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SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DO MONTADO

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Academic year: 2021

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MONTADO & CLIMATE;

A NEED TO ADAPT

LIFE15 CCA/PT/000043

SISTEMA INTEGRADO DE

GESTÃO DO MONTADO

(2)

________________________________________________________________________

ACÇÃO:

C2 – DESENHO DOS SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO DO MONTADO

PRODUTO:

Sistema Integrado de Gestão de Montado (SIGM) da área piloto L6 – Herdade do

Freixo-do-Meio

PRODUÇÃO:

ADPM, com a colaboração da Herdade do Freixo do Meio

REVISÃO:

ADPM

DATA:

25/10/2019

________________________________________________________________________

ÍNDICE

INTRODUÇÃO ... 3

O QUE É UM SIGM? ... 4

L6 – HERDADE DO FREIXO DO MEIO ... 5

MAPA DO SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DO MONTADO (SIGM) ... 10

DESCRIÇÃO DO SIGM DA HERDADE DO FREIXO DO MEIO ... 11

(3)

INTRODUÇÃO

O Montado/Dehesa é um sistema multifuncional, seminatural extensivo, que conjuga a atividade agrícola, pecuária e florestal. Corresponde a povoamentos dispersos, dominados por quercíneas e mantidos pela atividade humana, que caracterizam as paisagens do sul da península ibérica e aos quais é associado um elevado (e reconhecido) valor económico, ecológico, social e cultural. É neste sistema único que se insere o projeto LIFE Montado ADAPT, uma iniciativa que reúne atores públicos e privados, de Portugal e de Espanha, com o intuito de impulsionar a adaptação das áreas de Montado/Dehesa às alterações climáticas.

Nas últimas décadas, as alterações climáticas causaram impactos nos sistemas naturais e humanos em todos os continentes e oceanos, colocando em evidência a sensibilidade e vulnerabilidade destes sistemas. No caso da península ibérica, os cenários climáticos previstos referem o aumento da temperatura média, assim como dos episódios de seca, além da diminuição da precipitação e geada, tanto em termos de quantidade como de frequência de ocorrência.

Dado o seu valor ecológico e a sua importância socioeconómica, estas previsões são especialmente preocupantes para o sistema Montado/Dehesa que atualmente já evidencia sinais de declínio, o que acentua a necessidade urgente de entender a dimensão e extensão das alterações previstas, de antecipar os seus efeitos e de procurar caminhos de adaptação que salvaguardem a sobrevivência do Montado/Dehesa e o modo de vida associado.

Como resposta a estes desafios prementes, a equipa do projeto desenvolveu o Sistema Integrado de Gestão do Montado (SIGM) – um conjunto de estratégias de adaptação assentes sobre os 3 pilares da sustentabilidade (ambiental, social e económico).

O presente documento surge como reflexo do trabalho desenvolvido pelos coordenadores da implementação técnica do projecto em conjunto com os proprietários e em concordância com as prioridades definidas pelas equipas de investigação para cada área piloto, no sentido de apresentar de forma sintética o enquadramento do desenho do SIGM relativo a cada área piloto do projeto LIFE Montado-Adapt (Ação C2).

(4)

O QUE É UM SIGM?

O SIGM é uma abordagem gradual e integrada, desenhada ao nível da herdade, para incrementar de forma equilibrada, a adaptação económica, social e ambiental do Montado/Dehesa às alterações climáticas previstas. Os princípios que regem a sua definição são:

• Diversificar produção como uma estratégia para minimizar a vulnerabilidade da herdade perante as incertezas económicas e climáticas;

• Introduzir sistemas agroflorestais pela sua capacidade de fornecer uma grande variedade de bens, aumentar o sequestro de carbono, aumentar a fertilidade do solo e reduzir a erosão, melhorar a qualidade da água e do ar e aumentar a resiliência aos danos causados por tempestades, insectos ou doenças; • Diversificar culturas, em espécies e variedades, escolhendo as mais resistentes às condições

climáticas previstas e com maior potencial económico, simultaneamente promovendo o aumento do emprego rural;

• Conservar o solo através da implementação de ações que visem regular a escorrência, infiltração e erosão superficial.

As etapas percorridas para alcançar o desenho final do SIGM de cada área-piloto, foram as seguintes: 1. Definir as características e as limitações específicas da herdade e da sua gestão.

2. Capacitar agricultores e parceiros nos tópicos relevantes para a definição e implementação dos SIGM. 3. Conhecer a exploração, através de diversos estudos que permitiram conhecer o estado atual do

Montado/Dehesa, como por exemplo, modelos climáticos, imagens aéreas, estudo da mortalidade do Montado, análises de presença de fitóftora (Phytophthora cinnamomi), biodiversidade, entre outros; 4. Definir as metas/objectivos da herdade, de forma a balizar o caminho de adaptação a seguir;

5. Definir as Medidas de Adaptação, de âmbito económico (produtos/serviços), social e ambiental, e os locais onde as implementar;

6. Definir as espécies a utilizar, tendo em atenção o seu potencial de mercado e a sua adaptabilidade aos cenários climáticos previstos;

7. Identificar as técnicas a utilizar na implementação das medidas de adaptação no campo;

8. Planificar a implementação, nomeadamente definir o modelo de plantação e dos materiais a adquirir, orçamentar, encomendar o material e os serviços, e preparar o terreno.

(5)

L6 – HERDADE DO FREIXO DO MEIO

Nome da Herdade: Herdade do Freixo-do-Meio Localização: Portugal, Évora, Montemor-o-Novo Pessoa de contacto:

Alfredo Cunhal Sendim

E-mail de contacto:

alfredosendim@herdadedofreixodomeio.pt

Área total da propriedade: 586 ha Área no projeto: 110 ha

A HERDADE DO FREIXO-DO-MEIO

A herdade localiza-se na fronteira geológica existente entre o Alto Alentejo e o Ribatejo, junto à aldeia dos Foros de Vale de Figueira. Esta aldeia é um povoado recente, com origem no século passado, habitada em 2011 por 1 070 pessoas. No entanto os vestígios humanos localizados na herdade remontam ao período do neolítico.

Desde então, de diferentes formas em diferentes épocas as diferentes culturas que por aqui passaram, moldaram a floresta mediterrânea transformando-a na Idade Media no Montado, sistema agro-silvo-pastoril de agrofloresta e de uso múltiplo, que permitiu chegar ao fim da primeira metade do século passado sem recorrer ao uso de qualquer fator de produção externo a estes ecossistemas.

A eficiência desta forma de cooperar com o nosso planeta foi anulada, primeiro pelas campanhas do trigo e depois pela revolução verde coincidente com a subjugação repentina do sector agrícola ao sector industrial e posteriormente á distribuição centralizada e concentrada.

Em 1990 uma nova geração assumiu a responsabilidade de gerir a herdade. A falência do modelo de agricultura industrial herdado do período de coletivização pós-revolução e fomentado posteriormente pela União Europeia, praticado nos primeiros anos na herdade do Freixo do Meio, levou á decisão de retornar à prática agroecológica do Montado elegendo a Agricultura Biológica em 2001, como forma de a abordar eficientemente.

O modelo praticado na herdade desde o início do nosso século prioriza o restabelecimento do solo e dos diferentes extratos do sistema (arbóreo, arbustivo e herbáceo) baseados em ecossistemas complexos e em ciclos de fertilidade naturais e locais.

Neste momento estrutura-se num conceito multifuncional, onde se gerem no mesmo tempo e espaço atividades silvícolas, pecuárias, frutícolas, hortícolas, de transformação e distribuição alimentar, de retalho alimentar, de serviços ambientais, de produção de energia, de investigação e de serviços turístico-didáticos..

(6)

CONTEXTO SOCIOECONÓMICO

Com cerca de 30% do seu território ocupado com sítios da Rede Natura 2000, o município tem aproximadamente 1 233 Km2, 15 942 habitantes e uma densidade populacional de 12,9 hab/Km2. Os idosos representam um terço da população residente, com tendência a aumentar.

Taxa de desemprego (8%) inferior à média nacional (13,2%), com 65% dos empregos concentrados no sector terciário. O sector primário agrega 14% dos empregos e cerca de 30% das empresas do concelho. A produção de carne é o factor que mais contribui para a economia deste município, e entre 2016 e 2017 o total de exportações do concelho cresceu mais de 5%.

A SAU média por exploração é de 121 ha, correspondendo a 93% da superfície total das explorações agrícolas do município; quase 40% das explorações têm 50 ha ou mais de superfície agrícola utilizada e 95% das explorações têm mais de 50 ha.

Produtores singulares correspondem a 82% das explorações e sociedades a 17%, sendo que estas representam cerca de 49% da SAU.

Culturas forrageiras ocupam 78% das culturas temporárias e o olival (57%) e os frutos de casca rija (31%) ocupam boa parte da superfície de culturas permanentes.

Em 77% das explorações o rendimento do agregado tem principalmente origem fora da exploração.

RECURSOS

O montado do Freixo do Meio é maioritariamente um montado misto de sobro (Quercus suber) e azinho (Q. rotundifolia) com um subcoberto de cistáceas (Cistus crispus, C. monspeliensis e C. libanotti) e fabáceas (Ulex sp. e Stauracanthus sp.) embora existam algumas manchas de montado misto com pinheiro manso (Pinus pinea) e zambujeiro (Olea europaea sylvestris). Além destas, surgem dispersos medronheiros (Arbutus unedo), adernos-de-folha-estreita (Phyllirea angustifolia), aroeira (Pistacia

lentiscus), carrascos (Quercus coccifera), carvalhos-cerquinhos (Quercus broteroi) e diversas espécies

de tojos e giestas (Ulex sp., Genista sp., Stauracanthus sp., Cytisus sp. e Retama sp.).

Nas linhas de água apresenta freixos (Fraxinus angustifolia), choupos (Poupuls alba e P. nigra), loureiros (Laurus nobilis) e várias espécies de salgueiros (Salix sp.).

Um pouco por toda a propriedade em covas e arrifes, surgem manchas mais diversas inclusivamente em lianas (Rubus, Lonicera, Smilax, Hedera e Tamus)

É limitado a sul pelo rio Almansor e o montado é atravessado por diversas pequenas linhas de água de regime escorrencial e temporário nas quais se encontram 4 barragens. No montado existem ainda 4 charcas usadas para abeberamento dos animais e dois furos.

A Norte a propriedade confina com a povoação de Foros de Vale Figueira e com a estrada nacional 114

(7)

A GESTÃO

A gestão do freixo do Meio é uma gestão agroflorestal com uma forte componente experimental, particularmente nas áreas circundantes ao monte. A maioria da propriedade segue um modelo de gestão do montado com a exploração de bolota, cortiça e lenha e um uso pastoril com um efetivo pecuário de aproximadamente 200 bovinos, 300 ovinos, 100 suínos, 300 perus e alguns equídeos e caprinos.

Nos últimos anos tem sido dada particular importância à conservação do solo, à regeneração natural e à sanidade das árvores dominantes.

A gestão agrícola tem sido feita em modo de pequena horticultura em parcelas circundantes ao monte e duas estufas e em culturas arvenses em parcelas bem definidas com um sistema de rotação. A gestão pecuária é feita em modo extensivo com os animais presentes em grandes parques no montado.

ESTADO DO MONTADO

Montado misto de sobro e azinho, com povoamentos em idade avançada, boa cobertura arbórea e em bom estado geral de conservação, apresentando baixos índices de mortalidade. O índice de biomassa é elevado, sugerindo boa capacidade de captura de dióxido de carbono. A regeneração natural está presente de forma irregular, aparentemente devido a diferentes pressões de gado. O coberto herbáceo apresenta elevada biodiversidade, contando com mais de 50 taxa, embora com áreas de baixo revestimento e mesmo de solo nu.

Existe uma diversidade significativa de solos, com predominância de Luvissolos Haplicos e Luvissolos Lepticos, todos derivados de dioritos de quartzo ou rochas similares, com profundidades moderadas e textura mediana a fina. Estes solos refletem condições bastante diversas de fertilidade, química e física, e grande variabilidade espacial potencial, associada por exemplo ao relevo, que varia de baixo a moderado.

Em termos de avifauna, apresente uma riqueza específica elevada, com grande número de espécies florestais e não florestais, o que é coerente com a densidade arbórea verificada e com o bom estado de conservação do montado.

Foram identificados trinta e cinco géneros de macrofungos, englobando 69 espécies, das quais 11 têm valor comercial como cogumelos comestíveis (Agaricus arvensis, Agaricus campestris, Amanita

(8)

aestivalis, Lepista nuda, Macrolepiota procera e Russula cyanoxantha), uma tem valor medicinal

(Ganoderma lucidum) e quatro têm interesse como inóculo micorrízico para usos gerais (Pisolithus

arhizus, Rhizopogon luteolus, Rhizopogon roseolus e Scleroderma citrinum).

O espectro biológico calculado – micorrízicos/(parasíticos+saprófitos) – tem um valor de 1,88, o que indica que a propriedade está em boas condições, com espécies micorrízicas mais abundantes que as saprófitas, o que, conjugado com a avaliação micossilvicultural mostra que a gestão florestal é bem conduzida.

A presença de Phytophtora não foi detetada em nenhuma das amostras de solo analisadas.

O tamanho da população rizobial natural apresentou valores aproximadamente compreendidos entre 103 bactérias/(g de solo) – valor médio, porém insuficiente para nodular leguminosas anuais – e 104 bactérias/(g de solo), o que pode ser considerado suficiente para nodular eficientemente leguminosas anuais como Trifolium sp .

Apresenta elevada diversidade de artrópodes, com prevalência (por ordem decrescente) de

Hymenoptera, Coleoptera e de Araneae possivelmente devido à diversidade de habitats (Montado,

azinhal/sobral, pastagens), além de a propriedade ter certificado orgânico, o que reduz ao mínimo o uso de produtos externos como fertilizantes, pesticidas, herbicidas etc., e também uma gestão que contempla a conservação do solo com técnicas e abordagens inovadoras.

O QUE SE PROTEGE

Toda a propriedade se encontra em fase de candidatura a área protegida privada com vista à preservação dos valores e habitats associados ao habitat prioritário da União Europeia “6310 Montados de Quercus spp. de folha perene”.

(9)

O CLIMA PRESENTE E O FUTURO

Clima Presente (histórico observado em 1971-2000) Clima Futuro (no ano 2070-2100 em cenário RCP 8.5)

Temp média anual (ºC) 15.0 18.7

Precipitação anual (mm) 741 608

Temperatura máxima de Agosto (média

de todos os dias de Agosto em 30 anos) 31.0 35.8 Número de Dias com elevadas

temperaturas 13 52

Número de dias de chuva (> 1mm) 94 72

Número de dias de geada 3 0

ESPÉCIES EM RISCO

Projeção de temperatura máxima e mínima média para 2100 mantém-se dentro do intervalo de conforto para o Sobreiro, Freixo, Oliveira, Pinheiro-manso, Alfarrobeira, Nogueira, Azinheira e Alecrim.

Projeção da precipitação acumulada para 2100 encontra-se dentro dos limites de conforto de todas as espécies acima referidas com exceção da Nogueira e do Sobreiro, apesar das últimas ainda se encontrarem dentro do limite de sobrevivência.

DESAFIOS DE GESTÃO FACE ÀS AC

• A falta de disponibilidade de água para a produção de vegetais e abeberamento dos animais • A redução da qualidade da água usada

• A redução da produtividade das pastagens que alimentam os animais • O aumento do stress das plantas e suscetibilidade a doenças

• Condições de surgimento de novas doenças tanto em plantas como em animais

SUSTENTABILIDADE

Visão

• Instalação de um novo modelo de montado que tenha em conta os atuais desafios decorrentes das alterações climáticas e que seja simultaneamente mais produtivo permitindo alimentar mais pessoas por unidade de área ao mesmo tempo que melhora o solo e promove a biodiversidade. • Aumento da resiliência do atual montado integrando os animais recorrendo a técnicas de maneio

holístico e favorecendo a regeneração e diversidade.

• Promoção de atividades associadas ao montado permitindo mais empregos e gerando mais-valias para a economia local e para a população em geral

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(11)

DESCRIÇÃO DO SIGM DA HERDADE DO FREIXO DO MEIO

ESTRATÉGIA DE ADAPTAÇÃO

MEDIDAS DE

ADAPTAÇÃO O QUE SE PROCURA COM

ESTA AÇÃO?

RELAÇÃO COM OS DESAFIOS DAS

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS RELAÇÃO COM OS

SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS: APOIO REGULAÇÃO FORNECIMENTO SOCIAL E CULTURAL (P) PRINCIPAL (S) SECUNDÁRIO 1. Mitigação:

· Redução das emissões GEE (Gases de Efeito de

Estufa) · Sequestro de carbono na vegetação e solo 2. Adaptação: · Redução do risco · Redução de vulnerabilidade · Aumento capacidade de adaptação 1. CONSERVAÇÃO DO MONTADO 40. Abrigos para insetos, aves, quirópteros Controlo Integrado de Pragas (34); Biodiversidade (39); Instalação de caixas-ninho e hotéis de insetos de modo a aumentar a presença de aves

insectívoras e artrópodes antagonistas de pragas.

Redução da vulnerabilidade a pragas devido ao aumento

da presença de aves e artrópodes predadores (34); Aumento da capacidade de adaptação ao promover insetos polinizadores (39) Apoio (P): Manutenção e aumento da diversidade de aves insectívoras e artrópodes; Regulação (S): Controlo de pragas; auxiliares de polinização 42. Cursos de água e charcas/albufeiras Captar e armazenar água (13); Protetores de plantas (28); Plantas aquáticas filtradoras (47);

Captar e armazenar água, recorrendo a uma bomba solar

para transportar a água para um reservatório localizado a uma cota elevada de forma a utilizar a energia gravítica para

a irrigação; Proteger (plantação de freixos) os riachos para evitar evaporação

e uso de plantas filtradoras nas charcas para evitar eutrofização e melhorar a qualidade da água Redução de emissões de GEE e aumento de sequestro de C devido ao aumento da quantidade de árvores – mais vegetação e mais ensombramento Redução da vulnerabilidade das novas árvores à

predação (28) e à dessecação (13)

Regulação (P): Regulação da escorrência, infiltração e erosão, depuração da água

das charcas; Apoio (S): Aumento da cobertura

(12)

46. Plantas promotoras de biodiversidade Vala e combro (7); Plantação intercalada (22); Plantação em associação (23); Vedações (30); Biodiversidade (39) Plantação de árvores e arbustos autóctones em zonas

especiais protegidas ao longo de leitos não permanentes de cursos de água; Aumento da

quantidade de espécies melíferas Aumento do sequestro de carbono atmosférico devido a instalação de mais vegetação (22, 23);

Redução das emissões de GEE devido a maior ensombramento (22, 23)

Redução da vulnerabilidade à seca e a chuvas torrenciais e redução do risco de erosão

devido a plantação no corredor ripícola e plantação

em vala e combro (7); Redução da vulnerabilidade a predação através da instalação de vedações (30); Aumento da capacidade de adaptação do sistema devido a maior diversidade

vegetal e mais polinização (mais diversidade genética,

maior pool de sementes) (39)

Apoio (P): Aumento da diversidade vegetal no Montado, manutenção de habitats e áreas de alto valor

de conservação que fomentam a biodiversidade

Regulação (S): Proteção de linhas de água

sazonais, aumento da polinização e da diversidade genética 2. INOVAÇÃO NO MONTADO 13. Fibras Naturais Micorrizas (4); Vala e combro (7); Plantação intercalada (22); Protetores de plantas (28); Regeneração Natural (45) Adensamento do Montado com sobreiros inoculados com fungos micorrízicos endémicos com interesse comercial, de

forma a potenciar a sobrevivência da nova plantação e a diversificar a idade do povoamento de sobreiro, melhorando simultaneamente o potencial produtivo de cogumelos Aumento do sequestro de carbono atmosférico devido à existência de mais vegetação (plantada

e espontânea) (28, 45) com maior crescimento

(4) e aumento do conteúdo de M.O. no solo

(4) Redução da vulnerabilidade a doenças e flutuações na temperatura, radiação e precipitação devido à presença de micorrizas (4); Redução de risco de predação da regeneração

natural devido ao uso de protetores de plantas (28); Redução da vulnerabilidade a fenómenos de precipitação

extrema e do riso de erosão (7)

Regulação (P): Aumento potencial da resiliência da plantação de Quercus suber

e da regeneração natural Fornecimento (S): Produção de cortiça e

(13)

20.Pastagens Melhoramento de pastagens (15); Leguminosas (17); Protetores de plantas (28); Plano de pastoreio (37)

Sementeira direta com leguminosas para melhorar as

pastagens; acesso do gado a sebes forrageiras num sistema

maneio holístico de pastoreio, que promova o crescimento da

regeneração natural presente; plantação de sobreiros e proteção da regeneração

natural

Aumento do sequestro de carbono e redução das emissões de GEE devido

ao aumento do coberto vegetal (15, 17), do ensombramento e do conteúdo de M.O. do solo

(15, 17, 37)

Redução de risco de predação da regeneração

natural devido ao uso de protetores de plantas (28); Redução do risco de erosão

devido ao aumento de coberto vegetal e plano adequado de pastoreio (15, 17, 37); Redução da vulnerabilidade e aumento da capacidade de adaptação devido aumento da diversidade de organismos no solo (17, 37) Apoio (P): Formação de solo, fixação simbiótica do

azoto atmosférico; Fornecimento (S): Pastagem para o gado, cortiça e, potencialmente, cogumelos 22. Direitos apícolas Aproveitamento da estratégia de adaptação 46. Plantas promotoras de biodiversidade para concessão do direito de instalação de apiários; promover a polinização e aumentar a produção de fruto

ao nível da herdade

Aumento da capacidade de adaptação das plantas ao

promover polinização cruzada e consequente enriquecimento genético Apoio (S): Aumento do sucesso da fecundação de flores e consequente aumento na produção de fruto/semente ao nível da exploração, aumento da diversidade genética Fornecimento (S): renda/ produção de mel; 32. Área de teste Vala e combro (7); Plantação intercalada (22); Vedações (30) Comparar Montado estabelecido com reabilitação

de Montado degradado em zonas secas e zonas húmidas;

testar culturas corta-fogos (Opuntia ficus) e plantas com

potencial económico e ecológico (Aloe vera,

Juniperus sp)

Aumento do sequestro de carbono atmosférico devido a instalação de

mais vegetação e redução das emissões de

GEE devido a maior ensombramento

Redução da vulnerabilidade a pragas e/ou predação

devido a plantação intercalada (22) e utilização

de vedações (30); redução da vulnerabilidade à seca e

a chuvas torrenciais e redução do risco de erosão devido a plantação em vala e combro (7); redução da vulnerabilidade ao fogo Regulação (P): Controlo escorrência, infiltração e erosão Fornecimento (S): Produção de cortiça,

figo-da-índia, Aloe vera e bagas de

(14)

3. DIVERSIFICAÇÃO PRODUTIVA DA HERDADE 1. Aromáticas Keyline (8); Plantação em associação (23); Plantação regular (24); Vedações (30); Árvores para ensombramento (48); Espaçamento entre filas (50) Diversificação produtiva da herdade através da instalação

de aromáticas em sistema agroflorestal com recurso a

plantação em keyline; promoção da presença de

insetos polinizadores e aumento potencial da produção de fruto na parcela.

Aumento do sequestro de carbono atmosférico devido a instalação de

mais vegetação; Redução das emissões de GEE devido a maior ensombramento (48) e espaçamento entre filas

preparado para mecanização da colheita e outras práticas culturais

(50)

Redução do risco e da vulnerabilidade das plantas à

radiação e à baixa precipitação (8, 48) e a pragas (promoção de artrópodes antagonistas), e aumenta-se a capacidade de adaptação às alterações climáticas ao selecionar variedades locais melhor adaptadas e ao promover os

insetos polinizadores; redução do risco de erosão

devido a plantação em

keyline (8)

Fornecimento (P): Produção de hissopo, lavanda, segurelha e tomilho

(fresco, seco e/ou para óleos essenciais) Apoio (S): Aumento do sucesso da fecundação de flores e consequente aumento na produção de fruto/semente ao nível da exploração, aumento da diversidade genética 7. Fruteiras Keyline (8); Plantação em associação (23); Plantação regular (24); Vedações (30); Podas de formação (49); Espaçamento entre filas (50) Diversificação produtiva da herdade através da instalação

de fruteiras em sistema agroflorestal com recurso a

plantação em keyline e enxertia em porta-enxertos autóctones silvestres Aumento do sequestro de carbono atmosférico devido a instalação de mais vegetação; Redução das emissões de GEE devido a maior

ensombramento e espaçamento entre filas

preparado para mecanização da colheita e outras práticas culturais

(50)

Redução do risco e da vulnerabilidade da fileira de

fruta à radiação e à baixa precipitação (8, 49), aumento da capacidade de

adaptação às alterações climáticas ao selecionar variedades locais melhor adaptadas, assim como ao

recorrer a porta enxertos autóctones silvestres (23, 31); redução do risco de erosão devido a plantação

em keyline (8)

Fornecimento (P): Produção de azeitona, alfarroba, romã, figo, ameixa

e medronho; Regulação (S): Controlo de escorrência, infiltração e erosão 9. Forragens e camas Plantação em associação (23); Plantação regular (24); Vedações naturais (25); Vedações (30); Plano de pastoreio (37); Biodiversidade (39)

Plano de pastoreio adequado para plantação e desenvolvimento de vedações

forrageiras que excluem o acesso do gado das zonas a

proteger, promovendo simultaneamente a biodiversidade e servindo mais

tarde de complemento à alimentação animal Aumento do sequestro de carbono atmosférico devido a instalação de mais vegetação (25) e aumento da M.O. do solo

(37); Redução das emissões de GEE devido

a maior ensombramento e cobertura de solo (25)

Redução do risco de erosão por escorrência e pisoteio

(25, 30, 37) e redução da vulnerabilidade do gado em anos com menos pasto (25)

Apoio (P): Promoção de habitats que fomentam a biodiversidade e aumentam a resiliência do ecossistema Regulação (S): Controlo de escorrência, infiltração e

(15)

15. Frutos Secos Keyline (8); Plantação em associação (23); Plantação regular (24); Vedações (30); Enxertia (31); Árvores para ensombramento (48); Espaçamento entre filas (50) Diversificação e otimização produtiva da herdade através

da instalação de árvores de frutos-secos em sistema agroflorestal com recurso a plantação em keyline, enxertia

em porta-enxertos autóctones silvestres e espaçamento entre filas preparado para mecanização da colheita e outras práticas culturais

Aumento do sequestro de carbono atmosférico devido a instalação de

mais vegetação; Redução das emissões de GEE devido a maior ensombramento (48) e a otimização do uso de maquinaria (50) Reduz-se o risco e a vulnerabilidade da fileira à radiação e à baixa precipitação (8, 48), e aumenta-se a capacidade de adaptação às alterações climáticas ao selecionar variedades locais melhor adaptadas, assim como ao

recorrer a porta enxertos autóctones silvestres (23, 31); redução do risco de erosão devido a plantação

em keyline (8) Fornecimento (P): Produção de amêndoa e pistácio; Apoio (S): Controlo de escorrência, infiltração e erosão 18. Frutos do Bosque Keyline (8); Plantação em associação (23); Plantação regular (24); Vedações (30); Árvores para ensombramento (48); Espaçamento entre filas (50) Diversificação e otimização produtiva da herdade através

da instalação de arbustos de bagas em sistema agroflorestal com recurso a

plantação em keyline e espaçamento entre filas preparado para mecanização

da colheita e outras práticas culturais

Aumento do sequestro de carbono atmosférico devido a instalação de

mais vegetação; Redução das emissões de GEE devido a maior ensombramento (48) e a otimização do uso de maquinaria (50) Reduz-se o risco e a vulnerabilidade da fileira à radiação e à baixa precipitação (8, 48), e aumenta-se a capacidade de adaptação às alterações climáticas ao selecionar variedades locais melhor adaptadas; redução do risco

de erosão devido a plantação em keyline (8)

Fornecimento (P): Produção de bagas silvestres com potencial

como produto de nicho Apoio (S): Controlo de escorrência, infiltração e

erosão; promoção da diversidade de avifauna

(16)

19. Madeira e lenha Keyline (8); Plantação em associação (23); Plantação regular (24); Vedações (30); Árvores para ensombramento (48); Espaçamento entre filas (50) Diversificação e otimização produtiva da herdade através

da instalação em sistema agroflorestal de árvores de

crescimento rápido para madeira com recurso a plantação em keyline e espaçamento entre filas preparado para mecanização

da colheita e outras práticas culturais, bem como o aproveitamento da biomassa

resultante de podas para fornecimento energético das unidades de processamento da herdade Aumento do sequestro de carbono atmosférico devido a instalação de mais vegetação; Redução das emissões de GEE devido a maior ensombramento (48) e a

otimização do uso de maquinaria (50)

Redução do risco de erosão e vulnerabilidade da parcela à radiação e à baixa precipitação (8, 48) Fornecimento (P): Produção de madeira e lenha; Apoio (S): Controlo de escorrência, infiltração e erosão 28. Caça Fotográfica

Diversificar a oferta turística da herdade e promover a observação da natureza Social e cultural (P): Recreação, lazer, observação da natureza 35. Visitas guiadas e de estudo

Diversificar a oferta turística da herdade, promover a integração na paisagem, a descoberta da biodiversidade,

a observação e estudo da natureza e facilitar a partilha de experiências relativas aos

aspetos agro-socio-económicos da herdade Social e cultural (P): Recreação, lazer, observação da natureza, aprendizagem

(17)

LISTA DE ESPÉCIES POR ESTRATÉGIA DE ADAPTAÇÃO

1. AROMÁTICAS Hissopo Hyssopus vulgaris Lavanda Lavandula angustifolia Segurelha Satureja Montana Tomilho Thymus sp 2669 2669 2669 2669 7. FRUTEIRAS Alfarrobeira Ceratonia siliqua Ameixeira Prunus insititia Figueira Ficus carica Medronheiro Arbutus unedo Zambujeiro Olea europaea Romãzeira Punica granatum 329 329 329 329 329 329 9. FORRAGENS E CAMAS Argânia Argania spinosa Lodão-bastardo Celtis australis Luzerna-arbórea Medicago arborea Alfarrobeira Ceratonia siliqua Tagasaste Cytisus proliferus Robinia Robinia spp 110 110 367 110 367 110 13. FIBRAS NATURAIS Sobreiro Quercus suber 40 15. FRUTOS SECOS Amendoeira Prunus dulcis Aroeira Pistacia lentiscus 534 534 18. FRUTOS DO BOSQUE Mirtilo Vaccinium corymbosum Medronheiro Arbutus unedo Groselheira Ribes rubrum Groselheira-negra Ribes nigrum Framboeseira Rubus idaeus 1868 534 1868 1868 1868 19. MADEIRA E LENHA Eucalipto Eucalyptus globulus 534

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20. PASTAGENS Sobreiro

Quercus suber

96

32A. ÁREA DE TESTE Catapereiro Pyrus bourgeana Carrasqueiro Quercus coccifera Figueira-da-índia Opuntia ficus-indica 57 28 283 32B. ÁREA DE TESTE Carvalho-cerquinho

Quercus faginea broteroi

Freixo Fraxinus angustifolia Amoreira-branca Morus alba 33 222 222 32C. ÁREA DE TESTE Aloé vera Aloe vera Piorro Juniperus navicularis Sabina-turfeira Juniperus turiphera Zimbro-das-areias Juniperus phoenicea ---- Juniperus turbinata 267 45 45 44 44

42. CURSOS DE ÁGUA E CHARCAS/ALBUFEIRAS

Plantas aquáticas diversas Freixo

Fraxinus angustifolia

360 534

46. PLANTAS PROMOTORAS DE BIODIVERSIDADE Lentisco-bastardo Phillyrea angustifolia Pilriteiro Crataegus monogyna Medronheiro Arbutus unedo Aderno-bastardo Rhamnus alaternus 91 182 182 182

Referências

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