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LEGISLAÇÃO DO SUS. SUS: Princípios, Diretrizes e Organização. Livro Eletrônico SISTEMA DE ENSINO

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(1)

SISTEMA DE ENSINO

SUS

(2)

Sumário

Sistema Único de Saúde (SUS) – Princípios, Diretrizes, Estrutura e Organização ...3

1. O que É o Sistema Único de Saúde – SUS? ...3

1.1. Por que Sistema Único? ...4

1.2. Qual é a Doutrina do SUS? ...5

1.3. Quais São os Princípios que Regem a Organização do SUS? ...17

1.4. O Financiamento do SUS ... 19 1.5. Fundamentação Legal ...22 1.6. Planejamento no SUS ... 28 Questões de Concurso ...39 Gabarito ... 48 Gabarito Comentado ...49 Referências ...64

(3)

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) – PRINCÍPIOS,

DIRETRIZES, ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO

1. O

que

É

O

S

iStema

Ú

nicO de

S

aÚde

– SuS?

Antes da criação do SUS, a saúde era excludente, não havia atendimento para todos aqueles que necessitavam, o governo prestava apenas algumas ações pontuais, conforme nos conta Brasil (2011):

Até a criação do Sistema Único de Saúde – SUS, o Ministério da Saúde, apoiado por Estados e Municípios, desenvolveu basicamente ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças, merecendo destaque as campanhas de vacinação e controle de endemias. A atuação na área de assistência à saúde ocorreu por meio de alguns poucos hospitais especializados, além da ação da Fundação de Serviços Especiais de Saúde Pública – FSESP em regiões específicas do país.

Além disso, a pequenas ações assistenciais desenvolvidas pelas entidades filantrópicas, não eram vistas como direito do cidadão e sim como caridade.

O caráter da assistência à Saúde, possuía um cunho contributiva e estava estritamente vin-culada à previdência, logo, a população era dividida em previdenciários e não previdenciários.

E assim a assistência à Saúde no Brasil se manteve excludente, havendo algumas melho-rias, mas nunca gratuidade e universalidade no atendimento. até que a partir das reivindicações de diversos setores, que buscavam reformas para melhoria nas condições de vida da popula-ção, começou a surgir também o movimento chamado de Reforma Sanitária, que culminou na VIII Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986 e que serviu como base filosófica para a determinação dos Princípios e Diretrizes do SUS, adotados pela Constituição a partir de 1988.

Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, que pela primeira vez, traz uma seção inteiramente dedicada ao setor Saúde, todos os cidadãos passam a ter o seu direito à Saúde garantido pela Legislação, de forma gratuita e integral.

Para Brasil (1990), o SUS é uma nova formulação política e organizacional para o reor-denamento dos serviços e ações de saúde estabelecida pela Constituição de 1988. O SUS não é o sucessor do INAMPS nem tampouco do SUDS. O SUS é o novo sistema de saúde que está em construção.

(4)

Obs.:

 Esclarecendo: de acordo com a FIOCRUZ, o Inamps se constituía como a política pública de saúde que vigorava antes da criação do SUS e foi extinto pela lei federal 8.689, em 1993. O antigo Instituto era responsável pela assistência médica aos traba-lhadores que contribuíam com a previdência social. Os setores da população que não faziam esta contribuição não podiam acessar estes serviços.

 O Decreto n. 94.657, de 20 de Julho de 1987, afirma que o Programa de Desenvol-vimento de Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde nos Estados (SUDS), nasce com o objetivo de contribuir para a consolidação e o desenvolvimento qualita-tivo das ações integradas de saúde. As AIS, embora tenham desempenhado um papel reconhecidamente importante no avanço da assistência à saúde no BRASIL, ainda estavam longe de representar um sistema includente e universal de atendimento.

 O SUS não é sucessor do INAMPS nem do SUDS, trata-se de um sistema completa-mente moldado de acordo com os anseios e necessidades sociais. Observem que se trata de um sistema em processo contínuo de adequação à realidade social existente. É O PRIMEIRO SISTEMA TOTALMENTE INCLUDENTE.

queStãO 1 (QUESTÃO INÉDITA/2018) O sistema Único de Saúde veio para reordenar os

ser-viços e ações de saúde. Sendo ele o sucessor do INAMPS.

Errado.

É uma nova formulação política e organizacional para o reordenamento dos serviços e ações de saúde estabelecida pela Constituição de 1988. O SUS não é o sucessor do INAMPS nem tampouco do SUDS.

1.1. P

Or que

S

iStema

Ú

nicO

?

Porque ele segue a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o

(5)

estadual e municipal. Assim, o SUS não é um serviço ou uma instituição, mas um Sistema que

significa um conjunto de unidades, de serviços e ações que interagem para um fim comum. Esses elementos integrantes do sistema, referem-se ao mesmo tempo, às atividades de

promoção, proteção e recuperação da saúde (BRASIL, 1990).

Ainda de acordo com o autor supracitado, o SUS não é um “serviço” ou “instituição” trata-se de um sistema (conjunto de instituições, serviços e ações que interagem para um fim comum e bem-estar social)

1.2. q

ual É a

d

Outrina dO

SuS?

Com base na Constituição de 1988 a construção do SUS se norteia pelos seguintes princípios doutrinários:

• Universalidade – é a garantia de atenção à saúde por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão. Com a universalidade, o indivíduo passa a ter direito de acesso a todos os ser-viços públicos de saúde, assim como àqueles contratados pelo poder público. Saúde é direito de cidadania e dever do Governo: municipal, estadual e federal (LUCIETTO, 2011).

SAÚDE UNIVERSAL E IGUALITÁRIA!

• Equidade – é assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que cada caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras. Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades até o limite do que o sistema puder oferecer para todos (BRASIL, 1990).

DICA

A noção de equidade advém da igualdade material aristoté-lica, que é tratar os desiguais de forma desigual, dentro das suas desigualdades, para assim alcançar uma verdadeira igualdade. Também podemos acrescentar as ideias de justiça social, ou seja, prioridade assegurada para quem mais precisa (AZEVEDO,2013).

(6)

Fonte: http://mariolobato.blogspot.com.br/2012/12/cotas-equidade-politicas-afirmativas.html

queStãO 2 (CESPE/TRT – 8ª REGIÃO/2013) Acerca do princípio da equidade no Sistema

Único de Saúde (SUS), assinale a opção correta.

a) O princípio da equidade no SUS é restrito à atenção básica, por ser esse um serviço de menor custo e de amplo alcance, que atende ao cidadão brasileiro onde ele esteja.

b) As modalidades atuais de repasses intergovernamentais e de remuneração dos serviços em saúde atendem ao princípio de equidade no SUS.

c) A promoção de equidade no SUS deve ser realizada por meio da preferência de atendimento aos usuários de baixa renda.

d) A oferta de serviços que privilegiam os grupos menos vulneráveis, um pressuposto do SUS, compromete a resolutividade da atenção básica.

(7)

e) A equidade no SUS pressupõe a oferta de serviços de saúde de todos os níveis de acordo com a complexidade que cada caso requeira, até o limite da capacidade do sistema.

Letra e.

Equidade – é assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade

que cada caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras. Todo ci-dadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades até o limite do que o sistema puder oferecer para todos.

Integralidade – para Roncalli (2003) É o reconhecimento na prática dos serviços de que:

• cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade;

• as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo indivisível e não podem ser compartimentalizadas;

• as unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de complexidade, formam também um todo indivisível configurando um sistema capaz de prestar assistência integral.

Enfim:

O homem é um ser integral, biopsicossocial, e deverá ser atendido com esta visão integral por um sistema de saúde também integral, voltado a promover, proteger e recuperar sua saúde (RONCALLI, 2003).

Não esqueça que integralidade consiste na continuidade da assistência, e isso deixa claro as noções de promoção, proteção e recuperação da saúde. Pois o homem não é “só”, existe família, histórico de vida, sociedade que o cerca, contextos econômicos, políticos e sociais que devem ser analisados e compreendidos para uma assistência adequada. Após essa análise podemos “tratar” do corpo como um todo e não em (partes), ofertando a este o ser-viço de acordo com sua real necessidade.

(8)

queStãO 3 (IBFC/HEMOMINAS/2013) Os transplantes de medula óssea são procedimentos

de alta complexidade e custo e que consomem importante montante dos recursos do SuS, beneficiando um número relativamente pequeno de pessoas. Ao assumir o financiamento desses procedimentos o setor público age de acordo com um princípio do SuS, que é a:

a) Integralidade.

b) Universalidade.

c) Equidade.

d) Hierarquização.

Letra c.

De acordo com Brasil (2000):

Se o SUS oferecesse exatamente o mesmo atendimento para todas as pessoas, da mesma ma-neira, em todos os lugares, estaria provavelmente oferecendo coisas desnecessárias para alguns, deixando de atender às necessidades de outros, mantendo as desigualdades. Logo, a equidade é o preceito doutrinário do SUS que afirma a Justiça Social.

queStãO 4 (FRAMINAS/PREFEITURA DE ITABIRITO-MG/2013) São princípios do Serviço

Único de Saúde (SUS), exceto:

a) Universalidade.

b) Integralidade.

c) Equidade.

d) Similaridade.

Letra d.

O princípios do SUS são descritos no art. 7º da Lei n. 8.080/1990. Dentre os citados na ques-tão, apenas similaridade não é um princípio. Reforçando: universalidade, integralidade e Equi-dade são princípios DOUTRINÁRIOS DO SUS!

(9)

queStãO 5 (IBFC/ILSL/2013) O princípio do Sistema Único de Saúde – SUS, definido conjunto

articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos – exigido para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema, é a:

a) Integralidade.

b) Equidade.

c) Universalidade.

d) Humanização.

Letra a.

De acordo com o art. 7º da Lei n. 8.080: “Integralidade é o conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos – exigido para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema”.

queStãO 6 (AOCP/EBSERH/2015) “Reconhecimento na prática dos serviços de saúde

pú-blica de que cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade; as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo indivisível e não podem ser compartimentalizadas; e, as unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de complexidade, formam também um todo indivisível, configurando um sistema capaz de prestar assistência total.” É correto afirmar que esse trecho implica-se à

a) equidade.

b) integralidade.

c) resolubilidade.

d) universalidade.

Letra b.

Não esqueça que integralidade consiste na continuidade da assistência, e isso deixa claro as noções de promoção, proteção e recuperação da saúde. Pois o homem não é “só”, existe

(10)

família, histórico de vida, sociedade que o cerca, contextos econômicos, políticos e sociais que devem ser analisados e compreendidos para uma assistência adequada. Após essa análise podemos “tratar” do corpo como um todo e não em (partes), ofertando a este o serviço de acordo com sua real necessidade.

queStãO 7 (FUNCAB/SEDS-TO/2014) Assegurar ações e serviços de todos os níveis de

acordo com a complexidade que cada caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras. Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades até o limite do que o sistema puder oferecer para todos. Essa definição caracteriza qual doutrina do SUS?

a) Equidade.

b) Resolubilidade.

c) Universalidade.

d) Integralidade.

Letra a.

De acordo com Brasil (1990):

É assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que cada caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras. Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades até o limite do que o sistema puder oferecer para todos.

queStãO 8 (FADESP/COREN-PA/2013) Um jovem, 26 anos de idade, procurou a unidade

municipal de saúde do seu bairro com queixas de lesões avermelhadas no braço direito, região cervical e tórax posterior. O profissional de saúde que o atendeu, suspeitando de hanseníase, avaliou-o e descartou a possibilidade da doença. Precisando, contudo, referen-ciá-lo ao médico dermatologista para diagnóstico e tratamento das lesões, informado pelo técnico de enfermagem que as consultas de especialidades estavam suspensas por tempo indeterminado. Na situação relatada e de acordo com a Lei n. 8.080 de 19/09/90, considera-se que, nesse caso, foi ferido o princípio do SUS relativo à

(11)

a) equidade.

b) acessibilidade.

c) universalidade.

d) integralidade.

Letra d.

À medida que a esse indivíduo foi cerceado o direito de ser atendido em um serviço, de nível de complexidade maior, que resolveria seu problema (para o caso citado), foi ferido o princípio da integralidade.

queStãO 9 (IPEFAE/CISMARPA/2015) O princípio do SUS que se refere à atenção à saúde,

levando em consideração as necessidades específicas de pessoas ou grupo de pessoas, ain-da que minoritários em relação ao total ain-da população, é:

a) Integralidade.

b) Universalidade.

c) Equidade.

d) Descentralização.

Letra a.

A integralidade na atenção à saúde consiste no direito que as pessoas têm de serem aten-didas no conjunto de suas necessidades e no dever que o Estado tem de oferecer serviços de saúde organizados para atender estas necessidades de forma integral. No que concerne à integralidade, como princípio do SUS, devemos visualizar a “pessoa como um todo” e que suas necessidades sejam assistidas através de ações integradas de promoção da saúde, prevenção de doenças, além da cura e reabilitação; com a articulação intersetorial, interdis-ciplinar, intergovernamental e institucional, com o intento de melhorar os níveis de saúde e a qualidade de vida das pessoas.

(12)

Esse princípio é um dos mais preciosos termos para demonstrar que a atenção à saúde deve

levar em consideração as necessidades específicas de pessoas ou grupos de pessoas, ainda

que minoritários em relação ao total da população (XIMENES; CUNHA, 2005).

queStãO 10 (FAPEC-AL/PREFEITURA DE ÁGUA BRANCA-AL/2013) Que princípio diz que, o

SUS deve disponibilizar serviços que promovam a justiça social, que canalizem maior atenção aos que mais necessitam, diferenciando as necessidades de cada um?

a) Equidade

b) Regionalização

c) Integralidade

d) Universalidade

Letra a.

Lembrando – Equidade = Justiça Social.

queStãO 11 (2015/COMPERVE/UFRN) Um dos princípios do Sistema Único de Saúde

deter-mina que todos os cidadãos brasileiros, sem qualquer tipo de discrideter-minação, têm direito ao acesso às ações e serviços de saúde. Trata-se do princípio de

a) Igualdade.

b) Equidade.

c) Universalidade.

d) Integralidade.

Letra c.

É a garantia de atenção à saúde por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão. Com a uni-versalidade, o indivíduo passa a ter direito de acesso a todos os serviços públicos de saúde, assim como àqueles contratados pelo poder público. Saúde é direito de cidadania e dever do Governo: municipal, estadual e federal (LUCIETTO, 2011).

(13)

queStãO 12 (INSTITUTO MAIS/PREFEITURA DE SANTANA DE PARNAÍBA-SP/2012) Na

Cons-tituição Federal de 1988, precisamente no Art. 196, aponta que: “a saúde é direito de todos…”. Tal apontamento refere-se ao princípio da

a) Integralidade.

b) Equidade.

c) Universalidade.

d) Regionalização.

Letra c.

De acordo com os preceitos do SUS, o DIREITO de acesso de TODOS traduz o princípio da Universalidade.

queStãO 13 (IDECAN/INCA/2017) Assegurar ações e serviços de saúde a todo e qualquer

cidadão, sem privilégios, sem barreiras e independente de onde esse cidadão venha morar, é um princípio doutrinário do SUS denominado:

a) Equidade.

b) Integralidade.

c) Aplicabilidade.

d) Descentralização.

DICA

Se a questão enfatizar o “acesso a todos os NÍVEIS DE ASSI-TÊNCIA” => UNIVERSALIDADE

Se enfatizar o “acesso em todos os NÍVEIS DE COMPLEXIDA-DE” => INTEGRALIDADE

Se enfatizar a “assistência SEM PRECONCEITOS E PRIVILÉ-GIOS” => EQUIDADE / IGUALDADE

(14)

queStãO 14 (IDECAN/INCA/2017) Com relação aos princípios doutrinários do SUS – Sistema

Único de Saúde, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Equidade.

b) Integralidade.

c) Universalidade.

d) Descentralização.

Parte inferior do formulário

Letra d.

Os princípios doutrinários do SUS (base filosófica), são: universalidade, integralidade e equidade.

queStãO 15 (IADES/SES-DF/2014) Um dos princípios finalísticos do SUS e, atualmente, o

tema central em todos os debates acerca das reformas dos sistemas de saúde no mundo oci-dental. Esse princípio diz respeito à necessidade de se “tratar desigualmente os desiguais”, de modo a se alcançar a igualdade de oportunidades de sobrevivência, de desenvolvimento pessoal e social entre os membros de uma dada sociedade.

O princípio descrito é o da a) integralidade. b) universalidade. c) discricionariedade. d) proporcionalidade. e) equidade. Letra e.

(15)

queStãO 16 (FCC/TJ-PE/2012) Em situação hipotética, um indivíduo adulto vítima de fratura

em membro inferior esquerdo perpassa o seguinte percurso de atendimento: atendimento móvel, hospitalar em pronto-socorro e acompanhamento domiciliar para a reabilitação. As ações combinadas no atendimento em diferentes âmbitos de atenção à saúde correspon-dem ao princípio doutrinário do Sistema Único de Saúde denominado

a) equidade. b) integralidade. c) universalidade. d) descentralização. e) resiliência. Letra b.

O acesso de forma articulada e contínua em todos de níveis de complexidade do sistema = integralidade.

queStãO 17 (FUNCAB/PREFEITURA DE PORTO VELHO-RO/2009) O princípio do Sistema Único

de Saúde (SUS) que extinguiu o privilégio de acesso dos trabalhadores do mercado formal aos serviços de saúde com financiamento público, à época do INAMPS-MPAS, é:

a) equidade; b) universalidade; c) descentralização; d) integralidade; e) intersetorialidade. Letra b.

Antes da criação do SUS, o acesso aos serviços e ações de saúde eram ofertados apenas aos trabalhadores (previdenciários/contribuintes). Após a promulgação da CF/1988, e a criação do SUS, o acesso ao sistema de saúde passa a ser UNIVERSAL.

(16)

queStãO 18 (BIO-RIO/FUNDAÇÃO SAÚDE/2014) A Lei Federal 8.080 de 1990 estabelece que

é dever do Estado garantir as condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde. Ao se permitir o acesso à tecnologia de alto custo apenas aos cidadãos que possuem planos privados de saúde, há uma contradição em relação ao seguinte princípio básico do Sistema Único de Saúde (SUS):

a) integridade. b) equidade. c) hierarquização. d) municipalização. e) integração. Letra b.

O SUS deve seguir o princípio doutrinário da equidade, onde se deve ofertar mais para quem mais precisa. A situação apresentada acima contradiz o princípio da equidade.

queStãO 19 (FUNCAB/SESAU-RO/2009) Quando uma Secretaria de Saúde investe mais

re-cursos onde há maior carência na tentativa de diminuir as desigualdades, ela está agindo em consonância com o princípio da:

a) universalidade. b) equidade. c) descentralização. d) intersetorialidad.; e) integralidade. Letra b.

O SUS deve seguir o princípio doutrinário da equidade, onde se deve ofertar mais para quem mais precisa.

(17)

queStãO 20 (IBFC/CEP/2015) No modo tradicional dos sistemas de saúde, é notória a

frag-mentação da atitude dos outros profissionais de saúde, reduzindo o usuário a mero sistema biológico, desconsiderando seu sofrimento e outros aspectos envolvidos na sua qualidade de vida. Assim, deve ser considerada uma mudança na atitude do profissional no encontro com seus clientes, no qual deverá reconhecer demandas e necessidades de saúde, bem como incor-porar ações de promoção, prevenção assim como ações curativas e reabilitadoras. Essa mu-dança de atitude é uma aplicação na rotina dos serviços de saúde do seguinte princípio do SUS:

a) Universalidade.

b) Integralidade.

c) Equidade.

d) Autonomia do usuário.

Letra b.

O homem é um ser integral, biopsicossocial, e deverá ser atendido com esta visão integral por um sistema de saúde também integral, voltado a promover, proteger e recuperar sua saúde (RONCALLI, 2003).

1.3. q

uaiS

S

ãO OS

P

rincíPiOS que

r

egem a

O

rganizaçãO dO

SuS?

Os princípios do SUS, de forma teórica, são divididos em doutrinários (vistos no item anterior) e organizativos (os outros que constam no art. 7º da Lei n. 8.080/1990. Dentre esses últimos, podemos citar como mais importantes:

Regionalização e hierarquização – os serviços devem ser organizados em níveis de

complexidade tecnológica crescente, dispostos numa área geográfica delimitada e com a definição da população a ser atendida. Isto implica a capacidade dos serviços

em oferecer a uma determinada população todas as modalidades de assistência, bem como o acesso a todo tipo de tecnologia disponível, possibilitando um ótimo grau de resolubilidade (solução de seus problemas) (BRASIL, 1990).

(18)

O acesso da população à rede deve se dar através dos serviços de nível primário de atenção que devem estar qualificados para atender e resolver os principais problemas que demandam os servi-ços de saúde. Os demais, deverão ser referenciados para os serviservi-ços de maior complexidade tec-nológica. (De acordo com o Decreto n. 7.508/2011, a atenção primária é uma das portas de entrada

do sus e ordenadora do sistema)

A rede de serviços, organizada de forma hierarquizada e regionalizada, permite um conheci-mento maior dos problemas de saúde da população da área delimitada, favorecendo ações de vigilância epidemiológica, sanitária, controle de vetores, educação em saúde, além das ações de atenção ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade. Além disso, a aproximação das ações e serviços dos usuários e a oferta desses de acordo com a real ne-cessidade do território.

O conceito de REDE hierarquizada e regionalizada terá um conceito ampliado a partir do Decreto n. 7.508/2011. Quanto mais capilarizada a rede, mais facilmente será alcançada a diretriz/princípio da integralidade.

Resolubilidade – é a exigência de que, quando um indivíduo busca o atendimento ou

quando surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspon-dente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível da sua competência. Caso não haja capacidade de resolvê-lo o indivíduo deve ser referenciado para outro nível de atenção.

ENTENDA COMO A CAPACIDADE DE RESOLVER SUAS PRÓPRIAS ATRIBUIÇÕES!

Descentralização – é entendida como uma redistribuição das responsabilidades quanto

(19)

quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto. Assim, o que é abrangência de um município deve ser de responsabilidade do governo municipal; o que abrange um estado ou uma região estadual deve estar sob responsabilidade do governo estadual, e, o que for de abrangência nacional será de responsabilidade federal. Deverá haver uma profunda redefinição das atribuições dos vários níveis de governo com um nítido reforço do poder municipal sobre a saúde – é o que se chama municipalização da saúde (BRASIL, 1990).

Aos municípios cabe, portanto, a maior responsabilidade na promoção das ações de saúde diretamente voltadas aos seus cidadãos (MUNICIPALIZAÇÃO).

Participação da comunidade – é a garantia constitucional de que a população, através

de suas entidades representativas, participará do processo de formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução, em todos os níveis, desde o federal até o local.

Essa participação deve se dar nos Conselhos de Saúde, com representação paritária de usuá-rios, governo, profissionais de saúde e prestadores de serviço. Outra forma de participação são as conferências de saúde, periódicas, para definir prioridades e linhas de ação sobre a saúde.

Deve ser também considerado como elemento do processo participativo o dever de as instituições oferecerem as informações e conhecimentos necessários para que a população se posicione sobre as questões que dizem respeito à sua saúde.

1.4. O F

inanciamentO dO

SuS

Os investimentos e o custeio do SUS são feitos com recursos das três esferas de governo federal, estadual e municipal (Financiamento Tripartite).

(20)

Atente para a responsabilidade das esferas estadual e municipal em relação à contrapartida de recursos, ou seja, uso de recurso próprio no investimento em ações e serviços de saúde.

Os recursos federais para o SUS provêm do orçamento da Seguridade Social (que também financia a Previdência Social e a Assistência Social) acrescidos de outros recursos da União, constantes da Lei de Diretrizes Orçamentárias, aprovada anualmente pelo Congresso Nacional.

Esses recursos, geridos pelo Ministério da Saúde, são divididos em duas partes: uma é retida para o investimento e custeio das ações federais; e a outra é repassada às secreta-rias de saúde, estaduais e municipais, de acordo com critérios previamente definidos em função da população, necessidades de saúde e rede assistencial BRASIL, 1990).

Atualmente, a União é obrigada a investir, no mínimo 15% da sua própria receita líquida, em ações e serviços de saúde (contrapartida de recursos).

Em cada estado, os recursos repassados pelo Ministério da Saúde são somados aos aloca-dos pelo próprio governo estadual, de suas receitas, e gerialoca-dos pela respectiva secretaria de saú-de, através de um fundo estadual de saúde. Desse montante, uma parte fica retida para as ações e os serviços estaduais, enquanto outra parte é repassada aos municípios, de acordo também com critérios específicos. Atualmente, os estados são obrigados a investirem, no mínimo 12% da sua própria receita líquida, em ações e serviços de saúde (contrapartida de recursos).

Finalmente, cabe aos próprios municípios destinar parte adequada de seu próprio Or-çamento para as ações e serviços de saúde de sua população. Atualmente, os estados são obrigados a investirem, no mínimo 15% da sua própria receita líquida, em ações e serviços de saúde (contrapartida de recursos).

Assim, cada município irá gerir os recursos federais repassados a ele e os seus próprios recursos alocados pelo governo municipal para o investimento e custeio das ações de saúde de âmbito municipal. Também os municípios administrarão os recursos para a saúde através de um fundo municipal de saúde.

(21)

O que é o fundo de saúde?

Conta especial, movimentada pelo gestor e fiscalizada pelos conselhos de saúde em cada esfera de governo. A existência do fundo em cada âmbito é condição sine qua non para rece-bimento de recursos da união, como um dos pré-requisitos presentes na Lei n. 8.142/1990.

A criação dos fundos é essencial, pois asseguram que os recursos da saúde sejam geri-dos pelo setor saúde, e não pelas secretarias de fazenda, em caixa único, estadual ou muni-cipal, sobre o qual a Saúde tem pouco acesso.

Esclarecendo: por ser a saúde, um componente da Seguridade Social, pela Lei seus recursos

compõem o também chamado Orçamento da Seguridade Social (OSS).

O orçamento é uma espécie de plano no qual são relacionadas as receitas (montante de recursos recolhidos através do pagamento de impostos pela população) e as despesas gastos com financiamento das ações e serviços, incluindo pagamento de pessoal e investimentos), isto é, o quanto vai se gastar e com o que.

O Orçamento da Seguridade Social é constituído pelas seguintes fontes:

• Contribuição sobre os salários pagos, sobre as vendas e sobre os lucros das empresas; • Contribuição dos trabalhadores, descontada dos seus salários;

• Recursos arrecadados das vendas das loterias federais.

Esta receita deverá ser, então, distribuída entre as partes componentes do orçamento da:

saúde, previdência e assistência social.

Além dos recursos do OSS, outras fontes são destinadas ao financiamento da saúde. São as chamadas fontes fiscais, que acumulam recursos provenientes de outros tipos de impos-tos ou contribuições, como por exemplo, o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Circula-ção de Mercadorias (ICMS).

Os recursos destinados à saúde devem ser depositados nos Fundos de Saúde, federal,

estaduais e municipais. Os Fundos são uma espécie de conta especial exclusiva do

se-tor, cuja movimentação deverá ser feita sob a fiscalização dos Conselhos de Saúde (Lei n. 8.080/1990 – art. 33).

A concentração dos recursos nos Fundos de Saúde facilita a administração e a fiscaliza-ção dos gastos que deverão estar previstos nos Planos de Saúde.

(22)

A Lei Orgânica da Saúde (Lei n. 8.080/1990) é clara quanto à obrigatoriedade da elaboração dos Planos de Saúde:

Art. 36.

§ 1º Os planos de saúde serão a base das atividades e programações de cada nível de direção do Sis-tema Único de Saúde (SUS) e seu financiamento será previsto na respectiva proposta orçamentária. § 2º É vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações não previstas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública na área da saúde.

A existência de Fundos, Planos e Conselhos de Saúde são condições para que os recursos provenientes do Orçamento da Seguridade Social e da União sejam repassados para estados e municípios.

Fonte: http://143.107.23.244/departamentos/social/saude_coletiva/MOSUS.pdf

1.5. F

undamentaçãO

l

egal

Neste item, faremos uma introdução dos principais marcos jurídicos do SUS. Estes serão destrinchados em aulas separadas.

1.5.1. Constituição Federal de 1988

Em 1988, concluiu-se o processo constituinte e foi promulgada a oitava Constituição do Brasil. A chamada “Constituição Cidadã” foi um marco fundamental na redefinição das prio-ridades da política do Estado na área da saúde pública.

A Constituição Federal de 1988 define o conceito de saúde, incorporando novas dimensões. Para se ter saúde, é preciso ter acesso a um conjunto de fatores, como alimentação, moradia, emprego, lazer, educação etc.

O art. 196 cita que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polí-ticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Com esse artigo fica definida a universalidade da cobertura do Sistema Único de Saúde.

(23)

O texto constitucional demonstra claramente que a concepção do SUS estava baseada na formulação de um modelo de saúde voltado para as necessidades da população, procurando resgatar o compromisso do Estado para com o bem-estar social, especialmente no que refere à saúde coletiva, consolidando-o como um dos direitos da cidadania (BRASIL, 1990).

Ao longo do ano de 1989, procederam-se negociações para a promulgação da lei comple-mentar que daria bases operacionais à reforma e iniciaria a construção do SUS.

1.5.2. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990 – Lei Orgânica da Saúde

A Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, dispõe sobre as condições para a promoção, pro-teção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes. Essa lei regula em todo o território nacional as ações e os serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado (BRASIL, 1990).

queStãO 21 (CESPE/FHS-SE/2009) Com relação ao sistema de saúde brasileiro e o seu

arcabouço legal, julgue o item a seguir.

A Lei n. 8.080/1990 dispõe sobre as condições para a organização e a execução das ações e serviços de saúde, de caráter permanente ou eventual, no âmbito de todo o território nacional. Ou seja, ficam submetidos a essa lei a União, os estados, o Distrito Federal (DF) e todos os municípios brasileiros.

(24)

Certo.

A Lei n. 8.080/1990 regula em todo o território nacional as ações e os serviços de saúde, exe-cutados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado.

A Lei n. 8.080/1990 institui o Sistema Único de Saúde, constituído pelo conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e mu-nicipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo poder público, de acordo com o art. 4º. A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde em caráter complementar.

A Lei n. 8.080/1990 trata:

• da organização, da direção e da gestão do SUS;

• da definição das competências e das atribuições das três esferas de governo;

• do funcionamento e da participação complementar dos serviços privados de assistência à saúde;

• da política de recursos humanos;

• dos recursos financeiros, da gestão financeira, do planejamento e do orçamento.

queStãO 22 (FCC/DPE-MA/2018) De acordo com o que dispõe a Lei de Organização do

Sistema Único de Saúde, Lei n. 8.080/1990, quando for necessária a atuação complementar das entidades privadas, em razão de insuficiência de recursos do SUS,

a) A atuação se dará por meio de encampação do serviço da atividade particular, mediante prévia notificação a entidade privada, respeitando sempre a justa remuneração pelo serviço encampado.

b) Os critérios de remuneração dos serviços em atuação complementar serão delimitados por legislação específica.

(25)

c) A garantia da qualidade do serviço prestada pelo particular deverá ser objeto de obser-vância pela entidade privada, dispensadas, contudo, de obserobser-vância das demais normas de direito público.

d) Quando os diretores, administradores ou gestores das entidades privadas estiverem exercendo mandatos eletivos ou cargos de confiança no Sistema Único de Saúde, a forma de efetivação da atuação complementar se dará por convênio ou contrato administrativo.

e) As entidades filantrópicas e sem fins lucrativos têm preferência para realizar a atividade complementar dentro do Sistema Único de Saúde.

Letra e.

a) Errada. No âmbito da Saúde, no tocante à participação das entidades privadas na

assistên-cia à mesma, não ocorre encampação.

b) Errada. De acordo com o art. 26 da Lei n. 8.080/1990, os critérios e valores para a

remune-ração de serviços e os parâmetros de cobertura assistencial serão estabelecidos pela direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), aprovados no Conselho Nacional de Saúde.

c) Errada. O parágrafo único do art. 24, da Los 8.080, afirma que a participação complementar

dos serviços privados será formalizada mediante contrato ou convênio, observadas, a respei-to, as normas de direito público.

d) Errada. A Lei n. 8.080/1990 é explicita quando afirma que aos proprietários,

administra-dores e dirigentes de entidades ou serviços contratados é vedado exercer cargo de chefia ou função de confiança no Sistema Único de Saúde (SUS).

e) Certa. No parágrafo único do art. 24, a Lei n. 8.080/1990 traz que: a participação

comple-mentar dos serviços privados será formalizada mediante contrato ou convênio, observadas, a respeito, as normas de direito público.

Enquanto que o art. 25 da mesma Lei, afirma que: na hipótese do artigo anterior, as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos terão preferência para participar do Sistema Único de Saúde (SUS).

(26)

1.5.3. Lei n. 8.142, de 28 de Dezembro de 1990

A Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990, dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área de saúde, entre outras providências.

Também instituiu as Conferências e os Conselhos de Saúde em cada esfera de governo (BRASIL, 1990). O SUS conta em cada esfera de governo com as seguintes instâncias colegia-das de participação da sociedade:

• a Conferência de Saúde; e • o Conselho de Saúde.

Na Lei n. 8.142/1990, ficou estabelecido que a Conferência Nacional de Saúde (CNS) fosse realizada a cada quatro anos,

Com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor dire-trizes para a formulação de políticas de saúde nos níveis correspondentes, convocadas pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por este ou pelo Conselho de Saúde.

Essas Conferências se realizam em um processo ascendente, desde Conferências Municipais de Saúde, passando por uma Conferência Estadual de Saúde em cada estado e culminando em uma Conferência Nacional de Saúde.

O Conselho de Saúde tem entre suas atribuições:

• fiscalizar a movimentação de recursos repassados à Secretaria de saúde e/ou Fundo de Saúde;

• propor critérios para a programação e para as execuções financeira e orçamentária dos Fundos de Saúde, acompanhando a movimentação e destinação de recursos (Resolução n. 453 do CNS, 2012).

queStãO 23 (FEPESE/PREFEITURA DE FRAIBURGO-SC/2019) De acordo com os princípios e

(27)

a) formulação das políticas de saúde e de controle da sua execução exclusivamente no nível municipal.

b) formulação das políticas de saúde e de controle da sua execução em todos os níveis, desde o federal até o municipal.

c) execução e controle da sua execução sem intervir na formulação das políticas de saúde em todos os níveis, desde o federal até o municipal.

d) execução e controle da sua execução sem intervir na formulação das políticas de saúde exclusivamente no nível municipal.

e) formulação das políticas de saúde, de sua execução e de controle da sua execução exclu-sivamente no nível federal.

Letra b.

O controle social exercido no Sistema Único de Saúde através dos Conselhos e das Conferências de Saúde, permite que a sociedade civil organizada participe da formulação das políticas de saúde e de controle da sua execução em todos os níveis, desde o federal até o municipal.

queStãO 24 (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ-AP/2018) Segundo o Art. 4º, da Lei n. 8.142 de 1990,

para receberem os recursos, transferidos do governo federal para Municípios, Estados e o Distrito Federal, tais entes devem contar com Fundo de Saúde; Conselho de Saúde, com composição

a) majoritária por usuários; plano de saúde; relatórios de gestão; contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento; Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários.

b) paritária; plano de saúde; plano de ação em saúde definido em parceria público-privada; contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento; Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários.

c) paritária; plano de saúde; relatórios de gestão; contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento; Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários.

d) majoritária por gestores e profissionais de saúde; plano de saúde; relatórios de gestão; contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento; Mesa de Negociação Per-manente de Cargos e Salários.

(28)

e) paritária; plano de saúde; relatórios de gestão; contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento; Mesa de Negociação Permanente de Cargos e Salários.

Letra c.

Uma questão bem específica sobre a Lei n. 8.142/1990, mais diretamente sobre o seu art. 4º.

De acordo com tal dispositivo, para receberem os recursos, provenientes do Fundo Nacional de Saúde, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com:

I – Fundo de Saúde;

II – Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n. 99.438, de 7 de agosto de 1990;

III – plano de saúde;

IV – relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4° do art. 33 da Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990;

V – contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;

VI – Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua implantação.

1.6. P

lanejamentO nO

SuS

A lei orgânica da Saúde 8.080, de 1990, em seu art. 16º, estabelece como atribuição da direção nacional a elaboração do Planejamento Estratégico no âmbito do SUS com a cola-boração técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal. E fortalece como atribuição municipal no art. 18: planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde, além de gerir e executar o serviço de saúde, bem como participar do planejamento, programação e organização da rede regional.

As ações de gestão de saúde e suas competências estão fixadas nas leis orgânicas da saúde. Em seu art. 36, estabelece que o planejamento deva ser ascendente no nível local até o nacional, com articulação com os órgãos deliberativos, discutindo as necessidades políticas de saúde e alocação de recursos em plano de saúde.

Os planos de saúde trarão o respaldo para programação e atividades em cada nível de direção no SUS, o financiamento será abordado na proposta orçamentária, e as ações que

(29)

não estão inclusas no plano de saúde não terão recursos disponíveis nem transferências, exceto em situações emergenciais.

Para elaboração do plano, alguns aspectos serão levados em consideração: o perfil epide-miológico local, além da organização dos serviços em cada esfera administrativa. O conselho Nacional de Saúde traçará as diretrizes que serão abordadas e fiscalizadas no plano de saúde.

A epidemiologia é a base para o planejamento em Saúde, é conhecida com a ciência da infor-mação em saúde, pois suas analises geram conhecimento e respaldo para tomada de decisão.

Lei n. 8.142 em seu art. 4º reforça a importância do plano de saúde para liberação dos recursos. A lei em epigrafe coloca como situação sine qua non a presença do plano de saúde e relatório de gestão, bem como, fundo de saúde, conselho de saúde atuante e com compo-sição paritária, a contrapartida de recursos e a comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS).

Reiterando Brasil e a Organização Mundial da Saúde no Manual Sistema de Planejamento do SUS (PlanejaSUS): uma construção coletiva – trajetória e orientações de operacionalização, aborda que o funcionamento e operacionalização do planejamento no SUS é realizado com base nos instrumento0s (Plano de Saúde e as respectivas programações e os relatório de gestão.

Esse manual supracitado (p.57), aborda o conceito de Plano de Saúde como: “o instru-mento que, a partir de uma análise situacional, apresenta as intenções e os resultados a se-rem buscados no período de quatro anos, expressos em objetivos, diretrizes e metas”.

Para elaborar o plano de Saúde alguns fatores devem ser levados em consideração, Brasil e OPAS:

No SUS, no que se refere o Planejamento, para atender os requisitos na elaboração do pla-no de saúde, são necessários dois momentos básicos: análise situacional; e formulação dos objetivos, diretrizes e metas. De acordo com a Portaria n. 3.332/2006 (apud BRASIL; OPAS5, 2009) são eixos que orientam esses momentos: as condições de saúde da população; os de-terminantes e condicionantes de saúde; e a gestão em saúde.

A análise situacional tem como objetivo identificar problemas e servir de base para criação de medidas. É determinado a partir do processo de identificação, formulação e priorização de problemas em uma determinada realidade.

(30)

Já a Programação Anual de Saúde como instrumento que reflete as intenções abordadas no plano de saúde, com detalhes dos objetivos, diretrizes e metas, ações e recursos financeiros para operacionalização do Plano de Saúde.

Brasil e OPAS, abordam os objetivos da Programação Anual de Saúde:

O Relatório Anual de Gestão é um instrumento importante para avaliação das ações, auditoria e contro-le, é elaborado de acordo com a programação, deve conter as necessidades de ajuste do plano de saú-de, cumprimento das ações contidas na programação anual, análise das execuções e recomendações.

O PlanejaSUS surgiu com o intuito de melhorar a resolubilidade, qualidade da gestão e atenção à saúde, fortalecendo a gestão nas três esferas de governo. Tem como objetivo central coordenar o processo de planejamento no SUS.

A política PlanejaSUS vem sendo definida em seu instrumento pelo Ministério da Saúde e Organização Pan-Americana da Saúde (p. 21) como “Sistema de Planejamento do Sistema Único de Saúde – PlanejaSUS – a atuação contínua, articulada, integrada e solidária das áre-as de planejamento dáre-as três esferáre-as de gestão do SUS”.

Foram criadas alguns portarias importante para ampliação e operacionalização desse planejamento em saúde:

• a Portaria n. 3.085, de 1º de dezembro de 2006 que regulamenta o Sistema de Planeja-mento do SUS;

• a Portaria n. 3.332, de 28 de dezembro de 2006 no qual aprova orientações gerais rela-tivas aos instrumentos do Sistema de Planejamento do SUS;

• a Portaria n. 376, de fevereiro de 2007 que veio instituir incentivo financeiro para o Sistema de Planejamento do SUS; e

• a Portaria n. 1.885, de 9 de setembro de 2008 que criou incentivo financeiro para a implementação do Sistema de Planejamento do SUS.

A Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS), já conduzia o processo de ges-tão com um direcionamento para regionalização utilizada com estratégia, facilitando o acesso ao serviço de saúde, porém só com o Pacto pela Saúde, que as diretrizes surgiram para esse direcionamento.

(31)

Outra legislação importante que fortalece a gestão de saúde e estabelece diretrizes para essa gestão no SUS, é a portaria n. 399 de 2006 do Ministério da Saúde – Pacto pela Saúde apresenta como eixo o Pacto de Gestão. Dentre as diretrizes apontadas no referido pacto, des-centralização, regionalização, financiamento, programação pactuada e integrada, regulação, participação e controle social, planejamento, gestão do trabalho e Educação na Saúde.

Além disso, apresenta como instrumentos de planejamento o Plano Diretor de Regionali-zação (PDR), o Plano Diretor de Investimento (PDI) e a Programação Pactuada e Integrada da Atenção à Saúde (PPI). Além de estabelecer a organização da gestão em nível regional, que no Decreto n. 7.508 de 2011, fortaleceu e conceituou melhor as regiões de saúde.

A região de Saúde é conceituada pelo Decreto supracitado, como espaço geográfico com municípios limítrofe, podendo ser interestadual, desde que seja delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais, além de redes de comunicação e infraestru-tura de transportes com apoio mutuo, visando organização, planejamento e a execução de ações e serviços de saúde.

Além desse conceito, o Decreto n. 7.508 de 2011, fortalece que a o planejamento da saúde é obrigatório para os entes públicos e servirá como estimulador para formulação de políticas para rede privada de assistência. O planejamento deve ser integrado e conter metas estabe-lecidas, considerando o Mapa de saúde que contempla a rede privada (com complementa o SUS ou não).

Outro conceito importante apresentado é o de mapa de saúde que descreve geograficamen-te a distribuição de recursos, ações, serviços de saúde (público e privado), considerando-se a capacidade instalada existente. O mapa servirá de base para identificar as necessidades de saúde e orientar o planejamento integrado e a criação das metas.

Apesar de dialogar com ideia de planejamento, evitar improvisos, planos, articulação de redes e alocação de recursos programados, existe outro fator que deve ser levado em con-sideração pelos serviços, além da demanda programada pode surgir situações ditas como emergenciais, que devem ser colocadas em pautas, no que se refere a recursos e estrutura.

No SUS a legislação aborda com uma gestão coparticipativa, que envolve diversos autores nesse processo, e a valorização da participação da comunidade, abordada na Lei n. 8.142 –

(32)

através dos conselhos e conferência, que corrobora com a participação da população na gestão política de saúde em todos os níveis federativos.

A Lei n. 8.142/1990 relata que 50% dos representantes devem ser usuários do serviço, e os demais 50% envolve profissionais, gestores e prestadores de serviço. As atribuições dos con-selhos e sua função fiscalizadora foi reforçada na Lei Complementar n. 141/2012, trazendo a fiscalização de recursos da saúde como atribuição desse conselho.

1.6.1. Princípios e Diretrizes Normativas do Planejamento no SUS

Para Brasil (2015), as diretrizes estabelecidas pelo conjunto de normas que tratam so-bre o planejamento no SUS, podem ser elencadas em sete princípios gerais que orientam os gestores das três esferas da Federação na organização de suas atividades de planejamento, com destaque para as disposições estabelecidas no Decreto n. 7.508, de 2011, na LC n. 141, de 2012, e especialmente na Portaria n. 2.135, de 25 de setembro de 2013, que define de for-ma for-mais explícita as diretrizes atuais para o planejamento no SUS. Esses princípios estão apresentados a seguir.

O planejamento consiste em uma atividade obrigatória e contínua

O planejamento no SUS deve ser integrado à Seguridade Social e ao planejamento governamental geral O planejamento deve respeitar os resultados das pactuações entre os gestores nas comissões

intergesto-res regionais, bipartite e tripartite

O planejamento deve estar articulado constantemente com o monitoramento, a avaliação e a gestão do SUS O planejamento deve ser ascendente e integrado

O planejamento deve contribuir para a transparência e a visibilidade da gestão da saúde o planejamento deve partir das necessidades de saúde da população

queStãO 25 (FCC/CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL/2018) A edição do Decreto

(33)

agenda do gestor do SUS, constituindo-se mecanismo fundamental para garantir a unicidade e os princípios constitucionais desse sistema de saúde. O planejamento governamental deve

a) partir das necessidades de saúde identificadas pela área de informática do Conselho Nacional de Saúde.

b) ser descendente e autônomo em nível de cada gestor do SUS.

c) ser autônomo em relação à alocação dos recursos orçamentários na Lei Orçamentária Anual (LOA) da área da saúde.

d) respeitar os resultados das pactuações entre os gestores definidas nas comissões inter-gestores, bem como estar articulado constantemente com o monitoramento, a avaliação e a gestão do SUS.

e) estar articulado constantemente com a área administrativa e o monitoramento do Tribunal de Contas do Governo Federal.

Letra d.

a) Errada. O planejamento deve levar em consideração as necessidades de saúde. Todo

pro-cesso de planejamento tem seu início a partir dos municípios que estão mais próximos da realidade de saúde.

b) Errada. O planejamento em Saúde é ascendente e integrado do nível local até o Federal. c) Errada. O planejamento em Saúde, não pode ser autônomo em Relação à LOA e sim deverá

estar em consonância com a mesma.

d) Certa. A assertiva traduz de forma clara um dos princípios do planejamento em Saúde, o

planejamento deve respeitar os resultados das pactuações entre os gestores nas comissões intergestores regionais, bipartite e tripartite e ainda é complementada com outro princípio quando diz que o planejamento deve estar articulado constantemente com o monitoramento, a avaliação e a gestão do SUS

(34)

e) Errada. Conforme podemos analisar o planejamento deve estar articulado constantemente

com o monitoramento, a avaliação e a gestão do SUS.

1.6.2. Instrumentos de planejamento no SUS

Os instrumentos para o planejamento no âmbito do SUS são o Plano de Saúde, as

respec-tivas Programações Anuais e o Relatório de Gestão.

O planejamento é cíclico e o monitoramento deve ser feito em todas as etapas desse. Res-salto a importância de todos os instrumentos de planejamento serem alinhados, como uma engrenagem, onde cada um tem sua importância, mas juntos formam um todo necessário. Mas, fique atento(a), o Plano de Saúde é considerado o instrumento maior de planejamento no SUS.

(35)

Os instrumentos do planejamento no SUS, interligam-se sequencialmente, compondo um pro-cesso cíclico de planejamento para operacionalização integrada, solidária e sistêmica do SUS.

O Plano de Saúde, instrumento central de planejamento para definição e implementação de todas as iniciativas no âmbito da saúde de cada esfera da gestão do SUS para o período

de quatro anos, explicita os compromissos do governo para o setor saúde e reflete, a partir da

análise situacional, as necessidades de saúde da população e as peculiaridades próprias de cada esfera.

A elaboração do Plano de Saúde será orientada pelas necessidades de saúde da população.

O plano de saúde deve expressar a real necessidade da população, pois ele é o norte para a implementação das políticas de saúde, que devem ser a expressão clara das necessidades de um povo.

O Plano de Saúde deverá considerar as diretrizes definidas pelos Conselhos e Conferências

de Saúde e deve ser submetido à apreciação e aprovação do Conselho de Saúde respectivoe

disponibilizado em meio eletrônico no Sistema de Apoio ao Relatório de Gestão (SARGSUS), disponível em www.saude.gov.br/sargsus.

queStãO 26 (QUESTÃO INÉDITA/2018) Considerando as disposições legais do Planejamento

da Saúde, a elaboração do Plano de Saúde será orientada pelas necessidades de saúde da população, considerando:

I – Análise situacional, orientada, dentre outros, pelos seguintes temas contidos no Mapa da Saúde.

(36)

II – Definição das diretrizes, objetivos, metas e indicadores; e III – o processo de monitoramento e avaliação.

Estão corretas: a) todas. b) apenas duas. c) apenas uma. d) nenhuma. Letra a.

De acordo com a Portaria n. 2.135 de 25 de dezembro de 2013, a elaboração do Plano de Saúde será orientada pelas necessidades de saúde da população, considerando:

I – análise situacional, orientada, dentre outros, pelos seguintes temas contidos no Mapa da Saúde: a) estrutura do sistema de saúde;

b) redes de atenção à saúde; c) condições sociossanitárias; d) fluxos de acesso;

e) recursos financeiros;

f) gestão do trabalho e da educação na saúde;

g) ciência, tecnologia, produção e inovação em saúde e gestão; II – definição das diretrizes, objetivos, metas e indicadores; e III – o processo de monitoramento e avaliação.

(37)

Plano de Saúde

Não confunda o Plano de Saúde, que é um instrumento utilizado no planejamento e orça-mento do governo na área da saúde, com Plano Plurianual – PPA, que é o docuorça-mento que traz as diretrizes, objetivos e metas de médio prazo da administração pública. Algumas bancas tendem a trocar os conceitos.

(38)

A Programação Anual de Saúde (PAS) é o instrumento que operacionaliza as intenções expressas no Plano de Saúde e tem por objetivo anualizar as metas do Plano de Saúde e

pre-ver a alocação dos recursos orçamentários a serem executados.

A programação tem como proposito trazer para o curto prazo, as definições do plano de saú-de que são saú-definidas para um horizonte saú-de 4 anos, nesse sentido a programação anualiza essas diretrizes.

Sem sombra de dúvida é o instrumento de planejamento mais operacionalizador, ou seja, traz os prazos, os recursos e os atores envolvidos para a execução das ações previstas no plano de saúde, em cada esfera de governo.

(39)

QUESTÕES DE CONCURSO

queStãO 1 (VUNESP/PREFEITURA DE ITAPEVI-SP/2019) Saúde é um direito de cidadania

de todas as pessoas, e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais.

(Ministério da Saúde. http://portalms.saude.gov.br/ sistema-unico-de-saude/ principios-do-sus)

O texto se refere ao princípio dos Sistema Único de Saúde (SUS) denominado

a) regionalização.

b) universalidade.

c) centralização.

d) integralidade.

e) equidade.

queStãO 2 (UFSC/UFSC/2019) Com relação aos princípios do Sistema Único de Saúde

(SUS), assinale a alternativa correta.

a) Universalidade do acesso, igualdade da assistência e autonomia.

b) Centralização, equidade e participação popular.

c) Integralidade da assistência, complexidade no acesso e universalidade da atenção.

d) Participação popular, estabelecimento de prioridades e autonomia.

e) Equidade, universalidade do acesso e integralidade da assistência.

queStãO 3 (VUNESP/IPREMM-SP/2019) A Política Nacional de Saúde LGBT (Lésbicas,

Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros) norteia e legitima as necessidades e especificidades de uma população, e sua formulação seguiu as diretrizes de governo ex-pressas no Programa Brasil sem Homofobia. Essa atenção diferenciada a uma determinada população específica visa ao atendimento de um dos princípios do SUS, qual seja,

a) universalidade.

b) equidade.

c) descentralização.

d) participação da comunidade.

(40)

queStãO 4 (VUNESP/TJ-SP/2019) Texto associado

DIU no SUS: 5 passos para conseguir colocar o dispositivo de graça

Por Carolina Dantas, G1 26.10.2018

O dispositivo intrauterino (DIU) é um dos métodos disponíveis de graça no BRASIL, com eficá-cia superior a 99%. No Sistema Único de Saúde (SUS), os médicos implementam nas Unida-des Básicas de Saúde (UBS) e em hospitais públicos, sem nenhum tipo de custo.

O DIU de cobre é um método contraceptivo não hormonal. Ele é disponibilizado em Unidades Básicas de Saúde e hospitais com atendimento ginecológico. Pode ser colocado desde a ado-lescência até a menopausa. É importante pesquisar na internet a UBS mais próxima da sua casa e ligar para descobrir se o procedimento está disponível.

Após encontrar a unidade mais próxima que coloca o dispositivo, a paciente precisa ir até o local. Os médicos recomendam a participação em um grupo de planejamento familiar. Ele não é obrigatório, mas é importante para conhecer todos os métodos anticoncepcionais disponí-veis e entender se o perfil condiz com o DIU, por exemplo.

“A gente imagina que conhece os métodos, mas a gente não conhece. Existem muitos mitos, fantasias relacionadas a vários métodos anticoncepcionais. Então é importante a paciente ouvir e poder avaliar qual é a melhor opção para o momento de vida dela”, disse a ginecolo-gista Cristina Guazzeli.

Se a pessoa passou pelo grupo, será encaminhada para uma consulta com o médico gine-cologista disponível no local. Se não teve interesse em participar, a marcação poderá ocorrer pessoalmente na UBS ou hospital.

(https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2018/10/26/diu-no-sus-5-passospara-conseguir-colocar-o-dispositivo--de-graca.ghtml. Acesso em 17.11.2018. Adaptado)

De acordo com o estabelecido pela Lei n. 8.080/1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências, o relato apresenta uma situação em que, está sen-do atendida, entre outros princípios, a diretriz sen-do SUS de

a) participação esclarecida.

(41)

c) individualidade.

d) universalidade.

e) beneficência.

queStãO 5 (VUNESP/PREFEITURA DE ARUJÁ-SP/2019) Uma família de São Paulo recebeu

um amigo vindo da Austrália para passar as festas de final de ano aqui no Brasil. Após a ceia, o australiano começou a passar mal, tendo sido necessário levá-lo a um serviço de saúde público para atendimento médico. Nessa situação, qual princípio do SUS foi atendido?

a) Da integralidade.

b) Da equidade.

c) Da regionalização.

d) Da hierarquização.

e) Da universalidade.

queStãO 6 (VUNESP/PREFEITURA DE FRANCISCO MORATO-SP/2019) A respeito dos serviços

privados de assistência à saúde, nos termos da lei n. 8.080/1990, assinale a alternativa correta.

a) Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela atuação exclusiva, so-mente por iniciativa própria, no uso de suas atribuições e dentro das regras de universalização da saúde, de profissionais liberais, independentemente de estarem legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas de direito privado ou público, na promoção, proteção e recuperação da saúde.

b) Exigem autorização expressa do poder público, que deverá conceder tal serviço por meio de licitações, por se tratar de dever exclusivo do Estado promover serviços dessa natureza.

c) É permitida a participação direta ou indireta de empresas ou de capitais estrangeiros na assis-tência à saúde, salvo por meio de doações de organismos internacionais vinculados à Organiza-ção das Nações Unidas, de entidades de cooperaOrganiza-ção técnica e de financiamento e empréstimo.

d) Em qualquer caso é obrigatória a autorização do órgão de direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), submetendo-se a seu controle as atividades que forem desenvolvidas e os instrumentos que forem firmados.

e) Serão observados os princípios éticos e as normas expedidas pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às condições para seu funcionamento.

(42)

queStãO 7 (FCC/CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL/2018) A Lei n. 141/2012

reforça o papel avaliador do Conselho de Saúde, preconizado na Constituição Federal e na Lei n. 8.142/1990. Os Conselhos de Saúde devem avaliar alguns instrumentos que se referem à execução das ações e serviços de saúde, no âmbito do SUS, dentre os quais incluem-se,

a) o Plano de Saúde, a Programação Anual de Saúde, o Resultado da Execução Orçamentária e Financeira e o Relatório de Gestão.

b) o Plano de Saúde, a Relação dos Recursos Humanos Contratados e o Relatório de Gestão.

c) o Relatório de Gestão, a Lista das Notas de Empenho das Ações e Serviços de Saúde e o Resultado da Execução Orçamentária e Financeira.

d) o Plano Plurianual, a Programação Anual de Saúde e o Relatório de Gestão.

e) a Lista de Emissão das Autorizações de Internação Hospitalar (AIH), o Plano de Saúde e o Relatório de Gestão.

queStãO 8 (FCC/CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL/2018) O planejamento no

Sistema Único de Saúde é uma função gestora que, além de requisito legal, é um dos meca-nismos relevantes para assegurar a unicidade e os princípios constitucionais do SUS. Para tanto, o Decreto n. 7.508 de 2011 veio reforçar esse processo de planejamento da saúde sendo ascendente e integrado, do nível local até o federal, considerando os respectivos Conselhos de Saúde. Diante disso, para esse processo de planejamento exige-se:

a) Realizar o planejamento da saúde em âmbito estadual devendo ser respeitados os aspec-tos centralizados da política do governo, a partir das necessidades dos seus órgãos estadu-ais, não incluindo as necessidades dos municípios.

b) Elaborar planos de saúde, os quais serão resultado do planejamento integrado dos entes federativos, devendo conter metas de saúde e, ainda considerar, os serviços e as ações pres-tados pela iniciativa privada, de forma complementar ou não ao SUS.

c) Pactuar as etapas do processo e os prazos dos planejamentos municipais em consonância apenas com o planejamento nacional, considerando as decisões da Comissão Intergestores Tripartite (CIT).

d) Formular o Mapa da Saúde para contribuir, essencialmente, na identificação das doenças, a fim de orientar o planejamento flexível dos entes federativos.

(43)

e) Seguir as diretrizes do Conselho Nacional de Saúde observadas para a elaboração dos pla-nos de saúde, de acordo com as características assistenciais da rede de Câncer pla-nos municípios. queStãO 9 (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ-AP/2018) A regionalização e hierarquização do

Sistema Único de Saúde (SUS) são definidas pelo art. 198 da Constituição Federal de 1988. No processo de organização das regiões de saúde, uma das dificuldades diz respeito às ca-racterísticas geográficas do território nacional. O estado do Amapá apresenta duas regionais de saúde com diversas disparidades de acesso, com vastas áreas abrangidas por Distritos Sanitários Especiais Indígenas e com vazios assistenciais importantes. O Decreto no 7.508, de 2011, busca equacionar dificuldades como estas, com vistas a assegurar a integralidade da assistência, por meio de:

a) Contrato Organizativo de Ação Pública em Saúde (COAP), com novos arranjos tecnológicos em saúde com vistas à elaboração de planos regionais de saúde.

b) Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino-Saúde (COAPES), na tentativa de fixar pro-fissionais de saúde em todos os municípios de acordo com sua capacidade instalada.

c) Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino-Saúde (COAPES), com a instauração das Comissões Intergestores Regionais (CIR) com intuito de articularem os gestores na constru-ção dos sistemas regionais.

d) Contrato Organizativo de Ação Pública em Saúde (COAP), na tentativa de garantir se-gurança jurídica na relação interfederativa constitutiva de uma região de saúde e de suas responsabilidades.

e) Contrato Organizativo de Ação Pública em Saúde (COAP), na tentativa de estabelecer um plano de metas sobre quantidade de procedimentos a serem alcançados em cada município de acordo com seus consórcios intermunicipais.

queStãO 10 (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ-AP/2018) Um dos grandes problemas que as

gestões públicas encontram na execução orçamentário-financeira do Sistema Único de Saúde (SUS) é caracterizar o que são “ações e serviços de saúde”. Santos (2014) argumenta que a legislação deveria ocupar-se em definir melhor essa categoria, haja vista que muitos gestores aplicam os recursos da saúde nos seus “determinantes/condicionantes”, e não nas ações

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de saúde propriamente ditas. Assim, a Lei n. 141/2012 foi elaborada com essa preocupação. Esta lei, exclui do elenco de “ações e serviços públicos de saúde” as despesas realizadas com:

a) O desenvolvimento científico e tecnológico e o controle de qualidade promovidos por insti-tuições vinculadas direta ou indiretamente ao SUS.

b) A remuneração do pessoal ativo da área de saúde em atividade cujas ações incluem os encargos sociais.

c) As capacitações e treinamentos do pessoal de saúde de instituições vinculadas direta ou indiretamente ao SUS.

d) As ações de apoio administrativo realizadas pelas instituições públicas do SUS e impres-cindíveis à execução das ações e serviços públicos de saúde.

e) O pagamento de aposentadorias e pensões, inclusive de servidores da saúde.

queStãO 11 (CESPE/FUB) A respeito do planejamento em saúde, formulação e implementação

de políticas públicas no âmbito do SUS, julgue os itens que se seguem.

No plano de saúde, instrumento referencial do PlanejaSUS, está definido o que se deseja alcan-çar no período de quatro anos, a partir da análise situacional de saúde da população e da res-pectiva gestão do SUS, assim como da viabilidade e exequibilidade técnica, financeira e política. queStãO 12 (FUNCERN/IF-RN/2015) sobre o Sistema Único de Saúde (SUS),

a) os instrumentos de planejamento do SUS (PlanejaSUS) são o Plano de Saúde (PS), a Pro-gramação Anual de Saúde (PAS) e o Relatório Anual de Gestão (RAG).

b) a Região de Saúde deve, para ser instituída, conter, no mínimo, ações e serviços de atenção primária, urgência e emergência, atenção psicossocial e atenção obstétrica e neonatal.

c) a direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) controla e fiscaliza os procedimentos dos serviços privados de saúde.

d) os representantes do Poder Judiciário e do Ministério Público podem ser membros dos Conselhos de Saúde.

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