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PROJEÇÃO DEMANDA DEMOGRÁFICA DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL DE

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PROJEÇÃO DEMANDA DEMOGRÁFICA DE ENERGIA ELÉTRICA NO

BRASIL DE 2010-2040

Resumo

Este artigo, a partir dos dados da projeção de domicílios produzida para o Ministério das Cidades pelo NEED/UFF e projeção populacional elaborada pelo CEDPLAR/UFMG elaborada para este fim, tem como objetivo projetar o consumo de energia elétrica no Brasil pelos consumidores domiciliares de 2010 até 2040, que é o horizonte de projeção da demanda por domicílios na escala nacional. As bases de dados utilizadas foram os resultados do trabalho “Projeção da Demanda Habitacional por renda e outros atributos” (GIVISIEZ e OLIVEIRA, 2018) e a Pesquisa de Orçamentos Familiar (POF 2008-2009) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram realizadas projeções de consumo de energia por categorias de rendimento domiciliar e por tamanho de domicílios. Os resultados demonstraram que as projeções por tamanho de domicílio sã mais adequadas para a projeção em função da baixa sensibilidade do consumo de energia às variações na renda.

Palavras chave: Demanda de energia elétrica; Projeções de Demanda; Demanda Demográfica.

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Introdução

As projeções populacionais elaboradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, bem como outras instituições incorporam as tendências das componentes da dinâmica demográfica, em escala nacional, registro de nascimentos e óbitos. Essas projeções são importantes ferramentas de planejamento dos setores público e privado. No setor público alimenta a base de informações de Ministérios e Secretarias de Estado para fomentar a tomada de decisão, o desenho e implementação e avaliação de políticas públicas. As projeções em escala municipal são o principal parâmetro para cotização, pelo Tribunal de Contas da União – TCU, dos Fundo de Participação de Estados e Municípios.

A partir das projeções populacionais podem-se estimar vários indicadores sociodemográficos, bem como estimar demandas determinadas pelo comportamento demográfico, diretamente ou combinada com outros indicadores e técnicas específicas. O Ministério das Cidades, por exemplo, calcula e mantém atualizada a demanda demográfica por domicílios com objetivo de planejar a política habitacional do país bem como atualizar o Plano Nacional de Habitação. A projeção da demanda por domicílios, por sua vez, pode ser o insumo para o cálculo de demandas que são derivadas da constituição de novos arranjos domiciliares, tais como: ligações elétricas, ligações de água, consumo de energia, consumo de água, eletrodomésticos, infraestrutura urbana no entorno de conjuntos habitacionais, entre outros.

Dessa forma, este artigo, a partir dos dados da projeção de domicílios produzida para o Ministério das Cidades pelo NEED/UFF e projeção populacional elaborada pelo CEDPLAR/UFMG elaborada para este fim, tem como objetivo projetar o consumo de energia elétrica no Brasil pelos consumidores domiciliares de 2010 até 2040, que é o horizonte de projeção da demanda por domicílios na escala nacional.

Além desta introdução, a segunda seção aborda de forma sintética os determinantes do consumo de energia pelos consumidores domiciliares; a terceira seção descreve os materiais e métodos utilizados na projeção; a quarta seção analisa e discute os resultados encontrados e finalmente na quinta seção apresenta-se as considerações finais.

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Demanda por energia elétrica em unidades domiciliares

A maior parte dos trabalhos estudam a demanda por energia elétrica no Brasil utilizam modelos econométricos para estimar a demanda ou a elasticidade preço da demanda da energia elétrica (Andrade e Lobão, 1997; Modiano, 1984; Schmidt e Lima, 2004; Irffi, Castelar, Siqueira e Linhares, 2009; Mattos e Lima, 2005; Mattos, Perobelli, Haddad e Faria, 2008; Castro e Montini, 2010; Amaral e Monteiro, 2010).

Uma alternativa aos modelos estritamente econométricos são os métodos que incorporam variáveis demográficas para estimação e projeção de demanda derivadas do comportamento demográfico, como é o caso do consumo residencial de energia elétrica. Neste sentido, Leon e Pessanha (2005) e Leon, Pessanha e Ribeiro (2006) apresentam uma metodologia para a projeção do número de domicílios para dimensionar o mercado potencial de energia elétrica e estabelecer as bases da projeção da demanda futura de energia elétrica da classe residencial.

Em 2011, Leon e Pessanha formalizam uma projeção de consumo de energia baseado na estimativa e projeção de domicílio. Parte-se da ideia intuitiva de que o consumo de energia residencial em um determinado ano t (Et) é o produto do total de domicílios (NDt), a taxa de atendimento (NCt/NDt) e o consumo médio por unidade consumidora (Et/NCt) que pode ser expresso pela fórmula seguinte: 𝐸" =

$𝐸"

𝑁𝐶"

' ( 𝑥 $𝑁𝐶"

𝑁𝐷"

' ( 𝑥𝑁𝐷", sendo NCt o número de consumidores no tempo t. Os autores se baseiam em três projeções para projetar o consumo da classe residencial, quais sejam: a projeção do número de domicílios, a projeção do consumo médio e um cenário da taxa de atendimento até a universalização. A partir da projeção populacional do IBGE projetam-se o número de domicílios. O trabalho assume trajetória de evolução linear da taxa de atendimento até o ano da universalização definido pela Resolução ANEEL 223/2003, que estabelece as condições gerais para elaboração dos Planos de Universalização de Energia Elétrica visando ao atendimento de novas unidades consumidoras com carga instalada de até 50 kW.

Para completar a equação necessita-se de um cenário para evolução do consumo e para elaborar essa hipótese é preciso entender os determinantes da demanda por energia elétrica pelas unidades residenciais. Em outras palavras, significa responder à questão: a variação do consumo em uma determinada unidade

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residencial responde a quais variáveis? Em Leon e Pessanha (2011) essa questão é resolvida como se segue:

A projeção do consumo por unidade consumidora depende do estoque de eletrodomésticos, dos hábitos de consumo, do rendimento médio domiciliar vis-à-vis o preço da energia elétrica, da distribuição dos rendimentos familiares (LEON e PESSANHA, 2005; JANNUZZI E SWISHER, 1997) e do cenário macroeconômico que descreve a trajetória da economia nos próximos dez anos, quantificando, entre outras variáveis macroeconômicas, o Produto Interno Bruto (PIB) e o consumo das famílias. Para a projeção de consumo utilizou-se o cenário macroeconômico de maio de 2010 do IE/UFRJ e os microdados das PNADs (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do período de 1995 até 2008 (LEON e PESSANHA, 2011:1 e 2).

Considerando determinantes semelhantes, Andrade e Lobão (1997) consideram que o comportamento da demanda residencial responda negativamente ao aumento da tarifa cobrada e positivamente à renda familiar e o estoque domiciliar de aparelhos eletrodomésticos. Castro e Montini (2010), Irffi, Castelar, Siqueira e Linhares (2009) acrescentam às variáveis consideradas por Andrade e Lobão (1997), o preço dos eletrodomésticos.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em seu Plano Decenal de Expansão de Energia (EPE, 2017), estima que o consumo de energia elétrica residencial do Brasil crescerá 1,8% ao ano no período entre 2016 e 2026 como “resultado conjunto do aumento da renda média das famílias, do número de novos domicílios, das políticas de eficiência energética e da expansão da malha de distribuição de combustíveis” (EPE, 2017:35).

A EPE considera em suas projeções de demanda, a renda, como os demais autores citados, mas, acrescenta o número de domicílios e a política de eficiência energética, já que mesmo em face do aumento da posse de equipamentos elétricos pelos domicílios em resposta a aumento de renda, o consumo não é afetado em função da eficiência energética dos equipamentos.

A eletricidade continua sendo a principal fonte de energia dos domicílios, graças à universalização do serviço de distribuição e ao aumento do estoque de eletrodomésticos, decorrente da elevação da renda média das famílias e do número de novos domicílios no horizonte decenal. Por outro lado, políticas que estabelecem índices mínimos de eficiência energética induzirão a redução do consumo médio do estoque de equipamentos (EPE, 2017:35).

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Entretanto alguns autores consideram que a demanda por energia elétrica não responde diretamente a uma variação de preço ou aumento de renda.

Apesar da energia elétrica se configurar como um bem essencial às atividades cotidianas, ela é consumida em diferentes níveis por cada domicílio e pode variar de acordo com o tamanho da residência, número de moradores, quantidade e eficiência dos aparelhos elétricos, condições climáticas locais e renda de cada família. Desse modo, os menores consumidores de energia, assim como os maiores consumidores, podem apresentar padrões de consumo diferenciados dos consumidores médios (SILVA, 2013:3).

Neste sentido, a autora argumenta que os maiores consumidores seriam mais sensíveis às variações de preço da energia vis-a-vis os menores consumidores.

Para os maiores consumidores, os gastos com energia elétrica devem ser destinados a finalidades de uso não essenciais, que são mais fáceis de serem reduzidos frente a uma elevação de tarifa. Desse modo, aumentos tarifários baseados no consumo médio podem implicar em impactos sociais ao setor de baixo consumo, que destinam o consumo de energia elétrica a finalidades essenciais a sobrevivência (SILVA, 2013:4).

O trabalho de Cohen (2000) calcula o consumo médio de energia para 11 cidades brasileiras por classes de renda e classes de consumo das famílias obtidas por meio da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 1996 e Matriz de Insumo Produto. A autora converteu em energia a cesta de consumo das famílias para verificar diferenças no padrão de vida relacionadas ao consumo de energia entre os achados verificou-se que

71,8% do consumo total médio para as 10 classes de renda nas 11 cidades correspondem às mesmas três categorias relevantes em termos de despesas totais. São elas: transportes (41,4%), habitação (18,7%) e alimentação (11,7%). Neste caso, a média para o consumo total de energia para todas as classes equivale a pouco mais de 1/4 do total consumido pela classe de maior renda, e corresponde a 5 vezes o consumo da classe de menor renda. Semelhante resultado ratifica a existência de disparidades na distribuição de consumo de energia por classe de renda no país, evidenciando padrões de consumo específicos por classe de renda. Aliás, é ele particularmente importante, pois se refere às principais metrópoles brasileiras, em especial às capitais dos três maiores estados do Sudeste, onde há relativamente maior acesso a bens (COHEN, 2000:185).

Além dos fatores determinantes da demanda tratados até este ponto, há que se considerar o crescimento da população quando se pretende projetar consumo médio per capita, e a densidade domiciliar quando se pretende projetar o consumo médio domiciliar. O trabalho de Leon e Pessanha (2006; 2011) incorpora a variável demográfica uma vez sua projeção de consumo utiliza uma projeção de domicílios

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derivada da projeção populacional do IBGE. A EPE em suas projeções decenais também considera a dinâmica de formação de novos domicílios, que não necessariamente, varia no mesmo ritmo do crescimento populacional.

A variação no consumo de energia elétrica não é significativamente sensível a variações de preço e aumento de renda, conforme argumenta Silva (2013:13) que apresenta tabela síntese das “estimativas das elasticidades renda e preço do consumo de energia elétrica residencial da literatura nacional”, replicada na sequencia.

TABELA 1:ESTIMATIVAS DAS ELASTICIDADES RENDA E PREÇO DO CONSUMO DE ENERGIA

ELÉTRICA RESIDENCIAL DA LITERATURA NACIONAL

FONTE:SILVA (2013:13)

É possível observar que as elasticidades-preço encontradas pelos autores listados na Tabela 1 possuem em comum a baixa sensibilidade do consumo de energia elétrica às variações de preço. É interessante observar, ainda, que apesar de utilizar variáveis diferentes e metodologia distintas, a elasticidade-renda de Siqueira Cordeiro Jr. e Castelar (2006) se assemelha à encontrada por Modiano (1984) – alta elasticidade renda, diferente dos demais estudos que constaram demanda inelástica às variações de renda.

Sendo assim, para projeções de demanda de energia elétrica pela classe de consumidor residencial operacionalizada por método não-econométrico poderia considerar que o consumo de energia elétrica varia com o aumento da população. Neste caso somente a projeção de população e um indicador de tendência do consumo médio per capita seria suficiente para projetar a demanda por energia elétrica. Neste caso, estaria sendo ignorado o comportamento diferenciado do consumo entre os grupos de consumidores maiores e menores. Para se obter o consumo per capita por classes de consumidores seria necessário se obter uma projeção populacional estratificada por categorias de consumidores.

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Outra alternativa seria projetar o consumo médio domiciliar por classes de consumo ou por classes de renda domiciliar, neste é necessário se obter uma projeção de domicílios segundo uma dessas classes, para ser multiplicado pelo consumo médio em cada uma das categorias, que pode ser obtido por meio dos dados da POF de 2006.

A projeção de domicílios desagregada por diversas categorias sociodemográficas entre elas classes de renda e tamanho de domicílio foi elaborada e atualizada pelo Ministério das Cidades para subsidiar as políticas populacionais e o Plano Nacional de Habitação. O método de projeção dos domicílios utilizados nessas projeções é o Headship rate associado ao modelo Idade-Período-Coorte (OLIVEIRA, GIVISIEZ e RIOS-NETO, 2009; e, GIVISIEZ e OLIVEIRA, 2018).

Este artigo utiliza a projeção de domicílios por categorias e renda e a projeção de domicílios por tamanho para projetar o consumo de energia elétrica no Brasil de 2010 a 2040.

Tendências Observadas e projetadas

A projeção de domicílios realizada por (GIVISIEZ e OLIVEIRA, 2018) para o Ministério das Cidades prevê que no intervalo de tempo 2010-2040 seja acrescentados aproximadamente 29 milhões de domicílios para acomodar a dinâmica de formação de novos domicílios. Verifica-se na figura 1 que nos 15 anos iniciais da projeção o estoque de domicílios cresce em ritmo mais acelerado e torna-se mais lento até o final da projeção.

FIGURA 1-ESTOQUE DE DOMICÍLIOS PROJETADOS –BRASIL –2010-2040

FONTE:PROJEÇÃO DOMICÍLIOS (NEED/UFF,2016)

57175515 58568528 59974374 61400709 62838587 64274598 65695565 67089691 68446400 69763852 71043055 72284951 73487865 74647981 75758478 76812183 77804261 78737470 79615691 80443929 81227994 81972749 82677098 83337541 83949761 84509317 85014553 85474676 85901533 86307024 86703071 0 10000000 20000000 30000000 40000000 50000000 60000000 70000000 80000000 90000000 100000000 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040

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A figura 2 apresenta o crescimento mais rápido e maior da demanda habitacional em relação ao crescimento da população. Este comportamento é uma clara consequência da tendência da diminuição do tamanho dos domicílios. Mudanças nos componentes da dinâmica demográfica, especialmente na fecundidade e mortalidade afetam a estrutura populacional e o tamanho dos domicílios e famílias. Essa tendência já era observada por Berquó e Cavenaghi (1988), que argumentam que mudanças na fecundidade e na mortalidade afetam a distribuição e o tamanho das famílias diretamente e indiretamente por meio do seu efeito na estrutura de casamentos. A tendência continuada de queda da fecundidade provoca no primeiro momento uma diminuição na proporção de famílias muito grandes e, no longo prazo aumenta a proporção de famílias pequenas. Níveis baixos de mortalidade têm como resultado aumento na esperança de vida da população. Conforme argumentam Berquó e Cavenaghi (1988:156), “a mortalidade que ao descender empresta mais tempo de vida aos adultos já entrados em anos que, vivendo como casal ou então sozinhos, contribuem para aumentar a proporção de domicílios com duas ou uma só pessoa”.

FIGURA 2–VARIAÇÃO PERCENTUAL DA DEMANDA ACUMULADA E DO INCREMENTO POPULACIONAL ANUAL

ACUMULADO EM RELAÇÃO A 2010,BRASIL–2010-2040

FONTE:PNAD(IBGE,1982 A 2012).PROJEÇÃO POPULACIONAL (CEDEPLAR/UFMG,2016).PROJEÇÃO

DOMICÍLIOS (NEED/UFF,2016)

Observe pela figura 3 que mesmo em números absolutos a demanda anual por domicílios supera o incremento populacional anual a partir de 2025. Além da

0 10 20 30 40 50 60 2010 -11 2011 -12 2012 -13 2013 -14 2014 -15 2015 -16 2016 -17 2017 -18 2018 -19 2019 -20 2020 -21 2021 -22 2022 -23 2023 -24 2024 -25 2025 -26 2026 -27 2027 -28 2028 -29 2029 -30 2030 -31 2031 -32 2032 -33 2033 -34 2034 -35 2035 -36 2036 -37 2037 -38 2038 -39 2039 -40 Va ria çã o pe rc en tu al d a de m an da e d o in cr em en to a nu al a cu m ul ad o po r ano de sde 2 01 0 Var%Dem Var%pop

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dinâmica demográfica a demanda por domicílios responde a variáveis do comportamento e atitudes da população, tais como: aumento dos casamentos e dissoluções, transição de adolescentes e jovens para a vida adulta acompanhada da saída da casa dos país, mobilidade por motivo de trabalho, especialmente para os mais jovens entre outros fatores.

FIGURA 3–DEMANDA ANUAL POR DOMICÍLIOS E INCREMENTO POPULACIONAL ANUAL –BRASIL –2010-2040

FONTE:PNAD(IBGE,1982 A 2012).PROJEÇÃO POPULACIONAL (CEDEPLAR/UFMG,2016).

PROJEÇÃO DOMICÍLIOS (NEED/UFF,2016)

O resultado da tendência revelada na projeção de domicílios, já era evidente deste os anos 1980 e irreversível, conforme se constata nos dados que balizaram a tendência da projeção, bem como em Alves e Cavenaguhi (2012: ) “os domicílios apresentam menor densidade demográfica e as famílias estão ficando menores. Mas além disto, as famílias estão ficando diferentes e mais diversificadas”. A figura 4 apresenta série histórica do consumo de energia elétrica pelos consumidores residenciais (em Mwh) entre 1990 e 2016. A série apresenta tendência de consumo crescente, embora entre 1994 e 2000 se verifique um aumento mais acentuado no consumo, e queda entre 2001 e 2002. Esses períodos correspondem, respectivamente, aos anos iniciais do Plano Real e à crise no abastecimento de energia elétrica, no final do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (apagão). A partir de 2014 se observa inflexão na curva de consumo, provavelmente em função da crise hídrica e implementação de bandeiras tarifárias, devido ao aumento do custo de energia pelo acionamento das usinas termelétricas.

200.000 400.000 600.000 800.000 1.000.000 1.200.000 1.400.000 1.600.000 1.800.000 2.000.000 2.200.000 2.400.000 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040

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FIGURA 4–SÉRIE HISTÓRICA DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA PELAS RESIDÊNCIAS –BRASIL – 1990-2016

FONTE:EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA (2018)

A tabela 2 apresenta a desagregação do consumo anual de energia elétrica em Mwh segundo as seis categorias de renda, segundo os dados da POF de 2008-2009. Note-se que o consumo varia positivamente segundo as faixas de renda, como é esperado.

TABELA 2–CONSUMO MÉDIO ANUAL DE ENERGIA ELÉTRICA RESIDENCIAL POR CLASSES DE

RENDA DOMICILIAR -BRASIL

Categorias de Renda Domiciliar Consumo médio anual (Mwh) Renda domiciliar até R$ 1.800,00 1.202 Renda domiciliar entre R$ 1.800,01 e R$ 2.600,00 1.641 Renda domiciliar entre R$ 2.600,01 e R$ 4.000,00 1.924 Renda domiciliar entre R$ 4.000,01 e R$ 7.000,00 2.414 Renda domiciliar entre R$ 7.000,01 e R$ 9.000,00 2.820 Renda domiciliar superior a R$ 9.000,01 6.636

FONTE:PESQUISA DE ORÇAMENTOS FAMILIARES DE 2008-2009(IBGE)

A tabela 3 apresenta o consumo por categorias de tamanho de domicílio segundo os dados da POF de 2008-2009. Também, como é óbvio e esperado o consumo varia positivamente com o aumento do tamanho do domicílio.

TABELA 3-CONSUMO MÉDIO ANUAL DE ENERGIA ELÉTRICA RESIDENCIAL POR CLASSES DE

TAMANHO DE DOMICÍLIO -BRASIL

Classes de Tamanho Consumo médio anual (Mwh)

Unipessoal 1.395

Duas pessoas 1.720

Três e quatro pessoas 2.127 Cinco ou mais pessoas 2.132

FONTE:PESQUISA DE ORÇAMENTOS FAMILIARES DE 2008-2009(IBGE)

Materiais e Métodos

As bases de dados utilizadas foram os resultados do trabalho “Projeção da Demanda Habitacional por renda e outros atributos” (GIVISIEZ e OLIVEIRA, 2018) e a Pesquisa de Orçamentos Familiar (POF 2008-2009) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000 80.000 90.000 100.000 110.000 120.000 130.000 140.000 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 Co nsu m o r esi de nc ial d e e ne rg ia ( G w h)

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A projeção do estoque de domicílios por tamanho mostra que existe uma clara tendência de diminuição no número de domicílios com maior densidade e aumento no número de domicílios menos densos (unipessoais e com duas pessoas).

FIGURA 5–ESTOQUE DE DOMICÍLIOS PROJETADOS POR CATEGORIAS DE TAMANHO –BRASIL -2010-2040

FONTE:PROJEÇÃO DOMICÍLIOS (NEED/UFF,2016)

As classes de renda projetadas foram definidas a partir das faixas de subsídio do Programa Minha Casa Minha Vida, ou seja: Faixa 1: Renda familiar até R$ 1.800,00; Faixa 1,5: limite superior R$ 2.600,00; Faixa 2: limite superior de R$ 4.000,00 e Faixa 3: limite superior R$ 9.000,00. Foi criada mais uma categoria residual para acomodar os domicílios com renda superior a R$ 9.000,00.

A figura 6 apresenta a tendência verificada na projeção do estoque de domicílios no período de projeção. Nota-se tendência de diminuição dos domicílios na classe de renda inferior e aumento mais relevante dos domicílios nas três faixas de renda intermediárias. As duas classes de renda superior apresentam leve tendência de crescimento no período.

FIGURA 6-ESTOQUE DE DOMICÍLIOS PROJETADOS POR CLASSES DE RENDA –BRASIL -2010-2040

FONTE:PROJEÇÃO DOMICÍLIOS (NEED/UFF,2016)

5.000.000 10.000.000 15.000.000 20.000.000 25.000.000 30.000.000 35.000.000 40.000.000 2 .0 10 2 .0 11 2 .0 12 2 .0 13 2 .0 14 2 .0 15 2 .0 16 2 .0 17 2 .0 18 2 .0 19 2 .0 20 2 .0 21 2 .0 22 2 .0 23 2 .0 24 2 .0 25 2 .0 26 2 .0 27 2 .0 28 2 .0 29 2 .0 30 2 .0 31 2 .0 32 2 .0 33 2 .0 34 2 .0 35 2 .0 36 2 .0 37 2 .0 38 2 .0 39 2 .0 40

Unipessoal Duas pessoas Três e quatro pessoas Cinco ou mais pessoas

5.000.000 10.000.000 15.000.000 20.000.000 25.000.000 30.000.000 35.000.000 40.000.000 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040 RD até R$ 1.800,00 RD entre R$ 1.800,01 e R$ 2.600,00 RD entreR$ 2.600,01 e R$ 4.000,00

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A POF é uma pesquisa realizada pelo IBGE que tem por objetivo mensurar as estruturas de consumo, dos gastos e dos rendimentos das famílias.

Além das informações referentes à estrutura orçamentária, várias características associadas às despesas e rendimentos dos domicílios e famílias são investigadas, viabilizando o desenvolvimento de estudos sobre a composição dos gastos das famílias segundo as classes de rendimentos, as disparidades regionais e nas áreas urbanas e rurais, a extensão do endividamento familiar, bem como gerar bases de dados e estudos sobre o perfil nutricional da população, entre outros (IBGE, 2018)

Para esse trabalho foram utilizadas as informações de consumo com energia elétrica, renda mensal e número de moradores do domicílio.

Em termos metodológicos assume-se que a projeção do consumo domiciliar por faixas de renda pode ser obtida diretamente pela multiplicação do consumo médio domiciliar observado em cada faixa de renda e o número de domicílios projetados. Se o pressuposto é que o consumo responde positivamente a um aumento da renda, em que pese, a baixa elasticidade renda encontrada na literatura, a mobilidade dos domicílios entre as faixas de renda prevista na projeção de domicílios responde a esse determinante da demanda. O consumo médio em cada faixa de renda foi estimado por meio dos dados da POF, elaborada em 2008-2009, ajustada para a renda real de março de 2016, mesma data de referencia da renda utilizada na projeção de domicílios. Entretanto, a variação na densidade domiciliar fica ignorada neste caso, pois existe uma certa defasagem entre o ponto inicial da projeção de domicílios e o ponto no qual foi estimado o consumo médio. A pergunta é? Mantém o consumo observado na POF de 2009 constante por faixas de renda ou estabelece alguma hipótese de crescimento? Ou ainda, deveria ser proposta uma correção neste consumo estratificado de 2008-2009? Como não se obteve uma tendência de consumo desagregada pelas classes de renda, optou-se por manter o consumo constante. Dessa forma, o domicílio que teve seu consumo alterado por aumento de renda, estaria em outra faixa de renda na projeção que serviu como base. Sendo assim, o consumo projetado em cada ano é produto do total de domicílios em cada categoria de renda e o consumo em cada categoria de renda, segundo os dados da POF de 2008-2009, conforme 𝐶𝑑𝑒",. = 𝐷𝑜𝑚",.𝑥𝐶𝑑𝑚1223,.. Observe que o cálculo é

realizado considerando o total de domicílios projetados e que a taxa de atendimento é de 100%.

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Já a projeção por tamanho de domicílios assume que o consumo de energia por cada unidade domiciliar responde variação na densidade da unidade. Neste caso também existe a restrição de assumir uma tendência de aumento do consumo médio per capita, já que não existe uma série histórica segundo essa categoria. Como no caso anterior, a projeção do consumo resulta do produto entre o número de domicílios em cada categoria de tamanho e o consumo médio de energia segundo as mesmas categorias, a partir dos dados da POF de 2009-2009, ou seja 𝐶𝑑𝑒",4 = 𝐷𝑜𝑚",4𝑥𝐶𝑑𝑚"1223,4.

Resultados

Projeção por Faixa de Renda

Na Tabela 4 é apresentada a projeção do consumo de energia elétrica por classe de renda, de cinco em cinco anos, entre 2010 e 2040. Como se observa o consumo é decrescente na faixa de renda mais baixa e crescente nas demais faixas.

Chama atenção a grande diferença de consumo de energia das residências com maior renda e as de menor. Embora o número de domicílios na faixa superior de renda seja menor relativamente às demais faixas, enquanto se projeta em 2040, consumo de 20.248 Gw para 16.8 milhões de domicílios da faixa de renda mais baixa, para os 6.8 milhões de domicílios da faixa superior de renda projeta-se consumo de 45.305 Gw de energia elétrica.

TABELA 4–CONSUMO ENERGÉTICO EM GIGA WATTS DO BRASIL DE 2010 À 2040 POR

CATEGORIAS DE RENDA

Ano Categorias de Renda Domiciliar (Mhw) Total

Até R$1.800,00 R$1.800,01 e Entre R$ 2.600,00 Entre R$ 2.600,01 e R$ 4.000,00 Entre R$ 4.000,01 e R$ 7000,00 Entre R$ 7.000,01 e R$ 9.000,00 Acima de R$ 9.000,01 2010 40.305 12.602 12.853 12.025 4.047 18.960 100.792 2015 39.715 15.843 17.420 16.803 5.328 24.319 119.428 2020 37.692 19.144 22.671 22.532 6.728 29.912 138.679 2025 34.247 22.134 28.226 28.901 8.124 35.177 156.809 2030 29.798 24.512 33.659 35.497 9.393 39.582 172.441 2035 24.990 26.187 38.732 42.078 10.481 42.993 185.461 2040 20.248 27.095 43.204 48.374 11.345 45.305 195.571

Fonte:Dados trabalhados pelos autores a partir de dado da POF do IBGE.

A figura 7 apresenta o percentual de domicílios e consumo em cada categoria de renda para o ano inicial e final da projeção. Note-se que enquanto os domicílios na faixa inferior de renda em 2010, representam aproximadamente 60% do total, o consumo de energia elétrica não supera os 40% do consumo total. Em 2040 a projeção prevê diminuição da participação dos domicílios nessa categoria de renda,

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eles representam perto de 20% do total e o consumo fica próximo de 10%. A partir da quarta categoria de renda o percentual de consumo supera o de domicílios, sendo mais expressivo na categoria superior de renda.

FIGURA 7–PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS E DEMANDA DE ENERGIA ELÉTRICA POR CATEGORIAS DE RENDA –

BRASIL –2010/2040

FONTE:PROJEÇÃO DOMICÍLIOS (NEED/UFF,2016);POF2008-2009(IBGE)

Comparando o resultado das estimativas com o consumo observado entre 2010 e 2016 verifica-se que a projeção subestimou o consumo conforme se observa na tabela 5.

TABELA5–PROJEÇÃO DE CONSUMO DE ENERGIA PROJETADO POR CLASSES DE RENDA E

OBSERVADO –BRASIL –2010-2016

ANOS CONSUMO DE ELETRICIDADE RESIDENCIAL EM Gwh DIFERENÇA (%) PROJETADO OBSERVADO 2010 100.792 107.234 6,4 2011 104.358 111.991 7,3 2012 108.005 117.667 8,9 2013 111.746 124.868 11,7 2014 115.563 132.273 14,5 2015 119.429 131.003 9,7 2016 123.318 132.886 7,8

FONTE:PROJEÇÃO DOMICÍLIOS (NEED/UFF,2016);EPE(2017)

Projeção por tamanho de domicílio

A projeção por tamanho de domicílio reflete o comportamento da tendência da distribuição dos domicílios segundo essa categoria, ou seja, aumento da proporção dos domicílios menores e diminuição de domicílios maiores. Observe que o consumo dos domicílios unipessoais, desde que sejam verificadas as hipóteses implícitas nas projeções, mais que triplicará no período de 30 anos projetados. O consumo dos domicílios de duas pessoas tem seu consumo aumentado em quase três vezes no mesmo período. Em contrapartida, os domicílios com três e quatro pessoas aumentam aproximadamente 23% no período e os domicílios com cinco e mais, tem seu consumo em 2040, reduzido a quase um terço do consumo projetado para 2010.

0 10 20 30 40 50 60 70 2010 2040 2010 2040 2010 2040 2010 2040 2010 2040 2010 2040

Renda domiciliar até

1800,00 Renda domiciliar entre1800,01 e 2600,00 Renda domiciliar entre2600,01 e 4000,00 Renda domiciliar entre4000,01 e 7000,00 Renda domiciliar entre7000,01 e 9000,00 superior a 9000,01Renda domiciliar

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TABELA 6–CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA EM GIGA WATTS DO BRASIL DE 2010 À 2040 POR TAMANHO DE DOMICÍLIO

Unipessoal Duas pessoas Três e quatro pessoas Cinco ou mais pessoas Total 2010 7.415 17.398 56.582 32.264 113.659 2015 10.017 22.841 64.047 29.190 126.096 2020 13.059 28.939 69.957 25.488 137.443 2025 16.373 35.264 73.461 21.370 146.467 2030 19.758 41.362 74.259 17.251 152.630 2035 23.128 47.057 72.799 13.500 156.484 2040 26.363 52.132 69.473 10.275 158.244

FONTE:PROJEÇÃO DOMICÍLIOS (NEED/UFF,2016);POF2008-2009(IBGE)

A tabela 7 apresenta a comparação do consumo de energia elétrica estimado e o observado entre 2010 e 2016 e verifica-se maior aderência entre os valores se comparados com a projeção por categoria de renda. Como a projeção por tamanho de domicílios capta, não somente a dinâmica de formação de domicílios, como também a densidade domiciliar, talvez essas variáveis sejam mais determinantes da demanda por energia elétrica nas unidades domiciliares vis-a-vis a renda. Essa evidência converge para os resultados dos trabalhos que identificam baixa elasticidade renda para o consumo de energia.

Um

TABELA7-PROJEÇÃO DE CONSUMO DE ENERGIA PROJETADO POR TAMANHO DE DOMICÍLIO E

OBSERVADO –BRASIL –2010-2016

ANOS CONSUMO DE ELETRICIDADE RESIDENCIAL EM GWH PROJETADO OBSERVADO DIFERENÇA (%)

2010 113659 107234 -5,7 2011 116130 111991 -3,6 2012 118608 117667 -0,8 2013 121108 124868 3,1 2014 123613 132273 7,0 2015 126096 131003 3,9 2016 128531 132886 3,4

FONTE:PROJEÇÃO DOMICÍLIOS (NEED/UFF,2016);EPE(2017)

Considerações finais

A análise de consumo pelas classes de renda demonstrou o nível de desigualdade do uso de energia elétrica entre os domicílios mais pobres e mais ricos. Sendo assim, uma projeção baseada no consumo médio per capita mascara essa desigualdade e tende a superestimar a projeção.

O resultado da projeção por classes de renda revelou tendência de diminuição do consumo pelos domicílios da faixa de renda inferior (rendimento domiciliar até R$ 1.800,00) e aumento nas demais categorias, sendo que o aumento

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é mais relevante no estrato superior de renda (renda domiciliar superior a R$ 9.000,00).

A projeção do consumo de energia elétrica desagregada pelo tamanho do domicílio, segue a distribuição da projeção de domicílios utilizada como base, ou seja, aumento do consumo entre os domicílios unipessoais e de duas pessoas e diminuição do consumo entre os domicílios maiores.

A comparação das duas projeções com os dados de consumo observados entre 2010 e 2016, revela que a estimativa por tamanho de domicílio para o mesmo período apresenta mais aderência com os dados observados. Fato que decorre da baixa sensibilidade do consumo de energia em relação a renda, como discutido na literatura revisada.

Por fim, ressalta-se que as projeções de demanda derivadas tanto das projeções populacionais como das projeções de demanda por domicílio, constituem uma ferramenta robusta e importante para o planejamento de demandas sociais e por produtos que respondam ao comportamento da dinâmica demográfica.

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