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Grupo de Pesquisa 8: Cooperativismo e Associativismo no Meio Rural

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Academic year: 2021

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GRAU DE GESTÃO E A CONTRIBUIÇÃO DO COOPERATIVISMO E DO ASSOCIATIVISMO NA SUSTENTABILIDADE DAS EMPRESAS CAFEEIRAS

NO BRASIL

Adriano Augusto Bliska1; Patrícia Helena Nogueira Turco2; Antonio Bliska Júnior3; Flavia Maria de Mello Bliska4

1. IE/Unicamp; 2. Apta Regional/Monte Alegre do Sul; 3. Feagri/Unicamp; 4.Centro de Café/IAC.

adrianobliska@gmail.com; patyturco@apta.sp.gov.br; bliskajr@feagri.unicamp.br; bliska@iac.sp.gov.br

Grupo de Pesquisa 8: Cooperativismo e Associativismo no Meio Rural Resumo

A atuação das cooperativas e associações de produtores rurais do segmento cafeeiro tem sido historicamente considerada importante para a competitividade daquele segmento. Simultaneamente, cresce a preocupação com os mecanismos de gestão interna das empresas cafeeiras, muito importantes desde o aperfeiçoamento dos processos agrícolas à colocação dos grãos no mercado de destino. Diferentes níveis de gestão podem ser determinantes na sustentabilidade, ou seja, para a sobrevivência ou não daquelas empresas, bem como para o aumento ou não de sua competitividade. O objetivo deste estudo foi avaliar se a participação das empresas cafeeiras brasileiras em cooperativas ou associações de classe pode estar correlacionada a diferentes níveis de gestão, classes de tamanho das empresas, regiões produtoras e busca ou não de assistência técnica pelas empresas. Para isso utilizou-se o Método de Identificação do Grau de Gestão – MIGG Café, aplicado a 1002 empresas cafeeiras, das principais regiões produtoras brasileiras e estatísticas descritivas. Os resultados indicam que os níveis médios de gestão das empresas cooperadas/associadas e daquelas que buscam assistência técnica, sejam ou não cooperadas/associadas, nas principais mesorregiões cafeeiras do Brasil, são heterogêneos. Entretanto, as diferenças entre as médias de gestão estaduais e brasileira daqueles dois grupos não são significativas. Adicionalmente, as empresas cafeeiras cooperadas ou associadas nem sempre reconhecem as cooperativas ou associações às quais estão vinculadas à disponibilização de assistência técnica à produção cafeeira. Além disso, a adesão aos sistemas de cooperativismo e/ou associativismo é proporcionalmente superior nas empresas cafeeiras de grande porte, em relação à adesão dos minifúndios, pequenas e médias. Enquanto a busca por assistência técnica fora dos sistemas de cooperativismo e/ou associativismo é significativamente superior entre os minifúndios, pequenas e médias empresas.

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2 MANAGEMENT DEGREE AND THE CONTRIBUTION OF COOPERATIVISM AND ASSOCIATIVISM IN THE SUSTAINABILITY OF COFFEE COMPANIES IN BRAZIL

Abstract

The performance of cooperatives and associations of rural producers in the coffee segment has historically been considered important for the competitiveness of this segment. At the same time, there is growing concern about the internal management mechanisms of coffee companies, which are very important since the improvement of agricultural processes and the placing of the beans on the final market. Different levels of management can be determinant in sustainability, that is, for the survival or not of those companies, as well as for the increase or not of their competitiveness. The objective of this study was to evaluate whether the participation of Brazilian coffee companies in cooperatives or class associations can be correlated to different levels of management, size classes of companies, producing regions and the search for technical assistance by companies. For this, we used the Method of Identification of the Management Degree - MIGG Coffee, applied to 1002 coffee companies, from the main Brazilian producing regions, and descriptive statistics. The results indicate that the average levels of management of the cooperative/associated companies and of those who seek technical assistance, whether cooperated or not, in the main coffee mesoregions of Brazil, are heterogeneous. However, the differences between the state and Brazilian management averages of these two groups are not significant. In addition, coffee cooperative or associated companies do not always recognize the cooperatives or associations to which they are related to the provision of technical assistance to coffee production. In addition, adherence to cooperative and/ or associative systems is proportionately higher in large coffee companies, in relation to the adhesion of smallholdings and small and medium-sized companies. While the search for technical assistance outside the systems of cooperativism and/or associativism is significantly superior among smallholdings, small and medium enterprises.

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1. Introdução

Historicamente, as atuações das cooperativas agrícolas e das associações de produtores rurais do segmento cafeeiro são consideradas importantes à própria sobrevivência das empresas cafeeiras e operam não apenas na logística de beneficiamento, armazenamento, comercialização dos grãos, comercialização de insumos agropecuários e linhas de financiamento desses produtos, mas também no desenvolvimento, divulgação e introdução de novas tecnologias de produção, colheita e pós-colheita, busca por produtos de qualidade diferenciada, e diferentes certificações agrícolas. Sua atuação ocorre principalmente por meio de assistência técnica ao empresário rural e por vezes conta com instituições parceiras, dentre elas, as vinculadas à pesquisa e desenvolvimento, certificações de processos e de qualidade, e indústrias de insumos à produção.

A preocupação com os mecanismos de gestão interna das empresas cafeeiras, muito importantes desde o aperfeiçoamento dos processos agrícolas à colocação dos grãos no mercado de destino – incluindo a gestão da qualidade – é crescente entre empresas dos diferentes setores econômicos e alcançou parte das cooperativas e associações do segmento cafeeiro. Muitas contam com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), principalmente por meio do Programa Educampo, outras contam com a parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), ou com o suporte dos Sindicatos Rurais dos municípios produtores, ou ainda com o apoio de certificações ou verificações agrícolas, universidades ou institutos de pesquisa, dentre outras tantas instituições que compõem os ambientes organizacional e institucional relacionados à cadeia agroindustrial do café.

Diferentes níveis de gestão podem ser determinantes na sustentabilidade, ou seja, para a sobrevivência ou não daquelas empresas, bem como para o aumento ou não de sua competitividade. O objetivo principal deste estudo foi avaliar se a participação das empresas cafeeiras brasileiras em cooperativas ou associações de classe pode estar correlacionada a diferentes níveis de gestão, classes de tamanho, regiões produtoras e à busca ou não por assistência técnica.

2. Metodologia

2.1 Fundamentação Teórica

Para Zylbersztajn (1994), a cooperativa é importante para desenvolvimento dos seus associados, principalmente em função do aumento do poder de barganha na comercialização de insumos, resultando em redução dos custos e, também, pela redução de riscos associados a ações conjuntas. Sem negar o capitalismo, essa visão do associativo considera a cooperação como forma de sobrevivência. Diante da ineficiência do Estado e da ausência – ou deficiência – de políticas públicas para pequenas propriedades agrícolas, a associação de interesses dos produtores torna a cooperação uma forma de resistência e articulação de forças frente às demandas econômicas internas e externas, que impõem tecnologias, produtos e padrões de consumo, vinculados principalmente aos interesses do capital monopolista.

Nessa mesma linha seguem os argumentos de Lamarche (1998), que entende que o nível de dependência tecnológica, financeira e de mercado, especialmente das pequenas propriedades rurais, dificultam a barganha por melhores preços e a introdução de novas tecnologias para o incremento de sua produção. A cooperativa representaria, então, um espaço de articulação e força para enfrentar as demandas externas e valorizar a produção local no mercado globalizado.

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4 Para Bialoskorski (2004), apud Marschall (2009) os empreendimentos cooperativistas são organizações particulares, por apresentarem importante função pública de desenvolvimento econômico, geração e distribuição de renda e criação de empregos, além de poderem fornecer à sociedade serviços como educação ou saúde.

Entretanto, quanto aos aspectos teóricos do cooperativismo/associativismo, Costa (2007) entende que por vezes ele não é bem compreendido ou não é tratado de forma adequada. Algumas vezes é analisado apenas por seu aspecto doutrinário, romântico e utópico. Outras vezes é tratado apenas como empresa privada. Enquanto deveria ser tratado por ambos os aspectos.

Do ponto de vista histórico, alguns teóricos apresentam uma visão do processo de constituição do cooperativismo, segundo a qual ele é um movimento muito antigo, que remonta aos primórdios da história humana. Para esses autores, como Klaes (2005), apud Costa (2007), o cooperativismo pode ser encontrado em sociedades remotas, como nas sociedades feudal, grega e romana, ou seja, o cooperativismo seria tão antigo quanto natural, pois até os animais compartilhariam de sentimentos de ajuda mútua, solidariedade e cooperação. Enquanto outros autores, afirmam a existência do cooperativismo antes do século XIX, como manifestações de sociabilidade característica do homem, mas concordam que ele surge de forma estruturada a partir do movimento operário do século XIX.

Esse movimento operário levou à criação, em 1844, da “Sociedade Equitativa dos Pioneiros de Rochdale”, em Rochdale, Inglaterra, uma cooperativa de consumo. Aquela Sociedade é descrita por Costa (2007) e OCB (2017) como o início da distribuição cooperativa dos bens de consumo, inspirando o movimento cooperativista ao redor do mundo, de forma que seus valores – solidariedade, igualdade, fraternidade, democracia, equidade, responsabilidade social e transparência – e seus princípios – adesão livre e voluntária, controle democrático pelos sócios, participação econômica dos sócios, autonomia e independência, educação, treinamento e informação, cooperação entre cooperativas, preocupação com a comunidade – ainda são adotados pelo movimento cooperativista, às vezes com algumas modificações.

De acordo com Costa (2007), comumente são realizados dois tipos de análise do cooperativismo, uma ideológica, que prega os ideais de união e solidariedade, e outra mais crítica, que compara as cooperativas às empresas capitalistas que objetivam primordialmente o lucro. Entretanto, como descrito no trabalho desse autor, as cooperativas evoluíram de simples associação mutualista para uma complexa organização social, incorporando os problemas da empresa capitalista moderna e desvirtuando-se de seus princípios básicos, inspirados no ideal democrata.

Para Marschall (2009), o cooperativismo é um fenômeno que tem se destacado como uma das formas mais comuns de associativismo e tem arregimentado adeptos e críticos desde os trabalhos de Rochdale. Ele discutiu as motivações para o cooperativismo na pequena propriedade, por meio de um estudo de caso e constatou a ênfase dada pelo pequeno proprietário a aspectos como assistência técnica e segurança como estratégias de melhoria das suas condições econômicas, constituindo-se nas principais motivações para a associação na cooperativa. Os associados confirmaram sua hipótese de valorização da produção dada pela cooperativa à pequena produção. Também afirmaram que a organização tem atendido aos interesses da pequena propriedade, além de reconhecerem a importância atribuída aos laços de coleguismo, amizade e sentimento de pertencerem a um grupo com valores e elementos culturais similares.

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5 2.2 MIGG – Café

Os níveis de gestão no segmento cafeeiro foram obtidos por meio do Método de Identificação do Grau de Gestão para Café – MIGG Café (Bliska et al, 2014), constituído por um questionário com 64 indicadores, referentes a oito critérios de gestão (quadro 1) cujas perguntas admitem apenas as respostas “sim” ou “não”, o que minimiza a subjetividade que geralmente acompanha os métodos descritivos ou qualitativos. Cada critério proporciona à avaliação do respondente uma soma de pontos, que varia de zero a 1000 pontos. Essa pontuação classifica o grau de gestão em níveis de “um” a “nove”, sendo “um” o mais baixo e “nove” o mais elevado (Bliska Jr. e Ferraz, 2012).

O MIGG foi desenvolvido inicialmente para flores de corte (Bliska Jr. e Ferraz, 2012). Para seleção, priorização e hierarquização dos temas e indicadores gerenciais adotados, o MIGG se baseia nos critérios preconizados pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), que utiliza em seu sistema de avaliação de gestão de empresas o Modelo de Excelência em Gestão® (MEG) (FNQ 2007, 2009a e 2009b). Para o segmento cafeeiro o MIGG foi desenvolvido em quatro etapas principais (Bliska et al, 2014): 1) Levantamento de informações sobre produção agrícola, colheita, pós-colheita, embalagens, logística e aspectos administrativos e levantamento das características setoriais; 2) Identificação dos fatores críticos para a cadeia produtiva com base nos resultados da etapa anterior, seguida da seleção e hierarquização dos parâmetros de avaliação da sustentabilidade da produção por meio da Técnica Delphi; 3) Confronto dos fatores críticos para a cadeia de produção de café e das informações secundárias identificadas na primeira etapa, com os critérios utilizados no MIGG construído para produção de flores de corte; e 4) Elaboração do roteiro de gestão visando à elevação contínua dos padrões de qualidade nos estágios do sistema agroindustrial. Foi elaborado um questionário, avaliado por valores e pesos, com base no MIGG – Flores. Quadro 1. Critérios de gestão, MIGG – Café.

Critério Processos gerenciais associados ao critério de gestão

Planejamento Orientação e execução de estratégias, cumprimento de metas, definição e acompanhamento de planos necessários para o êxito das mesmas.

Liderança Orientação filosófica da organização, controle externo sobre sua direção e controle de resultados pela mesma.

Clientes Tratamento de informações de clientes e do mercado.

Sociedade

Respeito e tratamento das demandas da sociedade, meio ambiente e desenvolvimento social das comunidades mais influenciadas pela organização.

Informações e conhecimento

Organização das demandas por informação e desenvolvimento de diferenciais competitivos.

Pessoas Configurações de equipes de alto desempenho, desenvolvimento de competência das pessoas e manutenção de seu bem estar.

Processos Procedimentos de negócio e aos de apoio, tratando separadamente aqueles relativos aos fornecedores e os econômico-financeiros.

Resultados

Séries históricas acompanhadas de referenciais comparativos pertinentes, para avaliar níveis de desempenho associados aos principais requisitos das partes interessadas, para verificar o atendimento às demandas de mercado. Fonte: adaptado de Bliska et al, 2014.

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6 2.2 Amostragem

A abrangência do estudo foi definida com base em informações do Censo Agropecuário (IBGE, 2006). Nas amostragens por área, produção e valor da produção, além do viés decorrente da subjetividade do levantamento do IBGE na pesquisa de Produção Agrícola Municipal, haveria o problema gerado por mesorregiões que concentram pequeno número de grandes cafeicultores. Ao valor da produção, soma-se o possível viés ocasionado pelos cafés considerados especiais, com maior valor agregado. Optou-se pelo número de propriedades, cujo possível viés reside no retrato ter sido obtido há dez anos, embora a cafeicultura seja cultura perene. A amostragem deve ser considerada não-probabilística por conveniência, pois participaram do estudo empresas que concordaram em responder o MIGG.

De acordo com Bolfarine, Bussab e Morettin (2005), a descrição de um plano amostral probabilístico deve especificar o universo de investigação, as unidades amostrais, os critérios de estratificação, os procedimentos de sorteio das unidades amostrais, as probabilidades de inclusão, os estimadores e os respectivos erros amostrais. Uma população pode ser dividida em estratos quando grupos de elementos apresentam peculiaridades que influenciam na variável resposta. A estratificação ajuda a isolar a atuação dessas peculiaridades e acaba por diminuir a variância do estimador do parâmetro.

Para um estimador segundo amostra estratificada é necessário conhecimento prévio das características dos elementos que compõem a população. Porém pouco se sabe sobre a qualidade da gestão nas empresas cafeeiras. Como não há estudo probabilístico sobre a natureza dessa variável aleatória, não se conhece a distribuição de probabilidade para se expressar o estimador desse parâmetro.

Também não se sabe se há diferença estatística no nível de gestão entre as regiões. Logo, não é possível afirmar que o Nível de Gestão seja homogêneo na população a ser estudada. Portanto, primeiramente calculou-se o tamanho mínimo da amostra, segundo “amostra aleatória simples”, 𝑦 , por se desconhecer se as regiões de interesse para o estudo poderiam ser caracterizadas como estratos amostrais.

A seguir assumiu-se a amostragem estratificada pela distribuição de cafeicultores em mesorregiões, pois do ponto de vista teórico existem "principais mesorregiões geográficas de produção", de acordo com a classificação do IBGE, ou seja, as mesorregiões brasileiras que concentram 90% das propriedades cafeeiras do Brasil (Coffea arabica e Coffea canephora), com base na Tabela 1821 do Censo Agropecuário de 2006, ou seja, 𝑁 = 190.557.

Considerou-se um limite de erro de estimação igual a ±0,1. De acordo com o Teorema Central do Limite, quanto maior for o tamanho amostral, mais a distribuição do estimador da média se aproximará de uma distribuição Normal. Assim, foi utilizado em 𝑧, o quantil amostral da distribuição Normal, ao nível de confiança de 90%. A variância da amostra foi calculada para 382 dados obtidos até a data de realização do planejamento amostral.

Obteve-se o tamanho amostral para estimativa da média do Nível de Gestão segundo “amostra aleatória simples”, 𝑛 = 569, que foi dividido proporcionalmente entre as mesorregiões, de acordo com sua representatividade em relação ao Brasil (quadro 2).

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7 Quadro 2. Estudo do banco de dados para estratificação da amostra, tabela 1821, IBGE,

mesorregiões geográficas brasileiras, Censo de 2006, 190557 propriedades.

Mesorregião Número de propriedades cafeeiras (%) % acumulada Amostra efetiva (propriedades avaliadas) Amostragem estimada (B) = 0,1 Diferença Sul/Sudoeste de Minas - MG 17,46 17,46 163 99 64 Zona da Mata - MG 14,64 32,1 124 83 41 Central Espírito-santense - ES 7,31 39,4 51 42 9 Leste Rondoniense - RO 7,2 46,6 8 41 -33 Sul Espírito-santense - ES 6,94 53,54 53 39 14

Centro Sul Baiano - BA 6,87 60,41 77 39 38

Noroeste Espírito-santense - ES 6,86 67,28 46 39 7

Vale do Rio Doce - MG 4,42 71,7 27 25 2

Litoral Norte Espírito-santense - ES 3,24 74,94 25 18 7 Norte Central Paranaense - PR 2,86 77,8 116 16 100 Norte Pioneiro Paranaense - PR 2,69 80,49 36 15 21

Oeste de Minas - MG 1,83 82,32 16 10 6

Campinas - SP 1,7 84,01 24 10 14

Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba - MG 1,61 85,62 53 9 44

Jequitinhonha - MG 1,39 87,01 9 8 1 Noroeste Paranaense - PR 1,16 88,17 7 7 0 Ribeirão Preto - SP 0,98 89,15 46 6 74 Madeira-Guaporé - RO 0,93 90,07 0 5 -5 Presidente Prudente - SP 0,91 90,98 10 5 5 Noroeste Fluminense - RJ 0,79 91,77 5 4 1 Vale do Mucuri - MG 0,76 92,53 1 4 -3

Centro Norte Baiano - BA 0,75 93,28 0 4 -4

Campo das Vertentes - MG 0,67 93,95 3 4 -1

Norte Mato-grossense - MT 0,64 94,59 0 4 -4

Assis – SP 0,59 95,18 7 3 4

Sul Baiano - BA 0,58 95,76 5 3 2

Marília – SP 0,5 96,26 20 3 17

São José do Rio Preto - SP 0,48 96,74 0 3 -3

Centro Ocidental Paranaense - PR 0,47 97,21 11 3 8

Bauru – SP 0,43 97,64 4 2 2

Norte de Minas - MG 0,35 97,99 4 2 2

Agreste Pernambucano - PE 0,27 98,25 0 2 -2

Oeste Paranaense - PR 0,27 98,52 0 2 -2

Araçatuba - SP 0,23 98,76 0 1 -1

Metropolitana de Belo Horizonte - MG 0,12 98,88 1 1 0

Piracicaba - SP 0,12 99 1 1 0

Sudoeste de Mato Grosso do Sul - MS 0,11 99,11 0 1 -1

Sudoeste Paraense - PA 0,08 99,19 0 0 0 Norte Cearense - CE 0,07 99,25 0 0 0 Itapetininga - SP 0,07 99,32 0 0 0 Sertão Pernambucano - PE 0,07 99,39 0 0 0 Vale do Acre - AC 0,07 99,46 0 0 0 Noroeste Cearense - CE 0,07 99,52 0 0 0 Sul Amazonense - AM 0,05 99,58 0 0 0 Araraquara - SP 0,04 99,62 0 0 0 Centro Fluminense - RJ 0,04 99,65 2 0 2

Macro Metropolitana Paulista - SP 0,04 99,69 1 0 1

Noroeste de Minas - MG 0,03 99,76 1 0 1

Extremo Oeste Baiano - BA 0,02 99,82 9 0 9

Outras Mesorregiões 0 100 2 0 2

Total 100,00 1002 569 439

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8 O levantamento de dados foi realizado de março de 2014 a fevereiro de 2017. Foram avaliadas 1002 empresas cafeeiras, nos estados de Minas Gerais (402), Espírito Santo (175), São Paulo (148), Bahia (91); Paraná (170) e no Distrito Federal (1). Essa amostra incluiu 229 municípios, 79 microrregiões e 35 mesorregiões geográficas, por meio do:

 Preenchimento de questionários impressos ou eletrônicos (www.feagri.unicamp.br/migg), por cafeicultores ou administradores, durante eventos técnicos, visitas a cooperativas, lojas de insumos agropecuários, Associações e Sindicatos Rurais ou in loco (empresa cafeeira).

 Distribuição de questionários aos cafeicultores, em envelopes selados e subscritados, em eventos técnicos e nas empresas cafeeiras para devolução via correio.

2.3 Análise descritiva da amostra

Foi realizado um estudo descritivo da amostra, para o Brasil como um todo. Foram calculadas medidas de posição e dispersão: média, mediana, variância, desvio padrão e coeficiente de variação.

O coeficiente de variação – Cv – analisa a dispersão em termos relativos, portanto é

expresso em porcentagem (%). De acordo com (1). Ele fornece a variação dos dados em relação à média. Para sua avaliação utilizou-se o seguinte critério (Rigonatto, 2016):

Cv < 15% - Baixa dispersão (amostra homogênea)  15%< Cv <30% - Média dispersão

Cv > 30% - Alta dispersão (amostra heterogênea)

𝐶𝑣 = 𝑠

𝑋 (1)

Onde: Cv 𝐶𝑣= Coeficiente de variação, s = desvio padrão, 𝑋 = média.

2.4 Classificação do porte das empresas

Neste estudo adotou-se a classificação de tamanho de propriedade rural definida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - Incra (INCRA, 2016).

Com base na Lei 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, a classificação do Incra leva em conta o Módulo Fiscal, o qual varia de 5 a 110 hectares, de acordo com o município onde a propriedade se localiza. A classificação do Incra compreende quatro categorias de imóveis rurais: Minifúndio– imóvel rural com área inferior a 1 (um) módulo fiscal; Pequena Propriedade – imóvel de área compreendida entre 1 (um) e 4 (quatro) módulos fiscais; Média Propriedade – imóvel rural de área superior a 4 (quatro) e até 15 (quinze) módulos fiscais; e Grande Propriedade – imóvel rural de área superior 15 (quinze) módulos fiscais.

O Módulo Fiscal considera: o tipo de exploração predominante no município (hortifrutigranjeira, cultura permanente, cultura temporária, pecuária ou florestal); a renda obtida com aquela exploração; outras explorações no município, não predominantes, mas significativas em função da renda ou da área utilizada; o conceito de propriedade familiar. Ele é estabelecido para cada município. Procura refletir a área mediana dos Módulos Rurais dos imóveis rurais do município, calculado para cada imóvel rural em separado, cuja área reflete o tipo de exploração predominante no imóvel, segundo sua de localização. O conceito de Módulo Rural deriva do conceito de propriedade familiar. É expresso em hectares e exprime a interdependência entre a dimensão, a situação geográfica dos imóveis rurais e a forma e condições do seu aproveitamento econômico (Incra, 2016).

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9 A classificação do Incra tem a vantagem de utilizar informações que os empresários rurais não consideram tão confidenciais quanto àquelas referentes às receitas de suas empresas, renda familiar, detalhes da contratação de mão-de-obra temporária ou outras atividades de seus familiares e de suas empresas, as quais são necessárias em outras classificações, como apresentado a seguir.

Para fins da certificação de comércio justo (Fairtrade), a Fairtrade International classifica as culturas pelas suas dependências de mão de obra externa. No caso do café os pequenos produtores são aqueles que estruturalmente não dependem de mão de obra contratada permanente e que gerenciam suas fazendas, principalmente com o seu próprio trabalho e de sua família. Os produtores podem contratar trabalhadores se o trabalho de sua família não for suficiente durante períodos de pico, como semeadura e colheita. Porém os trabalhadores geralmente não são empregados de forma permanente durante toda a produção.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) define a agricultura de pequeno porte com base a renda agropecuária bruta (quadro3), agrupada em cinco classes: mini/micro, pequeno, pequeno-médio, médio e grande produtor.

Quadro 3. Classificação do porte das propriedades rurais de acordo com o Sebrae. Porte dos beneficiários Receita operacional bruta anual/ renda

agropecuária bruta (R$ 1,00)

Mini/Micro (*) até R$ 360.000,00

Pequeno acima de R$ 360.000,00 até R$

3.600.000,00

Pequeno-Médio acima de R$ 3.600.000,00 até R$

16.000.000,00

Médio acima de R$ 16.000.000,00 até R$

90.000.000,00

Grande acima de R$ 90.000.000,00

(*) Inclui microempreendedores individuais, definidos pela Lei complementar n.º 139, de 10/11/2011, como empresários individuais que tenham auferido receita bruta no ano anterior de até R$ 60.000,00.

Fonte: SEBRAE, 2012, p.11.

Os Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO), do Nordeste(FNE) e Centro-Oeste (FCO), regulamentados no artigo 159, Lei 7.827/1989, prioriza e cria os grupos dos pequenos e mini produtores rurais, caracterizados em seus relatórios de Programação para 2011, quadro 4, e definem quatro classes de produtores: mini, pequeno, médio e grande. Quadro 4. Faixas de renda segundo o porte do produtor rural para os fundos constitucionais de

Financiamento do Norte (FNO), Nordeste (FNE) e Centro-Oeste (FCO) em 2011.

Porte FCO FNO FNE

Mini Até R$ 150 mil Até R$ 150 mil Até R$ 150 mil

Pequeno Acima de R$ 150 mil até R$ 500 mil

Acima de R$ 150 mil e até R$ 300 mil

Acima de R$ 150 mil e até R$ 300 mil

Médio Acima de R$ 500 mil até R$ 1.9 milhão Acima de R$ 300 mil e até R$ 1.9 milhão 300 mil e até R$ 1.9 milhão Grande Acima de R$ 1.9

milhão Acima de R$ 1.9 milhão

Acima de R$ 1.9 milhão

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10 A Lei Federal 11.326, 24 de julho de 2006, considera agricultor familiar e empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo simultaneamente aos seguintes requisitos: não detenha, a qualquer título, área superior a quatro módulos fiscais; utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento; tenha renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao seu estabelecimento ou empreendimento; dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família.

Já a Lei Federal 11.428, 22 de dezembro de 2006, define pequeno produtor rural como aquele que, residindo na zona rural, detenha a posse de gleba rural não superior a 50 hectares, explorando-a mediante o trabalho pessoal e de sua família, admitida a ajuda eventual de terceiros, bem como as posses coletivas de terra considerando-se a fração individual não superior a 50 hectares, cuja renda bruta seja proveniente de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou silviculturais ou do extrativismo rural em 80% no mínimo. No caso de um proprietário possuir mais de um imóvel contíguos ou não, a soma dos mesmos não poderá ultrapassar a 50 ha sob pena de perder a condição de Pequeno Produtor Rural.

2.4 Análises complementares

Após a análise descritiva d amostra calcularam-se as:

 Proporções das empresas cooperadas ou associadas em relação aos níveis de gestão das empresas, às regiões cafeeiras e ao porte das empresas.

 Proporções de empresas cooperadas ou associadas que buscam assistência técnica pública ou privada, em relação aos níveis de gestão, às regiões cafeeiras e ao porte das empresas.

As estatísticas descritivas e as análises complementares foram realizadas por meio da plataforma MS-Excel®.

3. Resultados

As estatísticas de posição e dispersão dos graus de gestão no segmento cafeeiro, para os estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e São Paulo, bem como para o Brasil como um todo, são apresentadas na tabela 1. Observa-se que a Bahia apresenta as menores média e mediana, bem como o Cv mais elevado, superior a 30%, o que indica alta

dispersão, portanto amostra heterogênea. As maiores média e mediana ocorrem em São Paulo, que também apresenta o menor Cv, com valor entre 15 e 30%, indicando média dispersão.

Tabela 1. Estatísticas de posição e dispersão dos graus de gestão no segmento cafeeiro: estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e do Brasil. Região Número de

propriedades Média Mediana Variância

Desvio Padrão Coeficiente de Variação Bahia 91 5,59 5,00 3,69 1,92 34,34% Espírito Santo 175 6,24 7,00 2,83 1,68 26,96% Minas Gerais 402 6,47 7,00 2,95 1,72 26,56% Paraná 170 6,21 6,00 3,4 1,80 29,00% São Paulo 148 7,40 8,00 3,55 1,88 25,47% Brasil 1002 6,45 7,00 3,36 1,83 28,42%

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11 A tabela 2 mostra que os níveis médios de gestão das empresas cooperadas e daquelas que buscam assistência técnica, nas principais mesorregiões geográficas produtoras de café no Brasil são bastante heterogêneos. Embora as médias estaduais e brasileira sejam mais elevadas entre empresas cooperadas/associadas do que entre aquelas que buscam assistência técnica, as diferenças não são significativas. Apenas nas mesorregiões Centro-Sul Baiano e Central Espírito-santense as médias das empresas cooperadas e/ou associadas são significativamente superiores às das empresas que buscam assistência técnica. Ressalta-se que o grupo de empresas que buscam assistência técnica inclui tanto empresas cooperadas/associadas como empresas não cooperadas/associadas.

Os níveis de gestão mais elevados foram observados: 1) na mesorregião de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, com amostragem muito significativa, médias 8,6 para as empresas cooperadas/associadas e 8,7 para aquelas que buscam assistência técnica; 2) na mesorregião Extremo-Oeste Baiano, cuja amostragem corresponde a 16% das empresas cafeeiras da mesorregião, e média 8,29 entre as empresas cooperadas/associadas e 8,00 entre aquelas que buscam assistência técnica; e no Vale do Jequitinhonha, 8,4 tanto para as cooperadas como para aquelas que buscam assistência técnica.

As maiores médias de gestão entre empresas cooperadas e/ou associada, identificadas no Estado de São Paulo, mesorregião de Ribeirão Preto, microrregião de Franca, refletem os níveis de gestão identificados nos municípios que correspondem à região tradicionalmente conhecida por Alta Mogiana Paulista. Essa região conta com o apoio da Cocapec – Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas e da Alta Mogiana Specialty Coffees (AMSC, 2017), gestora do selo de Indicação de Procedência, regulamentado pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), desde setembro de 2013.

A segunda maior média de gestão entre cooperadas/associadas, identificada no Estado da Bahia, mesorregião Extremo Oeste baiano, microrregião de Barreiras, está na área de atuação da ABACAFÉ – Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia, que promove visitas regulares à empresas, capacitação de equipes de colaboradores, intercâmbio tecnológico e social entre os cafeicultores associados e seus colaboradores, além de atuar na construção do processo de Indicação Geográfica do Café da região Oeste da Bahia. A região conta também com a COOPROESTE – Cooperativa Agropecuária do Oeste da Bahia.

As médias de gestão mais baixas foram identificadas no Sul Baiano e Presidente Prudente, São Paulo, ambas “4,0”. Das cinco empresas avaliadas no Sul Baiano, três são minifúndios e duas de médio porte. Das 10 empresas avaliadas em Presidente Prudente, nove são minifúndios (todas em áreas de reforma agrária) e uma é de pequeno porte.

No Estado do Paraná a menor média foi identificada na mesorregião Centro Ocidental, onde dentre as 11 empresas avaliadas, nove são minifúndios e duas são de pequeno porte. Entretanto o tamanho das empresas pode não ser condicionante do nível de gestão, já que das 170 empresas avaliadas naquele Estado, 109 são minifúndios e 52 são de médio porte, com apenas seis empresas de porte médio e três grandes. Sendo que das 116 empresas no Norte Central Paranaense, onde se identificou a média de gestão significativamente superior à Centro ocidental, apenas uma é de grande porte e cindo de médio porte.

Dentre as mesorregiões com amostras mais expressivas, a média de gestão mais baixa foi identificada no Sul Espírito-santense, 5,4 tanto entre as cooperadas/associadas como entre aquelas que buscam assistência técnica. Dentre as 53empresas avaliadas, 40 são minifúndios, 11 são de pequenas e três de médio porte. Em relação ao total do Estado do Espírito Santo, das 175 empresas avaliadas, 96 são minifúndios, 63 são pequenas, 14 médias e duas grandes, portanto os níveis de gestão podem não estar condicionados ao tamanho das empresas.

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12 Desses resultados depreende-se que:

 A relação entre tamanho das empresas e nível de gestão demanda análise econométrica específica.

 A disponibilidade de suporte institucional e de capital intelectual nas regiões cafeeiras – universidades, institutos de pesquisa, disponibilidade de extensão rural pública ou privada precisa ser identificada em detalhes e confrontada com os níveis de gestão.

Tabela 2. Níveis médios de gestão e número de empresas cooperadas e que buscam assistência técnica, nas principais mesorregiões geográficas cafeeiras do Brasil.

Estado e respectivas mesorregiões Total empresas

Empresas cooperadas Empresas que buscam assistência técnica Média gestão Número % Brasil Média gestão Número % Brasil Bahia 91 6,32 38 5 5,59 91 10

Centro Sul Baiano 77 6,15 27 4 5,35 77 9

Extremo Oeste Baiano 9 8,29 7 1 8,00 9 1

Sul Baiano 5 4,00 4 1 5,00 5 1

Espírito Santo 175 6,37 116 16 6,27 159 18

Central Espírito-santense 51 7,37 27 4 6,60 50 6

Litoral Norte Espírito-santense 25 7,25 8 1 7,13 16 2

Noroeste Espírito-santense 46 6,61 36 5 6,73 40 5

Sul Espírito-santense 53 5,42 45 6 5,36 53 6

Minas Gerais 402 6,70 297 41 6,31 368 41

Sul/Sudoeste MG 163 6,69 135 19 6,50 157 18

Triangulo Mineiro/Alto Paranaíba 53 6,50 52 7 6,43 51 6

Vale do Jequitinhonha 9 8,38 8 1 8,44 9 1

Vale do Rio Doce 25 6,67 24 3 6,52 27 3

Zona da Mata 124 6,54 56 8 5,96 109 12

Paraná 170 6,48 136 19 6,23 162 18

Centro Ocidental Paranaense 11 5,64 11 2 5,64 11 1

Noroeste Paranaense 7 6,86 7 1 6,86 7 1

Norte Central Paranaense 116 6,47 94 13 6,27 110 12

Norte Pioneiro Paranaense 36 6,79 24 3 6,15 34 4

São Paulo 148 7,55 128 18 7,29 93 10 Campinas 24 6,64 22 3 6,00 15 2 Marília 20 6,71 14 2 6,74 19 2 Presidente Prudente 10 4,00 6 1 4,40 5 1 Ribeirão Preto 46 8,63 76 10 8,72 43 5 Brasil 1002 6,73 724 100 6,28 888 100

Fonte: Dados da pesquisa.

A tabela 3 apresenta os números totais de empresas cafeeiras, cooperadas ou associadas e empresas que buscam assistência técnica, por nível de gestão. Observa-se que:

 32,2% das 1002 empresas apresentam nível de gestão superior à “7”.

 Das 1002 empresas analisadas, 724 são associadas ou cooperadas.

 Daquelas1002 empresas, 888 buscam assistência técnica.

 As porcentagens de empresas cooperadas ou associadas são superiores a 80,0% nos níveis de gestão “7”, “8” e “9”, alcançando 90,0% no nível mais elevado; mas são significativamente inferiores nos níveis mais baixos.

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13

 As porcentagens de empresas que declaram que buscam assistência técnica pública ou privada são superiores a 90% nos níveis de gestão de “6”, “7”, “8” e “9”; nos níveis mais baixos as porcentagens caem.

 Com exceção do nível de gestão “3”, as porcentagens de empresas que buscam assistência técnica são superiores às porcentagens daquelas se declaram cooperadas/associadas.

Com relação ao porte das empresas cafeeiras avaliadas, por nível de gestão, observa-se na tabela 4 que:

 Dentre as grandes e médias empresas prevalecem níveis de gestão mais elevados, com 80,5% delas no nível de gestão “9”.

 Dentre as grandes, 45,0% apresentam nível “9” e 24,5% nível “8”.

 Dentre as médias, 35,5% apresentam nível “9” e 15,7% nível “8”.

 Nos níveis de gestão “1” a “6”, a proporção de minifúndios é igual ou superior a 59% das empresas em cada nível.

A tabela 5 apresenta os níveis de gestão das empresas cafeeiras, em relação aos seus respectivos tamanhos, nas principais mesorregiões cafeeiras brasileiras. Observa-se que:

 As médias de gestão dos minifúndios em geral são significativamente inferiores àquelas observadas nas médias e grandes empresas; exceção foi observada na mesorregião Centro Sul Baiano.

 As médias dos minifúndios são superiores às médias das pequenas empresas em apenas três das 20 mesorregiões apresentadas na tabela: Centro Ocidental Paranaense, Noroeste Paranaense e Campinas.

As proporções de empresas cafeeiras cooperadas ou associadas analisadas, classificadas por tamanho e nível de gestão, são apresentadas na tabela 6. Observa-se que os minifúndios cooperados/associados representam 39% das 1002 empresas analisadas. E as pequenas empresas cooperadas/associadas representam 20% daquelas 1002 empresas.

A tabela 7 mostra as proporções de empresas cafeeiras analisadas, por nível de gestão, em relação ao cooperativismo ou associativismo e à busca por assistência técnica:

 As proporções de empresas não cooperadas/associadas e que também não buscam assistência técnica são superiores nos níveis de gestão “4” a, “5” e “6”, respectivamente 22%, 5,5% e 6% das empresas em cada nível. Porém, elas representam apenas 5,5% das 1002 empresas avaliadas no Brasil todo. Ou seja, ao menos 94% das empresas cafeeiras ou são cooperadas/associadas e/ou ao buscam assistência técnica pública ou privada.

 As empresas não cooperadas/associadas, mas que buscam assistência técnica representam 22,0% das 1002 empresas.

 As cooperadas/associadas que afirmam não buscar assistência técnica representam 5,7% do total de empresas analisadas no Brasil.

Na tabela 8 são apresentadas as proporções das empresas cafeeiras, classificadas por tamanho, em relação ao cooperativismos/associativismo e à busca por assistência técnica.

 O percentual de grandes empresas cooperadas/associadas (75,5%) é superior aos percentuais dos minifúndios, pequenas e médias (respectivamente 67,0%, 64% e 66%).

 Os percentuais de empresas que buscam assistência técnica fora do cooperativismo/associativismo são significativamente superiores entre minifúndios, pequenas e médias, respectivamente 20%, 27% e 24%, contra 10% das grandes.

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14

 As proporções de empresas cooperadas/associadas que afirmam não buscar assistência técnica são superiores entre as grandes empresas (8,1%) e os minifúndios (6,7%), valores superiores à média brasileira (5,7%) mostrada também na tabela 7.

O fato de parte das empresas cafeeiras cooperadas ou associadas afirmarem que não buscam assistência técnica merece ser analisado. Ele pode significar que as cooperativas ou as associações não oferecem assistência à produção cafeeira. Mas também pode significar que aquelas empresas não utilizam os serviços de assistência disponibilizados pelas cooperativas ou associações às quais são vinculadas e nesse caso é importante investigar o motivo pelo qual não os utilizam.

Aquelas empresas podem reconhecer os papéis das cooperativas e associações como relevantes ao armazenamento e à comercialização de seus produtos, ou valorizá-las à medida que buscam agregar valor aos seus produtos, por exemplo, via certificações em grupo. Mas não as concebem como provedoras de assistência técnica.

Há casos em que as cooperativas cobram de seus cooperados tarifas adicionais, específicas para os serviços de assistência técnica. Essa tarifa leva parte dos cooperados a desistirem dos serviços de assistência, a buscarem-na junto a instituições públicas ou a contratarem assistência privada a preços mais acessíveis que aqueles praticados pelas cooperativas. Essa situação foi identificada principalmente nas mesorregiões Litoral Norte Espírito-santense e Noroeste Espírito-santense.

Considerando-se que na mesorregião Sul Espírito-santense identificou-se a menor média de gestão entre empresas cooperadas/associadas e entre aquelas que buscam assistência técnica, dentre as principais mesorregiões cafeeiras, depreende-se que naquele Estado os sistemas de cooperativismo e associativismo, bem como os sistemas público e privado de assistência técnica demandam maior atenção por parte dos técnicos e das instituições vinculadas àquelas atividades.

Por outro lado, na última década, inúmeras cooperativas fecharam suas portas, em geral de forma abrupta, prejudicando inúmeros empresários, nas diferentes regiões produtoras. Há até mesmo cooperativa, no Estado do Paraná, criada por cafeicultores, atualmente com maiores investimentos em outros segmentos agrícolas, que se recusa inclusive a beneficiar o café de seus cooperados. Situações como estas, verificadas “in loco” pelos pesquisadores, desmotivam os empresários a associarem-se. O abandono dos princípios cooperativistas, descritos no início do estudo, denigrem a imagem e desacreditam o conceito de cooperativismo e associativismo não somente perante o segmento cafeeiro, mas também perante a sociedade como um todo.

Apesar de não ter sido objeto primordial do desenvolvimento do MIGG, os autores diagnosticaram por meio das inúmeras aplicações do questionário que compõem o Método, nas diferentes regiões cafeeiras, recorrentes reclamações dos empresários em relação à cooperativas às quais foram ou são cooperados, bem como relatos de problemas enfrentados por outros empresários cooperados – amigos, parentes, vizinhos.

Esses resultados reforçam não só a necessidade de estudos mais detalhados sobre as relações entre tamanho das empresas cafeeiras e seus respectivos níveis de gestão, ou sobre a disponibilidade de suporte institucional e de capital intelectual nas principais regiões produtivas e seus impactos no segmento cafeeiro. Mas também uma análise mais profunda sobre a possibilidade de estar ocorrendo um afastamento muito mais drástico, no segmento cafeeiro, do sistema cooperativo em relação aos seus valores e ideais históricos.

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15 Tabela 3. Total de empresas cafeeiras, empresas cooperadas ou associadas e empresas que buscam assistência técnica, por nível de gestão, Brasil.

Níveis de gestão

Total de empresas Empresas cooperadas/associadas Empresas que buscam assistência técnica Número % Brasil % acumulada Número % Brasil % acumulada % por nível de

gestão Número % Brasil % acumulada

% por nível de gestão 9 172 17,2 17,2 155 21,4 21,4 90,1 172 17,2 17,2 100,0 8 151 15,1 32,2 124 17,1 38,5 82,1 145 14,5 31,6 96,0 7 187 18,7 50,9 159 22,0 60,5 85,0 177 17,7 49,3 94,7 6 166 16,6 67,5 118 16,3 76,8 71,1 150 15,0 64,3 90,4 5 177 17,7 85,1 85 11,7 88,5 48,0 147 14,7 78,9 83,1 4 90 9,0 94,1 48 6,6 95,2 53,3 64 6,4 85,3 71,1 3 43 4,3 98,4 29 4,0 99,2 67,4 24 2,4 87,7 55,8 2 11 1,1 99,5 5 0,7 99,9 45,5 7 0,7 88,4 63,6 1 5 0,5 100,0 1 0,1 100,0 20,0 2 0,2 88,6 40,0 Total 1002 100,0 724 100,0 72,3 888 88,6 88,6

Fonte: Dados da pesquisa.

Tabela 4. Porte das empresas cafeeiras avaliadas, por nível de gestão, Brasil. Níveis de gestão Número de Empresas

Porte das empresas

Minifúndios Pequenas propriedades Médias propriedades Grandes propriedades Número % total de minifúndios % no nível Número % total de pequenas % no nível Número % total de médias % no nível Número % total de grandes % no nível 9 172 49 9,1 28,5 58 19,6 33,7 43 35,5 25,0 22 44,9 12,8 8 151 63 11,8 41,7 57 19,3 37,7 19 15,7 12,6 12 24,5 7,9 7 187 92 17,2 49,2 71 24,0 38,0 19 15,7 10,2 5 10,2 2,7 6 166 98 18,3 59,0 52 17,6 31,3 14 11,6 8,4 2 4,1 1,2 5 177 128 23,9 72,3 32 10,8 18,1 11 9,1 6,2 6 12,2 3,4 4 90 61 11,4 67,8 17 5,7 18,9 10 8,3 11,1 2 4,1 2,2 3 43 34 6,3 79,1 6 2,0 14,0 3 2,5 7,0 0 0,0 0,0 2 11 8 1,5 72,7 2 0,7 18,2 1 0,8 9,1 0 0,0 0,0 1 5 3 0,6 60,0 1 0,3 20,0 1 0,8 20,0 0 0,0 0,0 Total 1002 536 100,0 53,5 296 100,0 29,5 121 100,0 12,1 49 100,0 4,9

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16 Tabela 5. Níveis de gestão das empresas cafeeiras, em relação ao tamanho, nas principais mesorregiões cafeeiras brasileiras.

Estado e respectivas mesorregiões

Minifúndios Pequenas Médias Grandes

Média gestão Número % do Estado Média gestão Número % do Estado Média gestão Número % do Estado Média gestão Número % do Estado Bahia 5,19 67 13 6,62 13 4 6,50 6 5 7,20 5 10

Centro Sul Baiano 5,22 63 12 6,27 11 4 5,00 2 2 4,00 1 2

Extremo Oeste Baiano 6,00 1 0 8,50 2 1 8,50 2 2 8,00 4 8

Sul Baiano 4,33 3 1 - 0 0 6,00 2 2 0,00 0 0

Espírito Santo 5,61 96 18 6,87 63 21 7,50 14 12 7,50 2 4

Central Espírito-santense 5,21 19 4% 7,31 26 9 8,00 4 3 7,50 2 4

Litoral Norte Espírito-santense 6,00 12 2 7,11 9 3 8,00 4 3 - 0 0

Noroeste Espírito-santense 6,31 26 5 6,65 17 6 9,00 3 2 - 0 0

Sul Espírito-santense 5,23 39 7 6,00 11 4 4,67 3 2 - 0 0

Minas Gerais 6,14 207 39 6,80 117 40 6,54 57 47 7,67 21 43

Sul/Sudoeste MG 6,30 93 17 6,85 41 14 6,43 23 19 8,00 6 12

Triangulo Mineiro e Alto Paranaíba 5,67 15 3 6,33 21 7 7,25 8 7 7,33 9 18

Vale do Jequitinhonha 8,33 3 1 9,00 2 1 8,25 4 3 - 0 0

Vale do Rio Doce 5,71 7 1 7,00 12 4 5,75 4 3 7,25 4 8

Zona da Mata 5,89 84 16 6,52 29 10 5,09 11 9 - 0 0

Paraná 6,04 109 20 6,44 52 18 6,83 6 5 7,00 3 6

Centro Ocidental Paranaense 6,00 9 2 4,00 2 1 - 0 0 0,00 0 0

Noroeste Paranaense 7,33 3 1 7,00 3 1 - 0 0 5,00 1 2

Norte Central Paranaense 6,13 70 13 6,33 40 14 6,80 5 4 7,00 1 2

Norte Pioneiro Paranaense 5,67 27 5 7,57 7 2 7,00 1 1 9,00 1 2

São Paulo 6,23 43 8 7,70 50 17 8,00 37 31 8,11 18 37 Campinas 6,53 15 3 5,67 6 2 7,00 3 2 - 0 0 Marília 6,33 6 1 7,88 8 3 5,67 3 2 6,00 3 6 Presidente Prudente 3,67 9 2 4,00 1 0 - 0 0 - 0 0 Ribeirão Preto 7,80 10 2 8,78 27 9 8,38 29 24 8,79 14 29 Brasil 5,85 536 74 6,73 295 41 7,13 121 17 7,73 49 7

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17 Tabela 6. Empresas cafeeiras cooperadas ou associadas, por porte e nível de gestão, Brasil.

Níveis de gestão Número de Empresas

Empresas cooperadas ou associadas, por porte e nível de gestão

Minifúndios Pequenas empresas Médias empresas Grandes empresas

Número % no nível % total de minifúndios Número % no nível % total de pequenas Número % no nível % total de médias Número % no nível % total de grandes 9 172 90 52,3 22,8 43 25,0 21,1 16 9,3 19,0 6 3,5 14,6 8 151 50 33,1 12,7 46 30,5 22,5 18 11,9 21,4 10 6,6 24,4 7 187 92 49,2 23,3 45 24,1 22,1 16 8,6 19,0 6 3,2 14,6 6 166 72 43,4 18,2 31 18,7 15,2 8 4,8 9,5 7 4,2 17,1 5 177 49 27,7 12,4 23 13,0 11,3 9 5,1 10,7 4 2,3 9,8 4 90 25 27,8 6,3 10 11,1 4,9 8 8,9 9,5 5 5,6 12,2 3 43 15 34,9 3,8 4 9,3 2,0 7 16,3 8,3 3 7,0 7,3 2 11 2 18,2 0,5 1 9,1 0,5 2 18,2 2,4 0 0,0 0,0 1 5 0 0,0 0,0 1 20,0 0,5 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0 Total 1002 395 39,41 100,0 204 20,41 100,0 84 8,41 100,0 41 4,11 100,0

1 Percentual em relação ao número total de empresas (1002).

Fonte: Dados da pesquisa.

Tabela 7. Empresas cafeeiras, por nível de gestão, em relação ao cooperativismo ou associativismo e à busca por assistência técnica. Nível de

gestão

Número de Empresas

Cooperadas/associadas - Utilizam assistência técnica

Cooperadas/associadas - Não utilizam assistência

Não cooperadas/associadas - Utilizam assistência técnica

Não cooperadas/associadas - Não utilizam assistência

Número % Número % Número % Número %

9 172 155 90,1 0 0,0 17 9,9 0 0,0 8 151 121 80,1 3 2,0 24 15,9 3 2,0 7 187 152 81,3 8 4,3 25 13,4 2 1,1 6 166 112 67,5 6 3,6 38 22,9 10 6,0 5 177 65 36,7 19 10,7 83 46,9 10 5,6 4 90 42 46,7 6 6,7 22 24,4 20 22,2 3 43 15 34,9 14 32,6 9 20,9 5 11,6 2 11 4 36,4 1 9,1 3 27,3 3 27,3 1 5 1 20,0 0 0,0 1 20,0 3 60,0 Total 1002 667 66,6 57 5,7 222 22,2 56 5,6

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18 Tabela 8. Empresas cafeeiras, por porte, em relação ao cooperativismo ou associativismo e à busca por assistência técnica.

Associativismo/Cooperativismo Busca por assistência técnica

Número de empresas

Porte das empresas

Minifúndios Pequenas Médias Grandes

Número %1 % do total Número % 1 % do total Número % 1 % do total Número % 1 % do total Cooperadas/associadas -

Buscam assistência técnica 667 359 53,8 67,0 190 28,5 64,2 80 12,0 66,1 37 5,5 75,51 Cooperadas/associadas -

Não buscam assistência técnica 57 36 63,2 6,7 14 24,6 4,7 4 7,0 3,3 4 7,0 8,16

Não cooperadas/associadas -

Buscam assistência técnica 222 110 49,5 20,5 80 36,0 27,0 29 13,1 24,0 5 2,3 10,20 Não cooperadas/associadas -

Não buscam assistência técnica 56 31 55,4 5,8 12 21,4 4,1 8 14,3 6,6 3 5,4 6,12

Total 1002 536 53,5 100,00 296 29,5 100,00 121 12,1 100,00 49 4,9 100,00

1 Percentual em relação à cada uma das quatro categorias relativas ao cooperativismo/associativismo e/ou busca de assistência técnica. Fonte: Dados do estudo.

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4. Conclusões

Os níveis médios de gestão das empresas cooperadas e/ou associadas e daquelas que buscam assistência técnica, sejam ou não cooperadas e/ou associadas, nas principais mesorregiões geográficas produtoras de café no Brasil são heterogêneos. Porém as diferenças entre as médias de gestão estaduais e brasileira daqueles dois grupos não são significativas.

Dentre as mesorregiões se destacam Ribeirão Preto – Estado de São Paulo, onde os municípios avaliados pertencem à tradicional região da Alta Mogiana Paulista – e Extremo Oeste da Bahia. Em ambas prevalecem o alto nível tecnológico e o suporte de Cooperativas e Associações que buscam agregação de valor mediante a racionalização do sistema produtivo, obtenção de bebidas especiais e certificações de procedência ou de origem. Essas ações, em conjunto, contribuem de maneira decisiva não somente para a obtenção de elevados níveis de gestão dessas empresas, mas apontam para o desenvolvimento e consolidação de um modelo de gestão profissionalizado e sustentável, altamente desejável em empreendimentos tipicamente familiares como é a atividade cafeeira.

A adesão aos sistemas de cooperativismo e/ou associativismo é proporcionalmente superior nas empresas de grande porte, em relação à adesão dos minifúndios, pequenas e médias empresas. Enquanto a busca por assistência técnica fora dos sistemas de cooperativismo e/ou associativismo são significativamente superiores entre minifúndios, pequenas e médias empresas.

As empresas cafeeiras cooperadas ou associadas nem sempre reconhecem as cooperativas ou associações às quais estão vinculadas à disponibilização de assistência técnica à produção cafeeira. Algumas cooperativas e associações podem realmente não oferecê-la, ou podem não fazê-lo da forma mais adequada às necessidades daquelas empresas, seja pelo tipo, qualidade ou custo do serviço disponibilizado, ou ainda por desconhecerem os mecanismos para utilizar os serviços de assistência técnica disponibilizados. Portanto é importante que as cooperativas e associações se empenhem em investigar os motivos pelos quais seus cooperados ou associados não utilizam regularmente seus serviços de assistência técnica. A ampliação dos quadros técnicos, uma atenção maior aos canais de comunicação e o monitoramento regular de “feedback” dos cooperados e associados devem ser avaliados para o pleno desempenho da missão de cooperativismo.

Recomendam-se estudos mais detalhados sobre a relação entre os tamanhos das empresas cafeeiras e seus respectivos níveis de gestão, sobre a disponibilidade de suporte institucional e de capital intelectual nas regiões produtoras e análise de suas interações com os níveis de gestão das empresas do segmento cafeeiro, bem como uma análise profunda sobre a possibilidade de estar ocorrendo um afastamento drástico do cooperativismo, no segmento cafeeiro, em relação aos valores e ideais históricos daquele sistema.

5. Referências Bibliográficas

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