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Universidade

Estadual de Londrina

CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE

CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

RECOMENDAÇÕES DE EXERCÍCIO FÍSICO EM

POSICIONAMENTOS E CONSENSOS SOBRE

HIPERTENSÃO ARTERIAL

Regiane Aparecida Medeiros Malfe Zanatta

LONDRINA – PARANÁ

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REGIANE APARECIDA MEDEIROS MALFE ZANATTA

RECOMENDAÇÕES DE EXERCÍCIO FÍSICO EM

POSICIONAMENTOS E CONSENSOS SOBRE

HIPERTENSÃO ARTERIAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial para sua conclusão.

COMISSÃO EXAMINADORA

______________________________________ Prof. Dr. Marcos Doederlein Polito

Universidade Estadual de Londrina ______________________________________

Prof. Dr. Leandro Ricardo Altimari Universidade Estadual de Londrina ______________________________________

Prof. Ms. Marcelo Romanzini Universidade Estadual de Londrina

(3)

.

Dedico esse trabalho aos meus filhos Guilherme e Murilo, pois a inocência e a confiança em mim que carregam em seus olhares me dão forças para que eu nunca desista de lutar pelos meus ideais.

(4)

AGRADECIMENTOS

A todos os meus protetores que me acompanharam e me guiaram nessa jornada.

À minha mãe, Maria Terezinha Medeiros e ao meu pai, Albino Malfe Brene que

se sacrificaram junto comigo para que eu pudesse realizar esse sonho, sendo

aqueles, que sem dúvida, tiveram a maior confiança na minha capacidade, e a

todos os meus familiares que sempre estiveram ao meu lado.

Ao meu marido, Alan Zanatta, pelo amor, paciência e confiança depositada em

mim, tendo sempre uma palavra de apoio nos momentos de incertezas.

Aos meus amigos, nas horas boas e nas horas ruins que estivemos juntos,

desejo que esses momentos sejam eternos.

À grande amiga Duda pela preciosa colaboração, sempre tão presente, mesmo

tão distante, contribuindo e muito para a finalização desse trabalho.

Ao Prof. Dr. Marcos D. Polito, pela séria orientação, auxiliando com seu vasto

conhecimento para realização dessa pesquisa.

A todos que contribuíram para a elaboração desse estudo, de forma direta e

indireta, me dando apoio e motivação e aos que não impediram a finalização

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ZANATTA, Regiane A. M. Malfe. Recomendações de exercício físico em posicionamentos e consensos sobre hipertensão arterial. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2009.

RESUMO

A hipertensão arterial sistêmica (HAS), um problema considerado de saúde pública no Brasil, tem prevalência, principalmente, na população adulta e seu desenvolvimento está relacionado a fatores como obesidade, tabagismo, alimentação inadequada e sedentarismo. Existem evidências de que o exercício físico auxilia no combate a HAS e esses fatos geraram vários consensos e posicionamentos nacionais e internacionais, os quais buscam estabelecer valores de intensidade, duração e tipo de exercício necessário para a diminuição nos valores pressóricos, embora, aparentemente, não haja total concordância entre eles. O objetivo desse trabalho foi comparar os principais posicionamentos e consensos nacionais e internacionais para identificar diferenças e semelhanças em relação à prática de exercício físico para a população hipertensa. Foi realizada uma busca em bases de dados da internet (Google acadêmico, MEDLINE, LILACS e SCIELO) utilizando as palavras chave hipertensão, exercício físico, consensos e posicionamentos, nos idiomas português, espanhol e inglês, sem limite de data até a de novembro de 2009. Foram encontrados 17 estudos, sendo quatro nacionais e 13 internacionais. As determinações mais citadas foram a realização dos exercícios no mínimo três dias da semana, com uma intensidade moderada (40% a 70% do VO2máx ou da FCMax.) e duração entre 30 e 60 minutos por sessão, colocando a

caminhada como o exercício mais eficaz para os hipertensos. Os exercícios resistidos não foram muito citados, sendo que a recomendação é de três sessões semanais, contemplando grandes grupos musculares com intensidade de 50% a 60% de uma repetição máxima. Embora alguns consensos deixaram lacunas em alguns aspectos importante (intensidade, tipo de exercício e/ou duração) que auxiliam a tomada de decisão dos profissionais que buscam informações nesses documentos.

Palavras- chave: Hipertensão Arterial, Exercício físico, Atividade Física, Consensos e Posicionamentos.

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ABSTRACT

Systemic arterial hypertension (SAH) is considered a public health issue in Brazil. It has a high prevalence among the adult population. Its etiology is related to many factors, including obesity, smoking, sedentarism and inadequate feeding habits. There are some evidences that exercise is useful for the treatment of SAH. These evidences are the source of many national and international consensus and recommendations which try to determine the adequate intensity, duration and type of exercise which would reduce the levels of blood pressure. The purpose of this study was to compare the main national and international consensus and recommendations, to identify similarities and differences related to exercise recommendations for hypertensive subjects. An Internet data bases (Academic Google, Medline, Lilacs, and Scielo) search will be performed with the following keywords (in English, Portuguese and Spanish): hypertension, physical exercise, consensus and recommendations, with no date limitation up to May 2009. Were found 17 articles (four published in Brazil). The mainly suggest were: exercise frequency at least three times per week; moderate intensity (40-70% VO2max or

HRmax); duration between 30-60 min per session; walking is the physical activity most

efficient for hypertensive subjects. Resistance exercises did not very recommended, but this suggest was three times per week, involving the major muscular groups, and intensity between 50-60% 1RM. However, several consensus were not specific in exercise intensity, type of exercise or duration and its may be confounding the practical applications.

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1. Classificação da PA para adultos com idade acima de 18 anos... 15

TABELA 2. Relação dos prinipais consensos nacionais e internacionais considerando, o tipo de exercício, duração, intensidade, frequência semanal e treinamento resistido... ... 29

(8)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 9

2 JUSTIFICATIVA ... 11

3 OBJETIVOS ... 12

4 REVISÃO DA LITERATURA ... 13

4.1 Fatores de risco e desenvolvimento da HAS ... 13

4.1.1 Fatores de risco não controláveis ... 14

4.1.2 Fatores de risco controláveis ... 15

4.2 Influências do exercício físico regular no controle e prevenção da HA. ... 16

4.2.1 Exercícios Aeróbios ... 17

4.2.2 Exercícios Resistidos ... 18

4.3 Comparação dos principais Consensos e Posicionamentos ... 19

4.3.1 Sociedade Brasileira de Medicina de Esporte ... 19

4.3.2 I Consenso Nacional de Reabilitação Cardiovascular ... 20

4.3.3 Sociedade Egípcia de Hipertensão Arterial ... 20

4.3.4 III Consenso Brasileiro para o Tratamento da Hipertensão Arterial ... 21

4.3.5 Consenso Latino Americano sobre Hipertensão Arterial ... 21

4.3.6 Sociedade Japonesa de Hipertensão... ... 22

4.3.7 Sociedade Espanhola de Cardiologia e HA ... 22

4.3.8VII Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure ... 22

4.3.9 Colégio Americano de Medicina do Esporte ... 23

(9)

4.3.11 V Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial ... 24

4.3.12 Guia de Hipertensão Arterial da África do Sul ... 25

4.3.13 Sociedade Argentina de Cardiologia ... 25

4.3.14 Organização Mundial da Saúde (OMS) ... 25

4.3.15 Sociedade Européia de Cardiologia ... 26

4.3.16 Grupo de Controle de Hipertensão Arterial da Arábia Saudita ... 26

4.3.17 Sociedade Canadense de Hipertensão ... 27

5 METODOLOGIA ... 28

6 DISCUSSÃO ... 31

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 35

REFERÊNCIAS ... 36

(10)

1 INTRODUÇÃO

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônico-degenerativa relacionada ao aumento no risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, acidente vascular encefálico, doença coronariana, insuficiência cardíaca, doença arterial periférica e insuficiência renal, além de demonstrar uma alta prevalência na população adulta brasileira variando de 22,2% a 43,9% (V DIRETRIZES BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006). Estudos têm apontado que a HAS é uma das dez maiores causas de mortalidade no mundo, além de se configurar como um problema de saúde pública no Brasil (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2007).

Existem diversos fatores de risco relacionados ao seu desenvolvimento como obesidade, tabagismo, alimentação inadequada, diabetes e sedentarismo. Uma das formas de minimizar os riscos causados por esses fatores é a modificação do estilo de vida, adquirindo hábitos mais saudáveis como alimentação adequada e a prática regular de exercício físico (V DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006).

O exercício físico tem sido recomendado tanto como forma não-medicamentosa no tratamento da HAS como também uma medida de prevenção para o desenvolvimento da doença, auxiliando na diminuição dos valores da pressão arterial (PA) de repouso. Isso se deve, de modo geral, aos ajustes fisiológicos do organismo a um trabalho acima dos níveis de repouso (DIRETRIZ DE REABILITAÇÃO CARDÍACA, 2005).

Muitos estudos demonstraram que o efeito positivo do exercício físico sobre a PA de repouso pode ocorrer tanto pela atividade de predominância aeróbia (caminhada, corrida, natação) como através dos exercícios resistidos (treinamento com pesos). (V DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006; FORJAZ et al., 1998; LOPES et al., 2003; RONDON; BRUM, 2003; SILVA et al., 2008; SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DO ESPORTE, 1996). Dessa forma, várias entidades científicas nacionais e internacionais, baseadas em pesquisas realizadas com normotensos e hipertensos, desenvolveram posicionamentos oficiais buscando estabelecer valores mínimos de frequência,

(11)

intensidade e tipos de exercícios suficientes para a melhoria nas condições físicas dessa população específica.

(12)

2 JUSTIFICATIVA

Uma estratégia comumente usada por profissionais da área da saúde, principalmente de Educação Física, é a prescrição de exercícios físicos embasados ou amparados pela literatura. Contudo, devido à diversidade de estudos, principalmente ensaios clínicos relacionados aos benefícios do exercício físico na prevenção ou controle da HAS, muitos profissionais têm buscado os consensos e posicionamentos para prescrição de exercícios físicos, principalmente para populações portadoras de patologias.

Entretanto, apesar das recomendações de exercício físico para hipertensos nos consensos e ou posicionamentos oficiais aparentemente serem semelhantes, existem algumas discrepâncias com relação à intensidade, frequência e até mesmo nos tipos de exercícios a serem realizados. Identificar e entender as semelhanças e diferenças desses documentos pode minimizar alguma insegurança na tomada de decisão da estratégia a ser utilizada para prescrição e/ou orientação de um programa de exercício físico regular para o indivíduo hipertenso.

(13)

3 OBJETIVO

Comparar os principais posicionamentos e consensos nacionais e internacionais, para identificar diferenças e semelhanças em relação à prescrição de exercício/ atividade física para a população hipertensa.

(14)

4 REVISÃO DA LITERATURA

4.1FATORES DE RISCO EDESENVOLVIMENTO DA HAS

A PA pode ser definida como a força exercida pelo sangue nas paredes internas das artérias durante a contração e relaxamento do coração, sendo considera o produto do débito cardíaco pela resistência vascular periférica. Essa pressão não é de forma constante, variando de acordo com a sístole (contração e ejeção de sangue pelo coração) e a diástole (relaxamento das fibras cardíacas) (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2003 p. 317).

A pressão arterial sistólica (PAS) representa a mais alta pressão nas artérias e está relacionada à sístole ventricular cardíaca, ao passo que a pressão arterial diastólica (PAD) representa a menor pressão nas artérias acarretada pela diástole ventricular cardíaca, quando o sangue preenche as cavidades ventriculares (VII JOINT NATIONAL COMMITTEE, 2003).

A elevação crônica de repouso dos valores da PAS e/ou PAD é considerada um fator de risco independente para o desenvolvimento de várias doenças, e esse aumento determina uma doença crônico-degenerativa denominada hipertensão arterial sistêmica. A HAS vem aumentando consideravelmente nos últimos anos, demonstrando uma alta prevalência de 22,3% a 43,9% dos adultos brasileiros (V DIRETRIZES BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006). Seu desenvolvimento é responsável por uma grande parte das internações, chegando a 600 mil indivíduos no período de 2000 a 2004 (V DIRETRIZES BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006).

O VII Joint National Committee (2003) determinou uma classificação para indivíduos acima de 18 anos, de acordo com os níveis de PA (Quadro 1). Essa classificação sofreu algumas alterações no seu ponto de corte devido ao surgimento de doenças cardíacas e de casos de morte entre indivíduos na faixa etária de 40 a 89 anos com valores para PAS e PAD de 115 mmHg e 75 mmHg, respectivamente.

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Tabela1- Classificação da PA para Adultos com Idade Acima de 18 anos

Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg) Estilo de vida

Normal < 120 <80 Mudança sugerida

Pré- Hipertenso 120-139 80-89 Mudança necessária

Hipertensão I 140-159 90-99 Mudança Necessária

Hipertensão II ≥ 160 ≥100 Mudança Necessária

Fonte: VII JNC, 2003

Vários fatores de risco estão relacionados ao desenvolvimento da HAS e podem ser classificados em não controláveis e controláveis. A seguir são apresentados alguns destes fatores de risco e discutidas suas implicações sobre a saúde cardiovascular.

4.1.1 Fatores de Risco Não Controláveis

A PA aumenta linearmente com a idade devido ao processo de enrijecimento das artérias que ocorre com o avançar da idade e dos processos adaptativos nos mecanismos de controle da PA, sendo mais evidente em indivíduos com idade acima dos 40 anos (BRUM, 2006 p. 174).

Em relação ao sexo, a prevalência de HAS é semelhante entre os gêneros, embora haja uma diferença de valores dependendo da faixa etária dos indivíduos, sendo observada, mais precocemente, em homens do que nas mulheres da mesma idade. Isso pode ser explicado, segundo estudos, pela presença dos hormônios sexuais femininos que, aparentemente, parecem protelar o desenvolvimento da doença (BRUM, 2006 p. 173).

Os indivíduos da raça negra têm maior probabilidade de desenvolver a hipertensão, visto que estudos comprovam uma maior sensibilidade ao sódio, maior frequência de comprometimento em órgãos-alvo, maiores níveis de vasopressina plasmática e declínio na resposta renal neste grupo étnico(VII JOINT NATIONAL COMMITTEE, 2003).

(16)

Outro fator é a relação entre HAS e membros da mesma família. O fato é atribuído tanto pela herança genética comum, quanto pela convivência diária, a qual leva a hábitos semelhantes, tais como nível de atividade física, alimentação, estresse e visitas ao médico, embora essa convivência seja um fator controlável. Dessa forma, indivíduos saudáveis têm maior probabilidade de desenvolver HAS se houver casos da doença na família (AMADO, ARRUDA, 2004).

O diabetes tipo II também pode ser considerado um fator de risco não controlável para a HAS, pois a diminuição da resistência à insulina pode elevar a quantidade de insulina disponível, ocasionando vasoconstrição e aumentando a resistência vascular periférica (KOHLMANN JUNIOR, 1999).

4.1.2 Fatores de Risco Controláveis

O tabagismo, segundo Amado e Arruda (2004), contribui com a diminuição do colesterol HDL e induz ainda à resistência ao efeito de drogas anti-hipertensivas. De forma semelhante, o consumo em excesso de bebidas alcoólicas também eleva os valores da PA e reduz o efeito dos remédios (KOHLMANN JUNIOR, 1999).

Outro fator muito importante relacionado à HAS é a obesidade. O tecido adiposo faz com que haja um processo inflamatório nas artérias e essa inflamação diminui a elasticidade vascular, aumentando a resistência vascular periférica e, consequentemente, as chances de desenvolvimento da HAS (BRUM, 2006 p. 173).

Uma alimentação inadequada, com uma maior prevalência de alimentos ricos em sal, auxilia no incremento de valores de PA acima dos normais, pois sua relação está diretamente ligada à retenção líquida e também a alguns distúrbios renais (AMADO; ARRUDA, 2004). Os lipídeos também quando ingeridos em quantidades excessivas podem ajudar no aumento da PA, embora não seja muito clara a forma que isso acontece. São conhecidos, no entanto, os efeitos de uma dieta saudável (ricas em frutas e vegetais) sobre o comportamento dos níveis pressóricos (MOLINA et al, 2003).

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Estudos apontam que a prática regular de exercício físico diminui os valores de PA e que indivíduos ativos têm menos chances de desenvolver HAS do que os inativos (V DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HPERTENSÃO ARTERIAL, 2006; FORJAZ et al., 1998; RONDON; BRUM, 2003; SILVA et al., 2008; SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DO ESPORTE, 1996; LOPES et al., 2003).

Diante dessa realidade, fica clara a necessidade de modificações nos hábitos e no estilo de vida das pessoas para diminuir o desenvolvimento dessa doença considerada como um problema de saúde pública no Brasil (V DIRETRIZES BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2006).

Dentre essas alterações de estilo de vida, o exercício físico tem sido apontado como principal medida não medicamentosa, pois assume aspecto benéfico e protetor no tratamento de doenças cardiovasculares e crônicas (KRINSKI et al., 2006).

4.2INFLUÊNCIAS DO EXERCÍCIO FÍSICO REGULAR NO CONTROLE EPREVENÇÃO DA HAS

O exercício físico é considerado um tipo de atividade física, porém realizado de maneira repetitiva, sistemática e supervisionada, com consequente melhora nas aptidões físicas relacionadas à saúde (resistência cardiorrespiratória, flexibilidade, força e resistência muscular), enquanto a atividade física abrange qualquer tipo de movimento que tenha algum gasto energético, isso inclui atividades como lazer, serviços domésticos, subir escadas, etc. (CASPERSEN et al., 1985).

Um estudo longitudinal em um seguimento de seis a 10 anos de acompanhamento, constatou que a prática regular de exercício físico pode diminuir o risco de desenvolvimento de HAS em até 35%, quando comparado com indivíduos sedentários (PAFFENBARGER, 1983).

Os efeitos fisiológicos do exercício físico podem ser classificados em agudos imediatos, agudos tardios e crônicos. Os efeitos agudos são os que acontecem em associação direta com a sessão de exercício, onde os efeitos agudos imediatos são os que ocorrem durante ou imediatamente após uma sessão de exercício físico, como a elevação da frequência cardíaca, da ventilação pulmonar e

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sudorese. Os efeitos agudos tardios acontecem ao longo das primeiras 24 ou 48 horas (podendo chegar até 72 horas) que se seguem a uma sessão de exercício, um dos exemplos é a hipotensão pós- exercício (HPE) (ARAUJO, 2001). A HPE pode ser identificada na discreta redução dos níveis tensionais, especialmente nos hipertensos, na expansão do volume plasmático, na melhora da função endotelial e na potencialização da ação e aumento da sensibilidade insulínica na musculatura esquelética (MONTEIRO; SOBRAL FILHO, 2004). Os efeitos da HPE são mais vigentes em exercícios aeróbios, devido ao ajustes fisiológicos oriundos desse tipo de treinamento.

Por último, os efeitos crônicos, também denominados adaptações, resultam da exposição frequente e regular às sessões de exercícios e representam aspectos funcionais que diferem um indivíduo fisicamente treinado de outro sedentário, tendo como exemplos típicos a bradicardia relativa de repouso, a hipertrofia muscular, a hipertrofia ventricular esquerda fisiológica e o aumento do consumo máximo de oxigênio (ARAUJO, 2001).

4.2.1 Exercícios Aeróbios

Segundo Negrão et al. (2001), os mecanismos que norteiam a queda pressórica pós treinamento físico aeróbio estão relacionados a fatores hemodinâmicos, humorais e neurais, conforme apresentados a seguir.

Os fatores hemodinâmicos da diminuição da PA estão diretamente relacionados à redução do débito cardíaco que se associa com a queda da frequência cardíaca. Existem também evidências de que essa diminuição na PA ocorre em decorrência da redução da resistência vascular periférica. Já os fatores humorais são os responsáveis pelo aumento da atividade dos hormônios noradrenalina e adrenalina causando uma vasodilatação das artérias, diminuído a resistência vascular periférica. Existe também uma correlação positiva entre a queda da pressão arterial após o treinamento físico aeróbio e a melhora da sensibilidade à insulina.

O treinamento físico pode modular a atividade nervosa simpática para o coração e vasos periféricos, diminuindo a frequência cardíaca, explicando,

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pelo menos em parte, a contribuição dos fatores neurais à diminuição dos valores pressóricos (NEGRÃO et al., 2001).

4.2.2 Exercícios Resistidos

Os exercícios resistidos caracterizam-se por exercícios nos quais ocorrem contrações voluntárias da musculatura esquelética de um determinado segmento corporal contra uma força que se opõe ao movimento e essa oposição pode ser oferecida pela própria massa corporal, por pesos livres ou por outros equipamentos, como aparelhos de musculação, elásticos, ou resistência manual (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2003 p. 525-526). Esses treinamentos dependendo da finalidade exigem uma intensidade adequada, sendo que para a melhora da resistência muscular a intensidade deve ser moderada variando de 40% a 60% da carga voluntária máxima (CVM) e com várias repetições máximas (20 a 30). Já quando o objetivo é a hipertrofia muscular a intensidade dos exercícios deve ser mais intensa com valores acima de 70% da CVM e com repetições entre oito e 12 (FORJAZ et al., 2003).

Quanto ao treinamento resistido para indivíduos hipertensos a literatura ainda apresenta muitas discordâncias. Estudo descreve esse tipo de atividade como imprópria para essa população específica (BLUMENTHAL, 1991). Isso se deve, principalmente, pelo aumento dramático da PA durante os exercícios resistidos de alta intensidade, e esse aumento se torna maior do que os benefícios gerados pela HPE desse treinamento. Esse aumento pode ser explicado, em partes pela pressão contraída sobre os vasos sanguíneos e a elevação da pressão intratorácica gerada, na maioria das vezes, pela Manobra de Valsalva (FORJAZ et al., 2003).

Os mecanismos responsáveis pela redução da PA após os tais exercícios ainda não estão bem esclarecidos, mas parecem depender da intensidade, volume, massa muscular envolvida nos exercícios, período de monitorização e valores iniciais da PA, visto que existem fortes indicativos que estes fatores influenciam a resposta da resistência total periférica e do debito cardíaco. (POLITO; FARINATTI, 2003).

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4.3COMPARAÇÃO DOS PRINCIPAIS CONSENSOS EPOSICIONAMENTOS

4.3.1 Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (1996)

Esse consenso foi publicado no ano de 1996 na Revista Brasileira de Medicina do Esporte e usa para análise nove referências bibliográficas e entre elas o Colégio Americano de Medicina do Esporte de 1994 para indivíduos saudáveis e a Organização Mundial da Saúde de 1995 que trata sobre exercício físico e saúde. O artigo defende que a atividade física traz benefícios significativos mesmo sendo com intensidade relativamente baixa como aquelas comuns do nosso cotidiano, diminuindo o risco de adquirir alguma doença na medida em que essa atividade aumenta. Para programas regulares de exercícios físicos, sugere-se que o ideal é sempre dividir o tempo total gasto com exercícios, em atividades que envolva movimentos de flexibilidade, aeróbio e de sobrecarga muscular.

Para a parte aeróbia o consenso sugere atividades preferencialmente diárias, com duração mínima de 30 a 40 minutos, utilizando a frequência cardíaca para determinar a intensidade do exercício. Antes de iniciar o programa de exercício recomenda-se realizar uma avaliação médica.

Os exercícios de sobrecarga são mais importantes a partir dos 40 anos de idade. Devem ser realizados por pelo menos duas ou três vezes na semana, com predominância dos maiores grupos musculares, com seis a oito tipos de exercícios realizados em uma série com 10 a 12 repetições. Existe também a possibilidade de realizar duas séries com cinco a seis repetições com pequenos intervalos entre elas, sendo suficientes para a manutenção e aprimoramento da massa muscular e óssea, e ocupando menor tempo para a realização, contribuído assim, para uma maior aderência dos indivíduos ao treinamento.

Por fim, recomenda-se para melhoria ou manutenção da flexibilidade, realizar exercícios que envolvam os principais movimentos musculares, realizados lentamente, até causar ligeiro desconforto, para então ser mantidos por 10 a 20 segundos, devendo ser praticados antes e/ ou depois da parte aeróbia.

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4.3.2 I Consenso Nacional de Reabilitação Cardiovascular (1997)

Para esse consenso, apresentado nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia em 1997 os aspectos consideráveis relacionado à Hipertensão são: exercícios regulares com predominância dos isotônicos (aeróbios) que ativam os grandes grupos musculares como a marcha e a corrida para indivíduos mais condicionados, e também a prática moderada de exercícios como natação e ciclismo. Esse posicionamento utilizou 128 referências além de algumas leituras adicionais como base para sua realização.

4.3.3 Sociedade Egípcia de Hipertensão Arterial (1998)

A Sociedade Egípcia aponta a inatividade física como responsável pelo aumento do risco de doenças coronarianas, e a realização de atividade física regular produz um efeito favorável sobre vários outros fatores de risco tais como diabetes, hipertensão e obesidade.

É recomendado que todos os adultos realizem exercícios físicos, durante pelo menos 30 minutos por dia, como por exemplo, caminhar, andar de bicicleta, por, de três a quatro vezes na semana com uma intensidade moderada. Essa atividade deve ser realizada de maneira individualizada, para obter um melhor acompanhamento do paciente.

Esse posicionamento não apresenta o número de referências utilizadas para a sua realização.

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4.3.4 III Consenso Brasileiro Para o Tratamento da Hipertensão Arterial (1999)

Esse consenso, publicado em 1999 nos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabolismo reúne em seu contexto 50 referências e indica que a prática de exercícios regulares diminui a PA, auxiliando também no controle de peso, tratamento de dislipidemias, do tabagismo, da tensão emocional, da resistência à insulina e uma possível redução do risco de desenvolver hipertensão. Esses exercícios devem ser de predominância aeróbia (marcha rápida, corrida, ciclismo, natação e alguns outros esportes) com duração de 30 a 45 minutos de três a cinco vezes na semana. Sua intensidade pode ser realizada com valores entre 50% e 70% da freqüência cardíaca de reserva (FCres) ou 50% e 70% do VO2max.

Para exercícios com intensidade maior ou em indivíduos acima de 35 anos a

avaliação médica precedente é recomendada. Os exercícios isométricos, como o treinamento com peso não são

recomendados para indivíduos hipertensos.

4.3.5 Consenso Latino Americano Sobre Hipertensão Arterial (2001)

Esse consenso publicado no Journal of Hypertension em 2001 baseia-se em mais de 200 referências e defende que a prática de exercícios aeróbios regulares auxilia na diminuição não somente da PA como também o risco de doenças cardiovasculares e a mortalidade global. O risco de desenvolver HAS aumenta de 20% a 50% em indivíduos sedentários. A indicação latino americana é exercitar-se de 30 a 45 minutos por no mínimo três vezes na semana (com intensidade de 40% a 60% do consumo máximo de oxigênio). Esses exercícios podem auxiliar no metabolismo lipídico (aumentando o HDL e a diminuição dos triglicerídeos), no aumento da sensibilidade à insulina e até mesmo na diminuição da vontade de fumar.

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4.3.6 Sociedade Japonesa de Hipertensão (2001)

No posicionamento dessa Sociedade, publicado em 2001 com aproximadamente 100 estudos utilizados como referências, os autores defendem a prática de exercícios aeróbios contínuos por 30 minutos de preferência todos os dias da semana com intensidade de 50% do consumo máximo de oxigênio. Para aqueles pacientes com casos de doenças cardiovasculares é indicada uma avaliação médica antes da iniciação de qualquer programa de atividade física regular.

4.3.7 Sociedade Espanhola de Cardiologia e Hipertensão Arterial (2003)

Esse artigo com 58 referências, apresenta várias informações relacionadas a tratamento farmacológico, associações entre HAS e outras patologias, mas apenas coloca, de maneira bem resumida, que para a melhora na qualidade de vida e controle da doença, os indivíduos hipertensos devem realizar exercícios físicos regulares, sem determinar os indicativos necessários para a prescrição correta de exercício físico (intensidade, frequência, tipo de exercício, duração).

4.3.8 VII Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure (2003)

Publicado em 2003, trata-se de uma junta formada por várias entidades buscando a prevenção, detecção e o tratamento da PA. Com aproximadamente 80 referências essa diretriz adota alguns exemplos de modificações necessárias para um controle apropriando da HAS, como uma alimentação adequada, diminuição do consumo de bebidas alcoólicas e a prática regular de atividade física. A caminhada é recomendada como um exercício mais

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indicado e deve ser realizado na maioria dos dias da semana com uma duração de 30 minutos por dia.

4.3.9 Colégio Americano de Medicina do Esporte (2004)

Este posicionamento é um dos mais abrangentes em termos de exercício e HAS. Foi publicado em 2004 no Medicine e Science in Sports e Exercise com uma ampla base bibliográfica de 284 referências. Os exercícios aeróbios são indicados como um meio para a diminuição da PA e também como ferramenta no tratamento da HAS. É recomendada uma avaliação médica antes de iniciar qualquer tipo de exercício sistematizado.

A determinação é que sejam realizados exercícios regulares, preferencialmente todos os dias da semana, com intensidade moderada (40% a 60% do VO2 de reserva) com duração de 30 minutos contínuo ou acumulado.

Essa prescrição de exercício pode ser complementada com exercícios resistidos utilizando as recomendações do ACSM de 1998 para adultos saudáveis (duas a três vezes por semana, oito a 10 grupos musculares e com oito a 12 repetições máximas).

4.3.10 III Consenso Uruguaio de Hipertensão Arterial (2005)

Um documento amplo que tem suas referências divididas por assuntos. Em relação ao exercício físico, utiliza 11 estudos. Essa entidade divide a prevenção da HAS em duas partes, a primária e a secundária. A Primária se resume no trabalho de conscientização de crianças e adolescentes da importância do exercício fisco no controle da PA. A secundária defende a realização de 30 a 60 minutos diária de atividade física, seis a sete vezes por semana, sendo que desses, 30 a 40 minutos de exercícios aeróbios moderado.

Acredita-se que o exercício combinado com a dieta é mais eficaz do que a dieta isoladamente melhorando o tratamento farmacológico. Esses exercícios

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podem ser a caminhada, natação e até mesmo futebol, além de serem complementados com treinamento resistido.

4.3.11 V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (2006)

Publicada em 2006, pela Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade Brasileira de Cardiologia e Sociedade Brasileira de Nefrologia é um consenso mais direcionado para hipertensos e utiliza quase 300 referências bibliográficas tanto nacionais como internacionais. Essa diretriz aponta que o sedentarismo aumenta a incidência de HAS em até 30%, sendo que exercício aeróbio apresenta efeito hipotensor maior em indivíduo hipertenso do que normotenso e que exercício resistido também obtém um bom resultado só que em proporções menores que o aeróbio. Os exercícios aeróbios são recomendados para todos os indivíduos hipertensos, mesmos os que fazem tratamento medicamentoso. Os exercícios regulares diminuem o risco de desenvolvimento de doença coronariana, acidentes vasculares cerebrais e mortalidade geral.

É recomendado que todos os indivíduos realizem pelo menos 30 minutos (para emagrecimento o tempo mínimo deve ser de 60 min.) de atividade física moderadas de forma contínua ou acumulada entre três a cinco dias da semana. A indicação é para exercícios aeróbios (caminhada, ciclismo, dança, natação).

A intensidade pode ser determinada pela respiração, cansaço subjetivo ou pela frequência cardíaca com limite inferior e superior de 50% e 70% para sedentários e 60% e 80% para condicionados respectivamente (a frequência cardíaca máxima é determinada pela fórmula: 220-idade).

Há a indicação também de exercícios resistidos com sobrecarga de 50% a 60% de uma repetição máxima (RM) e esse exercício deve ser interrompido quando a velocidade do movimento diminuir (antes da fadiga concêntrica, momento onde o indivíduo não consegue mais realizar os movimentos).

(26)

4.3.12 Guia de Hipertensão Arterial da África do Sul (2006)

Esse Guia com mais de 100 referências publicado no ano de 2006, coloca a importância de uma avaliação médica antes de iniciar qualquer atividade física. O exercício físico é recomendado como tratamento não medicamentoso e deve ser realizado com uma duração de 30 minutos podendo ser contínuos ou acumulados, na maioria dos dias da semana, se possível, realizá-lo todos os dias da semana, com uma intensidade moderada com 40%-60% do consumo de oxigênio de pico (VO2 pico). Esses exercícios realizados de maneira fracionada ou contínua,

podem diminuir os valores pressóricos entre quatro e nove mmHg. O exercício

sugerido é a caminhada.

4.3.13 Sociedade Argentina de Cardiologia (2007)

Utilizando mais de 300 referências, a Sociedade Argentina de Cardiologia coloca o exercício físico como um importante e independente aliado no controle da HAS, auxiliando também na diminuição do peso corporal. É consenso para a esta sociedade que se praticado 30 a 45 minutos diários na maioria dos dias da semana, o exercício induz um contínuo declínio entre seis e sete mmHg na PAS e PAD, respectivamente.

4.3.14 Organização Mundial da Saúde (2007)

A Organização Mundial da Saúde relata que vários estudos apontam a atividade física como um fator auxiliar no controle da PA, controle do peso corporal, aumento da sensibilidade a insulina, etc.

Em resumo, a vida sedentária está associada a aumento do risco de doença cardiovascular. Além disso, a atividade física está associada à redução do

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risco de doenças cardíacas coronárias tanto em homens como em mulheres de meia idade quanto em idosos. Essa atividade pode ser uma atividade diária de intensidade moderada como, por exemplo, a caminhada, ou atividades de lazer como a jardinagem.

Esse posicionamento não está apenas relacionado a HAS mas também à doenças cardiovasculares tendo como bagagem para a sua elaboração 402 referências bibliográficas.

4.3.15 Sociedade Européia de Cardiologia (2007)

 

Com a utilização de 825 referências, essa sociedade defende que a realização de exercício físico aeróbio regular diminui tanto a PAS como a PAD, sendo essa redução mais observada em indivíduos hipertensos do que em normotensos. Preconiza a prática diária de 30 a 45 minutos de exercícios com predominância aeróbia (correr, caminhar, nadar) de intensidade moderada suplementada com exercícios resistidos.

4.3.16 Grupo de Controle de Hipertensão Arterial da Arábia Saudita (2007)

Para essa entidade as modificações do estilo de vida são muito importantes, como uma alimentação adequada com baixo teor de sal (menos que seis gramas de cloreto de sódio/dia), diminuição do consumo de álcool, aumento na ingestão de frutas e a realização de exercícios físicos regulares por 30-45 minutos em pelo menos três ou quatro dias da semana.

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4.3.17 Sociedade Canadense de Hipertensão (2008)

 

A proposta canadense serve tanto para indivíduos normotensos, diminuindo as chances de se tornarem hipertensos, como para aqueles que já são hipertensos auxiliando na diminuição da PA. Embora não apresente o número de referências utilizadas, essa proposta resume-se em exercícios dinâmicos (caminhadas, ciclismo, natação), quatro a sete dias da semana, com duração de 30 a 60 minutos, com intensidade moderada, sendo desnecessária uma intensidade muito elevada, não demonstrando melhores resultados do que com intensidade moderada.

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4 METODOLOGIA

Tratou-se de um estudo de revisão da literatura de publicações nacionais e internacionais, no qual foi realizada uma busca nas bases de dados Google Acadêmico, MEDLINE (National Library of Medicine), LILACS (Literatura

Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e SCIELO (Scientific Eletronic Library On-line) dos principais consensos e posicionamentos nacionais e

internacionais relacionados à HAS e exercício físico sem limite de data até novembro de 2009.

Para tanto, foram utilizados os termos hipertensão arterial, exercício físico, atividade física, consensos e posicionamentos nos idiomas português, espanhol e inglês. Não foram atribuídos, para esses estudos, critérios de exclusão, pois as limitações nas determinações dos exercícios/atividade física propostos foram alguns dos requisitos analisados nesse trabalho.

Para serem incluídas nesse trabalho, as publicações deveriam ser consensos e posicionamentos oficiais e relacionar exercício físico com hipertensão ou doenças cardíacas, além de tratar-se apenas de indivíduos adultos.

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Tabela 2- Relação dos principais consensos nacionais e internacionais, considerando o tipo de exercício, duração, intensidade, frequência e treinamento resistido.

CONSENSO ATIVIDADE DURAÇÃO INTENSIDADE FREQUÊNCIA TREINAMENTO RESISTIDO

Sociedade Brasileira De Medicina Do Esporte (1996) Aeróbios, flexibilidade 30-40 min. Intensidade relativamente baixa, baseada na FCmáx

Diariamente 2-3 x por sem, grandes grupos

musculares e uma série com 10 a 12 repetições ou 2 séries de 5 a 6

repetições I Consenso Nacional de Reabilitação

Cardiovascular (1997)

Caminhada, corrida, natação e ciclismo

Moderada Regularmente

Sociedade Egípcia de HA (1998) Caminhada, ciclismo 30 min. Moderada

(individualizada)

3-4 x por sem.

III Consenso Brasileiro Para o Tratamento da HA (1999) Caminhada, corrida,ciclismo, natação, esportes 30-45 min. 50-70% do VO2max ou 50-70% da FCres

3-5 x por sem. Não é recomendado

Consenso Latino Americano Sobre HA (2001)

Caminhada 30-45 min. 40-60% do VO2max 3 x por sem.

(Mínimo)

Sociedade Japonesa de HA (2001) Caminhada, corrida,

natação

30 min. 50% VO2max Diariamente

Sociedade Espanhola de Cardiologia e HA (2003)

Exercício físico Regularmente

Joint National Committee (2003) Caminhada 30 min. Maioria dos

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Tabela 2 cont.- Relação dos principais consensos nacionais e internacionais, considerando o tipo de exercício, duração, intensidade, frequência e treinamento resistido.

CONSENSO ATIVIDADE DURAÇÃO INTENSIDADE FREQUÊNCIA TREINAMENTO RESISTIDO

Colégio Americano de Medicina do Esporte (2004)

Aeróbios 30 min.

contínuos ou acumulados

40-60% VO2R Diariamente 2-3 x por sem., 8-10 grupos

musculares, 8 a 12 repetições**

III Consenso Uruguaio de HA (2005) Caminhada, natação,

futebol

30-60 min. Moderada 6-7 x por sem. Complementação

V Diretrizes Brasileira de HA (2006) Caminhada, ciclismo,

dança, natação,

30-60 min. 50-70% FCmáx sed.

60-80% da FCmáx.

ativos

3-5 x por sem. 50-60% 1RM (deve ser

interrompido antes da fadiga concêntrica)

Guia de HA da África do Sul (2006) Aeróbios 30 min. 40-60% VO2 pico Diariamente

Sociedade Argentina de HA (2007) Aeróbios 30-45 min. Maioria dos

dias da sem. Organização Mundial da Saúde

(2007)

Caminhada, jardinagem

Moderada Diariamente

Sociedade Européia de Cardiologia (2007)

Caminhada, corrida, natação

30-45 min. Moderada Diariamente Complementação

Grupo de Controle de HA da Arábia Saudita (2007)

30-45 min. 3-4 x por sem.

Sociedade Canadense de HA (2008) Caminhada, corrida

ciclismo, natação

30-60 min. Moderada 4-7 x por sem.

min= minutos; VO2max= consumo máximo de oxigênio; sem= semana; FCmax= frequência cardíaca máxima; FCres= frequência cardíaca de reserva sed=

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5 DISCUSSÃO

Foram encontrados 17 documentos que abordam aspectos relacionados a exercício físico e HAS, sendo quatro nacionais e 13 internacionais.

Considerando esses documentos, existe quase uma unanimidade na prescrição de atividades com predominância aeróbia para o controle da HAS. Essa recomendação pode ser comprovada em vários estudos que demonstraram através de ensaios clínicos os benefícios da prática de exercícios/atividade aeróbios na diminuição e controle da PA (FORJAZ et al, 1998; RONDON; BRUM, 2003).

A caminhada é o exercício mais apontado entre os consensos para atingir benefícios à saúde. Isso se deve, em geral, ao envolvimento de grandes grupamentos musculares nessa atividade, podendo gerar maiores concentrações de íons e metabólitos que aparentemente estão relacionados com a HPE, como adenosina e potássio (CASONATTO; POLITO, 2009), além disso devemos considerar que a caminhada é um tipo de exercício de fácil aplicabilidade e acessível a maioria das pessoas.

Apenas o Grupo de Controle de HA da Arábia Saudita (2007) e a Sociedade Espanhola de HA (2003) não exemplificaram o tipo de exercício mais recomendado para o controle da HAS. Por outro lado, o III Consenso Uruguaio de HA (2005) incluiu o futebol como uma atividade recomendada. Contudo, esse esporte pode ser considerado um pouco complicado para realizá-lo com uma intensidade moderada como tal consenso preconiza, devido aos picos de corridas que uma partida de futebol proporciona aos seus adeptos, além de ser um esporte que poderá acarretar em algum tipo de problemas ao indivíduo hipertenso, como por exemplo, uma parada cardíaca dependendo da intensidade do esforço. Outra atividade difícil de determinar uma intensidade fixa é a jardinagem, citada pela Organização Mundial da Saúde (2007). Isso se deve ao fato de não exemplificar qual tipo de jardinagem seria a mais indicada, como um simples cuidado com flores ou atividades mais elevadas como carpir, cortar ou desbastar árvores e gramas.

Em relação à frequência semanal para a realização dos exercícios físicos em hipertensos, pode-se considerar que praticamente todos os documentos citados sugerem sessões na maioria ou, preferencialmente, todos os dias da semana. De acordo com Brandão e Brum (2003), alguns autores apontam que sete

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sessões por semana sejam a frequência ideal, enquanto para outros não há benefício adicional em mais do que três sessões semanais. Silva e Lopez (2001) afirmam que para diminuir os valores da PA é recomendável uma frequência mínima de três vezes por semana, sendo que frequências maiores produzem efeito hipotensor ainda maior.

Somente os posicionamentos Grupo de Controle de HA da Arábia Saudita (2007), III Consenso Brasileiro para o Tratamento de HA (1999) e as V Diretrizes Brasileira de HA (2006) determinam um número máximo de frequência semanal, estipulando quatro ou cinco dias na semana como o limite superior para a realização correta, divergindo em partes dos demais que indicam apenas a quantidade mínima. Isso pode ser explicado, em partes pelos efeitos agudos tardios dos exercícios aeróbios, já citados anteriormente, podendo levar a uma redução dos valores da PA por 24, 48 ou até 72 horas após sua realização (ARAUJO, 2001). A Sociedade Espanhola de HAS (2003) apenas determina que sejam realizados exercícios regulares.

Nesse contexto, mesmo que não haja uma convergência quanto à frequência adequada, os autores parecem concordar que três sessões semanais seja o mínimo para serem observados os benefícios desejados.

Quanto à intensidade ideal para um adequado resultado no tratamento não-farmacológico da HAS, muitos posicionamentos afirmam que um exercício físico moderada é o mais indicado. Os consensos Sociedade Argentina de HA (2007), Grupo de Controle de HA da Arábia Saudita (2007), Joint National

Comittee (2003) e a Sociedade Espanhola de HA (2003) não descreveram a

intensidade adequada. Outros consensos, tais como a Sociedade Japonesa de HA (2001), O III Consenso Brasileiro para o tratamento de HA (1999) e o Consenso Latino Americano sobre HA (2001), vão além e condicionam esses exercícios baseados em porcentagens estimadas do VO2máx (entre 40% e 70%). As V Diretrizes

Brasileiras de HA (2006) classificam intensidades diferentes para pessoas sedentárias, mas baseada na frequência cardíaca máxima, sendo de 50% a 70% para os sedentários e pessoas ativas entre 60% a 80% da FCmáx. Além do VO2máx e

da FCmáx encontram-se também entre os posicionamentos o uso do VO2pico (GUIA

DE CONTROLE DE HAS DA ÁFRICA DO SUL, 2006) e o VO2 de reserva

(COLÉGIO AMERICANO DE MEDICINA DO ESPORTE, 2004) como determinante de intensidade.

(34)

Estudos apontam que os exercícios físicos realizados em diferentes intensidades não provocam efeitos hipotensores diferentes entre os indivíduos, e mesmo com uma intensidade leve, podem ser observados resultados satisfatórios (FORJAZ, 2000; IRIGOYEN et al., 2003; NEGRÃO; BRANDÃO, 2001; NEGRÃO; FORJAZ, 2000). O treinamento físico de baixa intensidade já é suficiente para causar uma redução significante da resistência vascular periférica, determinada por redução da vasoconstrição, e também uma melhora da função endotelial e/ou alterações estruturais da microcirculação (IRIGOYEN et al., 2003). Dessa forma, o exercício de baixa intensidade pode ser uma estratégia interessante a ser adotada, principalmente para iniciantes, pois é menos desgastante e possibilita maior adesão das pessoas à sua prática.

Para todos os documentos analisados houve a concordância de que a duração do treinamento físico deve ser de, no mínimo, 30 minutos. Nenhum posicionamento considerou duração superior a 60 minutos. Forjaz et al. (1998), por exemplo, em um estudo com um protocolo experimental realizado com 10 indivíduos normotensos, verificaram que uma sessão de exercício físico mais prolongada provoca resposta hipotensora maior que uma sessão de exercício mais curta. Os resultados mostraram que o exercício dinâmico (cicloergômetro) com duração de 45 minutos provocou queda pressórica mais acentuada e duradoura que o exercício com duração de 25 minutos. Outro estudo semelhante, mas realizado com homens normotensos e hipertensos, verificou que uma série de 10 minutos de caminhada na esteira não alterava o comportamento da PA no período pós-exercício. Contudo, a somatória de cinco séries desse mesmo exercício provocava diminuição significante nesse comportamento cardiovascular (BENNET et al., 1984).

O Colégio Americano de Medicina do esporte (2004) e o Guia de HA da África do Sul (2006) mencionam a possibilidade de realizar esses exercícios de forma contínuos ou acumulados. Os exercícios fracionados podem ser uma estratégia interessante para pessoas que não dispõem de muito tempo para a prática de exercício físico regular sendo ainda, considerado um método seguro e eficaz para os indivíduos hipertensos (MATSUDO, 2005).

A maioria dos consensos não cita o treinamento resistido como uma opção para o controle da HAS, e outros como o III Consenso Uruguaio de HA (2005) e a Sociedade Européia de HA (2007), apenas colocam como uma forma de complementação para o exercício. Somente o Colégio Americano de Medicina do

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Esporte (2004), a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (1996) e as V Diretrizes Brasileiras de HA (2006) especificam esse tipo de treinamento, determinando as séries, repetições, intensidades e exercícios ideais para serem praticados por hipertensos ou mesmo para pessoas saudáveis.

O III Consenso Brasileiro Para o Tratamento da HA (1999) coloca o treinamento resistido como não recomendado para o tratamento da HAS. Contudo, estudos demonstraram redução significativas tanto na PAS como da PAD (GERAGE et al., 2007, PESCATELLO et al., 1999), outros demonstraram redução apenas da PAS (TAYLOR et al., 2003; TERRA et al, 2008) ou apenas da PAD (HARRIS; HOLLY, 1987), além de estudos que não encontraram alterações significantes na PAS e PAD após o treinamento resistido (FORJAZ et al, 2000; YOSHIZAWA et al 2009). De modo geral podem-se prescrever os exercícios resistidos de uma forma que contemple grandes grupos musculares, com uma intensidade de 40% a 60% e uma RM.

Essas discordâncias podem em parte, serem explicadas pela falta de evidências de quais os mecanismos exatos que regulam a diminuição ou aumento da PA após um treinamento resistido em hipertensos, o que torna ainda mais divergentes as recomendações para a prática desse tipo de exercício físico. Em uma revisão sistemática com metanálise Schiavoni (2009), não encontrou evidências suficientes quanto à efetividade do treinamento resistido na redução da PA de repouso para hipertensos, apontando ainda, que os estudos que avaliaram os possíveis mecanismos que regulam a PA nesse tipo de exercício não encontraram reduções significantes na PAS e/ou PAD.

(36)

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Há unanimidade em relação à importância do exercício físico no controle e na prevenção da HAS. Mesmo com algumas diferenças entre os consensos, pode-se concluir que a maioria dessas recomendações segue uma linha de orientações semelhantes. O exercício físico regular deve, preferencialmente, ser realizada no mínimo três dias da semana, com intensidade moderada (40% a 70% do VO2máx ou da FCmáx) e duração mínima de

30 minutos por sessão, variando até um máximo de 60 minutos sendo a caminhada o exercício mais eficaz para atingir o objetivo desejado.

Os exercícios resistidos não foram muito citados, talvez pela divergência ainda encontrada nas pesquisas científicas relacionadas a essa temática. Entretanto sugere-se que seja realizado com frequência de três dias da semana, contemplando grandes grupos musculares e com uma intensidade variando entre 50% à 60% de uma RM. É importante apontar que tanto os resistidos como os aeróbios poderão ser ajustados de acordo com as respostas fisiológicas de cada indivíduo.

Podemos considerar que alguns estudos deixaram lacunas quando citaram suas recomendações, pois não abordaram as especificidades referentes à realização correta desse treinamento (intensidade, tipo de exercício ou duração), com isso, os profissionais que, por ventura, vierem utilizar esses estudos, poderão deparar-se com alguma insegurança ou dúvida em relação à forma correta para a prescrição de exercício físico para a população hipertensa.

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Referências

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