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A DISCIPLINA DE PROJETO INTERDISCIPLINAR DE PRÁTICA PEDAGÓGICA

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Academic year: 2021

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PEDAGÓGICA  –  LIVRO  DIDÁTICO,  DESENVOLVIDA  NA  LICENCIATURA  EM  CIÊNCIAS  BIOLÓGICAS  TENDO  AS  TECNOLOGIAS  DA  INFORMAÇÃO  E  COMUNICAÇÃO  (TICs)  COMO  ESTRATÉGIA  DE  ENSINO E DE APRENDIZAGEM Marília Bezerra de Santana Macedo – UNINORTE Solange Maria Chalub Bandeira Teixeira – UNINORTE RESUMO O pôster aqui apresentado tem como objetivo compartilhar um breve relato do uso das  Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), enquanto estratégia de ensino e de  aprendizagem  no  desenvolvimento  da  Disciplina  de  Projeto  Interdisciplinar  de  Prática  Pedagógica  –  O  Livro  Didático,  integrante  do  Projeto  Pedagógico  do  Curso  (PPC)  de  Licenciatura  em  Ciências  Biológicas  da  Faculdade  do  Acre  –  FAC,  que  tem  como  Mantenedora a União Educacional do Norte – UNINORTE, numa Turma do 1º Período.  Sabe­se que um dos desafios enfrentados pelos educadores em sua prática docente diz  respeito ao distanciamento de tempo que há entre os avanços tecnológicos e o uso das  TICs  no  cotidiano  do  processo  de  ensino  e  de  aprendizagem.  Na  tentativa  de  usar  as  TICs  enquanto  estratégia  de  ensino  e  de  aprendizagem  no  desenvolvimento  da  disciplina  teve­se  referenciada  na  metodologia  do  arco  da  problematização,    a  própria  prática  pedagógica,  auxiliada  por  pesquisas  bibliográficas    como  método  de  estudo  e  investigação e os resultados alcançados na referida experiência, embora num período de  tempo  de  apenas  um  semestre,  trazem  resultados  considerados  significativos  quanto  à  superação de desafios, bem como quanto à construção de aprendizagens significativas  tanto por parte do professor quanto por parte dos alunos, promotoras de mudanças na  realidade de onde se partiu. 

Palavras­chave:  Prática  Pedagógica,  Tecnologias  da  Informação  e  Comunicação  (TICs), Aprendizagens Significativas.

INTRODUÇÃO

A  ação  docente,  manifesta  especialmente  pelo  ato  de  ensinar,  apresenta  como  uma  de  suas  necessidades  no  que  se  refere  à  consecução  de  seus  fins,  a  atitude  de  se  comunicar.

A comunicação entre os diferentes pares, especialmente entre professor e aluno  apresenta­se como requisito fundamental, uma vez que a essência da palavra comunicar  está  associada  à  ideia  de  convivência,  relação  de  grupo,  sociedade,  etc.  (KINPARA,  2006). 

Buscar caminhos considerados adequados ao desenvolvimento da disciplina de  Projeto Interdisciplinar de Prática Pedagógica, o Livro Didático, gerou a necessidade de  uma  aproximação  do  que  representava  o  livro  didático  dentro  das  Políticas  Públicas  Educacionais,  chegando­se  ao  estudo  do  Programa  Nacional  do  Livro  Didático,  o 

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PNLD,  bem  como  do  conjunto  de  ações  no  seu  desdobramento,  a  exemplo  das  Campanhas  Educativas  de  uso  e  conservação  do  livro  didático,  promovidas  pelo  Ministério da Educação (MEC). De forma paralela refletia­se sobre o ensino de Ciências e Biologia e o quanto a  experiência mostra a necessidade da promoção de ações interdisciplinares quase sempre  frustradas pela incompreensão do que é a interdisciplinaridade e o quanto seria efetiva e  proveitosa nas ações de integração dos elementos formadores de um currículo no âmbito  das instituições de ensino.

A  busca  de  um  referencial  teórico  que  permitisse  a  ampliação  de  um  olhar  foi  premente e, na caminhada fez­se consulta a Carvalho (2010) para quem é visível que as  práticas  que  se  realizam  no  interior  da  escola  respondem  a  diferentes  lógicas  que  funcionam  como  princípios  geradores  das  práticas  e  correspondem  a  um  sistema  de  disposição geral.

Para o autor no processo de reprodução cultural a relação decisiva que se impõe  é  a  relação  estabelecida  entre  transmissores  e  aquisidores  a  partir  de  determinados  princípios da transmissão, entendidos como regras de hierarquia, regras de sequencia e  critérios.

Trabalhar  a  prática  pedagógica,  seja  como  professor,  seja  como  aluno,  seja  isolada  ou  seja  como  parte  de  um  projeto  interdisciplinar  requer  comunicação  e  para  Kinpara (2006) é consenso entre os teóricos da área que não existe uma única atividade  desenvolvida pelo ser humano que não seja, ou que não dependa, de alguma forma, de  comunicação. 

Segundo  o  autor,  a  comunicação  é  tão  relevante  no  mundo  moderno  que  seu  estudo deveria merecer atenção especial, só que a necessidade de estudar as múltiplas  formas  de  comunicação  e,  principalmente,  seu  papel  nas  relações  interpessoais  no  âmbito escolar só recentemente vem sendo reconhecida.

O  que  se  vive  no  cotidiano  atual  da  sala  de  aula  evidencia  a  premente  necessidade que se tem de uma nova forma de diálogo. A relação professor x aluno tem  sido  fortemente  influenciada  pelas  tecnologias  da  informação  e  da  comunicação,  as  TICs.

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potencializado pela explosão tecnológica tem alterado de forma significativa o contexto  do  processo  de  trabalho  e  de  vida  das  pessoas.  Com  isso,  segundo  Gomes  (2004)  as  instituições educativas precisam reorganizar seus espaços e tempos referenciadas pelas  mudanças  culturais  e  educacionais,  criando  possibilidades  de  maior  comunicação  e  construção  de  conhecimentos  de  formas  diferenciadas  das  convencionalmente  experimentadas até aqui.

Compreende­se,  a  partir  do  que  aqui  se  põe  que  a  prática  pedagógica  é  influenciada pelo agir do professor e pelo agir do aluno, pois a relação existente entre  ambos é interdependente, ou seja, o comportamento de um, influencia o agir do outro.

A prática pedagógica na ação docente requer a associação entre teoria e prática,  espaço de articulação em que aluno e professor aprendem juntos a partir da seleção de  escolhas,  alternativas,  teste  a  limites,  questionamento  de  valores  e  atitudes,  uso  de  métodos e tendências, (CAMPOS, 1999).

Ensinar e aprender são processos distintos, porém, articulados entre si e a prática  pedagógica pode favorecer a autonomia e a criatividade do aluno, bem como contribuir  no fortalecimento das relações de interação entre ele e o professor, uma vez que possui  um caráter essencialmente comunicativo, (SENAC, 1997).

O  USO  DAS  TICS  NA  AÇÃO  DOCENTE:  TEM  INÍCIO  A  COMUNICAÇÃO  ENTRE PROFESSOR E ALUNO POR MEIO DAS TICS

A  partir  de  questões  problematizadoras  como,  as  TICs  poderiam  contribuir  na  aproximação  entre  os  atores  participantes  do  desenvolvimento  da  disciplina  e  de  que  forma  envolver  os  alunos  com  vistas  a  torná­los  protagonistas  da  construção  de  aprendizagens significativas no seu processo de ensino e de aprendizagem referenciou­ se  na  Metodologia  do  Arco  da  Problematização  defendida  por  Bordenave  &  Pereira  (2004) como ponto de partida para a investigação da prática pedagógica. 

A  ação  desenvolvida,  sobretudo  por  ser  uma  ação  experimental  e  inovadora  dentro  da  relação  posta,  sinalizou  a  necessidade  um  acompanhamento  individual  e  a  partir dessa tomada de decisão  teve inicio o desenvolvimento da tarefa de elaboração de  um plano de aula dentro de um conteúdo de Ciências ou de Biologia de livre escolha  por cada um deles.

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A AVALIAÇÃO DA EXPERIÊNCIA NO OLHAR DO ALUNO

As  atividades  desenvolvidas  na  execução  da  disciplina  com  o  uso  das  TICs  trouxeram  diferenciais  ao  processo  de  ensino  e  aprendizagem  experimentados  e,  considera­se que embora tenham surgido muitas dificuldades, houve, na mesma medida,  a superação de cada uma delas. 

Depoimentos  dão  conta  de  que  a  experiência  foi  inovadora,  ampliando  o  horizonte do aluno para um mundo distante para muitos deles, o mundo das tecnologias:

“Considero que foi uma coisa inovadora, pois nunca tinha usado esse recurso  como  uma  forma  de  avaliação.  Só  utilizava  a  internet  para  desenvolver  pesquisas  diversas  e  com  isso  até  me  ajuda  a  me  interessar  mais  por  este  acessório que nunca tinha utilizado para nada. De fato, foi uma experiência  até  legal  em  questão  de  e­mail.  Não  sabia  nem  para  onde  ia,  só  sabia  que  existia”. (Aluno A).

Observa­se  nos  depoimentos  abaixo  que,  mesmo  alunos  que  tinham  alguma  familiaridade  com  o  uso  das  TICs,  apresentaram  limitações  quanto  ao  domínio  operacional do computador:

“Para  mim  foi  um  desafio  por  não  conhecer  muito  a  tecnologia  do  computador. Com esse trabalho  tive mais experiência de aprender a usar o  computador e elaborar um projeto e estudar mais. Foi muito difícil para mim,  mas  valeu  à  pena,  pois  ganhei  muita  experiência  e  concluo  que  tudo  nessa  vida é preciso correr atrás, em especial, dos nossos objetivos.” (Aluno X).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A  experiência  foi  marcada  por  forte  aproximação  entre  professor  e  aluno,  expressa não apenas pelo uso do computador e internet, mas pelo uso do telefone, bem  como pelo atendimento presencial no decorrer das atividades.

A  aproximação  entre  professor  e  aluno  no  processo  de  ensino  e  aprendizagem  requereu  ações  organizadas,  uma  vez  que  uma  característica  da  aprendizagem  evidenciada em dispositivos midiáticos foi a efetiva comunicação.

Nesse  sentido,  o  acompanhamento  individual  a  cada  aluno  foi  um  ponto  tido  como  fundamental  ao  sucesso  do  trabalho.  Acredita­se,  inclusive,  que  se  assim  não  fosse os resultados coletivos e individuais não poderiam ser mensurados na perspectiva 

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Destaca­se, também que, embora o tema Livro Didático pareça longe ou nem ser  mencionado no decorrer das atividades, dele, do seu estudo e da sua utilização partiu a  escolha dos temas de aulas a serem estruturadas na forma de um Plano de Aula.

Trabalhar as TICs foi uma experimentação única no sentido de se ver o quanto é  possível  inovar  no  ato  de  ensinar  e  no  ato  de  aprender.  Professor  e  alunos  foram  desafiados  a  experimentar  uma  nova  forma  de  trabalhar  a  disciplina  e  os  resultados  demonstram que dificuldades foram superadas, aprendizados novos surgiram, relações  foram fortalecidas e sementes de inovação e motivação foram lançadas no fértil solo do  fazer educativo.

Expressa­se,  assim,  a  gratificação  pela  tarefa  realizada  e  a  motivação  de  continuidade com vistas ao alcance de maiores e melhores resultados.

REFERÊNCIAS 

1) BORDENAVE,  Juan  Diaz  e  Adair  Martins  Pereira.  Estratégias  de  Ensino­ Aprendizagem. 25ª Edição. Petrópolis. RJ: Editora Vozes Ltda, 2004. 

2) CAMPOS,  Maria  Cristina  da  Cunha.  Didática  de  Ciências:  o  ensino­ aprendizagem como investigação. Maria Cristina da Cunha Campos, Rogério  Gonçalves Nigro. Ilustrações de Mário Pitta. São Paulo: FTD, 1999;

3) CARVALHO, Mark Clark Assen de Carvalho. Práticas, rituais de avaliação e  cultura da Escola. Rio Branco: Edufac, 2010;

4) GOMES,  Heloisa  Maria.  A  ação  docente  na  Educação  Profissional.  Heloisa  Maria Gomes, Hiloko Ogihara Marins. São Paulo: Editora SENAC São Paulo,  2004;

5) KINPARA,  Minoru  Martins.  Comunicação  Educativa  na  relação  professor­ aluno. Minoru Martins Kinpara. João Pessoa: Edufac, 2006;

6) SENAC. Departamento Nacional. Pinheiro; Maria Helena B. Gonçalves. Rio de  Janeiro: Ed. SENAC Nacional, 1997.

Referências

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