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Tribunal da Função Pública

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Academic year: 2021

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Tribunal

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Tribunal

da Função Pública

H

ISTORIAL

Para construir a Europa, alguns Estados (atualmente vinte e oito) celebra-ram entre si tratados que instituícelebra-ram as Comunidades Europeias, e, mais tarde, uma União Europeia, dotadas de instituições que adotam normas jurídicas em determinados domínios, que se integram diretamente nas or-dens jurídicas nacionais. Com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, em 1 de dezembro de 2009, a União Europeia, agora dotada de personalidade jurídica, substituiu a Comunidade Europeia.

O Tribunal de Justiça da União Europeia constitui a instituição ju-risdicional da União. É composto por três jurisdições: o Tribunal de Justiça, o Tribunal Geral e o Tribunal da Função Pública. Com base no Tratado de Nice, que entrou em vigor em 1 de fe-vereiro de 2003 e que previa a criação de câmaras jurisdicio-nais em determinados domínios específicos, o Conselho da União Europeia decidiu, em 2004, criar o Tribunal da Função Pú-blica, cuja missão é decidir os litígios entre a União Europeia e os seus agentes.

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OMPOSIÇ ÃO

O Tribunal da Função Pública é composto por sete juízes no-meados pelo Conselho, por um período de seis anos renová-vel, após convite para a apresentação de candidaturas e pare-cer de um comité instituído para tal fim. A estes juízes podem ainda juntar-se juízes interinos, chamados a suprir a ausência de juízes titulares que estejam impedidos de participar na re-solução das causas.

Ao nomear os juízes sob proposta do comité, o Conselho o Con-selho procura a composição equilibrada do Tribunal da Função Pública numa base geográfica e uma representação dos siste-mas jurídicos nacionais tão ampla quanto possível.

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Os juízes do Tribunal da Função Pública designam de entre si, por um pe-ríodo de três anos, renovável, o respetivo presidente.

O Tribunal da Função Pública funciona em secções de três juízes. Todavia, quando a dificuldade ou a importância das questões de direito o justifi-quem, um processo pode ser remetido ao tribunal pleno. Além disso, em casos determinados pelo seu Regulamento de Processo, o Tribunal pode-rá funcionar em secção de cinco juízes ou em formação de juiz singular. Os juízes nomeiam um secretário por um mandato de seis anos.

O Tribunal da Função Pública dispõe da sua própria Secretaria, mas utiliza os serviços do Tribunal de Justiça para assegurar o seu funcionamento ad-ministrativo e linguístico.

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OMPE TÊNCIA

O Tribunal da Função Pública é, no âmbito da instituição jurisdi-cional da União Europeia, a jurisdição especializada no domínio do contencioso da função pública da União Europeia, competên-cia anteriormente exercida pelo Tribunal de Justiça, e seguida-mente, a partir da sua criação em 1989, pelo Tribunal Geral.

É competente para conhecer em primeira instância dos litígios entre a União Europeia e os seus agentes por força do disposto no artigo 270.° TFUE, o que representa, em consequência, cerca de 150 processos por ano, para um pessoal das instituições, órgãos e organismos da União Europeia próximo das 40 000 pessoas. Es-tes litígios têm por objeto não só questões relativas às relações laborais propriamente ditas (remuneração, evolução da carreira, recrutamento, medidas disciplinares, etc.), mas igualmente ao re-gime de segurança social (doença, velhice, invalidez, acidentes de trabalho, abonos de família, etc.).

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É igualmente competente para os litígios relativos a determinadas cate-gorias de pessoal específicas, designadamente o pessoal do Eurojust, do Europol, do Banco Central Europeu, do Instituto de Harmonização no Mercado Interno (IHMI) e do Serviço Europeu para a Ação Externa. Em con-trapartida, não tem competência para conhecer dos litígios que opõem as administrações nacionais aos respetivos agentes. As decisões proferidas pelo Tribunal da Função Pública podem, no prazo de dois meses, ser obje-to de recurso, limitado às questões de direiobje-to, para o Tribunal Geral. As de-cisões do Tribunal Geral sobre estes recursos podem, por sua vez, ser ob-jeto de reapreciação pelo Tribunal de Justiça em condições excecionais.

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R AMITAÇ ÃO PROCESSUAL

A tramitação processual no Tribunal da Função Pública é regida por dispo-sições do Estatuto do Tribunal de Justiça, em especial as contidas no seu anexo I, pelo seu Regulamento de Processo, bem como por textos adjacen-tes (todos os textos são retomados em www.curia.europa.eu).

Em princípio, a tramitação processual compreende uma fase es-crita e uma fase oral.

Fase escrita

Uma petição redigida por um advogado e dirigida à Secretaria dá início ao processo. A sua apresentação pode ser feita através da aplicação e-Curia. O secretário notifica a petição à parte contrária. Esta dispõe do prazo de dois meses para apresentar uma contestação.

O Tribunal da Função Pública pode decidir que é necessária se-gunda troca de articulados escritos.

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Qualquer pessoa que demonstre um interesse na resolução de um litígio submetido ao Tribunal da Função Pública, bem como as instituições, órgãos ou organismos da União Europeia e os Esta-dos-Membros podem intervir no processo. O interveniente apre-senta um articulado no qual expõe as razões por que entende que os pedidos de uma das partes devem ser deferidos ou indeferi-dos, articulado esse a que estas últimas podem em seguida res-ponder. O interveniente pode igualmente apresentar as suas ob-servações durante a fase oral.

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Fase oral

Durante a fase oral realiza-se normalmente uma audiência pública. No de-curso da audiência os juízes podem fazer perguntas aos representantes das partes e, se for caso disso, às próprias partes. O juiz-relator elabora um relatório preparatório da audiência que contém os elementos essenciais do processo e indica os aspetos sobre os quais as partes devem concentrar as suas alegações. Este documento é posto à disposição do público na lín-gua do processo.

Os juízes deliberam com base no projeto de acórdão elaborado pelo juiz--relator. O acórdão é proferido em audiência pública.

Despesas da instância

O processo no Tribunal da Função Pública está isento de despe-sas. Em contrapartida, as despesas do advogado habilitado a plei-tear perante uma jurisdição de um Estado-Membro, através do qual as partes se devem fazer representar, não correm por con-ta do Tribunal da Função Pública. No encon-tanto, uma parte que não possa fazer face às despesas da instância pode requerer assistên-cia judiciária.

Resolução amigável dos litígios

Em qualquer fase do processo, incluindo a partir da apresentação da petição, o Tribunal da Função Pública pode tentar facilitar a re-solução amigável dos litígios.

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Processo de medidas provisórias

O recurso interposto no Tribunal da Função Pública não tem por efeito sus-pender a execução do acto recorrido. O Tribunal pode todavia ordenar a suspensão da sua execução ou decretar outras medidas provisórias. O pre-sidente do Tribunal da Função Pública ou, se for caso disso, outro juiz (na qualidade de juiz das medidas provisórias) decide sobre tal pedido me-diante despacho fundamentado.

Só podem ser concedidas medidas provisórias se estiverem preenchidos três requisitos:

1. o recurso deve, à primeira vista, afigurar-se procedente;

2. o requerente deve especificar as razões da urgência das medidas, demonstrando que sem a sua adoção sofreria um prejuízo grave e irreparável;

3. as medidas provisórias devem ser ordenadas ponderando os inte-resses das partes e o interesse geral.

O despacho tem caráter provisório e não prejudica a decisão do Tribunal da Função Pública no processo principal. Por outro lado, pode ser objeto de recurso para o presidente do Tribunal Geral.

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Regime linguístico

A língua utilizada na petição, que pode ser uma das 24 línguas oficiais da União Europeia, é a língua do processo.

Os debates na fase oral são objeto de interpretação simultânea, consoante as necessidades, em diferentes línguas oficiais da União Europeia. Os juízes deliberam, sem intérpretes, numa língua comum, que é o francês.

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Petição

Notificação da petição ao demandado pela Secretaria

Comunicação da acção ou recurso no Jornal Oficial da União

Europeia (série C)

(publicação do objeto e dos pedidos formulados na petição, disponível em todas as línguas, aproximadamente seis semanas depois do dia em que o pedido tenha sido submetido ao Tribunal da

Função Pública) (*)

[Intervenção] Contestação

[Exceção de inadmissibilidade] [Réplica e tréplica] O juiz-relator prepara o relatório

preliminar Reunião de secção [Diligências de instrução]

Audience Audiência

Relatório preparatório da audiência

(documento elaborado pelo juiz-relator, que contém os elementos essenciais do processo e indica, se for caso disso, os aspetos sobre os quais as partes devem

concentrar as suas alegações) (**)

Acórdão (*) ou despacho (*) (em caso de despacho nunca há fase oral)

[Pedido de assistência judiciária]

[Medidas provisórias]

Atribuição do processo a uma secção e designação

do juiz-relator

Em todas as fases do processo o Tribunal da Função Pública pode tentar obter a resolução amigável

do litígio entre as partes

T

R AMITAÇ ÃO PROCESSUAL

Fase escrita

Fase oral

Deliberação dos juízes

As etapas facultativas da tramitação processual são indicadas entre parêntesis retos.

(*) Estes documentos estão disponíveis no sítio Internet do Tribunal de Justiça (www.curia.europa.eu), base EUR-Lex (a partir do sítio www.europa.eu).

(**) Estes documentos estão disponíveis num expositor junto à sala de audiência, podendo ser igualmente pedidos à Unidade de Imprensa e Informação do Tribunal de Justiça da União Europeia.

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www.curia.europa.eu

Tribunal de Justiça da União Europeia

Imprensa e Informação

Imprensa e Informação Edição abril 2014

Tribunal de Justiça da União Europeia > http://www.curia.europa.eu Jurisprudência > http://curia.europa.eu/jcms/jcms/j_6/

Comunicados de Imprensa > http://curia.europa.eu/jcms/jcms/Jo2_16799 Portal das instituições da União Europeia > http://www.europa.eu

Acesso ao direito da União Europeia > http://www.eur-lex.europa.eu

Photos: © União Europeia

Tribunal da Função Pública Rue du Fort Niedergrünewald L-2925 Luxembourg

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-03-13-267-PT

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Referências

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