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A CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A POSTURA CORPORAL NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR RESUMO

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A CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A POSTURA CORPORAL NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

LIMA, Luciana Rainieri Fernandes - GEPEDUC/UENP RESUMO

A Educação Física Escolar pode ser efetiva na conscientização sobre a postura corporal adequada para minimizar as alterações e desconfortos decorrentes de posições inadequadas que resultam em dores na coluna vertebral humana. Por meio da socialização de conteúdos científicos, o professor deve ensinar os conceitos, bem como, o incentivo a prática de comportamentos posturais preventivos e necessários à saúde humana. Vê-se então, a necessidade de conhecer se as ações de intervenção, de caráter preventivo, contribuem à aprendizagem de conceitos e comportamentos adequados aos hábitos posturais no ambiente escolar. O estudo objetiva descrever os resultados obtidos sobre as ações interventivas à conscientização sobre a postura corporal adequada a saúde, aos educandos do ensino fundamental I, sob a ótica da Educação Física Escolar. A metodologia utilizada foi a pesquisa descritiva, com análise qualitativa e quantitativa dos dados coletados por meio de questionários aplicados em momento pré e pós-intervenção aos estudantes de uma escola de um município do Norte do Estado do Paraná. Os resultados comprovaram que as ações interventivas realizadas por meio das aulas de Educação Física contribuíram à conscientização e a aprendizagem de conhecimentos sobre a postura corporal adequada. O estudo evidencia a necessidade do ensino efetivo de conteúdos sobre a postura corporal humana no Ensino Fundamental I, bem como, o envolvimento e as orientações aos pais sobre atitudes preventivas quanto à saúde postural do filho (a). E ainda, reforçar os incentivos à prática de atividades físicas para prevenir os problemas de saúde, seja no âmbito físico, emocional, mental, e entre outros.

Palavras-chave: Intervenção. Postura Corporal. Educação Física Escolar.

INTRODUÇÃO

Pesquisas relacionadas à saúde da postura corporal demonstram elevados índices de desvios posturais na infância e na adolescência. Estas alterações e desconfortos na coluna vertebral decorrem de diversos fatores, tais como: sócio-ambientais, anátomo-funcionais, psicológicos e emocionais, 1

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que resultam dores nas costas e desvios que podem acompanhar até a vida adulta.

A ausência de intervenção com trabalhos de orientação postural, seja de forma terapêutica ou preventiva, colabora para o surgimento de dores nas costas, que interferem na qualidade de vida do ser humano. Vê-se então, a necessidade de conhecer se as ações de intervenção, de caráter preventivo, contribuem à aprendizagem de conceitos e comportamentos adequados aos hábitos posturais no ambiente escolar. O estudo objetiva descrever os resultados obtidos sobre as ações interventivas para a conscientização sobre a postura corporal adequada à saúde, aos educandos do ensino fundamental I, sob a ótica da Educação Física Escolar.

No decorrer do estudo são abordadas as seguintes especificidades: a postura corporal e seus aspectos na infância; a intervenção preventiva sobre a postura corporal na Educação Física escolar; os resultados e considerações finais sobre o estudo.

A metodologia utilizada é a pesquisa descritiva, com análise qualitativa e quantitativa dos dados coletados por meio de questionários aplicados aos estudantes de uma escola do ensino fundamental l de um município do Norte do Estado do Paraná.

É fato a contribuição da Educação Física Escolar à qualidade postural, que pode acontecer por meio de conteúdos de orientação à conscientização aos hábitos posturais praticados no cotidiano do educando. Prática esta que deve transformar as ações em atitudes preventivas para evitar ou reduzir as alterações na coluna para a boa qualidade de vida e saúde.

1 POSTURA CORPORAL E SEUS ASPECTOS NA INFÂNCIA

Diversos estudos sobre a postura corporal humana a definem sob a ótica de aspectos somáticos ou biomecânicos, com características individualizadas à imagem corporal que o próprio ser humano tem de si e as partes físicas do corpo. Para Candotti (2011, p. 43), postura corporal é “a 2

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posição que o corpo assume no espaço em função do equilíbrio dos quatros constituintes anatômicos da coluna vertebral: vértebras, discos, articulações e músculos”.

Na infância, o crescimento e desenvolvimento da estrutura óssea precisam acontecer de forma equilibrada e harmoniosa para obtenção da postura adequada, e consequentemente, uma vida mais saudável e com qualidade de vida. No entanto, Detsch et al (2007) afirma que grande parte dos problemas relacionados a postura corporal, tem seu princípio no período de crescimento e desenvolvimento da criança, decorrentes dos ajustes que ocorrem em função das mudanças constantes e específicas do corpo e do psicossocial.

Na escola, existem situações que favorecem o aparecimento de alterações posturais devido à permanência da postura sentada no mobiliário por longos períodos do dia, com esforços intensos das estruturas que fazem a manutenção do equilíbrio corporal. Souchard (1996 apud STAEL; LIMA, 2008 p. 5) comenta que:

[...] as síndromes posturais da coluna vertebral nem sempre são bem visíveis ou definidas. A evolução é lenta e muitas vezes, indolor e imperceptível na fase de crescimento, frequentemente na fase adulta, com o problema já instalado, é que o individuo tem a consciência da gravidade da situação.

Leboeuf-Yde e Kyvik (1998 apud MOREIRA, 2008, p. 11) no estudo com 29.424 gêmeos, propuseram identificar em qual idade a dor na coluna lombar começaria a se tornar um problema comum. O resultado indicou que 7% relataram sentir dores nas costas e estavam no início da adolescência. Em continuidade, 67% destes sentiram dores também na fase adulta, ou pelo menos sentiram uma vez na vida.

Sjolie e Ljunggren, Feldmann et al (2001, apud MOREIRA, 2008, p. 12), Vanícola (2007) em pesquisas com crianças, verificaram que muitos dos distúrbios posturais acometidos na infância estão relacionados à falta de flexibilidade, de mobilidade e força muscular, causando instabilidade na estrutura músculo-esquelética humana.

Na fase de desenvolvimento infantil, dores na região lombar e escoliose foram os problemas mais identificados no estudo de Araujo (2012, p. 106) ao 3

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relatar que, “[...] 80% dos problemas posturais tem inicio da infância e confirmando-se na adolescência, devido aos maus hábitos do cotidiano [...] principalmente durante o período escolar”.

De todo o exposto, é necessário conhecer a importância da intervenção preventiva sobre a postura corporal no ambiente escolar por meio das aulas de Educação Física, e contribuir para a prevenção de possíveis alterações na coluna vertebral.

2 A INTERVENÇÃO PREVENTIVA SOBRE A POSTURA CORPORAL NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Pesquisas relatam problemas relacionados à postura corporal no âmbito educacional. No entanto, alguns atuam com o processo de intervenção para prevenção ou tratamento após a detecção de alterações posturais e dores nas costas dos educandos.

Vanícola et al (2007) conceitua a intervenção postural como a ação pedagógica com aprendizagem de conhecimentos e comportamentos que influenciam nos hábitos posturais realizados ao longo da vida. Candotti (2011) pontua que a educação postural orienta quanto ao posicionamento do corpo e as conseqüências de adoção de postura corporal irregulares, bem como, informa as maneiras preventivas de realizar as atividades cotidianas.

No que tange a educação postural, a Educação Física Escolar pode contribuir com a realização de diagnósticos e intervenções para conscientizar os educandos sobre a necessidade de conhecer o próprio corpo, tanto nos aspectos anatômicos e cinesio-fisiológicos, quanto o corpo no espaço social, com ações conscientes e preventivas sobre os problemas posturais. Candotti et al. (2011, p. 59) reforça esse pensamento ao destacar:

[...] a importância do ensino de conhecimentos de anatomia e biomecânica, e hábitos posturais adequados nas atividades de vida diária na infância, visto que a postura adequada ou a correção precoce de desvios posturais nessa fase possibilitam padrões posturais adequados na vida adulta.

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Barbosa (2010, p. 38) pontua que o professor de Educação Física deve colaborar nas ações preventivas para possíveis alterações posturais, bem como na detecção precoce das mesmas, pois, “[...] podem planejar formas de intervenção pedagógica objetivando a consciência corporal do aluno, [...] adotar cuidados com a sua postura dentro e fora do ambiente escolar”. Shumaway-Cook e Woollacott (2003 apud VANÍCOLA, 2007, p. 307) comentam quanto à necessidade de utilizar diferentes metodologias de aprendizagem, e assim:

[...] a implementação de programas de exercícios, voltados a reeducação postural, [...] estratégias como a utilização de feedback visual e somatosensorial devem ser empregadas, como seria esperado em qualquer ambiente de aprendizagem de movimentos.

Estudos demonstraram que programas de intervenção realizados com o propósito de ensinar e corrigir problemas posturais, de forma preventiva e terapêutica obtiveram bons resultados. Gómez-Conesa (2001, apud RITTER, 2003, p. 16) descreve em sua pesquisa com escolares, obteve-se melhoria quanto ao conhecimento e práticas corporais, articulando aulas teóricas e práticas com abordagens anato-funcional e biomecânica aplicada às ações do cotidiano, e assim, auxiliaram na prevenção de dores nas costas.

Rebolho (2005) realizou intervenções por meio de histórias em quadrinho como estratégia educativa sobre a postura corporal na infância escolar, e verificou ser uma metodologia precisa para mediar conhecimentos científicos de forma atrativa e divertida para a aprendizagem de conteúdos sobre a postura corporal com ações preventivas à saúde do educando.

Do exposto, verifica ser função da escola propiciar ambientes à aprendizagem de conhecimentos à manutenção da saúde e qualidade de vida dos educandos. Ao professor de Educação Física é de sua responsabilidade social, mediar conhecimentos científicos, pedagógicos e técnicos, com uso de metodologias e estratégias preventivas à formação do ser humano com consciência corporal e interação crítica com o outro e o seu meio social.

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O estudo em questão é a continuidade de um trabalho realizado desde 2012, publicado por Lima (2013), cujo objetivo foi conhecer a incidência de dores nas costas, e quais os fatores principais que resultam no incomodo ou alterações posturais no ambiente escolar. Os resultados da pesquisa comprovaram que as crianças tinham ou já sentiram dores nas costas, e o fator com maior queixa foi ao transportar a mochila escolar. Sendo assim, foi estruturada a implementação à conscientizar e adoção de atitudes posturais positivas com intencionalidade interventiva à manutenção músculo-esqueléticas da pesquisa de 2013.

O estudo caracteriza-se como pesquisa descritiva, com análise qualitativa e quantitativa dos dados, que objetiva descrever os resultados obtidos sobre ações de intervenção à conscientização sobre a postura corporal adequada à saúde, por meio das aulas de Educação Física aos estudantes do ensino fundamental I.

Após a permissão para realização da pesquisa, houve a convocação do público alvo por meio de comunicação verbal à aplicação dos questionários. Participaram do estudo 47 estudantes do 4º e 5º anos, matriculados na rede municipal de uma cidade do Norte do Estado do Paraná. Desses, 25 (52%) são do gênero masculino e 22 (45,83%) são do gênero feminino.

A coleta de dados foi realizada em duas etapas: a primeira em maio de 2013, e a segunda em agosto de 2013. Os questionários foram idênticos quanto às abordagens, sendo 10 questões fechadas sobre a concepção de postura corporal, porém com aplicação em momentos diferentes, momento pré- intervenção e pós-intervenção.

As questões com múltiplas escolhas indagaram sobre a posição postural sentada, em pé, deitada, no transporte de mochila escolar e a mudança de objetos com levantamento do peso desde o chão até outro espaço. Em cada uma das opções, eles tinham que assinalar qual postura era a mais adequada para uma determinada posição.

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Após o diagnóstico (pré-orientação/intervenção), foi realizada ações de intervenção para aprendizagem de conceitos e comportamentos sobre a postura corporal por meio das aulas de Educação Física Escolar.

As ações interventivas ocorreram: a) por meio de palestra para professores, alunos, equipe pedagógica e funcionários da escola, ministrada por um Fisioterapeuta, que prestou orientações específicas sobre postura corporal; b) aulas práticas com situações corretas e incorretas sobre a postura corporal e o comportamento das posições no cotidiano escolar; c) sessões educativas com estudo de conceitos sobre anatomia músculo-esqueléticas da postura corporal e doenças causadas por adoção de má postura; d) demonstrações de figuras músculo-esqueléticas, desvios, alterações posturais relacionadas; e) aulas expositivas e dialógicas com técnica de movimentos corporais que atuam na manutenção da boa postura.

Posteriormente, foi reaplicado o questionário pós-orientação/intervenção para analisar se houve mudança de conceitos quanto à postura corporal, com questões seguindo o mesmo padrão no diagnóstico da pré-orientação/intervenção.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

As questões 1, 2, 3, abordam sobre postura corporal na posição sentada. Na questão 1, pergunta-se aos educandos qual o jeito adequado de ficar com as costas na posição sentada. Nas repostas da pré-orientação/intervenção foram 80,86%, pós-pré-orientação/intervenção 93,61% disseram que deve estar reta encostada na carteira. Quanto a questão 2, questiona-se sobre a adequação do bumbum no acento. Na situação pré-orientação/intervenção, 93,02%, e na pós-orientação/intervenção 91,49% alegaram ser perto da cadeira sem escorregar para frente. Na questão 3, questiona-se sobre a maneira adequada dos pés ficarem. No momento da pré-orientação/intervenção 91,49%, na pós-pré-orientação/intervenção 93,61% dos educandos disseram que deve alcançar o chão, ficando retos e apoiados.

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Nota-se que nas três primeiras questões os resultados revelaram que o trabalho de orientação/intervenção de educação postural provocou mudanças positivas na conscientização sobre a postura adequada ao sentar. Vê-se como essencial socializar os conhecimentos teóricos e práticos para evitar possíveis alterações da postura corporal. Eastman (1976 apud BANKOF, 2004) em sua pesquisa com foque na ergonomia da posição sentada em escolares observou que quanto mais ereta estiver a coluna do educando, resulta na redução da fadiga e desconfortos da postura corporal sentada.

As questões 4, 5, 6, abordam a postura corporal em pé. Na questão 4, questiona-se sobre a maneira adequada de posicionar a cabeça, e 93,61% na pré-orientação/intervenção; 95,74% na situação pós-orientação/intervenção apontaram que a maneira adequada da cabeça é olhando para frente. Quanto ao posicionamento adequado das costas, na questão 5, 93,61% na situação pré-orientação/intervenção, e 95,74% na situação pós-orientação/intervenção, disseram que o adequado é ficar com as costas na posição reta. Na questão 6, questiona-se sobre a maneira adequada dos pés ficarem, e 63,82% pré-orientação/intervenção; e na pós-orientação/intervenção, 87,23% assinalaram que devem ficar juntos.

Ao observar os resultados, nota-se que houve mudanças no aprendizado das atitudes posturais, tanto no pré, como no pós, sendo efetiva e notável a conscientização sobre o alinhamento corporal em pé com consciência postural adequada, que permite ao corpo um equilíbrio corporal mais estável, e minimiza os esforços e desconfortos da coluna vertebral. Rasch e Burke (1977 apud BANKOFF, 2004) sugerem que a posição em pé deve satisfazer funcionalmente as necessidades do corpo com respeito às individualidades de cada pessoa.

Na questão 7, questiona-se sobre a maneira de carregar a mochila. Na pré-orientação/intervenção 95%, na pós-orientação/intervenção 93,61%, destacaram que a mochila deve ser transportada nas costas, com uma alça em cada ombro. Percebe-se modificações nos resultados, devido aos conhecimentos socializados na palestra sobre como carregada a mochila escolar, revezando o tempo em cada parte do corpo ao transportá-la. Essa informação influenciou nas respostas na pós-orientação/intervenção sobre a

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ergonomia adequada ao transportar a mochila escolar. A literatura já se opõe a esta afirmação quando Rebolho (2005) comenta, “[...] o transporte deve acontecer com apoio nos dois ombros e que as crianças devem ser orientadas sobre o uso correto das mochilas”.

Quanto a forma adequada de ficar deitado, referente à questão 8, na situação pré-orientação/intervenção obteve resultados diferenciados em duas opções, 44,68% acreditam ser de lado, enquanto que 34,04% disseram ser de barriga para cima. Na situação pós-orientação/intervenção, 74,47% apontou ser de lado, enquanto que 21,27% apontaram ser para cima.

Verifica-se que no momento da pós-orientação/intervenção ocorreu um aumento do percentual quanto à opção deitar de lado ser a mais adequada. Nota-se a importância das ações educativas quanto a postura ao dormir. Pesquisa realizada por Rebolho (2005) mostrou que as ações interventivas de ensino, memorização de conceitos e nas demonstrações práticas quanto à forma adequada para dormir também foram efetivas quanto à mudança no aprendizado, tanto na pré, como na pós-intervenção.

Nas questões 9 e 10, ambas abordam sobre o levantamento e transporte de objetos. Na questão 9 questiona-se sobre o jeito adequado de abaixar, pegar e levantar um objeto do chão. Na situação pré-orientação/intervenção os percentuais obtidos se igualaram em duas opções, 46,80% assinalaram que os objetos devem ser levantados com a ajuda das costas, e na outra opção, com a ajuda dos joelhos. Na situação pós-orientacão/intervenção 87,23% afirmaram que o adequado ao levantar objetos é com a ajuda dos joelhos, na posição agachada. Após a intervenção, os educandos demonstraram apropriação de conhecimentos e conceitos sobre a postura adequada para o transporte de pesos.

Quanto a questão 10, questiona-se sobre o jeito adequado de mudar ou transportar um objeto. Na pré-orientação/intervenção 70%, e na pós 89,37%, destacam que seria realizada de frente para o objeto, segura nas duas mãos e gira com o objeto próximo ao corpo. Panjabi (1990 apud TEIXEIRA & VANÍCOLA, 2001) reforça que o peso deve ser transportado próximo ao corpo para evitar sobrecarga nos discos lombares e sobre a coluna vertebral devido ao aumento do braço de alavanca na realização do movimento.

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Por fim, conhecer as técnicas à proteção da coluna vertebral, evita sobrecargas que prejudicam a funcionalidade do movimento ao segurar ou deslocar-se com pesos que possam provocar alterações posturais.

5 CONSIDERAÇÕES

Com base na proposta estabelecida de descrever os resultados obtidos com as ações interventivas para a conscientização sobre a postura corporal adequada aos educandos do ensino fundamental I, os resultados comprovaram que as ações interventivas realizadas nas aulas de Educação Física contribuíram à conscientização e a aprendizagem de conhecimentos sobre a postura corporal adequada a ser praticada no cotidiano. Estas ações atuam como prevenção contra possíveis desconfortos, alterações ou desvios na região da coluna, ocasionadas pela prática de má postura no ambiente educativo, já que a criança permanece na escola por longo período.

Nas aulas de orientações educativas, os alunos obtiveram aprendizagem de mecanismos que os auxiliaram na aprendizagem de técnicas de equilíbrio e consciência corporal para alinhamento postural e a redução dos desconfortos e a fadiga das estruturas envolvidas na sustentação da coluna vertebral.

Quanto às ações de pré-orientação/intervenção, verificou-se que conheciam sobre o posicionamento corporal adequado à manutenção da postura corporal no cotidiano. No entanto, com os resultados obtidos na pós-intervenção notaram-se percentuais ainda mais elevados. Acredita-se que a aplicação das aulas teóricas à aprendizagem de conceitos e comportamentos relacionados à postura, palestra, aulas práticas com sessões educativas das situações corretas e incorretas, bem como, prática de técnica de movimentos que atuam na manutenção da boa postura influenciou positivamente nos resultados alcançados. A satisfação dos resultados sugere que foram motivadas pela participação da comunidade escolar e a ação interventivas por meio das aulas de Educação Física.

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A escola é o ambiente propício à ocorrência de alterações posturais. Logo, é imprescindível o compromisso do professor de Educação Física com o desenvolvimento humano, e a otimização em conscientizar, preventivamente, a todos da comunidade escolar sobre adoção de hábitos posturais saudáveis, utilizando-se das mais variadas metodologias e instrumentos à manutenção da saúde e qualidade de vida dos envolvidos.

Por fim, é importante a inclusão efetiva de conteúdos sobre a postura corporal no Ensino Fundamental I, bem como orientações junto aos pais, para que os mesmos sejam ativos em participar na saúde postural do filho(a) no cotidiano, e continuar com os incentivos à prática de atividades físicas como prevenção aos malefícios à saúde em todos os seus aspectos.

6 REFERÊNCIAS

ARAUJO, A. G. DOS S. et al. Incidência de escoliose com excesso de carga nas mochilas em crianças de 6 a 10 anos.2011. Revista Brasileira de

Fisioterapia do Exercício. Vol. 11. N˚ 2-abril/junho 2012.

BANKOFF, P. C. Estudo da postura corporal e aspectos nutricionais em escolares do ensino fundamental da rede pública. 2004. 73f. Dissertação (Mestrado o Ciências do Desporto). Universidade Estadual de Campinas. Campinas-SP.Disponível em:

<www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000341876> Acesso em: 02 jun 2014.

BARBOSA, L. M. F. M. Educação física escolar como contribuição para

prevenção de problemas posturais da coluna vertebral. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Nove de Julho. São Paulo. 2010. Disponível em:

<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/2011/e ducacaofisica/monografia/edfecoluna.pdf>. Acesso em: 15 jul 2014.

CANDOTTI, T. C. et al. A educação postural como conteúdo curricular da educação física no ensino fundamental nas escolas da cidade de

Montenegro/RS. Universidade Federal do Rio Grande do Sul - RS. Revista Movimento. Vol. 17. N° 3. Julio-septembre. p. 57-77. 2011.

DETSCH, C. et al. Prevalência de alterações posturais em escolares do ensino médio em uma cidade no sul do Brasil. Revista Panamericana de Salud Publica, Washington, v. 21, n. 4, p. 231-238. 2007.

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LIMA, L. R. F. A contribuição da educação física escolar para a prevenção de problemas relacionados com a postura corporal. 2013. Disponível em:

<primitivomoacyr.weebly.com/.../a_contribuio_da_educao_fsica_escolar_>. Acesso em: 28 ago 2014.

MOREIRA, S. Características da Postura Corporal de escolares da rede municipal de ensino de Porto Alegre. 2008. 101f. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento Humano). Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre-RS. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/14728>. Acesso em: 15 mar. 2014.

REBOLHO, M. C. T. Efeitos da educação postural nas mudanças de hábitos em escolares das 1ª a 4ª séries do ensino fundamental. Dissertação (Mestrado Ciências em Fisiopatologia Experimental) da Faculdade de Medicina da

Universidade de São Paulo. 2005. 87f. Disponível

em:<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-29092005-160511/pt-br.php>. Acesso em 01 ago 2014.

RITTER, A. L. DA S. Programa postural para escolares do ensino

fundamental. 2003. 84 fl. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento Humano). Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação Física. Porto Alegre-RS. Disponível em:

<http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/3094>. Acesso em: 15 maio 2014. STAEL, M. H. DE S.; LIMA, D. F. DE. Educação postural corporal preventiva: uma abordagem a partir da medida do peso da mochila em relação à massa corporal de escolares do colégio estadual de Renascença-PR. 2008.

Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2372-8.pdf>. Acesso em: 01 ago 2014.

TEIXEIRA, L.R. & VANÍCOLA, M.C. A Postura Corporal nos Programas de Educação Física. Revista da Escola Superior de Educação Física de

Pernambuco. v.1,n.1, (7 - 14), 2001. Disponível em:

<www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/.../tapoiopostura-corporal.doc>. Acesso em: 25 mar 2014.

VANÍCOLA, M. C. et al. Reeducação postural. Motriz. Rio Claro –SP. v. 13. n° 4. p. 305-311. out/dez. 2007.

Universidade Estadual do Norte do Paraná. UENP. Grupo de Pesquisa em Educação. R. Justino Marques Bonfim, 12. Conjunto Vitor Dantas. Cornélio Procópio. PR.

2- Fundamentos teórico-metodológicos do processo ensino-aprendizagem e avaliação em Educação Física.

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