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EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUARIA - EMBRAPA REUNIÃO DE DIRIGENTES DO SISTEMA COOPERATIVO DE PESQUISA AGROPECUÂRIA

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EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUARIA - EMBRAPA

REUNIÃO DE DIRIGENTES DO

SISTEMA COOPERATIVO DE PESQUISA AGROPECUÂRIA

PAINEL: O RELACIONAI)NTO ENTRE OS CENTROS, UEPAE's, EMPRESAS

ESTADUAIS E PROGRAMAS INTEC-RADOS

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REUNIÃO DE DIRIGENTES DO SISTEMA COOPERATIVO DE PESQUISA AGROPECUÂRIA - 1982

PAINEL: O relacionamento entre os Centros, UEPAE's, Empresas Estaduais e Programas Integrados.

PAINELISTA: Elmar Wagner

INTRQDUÇÃO

Deixo claro, não trazer opiniões e manifestações do CPAC, muito embora eu tente representar o consenso. Fui convocado ou convidado como Chefe de uma TJD da Empresa que atua no "Re curso" ou Região dos Cerrados e do centra do Pais.

Tive a preocupação de consultar outras Unidades e cole gas, recebendo poucas contribuições, talvez pela exigüidade de tempo.

O tema & por demais importante e complexo, principalmente num pais das dimensões do nosso. Desta forma, não creio que o

assunto seja suficientemente exaurido nesta ocasião.

Nesta apresentação não pretendo ser critico, mas sim le vantar pontos históricos (de uma história recente), que sir vam ou que se prestem à análise e mais do que isso, suportem algumas reflexões futuras.

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02.

I. A FILOSOFIA E O PAPEL DA EMBRAPA

A idéia do modelo concentrado, em oposição ao chamado di fuso, dentro de meu principio dé atuação em problemas relevan tes, numa pesquisa e experimentação orientadas •a solucioná-los é das concepções mais felizes que a EMBRAPA já teve.

Para que se alcance isso eu sempre entendi que mais dois pressupostos são essenciais. O primeiro-é que uma equipe mul tidisciplinar atue interdisciplinarmente, seja na informação cientifica ou na geração de- tecnologias, ambas orientadas aos problemas de modo condentrado.

O exemplo que sempre utilizo vem da Hidráulica, mediante o esquema de uma barrica com certa altura de água e com furos de di&metros.e perfis diferentes. A questão então é identifi

car ou atribuir prioridades àqueles que perdem ou dão vazão ao maior volume de água.

Se a partir das equações de Euler, da Continuidade e da de Bernoulli eu posso dar um tratamento matemático ao proces so ou ao fenômeno hidrodinâmico de escoamento em orificios e bocais, me vem à mente o quinto principio filosófico da Empre sa que é o do enfoque sistêmico.

Partindo da equação de Bernoulli, Torricelli realizou en saios (modelos reduzidos) com pequenos orificios de parede delgada em bizel, determinando uma'nova equação que necessitou ser adaptada sempre quando se tratava de grandes orifícios, em que as alturas ou cargas h e h 2 exercem influ&ncias.

Penso, em conseqtiéncia, que o enfoque sistêmico nos con duz a duas linhas de trabalho: a) uma em que Torricelli se

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valeu de modelos físicos reduzidos (visando não encarecer os ensaios) , para cuja técnica experimental já temos um certo do miniô; b) outra € utilizar a equação de Torr±celli, a'ora já determinada, para se detectar em que condiçêes se verifica a maior perda, e atribuir prioridade.

Em ambos os casos estamos nos valendo dó conceito de sis temas, onde a lei da conservação das massas acrescido dos princípios de viscosidade, densidade, rugosidade, velocidade, grau de turbulência, etc. atuam intrinsecàjnente ao "sistema barrica" sem esquecer contudo de considerar outros componen tes sistêmicos como a pressão por exemplo,, ou desconsiderá-la se o sistema maior for o atmosférico.

O primeiro grande problema que eu vi na EMBRAPA foi rela tivo a isso. Não sabíamos nos situar no que se pretendia com o chamado "enfoque sistêmico". Muita confusão! Não sabíamos se se tratava de um jistema de pesquisa ou pesquisa em siste mas e assim por diante.

Também penso que a EMBRAPA teve, tem e vai continuar ten do o grande mérito de ao mesmo tempo interiorizar a pesquisa neste pais; de atuar seriamente com os chamados "food crop", além dos "cash crop", ou seja o feijão com arroz brasileiros; de retomar trabalhos com "culturas" problemas, cujo exemplo típico é a seringueira, e de atuar nas chamadas áreas proble mas do país, sejam elas regi6es ou sejam áreas do conhecimen

to científico.

Presentemente penso que aí reside o segundo grande entra ve, acabamos por pulverizar ou dividir demasiadamente (tenho a certeza muito antes do tempo) , a "relevância dos nossos pro blemas" ou a grandeza destes problemas.

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EMBRAPA 04.

determinar o furo maior da barrica. Na análise dos componen tes sistêmicos eu já passo a ter dúvidas se o atrito entre particulas é mais importante do que a densidade, se a turbu lência é mais importante do que a densidade, se a turbuléncia é mais importante do que a forma em bizel e sucessivamente. A impressão que me dá é que nesse nível de detalhe tudo passa a ser prioritário.

Qualquer relacionamento fica difícil sempre quando antes de termos a compreensão clara e a manipulação plena de nossos princípios e instrumentos, mudamos as regras do jogo. Aqui não me refiro apenas ao relacionamento entre UD5 nos níveis federal e estadual, mas até mesmo dentro da Unidade.

A pulverização de "problemas relevantes" a meu ver inibe a ação multidiscip linar e, muito mais ainda, a forma concen trada. O exercicio da cooTdenação dentro da própria Unidade fica tremendamente dificultado, quanto mais entre institui çôes. Analogamente posso trazer as figuras das forças centrí peta e centrífuga, por opostas que são. -

II. NIVEIS E ÂMBITOS DE ATUAÇÃO

Lembro que foi muito incômoda a colocação das expressões "geração" e "adaptação" de tecnologias, nos primórdios da Em presa. Se consideradas infelizes à época, até agora não foram esclarecidas ou mesmo substituidas.

A verdade é que em muitas circunstâncias o que até hoje fazemos, em grande parte., é pesquisa adaptativa. - Parece-me que isso não tem diminuido o mérito e a importância de nossos trabalhos. Acho que é um procedimento correto, podendo ser circunstanciãl e temporal. Provocar o campo e ver os efeitos é uma forma de acelerarmos o conhecimento. Contudo, há que se

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estabelecer momentos adequados de mudanças mtodológicas que perquiram a compreensão dos fenômenos ou mecanismos que os regem. - Somente a maturidade nos conduz ou induz a isso. E ma turidade é função de tempo e de trabalho.

Se em algum momento pensamos nos nossos Centros de. Produ tos à semelhança dos Centros Internacionais, deveríamos exanil nar niveis e ãmbitoá de atuação a partir deles. Sim, porque se acreditamos existirem problemas de relacionamênto entre as figuras propostas para este Painel, eu diria, com muita con vicção, que também neste outro nível existem divergências e discrepâncias.

De qualquer forma, os Centros Internacionais, aquelesnais antigos pelo menos, são organizados por produtos e foram 12 calizados não na França ou Canadá para trigo, não na Holanda ou na Alemanha para batata e não no Japão para o árroz.

Nos Centros Nacionais, também organizados por produtos, na -sua quase totalidade, estão localizados nas zonas tradicio nais de produção daquele produto. Já os Centros Reionais ou por Recursos estão localizados em zonas problemas, sem tradi ção maior em agricultura, onde o problema da região

é

que pre cisa ser resolvido, cujos fatores limitantes, no geral são claros e bem definidos.

Os Centros Estaduais, cujo nível detém simultàneamente os encargos da Pesquisa e da Extensão, via de regra também são organizados por produtos. Nesse nível Estadual existe uma ga ma enorme de instituições que são: l)as Estações Experimeri tais de Institutos de Pesquisa; -2) as EF's de Cooperativas de Produtores; 3) as EE's de Universidades; 4) as UEPAE's

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EMBRAPA 06.

Num outro nível ou âmbito existem outros produtos que ou não são terra de ninguém ou são afetos ao MIC; mas que tanbém são trabalhados nos Centros Nacionais, nos Centros de Recur sos, nas Estações Experimentais estaduais etc.

Ora, 'não se trata' 'de prõblem&s -de relaciobaménto, ia's sim-de relacionamentos difíceis sim-devido à complexidasim-de sim-de todo o SISTEMA COOPERATIVO DE PESQUISA - EMBRAPA.

III. CANAIS DE RELACIONAMENTOS: DISCIPLINA E OBEDIÊNCIA

Muitos acreditam que o exercício da Programação é instru mento mais que suficiente para a integração ou a interação iri terinstitucional. Esse exercício é normalmente praticado no nível internacional. Acordos, Cartas e Memorandos de Entendi mento são exaustivamente estudados quando se pretende traba

lhar juntos. Chegam até a esfera jurídica.

Não sei porque, no ãmbito nacional ou mesmo interestadUal, a prática é outra. Pretende-se que as reuni6es de pesquisado res, extensionistas, produtores agrícolaS, produtores do se

tor secundário, professores, etc, via inúmeros Colegiados de Projetos, entende-se problemas relevantes, de Programas, Con selhos Assessores dos Centros, etc. , sejam os elementos que acordam, que orientam, que decidam.

Novamente é tudo muito complexo e muito difícil! Nós di rigentes de pesquisa neste país, estaiiõs delegando poderes e decisàb a muitos e a todos os níveis,. A não ser que na práti ca a teoria seja Outra?! E parece que é, pois do contrário não estaríamos recebendo tantas determinações de faça isto, faça aquilo, isto aqui é prioritário, deixe de fazer alguma

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coisa que está em andamento, mas faça isso. No meio aparecem algumas recomendações tambmt

Geralmente nos incomoda ver tramitações via canais dire tos de comunicação. Dizemos aos Centros Internacionais: tal coisa somente via o Centro Nacional tafl E o nosso comporta mento qual tem sido? Somos suficientemente disciplinados e obedientes bastante para com os princípios e com a filosofia da Empresa? Somos cõnscios de estarmos "dirigindo" a pesquisa no nosso ámbito? Não está se,verificando uma dispersão e pul verização de recursos? A proliferação de Programas'e Projetos de pesquisa e de captação de recursos não está nos confuridin do?

Um Projeto conciso, com objetivo claro, prazo delimitado de execução, com metodologias e requerimentos específicos me parece ser muito mais apropriado para a "venda de serviços"ob jetivando a captação de recursos. Em outros termos ele sempre serve ou se presta ao estabelecimento dos termos de coopera ção entre duas ou mais instituições, sejam elas afins ou se jam complementares. -

IV. PRINCÍPIOS DE LIVRE ARBÍTRIO

Tenho manifesto nas mais variadas oportunidades, um aspec to notável dentro de nossa organização. A EMBRAPA, sem dúvi da, permite ao pesquisador que exercite a sua criatividade, via sua experi&ncia e engenhosidade, propondo ações de pesqui sa.,e de experimentação.

É notável tamb&m o grau de autonomia e de flexibilidade que ela atribui e proporciona às suas Unidades Descentraliza

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EMBRAPA

n

Contudo, se isso se verifica no âmbito intrínseco, o mes mo não se dá no extrínseco.-Em outras pa1avras;- -constituimos indivíduos e equipes capazes dediscernir científica e tecnLca mente sobre aspectos programáticos, mas à Instituição não é.

facultado esse direitq de discernir na cooperação.

Novamente vale lembrar as diferenças de \ tratamentos nos níveis internacional e nacional: escolhemos nossos parceiros em programas de cooperação internacional, onde os interesses maiores de ambos os lados são resguardados; não nos é faculta

do eleger, no mesmo sentido e com os mesmos princípios, nos sos parceiros nacionais. Nesse nível Se obrigam "enganchar" ações não no atendimento a mtituos interesses institubionais, mas exclusivamente prograniáticos. Salvam-se as figuras de Pra gramas; arranham-se as: instituições.

V. COLEGIADOS E COORDENAÇÕES

Se hoje fôssemos Convocar uma reunião não de Dirigentes da Pesquisa, mas de Coordenadores de Pesquisa, tenho a certe za que a ela teria que atender o universo de pesquisadores do Sistema - EMBRAPA.

Mais uma vez penso que o nimero exageradamente grande de Programas e Projetos, para o momento histórico da EMBRAPA, de terminando um número também grande de colegiados e de coorde nadores, nos conduz a um relacionamento institucional extrema mente difícil.

Isso se verifica não só no âmbito da EMBRAPA ou dos Pra gramas e Projetos de Pesquisa, mas também nos Programas e Pra

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ambos também vém dificultando o relacionamento.

Rermito±me trazer alguns exemplos: o PROFIR e o PJDVÃRZEJ\S, são programas de desenvolvimento que se alicerçam na mecâni ca, na energização, na drenagem-e na irrigação; versus o Pra grama de Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Engenha ria Agrícola que engloba as áreas de irrigação, de drenagem, de mecániba e mecanização e de energização; versus uma série de Programas de Pesquisa da EMBRAPA que tratam dos mesmos as suntos, poram com subdivisões e denominações distintas.

Os muitos coordenadores, nestes variados níveis e âmbitos, têm o diálogo dificultado. Chego a perceber que aqueles encar regados da captação de recursos na EMBRAPA, passam também a não enxergar mais anda. Onde está a coerêuicia entre a capta ção dos recursos, a execução dos trabalhos e \ a prestação de contas pelos resultados obtidos? -

VI COMENTÂRIOS FINAIS

Frente à figura dd Painel, é óbvio que não pretendo con tribuir com conclusões, com recomendações ou mesmo me colocar contrário ao estado atual de condições, mas antes tecer comen tários que provoquem outros comentários, que não apenas aos meus companheiros do Painel.

Se diz que a EMBRAPA já ultrapassou o estágio de implanta ção. Isso pode ser verdade, pelo menos é o atestado que temos pelos excelentes resultados obtidos néstes nove anos de exis téncia. Penso no entanto que mudanças antes do tempo nos colo cam num permanente estado de transição, o que continuará difi cultando o relacionamento, fazendo com que não cheguemos à

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EMBRAPA lo.

equação de Torriceili, não teórica, mas prática - tecnológica e até simplificada permitindo-lhe um alto grau de - extrapola çao.

Por ílitiito, nao seria crivei deixasse de manifestar o meu recànhecimento pelo esforço que vem sendo empreendido no apri moramento de todo o Sistema Cooperativo de Pesquisa, nula pro cesso gradüal refletido pela excelente reunião que tivemos re centemente emGoiânia e agora, tenho a convicção, esta.

PAINELISTA: Emídio Rizzo Bonato

INTRODUÇÃO

É por todos reconhecido que existem deficiências no rela cionamenta entre os componentes do Sistema Nacional que estão inibindo um melhor desempenho.da pesquisa. Isto ficou patente nas reuniêes dos Dirigentes das Empresas Estaduais e dos Pro gramas Integrados, realizadas em -Florianópolis e em Salvador, bem como, nas dos Dirigentes das Unidades Coordenadoras da Re gião Sul, realizadas em Curitiba e Goiânia.

Pelo que conheço, dentro do Programa Nacional de Pesquisa de Soja, os problemas não me parecem tão graves, como alguns t&m procurado XtwDstrar naqueles encontros.

Não me & possível analisar o relacionamento visto sob o ângulo dos Centros Nacionais de Produto, como me foi solicita do, visto ter viv&ncia apenas com os problemas atinentes ao

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PNP coordenado por minha Unidade. Procurarei abordar alguns problemas levantados nos encontros acima mencionados.

I. ELABORAÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE PESQUISA

Uma questão freqüentemente levantada é a de que os PNP's não atendem, em suas diretrizes, os problemas existentes em determinados Estados. A metodologia adotada, no caso d0PNP-So ja, não pode deixar margem a isto. O primeiro PNP-Soja foi elaborado em 1977, com a participação entre outras, de pes soas pertencentes aos Sistemas Estaduais. Anualmente, nas Reu niões Regionais de Pesquisa, as prioridades definidas no PNP foram adequadas às condições locais pelo grupo que atua em cada Estado. A partir disto, o CNP-Soja elaborou em 1980, um documento denominado "Subsídios para a Revisão do Programa Na cional de Pesquisa de Soja", e o encaminhou a todas as Insti tuições para análise e aperfeiçoamento, a serem trazidos para a Reunião de Revisão. Esta reunião, feita em maio de 1980, con tou com a participação de representantes de quase todas as Instituições. As prioridades foram definidas por Estado. Algu mas Entidades, que hoje levantam o problema, •não se fizeram presentes. J½rlualmente, estas diretrizes estãà sendo revisadas durante as reuniões regionais de planejamento de pesquisa. Se verdadeira a afirmação dos Dirigentes de que o PNP não atende a realidade local, & necessário uma participação mais consci ente dos Sistemas Estaduais nestes eventos. Oque temps obser vado é que muitas pesquisas propostas estão mais relacionadas com a existência de pes uisdores de deter xtada especialida --- de, do que com Qsproblemas de produção existentes.

Uma outra questão levantada é a de que os programas de pesquisa dos Centros Nacionais, não atendem às necessidades

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'4

prioritárias de determinados Estados.

Isto é possível, mesmo porque, não há condições de um Cen tro realizar pesquisas em todos os problemas que existem no Pais. A solução disto deve ser encontrada através de um maior diálogo, entre os Dirigentes das Empresas e Programas Integra dos com os dos Centros. Existe urna grande expectativa de pro cura de contatos dos Centros junto aos componentes do Sistema. O inverso, ou seja, a procura dos Centros pelas Empresas e Programas Integrados é praticamente inexistente. Ø CNP-Soj.a, até agora, não recebeu a visita de Dirigentes para debater es te assunto.

II. PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO DA PESQUISA

Muitos problemas foram solucionados no PNP-Soja, a partir de 1977, quando se iniciou um esquema de planejamento partici pativo, onde o grupo ligado à produção e à pesquisa de cada região passou a definir, junto com.o Centro, o que, como, ori de pesquisar e quem deveria cbnduzir determinada pesquisa. Pa ra isto, o fundamental são as Reuniões Anuais de Planejamentà, ou de élaboração de projetos, como alguns as chamam, as quais não devem, em hip5tese alguma, ser suspensas, como foram nos últimos anos. Estas reuniões propiciam a elaboração de um pla no anual de trabalho conjunto, mais objetivo e realista. As sim mesmo existem problemas. Em alguns Estados as prioridades deixam de ser atendidas, ou por inexistência de pesquisado res especialistas naquelés assuntos, ou por alguns pesquisado res julgarem, que os assuntos de sua especialidade, são mais importantes mesmo que isto não reflita a realidade da produ ção. B, em algumas regiões, a necessidade de urna adequação das equipes técnicas aos problemas de pesquisa existentes.

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A análise do Programa de Soja de 1981/82 nos mostra, nas Empresas Estaduais e nos Programas Integrados, a seguinte si tuação: 46,3% dos projetos 12,9% dos projetos ca de pesquisadore 31,5% dos projetos 27,8% dos projetos tivo; 27,8% dos projetos não tiv tiveram tiveram tiveram tiveram ~ram nenhu problemas problemas problemas problemas ï problema;

por deficiência numéri

de pessoal de apoio; de suporte administra

de infra-estrutura de apoio, e

- 22,2% dos projetos tiveram problemas de estrutura para anã

use estatística.

Isto mostra que, 53,7% dos projetos foram afetados por um ou mais problemas, determinados pela carência de condiç6es de pesquisa. Mostra, igualmente, que a programação não é feita dentro da capacidade de execução existente. Para um melhor a proveitamento dos recursos dõ PNP, talvez haja a necessidade de revisão, em termos de produtos prioritários a serem estuda dos em cada Estado, de linhas prioritárias dentro de cada pro duto e até de áreas geográficas de atuação.

III. ACOIIPANHAMENTO E ASSESSORAMENTO POR PARTE DOS CEN/TROS

Reconheço haver, apesar dos esforços feitos, dificulda des por parte dos Centros Nacionais, de assegurar um contínuo acompanhamento e assessoramento, a todas as Instituiç6es par ticipantes do PNP. No inicio, a constituição das equipes dos Centros com pesguisadores novos, não lhes possibilitava exer cer uma eficiente coordenação, face a necessidade do pesquisa

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EMBRAPA 14.

dor novo ter, antes de mais nada, que se afirmar. Isto talvez, tenha levado a que alguns Centros continuem a se dedicar mais à execução da pesquisa, do que à coordenação. Há, então, a necessidade deum redimensionaxuento nas atividades de execu ção e coordenação dos Centros.

Uma das soluções seria os Centros alocarem, dentro de de terminadas Instituições, consideradas chaves para o programa em cada região, alguns pesquisadores para facilitarem a coor denação e o assessoramento. Para que isto seja produtivo, no entanto, torna-se indispensável que estes pesquisadores, te nhairi assegurados os recursos necessários para o seu trabalho, bem como, a mobilidade necessária para atuarem em toda a re gião.

IV. RELACIONAtIENTO ENTRE CENTROS DE PRODUTO

Existe um distanciamento bem grande entre os Centros Na cionais de Produto. O próprio esquema de trabalho leva a que cada Centro gravite quase que totalmente ao redor dois) produ to(s) de sua responsabilidade. A exploração da propriedade agrícola, no entanto, não pode ser planificada, considerando isoladamente os diferentes produtos. Parece-nos indispensável promover maiores contatos entre os t&cnicos que atuam nos d!

ferentes Centros Nacionais, pelo menos entre especialistas da mesma área.

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PAINELISTA: Luiz Antelmo Silva Meilo

1. ABORDAGEM INICIAL

Não se pretende aqui analisar o mérito do Sistema Coopera tivo de Pesquisa Agropecuária, surgido a partir da criação da EMBRAPA; tsto porque, 'desde sua 'implantação, até a realidade

atual, foi possível, dentro das limitações conjunturais, con duzir o processo de pesquisa agropecuária, atendendo, ou pra curando atender aos variados e complexos segmentos de nossa agricultura. Esse enfoque, permite a afirmativa de que, o acompanhamento de forma dinámica das transformações ocorridas no Setor Primário através desses anos, foi essencial • ao forta

lecimento do próptio modelo.

O Sistema Cooperativo tinha dentre outros o objetivo pre cipuo de melhor direcionar a geração de tecnologia voltada fundamentalmente para o produtor agrícola. Além disso, deve ria harmonizar seus diversos componentes, permitindo dessa ma neira um denominador comum na execução das diretrizes traça das.

No momento, como é perfeitamente lógico, já que nada é es tático, torna-se importante e premente alguns;zajustes a nível institucional que permitam maior concatenação inter-sistema.

Assim, preocupada com essa temãtica a EMBRAPA vem promo vendo encontros entre os dirigentes do Sistema. Em tais opor tunidades são debatidos os diferentes aspectos de relaciona mento, procurando encontrar as melhores alternativas para o

aperfeiçoamento do modelo.

Dando sequência a essa política, no transcorrer da próxi ma Reunião Anual de Dirigentes o tema, mais uma vez, será dis cutido, na forma de painel sob o titulo "O relacionamento en tre os Centros de Pesquisa e as UEPÀE' s/Empresas Estaduais/

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EMBRAPA 16.

Programas Integrados. Espera-se que os questionamentos e su gestões dat decorrentes contribuam para uma profunda reflexão dos companheiros, a fim de minimizar os variados e complexos problemas surgidos no dia a dia.

II. FATORES LIMITANTES

• Participação incipiente dos Centros de Produtos e de Recur sos nas programações de pesquisa das UEPAE's, no tocante ao acompanhamento dos trabalhos de campo.

• Participação dos Centros restrita a avaliação, tendo esta um caráter muitas vezes fiscalizador do que de efetiva con tribuição ao aperfeiçoamento metodológico dos Projetos.

• Excessiva concentração de atividades dos Centros em suas áreas de localização, impedindo assim maior e mais eficien te atuação a ntvel regional e nacional.

• Visão deformada da hierarquia do Sistema Cooperativo, por parte dos Centros, impondo seus pontos de vista autoritaria mente, provocando cdm isso reações contrárias das Unidades.

Inexistência, por parte dos Centros de um programa de asses soramento onde a presença sistemática de seus técnicos nas UEPAE's fosse a preocupação fundamental.

• interesses conflitantes entre os Centros de Recursos e de Produtos, caracterizados pela falta de urna precisa defini ção de áreas de ação, geográfica e ambiental, em detrimento do desempenho das UEPAE's.

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dutos, para uma programação homogênea onde os interesses nacionais, regionais e locais fossem contemplados.

• Conhecimento por parte dos Centros de Produtos, voltado ape nas para algumas regiões do païs, em detrimento do restante de sua área de atuação. Em consequência as programações nem sempre estãd de acordo com a realidade e interesse das UEPAE's.

• Exceção feita às Reuniões Anuais de Programação, o diálogo entre técnicos de Centros e IJEPAE's praticamente não ó exer citado. Em consequ&rtcia o conhecimento mútuo de atividades fica enorinemente prejudicado. -

Notória competição entre os diversos segmentos do Sistema Cooperativo.

III. SUGESTÕES QUE PERMITAM SUPERAR AS ATUAIS DISTORÇÕES NO RELACIONANENW UEPAE' s/CENTROS

• Encontros preparatórios de programação com a participação de UEPAE's e Centros de Recursos, onde fossem discutidos e compatibilizados interesses regionais e locais. Estes se riam posteriormente levados às Reuniões dos PNP's. Isso per mitiria a elaboração de um programa de fato voltado para as distintas realidades de cada Unidade.

Definição precisa das áreas de ação gebgráfica e ambiental dos Centros de Recursos e de Produtos, visando evitar não só a competição inter-instituições como tambine, principal mente a dispersão de recursos.

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EMBRAPA

UEPAE's - Seminários, Reuniões Técnicas, etc. Na oporturli dade seriam mostrados e discutidos trabalhos inovadores ou metodologias originais, visando proporcionar progressos nas áreas de pesquisa e experimentação agricola. Além da troca de conhecimentos tcnico-cientifico e das respectivas realidades, evitaria sobreniodo a competição inter-institui 95es. Por outro lado, proporcionaria a elaboração de progra mações mais compativeis.

Envolvimento dos Centros de Recursos para participarem como colaboradores no acompanhamento dos PNP's nas suas áreas de ação. Seria uma forma de evitar a constante marginalização dessas Unidades dentro do Sistema.

Maior interiorização das ações de pesquisa dos Centros de Recursos, podendo isso ser concretizado através de um tra balho integrado com as UEPAE's.

Elaboração por parte dos Centros, de um programa de visitas às UEPAE's, onde, além do acompanhamento da execução dos programas, constasse uni efetivo assessoramento t&cnico-ciefl tifico.

PAINELISTA: Diógenes Cabral do Vale

1. INTRODUÇÃO

O modelo adotado pela EMBRAPA para execução da Pesquisa Agropecuária no Pais é constituido por uni sistema nacional compreendendo duas linhas fundamentais de atuação:

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a) A ação direta, através dos Centros Nacionais (de Recur sos e de Produtos) e das Unidades de Execução de ÂSDi to Estadual;

b) Ação coordenadora (programática, normativa, de acompa mento e de avaliação) , com a execução a cargo das Em presas Estaduais e dos Programas Integrados de Pesqui sa Agropecuária.

A ação direta efetivada pelos Centros Nacionais e UEPAE's dada a elevada concentração de recursos técnicos e financei ros, esta sendo direcionada para a geração de tecnologia com vista aos produtos de interesse nacional, a coordenação técni ca especializada em relação a esses produtos e a geração de tecnologia para desenvolvimento de recursos naturais e de pra cessainento de produtos agropecuários.

As Empresas Estaduais e os Programas Integrados tem como finalidades básicas a promoção, o planejamento, a supervisão, a coordenação e a execução de pesquisa e experimentação agro pecuária, visando a adaptação, a nivel estadual, da tecncilo gia gerada pela ação direta das Unidades da EMBRAI'A. £ de sua compet&ncia, tainbm, a geração de tecnologia para os produtos de interesse local, colaborando com as Unidades da EMBRAPA na geração de tecnologia envolvendo produtos de interesse nacio nal.

A EMBRAP.A definiu os "Sistemas Estaduais de Pesquisa Agro pecuária" coiro a reunião, para ação conjunta no campo da pes quisa agropecuária, das unidades executivas de Ambito Esta dual da EMBRAPA, as Empresas Estaduais e Programas Integrados, as Universidades e estabelecimentos de ensino superior (ci&n cias agrárias, ci&ncias sociais e outras afins) e a Iniciati va Privada possivel de ser mobilizada para a execução de Pes quisa Agropecuária.

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EMBRAPA 20.

II. A HETEROGENEIDADE DO SISTEMA NACIONAL

No que diz respeito a Pesquisa Agropecuria, a situação nos estados é muito heterogênea. Existem estados que não tem tradição de pesquisa, sofrendo com a falta de quadros e com a insuficiência de recursos financeiros, situação esta agrava

da pelo não reconhecimento de algumas autoridades da importãn cia sócio-econômica dos resultados do trabalho de investiga ção cientifica. Em outros, com tradição no campo da pesquisa e experimentação agropecuária, disputas intestinas e condi ções conjunturais dificultam as tarefas de geraçã.o e adapta ção de tecnologias para a melhoria da atividade primária.

Entretanto é de se ressaltar a existência de algumas Em presas Estaduais já amadurecidas, que tem a EMBRAPA como mode lo e com ela estão devidainente articuladas, onde as dificulda des para o seu funcionamento são bem menores.

É necessária a realização de esforço conjugado no sentido de fazer com que o Sistema Nacional de Pesquisa seja mais ho mogêneo, evitando as disparidades existentes atualmente entre as Empresas Estaduais e entre estas e os Centros Nacionais e UEPAE' s.

O Sistema há que ser olhado como um todo, evitando-se que as unidades diretamente geridas pela EMBRAPA absorvam percen tuais cada vez mais elevados do seu orçamento, em detrimento das Entidades Estaduais, muitas vezes em fase embrionária.

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III. ALGUMAS SUGESTÕES PARA A NELHORIA DO RELACIONAMENTO

A) Concentração de esforços, divisão de tarefas e maxi mização de recursos.

A regionalização da pesquisa poderá colaborar em muito no melhor aproveitamento dos recursos, impedindo a pul verização dos mesmos pela duplicação de trabalhos em áreas ecologicamente homogneas. Quando uma Empresa ou um Programa Integrado tiver tradição e compet&ncia em determinada área de atuação, urna co-irmã, ou Programa Integrado, atuando em áreas semelhantes, deve restringir seu trabalho apenas a aç6es com plementares, não competitivos. A programação dos Sistemas Es taduais não deverá contemplar atividade que signifique duali dade desnecessária em relação a trabalhos conduzidos pelas Unidades de Execução de Mibito Nacional. Sempre que possível e conveniente, os Sistemas Estaduais deverão aproveitar a ca pacidade instalada disponível na ãrea, a fim de evitar a du plicação de investimentos na execução das atividades a seu cargo.

E) Comprometimento com a realidade estadual.

A Empresa Estadual ou o Programa Integrado, como ór gão de pesquisa agropecuária de ãrnbito estadual, tem comprome timento com a realidade rural do estado. A integração com o Sistema Cooperativo, quando da definição das prioridades de pesquisa, deve atender, em primeiro lugar, as demandas a ní ve1 estadual, onde a interação com o sistema agrícola (políti co e de produção) é mais intensa. Devem ser consideradas, tambm, as interfaces com as demais entidades públicas e pri vadas, de atuação estadual.

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EMk3RAPA 22.

C) Reconhecimento das ações de protocõlo SUDENE/ ENBRAPA/BNB/CNPq.

Deve haver um esforço mais efetivo para o reconheci mento das recomendaç6es emanadas do protocolo SUDENE/EMBRAPA/

BNB/CNPq. Este protocolo poderá se constituir em um dõs mais eficientes instrumentos para a consolidação das Empresas Esta duais de Pesquisa localizadas no Nordeste, por integrar os mais importantes agentes financiadores de pesquisa da regio.

D) Reforço na ação integralizada da Diretoria da EMBRÀPA responsável pelo Ndrdeste.

No Nordeste estão funcionando sete Empresas Esta duais: Maranhão, beará, Rio Grande do Norte, Paraiba, Penam buco, Alagoas e Bahia. A EMBRAPA mantém quatro Centros Nacio riais, sendo trés de Produtos (Alqodão, Caprinos, Mandioca e Fruticultura) e um de Recursos (CPATSA), além de duas UEPAE's

(Teresina e Aracaju) . A pesença de um pesquisador com expe ri&ncia de administração de pesquisa, em visitas constantes a essas Unidades, poderá ser de valia como trabalho de ãsses soria para o Diretor da Ârea.

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