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DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL, UM OLHAR PSICOPEDAGÓGICO SOBRE AUTONOMIA

Por: Marize Maximino dos Santos

Orientador

Prof. Solange Monteiro

Niterói 2015

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL, UM OLHAR PSICOPEDAGÓGICO SOBRE AUTONOMIA

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Psicopedagogia Institucional.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por mais uma conquista e sonho realizado.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos os educadores que acreditam em uma educação de qualidade no Brasil.

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RESUMO

O presente trabalho pretende fazer uma reflexão através do olhar psicopedagógico, do papel que a arte exerce na formação autônoma da criança. Refletindo sobre a possibilidade de uma maior participação da arte, no ensino escolar. E saber de que forma professores de educação infantil vem incentivando o criar de seus alunos, quebrando alguns conceitos de que a criança ao desenhar ou fazer algum trabalho manual, cantando, dançando representando, etc, não está aprendendo com arte e sim, passando o tempo. Neste sentido a escola faz com que a criança reproduza executando um suposto fazer artístico delimitado. Não deixando que utilize da imaginação para criar aquilo que lhe convém de forma autônoma promovendo um aprendizado rico em criatividade, o qual será levado para a sua vida adulta.

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METODOLOGIA

Este trabalho visa investigar a contribuição do ensino com a arte na educação infantil, tornando a criança mais autônoma e capaz de resolver problemas com mais criatividade. Um assunto que merece atenção, pois é pouco discutido, geralmente em ambientes escolares onde o objetivo é formar o aluno para o mercado de trabalho, deixando de lado a criatividade e formação autônoma. O estudo será realizado mediante a observação do cotidiano escolar na pré-escola do Instituo Superior de Educação do Rio de Janeiro, onde o ensino é voltado para a arte e o sócio-interacionismo, trabalhando especificamente a autonomia e criação própria dos alunos.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

INFÂNCIA POETICA, RICA EM IMAGINAÇÃO E LIBERDADE. 12

CAPÍTULO II

AUTONOMIA DA CRIANÇA 18

CAPÍTULO III

EXPERIENCIA NO INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO RIO DE 25JANEIRO 23 CONCLUSÃO 29 BIBLIOGRAFIA 31 ÍNDICE 33

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INTRODUÇÃO

Arte não é apenas básico, mas fundamental na educação de um país que se desenvolve. Arte não é enfeite. Arte é cognição, é profissão, é uma forma diferente da palavra para interpretar o mundo, a realidade, o imaginário e é conteúdo. Como conteúdo, arte representa o melhor trabalho do ser humano. (BARBOSA 1991, p.4).

Partindo de minhas experiências no cotidiano escolar, percebo que o ensino da arte na educação infantil vem sendo didatizado, dado como um fazer pronto, não proporcionando oportunidade à criação. O que o educador faz, a criança copia. Neste sentido a escola faz com que a criança reproduza executando um suposto fazer artístico delimitado.

Entendo que na medida em que criança vai descobrindo e se reconhecendo no mundo faz uma leitura própria das coisas que lhe acontecem. É fazendo arte que ela se expressa contando-nos aquilo que entendeu de uma forma própria e autônoma. A criança se reconhece através daquilo que cria.

Desta forma minha pesquisa tem a intenção pensar como a escola pode criar espaços artísticos para que nossas crianças se expressem com autonomia.

Assim, busquei como objetivos norteadores desse estudo, realizar uma reflexão do papel que a arte exerce na formação da criança na educação infantil a fim de criar possibilidades de uma maior participação desse espaço de criação e conhecimento, no que se refere à formação da criança como ser autônomo já que entendo a infância como espaço/tempo potencialmente criador Deleuze, (1997, p.78) diz que “A arte (...) atinge esse estado celestial que já nada guarda de pessoal nem do racional. À sua maneira, a arte diz o que dizem as crianças.”

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Deleuze (1997), expressa o que pretendo discutir em meu trabalho. O estado celestial que a arte proporciona ao seu contemplador e que é tão próprio do fazer

artístico de uma criança. Posto que o pensamento infantil é poético. Entendo que a arte pode contribuir muito na formação de um ser autônomo, se

lhe permitirmos que este crie e imagine com liberdade. Essa possibilidade faz com que a criança compreenda a realidade de uma forma própria, podendo transformá-la de acordo com aquilo que ela compreende e virá a reconhecer de mundo, assim Ferreira (2012, p. 21) diz que “O ser criativo é aquele que consegue fazer associações de ideias, derivando daí, diversidade de respostas a uma situação estimuladora.”

Para isso precisamos mostrar às crianças de zero a seis anos, que a arte está em tudo ao seu redor, já que, nessa faze da vida, suas experiências e olhares ainda não estão impregnados de valores sociais arraigados de moralidades deterministas. Assim, as crianças assimilam o conhecimento com base num imaginário que lhes é muito próprio e envolvem aquilo que lhes é ensinado em uma aura poética.

A criança possui uma sensibilidade de reconhecimento do mundo muito peculiar, tal, que é capaz de fazer arte como nenhum adulto faz. Por essas vias do pensamento, expresso algumas questões que me inquietam e que tento discutir ao longo desse trabalho: de que forma professores de educação infantil vem incentivando o criar de seus alunos? Que tipo de orientação o psicopedagogo pode dar aos professores, no que se refere à autonomia? Entendo que é preciso quebrar alguns conceitos de que a criança ao desenhar ou fazer algum trabalho manual, não está fazendo arte e sim, passando o tempo. Precisamos nos conscientizar da importância do fazer artístico infantil o no que isso proporciona ao seu “fazedor”. Para um adulto chegar a um nível de espontaneidade artística de uma criança é preciso desconstruir

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um mundo de ”verdades” instituídas e deixar o imaginário fluir, mas, para a criança, basta dar-lhe liberdade de expressão, pois a arte se constitui por acontecimentos nas suas vidas. A criança vê o mundo com arte.

Diante dessas proposições, fundamento essa pesquisa a partir de um referencial teórico metodológico que se apóia numa abordagem sócio-histórica como orientadora da pesquisa qualitativa. Esta perspectiva entende que existe uma relação dialética entre pesquisador e sujeitos da pesquisa, e, portanto os considera como participantes interativos do processo. Sob essa visão o pesquisador procura estar atento aos aspectos internos e externos, agentes produtores e reprodutores da sociedade.

Pensar em uma metodologia que se preocupa com o ser concreto e social, é tomar um rumo de pesquisa baseado não só na descrição do objeto, mas sim, na explicação do porque de estar pesquisando aquele objeto específico. Assim, esta também, é uma pesquisa descritiva e explicativa que se preocupa não só na quantidade, mas também, com a qualidade do que se pesquisa.

O homem como objeto da pesquisa, deve ser compreendido e não só explicado e, por ser um individuo que possui fala, o pesquisador deve estabelecer uma relação dialógica com o seu objeto de estudo, gerando uma relação entre sujeitos.

Qualquer objeto do conhecimento (inclusive o homem) pode ser percebido e compreendido como coisa. Porém um sujeito como tal não pode ser percebido nem estudado como coisa, uma vez que sendo sujeito não pode permanecer sem voz; portanto seu conhecimento só pode ter caráter dialógico. (BAKHTIN, 1985, p.383, in FREITAS, 1996).

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Ter o ser humano como agente da pesquisa, nos requisita um estudo contínuo, um processo em constante modificação. Esta é uma variante entre aspectos naturais e culturais, os quais fazem diferença na formação do indivíduo como um ser sociável, é, também, saber que ao investigar o homem, não é possível almejar uma exatidão própria das ciências exatas, pois este possui uma infinidade de variações e está inserido nas ciências humanas, as quais são inexatas.

Ao buscar um referencial metodológico para minha pesquisa, pude compreender que o pesquisador, ao trabalhar com ciências humanas, não está neutro na pesquisa, mas é um participante ativo da mesma e que não é possível criar situações para a realização de uma pesquisa, mas é no acontecer cotidiano que o pesquisador deve se basear no desenvolvimento do projeto. Ele está em processo de constante aprendizado e transformação assim como seu objeto de pesquisa. Ao refletir sobe estes aspectos teóricos metodológicos, compreendi a singularidade das experiências de cada individuo e procurei aplicar estas referencias em meu projeto de pesquisa.

Esses argumentos me dão subsídios para, além do estudo bibliográfico, inserir-me no contexto de escola a fim de aproximar-me mais da realidade de meu campo de estudo e é por esse percurso que pretendo ouvir as vozes daqueles que terei como protagonistas desse trabalho.

Este trabalho está dividido em três capítulos. No primeiro, falo de uma infância poética, rica em imaginação e liberdade. No segundo capítulo venho falando sobre autonomia da criança. O terceiro, minha experiência no Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro na educação infantil 2ª etapa.

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CAPÍTULO I

INFÂNCIA POETICA, RICA EM IMAGINAÇÃO E LIBERDADE.

Pensar a infância como poiesis1, significa abrir mão de uma condição cronológica de um ser “a se constituir” e atentar para o fato de que Benjamin, (1984, p. 77) “as crianças estão mais preocupadas em construir seu próprio mundo do que em imitar o adulto”. Desta forma o filósofo alemão nos convida a “reconhecer” uma criança capaz de produzir, questionar e opinar através de concepções próprias de mundo.

Esta parece ser uma tarefa difícil entre os adultos que acham que esse período é um período da vida que se encerra numa condição “infante”, ou seja, aquele que não tem voz, mas, entendo que uma escuta mais atenta nos possibilita ouvir “da boca das crianças” formas de ver e entender o mundo, muito mais criativas do que muitos adultos conseguem conceber.

Sob este ponto de vista, educadores da educação infantil, precisam ser desafiados a descobrir e aprender com a infância, quebrar os paradigmas formados pela sociedade adulta.

Falo de uma infância mais afirmativa, compreendida como condição da existência humana. Infância que rompe com a idéia de uma temporalidade linear, cronológica, que define a existência humana em etapas, pressupondo uma gradativa evolução: do inferior para o superior, do menor para o maior, do sem razão para o com razão, do dependente para o independente. Uma infância que nos acompanha por toda a vida, não estando, portanto, necessariamente relacionada às crianças. (SILVA, 2006, pág. 2)

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Poiesis que do grego significa “ação de fazer algo, aquilo que desperta o sentido do belo, que encanta e enleva.” (Martins, Picosque, Guerra, 1998, p. 24)

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1.1 Um olhar para a infância.

Como adultos, é preciso compreender que o inacabamento não pressupõe falta e que é a possibilidade de nos percebermos como seres em constante busca que nos faz caminhar, ir adiante. Dizer a criança como inacabada não deve ser sinônimo de inferioridade, mas assumir uma condição que é humana e faz parte de todo o nosso tempo de vida, portanto, ao julgarmos a infância por aquilo que lhe falta é usar a falta como ausência de reflexão quanto a nossa própria condição existencial de constante busca, é nos destituirmos de nossa capacidade de criação e recriação da vida. No entanto, apesar de sermos adultos, a infância não nos deixa e é essa a consciência que precisamos ter, pois ela (infância) nos acompanha por toda a vida. Sempre nos reportamos aos “retratos da infância”, estamos sempre buscando respostas do que somos hoje em nosso passado, nossa infância.

A criança ao passar pela infância, não reconhece que aquela etapa se chama infância, somente depois que crescem, que saberão que aquele período de descobertas, curiosidades, tristezas, alegrias e saudades se chamava infância.

Eu acho que uma das coisas melhores que eu tenho feito na minha vida, melhor do que os livros que escrevi, foi não deixar morrer o menino que eu não pude ser e o menino que fui, em mim. (...) Sexagenário, tenho sete anos; sexagenário, eu tenho quinze anos; sexagenário, amo a onda do mar, adoro ver a neve caindo, parece até alienação. Algum companheiro meu de esquerda já estará dizendo: Paulo está irremediavelmente perdido. E eu diria a meu hipotético companheiro de esquerda: Eu estou achado, precisamente porque me perco olhando a neve cair. Sexagenário, eu tenho 25 anos. Sexagenário, eu amo novamente e começo a criar uma vida de novo. (FREIRE, 2001, p. 101)

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Freire nos fala sobre a experiência da infância, que por toda a vida nos acompanha, onde o passado e o presente se encontram de mãos dadas, mostrando que a imaginação não tem época nem idade para acontecer e o que não foi ainda pode acontecer e o que foi pode ser modificado, pois a vida não está acabada, essa é a maravilha do inacabamento.

1.2 Uma infância compreendida.

A infância, se compreendida como condição humana que ultrapassa o tempo cronológico do “ser” criança, torna mais fácil o entendimento para o adulto de que esta é uma experiência da vida como todas as outras, devir que nos acompanha e nos constitui como seres no mundo, delineando nossos modos de ver e sentir no mundo. Dessa maneira, o menino ou a menina que mora dentro de cada um de nós estará sempre a aflorar nos modos como nos relacionamos com a vida, assim como diz na musica “Bola de meia, bola de gude”.

Há um menino, há um moleque, morando sempre no meu coração Toda vez que o adulto balança ele vem pra me dar a mão

Há um passado no meu presente, o sol bem quente lá no meu quintal

Toda vez que a bruxa me assombra o menino me dá a mão

Ele fala de coisas bonitas que eu acredito que não deixarão de existir

Amizade, palavra, respeito, caráter, bondade, alegria e amor Pois não posso, não devo, não quero viver como toda essa gente insiste em viver

Não posso aceitar sossegado qualquer sacanagem ser coisa normal

Bola de meia, bola de gude, o solidário não quer solidão Toda vez que a tristeza me alcança o menino me dá a mão

Há um menino, há um moleque morando sempre no meu coração toda vez que o adulto fraqueja ele vem pra me dar a mão

Há um menino, há um moleque morando sempre no meu coração Toda vez que o adulto balança ele vem pra me dar a mão

Há um passado, no meu presente, um Sol bem quente lá no meu quintal

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Ele fala de coisas bonitas que eu acredito que não deixarão de existir

Amizade, palavra, respeito, caráter, bondade, alegria e amor Pois não posso, não devo, não quero viver como toda essa gente insiste em viver

E não posso aceitar sossegado qualquer sacanagem ser coisa normal

Bola de Meia, Bola de gude, o solidário não quer solidão Toda vez que a tristeza me alcança o menino me dá a mão

Há um menino, há um moleque morando sempre no meu coração toda vez que o adulto fraqueja ele vem pra me dar a mão.(NASCIMENTO/BRANT,1980)

É necessário olhar a vida adulta com o olhar de uma criança, pois é um olhar curioso, investigador, descobridor, brincalhão, não deixando que o olhar apressado, pronto, funcional e prático do adulto, o envolva de tal forma que este perca a vontade de ir além daquilo que vê, e não simplesmente ver por ver e, sim, ver e ver, com a imaginação e os sentimentos que estão inseridos no universo infantil das crianças e dos adultos. Ao enxergar o mundo com o olhar da criança que fomos, somos convidados a entender o mundo sob outros olhos e a não nos conformarmos com as coisas do jeito que estão despertando em nós sentidos que foram calados ao longo de nossos tempos, sentidos como a curiosidade, a investigação, a criação, contidas no olhar infantil, e quem sabe assim, nos mobilizemos a mudar o que está posto e imposto. E fazer desta mudança um viés que nos traga uma autonomia, aquela que tínhamos quando e quanto sujeitos criativos, e reinventar novas formas de solucionar problemas, que muitas vezes não são resolvidos por conta da criatividade calada na infância.

Acho que o quintal onde a gente brincou é maior do que a cidade. A gente só descobre isso depois de grande. A gente descobre que o tamanho das coisas há que ser medido pela intimidade que temos com as coisas. Há de ser como acontece com amor. Assim,

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as pedrinhas do nosso quintal são sempre maiores do que as outras pedras do mundo. Justo pelo motivo da intimidade. (...) Se a gente cavar um buraco ao pé da goiabeira do quintal, lá estará um guri ensaiando subir na goiabeira. Se a gente cavar um buraco ao pé do galinheiro, lá estará um guri tentando agarrar no rabo de uma lagartixa. Sou hoje um caçador de achadouros da infância. Vou meio dementado e enxada às costas cavar no meu quintal vestígios dos meninos que fomos (...). (BARROS, 2010, p.67)

Para Manuel de Barros a criança não é um ser ingênuo, incompetente, mas sim, inquieto, inventivo que vê além daquilo que é comumente visto ou ouvido, capaz de criar um mundo além do mundo real. O adulto que não é capaz de compreender a capacidade imaginativa de uma criança lhe impõe uma realidade social que empobrece sua capacidade de ver as coisas potentes da vida.

O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa era a imagem de um vidro mole que fazia uma volta atrás de casa./ Passou um homem depois e disse: Essa volta que o rio faz por trás de sua casa se chama enseada./ Não era mais a imagem de uma cobra de vidro que fazia uma volta atrás da casa./ Era uma enseada./ Acho que o nome empobreceu a imagem. (BARROS, 2003, p.25)

A sabedoria do adulto, segundo Scattan, está calcada na didatização. É tudo como é e pronto! Essa visão adulta acaba desencorajando a imaginação da criança, tentando adaptá-la numa realidade que está posta e que para ele (o adulto) não é concebível de ser reinventada. Não que o adulto seja incapaz de chegar a tal ponto de imaginação, mas, para que chegue, seria preciso resgatar as “raízes crianceiras” e deixar fluir a imaginação. Segundo Vygotsky (1982,) a imaginação, como base de toda atividade criadora, em todas as fases da vida humana, se manifesta igualmente em

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todos os aspectos da vida cultural, possibilitando a criação artística, cientifica e técnica.

Da imaginação infantil saem pensamentos e ações que, se não forem embotados pelo adulto, contribuem para a formação da criança como ser livre para criar novas formas de ver o mundo.

Uma infância enriquecida com muita imaginação, resulta em um adulto capaz de lidar com os percalços da vida de uma forma mais leve, pois quando a criança aprende a lidar com a vida criativamente, provavelmente será, também, um adulto criativo na resolução de problemas, sem se deixar aprisionar em soluções pragmáticas que acabam por aceitar as “coisas como elas são”, perdendo a capacidade de lutar pela vida, ao invés do conformismo de sobreviver dia após dia.

Dar liberdade à criança para que ela, como sujeito crie e seja capaz de administrar com autonomia seus pensamentos criativos e colocando em prática uma imaginação rica e poética, é permitir um futuro adulto livre de paradigmas que muitas vezes podam o poder de imaginação e criatividade na resolução de problemas, se tornando um sujeito autônomo e relevante na sociedade.

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CAPÍTULO II

AUTONOMIA DA CRIANÇA

Neste capítulo, falarei especificamente sobre a importância do valor dado a autonomia da criança na educação infantil. Buscando alguns teóricos e o próprio Referencial Curricular Teórico Nacional da educação infantil volume II.

Nos atos cotidianos e em atividades sistematizadas, o que se recomenda é a atenção permanente à questão da independência e autonomia. O exercício da cidadania é um processo que se inicia desde a infância, quando se oferecem às crianças oportunidades de escolha e de autogoverno. (RCNEI 2, 1998 p.39)

2.1 Autonomia da criança na escola.

Segundo o Referencial Curricular, a autonomia, é a capacidade de conduzir e decidir, escolher por si próprio, partindo dos valores, regras e respeitando o próximo na perspectiva pessoal de saber que a autonomia na escola produz uma interação entre crianças de idades distintas, facilitando a aprendizagem mútua. A concepção de autonomia se expressa como tomada de decisões por si mesmo, levando em conta o olhar pessoal e do outro. A criança possui vontade própria e é capaz de fazer intervenções no espaço onde vive e estuda, fazendo da educação infantil um grande laboratório de praticas de ações educativas que visam à autonomia da criança.

No processo de desenvolvimento da autonomia, o professor tem o papel importante de organizar e mediar situações de aprendizagem, proporcionando às crianças recursos individuais a fim de fazer escolhas e tomar decisões acerca das atividades que serão realizadas, os espaços onde acontecerão as mesmas deixando, preferencialmente que façam as atividades sozinhas, não sendo o professor o detentor de todo o saber, mas um mediador de ideias, pensando sempre no desenvolvimento completo do aluno.

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Outro aspecto que contribui para o desenvolvimento da autonomia é que a criança tenha referências para situar-se na rotina da instituição. Quando se está num ambiente conhecido e em que se pode antecipar a seqüência dos acontecimentos, tem-se mais tem-segurança para arriscar e ousar agir com independência. (RCNEI 2, 1998 p.40)

Algumas orientações didáticas referidas no Referencial são importantes para o trabalho da autonomia das crianças dentro da instituição de ensino, tais como, dispor os materiais pedagógicos e brinquedos ao alcance das crianças; estimular a ajuda mútua entre os alunos, como calçar sapatos, realizar uma atividade promovendo a interação; solicitar a cooperação dos alunos para a organização de atividades e rotina do dia, construindo um ambiente de troca de ideias e respeito às diferentes formas de pensar.

Trata-se de uma autonomia plena que não permite que as crianças se enquadrem nos papeis predeterminados a elas. Uma autonomia que possibilita o aluno assumir-se “como ser social e histórico, como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque capaz de amar.” Freire (2001, p.46)

Para Freire, a escola deve possibilitar a compreensão do sujeito como um ser histórico e cultural. Já que o homem não é um ser que se encanta ao mundo, ou seja, o mundo não é uma coisa a parte, na qual se chega e não se deixa marca, pelo contrario por estar no mundo, deixamos marcas e é preciso que as crianças percebam isso e assumam o papel de participantes ativos do mundo deixando assim suas marcar.

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(...) a essência da autonomia é que as crianças tornem-se aptas a tomar decisões por si mesmas. Mas, ... a autonomia significa levar em consideração os fatos relevantes para decidir agir da melhor forma para todos. Não pode haver moralidade quando se considera apenas o próprio ponto de vista. (KAMII, 1997, p. 108)

2.2 A criança nas relações sociais.

A autonomia da criança depende das relações sociais que a mesma vai estabelecer com os adultos, esse relacionamento é primordial para as experiências sociais do sujeito infantil, pois o adulto é quem estabelece os limites e possibilidades de relacionamento e desenvolvimento da maturação da autonomia.

Um relacionamento onde tem como principal pilar a cooperação, atinge uma meta comum entre as duas partes, pois compreende a criança como uma pessoa com vontades próprias capaz de exercê-la, quando esta for mediada por um adulto e não só negada, como é de costume da maioria dos professores da educação infantil. Criando assim um ambiente de respeito, ou seja, o adulto dá o retorno do respeito às crianças, oferecendo-lhes a possibilidade de estabelecer regras e compartilhar decisões.

No estágio da prática cooperativa das regras, as crianças começam a usar as regras como instrumento de influência mútua: “se eu tenho que jogar assim, você também tem”, “se isso vale para você também vale para mim”; porque: "Eu sou igual a você, tenho os mesmos direitos!”. E usando assim as regras é que aprendem a construí-la. Uma regra passa a ser boa se garante melhores condições de jogo para todos. Uma regra justa não é aquela que “o mais velho” ensinou, mas a que foi testada e aprovada no grupo, ou seja, por todos os “eus no grupo". (MENIN, 1996, p.53).

Num ambiente, onde existem cooperação e respeito mútuo entre as parte envolvidas, ali existirá o desenvolvimento da autonomia, pois será um lugar de

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relações estabelecidas contribuindo para a construção da autonomia moral e intelectual das crianças. Apesar de não existir um receituário, de como contribuir para que de fato a autonomia se desenvolva na vida do ser infantil, há situações que podem ser usadas como colaboradoras desse desenvolvimento, como, atividades em grupo, rodas de conversa, brincadeiras que estimulem a tomada de decisões compartilharem regras e desejos, tanto com os adultos quanto as crianças.

As atividades em grupo promovem uma noção de vida em comunidade, e faz a criança ter a consciência de que a decisão que ela for tomar ali afetará diretamente todo o grupo, trazendo assim uma noção de maturidade nas decisões. Assim como nas rodas de conversa, onde ali se estabelece, diante das falas, o desejo de cada um podendo chegar a um consenso da melhor forma de suprir a vontade do grupo.

O papel do professor é estabelecer um relacionamento cooperativo que ofereça oportunidades das crianças tomarem decisões e promover o sentimento sobre a necessidade de compartilhar e comprometer-se com regras, pois as mesmas foram criadas e preestabelecidas pelos próprios educandos.

Surgem das experiências dos alunos os dilemas da vida real, o que é interessante para a educação infantil, pois é através disso que a criança irá perceber que está inserida num contexto social, cultural e de comunidade. Essas situações são espontâneas e oferecem a oportunidade das crianças se posicionarem diante do problema, tendo a possibilidade de defender o seu ponto de vista, reconhecendo-se como participante daquele grupo e avaliando o seu desempenho e atitude.

As crianças, ao discutirem os dilemas e embates no grupo escolar, vivenciam situações de tomadas de posicionamento, pensam sobre questões interpessoais, tornam-se capazes de raciocinar além do seu próprio ponto de vista, levando em

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consideração os aspectos de desejos. Contudo o papel do educador infantil, não é ensinar reposta e comportamentos prontos, mas levar o seu aluno a perceber e avaliar o seu desempenho em relação a si mesmo e ao grupo, fazendo com que a criança tenha a oportunidade de construir as suas convicções independentes da coerção do adulto.

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CAPITULO III

EXPERIÊNCIA NO INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO

Neste capitulo, estarei fazendo um relato da minha experiência como professora da pré-escola, na turma do infantil IV, no ano de 2014. Na qual pude vivenciar junto com a equipe pedagógica o trabalho realizado focando a autonomia dos alunos, a fim de se tornarem fazedores de sua própria história acadêmica.

3.1 Descrição da escola.

O Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro é uma escola focada na formação de professores de nível técnico e superior, abrangendo todas as etapas de ensino, possuindo um amplo currículo que contempla desde a creche até a graduação. O espaço físico da pré-escola foi cuidadosamente pensado para propiciar trocas de ambientes entre os grupos pertencentes àquele espaço, permitindo aos alunos vivências múltiplas enquanto exploram as salas de atividades específicas, as quais são: parquinho; sala de eventos; pátio coberto; sala do CEM (centro de experiências múltiplas); sala de artes; sala de linguagem, leitura e escrita; sala de música; sala de experimentos; brinquedoteca e sala de jogos. Em cada um desses espaços, acontecem simultaneamente atividades livres e dirigidas, onde as crianças, em sua autonomia percorrem as salas de acordo com as regras de horário e seu interesse, trazendo uma autonomia de escolher o que querem aprender em cada sala.

3.2 Proposta pedagógica da instituição.

Nas praticas diárias foram incluídos subprojetos integrados, onde cada atividade realizada enfatizava a socialização, a interação, hábitos e atitudes,

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alimentação, autonomia e principalmente a construção de múltiplas linguagens. Nesses processos foram surgindo várias possibilidades de discussões, registros de ideias, formulação de algumas hipóteses, diante do experimento o que nos proporcionou bons trabalhos.

Investigar, pesquisar e experimentar, foram peças fundamentais para que descobríssemos novas aprendizagens, nos permitindo usar materiais para a realização de experimentos, como: água, corantes, insetos, folhas de árvores, flores, espécie de plantas, terra, sabão, argila, massinha, essenciais etc.

Tendo como base o sócio-interacionismo de Vygotsky e os ideais de Reggio Emilia, como referencias teóricos para a construção de uma escola que valorizem o ser criança em sua totalidade e principalmente elevando a importância do momento infância na vida do ser humano, enfatizamos a aprendizagem com o outro como ser histórico, recebendo a mediação do corpo docente e podendo expandir o nosso conhecimento para além dos muros da pré-escola.

Na Pré-escola do ISERJ, como me referi anteriormente, o ensino é baseado nos ideais de Vygotsky, Reggio Emilia, dentre outras teorias sócio-interacionistas. Onde o sujeito como ser dialógico por natureza, se constrói através do olhar, o “eu” é construído pela imagem do outro, sem ele, não há como formar uma identidade e autonomia, portanto estão ligados à relações com grupos diferentes, das aprendizagens múltiplas através de experiências e experimentações.

Todas as atividades cognitivas básicas do indivíduo ocorrem de acordo com sua história social e acabam se constituindo no produto do desenvolvimento histórico-social de sua comunidade. (VYGOTSY 2002, p. 3)

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3.3 O cotidiano da instituição.

No decorrer do ano de 2014, as crianças, juntamente com o corpo docente, puderam vivenciar muitas experiências, as quais foram alavancas para o processo de crescimento, sempre utilizando a arte em sua totalidade no fazer rotineiro.

O diálogo e a escuta aguçada, foram às linhas mestras. Acreditando que um dos valores essenciais na educação infantil, são as crianças autônomas em pensamento, sentimentos e ações através das múltiplas linguagens, incluindo a artística. Proporcionando um trabalho com respeito às diferenças, a individualidade na construção de relacionamentos, e a coletividade, considerando as relações interpessoais. Fazendo da escola um lugar para a criatividade, reflexão e discussão. Assim, fazendo os alunos da educação infantil autores de sua própria história, sabendo solucionar problemas com criatividade, tendo sempre a mediação do outro.

Zona de desenvolvimento próximo representa a diferença entre a capacidade da criança de resolver problemas por si própria e a capacidade de resolvê-los com ajuda de alguém. Em outras palavras, teríamos uma "zona de desenvolvimento auto-suficiente" que abrange todas as funções e atividades que a criança consegue desempenhar por seus próprios meios, sem ajuda externa. Zona de desenvolvimento próximo, por sua vez, abrange todas as funções e atividades que a criança ou o estudante consegue desempenhar apenas se houver ajuda de alguém. Esta pessoa que intervém para orientar a criança pode ser tanto um adulto (pais, professor, responsável, instrutor de língua estrangeira) quanto um colega que já tenha desenvolvido a habilidade requerida”. (VYGOTSKY 2002 p.4)

3.4 Algumas atividades realizadas.

Vivenciamos durante algumas semanas o projeto do Sítio do Picapau amarelo, realizado pelos alunos da UNIRIO, participantes do projeto PIBD (Programa

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Institucional de bolsa de iniciação a docência). Tivemos momentos de grande interação, com a arte do teatro, juntamente com os personagens do sítio. Onde as crianças puderam aflorar a imaginação, usando fantasias, e aprendendo um pouco mais com cada história contada e cantada.

A cada apresentação, os alunos tiveram a liberdade de escolher de que forma queriam representar os personagens que mais gostaram, essas representações poderiam ser com dança, pintura, teatro, etc. Garantindo um olhar atento dos educandos, quanto ao uso da autonomia dos aprendentes, escolhendo e criando sua própria arte, sem a restrição do fazer pronto, dos estereótipos, que por muitas vezes molda o aluno, impedindo que o mesmo crie com autonomia. Essas atitudes mostram o quanto importante é o fazer artístico livre entre as crianças, pois proporciona uma maturidade no sentido de escolha.

O verdadeiro e natural caminho para que o homem realize seu potencial criador..., reside no processo elementar de cada um poder crescer em seu tempo vital e poder amadurecer, de poder integrar-se como ser individual e como ser cultural. (OSTROWER, 1977. P 144).

Incluímos em nossas práticas diárias, vários subprojetos integrados, onde cada atividade realizada enfatizava a socialização, a integração, hábitos e atitudes, alimentação, autonomia e principalmente a construção de múltiplas linguagens.

Descreverei a seguir algumas atividades realizadas nas salas específicas. As vivencias na sala do CEM, foram prazerosas e estimulantes. A partir do universo das crianças, foi possível descobrir e explorar o mundo encantador dos livros, teatro, dança, musica, fantoches e varias expressões artísticas. As atividades que

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envolviam dramatização foram bem aceitas, despertando o desejo de participação e o prazer de vivenciar no jogo pessoal a história dos livros. Nesta sala ficou marcada a cantiga de roda “A linda rosa juvenil”, onde as crianças participavam intensamente, demonstrando entusiasmo em representá-la em forma de teatro cantando, utilizando-se ao longo do ano de recursos a fim de estimular a interação e socialização do grupo com o espaço escolar.

A ação do professor de educação infantil, como mediador das relações entre as crianças e os diversos universos sociais nos quais elas interagem, possibilita a criação de condições para que elas possam, gradativamente, desenvolver capacidades ligadas à tomada de decisões, à construção de regras, à cooperação, à solidariedade, ao diálogo, ao respeito a si mesmas e ao outro, assim como desenvolver sentimentos de justiça e ações de cuidado para consigo e para com os outros. (RCNEI 2, 1998 p.43)

Nos momentos de brincadeira na sala da Brinquedoteca, foi possível observar a importância do brincar e do criar, pois promoveu um amadurecimento da autonomia dos alunos em resolver pequenas questões e conflitos, no decidir onde e em que brincar e no que se refere ao vestir e calçar. Sendo u laboratório de experiências lúdicas que não se constitui apenas em uma sala de aula ou espaço de trabalho, mas em uma postura, uma proposta que valoriza a cultura infantil num ambiente lúdico que presta atenção na brincadeira e na arte, entendida como linguagem infantil.

É preciso ensinar os alunos a pensar, e é impossível aprender a pensar num regime autoritário. Pensar é procurar por si próprio, é criticar livremente e é demonstrar e forma autônoma. O pensamento supõe então o jogo livre das funções intelectuais e não o trabalho sob pressão e a repetição verbal. (PIAGET, 1998, p.118).

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Na sala de música, as crianças entraram em contato com o universo musical, rico e diversificado, expressando-se livremente através de várias formas, com instrumentos e o próprio corpo, realizando brincadeiras musicais e descobrindo diversos sons através de experiências sonoras. Usando o artesanato e materiais recicláveis, realizamos o projeto de confecção de instrumentos musicais, sempre com a participação ativa dos alunos em todo o processo de construção, os quais puderam observar e se apropriar do instrumento que a cada etapa ganhava mais forma e sentido, sempre buscando a ludicidade e estimulando a criatividade, curiosidade e arte das crianças.

Encerro este capitulo em forma de relato, concluindo. Uma escola onde aprisionam os alunos em salas de aula, a fim de que todos se comportem e aprendam da mesma maneira e hora, seguindo regras rígidas e padrões autoritários, não permite o acontecer na vida da criança e não valoriza a infância artística e criativa, cheia de imaginação e aventuras a serem vividas e experimentadas.

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CONCLUSÃO

Finalizo minha pesquisa, com um sentimento de incompletude, pois muitas coisas não foram ditas e nem analisadas neste trabalho. Porém compreendo que um tema como este, não se esgota em uma só pesquisa, principalmente quando analisado no contexto escolar. E afirmando que o ensino da arte na educação infantil é importante e necessário para o desenvolvimento da criança como um ser autônomo em suas escolhas, e é fundamental o estimulo e a valorização de suas produções.

Considero que o contato com a arte, traz possibilidades de vivências a criança, em um percurso de criação e contribuição, abrangendo suas escolhas e experiências, contribuindo a fim de torná-lo capaz de opinar de forma ativa na sociedade, ressaltando, ainda, que o ensino da arte é necessário e deve ser levado a sério na educação infantil, pois ele contribui para sua formação social.

Ao longo de minha pesquisa, pode observar que em algumas instituições de ensino, a autonomia e o ensino com arte têm sido repensados, o que é um avanço importante tanto no desenvolvimento do educador quanto da criança.

Uma educação transformadora depende das transformações ocorridas no interior da escola, dentro da sala de aula e na relação do professor com o aluno.

Vejo que é muito importante para concretização do imaginário infantil que o professor não limite o processo de criação do seu aluno, o pensamento da criança, e permitir que esta possa, através das descobertas, criar, e se desenvolver livremente, alimentando e dando asas a sua imaginação.

Como educadora e futura psicopedagoga institucional, sei que está monografia não finaliza todas as minhas inquietações a respeito do meu tema e acredito que os

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processos educativos só acontecem na relação com o outro, por isso espero que com este trabalho, mais pessoas compreendam a importância de formar sujeitos autônomos, plenos e de responsabilidade no mundo.

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BIBLIOGRAFIA

FERRAZ, Wagner de Angeli. Poíesis, artimanhas e clínica. Cogito, 2008, vol.9, p.67-71.

FREITAS, Maria Teresa de Assunção. A abordagem sócio-histórica como orientadora da pesquisa qualitativa. Cadernos de. Pesquisa, São Paulo, n. 116, julho, 2002.

BARROS, Manoel. Memórias inventadas: a infância. São Paulo: Planeta, 2003.

BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus, 1984. (Novas buscas em educação; v. 17).

MARTINS, Mirian C., PICOSQUE, Gisa, GUERRA, M. Terezinha T. Didática do ensino de arte: a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD,1998. SILVA, Marta Regina Paulo. Infância e Poiesis... A dimensão estética da formação de educadoras e educadores. Acadêmus, Revista eletrônica da FIA, Vol. II N. 2 Jul – Dez / 2006 pp. 78 -92.

MEREDIEU, Florence. O desenho infantil. São Paulo: Cultrix, 1979.

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BOMTEMPO, Edda. Brincar, Fantasiar, Criar e Aprender. In: OLIVEIRA, Vera (org) O Brincar e a Criança do Nascimento aos Seis anos. 2 ed. Petrópolis: Vozes,200.

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FREIRE, Paulo. Educação como Prática de Liberdade. Rio de janeiro: Paz e Terra, 1999.

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____________. Pedagogia da Autonomia. 20 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática

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ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I INFÂNCIA POETICA, RICA EM IMAGINAÇÃO E LIBERDADE. 12

1.1. Um olhar para a infância 12

1.2. Uma infância compreendida 14

CAPÍTULO II AUTONOMIA DA CRIANÇA 18

2.1. Autonomia da criança na escola 18

2.2. A criança nas relações sociais 20

CAPÍTULO III EXPERIÊNCIA NO INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO 23

3.1. Descrição da escola 23

3.2. Proposta pedagógica da instituição 23

3.3. O cotidiano da instituição 25

3.4. Algumas atividades realizadas 25

CONCLUSÃO 29

BIBLIOGRAFIA 31

Referências

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