidade, devi.

do ao uso do automóvel, constatara-se o alargamento de ruas,

transformação de áreas verdes em estacionamentos e c o n s t r u

ção de túneis e v i a d u t o s , e n t r e o u t r a s .

Nos Estados Unidos, de 2,5 milhões em 1915, o número

de automóveis passou para 9 milhões em 1920 e chegou a 26

milhões em 1930. Quanto ao t r a n s p o r t e de massa, de 15,2

bilhões de passageiros que u t i l i z a v a m este meio de t r a n s p o r

t e em 1930, esta c i f r a f o i reduzida para a metade em 1970,

ou s e j a , 7,3 bilhões. Um estudo r e a l i z a d o em Chicago mos

t r a bem como a e s t r u t u r a urbana recebeu influência do t r a n s

p o r t e , na sua expansão h o r i z o n t a l : • em 1920 a distância mé

d i a e n t r e moradia e t r a b a l h o e r a de 2,4 quilómetros t r i

(43)

r a 7,5 quilómetros. Este fenómeno também f o i observado em

cidades de o u t r o s países.

Os problemas com sistemas de t r a n s p o r t e s em áreas u r

banas não são r e c e n t e s , v i s t o que no p r i m e i r o século antes

de C r i s t o , um dos p r i m e i r o s atos de Júlio César, ao tomar

o poder, f o i b a n i r o tráfego de rodas no c e n t r o de Roma du

r a n t e o d i a , passando-o para o horário n o t u r n o , como medida

para r e d u z i r o congestionamento e x i s t e n t e . Mas, f o i a par

t i r da aceleração dos processos de industrialização e urba

nizaçao, que os problemas r e l a t i v o s a t r a n s p o r t e nas cidades

t i v e r a m dimensões mais s e r i a s . E é o automóvel, o responsa

v e l p e l a queda do uso do t r a n s p o r t e de massa (ver f i g u r a 2) ,

que vem agravando os problemas nos sistemas de t r a n s p o r t e s

das grandes cidades, problemas e s t e s , chamados p o r C o l i n

Buchanam de "frustações do automóvel":

"os a c i d e n t e s ; os congestionamentos; as perdas de

tempo; o gasto de combustível; as d i f i c u l d a d e s de

estacionamento; a deterioração do meio ambiente

-insegurança, ruído, poluição por monóxido de

carbo-no, interferência v i s u a l ; e sobretudo sua a t u a l i n

capacidade, nas grandes cidades de o f e r e c e r o ser

viço p o r t a - a - p o r t a que tão bem o c a r a c t e r i z a ,

devi-do t a n t o ã multiplicação devi-do próprio número g l o b a l

de veículos como à forma e a disposição que o f e r e

cem as cidades".(13)

Chega p o i s , o sistema de t r a n s p o r t e i n d i v i d u a l , a represen

t a r um obstáculo ã concentração do terciário no c e n t r o da

cidade, s e j a reduzindo a tão i m p o r t a n t e a c e s s i b i l i d a d e , se

j a roubando do terciário v a l i o s a s f a i x a s do s o l o urbano.

(44)

12 a n o figura 2 D E C L Í N I O NO USO DO T R A N S P O R T E D E M A S S A N O S E E . f 141 FONTE-, O t r a n s p o r t e u r b a n o

(45)

3.4. Sistema viário

As v i a s p r e f e r e n c i a i s vieram f a c i l i t a r o tráfego dos

Onibus e, p r i n c i p a l m e n t e , dos automóveis. Com elas é pos

sível r e d u z i r o tempo de viagem e n t r e uma residência no

subúrbio e um emprego no d i s t r i t o c o m e r c i a l c e n t r a l . A c i

dade se expande mais, conseguindo alcançar pontos cada vez

mais d i s t a n t e s e, "as áreas m e t r o p o l i t a n a s , por conseguin

t e , vieram a assumir a mesma forma - de e s t r e l a ou r a i o s

de uma roda - que as cidades possuiam no i n i c i o do século

XX. A diferença - sem f a l a r na escala - ê que em 1900 os

r a i o s eram as l i n h a s de estrada de f e r r o e de.bonde e ho

. . „ (8)

j e sao as v i a s p r e f e r e n c i a i s .

Como a forma e o traçado de ruas e espaços paras as

a t i v i d a d e s urbanas, têm origem na cidade a n t i g a , c u j a c i r

culaçao f o i provocada p e l a e s t r u t u r a s o c i a l e económica de

contatos a c u r t a s distâncias, e pequeno c o n t i g e n t e popula

c i o n a l , m u i t a s cidades tendem a desenvolver a rede

viária no c e n t r o , adaptando o traçado e x i s t e n t e ãs exigen

c i a s prementes de acomodação de tráfego devido a concentra

ção de a t i v i d a d e s na área, que atraem pessoas e veículos de

todas as direções para um sistema de v i a s que, devido ao

grande volume, se t o r n a inadequado, d i f i c u l t a n d o a c i r c u l a

çao. É necessário p o i s , que se preservem as áreas cen

t r a i s das cidades, conservando as v i a s e x i s t e n t e s t a i s co

mo elas sao, e, em vez de p a r t i r pára adaptações, se tomem

medidas que venham p r o i b i r o tráfego motorizado, já que

(46)

antes do automóvel, a cidade s u b e x i s t i a com deslocamentos

a pé, podendo esta mesma área c o n t i n u a r independente do

tráfego de veículos.

Muitos estudos são r e a l i z a d o s visando melhorar os

problemas de circulação das grandes cidades. Um d e l e s , rea

l i z a d o em 1953 por Robert M i t c h e l l e Chester Rapkin, f a l a

da análise de dados de uso do solo e de deslocamentos da

cidade de Filadélfia, Estados Unidos, e chega à conclusão

que padrões d i f e r e n t e s de uso do solo geram f l u x o s de trá

fego d i f e r e n t e s e variáveis. A p a r t i r daí, em muitas c i d a

des americanas, e também em o u t r o s países, os estudos e

planos de t r a n s p o r t e urbano para melhoramento de c i r c u l a

ção, seguem essa orientação, onde a premissa básica é que

"os desejos de movimentos podem ser manipulados, c o n t r o l a n

do-se os usos do solo que representam as o r i g e n s e d e s t i

nos das viagens".'"'^ De acordo com as conclusões de Robert

M i t c h e l l e Chester Rapkin, é possível se chegar a um s i s t e

ma de t r a n s p o r t e que se r e l a c i o n e melhor com o sistema u r

bano, fazendo s u r g i r novos c e n t r o s comerciais e de servi,

ços, desviando p a r t e do tráfego para o u t r a s áreas da c i d a

de, desafogando,assim, os corredores de tráfego que vivem

em saturação crónica.

Os que defendem as v i a s expressas alegam que e l a s

tendem a promover padrões e f i c i e n t e s de viagens, como tam

bém desenvolvem o uso do solo ao longo das áreas adjacen

t e s das v i a s , e tornam o sistema viário uma ferramenta po

(47)

também t r a z e r problemas na estruturação da cidade, d e s f i g u

rando muitas vezes, áreas históricas no núcleo c e n t r a l ,

que deveriam ser preservadas, e ao contrário, são demoli

das para dar l u g a r a grandes v i a s expressas que não chegam

a alcançar o o b j e t i v o básico; s o l u c i o n a r o problema de trã

fego em cidades de médio e grande p o r t e .

3.5. Novas concepções urbanas ' :

Embora a cidade tenha p o r base o sistema económico,é

cada vez mais f o r t e a influência do sistema de t r a n s p o r t e s

em novas concepções urbanas. Como exemplo temos: a Cidade

L i n e a r de A r t u r o S o r i a y Mata, a Cidade I n d u s t r i a l de Tony

Garnier, a Cidade-Jardim de Ebenézer Howard, como também

os p r o j e t o s de Le Corbusier, que na concepção de Chandigarh

propôs a "Regras dos'7 V" para a circulação da cidade, com

completa separação de v i a s , desde as v i a s e x c l u s i v a s para

pedestres até as v i a s de grande tráfego, como as rodovias

(13)

n a c i o n a i s .

3.6. Situação no B r a s i l

As cidades b r a s i l e i r a s também tem seu crescimento es

p a c i a l estimulado através do t r a n s p o r t e de massa.

"Basta lembrar, com e f e i t o , que o sistema de t r e n s

suburbanos conduziu ã expansão das áreas . suburba

nas c a r i o c a s e p a u l i s t a s , as l i n h a s de bonde

condicionaram a feição de muitas de nossas c i

dades e o t r a n s p o r t e c o l e t i v o em Onibus p e r m i t i u

o preenchimento dos v a z i o s e n t r e poios c r i a d o s a

(48)

p a r t i r das estações de t r e n s ou cruzamentos e t e r

minais de l i n h a s de bonde".(18)

Em muitas cidades, o desenvolvimento do sistema de t r a n s

p o r t e s e o seu comportamento d e n t r o da e s t r u t u r a urbana é

muito parecido com o da cidade do Rio de J a n e i r o , assimdes^

c r i t o por Josef Barat:

"é c u r i o s o observar que nos estágios i n i c i a i s de

nossa industrialização, as i n d i v i s i b i l i d a d e s cyria.

das pelos i n v e s t i m e n t o s em f e r r o v i a s e bondes .'• e

as complementariedades e x i s t e n t e s como t r a n s p o r t e

c o l e t i v o rodoviário proporcionaram um processo de

descentralização e expansão urbana ordenada. Mas

o paradoxo a ser i d e n t i f i c a d o é que a transiçãopa

ra formas complexas de industrialização se deu com

a regressão para formas a r t e s a n a i s na prestação

dos serviços de t r a n s p o r t e urbano, ou s e j a , com o

predomínio cada vez maior de onibus - c u j o s ser

viços são prestados por grande quantidade de em

presas competindo e n t r e s i e sem aproveitamento a

dequado das escalas de t r a n s p o r t e - em s u b s t i t u i ,

ção aos bondes e t r e n s suburbanos". (19)

Na década de 50, com a implantação da indústria

auto-mobilística no B r a s i l , e com a f a c i l i d a d e de aquisição j u n

t o aos poderes públicos de l i n h a s de onibus com i t i n e r a

r i o s c o i n c i d e n t e s àqueles dos bondes, visando o suplemento

da capacidade destes, e com os automóveis u t i l i z a n d o cada

vez mais as v i a s públicas, a extinção dos'serviços de bon

de f o i inevitável em várias de nossas cidades. Começaram, a

p a r t i r daí, a d e c l i n a r inexoravelmente os níveis de s e r v i

(19)

ços do t r a n s p o r t e c o l e t i v o no B r a s i l .

O t r a n s p o r t e i n d i v i d u a l chega a r e p r e s e n t a r .80% da

ocupação das v i a s e x i s t e n t e s nas cidades b r a s i l e i r a s , i n

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