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Relator de projeto que altera meta do superávit defende urgência e serenidade em votação

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Ano: XXIII - Nº 5.491 Quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Relator de projeto que altera meta do superávit

defende urgência e serenidade em votação

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator do projeto de lei (PLN 36/14) que altera a meta do superávit primário deste ano, defendeu ontem urgência para a votação da matéria no Congresso Nacional. “A urgência limita prazos e agiliza a votação dessa proposta tão importante ao País”, afirmou o senador, informando que já conversou com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, sobre essa possibilidade. “Se é necessário diminuir o superávit com abatimento de investimentos e desonera-ções que são importantes para manter a estabilidade da nossa

economia, temos que discutir essa matéria com profundidade e clareza técnica, não só política”, pediu Jucá.

O peemedebista, que também é relator-geral do Orçamen-to Geral da União para 2015, disse que o embate político sobre a alteração da meta fiscal é natural. “A oposição fará a exploração que achar conveniente, mas não podemos incorrer no erro que ocorreu nos EUA, onde se bloqueou a atividade do governo americano e isso acabou provocando a crise financeira da maior economia do mundo. Não podemos travar a nossa economia, os investimentos e os pagamentos”, alertou Jucá.

O relator elogiou ainda a transparência com que o governo Dilma está tratando essa questão do ajuste na meta do

superá-vit primário. “Defendo que, em vez de contabilidade criativa, mágicas contábeis, como já ocorreu em governos passados, o Brasil seja transparente e sinalize, interna e externamente, qual a condição das contas públicas, da política fiscal e quais os remédios que pretende aplicar”, defendeu.

O senador informou também que já tem pronto o parecer da matéria e que só não apresentou o texto ontem, porque foi informado pela Comissão Mista de Orçamento de que o projeto não tramita em regime de urgência, portanto, tem que seguir os prazos

normais. O período para apresentação de emendas ao texto começou ontem e só se encerra no dia 24 de novembro.

Defesa Defesa Defesa Defesa

Defesa – O vice-líder do PT, deputado Sibá Machado (PT-AC)Sibá Machado (PT-AC)Sibá Machado (PT-AC)Sibá Machado (PT-AC)Sibá Machado (PT-AC), usou a tribuna da Câmara ontem para defender o projeto do governo que flexibiliza as metas de superávit. Ele disse que não entende “o alarde, o oba-oba protagonizado pela grande imprensa e pela oposição”, porque todos sabem que a economia mundial

ainda está passando por dificuldades muito grandes. “Em contrapartida, o governo Dilma tem garantido investi-mentos através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O governo também caminha, a passos largos, para proteger as empresas e a indústria nacional, por meio do processo de deso-neração tributária, que nós vimos aqui nesta Casa constantemen-te, com a votação de medidas desse teor”, argumentou.

Mesmo com a crise econômica, Sibá enfatizou que o go-verno Dilma fez a opção política de proteger as empresas nacionais, garantir o investimento e a geração do emprego formal, com carteira assinada.

Se a alteração da LDO-2014 for aprovada, o governo poderá descontar da meta do superávit primário todos os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as desonerações

tributárias realizadas com impactos neste ano. A meta oficial para este ano é de R$ 116,1 bilhões para o governo federal (incluindo as estatais), montante do qual já está autorizado a descontar R$ 67 bilhões equivalente ao PAC e às desonerações. O que o governo propõe agora é que não exista mais esse limite, comprometen-do-se a fazer o maior superávit possível.

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou ontem o relatório preliminar do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO-2015). Os deputados e senadores terão, agora, prazo até a próxima quinta-feira (20) para apresentar emendas ao texto. O presidente do colegiado, deputado Devanir Ribeiro (PT-SP)Devanir Ribeiro (PT-SP)Devanir Ribeiro (PT-SP)Devanir Ribeiro (PT-SP)Devanir Ribeiro (PT-SP), explicou que é nesta etapa que deverá ficar consignado na LDO as emendas parlamentares individuais impositivas para o próximo ano.

Devanir esclareceu que tramita na Casa uma proposta de emenda à Constituição (PEC 358/13) que trata da imposição da execução das emendas parlamentares individuais. “A inclusão desse dispositivo na LDO é só uma prevenção para o caso de a PEC não ser aprovada antes da conclusão da apreciação da LDO para 2015”, frisou.

São nessas emendas também que os parlamentares vão destacar os projetos e ações prioritárias para o próximo ano,

asseguran-do assim a possibilidade para que esses projetos rece-bam recursos no Orçamento-Geral da União, também em apreciação na CMO.

O senador Vital do Rego já anunciou que apre-sentará seu parecer final para votação na quarta-feira (26).

CMO aprova relatório preliminar da LDO

“O GOVERNO

TAMBÉM

CAMINHA, A

PASSOS LARGOS,

PARA PROTEGER

AS EMPRESAS E A

INDÚSTRIA

NACIONAL”

(2)

2

O deputado Fernando Ferro (PT-PE)Fernando Ferro (PT-PE)Fernando Ferro (PT-PE)Fernando Ferro (PT-PE)Fernando Ferro (PT-PE) usou a tribuna da Câmara na terça-feira (11) para alertar sobre a crise econômica que se alastra pelo mundo e para denunciar a perversidade da concentração de renda que permeia a sociedade brasileira e mundial. Ele disse que a continuidade do processo de desenvol-vimento do Brasil é o grande desafio que está coloca-do nesse contexto.

“Não somos uma ilha. Somos um País que está inserido internacionalmente dentro de uma crise eco-nômica que se reflete na nossa economia e na vida da população. É impressionante como essa crise promo-veu, em escala planetária, o aumento da desigualda-de social”, constatou Fernando Ferro.

Em seu discurso, o petista lembrou que cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro en-contra-se nas mãos de 15 famílias. Para ele, esse é um dado que, por si só, revela o grau de concentra-ção de renda no País. Ele relatou ainda que

econo-NA TRIBUecono-NA

Brasil não pode seguir receituário

da oposição, diz Fernando Ferro

mias como a dos Estados Unidos expõem um con-tingente de 46 milhões de pessoas na pobreza. Fernando Ferro analisou que esse capitalismo he-gemônico aumentou de 1% para 9% a renda dos mais ricos nos últimos 35 anos.

“Na escala planetária, os 85 mais ricos do mun-do – vejam que damun-do estarrecemun-dor – têm metade mun-do PIB mundial. Quer dizer, 85 pessoas têm o equiva-lente a 3,5 bilhões de habitantes da Terra. É esse modelo que está na raiz dos problemas que estamos

vivendo. E aqui fica a se cobrar que o Brasil siga esse receituário”, refutou o petista. “O caminho pelo qual optamos fez crescer a economia e incluiu socialmente milhões de pessoas. Portanto, não podemos e não devemos aceitar esse receituário da oposição”.

Fernando Ferro questionou a lógica da oposição. “Qual é a retórica? Quando você gasta com saúde, educação, Bolsa Família, chama-se despesas públi-cas. Quando você trabalha para pagar juros, chama-se responsabilidade fiscal. Essa é a essência da diferen-ça de como lidar com vidas humanas”, enfatizou.

Mídia Mídia Mídia Mídia

Mídia – Fernando Ferro fez questão de frisar que tudo isso conta com a conivência da mídia brasi-leira. “O Brasil está submetido a um esquema de mídia atrasada, aos coronéis da mídia”, afirmou. De acordo com o deputado, algumas revistas e emissoras de televisões vivem de recursos do Estado brasileiro. Para ele, esse é mais um tema sobre o qual a socieda-de precisa se socieda-debruçar.

A Comissão Mista de Orçamento (CMO), presidi-da pelo deputado Devanir Ribeiro (PT-SP)Devanir Ribeiro (PT-SP)Devanir Ribeiro (PT-SP)Devanir Ribeiro (PT-SP)Devanir Ribeiro (PT-SP), apro-vou ontem medida provisória (MP 655/14) que libe-ra créditos extlibe-raordinários de R$ 5,4 bilhões palibe-ra o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Su-perior (Fies), ligado ao Ministério da Educação (MEC) e que financia a graduação em faculdades particula-res. Podem ter acesso ao financiamento, que varia de 50% a 100% do valor da mensalidade, alunos com renda familiar bruta de até 20 salários mínimos.

Podem solicitar o financiamento os estudantes de cursos presenciais de graduação não gratuitos com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), oferecidos por

insti-COMISSÕES

CMO vota crédito extraordinário de R$ 5,4 bilhões para Fies

tuições de ensino superior participantes do Programa, e que atendam as demais exigências estabelecidas nas normas do Fies para essa finalidade.

Instituto Aerus Instituto Aerus Instituto Aerus Instituto Aerus

Instituto Aerus – Os parlamentares aprovaram ainda o PLN 31, que reserva R$ 248,2 milhões ao Ministério da Previdência Social para cumprir sentença judicial favorável aos aposentados e pensionistas do

Instituto Aerus de Seguridade Social, dos ex-funcionári-os das companhias aéreas Varig, Cruzeiro e Transbrasil. Em setembro, o Tribunal Regional da 1ª Região proferiu sentença favorável ao Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) e à Associação dos Funcionários Apo-sentados e Pensionistas da Transbrasil. Mesmo com a União tendo recorrido da decisão, ela e o Aerus ficam obrigados a manter os pagamentos de complementação de aposentadorias, pensões e auxílios-doença a todos os participantes sob pena de multa por atraso.

Por acordo, foi aprovado também o PLN 9/14, que abre crédito suplementar de R$ 41,4 milhões em favor das Justiças Federal, Eleitoral e do Trabalho e do Ministério Público da União.

A Comissão de Educação realiza partir das 9h30 de hoje, no plenário 10, audiência pública para debater a “Educação Sexual dos Adolescen-tes”. Foram convidados Henrique Paim, ministro da Educação; Carlos Eduardo Corradi, presidente

Comissão discute educação sexual de jovens

Câmara homenageia

Universidade do

Rio Grande do Sul

A Câmara realiza sessão solene às 9h de hoje, em homenagem aos 80 anos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

da Sociedade Brasileira de Urologia; Fábio Mes-quita, diretor do Departamento DST, AIDS e Hepa-tites Virais do Ministério da Saúde; e Bárbara Melo, presidente da União Brasileira de Estudantes Se-cundaristas (Ubes).

Líder da Bancada: Deputado Vicentinho (SP)

Chefe de Gabinete: Marcus Braga - Coordenação da Imprensa: Denise Camarano (Editora-chefe); Paulo Paiva Nogueira (Assessoria de Imprensa) Editores: Vânia Rodrigues e Tarciano Ricarto

Redação: Benildes Rodrigues, Gizele Benitz, Héber Carvalho, Rogério Tomaz Jr., Tarciano Ricarto, Vânia Rodrigues e Késia Oliveira (estagiária) - Rádio PT: Ana Cláudia Feltrim , Chico Pereira e Ivana Figueiredo

- Fotógrafos: Gustavo Bezerra e Salu Parente Video: João Abreu

Projeto Gráfico: Sandro Mendes - Diagramação: Sandro Mendes e Ronaldo Martins - Web designer e designer gráfico: Claudia Barreiros - Secretária de Imprensa: Maria das Graças Colaboração: Assessores dos gabinetes parlamentares e da Liderança do PT.

O Boletim PT na Câmara, antigo Informes, foi criado em 8 de janeiro de 1991 pela Liderança do PT na Câmara dos Deputados.

(3)

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) vai discutir na próxima terça-feira (18) a proposta de reforma política prevista na PEC 352/13. A matéria estava na pauta de votação de ontem, mas a maioria dos deputados foi contra a apreciação da PEC. “Não podermos votar esse texto que vai na contramão da reforma do sistema político que a sociedade brasilei-ra defende, com o fim do financiamento das campa-nhas por parte das grandes empresas”, defendeu o deputado José Guimarães (PT-CE)José Guimarães (PT-CE)José Guimarães (PT-CE)José Guimarães (PT-CE)José Guimarães (PT-CE).

“Queremos, sim, mudar o sistema político brasi-leiro e defendemos uma mudança mais ampla, com financiamento público de campanha, voto em lista e maior participação feminina”, afirmou José Guima-rães, que é vice-presidente do PT.

Na avaliação do deputado Alessandro MolonAlessandro MolonAlessandro MolonAlessandro MolonAlessandro Molon (PT-RJ)

(PT-RJ) (PT-RJ) (PT-RJ)

(PT-RJ), a PEC 352/13 é uma “antirreforma políti-ca”, além de contrariar a vontade popular. A proposta, segundo Molon, vai também contra o posicionamento da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Fede-ral, que já se manifestaram contra o financiamento

CCJ vai debater proposta de reforma

política com juristas e movimentos sociais

empresarial de campanha. “O Supremo está muito perto de proibir esse tipo de financiamento, respon-dendo a uma Ação de Inconstitucionalidade proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil”, afirmou.

O deputado Luiz Couto (PT-PB)Luiz Couto (PT-PB)Luiz Couto (PT-PB)Luiz Couto (PT-PB)Luiz Couto (PT-PB) também se manifestou contra a PEC 352, destacando que ela é fruto de um grupo de trabalho. “Não podemos dar pre-ferência e aprovar uma PEC que foi resultado de um grupo de trabalho que sequer tinha representação de todos os partidos políticos com assento nessa Casa”, argumentou. Ele lembrou ainda que tramitam na Câ-mara outras proposta de reforma política mais amplas, como a da comissão especial que foi relatada pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS)Henrique Fontana (PT-RS)Henrique Fontana (PT-RS)Henrique Fontana (PT-RS)Henrique Fontana (PT-RS). “Não hou-ve consenso nem para o texto que se aproxima mais do que a sociedade e o PT defendem”, lamentou.

Tanto o deputado Luiz Couto, como Guimarães e Molon citaram o decreto PDC 1508/14, que tramita na Casa propondo o plebiscito para a reforma política. “Será que os parlamentares não entenderam o recado das urnas nessa última eleição? O povo quer e precisa

ser ouvido para as alterações do nosso sistema político”, afirmou Guimarães.

AAAAAudiênciaudiênciaudiênciaudiência – Para a audiência da próxima ter-udiência ça-feira (18), às 14h30, no plenário 1, serão con-vidados representantes da OAB, da Conferência Na-cional dos Bispos do Brasil, da Plataforma dos Mo-vimentos Sociais, juristas e magistrados. O presi-dente da CCJ, deputado Vicente Cândido(PT-Vicente Cândido(PT-Vicente Cândido(PT-Vicente Cândido(PT-Vicente Cândido(PT-SP)

SP)SP)

SP)SP), explicou que o debate é sobre a constituciona-lidade da matéria, mas que inevitavelmente o mé-rito estará em discussão.

PEC 352 PEC 352 PEC 352 PEC 352

PEC 352 – A proposta, entre outros temas, acaba com a reeleição para presidente da República, governadores e prefeitos; determina a coincidência das datas de todas as eleições, a cada quatro anos; facilita a criação de partidos, com uma cláusula de desempenho eleitoral para que continuem existindo; e muda as regras para as coligações eleitorais. Pelo texto, os partidos que se coligarem serão obrigados a permanecer juntos, atuando em bloco parlamentar, até a próxima eleição.

A Comissão de Constituição e Justiça aprovou ontem projeto de lei (PL 7.153/10) do senador Paulo Paim (PT-RS) que altera a Lei 8.213/91, para isentar o aposentado por invalidez e o pensionista inválido beneficiários do Regime Geral da Previdência Social de se submeterem a exame médico-pericial após com-pletarem 60 anos de idade.

Na justificativa do projeto, o senador Paim argu-menta que originalmente a Lei 8.231 estabelecia 55 anos como limite de idade para a exigência de períci-as médicperíci-as periódicperíci-as. “No entanto, esse limite foi abolido, o que vem penalizando os idosos com defici-ência”, justificou.

Profissão de DJ Profissão de DJ Profissão de DJ Profissão de DJ

Profissão de DJ – A CCJ aprovou também proposta (PL 3265/12) do Senado que regulamenta a

Deputados aprovam projeto que

beneficia aposentado por invalidez

profissão de DJ (disc-jóquei). Pelo texto, só poderá exercer a profissão quem tiver feito curso técnico com 800 horas de duração em uma instituição reconheci-da pelo Ministério reconheci-da Educação. O registro profissio-nal será concedido pela Superintendência Regioprofissio-nal do Trabalho. É exigida ainda a idade mínima de 16 anos e ensino médio completo ou em curso para o exercício da profissão.

As novas determinações não valem para os pro-fissionais que já estejam trabalhando de forma contí-nua há pelo menos cinco anos nem para o DJ estran-geiro que permanecer até 60 dias no País.

Como tramita em caráter conclusivo, e sofreu al-terações, o projeto deve retornar ao Senado para nova análise.

Zarattini protesta contra

investigação dos EUA

sobre eventuais atos de

corrupção no Brasil

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) clas-sificou como “absolutamente inconveniente” a decisão do Departamento de Justiça dos Es-tados Unidos de abrir investigação sobre eventuais atos de corrupção na Petrobras. Em pronunciamento no plenário, Zarattini defen-deu que o Ministério da Justiça do Brasil se pronuncie em relação ao tema.

“O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deve informar ao governo americano que as inves-tigações já estão sendo feitas aqui no Brasil e que, portanto, não cabe que haja uma investigação fei-ta pelos Esfei-tados Unidos. Temos aqui todas as con-dições legais e operacionais de fazer essa investi-gação, como, aliás, já vem sendo feita pela Justiça brasileira”, destacou Carlos Zarattini.

COMISSÕES

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AGRICULTURA

4

Em audiência pública promovida ontem pela Comissão da Agricultura da Câmara, o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Miguel Rossetto, discorreu sobre os avanços promovidos pelo Progra-ma Nacional de Fortalecimento da Agricultura Fa-miliar (Pronaf) e esclareceu denúncias de desvio de recursos do programa nos municípios gaúchos de Santa Cruz do Sul e Sinimbú, veiculadas pela im-prensa no mês de outubro.

“Todas as denúncias são graves e exigem dedica-ção. Um programa com a dimensão, qualidade e carac-terísticas que têm o Pronaf, ofertando benefícios aos agricultores familiares do País, em momento algum pode ser confundido com problemas graves e localiza-do”, enfatizou Miguel Rosseto.

O ministro fez questão de lembrar que o Pronaf beneficia hoje mais de 5 milhões de agricultores, com

Pronaf não pode ser comprometido por problemas localizados, diz R

um aporte de R$ 24,1 bilhões para financia-mento e custeio. Segundo o ministro, a taxa de inadimplência do programa é de apenas 1,05% para o Banco do Brasil. Em todo o sistema financeiro, essa marca atinge a casa de 5%.

Rosseto disse ainda que as supostas frau-des centram-se na declaração de alguns agri-cultores. Eles afirmam não terem solicitado crédito junto à Associação Santacruzense de Pequenos Agricultores Camponeses (Aspac); que não assinaram o contrato e que, portanto, não reconhecem a dívida e não autorizaram a trans-ferência de recursos dos seus contratos para essa entidade.

Para Miguel Rosseto, essas três situações po-dem ter provocado irregularidades no Pronaf, mas enfatizou que elas estão sendo investigadas pela

Policia Federal e pelo MDA. Ele afirmou que a Po-lícia Federal abriu investigação no início de 2012, que ainda está em andamento, e que o Banco do Brasil, uns dos principais responsáveis pelos

repas-A deputada Luci Choinacki (PT-SC)Luci Choinacki (PT-SC)Luci Choinacki (PT-SC)Luci Choinacki (PT-SC)Luci Choinacki (PT-SC) agradeceu em plenário ao ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, que participou ontem de audiência pú-blica na Comissão de Agricultura. “Ele fez uma exposição extraordinária dos avanços que tivemos na agricultura familiar, com o Pronaf, o Programa Mais Alimentos, o Programa de Aquisi-ção de Alimentos, ações importantes que estão sendo fei-tas no Brasil. Como diz o Lula, nunca an-tes a agricultura fa-miliar foi tão valori-zada como nos gover-nos do PT”, afirmou Luci Choinacki.

A parlamentar petista ressaltou a importância da reeleição da presi-denta Dilma para garantir os avanços do setor. “Nes-ses dias, às vésperas da eleição, os agricultores esta-vam desesperados. Os agricultores que compraram tratores com recursos do Programa Mais Alimentos, estavam com medo de chegar outro governo e des-truir os programas. Mas, graças a Deus, reelegemos a presidente Dilma e vamos ampliar os programas da agricultura familiar e da agroecologia”,

fri-sou Luci Choinacki.

Luci Choinacki elogia

exposição de ministro

na Câmara

Conferência sobre

mulheres rurais reúne representantes

de 25 países e define ações

Terminou ontem a primeira Conferência sobre Mulheres Rurais da América Latina e Caribe, em Brasília (DF). O evento contou com a representação de 25 países da região e originou a Declaração de Brasília – documento de referência para as principais ações voltadas às mulheres do campo, que leva em consideração, entre outras questões, a soberania alimentar e nutricional, a autonomia econômica, a igualdade de gêneros e a garantia de uma vida livre de violência. Segundo a diretora de Políticas para

Mulheres Rurais do Ministério do Desenvolvimento Agrário (DPMR/MDA), Karla Hora, esse é um momento importante, que representa o esforço comum das trabalhadoras rurais e governos. “Esse documento é uma síntese das ações, debates, agendas, demandas, sonhos e perspectivas que foram construídas ao longo de dois anos. Ele reconhece a importância das políticas públicas voltadas para as mulheres rurais”, ressaltou. A secretária-executiva da Secretaria de Políticas Para as Mulheres da

Presidência da República, Lourdes Bandeira, se referiu à conferência como um exemplo de articulação para o bem estar das mulheres rurais. “A Declaração de Brasília é resultado do compromisso da inclusão das mulheres, da autonomia,

dos direitos do público feminino. Essas mulheres acumulam uma múltipla jornada: são responsáveis pelo trabalho no campo, pelo cuidado com a casa e pela participação política. P

tenham visibilidade”, salientou. Para a vice-ministra de Agricultura e P

pro tempore da Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac), Gina Paniagua, a declaração foi considerada por todos um avanço na efetivação

Latina e o Caribe (Cepal), a Celac, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Reunião

Especializada sobre Agricultura Familiar do Mercosul (Reaf/Mercosul).

Conferência sobre

mulheres rurais reúne representantes

de 25 países e define ações

ESSE DOCUMENTO É UMA

SÍNTESE DAS AÇÕES,

DEBATES, AGENDAS,

DEMANDAS, SONHOS

E PERSPECTIVAS QUE

FORAM CONSTRUÍDAS

AO LONGO DE DOIS ANOS

ESSE DOCUMENTO É UMA

SÍNTESE DAS AÇÕES,

DEBATES, AGENDAS,

DEMANDAS, SONHOS

E PERSPECTIVAS QUE

FORAM CONSTRUÍDAS

AO LONGO DE DOIS ANOS

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Ságuas Moraes apresenta

projeto que institui

Sistema Nacional

de Educação

Apresentado em julho deste ano pelo deputado

Ságuas Moraes (PT-MT), projeto de lei complementar

(PLP 413/14) estabelece normas da cooperação fe-derativa entre a União e os estados; o Distrito Federal e os municípios; e entre os estados e os municípios para garantia dos meios de acesso à educação públi-ca básipúbli-ca e superior regida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

A partir da aprovação do projeto de lei comple-mentar, ficará instituído o Sistema Nacional de Educa-ção (SNE), expressão do esforço organizado, autônomo e permanente do Estado e da sociedade brasileira com-preendendo o Sistema Federal, os Sistemas Estaduais, do Distrito Federal e dos municípios constituídos em lei dos respectivos entes federados.

O projeto tem como objetivo responder especifi-camente às disposições do artigo 32 da Constituição Federal, acelerada agora pela recente sanção da Lei 13.005/14, que estabelece o Plano Nacional de Edu-cação (PNE). O PNE foi aprovado pelo Congresso Na-cional em maio e sancionado pela presidenta Dilma Rousseff em julho deste ano.

No dia 29 de outubro, o deputado Glauber Braga (PSB-RJ) foi designado pela Comissão de Educação como relator do PLP 413/14. A proposição será anali-sada, ainda, em regime de prioridade, pelas Comis-sões de Finanças e Tributação e de Constituição e Jus-tiça e de Cidadania (CCJC) antes de ir a plenário.

A Comissão de Seguridade Social e Família, pre-sidida pelo deputado Amauri Teixeira (PT-BA), pro-move audiência pública às 9h30, no plenário 7, para discutir planos de contenção de novas epidemias como a do vírus Ebola e a Febre Chikunguya no País”. Foram convidados: Rodrigo Guerino Stabeli, vice-pre-sidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); Cláudio Maierovi-tch, diretor do Departamento de Doenças Transmis-síveis do Ministério da Saúde; Luiz Carlos Pereira, di-retor-técnico do Instituto de Infectologia e Hospital Emílio Ribas; e Giovanini Coelho, coordenador-geral do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde.

Seguridade debate

planos para

conter novas

epidemias no Brasil

ronaf não pode ser comprometido por problemas localizados, diz Rosseto

Conferência sobre

mulheres rurais reúne representantes

de 25 países e define ações

dos direitos do público feminino. Essas mulheres acumulam uma múltipla jornada: são responsáveis pelo trabalho no campo, pelo cuidado com a casa e pela participação política. Por isso é tão importante que elas tenham visibilidade”, salientou.

ara a vice-ministra de Agricultura e Pecuária da Costa Rica e vice-presidente pro tempore da Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac),

aniagua, a declaração foi considerada por todos um avanço na efetivação de políticas para as trabalhadoras do campo. “Temos um grande desafio pela frente, o de passar do diálogo para ações concretas”, afirmou. Segundo ela, durante a Reunião Ministerial da Celac, realizada na terça-feira (11), foram aprovados e adotados documentos que também propõem ações de empoderamento e igualdade às mulheres.

A Conferência sobre Mulheres Rurais da América Latina e Caribe no Ano Internacional da Agricultura Familiar foi promovida pelo governo federal em parceria com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), a Celac, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Reunião

Especializada sobre Agricultura Familiar do Mercosul

Conferência sobre

mulheres rurais reúne representantes

de 25 países e define ações

ses, instaurou auditoria interna.

O vice-líder da Bancada do PT e membro da Comissão da Agricultura, deputado BohnBohnBohnBohnBohn Gass (PT-RS)

Gass (PT-RS) Gass (PT-RS) Gass (PT-RS)

Gass (PT-RS), disse que o ministro, ao se dispor a prestar esclarecimento sobre as supos-tas fraudes envolvendo o Pronaf, mostrou uma atitude republicana. O petista criticou o papel da oposição que age como se tivesse no tercei-ro turno das eleições.

“Eles não respeitam o resultado das ur-nas. Não respeitam a vontade do povo brasi-leiro, que elegeu um governo, um projeto. Tentaram jogar suspeição no sentido que o governo não tivesse agido. O governo agiu, explicou, tomou atitude e isso ficou claro na exposição do ministro”, constatou Bohn Gass.

Para o líder do governo na Câmara, deputado Hen-Hen-Hen-Hen-

Hen-rique Fontana (PT-RS) rique Fontana (PT-RS)rique Fontana (PT-RS)

rique Fontana (PT-RS)rique Fontana (PT-RS), as manifestações dos opo-sitores na audiência pública, representadas pelo líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), mos-tram um clima de terceiro turno ao levar a cabo denún-cias que estão sendo investigadas. “Podemos e deve-mos ter diferença de opiniões, mas há de se dar um basta a essa ideia de deslegitimar uma vitória absolu-tamente consagradora”, disse.

Presente na audiência, o deputado Assis do CoutoAssis do CoutoAssis do CoutoAssis do CoutoAssis do Couto (PT-PR)

(PT-PR)(PT-PR)

(PT-PR)(PT-PR) elogiou a explanação do ministro na audiên-cia. “Tenho orgulho de saber que as instituições estão tratando desse assunto, que é um caso isolado e não pode contaminar um conjunto de ações desse impor-tante programa, o Pronaf”, afirmou. Ele também regis-trou a relevância das políticas públicas desenvolvidas e geridas pelo MDA, que resultaram em “inúmeras con-quistas para a sociedade brasileira”.

O deputado PPPPPadre João (PT-MG)adre João (PT-MG)adre João (PT-MG)adre João (PT-MG)adre João (PT-MG), coordena-dor da Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional no Congresso Nacional, registrou em plenário a realização do V Fórum da Frente Parla-mentar contra a Fome na América Latina e Caribe. O encontro, realizado na República Dominicana, de 4 a 7 deste mês,

ser-viu para que parla-mentares de 18 países da América Latina e do Caribe compartilhassem experiências. “É importante registrar os grandes exemplos que temos aqui no Brasil, com diversas políticas,

muitos programas nessa linha do combate à fome e a grande experiência, sobretudo, do Programa Nacional da Alimentação Escolar. Também refletimos em torno dos desafios políticos em áreas como agricultura fami-liar, programas de alimentação escolar e combate à desnutrição”, informou Padre João.

O deputado Padre João participa de 19 a 21 deste mês, em Roma, da 2ª Conferência Internacional sobre Nutrição, que vai debater a promoção da segurança alimentar e da nutrição.

Padre João registra

participação em

fórum contra fome

(6)

6

O deputado PPPPPaulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS) lamen-aulo Pimenta (PT-RS) tou na terça-feira (11), no plenário da Câmara, a forma desrespeitosa como a oposição tem exercido o debate político na Casa. Ele citou como exemplo os adjetivos usados contra a presidenta Dilma Rousseff, durante audiência na Comissão Mista de Orçamento naquele mesmo dia e que contou com a presença da ministra do Planejamento, Miriam Belchior.

“O que me preocupa é a maneira, a forma de tratamento, que a oposição utiliza como uma coisa corriqueira, natural. É lamentável o uso de adjetivos do tipo mentirosa, leviana, estelionatária com rela-ção à nossa presidenta e ao nosso governo, mantendo um tom de campanha que, já no período eleitoral, era inadequado, uma forma desrespeitosa de abordagem do debate político”, destacou Pimenta.

O deputado Zé Geraldo (PT-PA)Zé Geraldo (PT-PA)Zé Geraldo (PT-PA)Zé Geraldo (PT-PA)Zé Geraldo (PT-PA) ocupou a Tribuna ontem para uma refle-xão sobre a urgência na construção de he-gemonia na sociedade e a promoção de reformas estruturais, com destaque para a reforma política e a democratização da mídia. De acordo com ele, isso faz parte da resolução da Comissão Executiva Naci-onal do PT, divulgada no dia 3 de novem-bro, que “seguramente sintetiza a vontade do grande movimento político-social que venceu o segundo turno das eleições pre-sidenciais de 2014”.

Na avaliação do parlamentar, “esse deve ser o caminho que deveremos seguir nos próximos quatro anos para que todas as mudanças ocorridas nas últi-mas décadas tenham seu curso garantido e sua exten-são ampliada”.

Para Zé Geraldo, a hegemonia na sociedade que se pretende construir é a defesa do fortaleci-mento da democracia no País, “unindo setores res-ponsáveis pela vitória da presidenta Dilma e todos os demais que partilham os mesmos anseios por reformas na política, nos meios de comunicação e na participação social”.

Mas, de acordo com o petista, a defesa da hege-monia da participação máxima da sociedade civil nos processos decisórios desperta o conservadorismo da oposição. “Hoje qualquer tentativa de garantir em lei a participação popular na política ou na gestão públi-ca é taxada por eles de bolivarianista. Muitas vezes,

NA TRIBUNA

Zé Geraldo defende fortalecimento da

democracia, reforma política e da comunicação

Paulo Pimenta lamenta baixaria da

oposição contra a presidenta Dilma

Ainda de acordo com o parlamentar, apostar no desrespeito e no dissenso não qualifica os acusadores e nem as acusações feitas. “Eu estou aqui para publi-camente dizer que parlamentares experientes e

qua-lificados desta Casa não precisam desse tipo de pos-tura e de conduta para fazer o debate conosco”, aler-tou Paulo Pimenta.

O deputado petista lamentou ainda que a minis-tra Miriam Belchior tenha participado de um debate onde o argumento tenha sido substituído pela ofensa. “O argumento é substituído por palavras que revelam que não é o conteúdo do debate que está sendo colo-cado em primeiro lugar”, lamentou.

Paulo Pimenta convidou a oposição a “aceitar o resultado da eleição presidencial e a olhar para fren-te”. Segundo o parlamentar, o Brasil precisa seguir em frente, dando sequência ao projeto que vem sendo desenvolvido há 12 anos, “gerando emprego e desen-volvimento, distribuindo renda e fazendo com que este País seja cada vez mais justo”.

nem sabem o significado do termo”, afirmou. Reforma P

Reforma P Reforma P Reforma P

Reforma Políticaolíticaolíticaolíticaolítica – Para Zé Geraldo, somente com a participação popular será possível realizar as reformas necessárias ao Brasil. “Daí a importância do plebiscito para dizer se será feita ou não uma consti-tuinte própria e exclusiva para a Reforma Política. Ouvir a voz das ruas se faz necessário”.

“Não podemos jamais deixar de lado, por exem-plo, a iniciativa da Campanha do Plebiscito por uma Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o Sistema Político que recolheu quase oito milhões de votos em todo o País, entre os dias 1 e 7 de setembro, deste ano e que envolveu cerca de 500 entidades da socie-dade civil e alguns partidos progressistas, dentre eles o PT”, explicou o petista. O deputado acrescentou que já tramita na Câmara projeto de decreto legislativo (PDC 1508/14) que prevê plebiscito sobre o tema.

Regulação da Mídia Regulação da Mídia Regulação da Mídia Regulação da Mídia

Regulação da Mídia – Na avaliação do

parlamentar, nenhuma mudança será pos-sível sem uma efetiva democratização dos meios de comunicação. “Porque as mu-danças necessárias, por mais tímidas que sejam, seguramente abalarão oligopóli-os. Considerando que pelo menos 70% da mídia brasileira são oligopólios fami-liares, essas mudanças sofrerão total re-sistência desses meios”.

De acordo Zé Geraldo, a regulação da mídia proposta pela presidenta Dilma e pelo PT nada tem a ver com regulação do conteúdo. “O que precisamos impedir são o monopólio e os oligopólios regionais dos meios de comunicação no País. É claro que os 70% da mídia brasileira vão reagir tentando confundir a todos que essa regulação econômica proposta é a censura dos meios de comunicação. O que queremos é a democra-tização desses meios. É dar possibilidade para a di-versidade se expressar”, disse.

O deputado reafirmou a defesa pelo fortaleci-mento da democracia. “E para isso temos que ga-rantir a democracia representativa, a democracia direta e participativa, para que a mobilização e luta social influenciem a ação dos governos, das banca-das e dos partidos políticos. Precisamos garantir a Política Nacional de Participação Social; precisamos democratizar os meios de comunicação e precisa-mos, urgentemente, fazer uma reforma política de verdade com ampla participação popular”, finalizou o parlamentar do PT.

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O plenário da Câmara dos Deputados celebrou ontem em sessão solene os 70 anos do embarque da Força Expedicionária Brasileira (FEB) para a Itália. A FEB, força militar brasileira de 25.334 homens, foi responsá-vel pela participação brasileira ao lado dos Aliados na Campanha da Itália, durante a Segunda Guerra Mundi-al. Os deputados Erika Kokay (PT-DF) e Arlindo Chinaglia

(PT-SP) participaram da homenagem.

Arlindo Chinaglia, que presidiu a sessão, ressal-tou a coragem dos pracinhas da FEB em meio a um complicado contexto político, diplomático e militar e que selava um compromisso irreversível com a

defe-DIREITOS HUMANOS

Paulo Teixeira defende votação de projeto

sobre autos de resistência nas ações policiais

O deputado PPPPPaulo Taulo Taulo Taulo Taulo Teixeira (PT-SP)eixeira (PT-SP)eixeira (PT-SP)eixeira (PT-SP)eixeira (PT-SP) defen-deu em plenário a aprovação de projeto de lei (PL 4471/12) de sua autoria que trata do uso dos chama-dos autos de resistência nas ações policiais em que houver vítimas. O projeto prevê regras para a apuração de mortes e lesões corporais decorrentes das ações de agentes do Estado, como policiais.

De acordo com Paulo Teixeira, “os autos de resis-tência que foram estudados no País dão conta de que 60% dessas mortes são meras execuções: não há resis-tência, não há uso de arma – são meras execuções”.

Ao citar estudo sobre a violência no Brasil, divul-gada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Paulo Teixeira alertou para o que classificou como

“um dado grave” para a sociedade brasileira. “A polí-cia mata seis pessoas por dia no Brasil. Trata-se de uma alta letalidade. Entendemos que, se a polícia tiver que prender, que prenda, mas não mate; que investigue, mas não mate. Ao mesmo tempo, quere-mos a segurança dos nossos policiais. Querequere-mos a investigação dos autos de resistência, ou seja, que o registro do policial que mata seja investigado, com o controle do Ministério Público, da Defensoria, com uma perícia independente, para que as polícias en-trem na legalidade”, explicou o parlamentar petista.

Amauri chama

atenção para alto

índice de homicídios

contro jovens negros

O deputado Amauri TAmauri TAmauri TAmauri TAmauri Teixeira (PT-BA)eixeira (PT-BA)eixeira (PT-BA)eixeira (PT-BA)eixeira (PT-BA) registrou em plenário o lançamento, pela Anistia Internacional Brasil, da Campanha Nacional Jovem Negro Vivo, que chama a atenção para o alto índice de homicídios contra jovens, especialmente os negros, no Brasil. “Há pena de morte no Brasil praticada pelo racismo institucional. Um jovem negro morre todos os dias, independentemente de ter praticado algum delito”, afirmou Amauri Teixeira.

Manifesto ManifestoManifesto

ManifestoManifesto – A Anistia Internacional Brasil também lançou um manifesto que pretende recolher assinaturas para ser entregue ao governo federal e aos governos estaduais pedindo providências para mudar essa realidade.

Segundo dados divulgados pela ONG, o Brasil é o país onde mais se mata no mundo, superando muitos países em situação de guerra. Em 2012, foram 56 mil jovens entre 15 e 29 anos e, desse total, 77% são negros. A maioria dos homicídios é praticada por armas de fogo e, menos de 8% dos casos, chegam a ser julgados.

Luiz Couto cita

importância de

seminário de

diversidade sexual

O deputado Luiz Couto (PT-PB)Luiz Couto (PT-PB)Luiz Couto (PT-PB)Luiz Couto (PT-PB) registrouLuiz Couto (PT-PB) em plenário a realização do 1º Seminário Internaci-onal de Diversidade Sexual, que acontece até hoje em João Pessoa, capital da Paraíba. “É importante ressaltarmos o caráter acadêmico desse evento, bus-cando sob a ótica da cidadania a conscientização e a transformação da realidade através da conquista dos direitos civis da população LGBT”, disse.

Ainda de acordo com o parlamentar petista, “num país em que a homofobia mata sob proporções de uma guerra civil, poder contar com um evento desse porte é de extrema importância”.

O seminário, acrescentou Luiz Couto, “serve como mais um instrumento de defesa da criminali-zação da homofobia, além de debater a implanta-ção de outros mecanismos de garantia à cidadania plena entre as pessoas LGBT”.

Petistas homenageiam pracinhas da FEB que lutaram na Itália

sa das instituições democráticas, em oposição ao na-zismo e ao fascismo.

“O primeiro contingente que desembarcou em Nápoles entrou em combate em 15 de setembro de1944. Foram fustigados pelo frio e pela neve e, mes-mo com falta de equipamento e pouco treinamento, os brasileiros somaram muitas vitórias e ao fim da campanha aprisionaram milhares de soldados inimi-gos, um papel heroico dos pracinhas no fiel cumpri-mento do dever”, disse.

Para a deputada Erika Kokay, a participação da FEB constitui um dos mais gloriosos marcos da

histó-ria do Brasil. “Saúdo cada um que foi representar o Brasil do lado da democracia numa das guerras mais cruéis. Estamos muito felizes pelo fato de a biblioteca do Exército estar computando estes dados para que todos os brasileiros saibam o trabalho dos mais de 25 mil pracinhas brasileiros no enfrentamento ao nazis-mo na Itália”, afirnazis-mou.

“Em nome dos trabalhadores, os meus agradeci-mentos a cada um dos pracinhas que lutaram em defe-sa da democracia, da liberdade e da humanidade e fize-ram com que nós nos orgulhássemos de ser brasilei-ros”, finalizou a deputada.

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IGUALDADE RACIAL

Comissão de Combate ao Racismo

apresenta propostas para efetividade

da legislação penal sobre o tema

A Comissão Externa de Combate ao Racismo, cri-ada pela Câmara em abril deste ano, aprovou ontem o seu relatório final, que traz proposições para alterar dois artigos do Código Penal relacionados à prática de injúria racial.

Os artigos do Código Penal que o relatório da comissão propõe alterar são o 140 e o 145, tornando a injúria racial um crime de ação penal pública incon-dicionada, ou seja, não será mais necessária a queixa da vítima, podendo o Ministério Público propor a ação

penal contra o infrator, independentemente da iniciativa da vítima. A deputada Benedita da Silva (PT-RJ)Benedita da Silva (PT-RJ)Benedita da Silva (PT-RJ)Benedita da Silva (PT-RJ)Benedita da Silva (PT-RJ) elogiou o trabalho realizado e as propostas apresentadas pela comissão, mas ressaltou que a superação definitiva do racismo dependerá de uma profunda mudança de consciência da sociedade.

“A comissão foi uma boa iniciativa. Através dela pudemos analisar o trabalho do Judiciário em relação ao crime de injúria racial, bem como debatemos a existência do racismo no esporte, no meio artístico e em outros setores. No caso da Justiça, verificamos que é preciso garantir o efetivo cumprimento da legislação, mas para que isso ocorra é necessário o compromisso e a capacitação dos agentes públicos”, afirmou a parlamentar.

A comissão acompanhou três episódios de discriminações no futebol

ocorridos este ano: os casos dos jogadores Arouca, do Santos, e Tinga, do Cruzeiro, e do árbitro Márcio Cha-gas, que foram chamados de macaco durante partidas. Também foram analisadas pela comissão as in-vestigações que envolvem o ator negro Vinícius Ro-mão de Souza (que ficou preso 15 dias no Rio de Janeiro acusado de ter assaltado uma mulher, sem qualquer evidência) e Cláudia da Silva Ferreira (que morreu baleada após uma operação da polícia cario-ca e depois foi arrastada por 250 metros por um cario-carro da polícia). Cláudia também era negra.

“Não podemos aceitar que alguém jogue uma banana no campo de futebol ou chame de macaco um jogador ou um árbitro, assim como não podemos aceitar que pessoas negras sejam executadas porque já são consideradas culpadas antes de qualquer investigação”, critica Benedita da Silva.

“Precisamos mudar os valores da sociedade, precisamos estabelecer um compromisso para que não sejam toleradas as manifestações racistas e preconceituosas e, toda vez que isso ocorrer, é necessário que seja feita justiça. Só repressão não basta, a sociedade precisa se conscientizar para que tenhamos uma solução para isso”, concluiu a deputada.

Também participaram da comissão os deputados petistas Amau-Amau-Amau-Amau- Amau-ri T

ri Tri T ri T

ri Teixeira (BA), Assis de Couto (PR)eixeira (BA), Assis de Couto (PR)eixeira (BA), Assis de Couto (PR)eixeira (BA), Assis de Couto (PR)eixeira (BA), Assis de Couto (PR) e Luiz Alberto (BA)Luiz Alberto (BA)Luiz Alberto (BA)Luiz Alberto (BA)Luiz Alberto (BA).

Comissão aprova feriado para Dia da Consciência Negra

A Comissão de Cultura da Câ-mara aprovou ontem parecer do de-putado PPPPPaulão (PT-AL)aulão (PT-AL)aulão (PT-AL)aulão (PT-AL)aulão (PT-AL), favorável a projeto de lei (PL 6787/13) do deputado Renato Simões (PT-Renato Simões (PT-Renato Simões (PT-Renato Simões (PT-Renato Simões (PT-SP)

SP)SP)

SP)SP) que transforma o Dia da Cons-ciência Negra, 20 de novembro, em feriado nacional.

Atualmente, na mesma data é celebrado o Dia Nacional de Zumbi, feriado em vários municípios e estados em diversas regiões do Brasil. Segundo Paulão, com essa votação, a Câmara mostra ao País a importância de um assunto que é atual mesmo no século XXI, quando ainda são registrados vários episódios de racismo e de outras

formas de preconceito.

“A comissão dá uma demonstra-ção de civilidade, ao aprovar a maté-ria. Além de relembrar a resistência do negro à escravidão imposta desde a primeira leva de africanos para as terras brasileiras, o feriado nacional se constituirá num momento de conscientização da importância do negro para a formação da cultura e sua participação na história do Brasil”, afirmou o deputado.

O projeto ainda vai tramitar nas comissões de Direitos Humanos e de Constituição e Justiça. A tramitação é em caráter conclusivo, ou seja, sem obrigatoriedade de votação no plenário da Câmara.

Data será comemorada em sessão solene na Câmara

O Núcleo de Parlamentares Negros (Nupan) do Partido dos Trabalha-dores na Câmara dos Deputados, coordenado pela deputada BeneditaBeneditaBeneditaBeneditaBenedita da Silva (PT-RJ)

da Silva (PT-RJ)da Silva (PT-RJ)

da Silva (PT-RJ)da Silva (PT-RJ), promoverá sessão solene para celebrar o Dia Naci-onal da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro em home-nagem a Zumbi dos Palmares. A solenidade será realizada no próximo dia 18 de novembro, às 9h30, no Plenário da Câmara dos Deputados.

“Além de celebrar, queremos que a sessão solene de Zumbi dos Palmares seja um momento em que possamos prestar contas da res-ponsabilidade do Parlamento em relação às políticas de combate ao racismo”, frisou Benedita da Silva. A deputada disse também que a sessão terá como convidados representantes do movimento negro e autoridades políticas que atuam no combate à discriminação racial.

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