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Direito Penal Parte Especial I: Dos Crimes Contra as Pessoas

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Dos Crimes

Dos Crimes

Cora as Pessoas

Cora as Pessoas

Crimes contra a vida Crimes contra a vida 1. Homicídio

1. Homicídio

1.1. Previsão legal:

1.1. Previsão legal:art. 121, CP.art. 121, CP. 1.2. Descrição típica:

1.2. Descrição típica: “matar alguém” (pena:“matar alguém” (pena: reclusão, de 6 a 20 anos).

reclusão, de 6 a 20 anos). 1.3. Conduta:

1.3. Conduta:matar, destruir a vida humana.matar, destruir a vida humana. 1.4. Sujeitos do crime: a)

1.4. Sujeitos do crime: a)ativo: qualquer pessoa; b)ativo: qualquer pessoa;b)

passivo: qualquer pessoa. passivo: qualquer pessoa. 1.5. Elemento subjetivo:

1.5. Elemento subjetivo:dolo.dolo. 1.6. Consumação:

1.6. Consumação: consuma-se com a morte daconsuma-se com a morte da vítima.

vítima. 1.7. Tentativa:

1.7. Tentativa:admite-se.admite-se. 1.8. Forma privilegiada

1.8. Forma privilegiada(causa especial de diminui-(causa especial de diminui-ção de pena)

ção de pena):: art. 121, § 1º: “se o agente comete oart. 121, § 1º: “se o agente comete o crime por motivo de relevante valor social ou moral crime por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o

seguida a injusta provocação da vítima, o juiz podejuiz pode reduzir a pena de um sexto a

reduzir a pena de um sexto a um terço”.um terço”.

Obs: relevante valor social é aquele em que o agente Obs: relevante valor social é aquele em que o agente age impelido por motivo de grande importância age impelido por motivo de grande importância so-cial. Relevante valor moral é aquele que tem grande cial. Relevante valor moral é aquele que tem grande importância particular, do próprio agente.

importância particular, do próprio agente. 1.9.Forma privilegiada:

1.9.Forma privilegiada: art. 121, § 2º:art. 121, § 2º: se o homi-se o homi-cídio é cometido:

cídio é cometido: I –I –mediante paga ou promessamediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; de recompensa, ou por outro motivo torpe; II –II –por por  motivo fútil;

motivo fútil; III –III – com emprego de veneno, fogo,com emprego de veneno, fogo,

explosivo, asxia, tortura ou outro meio insidioso ou

explosivo, asxia, tortura ou outro meio insidioso ou

cruel, ou de que possa resultar perigo comum; cruel, ou de que possa resultar perigo comum; IV IV ––àà traição, de emboscada, ou mediante dissimulação traição, de emboscada, ou mediante dissimulação

ou outro recurso que diculte ou torne imp

ou outro recurso que diculte ou torne impossível a

ossível a

defesa do ofendido;

defesa do ofendido; V V ––para assegurar a execução,para assegurar a execução, a impunidade ou vantagem de outro crime (pena: a impunidade ou vantagem de outro crime (pena: reclusão, de 12 a 30 anos).

reclusão, de 12 a 30 anos).

Obs: torpe tem signicado de abjeto, repugnante,

Obs: torpe tem signicado de abjeto, repugnante,

que ocasiona repulsa. Fútil é motivação ínma,

que ocasiona repulsa. Fútil é motivação ínma,

vazia, insignicante, desproporcionada.

vazia, insignicante, desproporcionada.

1.10. Ação penal:

1.10. Ação penal: pública incondicionada. Com-pública incondicionada. Com-petência do júri (art. 5º, XXXVIII, CF e art. 74, § petência do júri (art. 5º, XXXVIII, CF e art. 74, § 1º, CPP).

1º, CPP).

Obs: tanto a forma qualicada do homicídio como

Obs: tanto a forma qualicada do homicídio como oo

homicídio simples praticado em atividade típica de homicídio simples praticado em atividade típica de grupo de extermínio é crime hediondo previsto no grupo de extermínio é crime hediondo previsto no art. 1º, I, da

art. 1º, I, da Lei 8.072/90.Lei 8.072/90. 2. Homicídio culposo

2. Homicídio culposo

2.1. Previsão legal:

2.1. Previsão legal:art. 121, § 3º, CP.art. 121, § 3º, CP. 2.2. Descrição típica:

2.2. Descrição típica: se o homicídio é culposose o homicídio é culposo (pena, detenção, de 1 a 3 anos).

(pena, detenção, de 1 a 3 anos). 2.3. Conduta:

2.3. Conduta:a morte da vítima vem como resul-a morte da vítima vem como resul-tado da conduta por ter o agente se comporresul-tado tado da conduta por ter o agente se comportado sem o dever de cuidado objetivo, por imprudência, sem o dever de cuidado objetivo, por imprudência, negligência ou imperícia.

negligência ou imperícia. 2.4. Sujeitos do crime: a)

2.4. Sujeitos do crime: a)ativo: qualquer pessoa; b)ativo: qualquer pessoa;b)

passivo: qualquer pessoa. passivo: qualquer pessoa. 2.5. Elemento subjetivo:

2.5. Elemento subjetivo: culpa (imprudência,culpa (imprudência, negligência

negligência, , imperícia).imperícia). 2.6. Consumação:

2.6. Consumação:com a morte da vítimacom a morte da vítima 2.7. Tentativa:

2.7. Tentativa:nos crimes culposos, não se admite anos crimes culposos, não se admite a tentativa, porque a vontade inicial é dirigida ao tentativa, porque a vontade inicial é dirigida ao des-cumprimento único e exclusivo do dever objetivo de cumprimento único e exclusivo do dever objetivo de cuidado, mas não se vincula, em

cuidado, mas não se vincula, em momento algum,momento algum,

à vontade com a realização do resultado, sob pena de à vontade com a realização do resultado, sob pena de

se vericar a modalidade dolosa.

se vericar a modalidade dolosa.

2.8. Causa de aumento de pena:

2.8. Causa de aumento de pena: § 4º do art. 121, CP:§ 4º do art. 121, CP: no homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um no homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra terço), se o crime resulta de inobservância de regra

técnica de prossão, arte ou ofício, ou se o agente

técnica de prossão, arte ou ofício, ou se o agente

deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou

diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar foge para evitar 

prisão em agrante. Sendo doloso o homicídio, a pena

prisão em agrante. Sendo doloso o homicídio, a pena

é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.

(sessenta) anos. 2.9. Ação penal:

2.9. Ação penal:pública incondicionada.pública incondicionada.

Obs: homicídio culposo no trânsito: não mais se aplica o Obs: homicídio culposo no trânsito: não mais se aplica o tipo penal do par. 3º do art. 121, CP ao homicídio tipo penal do par. 3º do art. 121, CP ao homicídio prati-cado na condução de veículo automotor, pois o CTB (Lei cado na condução de veículo automotor, pois o CTB (Lei

9.503/97) prevê no art. 302 um tipo penal especíco.

9.503/97) prevê no art. 302 um tipo penal especíco.

Obs: o crime culposo não admite participação ( Obs: o crime culposo não admite participação ( sempresempre dolosa

dolosa), admitindo, porém, co-autoria (), admitindo, porém, co-autoria ( desde que tenhamdesde que tenham domínio sobre suas condutas, positivas ou negativas domínio sobre suas condutas, positivas ou negativas ).). 2.10. Perdão judicial:

2.10. Perdão judicial:§ 5º do art. 121, CP: na hipótese§ 5º do art. 121, CP: na hipótese de homicídio culposo,

de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar o juiz poderá deixar de aplicar  a pena, se as conseqüências da infração atingirem o a pena, se as conseqüências da infração atingirem o  próprio agente de forma tão grave que a sanção penal   próprio agente de forma tão grave que a sanção penal 

se torne desnecessária se torne desnecessária ..

Lik Acadêmico 1

Lik Acadêmico 1

3. Induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio

3. Induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio

3.1. Previsão legal:

3.1. Previsão legal:art. 122, CP.art. 122, CP. 3.2. Descrição típica:

3.2. Descrição típica: “induzir ou instigar alguém a“induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça (pena: suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça (pena: reclusão, de 2 a 6 anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de 2 a 6 anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de 1 a 3 anos, se da tentativa de suicídio reclusão, de 1 a 3 anos, se da tentativa de suicídio re-sulta lesão corporal de natureza grave)”.

sulta lesão corporal de natureza grave)”. 3.3. Conduta:

3.3. Conduta: o tipo apresenta três núcleos: induzir,o tipo apresenta três núcleos: induzir, instigar e prestar auxílio. Induzir é fazer nascer na mente instigar e prestar auxílio. Induzir é fazer nascer na mente da vítima o desejo de eliminar a própria vida; Instigar é da vítima o desejo de eliminar a própria vida; Instigar é estimular uma idéia preexistente, encorajando a vítima estimular uma idéia preexistente, encorajando a vítima ao suicídio; e prestar auxílio é

ao suicídio; e prestar auxílio é dar apoio material, cola-dar apoio material, cola-borando na prática do suicídio.

borando na prática do suicídio. 3.4. Sujeitos do crime: a)

3.4. Sujeitos do crime: a) ativo: qualquer pessoa;ativo: qualquer pessoa; b)b)

passivo: qualquer pessoa dotada de entendimento, de passivo: qualquer pessoa dotada de entendimento, de determinação ou

determinação ou discernimentodiscernimento.. 3.5. Elemento subjetivo:

3.5. Elemento subjetivo:dolo.dolo. 3.6. Consumação:

3.6. Consumação:consuma-se com a morte da consuma-se com a morte da vítimavítima ou quando esta em razão da tentativa de suicídio sofre ou quando esta em razão da tentativa de suicídio sofre lesões grave.

lesões grave. 3.7. Tentativa:

3.7. Tentativa:não se admite.não se admite. 3.8. Causa de aumento de pena

3.8. Causa de aumento de pena (par. único do art. 122,(par. único do art. 122, CP)

CP):: a pena é duplicada se o crime é a pena é duplicada se o crime é praticado por motivopraticado por motivo egoístico ou se a vítima é

egoístico ou se a vítima é menor ou tem diminuída, por menor ou tem diminuída, por  qualquer causa, a capacidade de resistência.

qualquer causa, a capacidade de resistência. 3.9. Ação penal:

3.9. Ação penal:pública incondicionada. pública incondicionada. CompetênciaCompetência do júri (art. 5º, XXXVIII, CF e art. 74, § 1º, CPP). do júri (art. 5º, XXXVIII, CF e art. 74, § 1º, CPP). 4. Infanticídio

4. Infanticídio

4.1. Previsão legal:

4.1. Previsão legal:art. 123, CP.art. 123, CP. 4.2. Descrição típica:

4.2. Descrição típica:

matar, sob inuência do estado

matar, sob inuência do estado

puerperal, o próprio lho, durante o parto ou logo após

puerperal, o próprio lho, durante o parto ou logo após

(pena: detenção, de 2 a 6 anos).

(pena: detenção, de 2 a 6 anos). 4.3. Conduta:

4.3. Conduta:

matar a mãe o próprio lho, durante o

matar a mãe o próprio lho, durante o

parto ou logo após, sob inuência do estado puerperal.

parto ou logo após, sob inuência do estado puerperal.

Obs: “puerpéri “ pode ser entendido como um período Obs: “puerpéri “ pode ser entendido como um período de tempo, variável conforme as características de cada de tempo, variável conforme as características de cada

mulher, em que esta sofre profundas modicações

mulher, em que esta sofre profundas modicações

corpo-rais e psíquicas, com o gradativo retorno ao período rais e psíquicas, com o gradativo retorno ao período

não gravídico. Estado puerperal, portanto, é o que não gravídico. Estado puerperal, portanto, é o que envolve a parturiente durante a expulsão da crian envolve a parturiente durante a expulsão da crian çaça do ventre materno.

do ventre materno. 4.4. Sujeitos do crime: a)

4.4. Sujeitos do crime: a) ativo: mãe;ativo: mãe; b)b)passivo: opassivo: o ser nascente ou

ser nascente ou recém-nascirecém-nascido.do. 4.5. Elemento subjetivo:

4.5. Elemento subjetivo: dolo.dolo. 4.6. Consumação:

4.6. Consumação: consuma-se com a morte daconsuma-se com a morte da criança.

criança. 4.7. Tentativa:

4.7. Tentativa:admite-se.admite-se. 4.8. Ação penal:

4.8. Ação penal: pública incondicionada. Com-pública incondicionada. Com-petência do júri (art. 5º, XXXVIII, CF e art. 74, § petência do júri (art. 5º, XXXVIII, CF e art. 74, § 1º, CPP).

1º, CPP).

5. Aborto provocado pela gestante ou com seu

5. Aborto provocado pela gestante ou com seu

consentimento

consentimento

5.1. Previsão legal:

5.1. Previsão legal: art. 124, CP.art. 124, CP. 5.2. Descrição típica:

5.2. Descrição típica:“provocar aborto em si mes-“provocar aborto em si mes-ma ou consentir que outrem lho provoque (Pena: ma ou consentir que outrem lho provoque (Pena: detenção, de 1 a 3 anos)”.

detenção, de 1 a 3 anos)”. 5.3. Conduta:

5.3. Conduta:são duas as condutas incriminadas:são duas as condutas incriminadas: provocar a gestante o auto-aborto ou permitir que provocar a gestante o auto-aborto ou permitir que outra pessoa o faça.

outra pessoa o faça. Obs:

Obs: abortoaborto é a interrupção da gestação com aé a interrupção da gestação com a morte do feto.

morte do feto.

5.4. Sujeitos do crime: a)

5.4. Sujeitos do crime: a) ativo: gestante;ativo: gestante; b)b)pas- pas-sivo: há dissenso doutrinário. Para alguns, é o feto; sivo: há dissenso doutrinário. Para alguns, é o feto; para outros é o Estado ou a coletividade.

para outros é o Estado ou a coletividade. 5.5. Elemento subjetivo:

5.5. Elemento subjetivo: dolo.dolo. 5.6. Consumação:

5.6. Consumação: consuma-se com a morte doconsuma-se com a morte do feto.

feto.

5.7. Tentativa:

5.7. Tentativa:admite-se.admite-se. 5.8. Ação penal:

5.8. Ação penal: pública incondicionada. Com-pública incondicionada. Com-petência do júri (art. 5º, XXXVIII, CF e art. 74, § petência do júri (art. 5º, XXXVIII, CF e art. 74, § 1º, CPP).

1º, CPP).

6. Aborto provocado por terceiro sem o

6. Aborto provocado por terceiro sem o consenti-

consenti-mento da gestante

mento da gestante

6.1. Previsão legal:

6.1. Previsão legal: art. 125, CP.art. 125, CP. 6.2. Descrição típica:

6.2. Descrição típica: ““provocar aborto, sem oprovocar aborto, sem o consentimento da gestante (pena: reclusão, de 3 consentimento da gestante (pena: reclusão, de 3 a 10 anos)”.

a 10 anos)”. 6.3. Conduta:

6.3. Conduta:provocar aborto na gestante sem oprovocar aborto na gestante sem o seu

seu consentimenconsentimento.to. 6.4. Sujeitos do crime: a)

6.4. Sujeitos do crime: a)ativo: qualquer pessoa;ativo: qualquer pessoa; b)b)

passivo: o feto e também a gestante (para alguns passivo: o feto e também a gestante (para alguns também o Estado e a coletividade).

também o Estado e a coletividade). 6.5. Elemento subjetivo:

6.5. Elemento subjetivo: dolo.dolo. 6.6. Consumação:

6.6. Consumação:com a morte do feto.com a morte do feto. 6.7. Tentativa:

6.7. Tentativa:admite-se.admite-se. 6.8. Ação penal:

6.8. Ação penal: pública incondicionada. Com-pública incondicionada. Com-petência do júri (art. 5º, XXXVIII, CF e art. 74, § petência do júri (art. 5º, XXXVIII, CF e art. 74, § 1º, CPP).

1º, CPP).

7. Aborto provado na gestante com o seu

7. Aborto provado na gestante com o seu

con-sentimento.

sentimento.

7.1. Previsão legal:

7.1. Previsão legal: art. 126, CP.art. 126, CP. 7.2. Descrição típica:

7.2. Descrição típica: “provocar aborto com o“provocar aborto com o consentimento da gestante (pena: reclusão, de 1 consentimento da gestante (pena: reclusão, de 1 a 4 anos)”.

a 4 anos)”. 7.3. Conduta:

7.3. Conduta:provocar terceiro aborto na gestanteprovocar terceiro aborto na gestante com o seu consentimento.

com o seu consentimento. 7.4. Sujeitos do crime: a)

7.4. Sujeitos do crime: a) ativo: qualquer pessoa;ativo: qualquer pessoa; b)

b)passivo: há dissenso doutrinário. Para alguns, é opassivo: há dissenso doutrinário. Para alguns, é o feto; para outros é o Estado ou a coletividade. feto; para outros é o Estado ou a coletividade. 7.5. Consumação:

7.5. Consumação: consuma-se com a morte doconsuma-se com a morte do feto. feto.

DIREItO PEnAL

DIREItO PEnAL

PARtE ESPECIAL I

PARtE ESPECIAL I

(2)

7.6. Tentativa: admite-se.

7.7. Forma qualifcada: dispõe o parágrafo único do art. 126, CP, que aplica-se a pena do art. 125, CP (reclusão, de 3 a 10 anos), se a gestante não é maior de 14 anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consenti mento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.

7.8. Forma qualifcada: pública incondicionada. Competência do júri (art. 5º, XXXVIII, CF e art. 74, § 1º, CPP).

Obs: causas de aumento para as penas cominadas nos artigos 125 e 126, CP: as penas são aumenta-das de um terço se em consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são dupli-cadas se lhe sobrevêm a morte.

8. Aborto necessário e aborto no caso de gravi-dez resultante de estupro

8.1. Previsão legal: art. 128, CP.

8.2. Descrição típica: “não se pune o aborto praticado por médico; I – se não há outro meio de salvar a vida da gestante; II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentim ento da gestante ou, quando incapaz, de seu represen-tante legal”.

Obs: a doutrina diverge quanto à natureza jurídica do art. 128, CP. Para alguns, trata-se de escusa absolutória, prevendo o crime e isentando de pena o médico que atua nas condições descritas nos incisos. Para outros, trata-se de excludente de ilicitude, inexistindo crime.

Lik Acadêmico 2

Das lesões corporais 1. Lesão corporal

1.1. Previsão legal: art. 129, CP (lesão leve). 1.2. Descrição típica: ofender a integridade cor- poral ou a saúde de outrem (pena: detenção, de 3

meses a 1 ano).

1.3. Conduta: ofensa à integridade corporal ou a saúde de outrem.

1.4. Sujeitos do crime: a) ativo: qualquer pessoa; b)

passivo: qualquer pessoa, salvo em algumas guras

qualicadas como, por exemplo, a mulher grávida

com resultado de aceleração de parto (§ 1º, IV) e aborto (par. 2º, V).

1.5. Elemento subjetivo: dolo (“caput”)

1.6. Consumação: consuma-se com a violação da integridade corpórea.

1.7. Tentativa: admite-se.

1.8. Ação penal: pública condicionada. Competên-cia do juizado espeCompetên-cial criminal.

1.9. Forma qualifcada: lesão corporal de natureza grave

1.10. Previsão legal: art. 129, § 1º, CP.

1.11. Descrição típica: “se resulta: I – incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30 dias; II – perigo de vida; III – debilidade permanente de membro, sentido ou função; IV – aceleração de parto; (pena: reclusão de 1 a 5 anos)”.

1.12. Ação penal: pública incondicionada 1.12. Previsão legal: art. 129, § 2º, CP.

1.13. Descrição típica: “se resulta: I – incapacidade permanente para o trabalho; II – enfermidade incu-rável; III – perda ou inutilização de membro, sentido ou função; IV – deformidade permanente; V – aborto; (pena, reclu-são, de 2 a 8 anos)”.

1.14. Ação penal: pública incondicionada. 1.15. Lesão corporal seguida de morte 1.16. Previsão legal: art. 129, § 3º, CP .

1.17. Descrição típica: “se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo (pena: reclusão, de 4 a 12 anos)”.

Obs: prevê o § 4º, do art. 129, CP causa de diminui-ção de pena se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, podendo assim o juiz reduzir a pena de um sexto a um terço.

Obs: dispõe o § 5º do art. 129, CP uma possibilidade de substituição de pena caso não sendo grave as lesões o  juiz pode substituir a pena de detenção pela de multa se ocorre qualquer das hipóteses do § 4º ou se as lesões são recíprocas.

Obs: prevê o § 10, do art. 129, CP, causa de aumento de um terço para os parágrafos 1º a 3º , do art. 129, CP, se a lesão for cometida no contexto doméstico (§ 9º). 1.18. Lesão culposa

1.19. Previsão legal: art. 129, § 6º, CP.

1.20. Descrição típica: se a lesão é culposa (pena: detenção, de 2 meses a 1 ano)

1.21. Ação penal: pública condicionada. Competência do juizado especial criminal.

Obs: prevê o § 7º, do art. 129, CP, causa de aumento de pena de um terço, se, na lesão culposa, ocorrer qualquer  das hipóteses do § 4º, art. 121, CP, bem como no § 8º, art. 129, a possibilidade do perdão judicial conforme o disposto no § 5º, art. 121, CP.

Obs: dispõe o § 9º, do art. 129, CP, a incriminação para a chamada violência doméstica se lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domés-ticas, de coabitação ou de hospitalidade punindo com pena de detenção de 03 meses a 03 anos.

Obs: a Lei 11.340/06 ( Lei Maria da Penha) criou me-canismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Elimi-nação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados

internacionais raticados pela República Federativa do

Brasil, dispondo ainda sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e estabelecendo medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar,

congurando violência doméstica e familiar contra a

mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.

Obs: Lesão culposa no trânsito: não mais se aplica o tipo penal do § 6º do art. 129, CP a lesão culposa praticado na condução de veículo automotor, pois o CTB (Lei

9.503/97) prevê no art. 303 um tipo penal especíco.

Lik Acadêmico 3

Da periclitação da vida e da saúde 1. Perigo de contágio venéreo 1.1 Previsão legal: art. 130, CP.

1.2. Descrição típica: “expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado (pena: detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa)”.

1.3. Conduta: expor uma outra pessoa a uma situação de perigo de contrair uma doença venérea, sabendo o agente que está contaminado ou que deveria saber. 1.4. Sujeitos do crime: a) ativo: qualquer pessoa porta-dor de doença venérea; b) passivo: qualquer pessoa. 1.5. Elemento subjetivo: dolo direto (de que sabe está contaminado) e dolo eventual (deve saber que está contaminado).

1.6. Consumação: com a prática de relação sexual le-vando perigo de contágio de doença venérea.

1.7. Tentativa: admite-se.

1.8. Ação penal: pública condicionada. Crime de compe-tência, na forma simples, do juizado especial criminal. 1.9. Forma qualifcada: par. 1º do art. 130, CP: “se é a intenção do agente transmitir a moléstia” (pena: reclu-são, de 1 a 4 anos, e multa).

2. Perigo de contágio de doença grave 2.1. Previsão legal: art. 131, CP.

2.2. Descrição típica:

“praticar, com o m de transmitir 

a outrem moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de produzir o contágio” (pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa).

2.4. Conduta: praticar ato capaz de transmitir a outra pessoa doença grave de que está contaminado.

Obs: doença grave é moléstia séria, inspiradora de cuidados, capaz de causar seqüelas fortes ou mesmo a morte.

2.5. Sujeitos do crime: a) ativo: qualquer pessoa por-tadora de doença grave; b) passivo: qualquer  pessoa.

2.6. Elemento subjetivo: dolo.

2.7. Consumação: consuma-se com a prática do ato capaz de transmitir a outra pessoa doença grave.

2.8. Tentativa: admite-se.

2.9. Ação penal: pública incondicionada. 3. Perigo para a vida ou saúde de outrem 3.1. Previsão legal: art. 132, CP.

3.2. Descrição típica: “expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente “(pena: detenção, de 3 meses a 1 ano, se o fato não constitui crime mais grave).

3.3. Conduta: expor a vida ou a saúde de outra pessoa a perigo, seja de forma direta ou iminente. 3.4. Sujeitos do crime: a) ativo: qualquer pessoa; b) passivo: qualquer pessoa.

3.5. Elemento subjetivo: dolo.

3.6. Consumação: consuma-se com a exposição de risco palpável de dano a pessoa determinada. 3.7. Tentativa: admite-se na forma comissiva. 3.8. Ação penal: pública incondicionada. Compe-tência do juizado especial criminal.

3.9. Forma qualifcada: a pena é aumentada de um sexto a um terço se a exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços em estabele-cimentos de qualquer natureza, em desacordo com as normas legais (par. único, art. 132, CP). 4. Abandono de incapaz

4.1. Previsão legal: art. 133, CP.

4.2. Descrição típica: “abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono” (pena: detenção, de 6 meses a 3 anos).

4.3. Conduta: deixar de prestar a assistência devida nas condições descritas no tipo penal.

4.4. Sujeitos do crime: tanto o ativo como o

passivo são próprios ou qualicados, pois exigem

uma qualidade especial. O autor deve ser guarda, protetor ou autoridade designada por lei em face da vítima, esta incapaz de defender-se dos riscos do abandono.

4.5. Elemento subjetivo: dolo.

4.6. Consumação: consuma-se com a colocação da vítima na situação de desamparo.

4.7. Tentativa: admite-se.

4.8. Ação penal: pública incondicionada.

4.9. Formas qualifcadas: o § 1º descreve como

qua-licadora o resultado de lesão corporal de

natureza grave, como consequência do abandono, cominando pena de reclusão de 1 a 5 anos; o § 2º

descreve a morte como o resultado qualicador,

cominando pena de reclusão de 4 a 12 anos. Obs: prevê o § 3º três causas de aumento de pena, de um terço, que incidirão tanto para a forma

sim-ples, quanto para as qualicadas pelo resultado. A

primeira é se o abandono ocorre em lugar ermo; a segunda diz respeito as relações de parentesco ou obrigacional entre o agente e vítima (ascendentes, descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da

vítima); por m, se a vítima é maior de 60 anos.

5. Exposição ou abandono de recém-nascido 5.1. Previsão legal: art. 134, CP.

5.2. Descrição típica: “expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria” (pena: detenção, de 6 meses a 2 anos).

5.3. Conduta: expor a perigo ou abandonar recém nascido para esconder desonra própria.

5.4. Sujeitos do crime: a) ativo: a mãe (há quem en-tenda que o pai incestuoso também o é); b) passivo: o recém nascido.

5.5. Elemento subjetivo: dolo.

Das lesões Corporais

Da pericicliação da vida

e da saúde

(3)

5.6. Consumação: consuma-se com a exposição a perigo ou abandono do recém-nascido.

5.7. Tentativa: admite-se.

5.8. Ação penal: pública incondicionada. Com-petência, na forma simples, do juizado especial criminal.

5.9. Formas qualifcadas pelo resultado: se do abandono ou exposição resultar lesão corporal de natureza grave, a pena será de detenção de 1 a 3 anos; se resulta morte, a pena será de detenção, de 2 a 6 anos.

6. Omissão de socorro

6.1. Previsão legal: art. 135, CP

6.2. Descrição típica: “deixar de prestar assistên-cia, quando possível faze-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública” (pena: detenção, de 1 a 6 meses, ou multa).

6.3. Conduta: a conduta é omissiva, deixando o agente de fazer o que a norma manda, ou seja, prestar assistência a vítima.

6.4. Sujeitos do crime: a) ativo: qualquer pessoa; b) passivo: criança abandonada ou extraviada, pessoa inválida ou ferida ou ao desamparo e a pessoa em grave e iminente perigo.

6.5. Elemento subjetivo: dolo por omissão (trata-se de crime omissivo próprio, visto que o tipo descreve uma conduta negativa determinando ao agente um comportamento positivo que ele, podendo, não realiza).

6.6. Consumação: consuma-se no instante em que o agente deixa de prestar o socorro, quando possível faze-lo, ou de pedir ajuda à autoridade pública, gerando a situação de perigo, concreto ou abstrato.

6.7. Tentativa: não se admite, pois a simples omis-são já aperfeiçoa o crime.

6.8. Ação penal: pública incondicionada. Compe-tência do juizado especial criminal.

6.9. Causa de aumento de pena: a pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resultada morte.

Obs: o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97)

deniu no art. 304 um tipo especial de omissão de

socorro em face de acidente de trânsito. E o art. 97 da Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso) prevê um tipo especial em virtude de omissão de socorro a idoso.

7. Maus-tratos

7.1. Previsão legal: art. 136, CP

7.2. Descrição típica: “expor a perigo a vida ou a saúde de pessoas sob sua autoridade, guarda ou

vigilância, para m de educação, ensino, tratamento

ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cui-dados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina” (pena: detenção, de 2 meses a 1 ano, ou multa).

7.3. Conduta: consiste em colocar a vítima em situação de perigo na forma descrita no tipo. 7.4. Sujeitos do crime: a) ativo: pessoa que exerce o poder de autoridade, guarda ou vigilânci a de outra

pessoa, para ns educacionais, de tratamento ou

custódia; b) passivo: pessoa colocada sob o poder 

do agente ativo para ns de educação, tratamento

e custódia.

7.5. Elemento subjetivo: dolo.

7.6. Consumação: consuma-se com a situação de perigo gerada.

7.7. Tentativa: admite-se.

7.8. Formas qualifcadas: nos parágrafos 1º e 2º do

art. 136, CP, estão previstas as qualicadoras pelo

resultado lesão corporal de natureza grave e morte com penas, respectivamente, de reclusão, de 1 a 4 anos, e reclusão, de 4 a 12 anos.

7.9. Causa de aumento de pena: a pena é au-mentada de um terço se o crime é cometido contra pessoa menos de 14 anos.

7.10. Ação penal: pública incondicionada. Compe-tência do juizado especial criminal para o tipo previsto no caput.

Rixa

1. Crime de rixa

1.1. Previsão legal: art. 137, CP.

1.2. Descrição típica: “participar de rixa, salvo para separar os contendores” (pena: detenção, de 15 dias a 2 meses, ou multa).

Obs: a lei não dene rixa. Trata-se, assim, de um tipo

aberto. O crime de rixa pode ser entendido como uma briga ou desordem em que participam pelo menos três pessoas, com agressões mútuas e impelidas por motivo grupal. 1.3. Conduta: participar, fazer parte de rixa.

1.4. Sujeitos do crime: pode ser qualquer pessoa, todos agentes e vítimas ao mesmo tempo.

1.5. Elemento subjetivo: dolo.

1.6. Consumação: consuma-se com a agressão mútua dos participantes.

1.7. Tentativa: não se admite em regra, salvo na hipóte-se de rixa “ex propósito”, também chamada de preorde-nada, ou seja, os participantes ajustam previamente sua realização e, antes de inicia-la são impedidos por  exemplo pela chegada da polícia.

1.8. Forma qualifcada pelo resultado: “se ocorre mor-te ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se pelo fato da participação na rixa, a pena de detenção, de 6 meses a 2 anos”.

1.9. Ação penal: pública incondicionada. Competência do juizado especial criminal.

1. Calúnia

1.1. Previsão legal: art. 138, CP.

1.2. Descrição típica: caluniar alguém, imputando-lhe

falsamente fato denido como crime(pena: detenção, de 6 meses a 2 anos, e multa.

1.3. Conduta:

imputar falsamente fato denido como

crime a alguém.

1.4. Sujeitos do crime: a) ativo: qualquer pessoa; b) passivo: qualquer pessoa (diante do que dispõe a Lei 9.605/98, que prevê a possibilidade da pessoa jurídica delinqüir, pode-se também considerar esta, embora apenas nos casos relativos a crimes ambientais). 1.5. Elemento subjetivo: dolo.

1.6. Consumação: consuma-se com a imputação falsa

feita a alguém de fato denido como crime.

1.7. Tentativa: admite-se na forma escrita.

1.8. Normas de extensão típica: o § 1º incrimina com a mesma pena do caput quem sabendo falsa a imputação a propala ou divulga; o § 2º pune a calúnia contra os mortos.

1.9. Ação penal: em regra de iniciativa privada, proce-dendo-se mediante queixa do ofendido (art. 145, CP). Entretanto, se a calúnia tiver sido contra o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro, a ação será de iniciativa pública, condicionada à requisição do Ministro da Justiça. Quando a vítima for funcionário pú-blico e a calúnia for imputada em razão de suas funções a ação penal será pública condicionada à representação do ofendido (art. 145, parágrafo único, CP). Entretanto,

neste último caso, o STF vem entendendo que há

legiti-midade concorrente do MP com o próprio ofendido para a interposição da ação penal, conforme RT 411/403. 1.10. Exceção da verdade: prevê o § 3º do art. 138, CP, a chamada exceção da verdade, tratando-se de “um incidente processual em que o acusado por crime de calúnia pode, querendo, provar a verdade do que foi imputado, descaracterizando o delito de calúni a” .

A exceção da verdade no crime de calúnia só não é

admitida em três casos: se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi c ondenado por  sentença irrecorrível; se o fato é imputado a qualquer  das pessoas indicadas no inciso I do art. 145, CP; e se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.

2. Difamação

2.1. Previsão legal: art. 139, CP.

2.2. Descrição típica: “difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação” (pena: detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa).

2.3. Conduta: imputar a alguém a prática de um fato ofensivo à sua reputação.

2.4. Sujeitos do crime: a) ativo: qualquer pessoa; b) passivo: qualquer pessoa.

2.5. Elemento subjetivo: dolo.

2.6. Consumação: consuma-se quando terceira pessoa toma conhecimento da imputação. 2.7. Tentativa: admissível na forma escrita. 2.8. Ação penal: em regra de iniciativa privada.

Será, entretanto, de iniciativa pública, condicionada

à requi-sição do Ministro da Justiça, quando o sujeito passivo for o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro, e à representação quando o ofendido for funcionário público e a difamação

tiver sido em razão de suas funções. O STF vem

entendendo que há legitimidade concorrente do MP com o funcionário ofendido para a ação penal, consoante RT 411/403.

2.9. Exceção da verdade: a exceção da verdade no crime de difamação somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.

3. Injúria

3.1. Previsão legal: art. 140, CP.

3.2. Descrição típica: “injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro” (pena: detenção de 1 a 6 meses, ou multa).

3.3. Conduta: atribuir a alguém uma qualidade negativa que ofenda sua dignidade ou decoro. 3.4. Sujeitos do crime: a) ativo: qualquer pessoa; b) passivo: qualquer pessoa (há de se ter consci-ência acerca da honra subjetiva).

3.5. Elemento subjetivo: dolo.

3.6. Consumação: consuma-se no instante em que é atribuída a alguém uma qualidade negativa que ofenda sua dignidade ou decoro.

3.7. Tentativa: admissível na forma escrita. 3.8. Formas qualifcadas: os parágrafos 2º e 3º do art. 140, CP, prevêem duas formas de injúria

qualicada: a injúria real (mediante o concurso de

agressão física) e a injúria mediante a utilização de referências a raça, cor, etnia, religião, origem, à

condição de idoso ou de deciente da vítima, com

penas respectivas de detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa, e reclusão, de 1 a 3 anos, e multa. 3.9. Hipóteses de perdão judicial: o parágrafo 1º do art. 140, CP, prevê duas hipóteses em que é possível a aplicação do perdão judicial: a) quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; b) no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.

3.10. Ação penal: em regra, de iniciativa privada.

Será pública incondicionada nos casos de injúria

real cometida com emprego de violência. Na injúria contra a honra do Presidente da República e chefe de governo estrangeiro, será pública condicionada

à requisição do Ministro da Justiça. Se a injúria for 

contra a honra de funcionário em razão de suas funções, a ação penal será pública condicionada à representação deste.

4. Disposições comuns nos crimes contra a honra

4.1. Causas de aumento de pena: prevê o art. 141, CP, que as penas cominadas aos crimes de calúnia, difamação e injúria aumentam-se de um terço se qualquer dos crimes é cometido: I – contra o Pre-sidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro; II – contra funcionário público, em razão de suas funções; III – na presença de várias pesso-as, ou por meio que facilite a divulgação calúnia, da difamação ou da injúria; IV – contra pessoa maior 

de 60 anos ou portadora de deciência, exceto

no caso de injúria. Dispõe o parágrafo único, do art. 141, CP, que se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro.

Dos Crimes

Cora a Hora

(4)

4.2. Causas de exclusão do crime: não constituem injúria ou difamação punível: I – a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador; II – a opinião desfavorável da

crítica literária, artística ou cientíca, salvo quando

inequívoca a intenção de injuriar ou difamar; III – o conceito desfavorável emitido por funcionário pú-blico, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício. Nas hipóteses dos ns. I e III, responde pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade.

4.3. Retratação: dispõe o art. 143, CP, que o quere-lado que antes da sentença, se retrata cabalmente

da calúnia ou da difamação, ca isento da pena. É

causa de extinção da punibilidade.

5. Crimes contra a honra previstos em leis especiais

5.1. Lei de imprensa: a Lei 5.250/67, que dispõe sobre a liberdade de manifestação do pensamento

e de informação, deniu vários crimes cometidos

através dos meios de informação e divulgação (jor-nais e outras publicações periódicas, radiodifusão e noticiosos), dentre eles a calúnia, difamação e injúria, respectivamente nos arts. 20, 21 e 22 5.2. Lei de Segurança Nacional: a Lei 7.170/83,

que dene os crimes contra a segurança nacional

e a ordem política e social, deniu no art. 26 crimes

contra a honra do Presidente da República, dos

Presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados

e do Supremo Tribunal Federal.

5.3. Estatuto do Idoso:

a Lei 10.741/2003, deniu

no art. 105 crime em face da divulgação ou exibição de imagens depreciativas ou injuriosas a pessoa do idoso.

Lik Acadêmico 4

1. Furto

1.1. Previsão legal: art. 155, CP.

1.2. Descrição típica: “subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel” (pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa).

1.3. Conduta: subtrair, tirar, coisa móvel alheia, para si ou para outra pessoa.

1.4. Sujeitos do crime: a) ativo: qualquer pessoa; b) passivo: qualquer pessoa que seja a proprietária ou possuidora da coisa.

1.5. Elemento subjetivo: dolo.

1.6. Consumação: consuma-se no instante em que há inversão da posse.

1.7. Tentativa: admite-se.

1.8. Ação Penal: pública incondicionada.

1.9. Furto noturno: causa de aumento de pena prevista no § 1º do art. 155, CP possibilita o aumento de pena a razão de um terço se o crime é praticado durante o repouso noturno.

1.10. Furto privilegiado: conforme dispõe o art. 155, § 2º, CP, sendo primário o criminoso e de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir  a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um terço a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.

1.11. Furto qualifcado (art. 155, § 4º e § 5º, CP): a pena do furto passa a ser de reclusão de 2 a 8 anos, e multa, se o furto é praticado: I – mediante destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; II –

com abuso de conança, ou mediante

fraude, escalada ou destreza; III – com emprego de chave falsa; IV – mediante concurso de duas ou mais pessoas. Dispõe ainda o § 5º do art. 155, CP, que a pena é de reclusão de 3 a 8 anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser  transportado para outro estado ou para o exterior. 2. Furto de coisa comum

2.1. Previsão legal: art. 156, CP.

2.1. Descrição típica: “subtrair, o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, coisa comum” (pena:

detenção, de 6 meses a 2 anos, ou multa).

2.2. Conduta: subtrair, tirar, coisa comum na condição de condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outra pessoa.

2.3. Sujeitos do crime: a) ativo: condômino, co-her-deiro ou sócio; b) passivo: é a pessoa que detém a coisa comum, seja o outro condômino, o co-herdeiro ou o sócio.

2.4. Elemento subjetivo: dolo.

2.5. Consumação: consuma-se no instante em que a coisa sai da esfera de disponibilidade de seu detentor, ingressando na do agente.

2.6. Tentativa: admite-se.

2.8. Ação penal: pública condicionada a representação. Competência do juizado especial criminal.

3. Do roubo

3.1. Previsão legal: art. 157, CP.

3.2. Descrição típica: “subtrair coisa móvel, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, redu-zido à impossibilidade de resistência” (pena: reclusão, de 4 a 10 anos, e multa).

3.3. Conduta: subtrair coisa móvel para si ou para outra pessoa, mediante grave ameaça ou violência ou impondo redução da capacidade de resistência da vítima. 3.4. Sujeitos do crime: a) ativo: qualquer pessoa; b) pas-sivo: a pessoa proprietária, possuidora ou detentora da coisa, inclusive o não possuidor ou proprietário da coisa, desde que contra ele venha a ser empregada violência, no curso da subtração ou após ela.

3.5. Elemento subjetivo: dolo.

3.6. Consumação: consuma-se no instante em que a coisa subtraída sai da esfera de disponibilidade da vítima.

3.7. Tentativa: admite-se.

3.8. Ação penal: pública incondicionada.

3.9. Roubo impróprio (art. 157, § 1º, CP: ocorre quando o agente, logo depois de subtraída a coisa, emprega

a violência contra pessoa ou grave ameaça, a m de

assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa

para si ou para terceiro. A sanção penal é idêntica à do

caput, ou seja, 4 a 10 anos de reclusão, e multa.

3.10. Roubo com causa de aumento (art. 157, § 2º, CP): a pena aumenta-se de um terço até metade: I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma (cancelada a Súmula 174 do STJ que admitia a causa de aumento para roubo com uso de arma de brinquedo ); II – se há concurso de duas ou mais pessoas; III – se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância; IV – se a subtração for  de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; V –se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. 3.11. Roubo qualifcado pela lesão corporal grave

(art. 157, § 3º, 1ª parte, CP): a incidência da qualicadora

incrimina o comportamento a uma pena que varia de 7 a 15 anos de reclusão e multa e dá-se tanto quando

resultar da violência lesão grave ou gravíssima. A lesão

leve encontra-se albergada no “caput”, na elementar  violência. Destaque-se que tal resultado pode alcançar  o titular do patrimônio lesado ou terceiro vitimado pela violência.

3.12. Roubo qualifcado pela morte – Latrocínio (art.

157, par. 3º, parte nal, CP): o roubo seguido de morte,

latrocínio, impõe uma pena de 20 a 30 anos de reclusão e encontra-se na lista do art. 1º da Lei 8.072/90, ou seja, é crime hediondo. Quando cometido contra pessoa que não é maior de 14 anos, ou pessoa alienada ou débil mental e o agente é conhecedor dessa circuns-tância, ou quando a vítima não podia, por qualquer outra causa ofe-recer resistência, a pena será aumentada de metade. Obs:

Súmula 610, STF

: “há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de bens da vítima”.

Lik Acadêmico 5

4. Da extorsão

4.1. Previsão legal: art. 158, CP.

4.2. Descrição típica: “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter, para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer,

tolerar que se faça ou deixar de fazer algum a coisa” (pena: reclusão, de 4 a 10 anos, e multa).

4.3. Conduta: constranger, obrigar, compelir a vítima, mediante violência ou grave ameaça, a atender seu de-sígnio visando indevida vantagem econômica.

4.4. Sujeitos do crime: a) ativo: qualquer pessoa; b) pas-sivo: qualquer pessoa.

4.5. Elemento subjetivo: dolo.

4.6. Consumação: consuma-se no instante em que a vítima faz, tolera que se faça ou deixa de fazer  aquilo que o agente quis, independentemente da obtenção por parte deste da indevida vantagem econômica.

4.7. Tentativa: admite-se.

4.8. Ação penal:

pública incondicionada. A extorsão

qualicada pelo resultado morte é crime hediondo,

conforme dispõe o art. 1º, III, da Lei 8.072/90. 4.9. Causa de aumento (art. 158, § 1º, CP) : aumenta-se a pena, de um terço até metade, se a extorsão é co-metida por duas ou mais pessoas ou se é praticada com o emprego de arma.

4.10. Extorsão qualifcada pelo resultado (art. 158, § 2º, CP): a pena será de reclusão, de 7 a 15 anos, se da violência empregada para a extorsão

resultar lesão corporal de natureza grave. Será de

reclusão de 20 a 30 anos, se resultar morte.

Obs: A extorsão é crime formal e de acordo com a

Súmula 96, STJ:

o crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida.

5. Extorsão mediante seqüestro 5.1. Previsão legal: art. 159, CP.

5.2. Descrição típica:seqüestrar pessoa com o m

de obter, para si ou para outrem qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate (pena: reclusão, de 8 a 15 anos).

5.3. Conduta: sequestrar pessoa visando à ob-tenção de qualquer vantagem como condição ou preço do resgate.

5.4. Sujeitos do crime: a) ativo: qualquer pessoa; b) passivo: qualquer pessoa.

5.5. Elemento subjetivo: dolo.

5.6. Consumação: consuma-se no instante em que a vítima é privada de sua liberdade pessoal por tempo juridicamente relevante.

5.7. Tentativa: admite-se.

5.8. Ação penal:

pública incondicionada. A extorsão

mediante seqüestro é crime hediondo, conforme dispõe o art. 1º, IV, da Lei 8.072/90.

5.9. Formas qualifcadas: o par. 1º do art. 159, CP, eleva a pena de reclusão para 12 a 20 anos se o se-questro dura mais que 24 horas; se o seques-trado é menor de 18 anos ou maior de 60 anos; ou se o crime é cometido por quadrilha ou bando. Na conformidade dos pars. 2º e 3º, a pena passa a ser  de 16 a 24 anos se do fato resulta lesão corporal, e de 24 a 30 anos, se resulta morte.

5.10. Causa especial de diminuição de pena

(delação premiada e ecaz): dispõe o § 4º, do art.

159, CP, se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facili-tando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de 1/3 a 2/3.

6. Extorsão indireta

6.1. Previsão legal: art. 160, CP.

6.2. Descrição típica: “exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro” (pena: reclusão, de 1 a 3 anos, e multa).

Obs: é necessário que o documento, público ou particular, possa dar causa à instauração de um procedimento criminal contra alguém, como por ex.

cheque sem fundos, documento falso, conssão da

prática de um delito, etc.

6.3. Conduta: o fato pode realizar-se mediante duas condutas distintas, quais sejam, exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação da

Dos Crimes

(5)

vítima, documento que pode gerar procedimento criminal.

6.4. Sujeitos do crime: a) ativo: qualquer pessoa; b) passivo: qualquer pessoa.

6.5. Elemento subjetivo: dolo.

6.6. Consumação: quando se trata de exigência, é crime formal, consumando-se independentemente da entrega pela vítima do documento incriminador. No caso de recebimento, consuma-se com a sua entrega.

6.7. Tentativa: só se admite na exigência por escrito e no recebimento.

6.8. Ação penal: pública incondicionada. Da Usurpação

Obs: com o título genérico “Da usurpação” o CP se refere a três delitos: alteração de limites (art. 161, caput ), usurpação de águas (art. 161, § 1º , I) e esbulho possessório (art. 161, § 1º , II). Este capítulo do CP protege o patrimônio no que concerne aos bens imóveis.

1. Alteração de limites (art. 161, CPP)

Obs:“Suprimir ou deslocar tapume, marco ou qual

-quer outro sinal indicativo de linha divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia” (pena: detenção, de 1 a 6 meses, e multa). 1.1. Usurpação de águas (art. 161, § 1º , I, CP) Obs: “desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, águas alheias” (pena: detenção, de 1 a 6 meses, e multa).

1.2. Esbulho possessório (art. 161, § 1º, II, CP) Obs: “invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas

pessoas, terreno ou edifício alheio, para o m de

esbulho possessório” (pena: detenção de 1 a 6 meses, e multa).

Obs: se o agente usa de violência, incorre também na pena a esta cominada.

Obs: se a propriedade é particular, e não há em-prego de violência, somente se procede mediante queixa.

1.3. Supressão ou alteração de marca em ani-mais (art. 162, CP)

Obs: procura tutelar o CP a propriedade de semo-ventes quanto a marca indicativa da propriedade. Obs: “suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou rebanho alheio, marca ou sinal indicativo de propriedade” (pena: detenção, de 6 meses a 3 anos, e multa).

Do Dano

1. Dano (art. 163, CP)

Obs: dano é o prejuízo material ou moral causado a alguém por conta da deterioração ou estrago de seus bens.

Obs: destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia (pena: detenção, de 1 a 6 meses, ou multa). Obs: a pena será de 6 meses a três anos, e multa, além da pena correspondente a violência, se o crime é cometido: I – com violência ou grave ameaça;

II-com emprego de substância inamável ou explosiva,

se o fato não constitui crime mais grave; III – contra patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista; IV – por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima (neste caso a ação penal é de iniciativa privada, conforme art. 167, CP).

1.1. Introdução ou abandono de animais em pro-priedade alheia (art. 164, CP)

Obs: “introduzir ou deixar animais em propriedade alheia, sem consentimento de quem de direito, desde que do fato resulte prejuízo” (pena: detenção,

de 15 dias a 6 meses, ou multa). Ação penal de

iniciativa privada (art. 167, CP).

1.2. Dano em coisa de valor artístico, arqueoló-gico ou histórico (art. 165, CP)

Obs: revogado pelo art. 62 da Lei 9.605/98. 1.3. Alteração de local especialmente protegido

(art. 166, CP)

Obs: revogado pelo art. 63 da Lei 9.605/98.

1. Da apropriação indébita 1.1. Previsão legal: art. 168, CP.

1.2. Descrição típica: “apropriar-se de coisa alheia mó-vel, de que tem a posse ou a detenção” (pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa).

1.3. Conduta: apropriar-se, ou seja, tornar-se dono da coisa alheia de que tem a posse ou a detenção. 1.4. Sujeitos do crime: a) ativo: qualquer pessoa que tem a posse ou detenção da coisa móvel alheia; b) passivo: qualquer pessoa proprietária ou possuidora direta ou indireta da coisa que estiver sob a posse ou detenção de outrem.

1.5. Elemento subjetivo: dolo.

1.6. Consumação: consuma-se no instante em que o agente inverte o título da posse ou da detenção da coisa, passando a dispor dela como se fosse seu proprietário.

1.7. Tentativa: admite-se somente na forma comissiva quando o agente não consegue realizar o ato de dispo-sição sobre a coisa.

1.8. Ação penal:

pública incondicionada. Será,

entretan-to, condicionada à representação do ofendido, se este for  o cônjuge judicialmente separado, irmão, tio ou sobrinho coabitantes (art. 182, I a III, CP).

1.9. Causa de aumento (art. 168, § 1º, I a III, CP) : aumenta-se a pena, de um terço, quando o agente rece-beu a coisa: I – em depósito necessário; II – na qualidade de tutor, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial; III – em razão de

ofício, emprego ou prossão.

2. Apropriação indébita previdenciária (art. 168-A) Obs: tutela este dispositivo do CP, acrescentado pela Lei 9.983/2000, a

Seguridade Social

, preceituada no art. 194, CF. Previdência social, por sua vez, é uma das

atividades da Seguridade Social, tendo por 

nalidade

cobrir as situações de incapacidade do trabalhador por  doença, invalidez, morte ou idade (auxílios, aposentado-rias, pensão, desemprego involuntário, salário-família e auxílio reclusão para os segurados de baixa renda). Obs: “deixar de repassar à previdência social as con-tribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional” (pena – reclusão, de 2 a 5 anos, e multa). § 1º Nas mesmas penas incorre quem deixar  de: I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público; II – recolher  contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços; III - pagar  benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa

pela previdência social. § 2º É extinta a punibilidade se o

agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na

forma denida em lei ou regulamento, antes do início

da ação scal. § 3º É facultado ao juiz deixar de aplicar 

a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for  primário e de bons antecedentes, desde que: I – tenha

promovido, após o início da ação scal e antes de

ofe-recida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou, II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o

ajuizamento de suas execuções scais.

3. Apropriação de coisa havida por erro, caso for-tuito ou força da natureza (art. 169, CP)

Obs: “apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza” (pena, detenção, de 1 mês a 1 ano, ou multa). Parágrafo único -Na mesma pena incorre: I -quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no todo ou em parte, da quota a

que tem direito o proprietário do prédio; II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de 15 (quinze) dias. Obs: conforme preceitua o art. 170, CP, a apropria-ção privilegiada segue as mesmas regras do art. 155, § 2º, CP.

1. Estelionato

1.1. Previsão legal: art. 171, CP.

1.2. Descrição típica: “obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento” (pena: reclusão, de 1 a 5 anos, e multa).

1.3. Conduta: induzir ou manter alguém em erro, através do emprego de um artifício, ardil ou qualquer  meio fraudulento.

1.4. Sujeitos do crime: a) ativo: qualquer pessoa; b) pas-sivo: qualquer pessoa que sofra a lesão patrimonial e também a enganada se o dano recair  sobre esta.

1.5. Elemento subjetivo: dolo.

1.6. Consumação: consuma-se com a efetiva obtenção da vantagem ilícita, concomitante à realização do prejuízo para a vítima.

1.7. Tentativa: admite-se.

1.8. Ação penal:

pública incondicionada. É con

-dicionada à representação do ofendido que seja o cônjuge judicialmente separado, irmão, tio ou sobrinho com quem o agente coabita (art. 182, I a III, CP).

1.9. Estelionato privilegiado: prevê o par. 1º do art. 171, CP, a substituição da pena de reclusão pela de detenção, possibilitando sua redução de um a dois terços ou a aplicação apenas da pena de multa, se o agente é primário e for de pequeno valor o prejuízo sofrido pela vítima.

1.10. Causa de aumento de pena: a pena será aumentada de um terço se o estelionato é cometi do em prejuízo de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social

ou benecência, conforme dispõe o art. 171, par.

3º, CP.

Obs: nas mesmas penas do art. 171, “caput”, incorre quem: I – vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como própria; II – vende, permuta, dá em pagamento ou em ga-rantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias; III – defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado; IV – defrauda subs-tância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém; V – destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as consequências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor do seguro; VI –

e-mite cheque, sem suciente

provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.

2. Duplicata simulada

2.1. Previsão legal: art. 172, CP.

2.2. Descrição típica: “emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à mercado-ria vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado” (pena: detenção, de 2 a 4 anos, e multa).

Obs: nas mesmas penas incorrerá aquele que

falsi-car ou adulterar a escrituração do Livro de Registro

de Duplicatas (par. único, do art. 172, CP). 3. Abuso de incapazes

3.1. Previsão legal: art. 173, CP.

3.2. Descrição típica: “abusar, em proveito próprio

Da Apropriação

Idébia

Do Eselioao

e ouras Fraudes

Da Usurpação

Das Dao

(6)

ou alheio, de necessidade, paixão ou inexperiência de menor, ou da alienação ou debilidade mental de outrem, induzindo qualquer deles à prática de ato suscetível de produzir efeito jurídico, em prejuízo próprio ou de terceiro” (pena: reclusão, de 2 a 6 anos, e multa).

4. Induzimento à especulação 4.1. Previsão legal: art. 174, CP.

4.2. Descrição típica: “abusar, em proveito próprio ou alheio, da inexperiência ou da simplicidade ou inferioridade mental de outrem, induzindo-o à prática de jogo ou aposta, ou à especulação com títulos ou mercadorias, sabendo ou devendo saber  que a operação é ruinos” (pena: reclusão, de 1 a 3 anos, e multa).

5. Fraude no comércio

5.1. Previsão legal: art. 175, CP.

5.2. Descrição típica: enganar, no exercício de atividade comercial, o adquirente ou consumidor: I - vendendo, como verdadeira ou perfeita,

mer-cadoria falsicada ou deteriorada;II - entregando uma mercadoria por outra (pena: detenção, de 6 meses a 2 anos, ou multa). § 1º -  Alterar em obra que lhe é encomendada a qualidade ou o peso de metal ou substituir, no mesmo caso, pedra

verda-deira por falsa ou por outra de menor valor; vender   pedra falsa por verdade ira; vender, como precioso,

metal de ou outra qualidade (pena: reclusão, de 1

a 5 anos, e multa). § 2º - É aplicável o disposto no

art. 155, § 2º.

6. Outras fraudes

6.1. Previsão legal: art. 176, CP.

6.2. Descrição típica: “tomar refeição em restau-rante, alojar-se em hotel ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos para efetuar o pagamento” (pena: detenção, de 15 dias a 2 m eses,

ou multa). Parágrafo único - Somente se procede

mediante representação, e o juiz pode, conforme as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.

7. Fraudes e abusos na fundação ou administra-ção de sociedade por ações

7.1. Previsão legal: art. 177, CP.

7.2. Descrição típica: “promover a fundação de sociedade por ações, fazendo, em prospecto ou em comunicação ao público ou à assembléia,

armação falsa sobre a constituição da sociedade,

ou ocultando fraudulentamente fato a ela relativo” (pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa, se o fato não constitui crime contra a economia popular). § 1º - In-correm na mesma pena, se o fato não constitui crime contra a economia popular (Lei nº 1.521, de 1951): I -

o diretor, o gerente ou o scal de sociedade por 

ações, que, em prospecto, relatório, parecer, balan-ço ou comunicação ao público ou à assembléia, faz

armação falsa sobre as condições econômicas da

sociedade, ou oculta fraudulentamente, no todo ou em parte, fato a elas relativo; II - o diretor, o gerente

ou o scal que promove, por qualquer artifício, falsa

cotação das ações ou de outros títulos da sociedade; III - o diretor ou o gerente que toma empréstimo à so-ciedade ou usa, em proveito próprio ou de terceiro, dos bens ou haveres sociais, sem prévia autorização da assembléia geral; IV - o diretor ou o gerente que compra ou vende, por conta da sociedade, ações por ela emitidas, salvo quando a lei o permite; V - o diretor ou o gerente que, como garantia de crédito social, aceita em penhor ou em caução ações da própria sociedade; VI - o diretor ou o gerente que, na falta de balanço, em desacordo com este, ou mediante balanço falso, distribui lucros ou

dividen-dos ctícios;

VII -

o diretor, o gerente ou o scal que,

por interposta pessoa, ou conluiado com acionista, consegue a aprovação de conta ou parecer; VIII - o liquidante, nos casos dos ns. I, II, III, IV, V e VII; IX - o representante da sociedade anônima estrangeira, autorizada a funcionar no País, que pratica os atos mencionados nos ns. I e II, ou dá falsa informação ao Governo.§ 2º - Incorre na pena de detenção, de

seis meses a dois anos, e multa, o acio

nista que, a m de

obter vantagem para si ou para outrem, negocia o voto nas deliberações de assembléia geral.

8. Emissão irregular de conhecimento de depósito ou “warrant”

8.1. Previsão legal: art. 178, CP.

8.2. Descrição típica: “emitir conhecimento de depósito ou warrant, em desacordo com disposição legal” (pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa).

Obs: “warrant” são os títulos armazeneiros, emitidos

pelas empresas de Armazéns Gerais e entregues ao

depositante, que com eles ca habilitado a negociar 

as mercadoria em depósito, passando assim a circular, não as mercadorias, mas os títulos que a representam. Indica, representando a mercadoria e legitima o seu portador como proprietário da mesma.

9. Fraude à execução

9.1. Previsão legal: art. 179, CP.

9.2. Descrição típica: “fraudar execução, alienando,

desviando, destruindo ou danicando bens, ou simu

-lando dívidas” (pena: detenção, de 6 meses a 2 anos,

ou multa). Parágrafo único - Somente se procede

mediante queixa.

Lik Acadêmico 6

1. Receptação

1.1. Previsão legal: art. 180, CP.

1.2. Descrição típica: adquirir, receber, transportar, con-duzir ou ocultar, em proveito próprio ou alhei o, coisa que

sabe ser produto de crime, ou inuir para que terceiro,

de boa-fé, a adquira, receba ou oculte (pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa).

Obs: só há receptação quando tiver sido praticado um crime anterior do qual a coisa receptada é produto. 1.3. Conduta:

há multiplicidade de condutas. São vários

os núcleos da receptação própria. Adquirir, receber,

transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, produto de crime. Por sua vez, o núcleo da

re-ceptação imprópria é inuir, induzindo terceiro de boa-fé

para que adquira, receba ou oculte produto de crime. 1.4. Sujeitos do crime: a) ativo: qualquer pessoa; b) pas-sivo: titular do direito patrimonial sobre a coisa recepta-da.

1.5. Elemento subjetivo: dolo.

1.6. Consumação: consuma-se a recepção própria com a aquisição, o recebimento, o transporte, a

condu-ção ou a ocultacondu-ção da coisa. A receptacondu-ção imprópria

consuma-se com a ação do agente em inuir sobre

terceiro de boa-fé.

1.7. Tentativa: admite-se apenas na receptação própria.

1.8. Ação penal:

pública incondicionada. Será, no

en-tanto, pública condicionada à representação se a vítima é o cônjuge separado judicialmente, irmão, ou tio ou sobrinho com quem o agente coabita.

1.9. Receptação qualificada (art. 180, § 1º, CP) : “adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou indus-trial, coisa que deve saber ser produto de crime” (pena: reclusão, de 3 a 8 anos, e multa).

Obs: dispõe o § 2º, do art. 180, CP, que equipara-se à atividade comercial qualquer forma de comércio irregular  ou clandestino, inclusive o exercido em residência. 1.10. Receptação privilegiada (art. 180, § 3º, CP): “adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso” (pena: detenção, de 1 mês a 1 ano, ou multa, ou ambas as penas).

Obs: prevê o § 4º, do art. 180, CP, que a receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa. Dispõe o par. 5º, do art. 180, CP, que, na hipótese do § 3º, do art. 180, CP, pode o juiz, tendo em consideração as

circunstân-Da Recepação

Disposições Gerais

os Crimes Cora

o Parimôio

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das disciplinas dos cursos de graduação, devendo ser  complementada com o material disponível nos Links e com a leitura de livros didáticos.

Direito Penal – Parte Especial I – 2ª edição - 2009 Carlos Eduardo Brocanella Witter: Professor uni-versitario e de cursos preparatorios ha mais de 10 nos, Especialista em Direito Empresarial; Mestre em

Educacao e Semiotica Juridica; Membro da Associacao

Brasileira para o progresso da Ciencia; Palestrante;

Advogado e Autor 

Autor:

Paulo Leão, Procurador de Justiça, Mestre em Direito, Professor de Direito Penal.

A coleção Guia Acadêmico é uma publicação da Memes Tecnologia Educacional Ltda. São Paulo-SP.

Endereço eletrônico: www.memesjuridico.com.br 

Todos os direitos reservados. É terminantemente proibida a

reprodução total ou parcial desta publicação, por qualquer  meio ou processo, sem a expressa autorização do autor e

da editora. A violação dos direitos autorais caracteriza crime,

sem prejuízo das sanções civis cabíveis.

cias, deixar de aplicar a pena (perdão judicial) e na receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º, do art. 155, CP.

1.11. Causa de aumento de pena (art. 180, § 6º, CP): “tratando-se de bens e instalações do patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista, a pena prevista no caput deste artigo aplica-se em dobro”.

Lik Acadêmico 7

Imunidade penal absoluta ou impunibilidade Art. 181

- “É isento de pena quem comete qualquer 

dos crimes previstos neste título, em prejuízo: I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; II -de ascen-dente ou -descen-dente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural”. Imunidade penal relativa

Art. 182

- “Somente se procede mediante represen

-tação, se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo: I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; II - de irmão, legítimo ou ilegítimo; III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita”. Exclusão da imunidade

Art. 183 - “Não se aplica o disposto nos dois artigos an-teriores: I - se o crime é de roubo ou de extor-são, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa; II - ao estranho que participa do crime. III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos”.

Referências

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