• Nenhum resultado encontrado

Rodrigo de Paula Pereira A ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE AGENTES DESINFETANTES INCORPORADOS AO GESSO TIPO IV

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Rodrigo de Paula Pereira A ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE AGENTES DESINFETANTES INCORPORADOS AO GESSO TIPO IV"

Copied!
116
0
0

Texto

(1)

Rodrigo de Paula Pereira

A

ATIVIDADE

ANTIMICROBIANA

DE

AGENTES

DESINFETANTES

INCORPORADOS

AO

GESSO

TIPO

IV

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Reabilitação Oral – Área

de Prótese, da Faculdade de Odontologia de

Araraquara,

da

Universidade

Estadual

Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, para

obtenção do título de Mestre em Prótese.

Orientador:

Prof. Dr. João Neudenir Arioli

Filho

Araraquara

2009

(2)

Livros Grátis

http://www.livrosgratis.com.br

Milhares de livros grátis para download.

(3)

Pereira, Rodrigo de Paula

A atividade antimicrobiana de agentes desinfetantes incorporados ao gesso tipo IV / Rodrigo de Paula Pereira . – Araraquara: [s.n.], 2009.

112 f. ; 30 cm.

Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Odontologia

Orientador : Prof. Dr. João Neudenir Arioli Filho 1. Desinfecção 2. Sulfato de cálcio 3. Microbiologia I. Título

Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Marley C. Chiusoli Montagnoli, CRB-8/5646 Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação da Faculdade de Odontologia de Araraquara / UNESP

(4)

Rodrigo de Paula Pereira

A

ATIVIDADE

ANTIMICROBIANA

DE

AGENTES

DESINFETANTES

INCORPORADOS

AO

GESSO

TIPO

IV

COMISSÃO JULGADORA

DISSERTAÇÃO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE

Pres idente e Orientador: Prof. Dr. João Neudenir Arioli Filho –

Profes sor Liv re-Docente do Departamento de Materiais Odontológicos e Prótes e da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP

2º Examinador: Prof. Dr. Sérgio Sualdini Nogueira – Professor Titular do Departamento de Materiais Odontológic os e Prótes e da Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP

3º Examinador: Prof. Dr. Vinícius Pedrazzi – Professor Associado do Departamento de Materiais Dentários e Prótese da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

(5)

DADOS CURRICULARES

Rodrigo de Paula Pereira

NASCIMENTO: 10/05/1978 – Poços de Caldas – MG

FILIAÇÃO

Esiquiel Gonçalves Pereira

Maria Aparecida de Paula Pereira

1997-2000

Curso de Graduação

Faculdade de Odontologia de Araraquara –

UNESP

2007-2009

Curso de Mestrado em Reabilitação Oral - Área

de Prótese

Faculdade de Odontologia de Araraquara –

UNESP

(6)

DEDICATÓRIA

A Deus,

pelas oportunidades coloc adas no meu caminho, pelo amor e proteção em todos os momentos,

por todas as pessoas que fazem parte da minha v ida, pelas c onquistas alcançadas .

À minha amada esposa, Raquel,

pelo amor e pac iênc ia dedic ados durante ess es anos de es tudo, por protelar a realização de seus anseios pessoais para que eu pudess e realizar o meu objetiv o profissional,

pelo s imples fato de existir em minha vida.

Aos meus queridos pais, Esiquiel e Maria, pelo amor, carinho, respeito e dedicação, pelo exemplo de luta e fé,

pela educ ação e responsabilidades ensinadas, pelos s acrifícios feitos por mim e pelo meu irmão.

Ao meu querido irmão, Gustavo, por ser meu melhor amigo,

pelo apoio e incentivo dados nos momentos mais difíceis,

(7)

Aos meus s ogros, Osvaldo e Avanda,

pelo carinho,apoio e respeito dados a mim e à Raquel, por me receberem como um filho.

A todos meus familiares e amigos, pela preocupação e carinho comigo,

(8)

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

Ao meu orientador, Prof. Dr. João Neudenir Arioli Filho, por ter ac reditado em mim e no meu objetivo,

pelo exemplo de dedic ação ao trabalho e à família,

por compreender minhas limitaç ões e ajudar a superá-las,

por ter me oferec ido várias oportunidades de cresc imento profissional, pela amizade, respeito e cons ideração que s empre teve comigo.

Ao pós-graduando do Doutorado em Reabilitação Oral – Área de

Prótes e, Matheus Guilherme Lucas,

pela amizade e por toda ajuda oferecida desde quando eu ainda era estagiário, pelas orientações e colaboração neste trabalho.

Ao cirugião-dentista, Daniel B. Mathias,

pela amizade e pela fundamental ajuda na realização da parte experimental deste trabalho.

(9)

AGRADECIMENTOS

À Faculdade de Odontologia de Araraquara da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, na pessoa de seu

diretor, Prof. Dr. José Cláudio Martins Segalla e de sua vic e-diretora, Profª. Drª. Andréia Affonso Barretto Montandon,

pela oportunidade de construir parte da minha v ida profis sional nesta instituiç ão.

Aos meus c olegas de mestrado, Ana Lúcia, Ana Paula, André,

Ângela, Antônio, Camila, Carlos Eduardo, Carolina, Cristiane, Fabiane, Fernanda, Flavia Medeiros, Flavia Zardo, Patrícia e Tatiana, e todos os colegas de Pós-Graduação,

pela conv ivência e amizade,

pelo respeito c om que sempre me trataram, pela troca de experiênc ias e conhecimento.

À Profª. Drª. Denise Madalena Palomari Spolidorio, do Departamento de Fisiolog ia e Patologia,

pela atenção e orientação,

pela disponibilizaç ão do laboratório de mic robiologia.

Aos Profs. Drs. Gelson Luis Adabo, Carlos Alberto dos Santos

Cruz, Renata Garcia Fonseca, Luiz Geraldo Vaz, da Disciplina de

(10)

por sempre me darem atenção e ajuda quando precisei, pelo respeito e c arinho com que s empre me trataram, por todo o conhecimento transmitido.

Aos Profs. Drs. Francisco de Assis Mollo Jr, Sérgio Sualdini

Nogueira e Marco Antonio Compagnoni, da Disc iplina de Prótese

Total,

pela experiênc ia e ensinamentos transmitidos durante o estágio docênc ia,

pela atenção e res peito que sempre tiv eram por mim.

À Profª. Drª. Cinara Maria Camparis, da Dis ciplina de Oclusão, pelo carinho e respeito que sempre teve c om todos os alunos do mestrado,

pela dedic ação e interesse verdadeiro em nos ensinar.

Aos Profs. Drs. Carlos Eduardo Vergani, Ana Lúcia Machado,

Eunice Teresinha Giampaolo e Ana Cláudia Pavarina, da Disciplina

de Prótes e Parcial Removível,

pelo exemplo de dedic ação ao ensino e à pesquis a.

Aos Profs. Drs. Ivan Ribeiro de Farias, Lígia A. Pereira Pinelli e

Regina H. B. T. da Silva, da Disciplina de Prótese Parc ial Fixa,

pela disponibilidade em atender a todos os alunos do mestrado sempre que necessário.

(11)

Ao Prof. Dr. José Cláudio Martins Segalla, pela amizade desde a época de graduação,

por trans mitir sua experiênc ia profissional e de v ida.

Ao Prof. Dr. Sérgio Russi,

pela sua dedicação e amor ao ensino,

por sempre tratar a nós alunos c om respeito e carinho, pelo exemplo de sabedoria e humildade.

Ao Prof. Dr. Romeu Magnani,

pela realizaç ão da anális e estatística des te trabalho.

A todos os funcionários do Departamento de Materiais Odontológic os e Prótes e, do Departamento de Odontologia Restauradora e da Pós-Graduação,

por sempre terem me ajudado quando precis ei, pela atenção e respeito nunca negados.

À téc nica do laboratório de Microbiologia, Juliana Pirola Garcia,

pela pac iência que sempre teve comigo e pela disponibilidade em me ajudar sempre que necessário.

(12)

À FAPESP e à CAPES,

pelo apoio financeiro concedido, fundamental para a realização deste trabalho e para custeio das minhas despesas em Araraquara.

A todas as pess oas que de alguma forma me inc entivaram, ajudaram ou se preocuparam comigo durante es se período do Mestrado,

(13)

“Nada há como começar para ver

como é árduo concluir.”

(14)

SUMÁRIO

RESUMO ... 14 ABSTRACT ... 17 1 INTRODUÇÃO ... 19 2 REVISÃO DE LITERATURA ... 25 3 PROPOSIÇÃO ... 65 4 MATERIAL E MÉTODO ... 67 4.1 Material ... 68 4.2 Método ... 69 4.2.1 Grupos de amostras ... 69

4.2.2 Confecção das amostras ... 69

4.2.2.1 Confecção dos moldes de silicona ... 69

4.2.2.2 Confecção dos corpos-de prova ... 71

4.2.3 Teste de difusão em Agar ... 73

4.2.3.1 Preparo das suspensões microbianas ... 73

4.2.3.2 Preparo das placas de Petri ... 75

4.2.3.3 Processo de inoculação do meio de cultura e inserção dos corpos-de-prova ... 76

4.2.3.4 Interpretação dos resultados ... 77

4.2.4 Metodologia estatística ... 78

(15)

6 DISCUSSÃO ... 87

7 CONCLUSÃO ... 95

8 REFERÊNCIAS ... 97

(16)
(17)

Pereira R.P. A atividade antimicrobiana de agentes desinf etantes i ncor pora dos ao gesso tipo IV. [Dissertaç ão d e Mestrado]. Ar araquara: Facul dad e de Odont ologia da UNESP; 2009.

RESUMO

Vários protocolos de desinfecç ão podem s er usados para romper a cadeia de infecção cruzada entre o cons ultório odontológico e o laboratório de prótese. A inclusão de agentes antimic robianos à composição do gesso ou a manipulação do gess o com s oluções desinfetantes podem ser usados com esta finalidade. O propósito deste estudo foi av aliar a ativ idade antimicrobiana de dois agentes desinfetantes (digluconato de clorexidina 2% e cloridrato de c lorexidina 98%) inc orporados ao gess o IV (FujiRock - GC Europe, Leuv en, Bélgica) durante sua manipulação. No teste microbiológic o de difusão em Agar foram utilizados os seguintes microorganismos : Es cherichia

coli, Staphy lococc us aureus , Bacilus subtilis e Candida albicans.

Amostras c om 5 mm de diâmetro e 3 mm de espessura foram separadas em quatro grupos: 1) gesso manipulado c om água destilada esterilizada (controle pos itiv o); 2) disc os de papel embebidos com solução de digluconato de clorexidina 2% (controle negativ o); 3) gesso manipulado com soluç ão de digluconato de clorex idina 2%; 4) gesso com a incorporação de c loridrato de clorexidina 98% em pó, na proporção de 1% da mas sa do gesso, e manipulado com água destilada esterilizada. Após 1 hora e 24 horas do vazamento do gesso, as amostras foram posic ionadas em plac as de Petri com meios de cultura específic os inoc ulados com as suspensões microbianas. A atividade antimic robiana dos desinfetantes foi avaliada pelo diâmetro médio dos halos de inibição do crescimento mic robiano. Os v alores foram analisados pela ANOVA Aninhada (p<0,05) e teste de Tukey para comparaç ões específic as. Os resultados enc ontrados demons traram

(18)

que os agentes desinfetantes analisados apresentaram ativ idade antimic robiana quando misturados ao ges so, com exceção para

Candida albicans, na qual não houve efeito da s olução de c lorexidina

nos dois períodos de análise. Sobre os dois períodos de análise, houv e diferença significante somente com o c ontrole negativo para a

Escherichia c oli.

(19)
(20)

Pereira R.P. Th e antimi crobial acti vity of di sinf ectant agent s i ncor porated i nto type IV dental stone. [Dissert ação de Me strad o]. Araraquara: Faculdade de Odontologia da UNESP; 2009.

ABSTRACT

Many protocols for disinfection procedures can be used to break the chain of cross-contamination between dental office and dental laboratory. The inclusion of antimicrobial agent to the composition of gypsum or the manipulation of gyps um with dis infectant substances can be used to that aim. The purpose of this s tudy was to ev aluate the antimic robial activ ity of two disinfec tant agents (2% chlorhexidine digluconate and 98% chlorhexidine hydroc hloride) inc orporated into type IV dental s tone (FujiRock - GC Europe, Leuv en, Belgiu m) at the time of mix ing. The microbiological test used was the Agar diffusion test to the following microorganis ms: Escherichia coli, Staphy lococcus

aureus, Bacilus subtilis and Candida albic ans. Samples of 5 mm in

diameter and 3 mm in length were separated in four groups: 1) dental stone mixed with sterile distilled water (positive control); 2) paper disk soaked with solution of 2% c hlorhexidine digluconate (negative c ontrol); 3) dental s tone mixed with s olution of 2% chlorhexidine digluc onate; 4) dental stone with inc orporation of chlorhex idine hydrochloride 98% powder, in proportion of 1% of the dental s tone mass, and mixed with sterile distilled water. The samples were placed, 1 hour and 24 hours after pouring of dental stone, in Petri plates with s pecific culture medium wich were inoc ulated with the microbial suspensions . The antimic robial activ ity of disinfectant was ev aluated by the av erage diameter of microbial growth inhibition zones . The data were analyzed with a Nested ANOVA (p<0,05) and Tukey test for s pecific comparisons. The disinfectant agents analyzed demonstrated antimic robial effec t against microorganisms used in this study, in exception to Candida

albicans, against wich there was not effec t from c hlorhexidine

digluconate at two periods of analysis . Significant difference between disinfec tantes were found to all microrganisms . About two periods of analys is, there was significant difference only with negativ e control to the Es cherichia coli. The disinfectant agents deriv ed from c hlorhexidine incorporated into dental s tone at the time of mixing were effectiv e against the most microorganisms tested, except against Candida

albicans.

(21)
(22)

1 INTRODUÇÃO

O cirurgião-dentista deve atender seus pacientes tomando-se todos os c uidados para se prev enir c ontra doenças c omo as hepatites B e C, o herpes, a tuberc ulose e a AIDS que pode m não ter sido diagnosticadas previamente ao tratamento odontológic o. Segundo Pardi et al.4 4, o cirurgião-dentista e equipe auxiliar têm um alto risco de

contaminação por v árias doenç as infectocontagiosas. Sendo ass im, o uso de materiais de proteção indiv idual, como gorro, luv as, másc ara, óculos e jaleco, além de proc edimentos de limpeza, des infecção e esterilização de materiais e instrumentais são de extrema importância1 7 , 2 8, 5 1.

Contudo, o risco de trans missão de doenç as não s e restringe ao ambiente c línico, uma v ez que o c irurgião-dentista depende do trabalho do técnico em prótes e. Portanto, cirurgiões-dentistas , téc nicos em prótes e dentária e auxiliares odontológicos c onstituem grupos de risco frente a um grande número de v írus , bactérias e fungos patogênicos5 2.

Es ses mic roorganismos patogênicos podem s er conduzidos do consultório para o laboratório de prótese e v ic e-v ers a, resultando em alto nível de infecção cruzada que poderia ser evitada2 8 , 3 0, 3 8 , 4 6, 7 0.

Moldes, registros oclusais, prótes es e aparelhos em contato com fluidos bucais do paciente dev em ser desinfetados para, posteriormente, s erem env iados ao laboratório de prótese4 9 não

colocando em risco a saúde dos téc nicos em prótese, dos cirurgiões-dentistas, do pessoal aux iliar e dos pacientes3 8, 4 6 , 7 0.

Cotrim et al.1 8, em 2001, afirmaram que há necessidade de se des envolver diretrizes para o controle de infecç ão cruzada entre consultórios e laboratórios de prótese, dev endo-se estabelecê-las e div ulgá-las entre técnicos e cirurgiões-dentistas.

(23)

Entretanto, J agger et al.2 9, em 1995, atrav és de uma pesquis a em 175 laboratórios, demonstraram que as medidas adotadas para o controle de infecção c ruzada eram insuficientes . E Kugel et al.3 2, em 2000, afirmaram que há uma falta de comunicação

entre cirurgiões-dentistas e téc nicos de laboratório de prótese.

Talv ez, a res ponsabilidade maior pela implantação e manutenç ão, e pelo desenvolv imento de u m programa para o controle de infecção cruzada no ambiente de trabalho seja do cirurgião-dentista. Mas isto não is enta o téc nico em prótese da respons abilidade de também adotar prátic as de combate de infecç ão cruzada dentro do laboratório de prótese.

Para prev enir a infecção cruzada, entre o consultório odontológic o e o laboratório de prótese, nov as téc nicas e produtos são constantemente desenv olv idos1 7, sendo que a desinfecção de moldes e modelos de gesso tem sido enfatizada13.

Souza et al.6 0, em 2001, alertaram para a importância da desinfecção dos materiais de impressão em v irtude da pres ença de bactérias e fungos na superfície des tes materiais.

Os materiais de moldagem podem ser des infetados por meio

do uso de spray ou imersão em soluções químicas

desinfetantes3, 1 2 , 1 9, 2 6 , 3 0, 4 3 ou ainda por meio da adição de agentes

desinfetantes à compos ição dos materi ais de moldagem1 6, 4 1 , 6 5, 6 6.

Porém, uma efetiv a desinfecção dos moldes depende diretamente de um prolongado tempo de contato com a solução aquosa desinfetante3 9 e da sua concentraç ão48. Tal fato pode ser um problema,

pois a exposição por tempos muito longos de imersão pode alterar dimens ionalmente alguns materiais de moldagem que possuem características hidrofílicas8 , 3 1, 36, como é o caso do hidrocolóide

irrev ersível e do poliéter.

Um dos materiais de moldagem mais utilizados na odontologia é o alginato, e o mais difícil de desinfetar devido à sua grande capacidade de perder ou ganhar água causando alterações dimens ionais2 4.

(24)

Cons iderando-se a alteraç ão dimensional que as soluções desinfetantes podem c ausar em alguns materiais de moldagem e também o fato de que nem sempre o procedimento de desinfecção dos moldes é realizado pelo profis sional6 7, a desinfecção dos modelos de

gesso pode ser uma opção56 para se evitar a infecç ão cruzada1 3.

Além dis so, Connor17, em 1991, afirmou que os modelos de gesso podem atuar como um meio de infecç ão c ruzada entre os pacientes , o cirurgião-dentista e equipe, apontando a necessidade de desinfetá-los antes de enviá-los ao laboratório

Segundo alguns autores33 , 4 0, os modelos de gesso podem se tornar fonte de infecção c ruzada após s erem separados de moldes contaminados. E de acordo com Soares, Ueti58, a c ontaminaç ão dos modelos de gesso também pode ocorrer pela transferência de agentes infecciosos da saliv a ou do sangue durante as provas protéticas.

Mitchell et al.4 0, em 1997, afirmaram que os modelos de

gesso podem ser contaminados após provas clínicas de bases em resina acrílica que foram reposicionadas sobre os mes mos.

E v oltando a atenção para essa contaminação dos modelos de gesso, a literatura relata que estes podem ser desinfetados por meio da pulv erização ou imers ão em s olução des infetante3 , 9, 27 , 4 8, 4 9 , 5 8, 61 , 6 4, da inclus ão de agente antimic robiano à c omposição do gesso5 6 ou pela

manipulação do gesso com subs tâncias desinfetantes

1, 1 3 , 2 8, 3 6 , 5 4, 5 5 , 5 8, 6 4 , 6 7.

Em relaç ão à técnica de pulverização, Stern et al.6 1, em 1998,

relataram que ela não produz alteraç ões superfic iais em modelos de gesso, entretanto, suas porosidades deveriam ser completamente saturadas com a soluç ão química desinfetante para que a des infecção fosse efetiv a, o que seria difícil de obter com o uso de spray6 7.

Quanto à técnica de imersão dos modelos de gesso, Rudd et al.4 7, em 1970, afirmaram que após 15 minutos de imersão em água

corrente, ocorriam alterações nas propriedades superfic iais do gess o. E em um estudo feito por Sarma, Neimam5 1, em 1990, modelos de gesso foram imersos em soluç ões químicas de glutaraldeído, fenol, iodóforos

(25)

e desinfetantes clorados; sendo que essas soluções causaram efeitos adv ersos de erosão, redução na dureza superficial e alterações na resistência compress iva do gess o.

Quanto à manipulação do ges so com agentes desinfetantes incorporados durante este proc esso, Tebroc k et al.6 4, em 1989 ,

realizaram um estudo para av aliar o efeito de algumas soluções desinfetantes (hipoclorito de sódio a 5,25%, glutaraldeído fenólico a 2%) e da água ges sada s obre algumas propriedades do gesso, bem como o efeito microbiológic o sobre os modelos de gesso. Um dos resultados obtidos foi de que apenas as amostras manipuladas co m o hipoclorito de sódio apres entaram adaptação ao troquel mestre e lis ura superficial além de ausência de contaminação.

Lucas et al.3 5, em 2009, av aliaram a influência da

incorporação de três soluç ões desinfetantes (hipoclorito de s ódio 1%, digluconato de clorex idina 2% e glutaraldeído 2%) no tempo de presa, na reproduç ão de detalhes e na estabilidade dimensional linear de u m gesso tipo IV. Os autores concluíram que as soluções de glutaraldeído 2% e digluconato de c lorexidina 2% não causaram alterações signific antes à reprodução de detalhes e à estabilidade dimensional linear. Somente a solução de hipoclorito de sódio 1% causou severos danos às propriedades do gess o estudadas .

Além dos efeitos que os agentes des infetantes podem caus ar às propriedades físicas e mec ânicas do gess o, é necessário av aliar também o efeito anti microbiano que estes agentes possuem sobre o gesso odontológico.

Mansfield, W hite3 6, e m 1991, av aliaram o efeito antimicrobiano da incorporação, no gesso odontológic o, de soluç ões desinfetantes de iodóforo 1,76%, fenol 5%, hipoclorito de sódio 5,25% e glutaraldeído neutro 2%. Os autores concluíram que a incorporação desses agentes reduziu significantemente o número de bactérias v iáveis após 24 horas. Iv anovski et al.2 8, em 1995, av aliaram o efeito antimicrobiano da água destilada esterilizada, do glutaraldeído 2%, do iodo-pov idine 10%, do digluconato de c lorexidina 0,2% e do hipoc lorito de sódio 1%

(26)

incorporados ao gesso durante a manipulaç ão, além das pos síveis mudanç as nas propriedades fís icas do gess o. Os resultados demons traram que a s olução de clorexidina 0,2% foi ineficaz contra a maioria dos microorganismos estudados .

Já Arioli Filho6, em 2006, ao estudar a durabilidade e

efetiv idade antimicrobiana de três agentes desinfetantes (hipoclorito de sódio 1%, glutaraldeído 2% e digluconato de clorexidina 2%) incorporados ao gesso tipo IV durante a sua manipulação, obtev e os melhores res ultados com o digluc onato de clorex idina 2%, que apresentou os maiores halos de inibição do crescimento microbiano até o 17° dia de análise.

A clorexidina é um agente c atiônico de amplo espec tro antibacteriano, com ativ idade antifúngica e eficiente contra alguns vírus1 5, 1 6. Entretanto, seu efeito antimicrobiano quando inc orporada ao gesso durante s ua manipulação ainda foi pouc o estudado.

As sim, este estudo av aliou a ativ idade antimicrobiana de dois agentes desinfetantes deriv ados da c lorexidina (digluconato de clorexidina 2% e cloridrato de c lorexidina 98%) incorporados ao gesso odontológic o tipo IV durante a s ua manipulação.

(27)
(28)

2 REVISÃO DE LITERATURA

Em 1959, Pleas ure et al.4 5 afirmaram que a trans mis são de tuberculose para os téc nicos de laboratório poderia oc orrer por meio do env io de moldes , registros oclus ais, bases de prov a, feitos a partir de materiais que não permitem a esterilização por calor. Baseados nesta afirmação, os autores realizaram um estudo para av aliar o efeito de algumas s oluções des infetantes (álcool a 70%, Lysol a 5% e formalina a 1%, 5% e 10%) sobre o Mycobac terium tuberc ulos is e também sobre alguns materiais utilizados na confecção de próteses totais (placa base, cera utilidade, gess o pedra, godiv a, pasta de óxido de zinco e eugenol, polissulfeto, resina ac rílica). Os autores c oncluíram que a imersão em s olução de formalina a 10% por 30 minutos não apresentou efeitos deletérios sobre os materia is tes tados além de ass egurar uma desinfecção adequada para o M. tuberc ulosis .

Rudd et al.4 7, em 1970, realizaram u m es tudo em que

modelos de gesso foram imersos em água corrente e água gessada por períodos de 15 e 30 minutos, 1 hora, 2, 4, 6 e 24 horas com o objetiv o de av aliar os efeitos desta imers ão sobre o gesso. Os autores concluíram que longos períodos de i mersão em água c orrente causariam alterações superfic iais nos modelos de gesso.

Wakefield7 0, em 1980, estudou a pos sibilidade da ex istência

de infecção c ruzada dev ido ao trânsito de trabalhos protéticos do laboratório de prótese ao consultório. Para realização deste estudo dez próteses totais foram fraturadas e esterilizadas, sendo depois env iadas para reparo em v ários laboratórios protéticos . Após o procedimento do técnico de laboratório os trabalhos protéticos foram analisados microbiologicamente e foi cons tatado que das dez próteses env iadas, nov e poss uíam microorganismos potencialmente patogênicos . Segundo o autor esse resultado demonstra um alto índice de infecção cruzada entre o laboratório de prótese e o consultório.

(29)

Leung, Schonfeld3 3, em 1983, realizaram um estudo para verificar se modelos de ges so poderiam ser fonte potencial de contaminação cruzada dev ido à pres ença de microorganis mos oriundos de moldes não desinfetados. Três impress ões com hidrocolóide irrev ersível (Jeltrate, L.D. Caulk Co., Milford, Del., USA) foram realizadas de um modelo de typodont esterilizado por óxido de etileno. Os moldes foram v azados em gesso especial (Yellow Dental Stone, Leo´s Dental Products, Los Angeles , Calif., USA) também esterilizado por óxido de etileno, em condições assépticas e foram class ificados como controle, para v erific ar se a es terilização foi adequada. Outras três impressões foram realizadas após o modelo de typodont s er pincelado com uma suspens ão de Serratia marc escens em meio BH I (brain heart infus ion). Após 4 horas os modelos foram remov idos, quebrados e alguns pedaços foram colocados em meio BHI e incubados em meio aeróbico por 24 horas a 37ºC; posteriormente foram colocados em placas de Agar e incubados por mais 7 dias. Os resultados mostraram que os meios incubados com pedaços dos modelos obtidos a partir do typodont estéril s e mantiv eram limpos, indicando que o protocolo de es terilização foi adequado, porém, os meios contendo pedaços dos modelos originados do typodont contaminado se mostraram turv os sendo possível isolar a Serratia marcesc ens. Os autores c oncluíram que os modelos de gess o podem ser um meio de contaminação cruzada entre o paciente, o c irurgião-dentista e o técnico de laboratório.

Minagi et al.3 9, em 1986, av aliaram a influência de longos

períodos de desinfecção atrav és de soluções de hipoclorito de sódio 6% e glutaraldeído 2% sobre a estabilidade dimensional dos materiais de moldagem (siliconas e hidrocolóide irrev ers ível). Os autores concluíram que para os materiais à base de s ilicone é recomendada a imersão em hipoclorito de s ódio por um período de 60 minutos; já para o hidrocolóide irreversível é recomendada a imersão em solução de glutaraldeído por 60 minutos.

(30)

gesso contendo 0,25% do desinfetante chloramine-T em sua composição, sobre impres sões, de hidrocolóide irrevers ível, obtidas em pacientes e sobre os modelos de gess o obtidos a partir destas impressões. Foram realizadas 80 impressões e metade foi v azada com o gesso contendo o desinfetante (Gilstone, Oradent Int., Los Angeles , USA) e a outra metade c om um gesso tipo IV conv encional (Die-Keen, Columbus Dental, St Louis, USA). Decorrido o tempo de presa do gesso, os modelos foram remov idos das i mpressões e um s wab foi utilizado para colher amostras da superfície do material de moldagem e dos modelos, sendo posteriormente incubadas em meio de cultura Tryptic Soy Broth (TSB). Como resultado foi v erific ado que o gesso contendo o desinfetante inibiu o crescimento bacteriano em 39 de 40 impressões e modelos, enquanto todos os modelos e impressões vazados com o gesso c onvencional apresentaram contaminaç ão. Os autores concluíram que o gess o contendo 0,25% do desinfetante chloramine-T em s ua compos ição foi efetiv o na eliminação da contaminação dos moldes e modelos de gess o, e que a incorporação de desinfetantes no gesso pode c aracterizar um método efic iente para se desinfetar moldes e modelos.

Tebrock et al.6 4, em 1989, realizaram um estudo no qual, dentre outras coisas, foi av aliado o efeito microbiológico de soluções desinfetantes inc orporadas ao gesso durante a espatulação. Para esta análise, foram realizadas nov e impressões com silicona de adiç ão de um troquel mes tre de alumínio, sendo posteriormente v azadas com gesso tipo IV (Die Keen, Columbus Dental, Columbus, Ohio) adicionado com cultura de Bacillus subtilis. Uma impress ão foi v azada com gesso espatulado c om água des tilada, sendo es te o grupo c ontrole. As demais impressões foram v azadas c om gesso espatulado com água destilada adicionada a algumas conc entraç ões de soluções desinfetantes de Clorox (hipoc lorito de s ódio a 5,25%), de Sporicidin (glutaraldeído fenólico a 2%) e água gessada. Após a presa, a adaptação dos modelos ao troquel mes tre foi v erificada e, além disso, foram realizados procedimentos de c ultura para v erificar a presença de

(31)

microorganis mos v iáv eis nesses modelos. Somente o grupo controle (água destilada) apresentou contaminação e todas as amostras espatuladas com Clorox apres entaram aus ência de contaminação, adaptação ao troquel e lisura s uperficial. Já as amostras espatuladas com Sporicidin demoraram mais de 24 horas para tomar presa. Como conclusão, os autores afirmaram que modelos podem ser obtidos sem contaminação, decorrente da impressão, atrav és da adição à água de espatulaç ão do gesso de, pelo menos, 25% de hipoclorito de s ódio a 5,25%. Os autores concluíram também que a adaptação, a dureza e a qualidade superfic ial não foram c linicamente afetadas pela inclusão do hipoclorito de s ódio à espatulaç ão do gess o.

Tobias et al.6 5, em 1989, realizaram um estudo in vitro para av aliar as propriedades antibacterianas e antifúngicas do agente desinfetante didecildimeti l c loridrato amônio quando incorporado ao hidrocolóide irrev ersível. Os microorganismos utilizados nes te estudo foram: Pseudomonas aeruginosa, Streptococcus mutans, Stretococcus

sanguis , Lactobacillus odontoly ticus rodriguez, Candica albicans e

Actinomyc es odontolyticus. Os resultados demonstraram que o agente

desinfetante não apresentou qualquer efeito sobre as Pseudomonas

aeruginosa. Entretanto, quanto aos demais microorganis mos, oc orreu

variação no potencial antifúngico e antibacteriano do agente testado. Com base nesses res ultados os autores conc luíram que esse método é capaz de prev enir colonização bacteriana e fúngica na superfície dos moldes de hidrocolóides irrev ersív eis, com exceção da Pseudomonas

aeruginosa.

Drennon, Jonhs on19, em 1990, avaliaram a rugosidade superficial e a reprodução de linhas de detalhes em modelos de gesso pedra melhorado obtidos após a des infecção dos moldes de elastômeros. Ess es moldes foram imersos em soluções de fenol e glutaraldeído ácido e alcalino. Os resultados demonstraram que as siliconas de adição e os poliéteres, c ombinados com glutaraldeído ácido, produziram modelos com rugosidade superficial semelhante à do grupo controle. Além disso, moldes imers os em glutaraldeído ácido,

(32)

produziram modelos com reproduç ão de detalhes superior à dos moldes imersos em glutaraldeído alcalino e fenol. A partir desses resultados, os autores concluíram que a des infecção por imersão em glutaraldeído ácido de moldes em elastômeros promov eu um aumento na reprodução de detalhes de modelos de ges so tipo IV s em aumentar a rugosidade superficial.

Powell et al.4 6, em 1990, av aliaram a possibilidade de infecção

cruzada entre o cons ultório e o laboratório de prótes e e procuraram verificar quais microorganismos estariam env olv idos . Para is so, foram selecionados trabalhos env iados a laboratórios localizados em quatro regiões geografic amente diferentes dos E.U.A. Em cada região, próteses, moldes e regis tros foram c oletados no seu retorno ao laboratório de prótese dental para identificar os mic rorganismos presentes, sendo que esta coleta era feita antes de qualquer procedimento de desinfecção. A análise para identificação dos microorganis mos foi conduzida separadamente para as culturas de bactérias e v írus, sendo as amostras para análise bacteriana processadas após 12 horas e para anális e v iral 24 horas após a coleta. Os resultados mostraram que 67% dos trabalhos analis ados estavam infectados por div ersas espéc ies de bactérias, c omo Enterobac ter

cloac ae, Esc herichia coli e Klebsiela oxitoca, Pseudomonas

aerugenosa, Streptococcus, Staphylococcus aureus, Micobacterium

tuberlosis, Chlamydia e Myc oplasma. Entretanto, não foi detectada a

presença de v írus nesse ex perimento. Assim, os autores concluíram que um protocolo de des infecção de trabalhos protéticos dev eria s er estabelec ido para se evitar uma contaminação cruzada entre todas as pessoas envolv idas.

Sarma, Neiman5 1, em 1990, av aliaram o efeito da des infecção

atrav és de imersão de modelos de gesso em oito s oluções desinfetantes comumente utilizadas em Odontologia sobre a erosão superficial, a dureza superfic ial, a resistência à compressão, a alteração dimensional e a interação química com um gesso tipo IV (Silky-Roc k Violet, W hip-Mix Corp, Louisv ille, Kentucky, USA). As

(33)

soluções analis adas foram u m glutaraldeído fenólico 2% (Sporicidin, Sporicidin Co., USA), um glutaraldeído ác ido 2% (Banicide, Pascal Corp., USA), um glutaraldeído neutro 2% (Glutarex , 3M Medical Products Div ., USA), um glutaraldeído alcalino 2% (Procide-30, Cottrell Ltd., USA), um glutaraldeído 2% (Metricide, Metre Research Corp., USA), um co mposto fenólico (Multic ide, Biotrol International, USA), u m iodóforo (Bioc ide, Biotrol International, USA) e um c omposto à base de hipoclorito de sódio (Clorox, Clorox Co., USA). Os resultados mostraram que as soluções que apres entavam interação química com formação de precipitados foram Sporicidin, Procide-30, Metricide e Multicide, sendo que as demais não demonstraram nenhum produto visível de reação. A eros ão superfic ial foi v ariáv el, desde a ausência total de erosão (água e Clorox), passando por uma erosão lev e (Bioc ide), moderada (Metric ide, Multicide e Banicide), sev era (Glutarex e Procide-30) e muito sev era (Sporic idin). Nenhuma das soluções apresentou um grande efeito na alteração dimensional. Quanto à dureza superficial, houv e variação semelhante à da erosão superficial, com dureza maior no grupo mantido a seco, seguido pelo grupo do Clorox (96% da dureza a seco) e da água destilada (95% da dureza a seco) e, por último, o grupo do Sporicidin (77% da dureza a seco). A resistência à compress ão também não apresentou grandes v ariações, sendo que as amos tras imers as em Glutarex e Metricide apresentaram menores valores de resistência. Os autores concluíram que as soluções que apresentaram melhor resultado e menor número de efeitos colaterais quando utili zadas para imersão do gesso foram Biocide (iodóforo) e Clorox (composto à base de hipoclorito de sódio).

Segundo Connor1 7, em 1991, os pacientes que precisam de

cuidados protéticos podem ser considerados de alto risco tanto na transmiss ão de doenças infecciosas, quanto na possibilidade de adquiri-las. O autor realizou uma rev isão de literatura sobre as condutas de controle de infecç ão c ruzada em prótese, div idindo-as em várias c ategorias: av aliação dos pacientes, proteção pessoal, descontaminação de ins trumentais e equipamentos, cuidados durante

(34)

as téc nicas clínicas , manejo adequado das impressões e limpeza do laboratório. Quanto aos modelos de gesso, o autor afirma que eles podem atuar como um meio de contaminaç ão cruzada entre os pacientes , o c irurgião-dentista e equipe, e enfatiza a necessidade de desinfetá-los antes de enviá-los ao laboratório. O autor c onclui que um protocolo de c ontrole de infecção cruzada na prática de prótese dentária dev e ser amp lo para s er efic az, dev endo atuar tanto nos cuidados com os pacientes como no consultório e laboratório. Alé m disso, o autor salienta a necessidade de um programa contínuo de pesquis as visando o desenvolv imento e melhoramento dos métodos de controle contra a disseminaç ão das infecç ões na prática odontológica.

Jennings , Samaranayake3 0, em 1991, realizaram um estudo para v erificar a capacidade do digluconato de clorexidina, a 0,1% e 0,02%, de desinfetar três tipos de materiais de moldagem (hidrocolóide irrev ersível, polissulfeto e silicone de adição) contaminados c om C.

albicans e P. aeruginos. Os autores avaliaram também o efeito de três

soluções desinfetantes (digluconato de c lorexidina a 0,2%, glutaraldeído a 2% e hipoclorito de sódio a 0,0125%) sobre os mes mos microorganis mos em moldes de hidrocolóide irrev ersív el. Para a análise do digluconato de clorexidina a 0,1% e 0,02%, os materiais foram manipulados e ins eridos em placas de Petri, sendo inoculados com

suspensões dos mic roorganismos testados e submetidos às

substâncias desinfetantes, por 30 segundos. Amostras foram c olhidas após 1, 10 e 30 minutos, e incubadas em meio de cultura. Os resultados mostraram que os materiais que mais abrigaram os microorganis mos foram o polissulfeto e o hidrocolóide irrev ersível. A

desinfecção por 30 minutos eliminou c ompletamente os

microorganis mos do polissulfeto e do silicone de adição, mas não do hidrocolóide irreversív el. Para a análise do digluconato de clorexidina a 0,2%, do glutaraldeído a 2% e do hipoc lorito de sódio a 0,0125%, os mes mos procedimentos foram repetidos, porém apenas o hidrocolóide irrev ersível foi utilizado como material de moldagem. Os resultados ev idenc iaram que o glutaraldeído e o hipoclorito de sódio foram mais

(35)

eficazes que o digluconato de c lorexidina. Os autores concluíram que o procedimento de desinfecção por meio de imersão por 30 minutos em glutaraldeído a 2% ou hipoclorito de s ódio a 0,0125% pode s er efetiv o para a eliminaç ão quas e total dos microrganismos presentes em impressões.

Mansfield, W hite36, em 1991, analisaram a eficiência microbiológica da inc orporação de soluções des infetantes durante a manipulação do gess o. As s oluções utilizadas foram o iodóforo a 1,76% (Zep-i-dine 20, Zep Mfg Co, Atlanta Geórgia, USA), o glutaraldeído neutro a 2% (Glutarex , 3M, St. Paul, Mennesota, USA), o fenol a 5% (Zep-o-mint, Zep Mfg Co, Atlanta Geórgia, USA) e o hipoclorito de sódio a 5,25% (Clorox, Clorox Co, Oakland, Califórnia, USA) em u m gesso tipo IV (Die Keen, Columbus Dental, St. Louis , Missouri). Moldes parciais em silicone por adição de um modelo de typodont foram intencionalmente contaminados c om cinco espécies microbianas (Es cherichia coli, Streptococcus mutans, Serratia marc escens,

Staphylococcus aureus e Bacillus subtilis) em uma concentraç ão de 1 X

108 organis mos/ml em regiões específicas correspondentes aos

caninos , primeiros pré-molares, pri meiros molares e segundos molares . As soluções desinfetantes foram espatuladas , na relação líquido/pó estabelec ida pelo fabricante, com o gesso tipo IV esterilizado e vazados nos moldes contaminados. Além diss o, dois grupos de controle foram reali zados: um positiv o, onde o gesso foi manipulado com água destilada tendo o objetiv o de medir o máximo de contaminação possível para c ada bactéria; um negativ o, onde a manipulação do gesso estéril foi feita com água des tilada e seu v azamento feito em um molde es téril para servir como parâmetro na v erificação da es terilização proporcionada pelas soluções desinfetantes. Após uma e 24 horas do vazamento, os modelos foram remov idos dos moldes, e amos tras das superfícies foram colhidas c om o auxílio de um s wab e incubadas a 37ºC por 3 dias em Agar BHI (“brain heart infusion”). Os resultados demons traram que: a) após uma hora apenas o hipoclorito de sódio e o glutaraldeído reduziram efetiv amente o número de bactérias,

(36)

semelhante ao das amostras do controle negativ o; b) em 24 horas, além do glutaraldeído e do hipoclorito de sódio, as amostras com iodóforo também reduziram as bactérias viáveis ; c) o fenol não apresentou capacidade de des infecção, resultado s emelhante ao das amostras do controle positiv o; d) as amostras do c ontrole positiv o (sem desinfetantes) demonstraram suav e capacidade antimicrobiana inerente à desidratação do modelo, ao calor gerado pela reação de cristalização ou pela aç ão do sal (CaSO4) no c rescimento bacteriano. Desta forma,

os autores concluíram que a incorporação de alguns desinfetantes nos modelos de gesso pode reduzir signific ativ amente o número de bactérias v iáv eis no intervalo de 24 horas , podendo ser utilizado como método de eli minar ou minimizar a contaminação cruzada entre os ambientes clínico e laboratorial. Entretanto, os autores afirmam hav er necessidade de estudos para av aliar as propriedades fís icas e mecânicas do gesso produzido c om a mistura de soluções desinfetantes .

Touyz, Rosen6 6, em 1991, es tudaram a eficiência

microbiológica de soluções desinfetantes de digluc onato de c lorexidina e peróx ido de sulfato de sódio quando inseridas no hidrocolóide irrev ersível ou utilizadas como des infetantes dos mo ldes. Os autores concluíram que o digluconato de c lorexidina é um efic iente desinfetante do hidrocolóide irrev ersível, podendo s er utilizado na mas sa do material e também como solução desinfetante do molde.

Bass et al.9, em 1992, av aliaram poss íveis alterações na

qualidade s uperficial dos modelos de gesso tipo IV (Vel-Mix, Kerr Corp., Romulus , USA) quando imersos em solução desinfetante. Os moldes foram feitos em silic one por adição, a partir de um bloco de aço inox utilizado para av aliar a reprodução de detalhes, e v azados com um gesso tipo IV (Vel-Mix , Kerr Corp., Romulus , USA). Os modelos foram div ididos em seis grupos, e imers os em três tipos de soluções: 1) água de torneira; 2) solução saturada de sulfato de cálcio; 3) solução de hipoclorito de s ódio a 0,525% saturada de sulfato de c álcio; por dois interv alos de tempo (30 e 60 minutos). Os resultados mostraram que os

(37)

modelos imersos em água de torneira apresentaram maior deterioração, entretanto as outras s oluções não c ausaram danos. Segundo os autores, a adição de hipoc lorito de sódio a 0,525% em uma solução saturada de sulfato de cálc io demonstrou ser um método s imples , barato e rápido de desinfecção, não causando alteraç ões na qualidade superficial dos modelos em comparaç ão com a solução saturada de sulfato de cálcio pura.

Owen, Goolam4 3, em 1993, realizaram uma rev isão de

literatura s obre os principais es tudos relacionados com os procedimentos de desinfec ção e esterilização de moldes, av aliando a eficácia dos procedimentos e também os possíveis efeitos sobre a precisão e a qualidade superficial dos materiais de moldagem. Os autores procuraram determinar um protocolo adequado de manuseio dos moldes com o objetiv o de se evitar riscos da infecção cruzada. A conclusão do estudo foi de que é necessário se dar mais ênfase ao assunto nos currículos de graduaç ão e que a maioria dos materiais de moldagem pode ser desinfetada de forma efic az atrav és da imersão por 10 minutos em glutaraldeído alc alino 2% ou hipoc lorito de sódio 1%.

Tan et al.6 3, em 1993, av aliaram as alterações dimensionais

em modelos de gesso obtidos atrav és de impres sões de um padrão metálic o realizadas com hidrocolóide irrev ersível e desinfetadas pela técnica de spray. Após as moldagens, os moldes foram lav ados em água corrente durante 10 minutos sendo então desinfetados por spray de 3 agentes antimicrobianos (Hipoclorito de sódio 1:10, Iodóforo 1:213, Sódio Fenol 1:1) e armazenados durante 10, 30 ou 60 minutos. As medições foram realizadas atrav és de marcações pré-estabelecidas no padrão metálico. Os resultados demons traram que a técnica de desinfecção por spray com os três agentes estudados não promov eu alterações dimensionais estatis ticamente significantes nos modelos de gesso, independentemente do tempo de armazenamento.

Hilton et al.2 6, em 1994, av aliaram a reprodução de detalhe superficial, a rugosidade e a es tabilidade dimensional dos modelos de gesso obtidos através de impressões com hidrocolóide irrev ers ív el após

(38)

imersão em s oluções desinfetantes. Foram utilizadas quatro soluções desinfetantes : hipoclorito de sódio 0,525%, Alcide LD, Iodofiv e e OMC II e água como c ontrole. As impressões desinfetadas c om hipoclorito de sódio ou Alcide produziram modelos de gesso com propriedades fís icas geralmente iguais ou superiores às dos modelos obtidos dos moldes lav ados com água. A OMC II e a Iodofiv e geralmente produziram modelos com propriedades físic as inferiores quando comparadas com a solução controle.

Vandewalle et al.6 8, em 1994, avaliaram os efeitos da desinfecção por imersão de moldes feitos c om hidroc olóides irrev ersíveis sobre a reprodução de detalhes, alterações dimensionais, rugosidade e dureza superficial dos modelos de gesso obtidos a partir destes moldes. A solução desinfetante utilizada foi o hipoclorito de sódio variando-se a concentraç ão e o tempo de imersão. Os moldes foram imersos em soluções de 5,25%, 0,525%, e 0,0525% de hipoclorito de sódio por períodos de 1, 5 e 10 min, sendo posteriormente v azados c om gesso tipo III e V. Os resultados demons traram que os moldes feitos c om hidrocolóides irreversíveis podem s er imersos em todas as concentrações da solução de hipoclorito de sódio analisadas e em qualquer um dos tempos utilizados, sem que haja efeitos negativ os nos modelos de gess o tipo V. Entretanto, os moldes que foram imersos em 5,25% de hipoclorito de sódio caus aram alguma deterioração superficial nos modelos de gesso tipo III.

Garcia et al.2 4, em 1995, av aliaram as alteraç ões dimensionais

produzidas em modelos de gesso decorrentes da imersão do molde de hidrocolóide irreversív el em soluções des infetantes (hipoclorito de sódio 2,5% e 1%). Para realização do estudo foram confec cionados 35 corpos-de-prova de gesso pedra especial, obtidos a partir de moldes de alginato de uma matriz metálica e imersos nas soluções desinfetantes analisadas durante 5 e 10 minutos. Os autores concluíram que a solução de hipoclorito de sódio 2,5%, nos tempos de 5 e 10 minutos de imersão, e a solução de hipoclorito de sódio 1%, no período de 5

(39)

minutos de i mersão, produzira m alterações dimensionais clinicamente desprezív eis; o fator tempo de imersão (10 minutos), tanto para a solução de hipoc lorito 2,5% quanto para a solução a 1%, interferiu na qualidade da s uperfíc ie do modelo de gesso obtido; estatisticamente, as alterações dimensionais ocorridas no grupo da imersão em hipoclorito 1% por 10 minutos foram mais significantes, enquanto os demais grupos comportaram-se de maneira semelhante.

Ibrahim2 7, em 1995, av aliou a influência do tempo de

desinfecção através de imersão em solução de glutaraldeído 2% (Cidex , J ohnson & Johnson, Sweden) s obre a es tabilidade dimensional, a resis tência à compress ão e a dureza Vic kers de um ges so tipo IV (Glastone – Dentsply, York Div ison) após três diferentes períodos de presa. Os períodos de presa utilizados foram: a) uma hora (grupo I), 4 horas (grupo II) e 24 horas (grupo III; já os tempos de imersão foram de 20 minutos, uma hora e 4 horas. Foram confecc ionados 5 corpos -de-prov a para cada condição experimental e mais 5 corpos-de--de-prova como controle para cada grupo, sendo que estes últimos não foram expostos à s olução desinfetante, totalizando 60 corpos-de-prova para cada propriedade analisada. Os resultados demonstraram que a estabilidade dimens ional foi dependente do tempo de imersão na s olução desinfetante, menor no grupo I (tempo de presa de 1 hora) do que no grupo III (tempo de presa de 24 horas ) e, nos subgrupos de imersão por 4 horas , sempre inferior à dos outros intervalos de imersão. E m todos os grupos que s ofreram des infecção os valores da resistência à compres são e da dureza Vickers foram inferiores em relação aos valores do grupo controle. Como conclusão, o autor afirmou que a imersão dos modelos de gesso em solução desinfetante pode ocasionar alterações nas propriedades mecânicas do gesso e que o ideal seria esperar 24 horas de presa, até que o gesso tenha uma maior estabilidade, para então realizar a desinfecção. O autor afirmou s er necessário av aliar a ativ idade antimic robiana dos diferentes tempos de imersão para se determinar o tempo mais efetiv o neste processo.

(40)

antimic robiana de soluções desinfetantes incorporadas ao gess o tipo IV e a influência desta incorporação na resistência à compressão, no tempo de presa, na expansão de presa, na expansão tardia e na reprodução de detalhes desse gesso. As soluç ões estudadas foram o glutaraldeído 2% (Aldecyde, ICI Australia Operations Ltd., Melbourne, Austrália), iodóforo 10% (Betadine, Faulding Pharmaceuticals, Salisbury, Austrália), clorex idina 0,2% (Queenland Jospitals, Aus trália) e hipoc lorito de s ódio 1% em diluição 1:5 (Milton Solution Proc ter & Gamble, Vilawood, Austrália). Os mi croorganismos Esc herichia coli,

Staphylococcus aureus, Enterobac ter cloac ae, Pseudomonas

aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, Actinobacter calcoaceticus,

Bacillus s ubtilis, Mycobacterium phlei e Candida albicans foram

utilizados para contaminar impressões de hidrocolóide irrev ersível (Iv opal, Ivoc lar Pty. Ltd., Sydney, Austrália) nas regiões de segundo pré-molar e pri meiro, segundo e terceiro molares. Em seguida, gesso tipo IV (Fuji Rock, GC Dental Indus trial Corp., Tokyo, J apan) foi manipulado com as quatro soluç ões desinfetantes e os moldes vazados. Amostras das superfícies dos modelos foram colhidas com um swab após 1 e 24 horas sendo coloc adas em Agar e incubadas a 37º C por 24 horas (para o My cobacterium phlei esse período foi de 3 dias) e posteriormente as unidades formadoras de colônia (UFC) foram contadas . Para av aliação das propriedades mecânicas, foram confecc ionados corpos-de-prova apropriados para c ada ens aio de acordo c om as normas da International Organization for Standardization. Os resultados demonstraram, quanto à efetiv idade antimic robiana, que apenas o glutaraldeído e o iodóforo eliminara m todos os microrganismos contaminantes no intervalo de uma hora, enquanto que o hipoclorito de sódio 1% foi igualmente efetiv o após 24 horas. A res istência à compressão do grupo do glutaraldeído (53,3 + 7,7 MPa) não demonstrou diferença estatisticamente significante em relação ao grupo controle (50,4 + 8,4 MPa), sendo que ambos fora m superiores aos grupos do iodóforo (31,9 + 4,3 MPa), da clorexidina (31,9 + 5,3 MPa) e do hipoclorito de sódio (31,5+ 3,5 MPa), cujos

(41)

valores foram ligeiramente inferiores ao li mite es tipulado pela ISO (> 35 MPa). O tempo de presa do grupo do glutaraldeído (13 + 1 min) não apresentou diferença estatisticamente significante do tempo do grupo controle (14,30 + 2 min), mas ocorreu um aumento nos grupos do iodóforo (22,45 + 2 min), da clorexidina (25,30 + 0,45 min) e do hipoclorito de sódio (25,45 + 1,15 min), porém ainda dentro dos limites da ISO (6 a 30 minutos). A ex pansão de presa, a reprodução de detalhes e a ex pansão tardia não foram afetadas por nenhum dos desinfetantes . Os autores concluíram que a incorporação das soluções desinfetantes na mistura do gesso é um process o v iável sendo que o glutaraldeído 2% é a solução mais indicada por provocar os menores efeitos adversos às propriedades físicas do gesso IV. O iodóforo pode ser cons iderado como opção v iável mes mo tendo caus ado uma diminuição na resistênc ia à compress ão do gess o.

Jagger et al.2 9, em 1995, av aliaram as medidas que 175

laboratórios de prótese adotavam para s e controlar a infecção cruzada. Foi observado que 51% dos profissionais desinfetavam as prótes es com solução de glutaraldeído, clorexidina ou alv ejantes caseiros. Quanto ao uso de luv as, 64% as utilizav am para manipular os moldes e apenas 39% usavam luv as para manipular próteses enc aminhadas ao laboratório para reparos ou polimentos. Com base nesses resultados, os autores c oncluíram que os técnicos de laboratórios de prótese têm um risc o aumentado de c ontrair hepatite B, ass im c omo outras infecções, por manipularem trabalhos contaminados com sangue e saliv a, sendo que, se as normas de bioss egurança fossem s eguidas este risco poderia ser diminuído.

Merchant3 8, em 1997, fez uma rev isão de literatura

ressaltando as princ ipais rec omendações que a American Dental Association (ADA) e a National Assoc iation of Dental Laboratories (NADL) estabeleceram para o controle de infecção nos laboratórios de prótese dentária. Essas rec omendações tratav am da des ignação de áreas dentro dos laboratórios para a recepção de material, produção e env io, além dos cuidados para s e evitar infecção cruzada. O estudo

(42)

também enfatizou informações importantes a res peito dos equipamentos de proteç ão indiv idual, cuidados em relação à seleção e utilizaç ão de agentes esterilizantes ou soluç ões desinfetantes, cuidados com materiais e equipamentos laboratoriais, cuidados com moldes , modelos, bases de prova e próteses. A autora conc luiu que o uso adequado de equipamentos de proteção indiv idual, a observação de precauç ões univ ersais e o uso correto de soluções desinfetantes podem prev enir a ocorrência de infecção cruzada entre o laboratório e a clínica.

Mitchell et al.4 0, em 1997, av aliaram se a contaminação da superfície de modelos de gesso por s aliv a poderia contribuir para o crescimento bacteriano com o passar do tempo e se a desinfecção ou limpeza destes modelos poderiam diminuir o crescimento bacteriano. Para av aliar o crescimento bac teriano, foram confeccionados cinco modelos de gesso tipo IV (Microstone. W hip Mix Corp., Louisv ille, Ky., USA), div ididos em 6 áreas diferentes, e contaminados por saliv a. As amostras foram colhidas com o auxílio de um s wab, em s eis interv alos de tempo diferentes (15, 30, 60, 120, 180 e 240 minutos). Para av aliar o efeito da limpeza e desinfecção, foram confeccionados 60 cilindros de gess o tipo IV, sendo que doze destes cilindros não foram contaminados para servirem como controle negativ o. Os 48 cilindros restantes foram contaminados com 25 µl de saliv a e div ididos de acordo com o tratamento realizado: lav agem em água c orrente por 20 seg.; escovação c om água corrente e sabão por 20 seg.; imersão em glutaraldeído a 2% por 20 seg.; e ausência de tratamento (controle positiv o). Os resultados demonstraram que a contaminação dos modelos não diminuiu com o pas sar do tempo. A lav agem dos cilindros de gesso com água corrente diminuiu significativ amente a contaminação bacteriana. A escovaç ão c om água corrente e sabão e a imersão em glutaraldeído a 2% reduziram significativ amente a contaminação bacteriana em relação à lav agem em água apenas. Os autores conc luíram que a contaminação dos modelos de gesso por saliv a pode ocorrer e que é necessário um método eficaz de

(43)

desinfecção destes modelos.

Em 1998, Breault et al.1 3 av aliaram o efeito da incorporação

de um desinfetante à base de hipoclorito de sódio (Clorox, Clorox Co., Oakland, CA, USA) na expansão de presa, dureza Knoop, res istência à compres são, resistência à tração diametral, rigidez, na reproduç ão de detalhes e no tempo de pres a de um gesso tipo V (Die Keen, Heraeus Kulzer Inc ., South Bend, IN, USA). Para realização dos ensaios foram confecc ionados dois grupos de amos tras : um grupo c ontrole onde o gesso foi manipulado c om água c orrente de acordo com as instruções dos fabricantes; um grupo teste onde 10% da água de espatulaç ão foi substituída por uma solução de hipoclorito de sódio a 5,25%. De acordo com a relaç ão água/pó determinada pelo fabricante, o ges so foi proporcionado e es patulado manualmente por 30 segundos e mecanicamente à v ácuo por mais 30 segundos , sendo posteriormente vazado nas matrizes próprias para c ada ensaio. Foram confecc ionados 8 corpos-de-prov a por grupo para cada ensaio, s endo que as propriedades foram av aliadas após 1 hora do v azamento. Os resultados demons traram que a inc orporaç ão do hipoclorito de sódio na proporção estudada provocou um aumento es tatisticamente s ignificante na resistência compressiva e rigidez do gess o, além de uma diminuição do tempo de presa, porém, as demais propriedades não apresentaram diferenças significantes. Após a remoção dos corpos-de-prova das matrizes metálic as, foi observada a pres ença de pequenos pontos de corrosão nas mes mas. Os autores concluíram que a inc orporaç ão do hipoclorito de sódio pode s er um método efetiv o e conveniente para se desinfetar modelos de gesso no laboratório sem afetar as propriedades físicas e mecânicas de maneira adv ersa.

Stern et al.6 1, em 1998, av aliaram a resistência à abrasão e

resistência à c ompressão de dois tipos de gesso: um tipo III (Denstone Golden, Modern Materials, Columbus Dental, St. Louis, USA) e um tipo IV (Die-Keen, Modern Materials , Columbus Dental, St. Louis , USA), quando submetidos a várias aplicações de subs tâncias desinfetantes por spray. As substâncias desinfetantes es tudadas foram: um iodóforo

(44)

(Bioc ide, Biotrol Inc., North Salt Lake, Utah, USA), um glutaraldeído (Sterall, Colgate Hoyt, Canton, Mas s., USA) e um fenol (Sporicidin, Ash-Dentsply, York, Pa., USA). Foi testada também a aplicação de água des tilada por 10 minutos e por 30 minutos, hav endo ainda um grupo c ontrole para cada gess o onde não foi realizada a aplicação de nenhuma substânc ia. Após a c onfecção dos corpos-de-prova, aguardou-se 24 horas para se fazer a desinfecç ão. Os corpos-de-prova foram submetidos à aplic ação das substâncias desinfetantes por spray até que a s uperfície se apres entasse saturada, e foram então env olv idos em uma toalha de papel úmida, mantida pelo tempo especificado pelos fabricantes das subs tâncias. Esse process o foi repetido 7 v ezes, aguardando-se 24 horas entre cada aplicação de desinfetante. As amostras foram tes tadas após quatro ciclos e sete ciclos, ficando armazenadas à temperatura ambiente até a realização dos ensaios . Os resultados mostraram que a resis tência à abras ão foi maior nos grupos submetidos à aplicação de água e desinfetante em relação ao grupo controle, e em quas e todos os grupos ela foi ma ior no grupo s ubmetido a s ete aplicações do que aquele s ubmetido a quatro aplicaç ões. O grupo que menos apresentou diferenç a em relação ao grupo controle foi o do glutaraldeído. Em relação à resistência à compres são do gesso tipo III, o glutaraldeído diminuiu a resistênc ia à compres são em 26% e nenhuma outra substância apresentou diferença signific ativ a em relação ao controle. No gess o tipo IV observou-se que não houv e diferenças significativ as entre as s oluções estudadas e o grupo controle, com ex ceção do grupo do fenol, que apres entou um aumento de 18% na resistência à compressão. Os autores concluíram que os desinfetantes analisados podem ser aplicados com segurança nos gess os utilizados neste estudo, c om exc eção da aplic ação do spray de glutaraldeído em combinaç ão com o ges so tipo III. Além disso, segundo os autores, ess e processo dev eria ser repetido após cada procedimento clínico ou laboratorial para diminuir o risco de ocorrer infecção cruzada.

(45)

Adabo et al.3, em 1999, realizaram um estudo para avaliar o efeito de métodos de desinfecção sobre a estabilidade dimensional de div ersos elastômeros (polissulfeto, s ilicona de adição e condensação e poliéter). Os moldes foram obtidos a partir de um modelo-padrão (Columbia Dentoform Corp., New York, N.Y.) que representav a uma arcada superior. No grupo controle, nenhum proc esso de des infecção foi realizado fic ando o molde s obre a bancada de trabalho por 30 minutos ; no grupo 2 houv e imersão do molde numa soluç ão de hipoclorito de sódio a 5,25% por 10 minutos e em seguida deixada sobre a bancada por 20 minutos.; no grupo 3 foi feita a imers ão em solução de glutaraldeido a 2% por 30 minutos. Após es ses períodos, os moldes foram v azados com gesso tipo IV (Durone - Dentsply), sendo separados dos modelos após 1 hora. Foram feitas três leituras com um projetor de perfil (Nikon- Japan) depois de 24 horas. Os autores concluíram que não houv e diferença signific ante entre os elastômeros utilizados e quanto aos tratamentos des infetantes realizados não houv e diferença significante entre estes e o grupo c ontrole.

Ayhan et al.7, em 1999, av aliaram o efeito antimic robiano de

vários irrigantes endodônticos (incluindo a clorex idina 2%) contra seis microorganis mos (Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis ,

Streptoc occus salivarius, Str. pyogenes, Esc herichia coli and Candida

albicans), atrav és da mensuração dos halos de inibição do c res cimento

microbiano ao redor de discos de papel embebidos c om os irrigantes. Uma das conc lusões deste estudo foi de que a c lorexidina 2% foi um efetiv o irrigante para uso endodôntico.

Lin et al.3 4, em 1999, av aliaram a eficiência da des infecção de uma s olução de dióxido de cloro (Alcide LD, Alcide Corp., Norwalk, Conn.) aplic ada na forma de spray sobre as superfícies interna e externa de amos tras confeccionadas com resina acrílica termoativ ada (Ch Luc itone, Dentsply International Inc., York, Pa.). Fora m confecc ionadas 92 amostras, sendo 88 expostas à s uspens ão de microrganismos contendo Esc herichia coli, Staphiloc occus aureus e

Referências

Documentos relacionados

Detectadas as baixas condições socioeconômicas e sanitárias do Município de Cuité, bem como a carência de informação por parte da população de como prevenir

Dessa forma, a partir da perspectiva teórica do sociólogo francês Pierre Bourdieu, o presente trabalho busca compreender como a lógica produtivista introduzida no campo

Ficou com a impressão de estar na presença de um compositor ( Clique aqui para introduzir texto. ), de um guitarrista ( Clique aqui para introduzir texto. ), de um director

O facto da execução das tarefas do plano não exigirem um investimento avultado a nível das tarefas propostas é possível neste caso em concreto visto que na Empresa A

O primeiro passo para introduzir o MTT como procedimento para mudança do comportamento alimentar consiste no profissional psicoeducar o paciente a todo o processo,

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

Os profissionais da medicina do trabalho que preenchem a ficha de aptidão do trabalhador, ao assinalarem se o trabalhador se encontra apto, apto condicionalmente

O CES é constituído por 54 itens, destinados a avaliar: (a) cinco tipos de crenças, a saber: (a1) Estatuto de Emprego - avalia até que ponto são favoráveis, as