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CÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO AUTONOMIA E PARALELISMO PEDAGÓGICO DOS ESTABELECIMENTOS DO ENSINO PARTICULAR E COOPERATIVO

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(1)

Relatório

2008

AUTONOMIA E PARALELISMO

PEDAGÓGICO DOS

ESTABELECIMENTOS DO

ENSINO PARTICULAR E

COOPERATIVO

(2)

FICHA TÉCNICA

Título

Autonomia e Paralelismo Pedagógico dos Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo — Relatório 2008 Autoria Inspecção-Geral da Educação Colecção Relatórios Edição

© Inspecção-Geral da Educação (IGE) Av. 24 de Julho, 136 1350–346 LISBOA Tel.: 213 924 800 / 213 924 801 Fax: 213 924 950 / 213 924 960 e-mail: ige@ige.min-edu.pt URL: http://www.ige.min-edu.pt

Coordenação editorial, copidesque, design gráfico, revisão tipográfica e divulgação IGE — Divisão de Comunicação e Documentação (DCD)

(3)

ÍNDICE

OBJECTIVOS DA ACTIVIDADE... 5

ÂMBITO DA ACTIVIDADE ... 5

METODOLOGIA E CAMPOS DE OBSERVAÇÃO ... 6

RESULTADOS DA ACTIVIDADE ... 7

I – Caracterização Geral das Escolas Intervencionadas ... 7

1. Autorização e denominação das escolas ... 7

2. Níveis/ciclos de estudo/cursos em funcionamento ... 7

3. Regime de autonomia pedagógica/paralelismo pedagógico ... 8

4. Contratos celebrados com o Estado ... 8

4.1 Contratos de associação ... 8

4.2 Contratos simples e contratos de desenvolvimento ... 9

4.3 Subsídios especiais concedidos pelo Estado ... 9

5. Comunidade escolar ... 9

II – Órgãos de Direcção e de Orientação Pedagógica ... 10

1. Direcção Pedagógica... 10

2. Conselho Pedagógico ou órgão equivalente ... 10

3. Outros órgãos e estruturas de cariz pedagógico ... 10

III – Planos de Acção Educativa ... 11

1. Regulamento Interno ... 11

2. Projecto Educativo... 11

3. Projecto Curricular de Escola ... 11

4. Projectos Curriculares de Turma (PCT), no Ensino Básico ... 11

(4)

IV – Docentes ... 12 V – Alunos ... 13 1. Frequência de alunos ... 13 2. Regime de assiduidade ... 14 3. Ensino e aprendizagem ... 14 4. Regime disciplinar ... 14 VI – Serviços Administrativos ... 15

1. Processo individual dos docentes ... 15

2. Processo individual dos alunos ... 15

VII – Instalações e Equipamentos ... 16

CONCLUSÕES ... 18

RECOMENDAÇÕES... 20

Para as Escolas ... 20

(5)

OBJECTIVOS DA ACTIVIDADE

A actividade de Controlo Autonomia e Paralelismo Pedagógico, que integra o Plano de Actividades de 2008 da Inspecção-Geral da Educação (IGE), visa analisar as condições de funcionamento dos estabelecimentos de ensino particular e cooperativo, tomando por referência as disposições legais em vigor.

Os seus objectivos específicos são:

• Analisar o funcionamento dos estabelecimentos de ensino particular e cooperativo, no que diz respeito a condições materiais (instalações e equipamentos) e aos recursos humanos;

• Analisar a organização dos procedimentos administrativos, no que respeita aos processos dos alunos e dos docentes e aos registos das actividades desenvolvidas nos estabelecimentos;

• Verificar a existência e o funcionamento dos órgãos de gestão pedagógica, na perspectiva da qualidade de ensino e de práticas de interdisciplinaridade;

• Apreciar as condições de organização pedagógica, tendo em conta o cumprimento dos planos de estudos e o processo de avaliação das aprendizagens escolares.

ÂMBITO DA ACTIVIDADE

A actividade foi desenvolvida durante o ano de 2008 em 38 estabelecimentos de ensino particular e cooperativo, com a seguinte distribuição regional: 16 na Região do Norte, 10 na Região Centro e 12 na Região de Lisboa e Vale do Tejo. Na selecção foi dada prioridade aos estabelecimentos de ensino que usufruíam, total ou parcialmente, de autonomia pedagógica e/ou de paralelismo pedagógico por tempo indeterminado e que ministravam ensino secundário regular. Esgotados os estabelecimentos de ensino que contemplavam esses pressupostos, foram também consideradas na amostra entidades que, usufruindo de autonomia e/ou de paralelismo pedagógico, possuíam uma concessão por períodos de 3 ou 5 anos e que ministravam outros tipos de ensino, para além do ensino regular.

(6)

METODOLOGIA E CAMPOS DE OBSERVAÇÃO

O tempo médio utilizado em cada intervenção foi de cinco dias úteis e a realização atribuída a um inspector.

Através da observação directa, da análise documental e de entrevistas não estruturadas, foi verificada a conformidade legal da organização e dos procedimentos adoptados pelos estabelecimentos de ensino, no que respeita a:

• Órgãos de Direcção e de Orientação Pedagógica

• Plano de Acção Educativa

• Docentes

• Alunos

• Serviços Administrativos

• Instalações e Equipamentos

Após a análise dos documentos previamente solicitados (Regulamento Interno, Projecto Educativo/Ideário Pedagógico e Plano de Actividades), os inspectores reuniram-se com responsáveis da escola para apresentação da actividade. No final da intervenção, decorreu nova reunião com os mesmos interlocutores para apresentação do trabalho realizado e esclarecimento de eventuais dúvidas. O relatório contendo as conclusões e as eventuais recomendações de melhoria foi oportunamente enviado ao estabelecimento de ensino pela respectiva Delegação Regional da IGE.

(7)

RESULTADOS DA ACTIVIDADE

I – Caracterização Geral das Escolas Intervencionadas

1. Autorização e denominação das escolas

O funcionamento das 38 escolas intervencionadas encontra-se devidamente autorizado, respeitando, na maioria dos casos, as normas regulamentares no que se refere à sua denominação. Há oito estabelecimentos que alteraram a sua denominação inicial, sendo que um deles (da área de intervenção da Delegação Regional de Lisboa) o fez sem a competente autorização.

2. Níveis/ciclos de estudo/cursos em funcionamento

No

Q

UADRO

1

, indicam-se os níveis/ciclos de estudo em funcionamento nos estabelecimentos de

ensino intervencionados:

Q

UADRO

1

N

ÍVEIS

/

CICLOS DE ESTUDO EM FUNCIONAMENTO

NÍVEIS/CICLOS DE ESTUDO N.º DE ESCOLAS %

Pré-Escolar 15 39,4%

1.º CEB 22 57,8%

2.º CEB 33 86,8%

3.º CEB 34 89,4%

Ensino Secundário Regular 19 50,0%

Recorrente 3 7,8%

Ensino Profissional 4 10,5%

Ensino Artístico Especializado 2 5,2%

Cursos de Educação e Formação 10 26,3%

Cursos de Especialização Tecnológica 7 18,4%

Cursos e Planos Próprios 2 5,2%

Outras Ofertas 1 2,6%

Pela análise do quadro verifica-se que a oferta educativa mais comum no conjunto dos 38 estabelecimentos intervencionados era constituída pelos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico. Pelo contrário, apenas 7,8% dessas escolas ministravam o ensino secundário recorrente.

Para além destes níveis e ciclos de estudo, são ainda leccionados, em regime de experiência pedagógica, em dois estabelecimentos de ensino, cursos com planos próprios.

(8)

Existe, também, a oferta de Cursos de Educação e Formação em 10 estabelecimentos de ensino e em sete são leccionados Cursos de Especialização Tecnológica.

Em dois estabelecimentos de ensino intervencionados é leccionado o Ensino Artístico Especializado.

3. Regime de autonomia pedagógica/paralelismo pedagógico

No

Q

UADRO

2

, indicam-se os níveis/modalidades de educação e ensino que usufruem de autonomia e/ou paralelismo pedagógico.

Q

UADRO

2

N

ÍVEIS

/M

ODALIDADES DE EDUCAÇÃO E ENSINO COM AUTONOMIA

/

PARALELISMO PEDAGÓGICOS

NÍVEIS/MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E ENSINO REGIME DE FUNCIONAMENTO POR NÍVEIS/MODALIDADES DE ENSINO

Autonomia Pedagógica Paralelismo Pedagógico

1.º Ciclo do Ensino Básico 10 12

2.º Ciclo do Ensino Básico 15 18

3.º Ciclo do Ensino Básico 15 19

Ensino Básico Recorrente -- --

Ensino Secundário 9 10

Ensino Secundário Recorrente 2 1

Dos estabelecimentos de ensino particular e cooperativo, intervencionados em 2008, somente três funcionam em regime de Autonomia Pedagógica por Tempo Indeterminado, para a totalidade dos níveis de ensino ministrados, e apenas numa situação se verifica a concessão parcial de Autonomia Pedagógica por Tempo Indeterminado.

No que respeita à concessão de Paralelismo por tempo Indeterminado, os estabelecimentos de ensino que funcionam nesta modalidade são seis, todos na área geográfica de influência da Direcção Regional de Educação do Norte.

4. Contratos celebrados com o Estado

4.1 Contratos de associação

Em 20 estabelecimentos de ensino (52,6% das escolas intervencionadas) foram celebrados contratos de associação.

(9)

Q

UADRO

3

N

ÍVEIS

/C

ICLOS DE ESTUDO ABRANGIDOS POR CONTRATOS DE ASSOCIAÇÃO

NÍVEIS/CICLOS DE ESTUDO N.º DE ESCOLAS

1.º CEB 0

2.º CEB Regular 15

Recorrente 0

3.º CEB Regular 17

Recorrente 0

Ensino Secundário Regular 11

Recorrente 0

4.2 Contratos simples e contratos de desenvolvimento

Em 25 estabelecimentos de ensino (65,7%), foram celebrados com o Estado contratos simples e, em 14 (36,8%), contratos de desenvolvimento. Apenas num estabelecimento de ensino foi celebrado contrato de Patrocínio.

4.3 Subsídios especiais concedidos pelo Estado

Para além das contrapartidas financeiras referidas nos contratos atrás mencionados, seis escolas beneficiaram ainda de subsídios especiais para:

• ampliação de instalações – 2 ;

• apetrechamento ou reapetrechamento – 5 ;

• outros – 3 .

5. Comunidade escolar

No conjunto dos estabelecimentos de ensino intervencionados, 17849 crianças/alunos frequentavam as actividades lectivas, ministradas por 1718 docentes. O número de funcionários não docentes era de 863, no qual se incluem 37 técnicos de psicologia e de apoio socioeducativo (ASE).

(10)

II – Órgãos de Direcção e de Orientação Pedagógica

1. Direcção Pedagógica

Relativamente a esta matéria, verificou-se que:

• a constituição da Direcção Pedagógica dos vários estabelecimentos de ensino intervencionados obedece, na generalidade, aos requisitos legais, quanto à sua designação e homologação;

• em 21 dos estabelecimentos de ensino (55,2%) a Direcção Pedagógica é colectiva;

• todos os requisitos exigidos para o exercício de funções do(a) Director(a) Pedagógico(a), designadamente habilitação académica e experiência pedagógica, foram cumpridos.

2. Conselho Pedagógico ou órgão equivalente

Em todas as escolas intervencionadas existe Conselho Pedagógico ou órgão equivalente, cuja composição se discrimina no

Q

UADRO

4

.

Q

UADRO

4

C

OMPOSIÇÃO DO

C

ONSELHO

P

EDAGÓGICO OU ÓRGÃO EQUIVALENTE

ELEMENTOS DA COMUNIDADE EDUCATIVA N.º DE ESCOLAS %

Docentes 38 100

Direcção Pedagógica 37 97,3

Psicólogo 19 50,0

Encarregados de Educação 13 34,2

Alunos 5 13,1

Funcionários não docentes 8 21,0

Outros técnicos 3 7,8

Outros elementos da comunidade 4 10,5

Regista-se que, neste órgão, os encarregados de educação e os alunos apenas têm assento em 34,2% e 13,1% dos estabelecimentos de ensino intervencionados, respectivamente. A participação de outros elementos da comunidade só se verifica em cerca de 10,5% das escolas intervencionadas. Saliente-se que apenas em 50,0% dos estabelecimentos de ensino existe a participação de psicólogos neste órgão.

3. Outros órgãos e estruturas de cariz pedagógico

Para além do Conselho Pedagógico, na generalidade dos estabelecimentos de ensino existem outros órgãos e estruturas de cariz pedagógico, com designações variadas e com funções ou competências definidas.

Na maioria dos estabelecimentos de ensino intervencionados, verifica-se a existência de departamentos curriculares com funções definidas ao nível da articulação curricular, organização, planificação, acompanhamento e avaliação.

(11)

III – Planos de Acção Educativa

1. Regulamento Interno

Todos os estabelecimentos de ensino intervencionados têm Regulamento Interno próprio e fizeram a sua divulgação junto da comunidade escolar. Porém, 19 não o enviaram à respectiva Direcção Regional de Educação.

Na quase totalidade dos estabelecimentos de ensino intervencionados, o Regulamento Interno contempla os aspectos relacionados com as formas de organização da escola, os direitos e os deveres da comunidade educativa. É de salientar que em 87% das escolas se encontra definida neste documento a participação de alunos e pais/encarregados de educação na vida da escola.

Contudo, no que respeita ao ensino básico, e contrariando os normativos vigentes, verifica-se que, em nove dos respectivos Regulamentos Internos, não foram definidas formas de participação de alunos e pais/encarregados de educação no processo de avaliação.

2. Projecto Educativo

Dando cumprimento ao artigo 33.º, n.º 1, do Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo (EEPC) – «cada escola particular pode ter um projecto educativo próprio, desde que proporcione, em cada nível de ensino uma formação global de valor equivalente à dos correspondentes níveis de ensino a cargo do Estado» – todas as escolas intervencionadas construíram o seu Projecto Educativo.

3. Projecto Curricular de Escola

Neste âmbito, verificou-se que, das escolas intervencionadas:

34 (89,%) construíram o respectivo Projecto Curricular de Escola (PCE);

• uma considerou desnecessário elaborar o PCE, na medida em que este está interiorizado pela comunidade e consubstanciado nos Projectos Curriculares de Turma;

• uma considerou desnecessário elaborar o PCE, na medida em que ministra um curso tecnológico com planos próprios que não se enquadram no âmbito do currículo nacional;

• duas não elaboraram o PCE, não apresentando qualquer razão.

4. Projectos Curriculares de Turma (PCT), no Ensino Básico

Nos 36 estabelecimentos a ministrar o ensino básico, os professores titulares ou o Conselho de Turma elaboraram os respectivos PCT.

5. Projectos e Actividades

Todos os estabelecimentos de ensino promovem projectos e/ou actividades que contribuem para a formação social e pessoal dos alunos.

(12)

IV – Docentes

No

Q

UADRO

5

, registam-se os dados apurados relativamente às habilitações profissionais/académicas dos docentes:

Q

UADRO

5

H

ABILITAÇÕES PROFISSIONAIS

/

ACADÉMICAS DOS DOCENTES

HABILITAÇÕES PROFISSIONAIS/ACADÉMICAS N.º DE ESCOLAS %

Todos docentes têm habilitações profissionais/académicas exigidas para a

docência do ensino público 38 100

Todos os docentes têm as habilitações adequadas aos cursos/formações que

leccionam 32 84,2

Docentes a leccionar nos termos dos artigos 55.º e 58.º do EEPC 16 42,1

Docentes em profissionalização 19 50,0

Na área territorial da Direcção Regional de Educação do Norte, foi detectada a existência de uma irregularidade relativa a um docente que leccionava cursos/formações para os quais não possuía habilitações profissionais adequadas. Na área territorial da Direcção Regional de Educação do Centro, detectaram-se várias situações irregulares:

a) em 50% dos estabelecimentos de ensino, os docentes que se encontravam a leccionar nos termos dos artigos 55.º e 58.º do EEPC não possuíam as habilitações adequadas ao curso/formação que leccionavam;

b) em quatro casos não foi solicitada a devida autorização para leccionar;

c) em dois casos verificou-se a ausência de registo dos cargos pedagógicos;

d) num caso não existia registo do respectivo horário.

Q

UADRO

6

R

EGIME DE EXERCÍCIO DE FUNÇÕES DOCENTES

REGIME DE EXERCÍCIO DE FUNÇÕES N.º DE DOCENTES %

Docentes em regime de exclusividade 1574 91,6

Docentes em regime de acumulação 144 8,3

Total 1718 –

Releva-se que, da totalidade dos docentes que leccionavam nos 38 estabelecimentos de ensino intervencionados, apenas cerca de 8,3% desenvolviam a sua actividade em regime de acumulação. Verificou-se, ainda, a situação de dois docentes cuja acumulação de funções não foi autorizada superiormente.

(13)

V – Alunos

1. Frequência de alunos

No

Q

UADRO

7

, indica-se o número de alunos a frequentar os diferentes níveis, ciclos de estudo ou

cursos, bem como o número de grupos ou turmas.

Q

UADRO

7

F

REQUÊNCIA DE ALUNOS

NÍVEIS/CICLOS DE

ESTUDOS/CURSOS

N.º DE

CRIANÇAS/ALUNOS % N.º DE GRUPOS/TURMAS %

Pré-escolar 1137 6,3 69 8,0 Ensino Básico Regular 1.º CEB 2817 15,7 134 15,7 2.º CEB 4429 24,8 182 21,3 3.º CEB 6033 33,8 274 32,1

Ensino Secundário Regular 2509 14,0 143 16,7

Ensino Básico Recorrente 0 0 – –

Ensino Secundário Recorrente Unidades 22 0,12 – – Blocos 94 0,52 – – Módulos 189 1,08 7 0,82 Ensino Profissional 114 0,63 8 0,93

Ensino Artístico Especializado 11 0,06 1 0,11

Cursos de Educação e Formação 369 2,06 28 3,20

Cursos de Especialização Tecnológica 0 0 0 –

Outras ofertas 125 0,70 6 0,70

Total 17849 _ 852 –

Da análise do

Q

UADRO

7

, verifica-se que são os cursos do ensino regular que apresentam maior concentração de alunos, seja nos três ciclos do ensino básico, com 74,3% – destacando-se o 3.º ciclo, com cerca de 33,8% do universo de alunos das escolas intervencionadas – seja no ensino secundário, com 14%.

De uma forma geral, a totalidade das escolas intervencionadas respeita a lotação autorizada no que se refere à frequência global. Porém, relativamente à frequência por nível/ciclo de estudos/cursos, o mesmo já não se verifica, sendo 32 (84,2%) os estabelecimentos de ensino que se encontram em situação regular.

(14)

2. Regime de assiduidade

De acordo com os artigos 84.º e 87.º, n.º 2, do EEPC, os alunos das escolas particulares estão sujeitos ao regime de assiduidade estabelecido para os alunos das escolas públicas, devendo as faltas constar de todos os mapas de apuramento de frequência.

Na generalidade das escolas, verificou-se que os alunos estiveram sujeitos ao regime de assiduidade em vigor nas escolas públicas.

3. Ensino e aprendizagem

Na generalidade, as escolas intervencionadas cumprem os normativos que dizem respeito às normas de avaliação dos alunos.

Das 38 escolas intervencionadas, 25 (65,7%) afixaram publicamente as classificações obtidas pelos alunos no correspondente período escolar. No entanto, no que se refere à comunicação anual ao Ministério da Educação dos resultados percentuais do aproveitamento dos alunos, apenas 34% cumpriram o mencionado no EEPC.

É de referir, ainda, que de um total de 33 escolas com paralelismo pedagógico, cinco não enviaram os registos de avaliação para a escola pública, até ao final do ano escolar.

4. Regime disciplinar

Em 37 das escolas intervencionadas, verificou-se que os princípios que enformam o Estatuto do Aluno do Ensino Não Superior, aprovado pela Lei n.º 30/2002, de 20 de Dezembro, foram respeitados.

(15)

VI – Serviços Administrativos

Todos os estabelecimentos de ensino têm serviços administrativos formalmente constituídos.

1. Processo individual dos docentes

No

Q

UADRO

8

, apresenta-se a informação recolhida sobre os processos individuais dos docentes.

Q

UADRO

8

E

LEMENTOS

/

DOCUMENTOS CONSTANTES NOS PROCESSOS INDIVIDUAIS DOS DOCENTES

ELEMENTOS/DOCUMENTOS INSEREM NOS PROCESSOSN.º DE ESCOLAS QUE OS

Identificação dos docentes 36

Comprovativo de habilitações académicas/profissionais 37

Autorização de leccionação 16

Elementos relativos a acumulação 23

Elementos sobre Segurança Social 36

Descontos fiscais 32

Descontos para a Caixa Geral de Aposentações 32

Horários 30

Cargos pedagógicos/de Direcção 0

Certificados de acções de formação 34

Disciplinares 8

Assiduidade 33

2. Processo individual dos alunos

Nas 38 escolas intervencionadas, os elementos/documentos que se encontram nos processos individuais dos alunos contemplam: identificação e morada do aluno e identificação e morada dos pais/encarregados de educação. Nestes processos, em três escolas não constam informações relevantes sobre o percurso educativo dos alunos e, em oito, não existem elementos respeitantes à segurança social. Em todas as escolas intervencionadas, é preservada a confidencialidade destes processos.

Em 36 dos 38 estabelecimentos de ensino intervencionados, as pautas de classificações dos alunos encontram-se devidamente preenchidas e em 31 escolas os termos encontram-se, também, devidamente preenchidos.

(16)

VII – Instalações e Equipamentos

No

Q

UADRO

9, registam-se as condições de adequabilidade a pessoas com mobilidade condicionada no interior

dos edifícios, bem como nos acessos aos mesmos.

Q

UADRO

9

C

ONDIÇÕES DE ADEQUABILIDADE A PESSOAS COM MOBILIDADE CONDICIONADA

CONDIÇÕES DE ADEQUABILIDADE

N.º DE ESCOLAS QUE

DISPÕEM DESTAS

CONDIÇÕES %

Nos passeios e vias de acesso ao estabelecimento 31 81,5

Nos acessos ao(s) edifício(s) 22 57,8

Na(s) entrada(s) do(s) edifício(s) 24 63,1

Nos corredores e portas interiores – –

Nas instalações sanitárias 22 57,8

Nas instalações desportivas 20 52,6

Regista-se que um número significativo de estabelecimentos de ensino investiu na criação de condições de adequabilidade para pessoas com mobilidade condicionada no interior dos edifícios, embora nos respectivos acessos e instalações sanitárias apenas 57,8% o tenha efectuado.

No

Q

UADRO

10

regista-se o número de estabelecimentos de ensino intervencionados que dispõem de equipamentos satisfatórios nos espaços específicos.

Q

UADRO

10

Q

UALIDADE DOS EQUIPAMENTOS DOS ESPAÇOS ESPECÍFICOS

ESPAÇOS ORGANIZADOS COMO:

N.º DE ESCOLAS QUE

DISPÕEM DE EQUIPAMENTOS SATISFATÓRIOS

%

Laboratório de Ciências (2.º e 3.º CEB) 32 84,2

Laboratório de Física (E. Secundário) 21 55,2

Laboratório de Química (E. Secundário) 24 63,1

Laboratório de Biologia/Geologia (E. Secundário) 20 52,6

Sala de TIC 36 94,7

Instalações cobertas de Educação Física 28 73,6

Campo polidesportivo 26 68,4

Nos

Q

UADROS

11,

12

E

13

, registam-se os dados recolhidos relativamente ao tipo de vistoria ou de inspecção efectuada, meios de intervenção contra incêndio e condições de segurança.

(17)

Q

UADRO

11

V

ISTORIAS E INSPECÇÕES

TIPO DE VISTORIA OU INSPECÇÃO N.º DE ESCOLAS ONDE FORAM REALIZADAS %

Às instalações pelo Serviço Nacional de Bombeiros 21 55,2

Às instalações e equipamentos eléctricos 23 60,5

Às instalações de gás 30 78,9

Às balizas e outros equipamentos desportivos 19 50,0

Outros 29 76,3

Q

UADRO

12

M

EIOS DE INTERVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

MEIOS DE INTERVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS N.º DE ESCOLAS QUE DISPÕEM DESTES MEIOS %

Extintores 34 89,4

Areia, mantas (nos laboratórios) 24 63,1

Q

UADRO

13

C

ONDIÇÕES DE SEGURANÇA

CONDIÇÕES DE SEGURANÇA N.

º DE ESCOLAS QUE DISPÕEM DESTAS CONDIÇÕES

Meios de prestação de primeiros socorros 26

Unidade de lava-olhos com chuveiro (no laboratório de Química) 27

Instruções p/ utilização de material/equipamento específico afixado de forma visível, p. ex., nos

laboratórios 26

Pela análise dos

Q

UADROS

11,

12

E

13

, bem como das recomendações inclusas nos relatórios regionais, verifica-se uma resposta pouco satisfatória das escolas às necessárias vistorias ou inspecções às instalações por parte do Serviço Nacional de Bombeiros, o mesmo se passando relativamente às instalações e equipamentos eléctricos e de gás.

No que se refere aos laboratórios, foram identificadas deficiências no que respeita à aquisição de equipamento específico para intervenção imediata em situações de emergência, bem como no que se refere à divulgação de instruções para utilização de material e/ou equipamento específico.

(18)

CONCLUSÕES

Esta actividade permitiu conhecer a realidade dos estabelecimentos de ensino particular e cooperativo, tendo proporcionado uma visão global do seu funcionamento, das instalações e serviços, e, ainda, aferir do cumprimento dos normativos legais, designadamente, em termos pedagógicos.

Em conformidade com os objectivos definidos e com as orientações metodológicas previstos para o desenvolvimento desta actividade, as evidências recolhidas, consubstanciadas nos relatórios produzidos, permitem concluir que, na generalidade, as dinâmicas organizacionais e as práticas educativas, nos contextos intervencionados, respeitam as orientações normativas que sustentaram, a seu tempo, a concessão de autonomia e/ou de paralelismo pedagógico.

No que respeita aos Órgãos de Direcção e Orientação Pedagógica, verificou-se que, de um modo geral, a Direcção Pedagógica obedece aos requisitos legais, quanto à sua designação e homologação, sendo colectiva em cerca de 55% dos estabelecimentos.

Todos os requisitos exigidos para o exercício de funções de Director(a) pedagógico(a), designadamente habilitação académica e experiência pedagógica, foram cumpridos.

Relativamente ao Plano de Acção Educativa, há a referir que o Regulamento Interno, apesar de elaborado por todas as entidades intervencionadas e divulgado junto da comunidade escolar, apenas em 50% dos casos foi remetido à Direcção Regional de Educação respectiva.

É de salientar que, em 87% dos estabelecimentos de ensino, está definida a participação dos alunos e pais/encarregados de educação na vida da escola e em 76% no processo de avaliação.

O Projecto Curricular de Escola foi elaborado em 89% dos estabelecimentos de ensino intervencionados.

Todos os estabelecimentos de ensino promoveram projectos e/ou actividades que contribuem para a formação social e pessoal dos alunos.

Em relação aos Docentes, é de salientar, como aspecto muito positivo, a sua grande estabilidade (92% em regime de exclusividade) e o facto de, na sua maioria, apresentarem as habilitações académicas e profissionais exigidas para a leccionação do nível de educação e ciclo de escolaridade que estão a assumir. Foram detectadas situações irregulares relativas a dois professores que leccionavam em regime de acumulação, sem a devida autorização.

Relativamente aos Alunos, é de referir que, na generalidade, os aspectos consignados no roteiro desta actividade se encontram de acordo com o exigido na legislação vigente, exceptuando o que respeita ao cumprimento da lotação especificamente atribuída aos vários níveis de educação e de ensino, que se encontra irregular em seis dos estabelecimentos.

(19)

Apesar de as lotações globais por estabelecimento de ensino estarem a ser cumpridas, registam-se alguns desvios no que diz respeito às lotações por nível de ensino. Embora, face aos normativos vigentes, esta situação configure objectivamente uma desconformidade, importa promover a criação de condições que permitam que as direcções dos estabelecimentos de ensino possam gerir com alguma flexibilidade o número de alunos inscritos.

Na generalidade, as escolas intervencionadas cumprem os normativos que dizem respeito às normas de avaliação dos alunos; verificou-se, no entanto, que 15% das escolas com paralelismo pedagógico não enviaram, até ao final do ano escolar, os registos de avaliação para a respectiva escola pública. Apenas numa das escolas intervencionadas, se verificou que os princípios que enformam o Estatuto do Aluno do Ensino Não Superior, aprovado pela Lei n.º 30/2002, de 20 de Dezembro, não foram respeitados

Quanto aos Serviços Administrativos, pode afirmar-se que, de um modo geral, estes serviços cumprem os normativos em vigor, nas vertentes analisadas. Porém, em alguns dos estabelecimentos intervencionados, verificou-se que, embora organizados, os processos individuais dos professores não contemplam alguns dos elementos/documentos que deveriam constar em cada processo. É igualmente de mencionar que, em vários estabelecimentos, não foi enviada à tutela a relação discriminada dos docentes ao seu serviço, com os elementos previstos no respectivo cadastro, de modo a dar cumprimento ao disposto nos artigos 52.º e 72.º do Decreto-Lei n.º 553/80, de 21 de Novembro.

Em relação às Instalações e Equipamentos, verificou-se que um número significativo de estabelecimentos de ensino investiu na criação de condições de adequabilidade para pessoas com mobilidade condicionada no interior dos edifícios, embora relativamente aos acessos e às instalações sanitárias apenas 57,8% o tenha feito.

Ao nível dos laboratórios, verifica-se que a maior parte das entidades dispõe de equipamentos satisfatórios ao nível das Ciências, Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e Educação Física: 84,2% possuem Laboratório de Ciências, 94,7%, Sala de TIC, 73,6%, instalações cobertas de Educação Física, e 68,4%, campo polidesportivo, sendo o panorama menos positivo ao nível da Física, Química e Biologia/Geologia (com valores que variam entre os 52,6% e 63,1%).

As questões relacionadas com a segurança apresentam, de um modo geral, algumas deficiências. Foram realizadas pelo Serviço Nacional de Bombeiros vistorias às instalações em 55,2% das escolas. Em 50,0% das mesmas foram realizadas vistorias às balizas e a outros equipamentos desportivos. Apenas 68,4% dispõem de condições e meios para a prestação de primeiros socorros.

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RECOMENDAÇÕES

Para as Escolas:

Melhorar a qualidade do Regulamento Interno e assegurar o seu envio à Direcção Regional respectiva, bem como garantir a comunicação à tutela das alterações que vão sendo introduzidas neste documento.

 Assegurar o envio, até ao final do ano escolar, dos respectivos registos de avaliação para a escola pública.

 Assegurar o cumprimento da Lei (Despacho n.º 92/ME/88, de 16 de Junho; Portaria n.º

814/2005, de 13 de Setembro) no que se refere à acumulação de funções dos docentes.

 Melhorar o funcionamento dos Serviços Administrativos, designadamente no que se refere à organização dos processos dos docentes e dos alunos.

 Melhorar o equipamento específico dos laboratórios e as respectivas condições de segurança.

 Melhorar as condições de segurança, tanto no interior das instalações escolares como nas zonas exteriores e equipamentos aí instalados.

 Promover as necessárias vistorias/inspecções às instalações e equipamentos pelo Serviço Nacional de Bombeiros e assegurar as devidas avaliações técnicas periódicas às instalações e equipamentos eléctricos e de gás.

Para as Direcções Regionais de Educação:

 Melhorar o acompanhamento dos estabelecimentos de ensino em relação ao cumprimento da obrigatoriedade de envio do Regulamento Interno e das alterações que nele ocorram ao longo do ano.

 Melhorar o acompanhamento dos estabelecimentos de ensino em relação ao cumprimento da obrigatoriedade de envio dos mapas com a situação discriminada do tempo de serviço prestado pelos docentes no ano anterior.

 Melhorar o acompanhamento dos estabelecimentos de ensino no que diz respeito à segurança das instalações e dos equipamentos, incluindo todos os espaços utilizados pelos alunos, tanto nos edifícios escolares, como nos espaços exteriores, assegurando, assim, a implementação dos requisitos definidos na legislação em vigor.

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ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 – Níveis/ciclos de estudo em funcionamento ... 7

Quadro 2 – Níveis/Modalidades de educação e ensino com autonomia/paralelismo pedagógicos ... 8

Quadro 3 – Níveis/Ciclos de estudo abrangidos por contratos de associação ... 9

Quadro 4 – Composição do Conselho Pedagógico ou órgão equivalente ... 10

Quadro 5 – Habilitações profissionais/académicas dos docentes ... 12

Quadro 6 – Regime de exercício de funções docentes ... 12

Quadro 7 – Frequência de alunos ... 13

Quadro 8 – Elementos/documentos constantes nos processos individuais dos docentes ... 15

Quadro 9 – Condições de adequabilidade a pessoas com mobilidade condicionada ... 16

Quadro 10 – Qualidade dos equipamentos dos espaços específicos ... 16

Quadro 11 – Vistorias e inspecções ... 17

Quadro 12 – Meios de intervenção contra incêndios ... 17

Referências

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