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Licenciamento para Instalação PCIP

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Dezembro de 2015

Relatório preparado por T T 141202 Estudo No 2838 A

Exemplar No 1

Ecometais – Sociedade de Tratamento e Reciclagem, SA

Licenciamento para Instalação PCIP

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Licenciamento para Instalação PCIP

T 141202 ECOMETAIS

Sociedade de Tratamento e Reciclagem, SA

Licenciamento para Instalação PCIP

Resumo Não Técnico

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Licenciamento para Instalação PCIP RNT

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ECOMETAIS

Licenciamento para Instalação PCIP RESUMO NÃO TÉCNICO 1. INTRODUÇÃO

O presente documento constitui o Resumo Não Técnico do processo de Licenciamento Ambiental da instalação da Ecometais - Sociedade de Tratamento e Reciclagem, SA, que se dedica à despoluição e desmantelamento de veículos em fim de vida (VFV) e fragmentação de metais.

A instalação da Ecometais localiza-se na União de Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, concelho do Seixal, tal como se apresenta na Figura 1.

O presente Resumo Não Técnico destina-se a integrar o pedido de Licença Ambiental da instalação (Licenciamento para Instalação PCIP), nos termos do Decreto-Lei nº 127/2013, de 30 de Agosto, para as seguintes actividades PCIP:

- 5.3 b) iv): Tratamento de resíduos metálicos ou fragmentados, incluindo veículos em fim de vida útil e seus componentes com uma capacidade superior a 75 toneladas por dia; - 5.5: Armazenamento temporário de resíduos perigosos com uma capacidade total superior a 50 toneladas, com exclusão do armazenamento temporário, antes da recolha, no local onde os resíduos foram produzidos.

2. ENQUADRAMENTO DO LICENCIAMENTO DA ECOMETAIS

A Ecometais - Sociedade de Tratamento e Reciclagem, SA, com o NIF 505 177 501, pretende obter a Licença Ambiental para a sua instalação dedicada à despoluição e desmantelamento de veículos em fim de vida (VFV) e fragmentação de metais.

De acordo com a Classificação de Actividades Económicas (CAE), a actividade da Ecometais enquadra-se nos seguintes códigos:

• Actividade principal: ... CAE 38321 - Valorização de resíduos

metálicos;

• Actividade secundária: .... CAE 38311 - Desmantelamento de veículos

automóveis, em fim de vida.

A Ecometais dispõe de Alvará de Licença para a Realização de Operações de Gestão de Resíduos (Alvará n.º 077/2014), emitido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, com a data de 10 de Setembro de 2014 e com validade até 09 de Outubro de 2019.

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No alvará de licença da Ecometais estão abrangidas as seguintes operações de gestão de resíduos:

Recepção, descontaminação, desmantelamento de Veículos em Fim de Vida (incluindo veículos pesados);

Recepção, triagem, tratamento mecânico (fragmentação, trituração e separação) e armazenagem de resíduos perigosos e não perigosos.

Os códigos autorizados das operações de gestão de resíduos são os seguintes:

• R12 - Troca de resíduos com vista a submetê-los a uma das operações enumeradas de R1 a R11*;

• R13 – Armazenamento de resíduos destinados a uma das operações enumeradas de R1 a R12 (com exclusão de armazenamento temporário, antes da recolha, no local onde os resíduos foram produzidos);

• D15 – Armazenamento antes de uma das operações enumeradas de D1 a D15 (com exclusão de armazenamento temporário, antes da recolha, no local onde os resíduos foram produzidos);

*

Pode incluir operações preliminares anteriores à valorização, incluindo o pré-processamento, tais como o desmantelamento, a triagem, a compactação, a peletização, a secagem, a fragmentação, o acondicionamento, a reembalagem, a separação e a mistura antes de qualquer das operações enumeradas de R1 a R11.

A Ecometais dispõe ainda de Alvará para a Realização de Operações de Gestão de Resíduos n.º 00072/2012, emitido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo com a data de 17 de Julho de 2012 e com validade até 17 de Julho de 2017 (ver documento AN1.1) relativamente a Unidade Móvel de Despoluição, Desmantelamento, Prensagem e Enfardamento de Veículos em Fim de Vida (VFV).

As operações de gestão em causa consistem no transporte da unidade móvel até ao local previamente determinado, onde se procede à despoluição, desmantelamento, prensagem e enfardamento dos VFV, designadamente:

R4 - Reciclagem/recuperação de metais e compostos metálicos; R5 - Reciclagem/recuperação de outros materiais inorgânicos.

A capacidade de tratamento da unidade móvel é de 16 VFV/dia, correspondendo a 3 300 t/ano.

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3. A INSTALAÇÃO E RESPECTIVAS ACTIVIDADES

3.1 Regime de Funcionamento, Número de Trabalhadores e Capacidades Produtivas

da Instalação

O regime actual de laboração é de 1 turno diário (8 horas por dia), 4 dias por semana e 200 dias por ano, com paragem geral no período de um mês para férias e manutenção, podendo verificar-se alterações a esse regime de funcionamento. Um dia por semana a instalação é parada para manutenção.

O número de trabalhadores, com base no regime de laboração de 1 turno diário é de 11, ou seja 9 fabris, 1 administrativo e 1 responsável técnico pela instalação.

A capacidade instantânea da Ecometais para as operações de processamento de resíduos (R12) é de 75 toneladas/hora, correspondendo a 1 800 t/dia e 657 000 t/ano, de acordo com o que está definido na alínea g) do Artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 127/2013.

Em relação às operações de armazenagem de resíduos (R13 e D15), a capacidade instantânea é de 6 500 toneladas.

Por sua vez, a capacidade anual prevista de gestão de resíduos é de 180 000 toneladas.

3.2 Consumo de Energia Eléctrica, Combustíveis e Matérias-Primas

A instalação tem uma potência eléctrica instalada de 4 237 kVA, tendo-se verificado um consumo anual de 1 490 920 kWh no ano de 2014.

As máquinas da instalação são constituídas por três gruas, pá carregadora, empilhador e carro varredor, que utilizam gasóleo como combustível, tendo-se verificado um consumo anual de 36,2 t no ano de 2014. Para o efeito, existe na instalação um reservatório de gasóleo com a capacidade de 6 500 litros, dotado de bacia de contenção. Para além dos resíduos admitidos na instalação, apenas são utilizados óleos hidráulicos e óleos e massas de lubrificação nas máquinas.

3.3 Áreas Ocupadas e Impermeabilizadas e Vedação

A instalação da Ecometais dispõe de uma vedação a envolver a totalidade do perímetro da instalação, que tem uma área total de 2 ha, com a seguinte ocupação:

− Área coberta: ...1 982 m2;

− Área impermeabilizada (não coberta): ...17 766 m2;

− Área não impermeabilizada nem coberta:... 252 m2.

As áreas funcionais estão integralmente impermeabilizadas, incluindo as áreas cobertas, as áreas de armazenagem e manuseamento dos resíduos ao ar livre e os próprios arruamentos.

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Com a inclusão de uma área concessionada de 4 590 m², não impermeabilizada nem coberta, a Ecometais dispõe actualmente de uma área total de 24 590 m².

Em Anexo ao presente documento incluiu-se uma planta geral da instalação da Ecometais.

3.4 Edifícios e Outras Áreas Cobertas

A instalação da Ecometais dispõe dos seguintes edifícios e outras áreas cobertas: − Edifício Administrativo (escritórios);

− Garagem/Oficina;

− Unidade (Baias) de Despoluição de VFV; − Edifício e telheiro da linha de fragmentação; − Posto de Transformação;

− Baias para armazenagem de resíduos “leves” e outros da linha de fragmentação.

Edifício Administrativo

O Edifício Administrativo, com um único piso de 5,05 m de altura e uma área total de 280,6 m2, é constituído por átrio de entrada, escritório/controlo da báscula, gabinete do responsável, gabinete da administração, sala de reuniões, economato, instalações sanitárias, quarto do responsável, vestiário/instalações sanitárias de senhoras, vestiário/instalações sanitárias de homens e sala do pessoal/copa de apoio.

O escritório/controlo da báscula destina-se ao cumprimento do formalismo de entrega dos VFV (recepção e controlo da documentação, registo dos dados dos VFV e emissão dos correspondentes certificados de destruição), existindo um sistema informático para registo dos dados dos VFV recepcionados.

Garagem/Oficina

O edifício da Garagem/Oficina, com uma altura máxima de 9,95 m e uma área total de 740 m2, destina-se à recolha e manutenção de duas gruas móveis e uma pá carregadora, bem como à armazenagem temporária de resíduos numa zona vedada, designadamente metais não ferrosos e baterias.

Unidade (Baias) de despoluição de VFV

A unidade de despoluição de VFV com uma área total de 181,05 m2, com cobertura e altura máxima de 6,31 m, dispõe de dois postos de despoluição, com espaço reservado para um terceiro posto. Os dois postos de despoluição têm sistemas de elevação dos VFV, que permitem realizar a remoção pneumática, em condições de segurança, dos diferentes fluidos. Existe também uma máquina para separação das jantes dos pneus. Para além disso, existe uma área anexa coberta para os reservatórios de armazenagem dos fluidos removidos dos VFV, dotada de bacia de contenção, enquanto que o vidro e o plástico são armazenados separadamente em contentores metálicos. Os pneus removidos dos VFV são armazenados numa área anexa, não coberta.

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Edifício e Telheiro da Linha de Fragmentação

O edifício de apoio à linha de fragmentação dispõe de dois pisos, em que no piso térreo se encontra a sala técnica de equipamento eléctrico e o 1º andar é ocupado pelo operador da linha de fragmentação. O telheiro destina-se a proteger a saída dos resíduos leves da fragmentação.

De forma a minimizar o ruído da instalação para o exterior, a linha de fragmentação dispõe de um sistema de insonorização por encapsulamento.

Posto de Transformação

O edifício do posto de transformação/grupo gerador tem uma altura máxima de 2,86 m e área total de 25,40 m2, onde está instalado um transformador.

Baias para armazenagem dos resíduos leves e outros resíduos

As fracções de resíduos “leves” e outros resíduos da linha de fragmentação, designadamente plásticos, borrachas e outros, bem como resíduos ainda com alguns metais incorporados, são armazenados separadamente em duas baias, construídas em betão e dotadas de cobertura, com uma altura de 6,46 m e sistema de extinção de incêndio.

3.5 Áreas Não Cobertas de Armazenagem de Resíduos

Para além das áreas não cobertas de armazenagem de pneus, vidro e plástico, removidos dos VFV, foram consideradas as seguintes áreas de parqueamento/armazenagem de VFV e de armazenagem de resíduos ferrosos:

− Armazenagem de VFV de quarentena (capacidade para 50 VFV e área de 820 m2);

− Armazenagem de VFV para despoluir (capacidade para 30 VFV e área de 490 m2);

− Armazenagem de VFV despoluídos pelo que a sua armazenagem poderá ser efectuada em pilha (área de 500 m2);

− Armazenagem de VFV em fardos (duas áreas de 365 e 485 m2);

− Armazenagem de sucata para fragmentar (área de 1 185 m2);

− Armazenagem de sucata ferrosa fragmentada (área de 860 m2 com capacidade para

2 500 t).

3.6 Descrição dos Processos de Tratamento/Valorização

Na Figura 2 apresenta-se um diagrama dos processos de tratamento/valorização dos resíduos na Ecometais, que inclui o balanço de massa de entrada e saída de resíduos na instalação, em toneladas, referente ao ano de 2013.

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Resíduos Devolução Triagem/ Armazenamento Sucata despoluídos e VFV desmantelados VFV não despoluídos Despoluição e Desmantelamento Outros Componentes (Catalisadores) Pneus Vidro Plástico Recepção de Material Fluidos Filtros de Óleo

Licenciamento para Instalação PCIP Resumo Não Técnico

Figura 2 – Diagrama dos Processos de Tratamento e Balanço de Massa (toneladas em 2013)

Ecometais

Baterias

Acondicionamento/ Expedição (Valorização/Reciclagem)

Outras entradas de resíduos

. Acumuladores de Chumbo ... 1,2 t . Pneus ... 10,1 t . Plástico ... 1,3 t . Vidro... 1,1 t Fragmentação Separação Magnética Triagem Ferro Fragmentado Acondicionamento/ Expedição (Reciclagem) Acondicionamento/

Expedição (Reciclagem) Expedição (Reciclagem)Acondicionamento/

Acondicionamento/ Expedição (Reciclagem) Despoeiramento Separação Magnética Resíduos leves de fragmentação Concentrado de Não Ferrosos + Resíduos Pesados de Fragmentação Separação Magnética Separação Granulométrica Separação por Correntes de Foucault Resíduos pesados de fragmentação Triagem/Separação Manual Concentrado de Metais Não Ferrosos Alumínio, Aço Inox,

Chumbo e Cobre 7,5 t 0,2 t 8,1 t* 0,1 t 88 t 28,1 t 9,2 t 28 187 t 28 821 t 1 196 t 43 180 t 12 712 t 789 t Nota

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Procedimento de controlo e aceitação de resíduos

Os VFV são um resíduo especial, já que se encontram registados na Conservatória do Registo Automóvel em nome de um proprietário e possuem uma matrícula válida no Instituto de Mobilidade e dos Transportes (IMT). Aquando da recepção do VFV na instalação, são verificados os respectivos documentos para emissão do respectivo Certificado de Destruição.

Antes de darem entrada na instalação, os VFV são submetidos a uma inspecção visual do seu interior, pesados na báscula e medido o nível de radioactividade com um equipamento específico aí instalado para o efeito.

Todos os resíduos a admitir na Ecometais são sujeitos a verificação da eventual presença de radioactividade, existindo um procedimento para contactar a entidade competente, no caso de detecção de contaminação. À entrada da instalação é efectuada uma verificação das guias de acompanhamento dos resíduos e uma inspecção visual da carga transportada. No caso de não existir conformidade da carga com a guia de acompanhamento dos resíduos, a carga é recusada.

Despoluição e Desmantelamento dos VFV

A despoluição dos VFV é a primeira operação a efectuar a esses resíduos na instalação e consiste na remoção dos fluidos e dos outros componentes perigosos.

Esta operação é realizada num dos postos da unidade de despoluição e inclui as seguintes acções:

− Remoção da bateria, filtro de óleo e do depósito de GPL, se existente;

− Neutralização dos componentes pirotécnicos (airbags e pré-tensores dos cintos de segurança);

− Remoção dos fluidos (combustível, óleo lubrificante do motor e da caixa de velocidades, óleo dos sistemas hidráulicos, líquido de arrefecimento, fluido dos travões e fluido do sistema de ar condicionado);

− Remoção dos componentes identificados como contendo mercúrio e de outros rotulados perigosos.

Por sua vez, a operação de desmantelamento dos VFV inclui as seguintes acções: − Remoção do catalisador;

− Remoção dos pneus; − Remoção dos vidros;

− Remoção dos grandes componentes em plástico;

− Remoção dos componentes susceptíveis de reutilização como peças em segunda mão, quando técnica e economicamente viável.

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Os operadores da instalação que efectuam as operações de despoluição/desmantelamento utilizam obrigatoriamente equipamento adequado de segurança, designadamente capacete, calçado com sola antiderrapante e biqueira de aço, luvas, óculos ou viseira e auriculares, neste último caso nas operações de neutralização dos componentes pirotécnicos.

Linha de fragmentação de resíduos metálicos

A linha de fragmentação, com a capacidade de 75 t/hora, destina-se não só a fragmentar a sucata metálica, mas também conseguir a separação dos materiais ferrosos, dos materiais não ferrosos e dos materiais “leves” não metálicos.

Assim, a sucata metálica, constituída por VFV despoluídos/desmantelados na Ecometais, bem como sucata recebida do exterior (sucata em fardos ou a granel), armazenada numa área circular, é recolhida por uma grua fixa de grifos, com a ajuda de duas gruas móveis (uma de grifos e outra de prato magnético), bem como de uma pá carregadora, e conduzida ao transportador de alimentação da linha de fragmentação. O transportador introduz a sucata num fragmentador, que está equipado com um tambor cilíndrico de martelos, capaz de fragmentar, quer a chapa de aço da carcaça, quer o motor, caixa de velocidades e todos os restantes órgãos mecânicos constituintes dos VFV.

Os fragmentos resultantes passam num crivo mecânico e num tambor magnético que separa os fragmentos ferrosos e gera uma mistura residual rica em fragmentos de metais não ferrosos.

Os fragmentos ferrosos passam numa cabine de separação manual, antes de serem conduzidos ao transportador de saída, do tipo giratório, que os descarrega na respectiva área de armazenagem no pavimento, em semi-círculo.

O transportador lateral de fragmentos não ferrosos dispõe ainda de um separador magnético para remoção dos ferrosos remanescentes. Os fragmentos não ferrosos são depois alimentados a um crivo rotativo para separação granulométrica em três fracções, que são conduzidas ao sistema de separação de metais não ferrosos por correntes de Foucault, onde se obtém alumínio, aço inox, cobre e chumbo, em que os dois últimos metais são separados manualmente.

A fracção de granulometria mais fina (terras) não é passível de valorização.

Por outro lado, através de um sistema de aspiração e despoeiramento, consegue-se promover a remoção da fracção leve, constituída por plásticos, espumas, feltros, borrachas e poeiras.

O sistema de despoeiramento é constituído por dois ciclones e dois filtros húmidos de venturi, cujo ar depurado é extraído por um exaustor e descarregado numa chaminé com 18,2 m de altura.

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4. ASPECTOS AMBIENTAIS DA INSTALAÇÃO

4.1 Abastecimento e Consumo de Água

A água para consumo humano, utilizada no Edifício Administrativo, é proveniente da rede pública.

Por sua vez, a água para uso industrial, que é apenas utilizada no sistema de despoeiramento húmido da linha de fragmentação, em operações esporádicas de lavagem de pavimentos e no sistema de água de incêndio, é fornecida por um furo de captação existente na Ecometais.

O consumo anual de água da rede pública, no ano de 2014, foi de 195 m3.

4.2 Produção, Tratamento e Destino Final das Águas Residuais e Pluviais

Existem redes separativas para a recolha das águas residuais domésticas, águas residuais industriais e águas pluviais.

As águas residuais domésticas, sem tratamento, estão ligadas ao colector municipal através da rede da Baía do Tejo, enquanto que as águas residuais industriais (águas pluviais com potencial de contaminação e águas residuais de operações esporádicas de lavagens) são submetidas a um tratamento de separação de sólidos em suspensão e de hidrocarbonetos, bem como monitorização, antes da sua descarga no rio Coina, através de uma bacia de regularização/emergência. As águas pluviais de coberturas de edifícios, ou seja, sem potencial de contaminação, estão ligadas às águas residuais industriais, a montante da bacia de regularização/emergência.

O sistema de tratamento das águas residuais industriais dá cumprimento aos valores limite de emissão, definidos na respectiva Licença de Descarga, bem como aos valores de emissão associados às Melhores Técnicas Disponíveis.

4.3 Emissões Gasosas

A linha de fragmentação de sucata dispõe de um sistema de despoeiramento com depuração do ar extraído através de dois ciclones e de dois filtros húmidos de venturi. O ar extraído é descarregado na atmosfera através de uma chaminé com 18,2 m de altura.

A altura da chaminé e as respectivas emissões gasosas cumprem a legislação aplicável, bem como os valores de emissão associados às Melhores Técnicas Disponíveis.

4.4 Gestão de Resíduos

Os resíduos admitidos, bem como os resíduos gerados na instalação, são armazenados em condições ambientalmente adequadas, em áreas devidamente impermeabilizadas e em bacias de contenção, no caso dos resíduos líquidos perigosos.

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Em relação aos resíduos armazenados temporariamente ou gerados na instalação, a que é dada a prioridade de valorização no exterior, a sua recolha e destino final são assegurados por entidades devidamente licenciadas/autorizadas para o efeito.

4.5 Ruído

O funcionamento da Ecometais não introduz incomodidade para os receptores sensíveis localizados na sua envolvente.

5. EMISSÕES PARA O MEIO RECEPTOR

5.1 Introdução

Na Ecometais estão implementadas as Melhores Técnicas Disponíveis (MTD), aplicáveis às operações de gestão de resíduos, de forma a minimizar as emissões para os respectivos meios receptores.

5.2 Descarga de Águas Residuais

Com a existência de uma estação de tratamento de águas residuais industriais (ETARI), é minimizada a carga poluente do efluente tratado, o qual é descarregado no rio Coina, através de uma bacia de regularização/emergência.

Por outro lado, as águas residuais do tipo doméstico estão ligadas ao colector municipal através da rede da Baía do Tejo, para tratamento na ETAR da Simarsul (ETAR do Seixal).

5.3 Emissões Gasosas

De acordo com as medições efectuadas na estação de Paio Pires, a qualidade do ar é boa na envolvente alargada da Ecometais, sendo muito reduzidas as emissões gasosas provenientes da chaminé da instalação.

5.4 Emissões para o Solo

Não são efectuadas quaisquer descargas de águas residuais, águas pluviais, resíduos ou outros poluentes no solo.

Por outro lado, a monitorização das águas subterrâneas, efectuada no furo de captação de água da Ecometais, mostra que não existem situações de contaminação.

6. EFEITOS DAS EMISSÕES E MEDIDAS DE MONITORIZAÇÃO

6.1 Águas Residuais

As águas residuais industriais devidamente tratadas são descarregadas no rio Coina, pelo que não ocorre um efeito significativo na qualidade da água dessa linha de água. A qualidade do efluente tratado da Ecometais é devidamente monitorizada a montante da sua ligação à bacia de regularização/emergência.

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Dado o baixo volume e carga poluente das águas residuais do tipo doméstico que são geradas na instalação da Ecometais, pois é reduzido o número de trabalhadores, não se considera que tenham um efeito negativo significativo na ETAR do Seixal, onde é efectuado o seu tratamento.

As restantes descargas da instalação correspondem a águas pluviais não contaminadas, pelo que, à partida, não terão influência na qualidade do meio hídrico receptor, ou seja, no rio Coina.

6.2 Emissões Gasosas

O controlo da qualidade do ar é concretizado pela monitorização periódica das emissões da chaminé da linha de fragmentação da Ecometais.

6.3 Resíduos

Consideram-se adequadas as condições de armazenagem de resíduos na instalação, de forma a minimizar os riscos de acidentes e de derrames, que poderiam contaminar os solos e as águas subterrâneas.

Os resíduos expedidos para o exterior são devidamente acondicionados, cumprindo todos os requisitos legais, pelo que se considera que os riscos do seu transporte estão devidamente minimizados.

6.4 Ruído

Tal como já foi referido anteriormente, o funcionamento da Ecometais não se traduz em qualquer situação de incomodidade para o exterior.

7. MEDIDAS PREVENTIVAS DE ACIDENTES

7.1 Organização dos Serviços de Segurança, Higiene e Saúde

Existe uma organização de segurança na Ecometais, constituída por um responsável de segurança, estando também distribuídas tarefas a outros trabalhadores, com o objectivo de intervir em situação de emergência.

Os serviços de medicina do trabalho são assegurados pela SN Seixal, empresa do mesmo grupo que se localiza nas proximidades da Ecometais. Assim, são efectuados exames periódicos aos trabalhadores da Ecometais e consultas de medicina no trabalho. Para além disso, são efectuados levantamentos periódicos dos níveis de ruído e de poluentes nos postos de trabalho. Sempre que forem detectadas situações acima dos níveis regulamentares, serão implementadas as medidas necessárias à resolução dessas situações.

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7.2 Meios de Prevenção de Acidentes Graves

7.2.1 Plano de Segurança Interno e Instruções Particulares de Segurança

O Plano de Segurança Interno e as Instruções Particulares de Segurança existentes têm por objectivo dar resposta à eventual ocorrência de acidentes graves na Ecometais, os quais possam pôr em risco os trabalhadores e a instalação.

Assim, esses documentos contemplam um conjunto de regras aplicáveis a situações de emergência e que asseguram um correcto desencadeamento de acções de intervenção.

7.2.2 Meios de prevenção e actuação

De forma a minimizar os riscos de acidentes, a instalação da Ecometais dispõe dos meios passivos e activos considerados necessários.

Assim, os equipamentos operacionais têm os dispositivos necessários para que o seu funcionamento se faça nas adequadas condições de segurança, cumprindo a legislação e regulamentação em vigor.

Existe sinalização de segurança na instalação, de acordo com a legislação em vigor, de modo a garantir a informação geral e particular que os trabalhadores necessitam para evitar situações de risco.

É obrigatória a utilização de material de segurança de protecção individual, e de protecção para a execução de trabalhos específicos, sendo desenvolvidas acções de formação, designadamente referentes à utilização de equipamento de protecção e segurança, com a distribuição de documentação sobre o assunto.

Em termos da rede de água de combate a incêndio, existe um reservatório de armazenagem, o qual dispõe de três bombas associadas à rede de água de incêndio. Para além disso, existem também sistemas de detecção e extinção de incêndio nas áreas de maior risco, bem como extintores nos diferentes sectores da instalação.

8. MEDIDAS DE PREVENÇÃO PARA A FASE DE DESACTIVAÇÃO

A instalação da Ecometais terá um tempo de vida útil que, previsivelmente, se prolongará por um número indeterminado de anos (várias décadas) pelo que, atempadamente, será elaborado um programa de desactivação, com instruções precisas para o esvaziamento e desmantelamento dos equipamentos e estruturas, com a recolha de todos resíduos e materiais.

No entanto, os aspectos relacionados com as medidas preventivas para reduzir os riscos de poluição, após a fase de desactivação, foram considerados no projecto da instalação.

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Assim, foi minimizada a possibilidade de ocorrência de derrames, causa principal da contaminação de solos, águas subterrâneas e superficiais durante a fase de exploração, já que os locais de armazenagem e manipulação de resíduos estão devidamente impermeabilizados com a recolha das águas pluviais com potencial de contaminação para tratamento adequado. Os contentores de armazenagem de resíduos líquidos estão colocados no interior de bacias de contenção para recolha de eventuais derrames acidentais.

Os materiais de construção, utilizados nas diversas soluções construtivas, não têm quaisquer substâncias perigosas na sua composição, sendo considerados materiais de utilização corrente em edifícios industriais.

Os resíduos da fase de desactivação serão devidamente separados, armazenados e encaminhados para destino final adequado.

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ANEXO

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GARAGEM / OFICINAS

BAIAS

BAIAS

DETRITOS

PT

MEGASA SN SEIXAL - SIDERURGIA NACIONAL

ECOMETAIS

ECOMETAIS LICENCIAMENTO AMBIENTAL 1/250 A0 1 1 -01.00.00

Referências

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