• Nenhum resultado encontrado

FLÁVIA VANDREZEN D'AGOSTINI MOCHILONA: DESENVOLVIMENTO DE UMA MOCHILA COM INTUITO DE INSERIR A MARCA IMAGINARIUM NUMA FILOSOFIA SUSTENTÁVEL

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "FLÁVIA VANDREZEN D'AGOSTINI MOCHILONA: DESENVOLVIMENTO DE UMA MOCHILA COM INTUITO DE INSERIR A MARCA IMAGINARIUM NUMA FILOSOFIA SUSTENTÁVEL"

Copied!
116
0
0

Texto

(1)

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA CAMPUS FLORIANÓPOLIS

DEPARTAMENTO DE METAL-MECÂNICA

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE PRODUTO

FLÁVIA VANDREZEN D'AGOSTINI

MOCHILONA: DESENVOLVIMENTO DE UMA MOCHILA COM INTUITO DE INSERIR A MARCA IMAGINARIUM NUMA FILOSOFIA SUSTENTÁVEL

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

FLORIANÓPOLIS 2019

(2)

FLÁVIA VANDREZEN D'AGOSTINI

MOCHILONA: DESENVOLVIMENTO DE UMA MOCHILA COM INTUITO DE INSERIR A MARCA IMAGINARIUM NUMA FILOSOFIA SUSTENTÁVEL

Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina como parte dos requisitos para obtenção do título de tecnólogo em Design de Produto.

Orientadora: PRISCILA MOURA ORTIGA

(3)

Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor.

D’Agostini, Flávia Mochilona:

Mochilona: desenvolvimento Mochilona: desenvolvimento de Mochilona: desenvolvimento de uma

Mochilona: desenvolvimento de uma mochila Mochilona: desenvolvimento de uma mochila com

Mochilona: desenvolvimento de uma mochila com intuito de

de inserir de inserir a

de inserir a marca

de inserir a marca Imaginarium de inserir a marca Imaginarium numa

de inserir a marca Imaginarium numa filosofia

de inserir a marca Imaginarium numa filosofia sustentável /

/ Flávia / Flávia

/ Flávia D’Agostini / Flávia D’Agostini ;

/ Flávia D’Agostini ; orientação / Flávia D’Agostini ; orientação de

/ Flávia D’Agostini ; orientação de Priscila

/ Flávia D’Agostini ; orientação de Priscila Moura Ortiga. Ortiga. - Ortiga. - Florianópolis, Ortiga. - Florianópolis, SC, Ortiga. - Florianópolis, SC, 2020. 115 p. Trabalho Trabalho de Trabalho de Conclusão Trabalho de Conclusão de

Trabalho de Conclusão de Curso

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) -

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) - Instituto

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) - Instituto Federal de

de Santa

de Santa Catarina,

de Santa Catarina, Câmpus

de Santa Catarina, Câmpus Florianópolis. de Santa Catarina, Câmpus Florianópolis. CST em

em Design em Design de

em Design de Produto.

em Design de Produto. Departamento

em Design de Produto. Departamento Acadêmico em Design de Produto. Departamento Acadêmico de Metal Metal Mecânica. Inclui Referências. 1. 1. Sustentabilidade. 1. Sustentabilidade. 1. Sustentabilidade. 2. 1. Sustentabilidade. 2. Imaginarium. 1. Sustentabilidade. 2. Imaginarium. 1. Sustentabilidade. 2. Imaginarium. 3.

1. Sustentabilidade. 2. Imaginarium. 3. Acessório de

de uso

de uso pessoal. de uso pessoal. 4.

de uso pessoal. 4. Geração

de uso pessoal. 4. Geração Millennial. de uso pessoal. 4. Geração Millennial. I.

de uso pessoal. 4. Geração Millennial. I. Moura

de uso pessoal. 4. Geração Millennial. I. Moura Ortiga, Priscila.

Priscila. II.

Priscila. II. Instituto

Priscila. II. Instituto Federal Priscila. II. Instituto Federal de

Priscila. II. Instituto Federal de Santa

Priscila. II. Instituto Federal de Santa Catarina.

Priscila. II. Instituto Federal de Santa Catarina. Departamento Acadêmico

Acadêmico de

Acadêmico de Metal

Acadêmico de Metal Mecânica. Acadêmico de Metal Mecânica. III.

(4)
(5)

Acadêmico

Flávia Vandrezen D'Agostini, Florianópolis SC, Brasil Fone: (48) 99915-4560

Instituição

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina Campus Florianópolis

Departamento Acadêmico de Metal mecânica Curso Superior de Tecnologia em Design de Produto

Endereço: Av. Mauro Ramos, 950 Centro, Florianópolis - SC, Brasil

CNPJ: 81.531.428/0001-62

Projeto

Desenvolvimento de uma mochila com intuito de inserir a marca imaginarium numa filosofia sustentável Professor(a) orientador(a): Priscila Moura Ortiga.

Empresa

Uni.co comércio S/A CNPJ: 00.39.603/0006-12 End. Senador Carlos Gomes

Oliveira. 800-São José/SC CEP: 88104-785

(6)

RESUMO

Este trabalho de conclusão de curso de Tecnologia em Design de Produto, do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, apresenta como objetivo principal a criação de uma mochila com parceria à empresa Imaginarium, a fim de introduzir-se à filosofia sustentável. Para isso, seguiu-se o método GODP, Guia de orientação para desenvolvimento de projeto, (2016), respeitando a sua estrutura, de modo a atingir os objetivos propostos. Assim, para auxiliar no andamento do projeto, teve-se como tema principal a sustentabilidade, no qual temas tais como tendência, geração ​millenial e público sustentável estão relacionados para este desenvolvimento. Para início dos estudos realizados, foram elaborados testes de usabilidade, com o propósito da maior compreensão em ergonomia de mochilas. A partir dos resultados, criou-se a Mochilona, um ​produto confeccionado com materiais usados e ressignificados, com fornecedor nacional ​, atendendo aos requisitos e preferências levantados no decorrer do projeto. Observa-se aqui a relevância do projeto ao correlacionar temas ainda pouco acordado em grandes empresas, porém de forte importância para o futuro do ​design e do mundo.

Palavras-chave​: Sustentabilidade. Imaginarium. Acessório de uso pessoal. Geração

(7)

ABSTRACT

This Final Thesis of the Product Design course – IFSC has as it's main objective the development of a backpack in partnership with Imaginarium, to introduce the sustainability philosophy in the company, and proposed GODP (2016) method to reach the objectives. To assist in the progress, it was chosen to work with sustainable philosophy as the central theme of this project, while other topics such as trend, millennial generation, and the sustainable public as other related themes for this development. With the beginning of the studies, usability tests were performed in order to better understand the ergonomics of backpacks. From the results, ​Mochilona was created, a backpack made with a Brazilian supplier from a resignified material. Here we can see the relevance of the project by correlating themes that have not yet been worked on a big company, but who have great importance for the future of design and the world.

(8)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Logo Imaginarium ​. . . . . . . 15

Figura 2 - Produtos ofertados pela Imaginarium 2019 ​. . . 16

Figura 3 - Público Imaginarium ​. . . .. . . 17

Figura 4 - Método GODP ​. . . .. . . 21

Figura 5 - Branco é uma das cores para outono inverno 2019/2020 ​ . . . 32

Figura 6 - Painel de materiais em tendência ​ . . . 34

Figura 7 - Logo Eco Fábrica ​ . . . 35

Figura 8 - Ciclo de vida da lona de caminhões pela Eco fábrica​ . . . 37

Figura 9 - Produtos da Eco fábrica feitos de lona 100% algodão ​ . . . 37

Figura 10 - Representação do material locomotiva Eco Juta da Eco Fábrica ​ . . . . 39

Figura 11 - Produtos da Eco fábrica nas cores marrom escuro, caramelo e preto​ . 40 Figura 12 - Análise do primeiro modelo de mochila do painel de similares​ . . . 44

Figura 13 - Análise do segundo modelo de mochila do painel de similares ​. . . 44

Figura 14 - Análise do terceiro modelo de mochila do painel de similares ​ . . . 45

Figura 15 - Análise do quarto modelo de mochila do painel de similares ​ . . . 45

Figura 16 - Análise do quinto modelo de mochila do painel de similares ​ . . . 46

Figura 17 - Análise do sexto modelo de mochila do painel de similares ​ . . . 46

Figura 18 - A esquerda a participante Luiza e ao lado Zandalee, realizando o procedimento na mochila 1 (recortes feitos do vídeo) ​ . . . 49

Figura 19 - Esboços ​ . . . 58

Figura 20 - Modelo um, quatro e cinco ​ . . . 59

Figura 21 - Modelo um ​ . . . 60

Figura 22 - Modelo quatro ​ . . . 61

Figura 23 - Modelo cinco ​ . . . 62

Figura 24 - Primeira visualização do modelo final ​ . . . 66

Figura 25 - Visualização do modelo final com os materiais escolhidos anteriormente . . . .​ ​69

(9)

Figura 26 - Primeira alternativa para arte gráfica da ​ecobag ​ . . . 71

Figura 27 - Segunda alternativa para arte gráfica da ​ecobag ​ . . . 72

Figura 28 - Terceira alternativa para arte gráfica da ​ecobag ​. . . 72

Figura 29 - Quarta alternativa para arte gráfica da ​ecobag ​. . . 73

Figura 30 - Quinta alternativa para arte gráfica da ​ecobag ​. . . 73

Figura 31 - Sexta alternativa para arte gráfica da ​ecobag ​. . . 74

Figura 32 - Estudo para modelo volumétrico ​. . . 76

Figura 33 - Modelo volumétrico, tampa fechada e aberta ​. . . 77

Figura 34 - Fotos do modelo com uma pessoa usando-o ​. . . 78

Figura 35 - Primeira página - especificações gerais ​. . . 80

Figura 36 - Segunda página - medidas ​. . . 81

Figura 37 - Terceira página, parte 1 - Explicações e referências ​ . . . 82

Figura 38 - Terceira página, parte 2 - Explicações e referências ​ . . . 83

Figura 39 - Terceira página, parte 3 - Explicações e referências ​ . . . 84

Figura 40 - Quarta página, parte 1 - Acessórios ​. . . . . . 85

Figura 41 - Quarta página, parte 2 - Acessórios ​. . . 86

Figura 42 - Quinta página, parte 2 - Detalhe ​. . . . . . 87

Figura 43 - Ficha técnica, parte 1 - Informações gerais ​. . . . . . 90

Figura 44 - Ficha técnica, parte 2 - Modelagem ​. . . 91

Figura 45 - Ficha técnica, parte 3 - Modelagem ​. . . 91

Figura 46 - Ficha técnica, parte 4 - Modelagem ​. . . 92

Figura 47 - Ficha técnica, parte 5 - Modelagem ​. . . 93

Figura 48 - Primeira ilustração - Abertura principal e texturas ​. . . 96

Figura 49 - Segunda ilustração - Tamanho ​. . . 97

Figura 50 - Terceira ilustração - Abertura inferior impermeável ​. . . 97

Figura 51 - Quarta ilustração - Compartimento para laptop ​. . . 98

Figura 52 - Representação da distribuição nacional do produto ​. . . 100

(10)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Painel imagético de mochilas similares ​. . . 43

Quadro 2 - Votação realizada com os usuários da mochila 1 ​ . . . 50

Quadro 3 - Requisitos necessários e desejáveis ​ . . . 52

Quadro 4 - Painel de inspiração para a estética visual ​ . . . 54

Quadro 5 - Painel de inspiração para o modelo ​ . . . 55

Quadro 6 - Painel de inspiração para aplicação de cor ​ . . . 56

(11)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Classificação de mochilas Visto Imaginarium ​ . . . .19 Tabela 2 - Modelo de mochilas analisados ​ . . . 48

(12)

LISTA DE GRÁFICOS

(13)

SUMÁRIO 1 METODOLOGIA . . . 12 1.1 Problema de projeto​ . . . 13 1.2 Justificativa ​ . . . 13 1.3 Objetivos ​. . . . 14 1.4 Objetivo Geral​ . . . 14 1.5 Objetivos Específicos ​ . . . 14

1.6 Imaginarium, empresa parceira ​. . . 15

1.6.1 Categoria de diverso pessoal ​ . . . 18

1.7 Metodo​ . . . 20

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . 22

2.1 Design​ e a sustentabilidade ​. . . 22

2.1.1 O consumidor sustentável e a geração ​millennial​ . . . 24

2.2 Tendências ​. . . 29

2.2.1 Materiais ​ . . . 33

3 O PROJETO . . . 41

3.1 Inspiração ​. . . 41

3.1.2 Etapa menos 1 - Oportunidades .​ . . . 41

3.1.3 Etapa 0 - Prospecção/ Solicitação ​. . . .42

3.1.4 Etapa 1 - Levantamento de dados ​. . . .42

3.2 Ideação ​ . . . 51

3.2.1 Etapa 2 - Organização e análise ​. . . 51

3.2.2 Etapa 3 - Criação ​. . . 53

3.2.2.1 Geração de alternativas ​. . . 58

3.2.2.2 Criação da alternativa final​ . . . 64

3.2.2.3 Criação da arte dos acessórios ​. . . 70

(14)

3.3.1 Etapa 4 - Execução ​. . . .​ ​. . . 75

3.3.1.1 Modelo volumétrico ​. . . .​ ​. . . 75

3.3.1.2 Modelo final ​. . . .​ ​. . . . .​ ​.​ ​.​ ​.​ ​.​ ​.​ ​. 79

3.3.1.3 Ajustes antes da produção ​. . . .​ ​. .88

3.3.1.3 Ficha técnica ​. . . .​ ​. . . . .​ ​.​ ​.​ ​.​ ​.​ ​.​ ​.​ ​.​ ​. 89

3.3.2 Etapa 5 e 6 - Viabilização e verificação final ​. . . 92

3.3.2.1 Teste de usabilidade ​. . . 95 3.3.2.2 Pegada ecológica ​. . . 98 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . 102 REFERÊNCIAS. . . 104 APÊNDICE A . . . 107 APÊNDICE B . . . 109 ANEXO . . . .115

(15)

1 METODOLOGIA

No século XXI, destaca-se a importância das empresas a investirem na promoção de uma cultura sustentável entre os seus consumidores, desenvolver processos e estratégias para que haja uma comunicação transparente entre a marca e o usuário. Juntamente com essa importância, há também a necessidade de mudança de grandes empresas para que se tornem mais responsáveis pelos seus produtos, desde a concepção da ideia até o descarte do produto.

Segundo Manzini (2008), os ​designers podem ser parte da solução, justamente por serem os atores sociais que, mais do que quaisquer outros, lidam com as interações cotidianas dos seres humanos com seus artefatos. São precisamente tais contatos que junto com as expectativas de bem-estar a elas associadas, que devem necessariamente mudar durante a transição rumo a sustentabilidade. E segundo Papanek (1985, p. 25), a intervenção dos ​designers precisa ser modesta, mínima, e sensível . 1

A proposta deste projeto é desenvolver uma mochila com o foco na inserção do tema sustentável de forma gradativa, dentro da empresa Imaginarium, introduzindo material alternativo com apelo sustentável, ainda que seja uma pequena parcela. Ressalta-se que até o momento a empresa não possui práticas deste tipo em seus produtos.

No decorrer deste documento será apresentado o planejamento do projeto, ressaltando sua justificativa e seus objetivos, seguidos pela fundamentação dos assuntos estudados, os primeiros conceitos gerados e também uma apresentação da empresa parceira e seu consumidor. Tudo isso seguindo a metodologia GODP (2016), adequando-se ao cronograma planejado.

(16)

1.1 Problema de Projeto

Inserido na realidade de um planeta com recursos esgotáveis, juntamente com a cobrança do consumidor contemporâneo por empresas mais responsáveis, como introduzir conceitos sustentáveis dentro da Imaginarium através de uma mochila adaptada à forma de produção da empresa, de modo a não comprometer grandes esforços por parte dos recursos humanos.

1.2 Justificativa

Nunca foi tão grande a demanda do consumidor por produtos sustentáveis e por marcas que compartilhem os seus valores. Um estudo internacional feito pela Unilever em 2017 apontou que 33% dos consumidores buscam marcas que tenham2 um compromisso social. Segundo a pesquisa sobre responsabilidade social corporativa realizada pela Cone que apoiá-las apenas nas redes sociais, ao compartilhar seu conteúdo (60%) ou clicar em 'curtir' (65%).

A criatividade e as habilidades de ​Design são elementos efetivamente necessários para mover um processo de inovação social e tecnológica de tal magnitude como requer a transição rumo à sustentabilidade (MANZINI, 2008, p. 16).

Para sobreviver no clima de varejo atual, as marcas precisam inovar com frequência e buscar maneiras de causar um impacto positivo. De muitas maneiras, os consumidores estão mais exigentes do que nunca, uma mudança que está alimentando iniciativas sustentáveis, como ​upcycling​, soluções de ciclo fechado e missões sociais.

Os acessórios de uso pessoal e vestuário são meios responsáveis por transparecer a identidade do usuário, deste modo escolhe-se um acessório como peça chave deste estudo por esse funcionar como um representante direto da

2 Pesquisa disponível em:

https://www.unilever.com/news/press-releases/2017/report-shows-a-third-of-consumers-prefer-sustain able-brands.html

(17)

personalidade e das preferências de consumo do usuário, bem como estar alinhado com a área de conhecimento e função da autora na empresa.

Com mais de 219 lojas e 733 mil seguidores no Instagram , a marca 3 Imaginarium influencia milhares de brasileiros. E hoje sente a necessidade de se tornar uma marca que possua os valores citados anteriormente nos outros parágrafos, uma vez que acredita possuir responsabilidade na mensagem que passa para os seus consumidores.

1.3 Objetivos

Para o desenvolvimento deste projeto foram definidos objetivos geral e específico.

1.4 Objetivo Geral

Desenvolver uma mochila para a introdução da sustentabilidade na marca Imaginarium, e desta forma agregar mais valor à marca assim como cooperar com o desenvolvimento de uma economia mais coerente.

1.5 Objetivos Específicos

A. Realizar estudos sobre ​design,​ sustentabilidade, e tendências; B. Conhecer e estudar materiais com potencial para o projeto;

C. Aprofundar-se nos conceitos da marca, estudar o comportamento do consumidor da Imaginarium e do público sustentável;

D. Compreender e adequar o projeto para a realidade da empresa parceira;

E. Entender a estrutura e acabamentos de uma mochila.

(18)

1.6 Imaginarium, empresa parceira

"A Imaginarium é uma marca de decoração e presentes tão legais que quem compra também quer pra si mesmo" (Brandbook Imaginarium) . A marca hoje faz 4 parte do grupo Uni.co, e possui mais de 219 lojas em todo o Brasil. Ela oferece produtos que são referência em ​design com inovação e diversão, mais conhecido como ​fun design​. Seus produtos têm como objetivo provocar sorrisos, transformar a rotina, compartilhar amor, ser criativo, ser surpreendente e ter ​design​.

Sua logo é representada por um balão de fala, muito utilizada para representar quando um personagem está pensando ou imaginando algo em uma história em quadrinhos. A logo casa com os conceitos anteriormente citados da marca, trazendo-os em um forma visual.

Figura 1 - Logo Imaginarium

Fonte​: ​site da marca (2019) 5

Abaixo há um painel imagético com alguns produtos da marca para ilustrar a sua diversidade de produtos ofertados:

4 Disponível em: < ​https://brandbookimaginarium.wixsite.com/inicio​ > 5 Disponível em: < ​https://loja.imaginarium.com.br/​ >

(19)

Figura 2 - Produtos ofertados pela Imaginarium 2019

Fonte: ​elaborado pela autora (2019)

O público da Imaginarium é separado em quatro grupos: feminino adulto, masculino adulto, feminino jovem e masculino jovem, sendo feminino e masculino adulto os mais relevantes. ​O público adulto possui algumas características principais: gostam de tudo que é novidade, estão atentos às tendências, adoram receber amigos em casa e sempre dão um jeito de celebrar a rotina, além de serem amantes da cultura brasileira. Abaixo há um painel imagético que representa este público da empresa imaginarium:

(20)

Figura 3 - Público Imaginarium

Fonte: ​autoria própria (2019)

Para melhor direcionamento do projeto foi escolhido como público indivíduos de 21 a 35 anos, compreendidos como a geração ​millennial.​Essa geração, lidera as tendências ligadas a sustentabilidade. Segundo a Cone , 85% dos americanos 6 dessa geração afirmam comprar produtos sustentáveis sempre que podem. "Já que

(21)

eles, além de apaixonados por compartilhar esses temas nas mídias sociais, ainda tem poder de compra" (WGSN).7

Esta definição é de suma importância para o desenvolvimento pois ajuda não só a revalidar a escolha feita, como compreender melhor o público do presente projeto, além de contribuir na etapa de pesquisa de tendências.

1.6.1 Categoria de uso pessoal.

Hoje, a Imaginarium possui quatro grandes categorias que ajudam a mapear as áreas de produtos, são elas: casa e decoração, comes e bebes, ​tech e uso pessoal.

O presente projeto está incluso na categoria de uso pessoal, o qual possui uma submarca denominada Visto , a qual possui seis diferentes subcategorias de8 produto, que são: bolsas, mochilas,​necessaires​, estojos, carteiras e bolsas térmicas. Foi escolhido trabalhar com a categoria de mochilas, pois acredita-se ser mais abrangente dentro da marca. Assim, há possibilidade de desenvolvimento pouco nichado inserto no público adulto, encaminhando-se para um modelo unissex.

Dentro da categoria de mochilas, a empresa possui quatro classificações: básico, ​rucksack​, conceitual/​fun e utilitário. Os quais, permitem analisar o perfil de consumo de cada loja ou região e traçar novas estratégias para futuras coleções, de forma a balancear a disponibilidade de produtos.

7 Tradução livre.

8​A Visto é a linha de lifestyle da Imaginarium que acompanha o cliente no dia a dia, com produtos únicos, pensados para facilitar a rotina com um toque surpreendente.

(22)

Tabela 1 - Classificações dentro de mochilas Visto Imaginarium

Fonte: ​autoria própria (2019)

Dentro dessas classificações, existem alguns elementos que aparecem com mais frequência. Com isso, a empresa classifica os produtos de acordo com os seguintes padrões, são eles:

1. Modelos básicos: pode ser notado o formato arredondado no topo da mochila, possuindo diversos acabamentos e estampas em seus materiais. Por vezes, possui detalhes com fitas e metais. Esse tipo de modelo é abrangente e possibilita trabalhar diversos tipos de estilos.

2. Rucksack: possui um modelo diferente do básico, tradicional (forma

(23)

abertura principal e detalhes em ​fake leather ("couro falso" em poliuretano), fivelas e detalhes com fitas.

3. Conceitual/​fun​: com bastante frequência, as mochilas são baseadas em

licenciamento (​Harry Potter e Star Wars​) ou possuem algum elemento inusitado,

como tecido em ​plush e penduricalhos e detalhes divertidos, como é o caso da Mochila Gato, que possui orelhas de gato no topo e um tecido macio de ​plush​.

4. Utilitário: a mochila necessariamente precisa possuir algum elemento que a torne diferente em sua utilidade, como por exemplo, a Mochila ​Tech ​USB​; ela possui uma entrada ​USB na parte externa da mochila que possibilita que o usuário conecte o seu celular com um ​power bank​ dentro da mochila.

Estas informações são necessárias para o desenvolvimento do projeto, uma vez que é preciso compreender os produtos similares ao que será desenvolvido.

1.7 Método

O método definido para o desenvolvimento do projeto foi o GODP , Guia de 9 Orientação para Desenvolvimento de Projetos. Esse método tem como foco a centralização do usuário, é aberto e possui até 3 etapas, que são: inspiração, implementação e viabilização tendo cada uma as suas subetapas.

Além do método ter estas qualidades, ele também foca no desenvolvimento do projeto para que ele consiga ser viabilizado, e concretizado, o que está de acordo com os ideais deste projeto, uma vez que ele tem planos para ser concretizado no futuro com a empresa parceira.

(24)

Figura 4 - Método GODP

Fonte: ngd.ufsc.br, (2016)

Flexibilidade e adaptabilidade são destaques desta proposta, que de acordo com cada projeto, com suas particularidades poderá sofrer ajustes, no entanto a essência se preserva representada pelos três momentos do Design Thinking. (MERINO, 2016. pág.16).

Tendo em vista o tema do presente trabalho, o método citado foi escolhido por permitir acréscimos de desdobramentos auxiliares que complementarão o projeto para que este seja desenvolvido atendendo todas as demandas apresentadas e, também, por possuir a possibilidade de retornar a etapas anteriores caso haja necessidade.

(25)

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Ter informações concretas e quantificáveis sobre o tema abordado permite que o presente projeto tenha capacidade de desenhar os melhores estudos e ideias para satisfazer as necessidades e as vontades do consumidor da marca Imaginarium, juntamente com o potencial público sustentável.

2.1 ​Design​ e a sustentabilidade

Segundo Manzini (2008) a ideia de bem-estar é uma construção social que se forma ao longo do tempo, de acordo com uma variedade de fatores. A ideia ocidental de bem-estar nasceu com a revolução industrial, sofreu progressivas mudanças, acompanhado a evolução da sociedade e agora revela-se como um conjunto dinâmico e articulado de visões, expectativas e critérios de avaliação que compartilham a percepção de bem-estar à uma disponibilidade sempre maior de produtos e serviços.

É de comum conhecimento que esse ideal de consumo criado pela sociedade ocidental conduz a um consumo intrinsecamente insustentável e está causando diversos impactos negativos no meio ambiente. Relatórios de respeitadas organizações ambientais defendem que nós, seres humanos, já estamos consumindo mais do que a capacidade do planeta de se regenerar e, assim, alterando o equilíbrio da Terra. Segundo a ONU , em 2050 seriam necessários 10 quase três planetas Terra para proporcionar os recursos naturais necessários a fim de manter o atual estilo de vida da humanidade.

Neste contexto, em setembro de 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) relatou que seus 193 países membros assinaram a Agenda 2030, um plano global composto por dezessete objetivos (ODSs) e 169 metas . Um desses objetivo 11 está vinculado ao consumo e à produção sustentável, que visa a promoção da eficiência do uso de recursos energéticos e naturais, da infraestrutura sustentável,

10 Disponível em: <

https://nacoesunidas.org/banco-mundial-serao-necessarios-3-planetas-para-manter-atual-estilo-de-vid a-da-humanidade/​ >

(26)

do acesso a serviços básicos. O objetivo prioriza a informação, a gestão coordenada, a transparência e a responsabilização dos atores consumidores de recursos naturais como ferramentas chave para o alcance de padrões mais sustentáveis de produção e consumo . 12

Compreende-se que o mundo vem passando por grandes mudanças dentro deste último século e é chegado o momento em que devemos não só mudar o que foi feito com urgência, mas também repensar o planejamento do futuro. Acredita-se que o ​design é uma forte ferramenta dentro desta transformação, e que é a chave necessária para compreender como podem ser feitas tais mudanças.

Sobre o papel do ​design em tais mudanças, Manzini afirma: "Hoje em dia a sustentabilidade deveria ser o meta-objetivo de todas as possíveis pesquisas em

design​" , onde os ​designers podem fazer parte da solução por serem atores sociais13 que lidam com interações diárias entre o ser humano e seus artefatos.

Neste sentido, os ​designers podem ter um papel muito especial (...) mesmo não tendo meios para impor sua própria visão aos outros, possuem, porém, os instrumentos para operar sobre a qualidade das coisas e sua aceitabilidade e, portanto, sobre a atração que novos cenários de bem-estar possam porventura exceder. Seu papel específico na transição que nos aguarda é oferecer novas soluções a problemas (...) colaborando na construção de visões compartilhadas sobre futuros possíveis e sustentáveis. (MANZINI, 2008, p.16)

Ainda segundo o autor, os ​designers vivem em uma posição paradoxal: é necessário que cada sociedade e seus profissionais contribuam para a construção de um mundo onde expectativas de bem-estar sejam menos associadas à existência

12​Tendo metas como "12.5:​ ​Até 2030, reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reuso", "12.6: Incentivar as empresas, especialmente as empresas grandes e transnacionais, a adotar práticas sustentáveis e a integrar informações de sustentabilidade em seu ciclo de relatórios" e "12.2: Até 2030, alcançar a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais".

13 MANZINI, E. ​New Design Knowledge​. Versão em inglês disponível em: <http://www.sustainable-everyday.net/mankini>.

(27)

de novos artefatos. Por outro lado, naquilo que diz respeito ao ​designer​, a única contribuição que, aparentemente, podem oferecer é justamente projetar e produzir artefatos.

Dessa forma, temos um cenário em que os ​designers ​possuem as ferramentas e conhecimentos necessários para se trabalhar em um projeto que esteja ligado a sustentabilidade, contudo precisam tomar cuidado para que não aconteça um "efeito ​boomerang​" . De acordo com Papanek, (1985), o ​design14 precisa vir como ferramenta de inovação, alta criatividade e cruzamento de disciplinas com responsabilidade para resolver as verdadeiras necessidades do ser humano. O ​designer precisa ter uma melhor orientação de estudos, tendo como princípio o fato de que todos precisam parar de poluir a Terra com objetos mal projetados . 15

Conclui-se que com as ferramentas adequadas, estudos e uma boa percepção sobre o assunto, os designers podem sim fazer parte da mudança que precisamos para o presente e futuro da sociedade em que vivemos.

2.1.1 O consumidor sustentável e a geração ​millennial

Os valores pessoais relacionam-se com as motivações dos indivíduos, influenciando as suas atitudes e comportamentos na escolha de determinados produtos. Neste momento, os consumidores mais responsáveis representam um segmento de mercado cujos valores fundamentais focam na saúde, no bem-estar físico e ambiental, no desenvolvimento pessoal e em estilos de vida sustentáveis e justos socialmente, em que produtos ou serviços que adquirem (dotados de conteúdo ecológico e de valor acrescentado) são ainda conotados de luxuosos e/ou de exclusivos.

Segundo Rech e Souza (2006), os conceitos pessoais e as motivações dos indivíduos mantêm-se a assumir um grande valor significativo no âmbito da segmentação do mercado sustentável. Neste campo, os atributos permanentes

14 Segundo Manzini o efeito boomerang ( ​rebound effect )​, é um fenômeno através do qual, devido a uma intrincada trama de eventos, as escolhas consideradas positivas para o ambiente, demonstram gerar novos problemas quando colocadas em prática.

(28)

dessas pessoas direcionam-se em princípios de sustentabilidade devido a educação e cultura ambiental que adquiriram da sua vida. Sendo a “educação” e o “conhecimento” fatores responsáveis pela alteração de comportamentos, entre os quais se integram a preocupação com a reciclagem do lixo e a aquisição de artigos saudáveis, agregados de responsabilidade social.

Ainda segundo os autores, o consumidor sustentável está ligado à forma com a qual adquiriram-se as informações em sua vida. Sabendo que a sociedade vem passando por inúmeras mudanças em todas as áreas do conhecimento, os impactos produzidos nela através dos meios de comunicação como a Internet, têm provocado diversas modificações no estilo de conduta, atitudes, costumes e tendências das populações mundiais, veementemente no Brasil.

De acordo com Ianni (2000), a sociedade está articulada por emissões, ondas, mensagens, signos, símbolos, redes e alianças que tecem os lugares e as atividades, os campos e as cidades, as diferenças e as identidades, as nações e as nacionalidades. Esses são os meios pelos quais se desterritorializa mercados, tecnologias, capitais, mercadorias, ideias, decisões, práticas, expectativas e ilusões. Ainda segundo o autor citado, podemos ver e sentir os impactos que a Internet está ocasionando na nossa sociedade, pois esse processo simultaneamente civilizatório, já que desafia, rompe, subordina, mutila, destrói ou recria outras formas sociais de vida e trabalho, compreendendo modos de ser, pensar, agir, sentir e imaginar.

Conforme citado anteriormente pelos autores, nós estamos passando por diversas mudanças em nossa sociedade em relação ao acesso à informação, sendo a internet um dos principais meios de acesso. Segundo um estudo da ​We are social com a ​Hootsuite , no Brasil são mais de 149 milhões de usuários na internet e que o16 tempo diário que estas pessoas passam navegando é de nove horas e meia.

Hoje, temos dados que apontam 87% dos consumidores brasileiros com preferência em comprar em empresas sustentáveis e que 70% não se importaria em

16 Disponível em: < ​https://wearesocial.com/blog/2019/01/digital-2019-global-internet-use-accelerates >

(29)

pagar um pouco a mais por estes tipos de produtos. ​E, conforme um estudo feito pela Nielsen (2019), para um terço da população brasileira, a sustentabilidade já17 está entre as três principais preocupações do consumidor e 42% está mudando seus hábitos de consumo para reduzir o impacto no meio ambiente.

Podemos compreender que o fácil acesso que a internet proporciona, está ligada à forma com a qual as ​pessoas adquirem informações e valores ao longo do tempo. Tendo como base a internet como principal meio que as novas gerações vão buscando informação, influencia a forma com a qual estas pessoas se relacionam com a sociedade e o meio em que vivem. Sendo a sustentabilidade um assunto hoje procurado dentro destes meios, faz com que estas gerações compreendam melhor a realidade em que vivemos e, consequentemente, faz com que estas sejam mais engajadas com o assunto.

A Geração ​millennial​, ou Geração Z está introduzindo um "tsunami de população". Com estimativas atuais de dois bilhões em todo o mundo, essa demografia está prevista para ser o maior grupo de consumidores do mundo em apenas alguns anos . (WGSN) 18

Os Millennials, adultos de 21 aos 34 anos, engajados e leais às marcas, em busca da experiência de compra virtual. Estão mais conectados às tendências e novidades do mercado e dispostos a provar novos produtos, principalmente quando se trata de inovações em categorias supérfluas, ligadas à compra por impulso. (COSTA, Cassiana, 2017, Nielsen Brasil) . 19

Segundo o WGSN, essa geração da maior importância ao propósito e ao impacto positivo do produto. Os ​Millennials não só valorizam a causa em vez do lucro, mas também esperam que as empresas criem um impacto positivo no meio em que atuam. Ou seja, um público que cresceu com o privilégio da acessibilidade,

17 Disponível em:

<​https://www.nielsen.com/br/pt/insights/article/2019/consumidor-brasileiro-concretiza-habitos-que-ante s-eram-tendencia/​>

18 Tradução livre.

19 Definição do público Millennial. ​Disponível em: <

https://www.nielsen.com/br/pt/insights/article/2017/marcas-globais-vs-nacionais-todas-tem-espaco-no-mercado/​ >

(30)

mas não está preocupado apenas com mais “um produto”, e sim com a experiência e o significado em torno dele.

Um artigo publicado no site do Grupo Credit Suisse traz informações que20 demonstram que os ​millennials são a geração mais consciente em relação à sustentabilidade e estão dispostos a pagar mais por produtos e serviços alinhados a essa ideia ou direto de empresas com projetos ambientais e sociais. Basta saber se a indústria está disposta a tais mudanças ou o quão rápido vai responder a esse estímulo.

Gráfico 1: Estudo Credit Suisse e Nielsen consumidor ​millennial

Fonte: FFW (2018) 21

20 Disponível em: <

https://www.credit-suisse.com/ch/en/articles/private-banking/millennials-ruecken-nachhaltiges-investier en-in-den-fokus-201811.html​ >

(31)

A geração ​millennial se preocupa profundamente em fazer o bem, com o impacto da humanidade no meio ambiente e novas formas alternativas de educação colocaram a sustentabilidade e o meio ambiente em primeiro plano.

Consciente do futuro, essas pessoas investem tempo, dinheiro e energia na entrega de mudanças impactantes. Questões como saúde mental, sustentabilidade, raça, direitos LGBTQI+ e segurança são importantes e surgem líderes para gerar um impacto significativo em torno desses conceitos.

2.2 Tendências

Analisadas as tendências de comportamento e estilo do público da Geração

millennial​, em seguida serão apresentados estudos relacionados ao comportamento

e potenciais estilos e tendências relacionados ao público.

Inicialmente, é importante pontuar que os ​millennials se desenvolveram em uma época de grandes avanços tecnológicos e prosperidade econômica e estão insertos num ambiente urbanizado, dentro de um contexto virtual como sistema de interação social e midiática. A geração ​millennial foi a primeira verdadeiramente nascida no meio tecnológico.

Para essa geração, a ideia de viver uma vida significativa, em vez de bem-sucedida, está voltando aos prazeres básicos, rituais diários e aprendizado fortalecido. Essas pessoas nunca estão "​offline​", sempre disponíveis, dedicadas ao trabalho e constantemente em busca da liberdade por meio de mobilidade autônoma e controle financeiro.

Um estudo de 2018 da Harris, descobriu que 78% dos22 ​millennials ​preferem gastar dinheiro em uma "experiência ou evento desejável em vez de comprar algo desejável". Criar e compartilhar memórias se tornou um motivador na busca pelo sucesso.

Sucesso significa ter autonomia para viver, trabalhar e impactar o mundo nos meus próprios termos. A verdadeira liberdade é o novo 22 Disponível em: <

(32)

sucesso. Assim como a Hierarquia das necessidades de Maslow, é um privilégio se auto-atualizar na vida e no trabalho. O sucesso é um estado de espírito profissional e pessoal para mim e para muitos de meus colegas. Shiphia li, ​Millennial de 27 anos entrevistado pelo WGSN.

Para esta geração é mais importante investir em experiências do que dedicar a sua vida a fim de comprar grandes bens materiais. Um estudo do WGSN afirma que 70% dos ​millennials ​veem as viagens como mais importantes do que comprar a casa dos seus sonhos. E uma pesquisa da empresa de viagens Contiki , declara 23 que a grande maioria dessa geração (97,5%) disse que as experiências eram a coisa mais importante na vida, e muitos colocam as viagens antes da educação, afirmando o desejo de adiar a educação para viajar e conhecer o mundo em geral.

As gerações mais jovens cresceram com acesso a fotos e vídeos de lugares e sites estrangeiros e, como resultado desse acesso e conectividade, não estão satisfeitos em ficar apenas de lado - Querem dar um passo adiante e experimentar essas fotos e vídeos na vida real. WGSN.

Essa geração acredita que as experiências são maiores do que ter a própria casa, que viajar é mais necessário que se graduar ou entrar no mercado de trabalho e que, para comprar um produto, ele precisa compactar com os seus ideais de vida, e ter uma história por trás. Hoje essa geração dá mais ênfase para a sua felicidade, descobertas e motivos pelos quais fazem algo, além de quererem mostrar para o mundo como vivem, o que fazer e o que os motivam a viver.

Compreende-se como um bom produto para esta geração algo que faça sentido em sua vida, pois eles não compram um algo só por ser esteticamente agradável, barato e/ou acessível, mas sim por compactuar com o seu estilo de vida.

(33)

Produtos que ajudem a resolver suas necessidades e que tenham uma história de fundo são grandes apostas para esta geração.

Segundo WGSN (2019), o apelo de um estilo de vida mais simples tem tido, e vai continuar tendo, um enorme impacto na criação da decoração personalizada que povoa o Instagram. Mas nesta jornada para nos livrarmos do excesso, também é uma forte tendência a procura por conservar as indescritíveis características que fazem os produtos e os lugares serem únicos. Estaremos à procura do ​design com alma. ​Ainda segundo WGSN, em 2021, isso vai resultar em produtos de longa        duração, mesmo que com materiais que ficam laceados ou que se desgastam ao        longo do tempo, ou ainda, com ​designs que se adaptam conforme algumas        circunstâncias. Isso não tem relação com perfeição e sim com peças que têm uma        história e prometem ficar mais "bonitas" com o tempo. Os modelos utilitários ficarão        menos rígidos e os itens básicos, mais especiais, seja com costuras mais pesadas        ou tecidos com toque mais agradável. As cores serão inspiradas pelos aspectos        imprevisíveis e suaves dos tingimentos naturais. E o conceito japonês Wabi Sabi,        baseado na aceitação das mudanças e das imperfeições, será valorizado. Nessa        tendência, o minimalismo é cheio de vida e está atento aos detalhes. Ele vem com        um senso de autenticidade, artesanato e história, para que "o menos" realmente se        torne mais importante.

Segundo o WGSN (2019), os neutros se tornam mais elevados: veremos as        cores neutras se tornarem mais sofisticadas e mais relevantes para itens de moda, à        medida que a sustentabilidade e o artesanato se tornam mais aspiracionais. ​Os        brancos são uma opção comercial para jeans, lona, e materiais mais resistentes, para roupas e acessórios para jovens e com a crescente demanda por sustentabilidade, vemos isso mudando para tons não tingidos e esbranquiçados, que terão uma aparência ​premium quando combinados com detalhes e acabamentos igualmente sustentáveis.

A Vogue Itália também afirmou que tons neutros são cores com potencial para o futuro, principalmente para o público masculino.

(34)

Figura 5: Branco é uma das cores para outono inverno 2019/2020

Fonte: Vogue Itália 24

Segundo Pedrosa (2002) o branco é a cor da pureza, campo que não originou ainda uma cor definida, que é como uma promessa, a expectativa de um fato a se desenvolver. Na visão espiritual de Kandinsky, o branco, muitas vezes, é considerado não-cor, principalmente pelos impressionistas, porque não vêem o branco na natureza; é como o símbolo de um mundo onde todas as cores, como propriedades materiais, desapareceram. Acredita-se que a cor branca age sobre nossa alma como o silêncio absoluto. É um nada pleno de alegria juvenil ou, para dizer melhor, um nada antes de todo nascimento, antes de todo começo.

Como reflexo de uma aspiração dominante, o branco encontra seu maior significado no século XX, representando a paz, principalmente a paz entre os povos. É neste sentido que ele aparece na bandeira da Organização das Nações Unidas (ONU), desenhando sobre fundo azul o globo terrestre e os ramos de louro que o cercam. (PEDROSA, 2002, p.110).

Para melhor desenvolvimento deste tópico, fez-se necessária separar a parte de materiais, uma vez que este assunto será amplamente desenvolvido.

(35)

2.2.1 Materiais

Conforme a sustentabilidade se torna mais interessante e acessível ao consumidor, as marcas gradualmente exploram essa comunicação com a utilização de diversos materiais, tais como fibras naturais, orgânicas e recicladas que não receberam nenhum tipo de lavagem pesada para seu tingimento ou modificações. Consequentemente, esses materiais possuem um aspecto rústico, de forma a não ter um padrão no tecido, tornando cada produto único. ​De acordo com o WGSN (2019), ​essa abordagem moderna de materiais crus e ou reciclados, fornece à superfície dos produtos um aspecto diferenciado com marcas de desgaste, descoloração e ​acabamentos ​crus, além de oferecer novas experiências, tornando cada peça única para o consumidor.

Figura 6: Painel de materiais em tendência

(36)

Tais acabamentos podem ser referenciados a filosofia Japonesa, ​Wabi Sabi​. Segundo Tadao, Ando (2004),​Wabi Sabi ​é a arte japonesa de encontrar a beleza na imperfeição e a profundidade da natureza, de aceitar o ciclo natural de crescimento, decadência e morte. Ele celebra rachaduras e fendas e todas as outras marcas que o tempo, o clima e o uso amoroso deixam para trás. Isso nos lembra que todos somos seres transitórios neste planeta - que nossos corpos, assim como o mundo material ao nosso redor, estão no processo de retornar ao pó de onde viemos. Através do ​Wabi-sabi​, aprendemos a abraçar manchas, ferrugem e bordas desgastadas, e a marcha do tempo que elas representam. 25

Neste contexto após uma rica pesquisas de possíveis empresas fornecedoras foi escolhido estudar a empresa Eco fábrica, a fim de futuramente fazer uma protótipo para o presente trabalho de conclusão de curso. Um dos motivos de ter escolhido este fornecedor foi pela cultura da empresa; voltada à sustentabilidade e escolha por produção de produtos feitos a partir de material reciclado, o que vai de acordo com os conceitos deste projeto. Além deste motivo, a localização é favorável, pois a fábrica localiza-se em Curitiba, Paraná, o que torna as visitas à fábrica bastante viáveis para acompanhar o processo de produção da mochila.

Em seguida será apresentado uma análise mais aprofundada deste fornecedor.

a) Ecofábrica

"A Ecofábrica entende a importância do presente corporativo para solidificar a imagem positiva e conquistar clientes. Nossa proposta para o setor são Presentes Ecológicos" (site da marca) . A empresa já trabalhou com diversas grandes marcas26 como Disney, Google e HSBS.

25 Tradução livre. 26​Idem

(37)

Figura 7 - Logo Eco Fábrica

Fonte: Site da marca 27

A empresa utiliza ferramentas de ​ecodesign para desenvolver e comercializar produtos a partir da composição de materiais reciclados e alternativos (papéis reciclados, PET, lona de caminhão de pós-uso e retalhos de couro reciclado e reaproveitável). Além de utilizarem e disponibilizarem estes materiais, eles também possuem autonomia de criação de diversos produtos, tais como: bolsas, mochilas, cadernos, entre outros.

Foi escolhido dar continuidade ao projeto junto com este fornecedor, pois, como citado anteriormente, esse possui diversas qualidades que se encaixam dentro deste trabalho, como a disponibilidade de materiais ecológicos e autonomia para desenvolver e produzir o modelo para este produto, está localizado num estado acessível para visitações, além de ser uma empresa com histórico de produtos de conceito semelhante ao que está sendo criado.

b) Cartela de materiais

A cartela de materiais foi analisada a partir dos tipos de materiais disponíveis pelo fornecedor, que são: lona de caminhão de pós-uso, lona nova 100% algodão, Locomotiva Eco Juta e retalhos em couro. Em seguida será apresentado cada material.

(38)

1. Lona de caminhão

A lona reaproveitada de cargas de trens e caminhões sofre com o uso contínuo, intensa exposição ao sol, ação das chuvas e acúmulo de poeira e resíduos, provocando, assim, furos e desgaste em sua cor. O fornecedor recolhe este material e o trata para reutilização em produtos de escritório, bolsas e acessórios. Por isso, as peças em lona reciclada vão apresentar variação de tonalidade, pequenas manchas, furos e remendos. Estas características não comprometem a qualidade e durabilidade do produto, ao contrário, imprimem certa identidade e exclusividade a ele.

Figura 8: Ciclo de vida da lona de caminhão pela Eco Fábrica

Fonte: Site Eco Fábrica

Foi escolhido trabalhar com a lona de caminhão por este material possuir uma estética em que se encaixa com os valores explicados anteriormente. E também por ser um material que está sendo ressignificado dentro de um produto, o que vai de encontro com os objetivos deste projeto.

(39)

A lona nova, colorida, é um tecido que mesmo não ter sido reciclado, é considerado como uma boa alternativa para produtos de segmento ecológico, uma vez que é considerado um recurso renovável. Este material possui uma grande disponibilidade de cores, como: branco, preto, verde, marrom e entre outras cores.

Figura 9: Produtos da Eco Fábrica feitos de Lona nova 100% algodão.

Fonte: Site Eco Fábrica 28

Pelo falo do material principal ser em um tom claro, o que facilita a percepção de sujeiras, há então a necessidade de se utilizar um material escuro em pontos onde há mais contato com objeto externos, como a base, por exemplo. Por este motivo, foi escolhido trabalhar em alguns pontos da mochila a lona nova 100% algodão na cor preta.

3. Locomotiva Eco Junta

Desenvolvido a partir da fibra da juta, matéria-prima típica da amazônia e produzida pela Têxtil Castanhal, a segunda maior produtora de juta do mundo.

Outra vantagem da utilização da fibra de juta nos tecidos é a facilidade de decomposição do produto no descarte. A juta se desfaz em 2 anos, o algodão leva 10 anos e o poliéster pode chegar a 100 anos para se decompor.

Também complementam a linha Locomotiva Eco, tecidos confeccionados a partir de fios reciclados. Estes fios são fiados a partir do processo de reaproveitamento de retalhos que sobram de confecções e seriam descartados.

(40)

Esses retalhos são desmanchados e um novo fio é construído. Outro benefício deste processo é que o fio não precisa passar por um novo processo de tingimento, o que implica diretamente em redução no consumo de água.

Figura 10: Representação do material Locomotiva Eco Juta da Eco Fábrica.

Fonte: Site Eco Fábrica 29

Pelos motivo citados anteriormente, onde o material possui pouca

durabilidade, é que se decidiu que ele não será utilizado neste projeto, uma vez que não segue dentro dos conceitos abordados.

4. Material sintético

O fornecedor ainda disponibiliza um material sintético que imita o acabamento de couro. Este material tem como principal função dar acabamento para os produtos e proteger a base de bolsas, mochilas e acessórios, a fim estender a vida útil do produto, uma vez que protege com mais eficiência de desgastes ocorridos pelo uso diário.

O tecido está disponível nas cores marrom escuro, caramelo e preto.

(41)

Figura 11: Produtos da Eco Fábrica com acabamentos em material sintético.

Fonte: Site Eco Fábrica 30

Este será utilizado no projeto apenas em pequenos detalhes da mochila, com o objetivo de um acabamento sofisticado à mochila.

(42)

3 O PROJETO

Conforme citado anteriormente, no começo deste documento, foi escolhido trabalhar com o método GODP , Guia de Orientação para Desenvolvimento de31 Projetos. A seguir será apresentado o desenvolvimento deste projeto, seguindo as etapas apresentadas pelo método.

3.1 Inspiração

Esta etapa possui três sub etapas, (oportunidade, levantamento de dados e prospecção/solicitação). Essa etapa tem como objetivo observar as necessidades e oportunidades de mercado, fazer a verificação destas, e também coletar dados, a fim de compreender e direcionar o projeto da melhor maneira possível.

A seguir serão apresentados como foram elaborados estas sub etapas, referente a este projeto de conclusão de curso.

3.1.2 Sub etapa (-1) - Oportunidades

Segundo Merino, (2016), ​nessa etapa são verificadas as oportunidades do mercado/setores, conforme o produto a ser avaliado, considerando um panorama local, nacional e internacional e a atuação na economia. Desta forma, são evidenciadas as necessidades de crescimento do setor e outras conforme o produto. Essa etapa foi realizada de maneira breve, pois a estudante já possuía contato com a empresa parceira, pelo fato de estagiar na Imaginarium há dois anos. Por já ter conhecimento da área onde trabalha e compreensão da necessidade da empresa, foi escolhido trabalhar com assunto da sustentabilidade por ser uma narrativa que se pretende abordar na empresa.

(43)

3.1.3 Sub etapa (0) - Prospecção/ Solicitação

Segundo Merino, (2016), nessa etapa, após a verificação das oportunidades é definida a demanda/problemática central que norteará o projeto.

Nessa etapa do projeto foi definida a problemática central que compreendesse como inserido na realidade de um planeta com recursos esgotáveis, juntamente com a cobrança do consumidor contemporâneo por empresas mais responsáveis, sendo um dos caminhos a inserção de conceitos sustentáveis em uma mochila da Imaginarium.

Após ter sido definido o problema central deste projeto, foi necessária a realização de uma pesquisa com o objetivo de mapear as possibilidades viáveis a se trabalhar de acordo com o tema selecionado, a sustentabilidade. No decorrer desta pesquisa, foi encontrado um fornecedor em potencial de materiais reciclados e ecológicos, Eco Fábrica. Este tópico já foi elaborado no capítulo de fundamentação teórica, dentro do subtópico de materiais.

3.1.4 Sub etapa (1) - Levantamento de dados

Segundo Merino (2016), nesta etapa são desenvolvidas as definições do projeto com base em um levantamento de dados em conformidade com as necessidades e expectativas do usuário, que contemplam os quesitos de usabilidade, ergonomia e antropometria, dentre outros. Bem como as conformidades da legislação que trata das normas técnicas para o desenvolvimento dos produtos. Em seguida, será apresentado os estudos relacionados aos requeridos temas dentro desta etapa.

(44)

a) Análise de similares

Para a seleção dos similares, foram escolhidos variados modelos, preços e materiais, a fim de compreender verdadeiramente as partes e funções de mochilas. Foram selecionadas seis opções, apresentadas a seguir:

Quadro 1 - Painel imagético de mochilas similares.

(45)

Figura 12 - Análise do primeiro modelo de mochila do painel de similares

Fonte: ​autoria própria (2019)

Figura 13 - Análise do segundo modelo de mochila do painel de similares

(46)

Figura 14 - Análise do terceiro modelo de mochila do painel de similare

Fonte: ​autoria própria (2019)

Figura 15 - Análise do quarto modelo de mochila do painel de similares

(47)

Figura 16 - Análise do quinto modelo de mochila do painel de similares

Fonte: ​autoria própria (2019)

Figura 17 - Análise do sexto modelo de mochila do painel de similares

Fonte: ​autoria própria (2019)

Pode-se compreender que os modelos do painel de similares são confeccionados em diversos materiais, como lona, poliéster e PET reciclado. Alguns modelos possuem detalhes em couro ou poliuretano, como é o caso do primeiro, quarto e quinto modelo. Todos eles possuem alguma forma de identificação da

(48)

marca, seja em baixo relevo, etiqueta de tafetá ou uma arte de etiqueta emborrachada, além de ter diversos bolsos externos e internos e um compartimento especial com espuma para acomodar laptops com medidas de tela entre 13 e 15 polegadas. Sobre o tamanho das mochilas, observou-se que os modelos variam de altura entre 400 e 480 mm, largura entre 270 e 350 mm, e de profundidade entre 120 e 210 cm.

Conforme observado na análise foi decidido que será utilizado as dimensões 410 mm de altura, 300 mm de largura e 160 mm de profundidade como dimensões mínimas da mochila a ser desenvolvida. O modelo também tem como objetivo possuir um compartimento acolchoado para laptop de 15 polegadas, além de projetar diversos compartimentos internos e externos, a fim de facilitar o uso do usuário.

b) Análise da tarefa

A ergonomia se preocupa com as condições gerais de trabalho, tais como a postura, a iluminação, os ruídos e a temperatura, que geralmente são conhecidas como agentes causadores de males na área da saúde física e mental (NASCIMENTO, 2016)

Segundo especialistas do assunto, os métodos ergonômicos aplicados de maneira correta diminuem o cansaço e evitam lesões físicas dos indivíduos. Acerca dos relatos referentes às dores nas costas, os ombros são as queixas mais frequentes nos consultório de ortopedistas, independentemente de idade e das atividades que praticam. Geralmente as dores nos ombros são causadas pelo movimento repetitivo ou pelo carregamento de peso de maneira indevida.

Desde o ensino fundamental, as pessoas utilizam mochilas para transportar seus materiais, muitas vezes sem saber que modelo é o ideal e acabam por fazer o uso de forma errada, sem ajustar as alças corretamente, trazendo assim desde um desconforto momentâneo durante o uso até sérios problemas de saúde física.

(49)

Sabendo desse problema, esta análise da tarefa tem o objetivo de examinar as alças de mochilas, especificamente três modelos diferentes, e sugerir mudanças através do resultado de todos os estudos realizados, desde pesquisas até as análises feitas com os sujeitos.

Para o desenvolvimento do projeto foram escolhidos três modelos distintos de mochilas disponíveis no mercado que possuem as alças diferenciadas umas das outras. Como o objeto específico da análise será as alças das mochilas, elas foram escolhidas de acordo com o tamanho e material das alças para que fosse possível realizar o estudo. Abaixo seguem os modelos de mochilas da análise da tarefa:

Tabela 2: Modelos de mochilas analisados

Fonte: Trabalho de ergonomia (2017) IFSC 32

Foram escolhidos para realizar o teste três usuários que possuem idades variadas e que fazem uso diário de mochilas para transporte de materiais. Como cada usuário carrega aproximadamente 2 kg nas mochilas, foi acondicionado o mesmo peso no produto para que houvesse uma avaliação fidedigna do mesmo.

Para dar início ao procedimento foi comunicado e solicitado para que o usuário colocasse a mochila conforme usual, ajustasse as alças da mochila, se sentisse necessário. Após isso, ficaram com as mochilas nas costas durante tempo pré definido e fizeram comentários sobre a sensação que cada mochila causou.

(50)

Durante esse processo foi realizado registros através de filmagens e observações dos aplicantes do teste. Ao término da avaliação de cada uma das mochilas foi aplicado um questionário de satisfação para o usuário, de forma que este avaliou o produto com notas de 0 a 10, de acordo com sua satisfação. Conforme imagens (ANEXO A).

Figura 18:​ ​A esquerda a participante Luiza e ao lado Zandalee, realizando o procedimento na mochila 1 (recortes feitos do vídeo).

Fonte: Trabalho de ergonomia (2017) IFSC

A votação realizada teve por objetivo adquirir informações mais precisas sobre a satisfação do sujeito, sendo que este possui seis quesitos essenciais para a análise: Ajuste das alças, posicionamento, espessura, textura, distribuição de peso e postura (ANEXO A).

Os usuários deram notas de 1 a 10, sendo a nota 1 considerada como totalmente inadequado para o produto, e 10 considerado como totalmente adequado para aquele produto.

(51)

Quadro 2: Votação realizada com os usuários da mochila 1.

Fonte: Trabalho de ergonomia, 2017, IFSC 33

De acordo com a observação dos usuários durante os testes e o resultado da aplicação de questionário, percebe-se que há divergência de opiniões sobre os mesmos itens.

Mochila 1: a primeira mochila testada teve suas alças bem avaliadas nos quesitos de textura e espessura. Mas houve divergência nos quesitos de ajuste das alças, posicionamento, distribuição de peso e interferência na postura; dois usuários tiveram experiências positivas enquanto o Sujeito 1 avaliou de maneira negativa e não se adaptou bem.

Mochila 2: a segunda mochila, teve avaliação melhor que a primeira, sendo sua menor nota 6 em espessura e textura para o Sujeito 3. Os demais usuários tiveram uma boa experiência e tiveram como uma boa opção de compra, com grande grau de usabilidade.

Mochila 3: a última mochila para teste foi eleita a melhor mochila pelo Sujeito 2, atingindo nota máxima em todos os quesitos. Entretanto, para o Sujeito 1, não atingiu nota máxima em nenhum momento, tendo nota mínima 4 em distribuição de peso. Para o Sujeito 3, o ajuste das alças, posicionamento e espessura poderiam sofrer melhorias.

Assim, conclui-se que a avaliação de cada uma das mochilas obteve respostas bem variadas, mas nenhuma delas foi severamente criticada. Todas

(52)

possuíam opção de ajuste nas alças, o que faz com que se considere fundamental. Também atenta-se ao cuidado de que as alças sejam largas o suficiente para que não criem elevados pontos de pressão sobre os ombros. Para uma distribuição de peso efetiva, que torne o uso confortável, faz-se necessárias compartimentos que possibilitem que os pertences sejam acondicionados de forma equilibrada.

3.2 Ideação

Esta etapa possui duas sub etapas (organização e análise e criação). Esta etapa tem como objetivo organizar os dados retirados das diversas pesquisas realizadas anteriormente nas outras etapas, a fim de compreender e utilizar melhor os dados coletados. Além da organização, há também o desenvolvimento do processo criativo, que dará início ao produto deste projeto.

Em seguida serão apresentados o desenvolvimento destas sub etapas referentes ao projeto.

3.2.1 Sub etapa (2) - Organização e análise

Segundo Merino, (2016), nesta etapa, após o levantamento das informações, na forma de dados, os mesmos são organizados e analisados. Neste momento podem ser utilizadas técnicas analíticas que permitirão definir as estratégias de projeto.

A partir da organização e análise dos dados e estudos demonstrados anteriormente, foi desenvolvido um mapa mental que deu origem aos seguintes requisitos:

(53)

1. Ser direcionado ao público adulto da marca

2. Compactuar com os conceitos do público ​millennial 3. Inspirar-se na filosofia do Wabi Sabi

4. Uso notável de material reutilizado 5. Carregar o DNA da Imaginarium 6. Possuir diversos compartimentos

7. Adequar-se ao modo de produção da empresa 8. Possuir alças reguláveis e com uma largura média.

Estes requisitos foram então separados em duas diferentes categorias: necessários e desejáveis. Os requisitos necessários são aqueles onde há a necessidade de serem executados no projeto, já os desejáveis, são requisitos onde há a flexibilidade de estarem ou não no produto final.

Quadro 3 - Requisitos necessários e desejáveis.

Fonte: ​autoria própria (2019)

Após todas as pesquisas feitas e elencados os requisitos para este trabalho, há o início da etapa de criação, na qual será estabelecido a concretização do produto.

(54)

3.2.2 Etapa 3 - Criação

De acordo com Merino, (2016), nessa etapa, após as estratégias de projeto, são definidos os conceitos globais, sendo geradas as alternativas preliminares e protótipos. Essas são submetidas a uma nova análise com técnicas e ferramentas, permitindo a escolha daquelas que respondem de melhor forma as especificações de projeto e atendimento dos objetivos.

Os conceitos estéticos foram formados a partir da utilização de painéis de inspiração que são: estética visual, modelos, aplicação de cor, e motivos gráficos.

(55)

a) Painel de estética visual

O primeiro painel faz referência à diversidade de texturas, materiais e acabamentos que, juntas, transmitem vestígios de uma estética urbana pós apocalíptica, pura, sem muitos adornos e com valorização do desgaste do material. As mensagens escritas fazem referência ao momento de manifesto artístico urbano, no qual há a necessidade da expressão dos indivíduos, obtendo-se, assim, uma identidade do produto que vai de encontro com a identidade do usuário.

Quadro 4: painel de inspiração para a estética visual

(56)

b) Painel de inspiração para o modelo

Buscou-se, para o painel de inspiração, mochilas que portassem uma estética atual, relevante, funcional e de interesse do público abordado. Com formato de abertura de colissê, que remetem à história do material (lona) e trazem diferenciação à peça, indo contra o senso comum dos zíperes. Formatos diferenciados de tampa também conferem um visual mais interessante. O intuito deste painel é encaminhar o modelo para uma estética inovadora e instigante ao público adulto.

Quadro 5: painel de inspiração para o modelo

(57)

c) Painel de inspiração para aplicação de cor

O painel seguinte transparece e reafirma tudo o que foi citado até então. As cores são puras e também possuem a sensação de desgaste, de essencialmente útil, porém com pequenos toques de cores vibrantes que contrastam, como uma junção entre o pós-guerra e o veloz, atual e urbana forma de viver.

Quadro 6: painel de inspiração para aplicação de cor

(58)

d) Painel de inspiração para motivos gráficos

O painel abaixo também demonstra o uso de cores neutras e tons suaves, fontes sem serifas, toque de cores vibrantes, contraste, visualmente limpo e ​bold​. São características gráficas presentes no nicho de produtos para adultos tidos como antenados e que inspira o presente projeto.

Quadro 7: painel de inspiração para motivos gráficos

Referências

Documentos relacionados

Ficou com a impressão de estar na presença de um compositor ( Clique aqui para introduzir texto. ), de um guitarrista ( Clique aqui para introduzir texto. ), de um director

O objetivo deste trabalho foi avaliar épocas de colheita na produção de biomassa e no rendimento de óleo essencial de Piper aduncum L.. em Manaus

Os interessados em adquirir quaisquer dos animais inscritos nos páreos de claiming deverão comparecer à sala da Diretoria Geral de Turfe, localizada no 4º andar da Arquibancada

No código abaixo, foi atribuída a string “power” à variável do tipo string my_probe, que será usada como sonda para busca na string atribuída à variável my_string.. O

Water and wastewater treatment produces a signi ficant amount of methane and nitrous oxide, so reducing these emissions is one of the principal challenges for sanitation companies

Dessa forma, a partir da perspectiva teórica do sociólogo francês Pierre Bourdieu, o presente trabalho busca compreender como a lógica produtivista introduzida no campo

O presente trabalho tem como objetivo geral analisar como instrumentos interativos podem contribuir no processo de aprendizado e do desenvolvimento do indivíduo,

Podemos então utilizar critérios tais como área, arredondamento e alongamento para classificar formas aparentadas a dolinas; no processamento digital de imagem, esses critérios