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Curso Livre MULHERES RUMO AO PODER

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Academic year: 2021

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Curso Livre

“MULHERES

RUMO AO

PODER”

PRIMEIRA OFERTA

Formação Política para

Candidatas

Coordenação Geral: Profa.

Marlise Matos (UFMG)

ATENÇÃO !

Só é permitido o download deste material para seu uso particular. A sua divulgação só é possível desde que sejam atribuídos os créditos à autoria, mas sem que possa alterá-lo

de nenhuma forma e nunca utilizá-los para fins comerciais.

(2)

SÃO ELAS:

Esse curso é fruto da

parceria de diversas

organizações.

(3)

MULHERES NEGRAS, INDÍGENAS E QUILOMBOLAS:

PARTICIPAÇÃO E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL

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Flavia Rios é bacharel e licenciada em Ciências Sociais, mestre e doutora em Sociologia pela Universidade de São Paulo. Foi bolsista da Fundação de Amparo à pesquisa do Estado de São Paulo e Visiting Student Researcher Collaborator em Princeton University.

É associada à Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), à Latin American Association (LASA) e à Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS), onde atua na área das relações raciais. Tem pesquisado e publicado livros e artigos sobre Movimentos Sociais, protestos políticos, desigualdades políticas e feminismos e intelectualidade negra.

É coordenadora do Núcleo Guerreiro Ramos, o Negra, e integra o Afro/Cebrap na qualidade de pesquisadora. Foi professora da Universidade Federal de Goiás e atualmente é quadro docente do Departamento de Sociologia e Metodologia da Universidade Federal Fluminense e Integra seu programa de pós-graduação. É coautora dos livros Lélia Gonzalez, publicado em 2010, e Negros nas Cidades Brasileiras (Intermeios/FAPESP,2018).

Mini Bio

FLAVIA RIOS

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EMENTA

Problematizar os desafios relacionados ao desenho da

democracia no Brasil, a partir dos grupos indígenas e

negros. Discutir com as candidatas quais seriam os

principais impactos e consequências dessa exclusão

política, bem como apresentar as justificativas para a

importância dessa presença nos espaços de poder,

especialmente no espaço parlamentar. Sugerir estratégias

e alternativas de ação para enfrentar essa condição de

exclusão.

MULHERES NEGRAS , INDÍGENAS E QUILOMBOLAS: PARTICIPAÇÃO E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL

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SUMÁRIO da AULA

1. Quem são e quantas são as Mulheres Negras no Brasil? 2. Quem são e quantas são as Mulheres Quilombolas no

Brasil?

3. Quem são e quantas são as Mulheres Indígenas no Brasil? 4. Participação das mulheres Quilombolas

5. Participação das mulheres Indígenas 6. Participação das mulheres Negras 7. REPRESENTAÇÃO POLITICA (I) 8. REPRESENTAÇÃO POLITICA (II)

MULHERES NEGRAS , INDÍGENAS E QUILOMBOLAS: PARTICIPAÇÃO E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL

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MULHERES NEGRAS , INDÍGENAS E QUILOMBOLAS: PARTICIPAÇÃO E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL

Quem são e quantas são as Mulheres Negras no

Brasil?

Mulheres negras são a parcela da população brasileira que representa

o somatório das mulheres

AUTODECLARADAS

PRETAS e PARDAS no

Censo Demográfico do IBGE.

Segundo o censo do IBGE de 2010, a maioria da população brasileira é

composta de pessoas pretas e pardas, ou seja, negras.

As mulheres negras correspondem a ¼ da população brasileira,

segundo o censo brasileiro de 2010.

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Quem são e quantas são as Mulheres Quilombolas

no Brasil?

Mulheres quilombolas são a parcela da população brasileira que pertence às comunidades de quilombos, ou seja, aqueles grupos que estão arrolados no Ato das disposições constitucionais transitórias ( ADCT 68), que determinou: “Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva”.

O censo do IBGE de 2020, que foi adiado por conta da Pandemia da covid 19, já estava preparado para contar, pela primeira vez na História do Brasil, o número de pessoas quilombolas no território nacional.

Segundo organização Nacional Quilombola (CONAQ), no Brasil há cerca de 3.500 comunidades no Brasil hoje.

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Quem são e quantas são as Mulheres Indígenas no Brasil?

Mulheres indígenas são aquelas que se autodeclaram indígena, segundo as categorias do IBGE, sendo estas aldeadas e não aldeadas que vivem em

áreas

urbanas

e

rurais brasileiras.

O censo demográfico de 2010 contou 305 etnias diferentes no Brasil e 274 línguas indígenas no território nacional.

Segundo censo de 2010, as mulheres indígenas estão mais concentradas nas zonas urbanas, enquanto os homens mais concentrados nas áreas rurais.

(10)

Participação das mulheres quilombolas

Desde 1995, as comunidades negras, com forte presença das mulheres, passam a lutar pela visibilidade nacional desses sujeitos de direitos. É neste contexto que a questão quilombola ganha peso no cenário nacional, com a criação da Coordenação Nacional deArticulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ). O reconhecimento legal de direitos específicos, no que diz respeito ao título de reconhecimento de domínio para as comunidades quilombolas, ensejou uma nova demanda, gerando proposições legislativas em âmbito federal e estadual, promovendo a edição de portarias e normas de procedimentos administrativos consoante à formulação de uma política para a garantia dos direitos das comunidades quilombolas.

CONAQ faz a seguinte definição

sobre as mulheres:

“Somos conhecedoras que nós, mulheres quilombolas, acumulamos ao longo da vida a função de ser mãe ou não, ser responsável pelo lar, cuidar da roça, dos animais, seja quebrando coco, torrando farinha ou fazendo carvão, na labuta diária dos afazeres, no cuidar da família, trabalhando no comércio, na saúde, na educação, estudando. Enfim, acumulando funções na tarefa diária que é ser mulher”

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MULHERES NEGRAS , INDÍGENAS E QUILOMBOLAS: PARTICIPAÇÃO E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL

Participação das mulheres indígenas

Especialmente a partir de 2000, intensificam-se as organizações autônomas de mulheres indígenas em âmbito local, estadual, regional. Além dos cursos e capacitações de lideranças e quadros de mulheres indígenas, a exemplo das oficinas voltadas para a juventude, para a formação de professoras e estudantes e participação política e administrativa.

Encontros de mulheres indígenas locais,

regionais e nacionais;

Participação em coletivos, atuação em

redes

sociais,

em

conselhos,

departamentos, manifestações, coletivos

e associações e nas comunidade e aldeias

são as formas mais flagrantes das lutas

dessas mulheres de diferentes etnias no

país

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MULHERES NEGRAS , INDÍGENAS E QUILOMBOLAS: PARTICIPAÇÃO E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL

Participação das mulheres negras

Atuação

em

associações

de

empregadas domésticas;

Associação

de

favelas,

de

periferias e comunidades rurais e

urbanas;

Participação

em

comunidades

religiosas de base cristãs e

afro-brasileiras.

Organizações de Mulheres Negras; ONGs, Movimentos Sociais e Protestos;

Redes nacionais e internacionais de ativismo

Coletivos feministas universitários e

periféricos;

Coletivos artísticos e culturais;

Atuação em Blogs, redes sociais e outras áreas da Internet;

Movimento das crespas e cacheadas e movimentos interseccionais.

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MULHERES NEGRAS , INDÍGENAS E QUILOMBOLAS: PARTICIPAÇÃO E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL

REPRESENTAÇÃO POLITICA (I)

Nas últimas eleições municipais (em 2016), foram eleitas 641

(11,57%) mulheres prefeitas no Brasil inteiro, contra 4.898

(88,43%) prefeitos homens, segundo dados do Tribunal Superior

Eleitoral. Em todo o país foram eleitas 2.880 vereadoras negras,

o equivalente a 4% do total de 57.843 vereadoras e vereadores

eleitos no país.

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MULHERES NEGRAS , INDÍGENAS E QUILOMBOLAS: PARTICIPAÇÃO E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL

REPRESENTAÇÃO POLITICA (II)

SEGUNDO dados do TSE: entre as prefeitas eleitas, 454 são brancas, 168

pardas, 23 da raça amarela, 10 pretas e uma indígena. Entre as

vereadoras eleitas, 4.873 são brancas, 2.542 pardas, 329 pretas; 38 da

categoria amarela (de ascendência asiática); e 28 indígenas.

Em 2018, foi eleita a primeira mulher INDÍGENA DEPUTADA FEDERAL DO

BRASIL,

JOÊNIA WAPIXANA.

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MULHERES NEGRAS , INDÍGENAS E QUILOMBOLAS: PARTICIPAÇÃO E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DUTRA, Juliana, Mayorga, Claudia Mulheres Indígenas em Movimentos: Possíveis Articulações entre Gênero e Política. Psicol. cienc. prof. vol.39 no.spe Brasília 2019 Epub Aug 15, 2019. CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial. 2012.

HOOKS, bell. Intelectuais Negras. Revista de Estudos Feministas, vol. 3, nº2, Florianópolis, UFSC, 1995, pp.464-478.

RIOS, Flavia. Gênero e Raça no Brasil (1978-2018): Movimentos Sociais, Sociedade Civil e Estado. In: Marisa Ferferman;Suzana kalckmann; Deivson Faustino; Dennis de Oliveira; Maria da Gloria Calado; Luis Eduardo Batista; Raiani Cheregatto. (Org.). As interfaces do genocídio no Brasil: raça, gênero e classe. 1ed.São Paulo: Instituto de Saúde & Governo do Estado de São Paulo, 2018, v. 1, p. 18-494. RIOS, Flavia. A cidadania imaginada pelas mulheres afro-brasileiras: da ditadura militar à democracia. In: Eva Blay; Lucia Avelar. (Org.). 50 anos de feminismo: Argentina, Brasil e Chile. 1a.ed.São Paulo, São Paulo, Brasil: Edusp, 2017, v. 1, p. 227-253.

RIOS, Flavia; SOTERO, E. . Gênero em perspectiva interseccional. PLURAL (SÃO PAULO. ONLINE), v. 26, p. 1-10, 2019.

RIOS, Flavia; MACIEL, R. . Feminismo negro em três tempos. Labrys, études féministes/ estudos feministas, v. 1, p. 120-140-140, 2018. RIOS, Flavia; PEREIRA, A. C. ; RANGEL, P. D. . Paradoxo da Igualdade: gênero, raça e democracia. Ciência e Cultura, v. 69, p. 39-44, 2017. LIMA, Márcia; Rios, Flavia e França, Danilo (2013). “Articulando Gênero e Raça”. Dossiê Mulheres Negras. IPEA: Brasília. SAFFIOTI, Heleieth. A mulher na sociedade de classes: mito e realidade. Petrópolis, Vozes, 1976.

PINTO, Elisabete Aparecida. Etnicidade, gênero e trajetória de vida de Dona Laudelina de Campos Melo (1904-1991). Dissertação (Mestrado em Educação), Universidade de Campinas, Brasil. 1993 PHILLIPS, ANNE. The Politics of Presence. Oxford, 1995.

SIEGEL, Micol(2007) “Mães Pretas, filhos cidadãos”. In: CUNHA, Olívia M.G; GOMES, Flavio (Org.) Quase-cidadão. Rio de Janeiro, FGV Editora. P. 315-376.

SACCHI, Ângela. Mulheres indígenas e participação política: a discussão de gênero nas organizações de mulheres indígenas. Revista ANTHROPOLÓGICAS, ano 7, volume 14 (1 e 2): 95-110 (2003)

(16)

Obrigada!

Flávia Rios

Referências

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