Energia Eólica
Offshore
em
Portugal
Desafios e Oportunidades
Desafios e Oportunidades
Ana Estanqueiro
Conferência Energia e Geologia – Desafios e Oportunidades 24 de Setembro 2010
Co-autor - Paulo Costa
Porquê eólica offshore?
Vantagens
• Potencial eólico mais elevado, menor turbulência;
• Disponibilidade de largas áreas não
exploradas com reduzido impacto ambiental; • Menor resistência das populações;
• A capacidade dos parques é, teoricamente, ilimitada.
• O aproveitamento do potencial eólico em terra, (acima de ~6000 MW) introduzirá fortes
constrangimentos ambientais (!) e impactos sociais não desprezáveis.
Desvantagens
• Instalação e manutenção muito mais sofisticadas e onerosas.
Fonte: www.vestas.dk
Caracterização do Potencial Eólico
Offshore em Portugal
A. Objectivos
A. Objectivos
Aproveitamento do
potencial eólico sustentável
em Portugal;
Utilização e
optimização das sinergias
e “know-how” nacionais.
Facultar áreas futuras de actividade económica ao sector eólico
nacional (volume negócio 2009: ~900 milhões euro);
Criação de competências na área infra-estrutural associada aos
aproveitamentos eólicos offshore para futura
internacionalização das
competências
nacionais e exportação de equipamentos e serviços no
domínio das energias renováveis.
Transformar
“dificuldades em oportunidades”
: criação de
conhecimento de ponta na área do deep-offshore e de um potencial
cluster industrial.
B. Contexto e Motiva
B. Contexto e Motiva
ç
ç
ão
ão
A área dos sistemas eólicos offshore é, dentro das energias
renováveis, aquela que apresenta maior potencial de
crescimento.
Vai contribuir decisivamente para as metas da UE no período
2020-2050.
Tecnologia emergente ainda em fase pré-competitiva e com
possibilidade de elevada incorporação nacional
os parques eólicos offshore (mesmo a baixas profundidades) implicam investimentos entre 170 a 200% dos parques em terra.
Consórcio nacional para o
desenvolvimento de sistemas eólicos
offshore
C. Valor para o Pa
C. Valor para o Pa
í
í
s
s
Uma task-force nacional permite
racionalizar e distribuir os
custos
, aproveitar as sinergias e acelerar o desenvolvimento
do sector.
A caracterização do potencial eólico offshore obriga a investimentos muito avultados, ainda sem enquadramento legislativo e tarifário.
Reforço da aposta nacional na
valorização dos Oceanos:
futura
internacionalização das competências nacionais (indústria e
serviços)
numa área tecnológica emergente.
Portugal pode aliar o conhecimento histórico sobre o mar, a aposta na valorização dos oceanos ao desenvolvimento de sistemas eólicos ao largo.
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Consórcio nacional para o
desenvolvimento de sistemas eólicos
C. Valor para o Pa
C. Valor para o Pa
í
í
s (cont.)
s (cont.)
Aposta nacional na
valorização dos Oceanos
, nas áreas
tecnológicas emergentes da energia eólica offshore e dos
oceanos.
Fonte: www.poseidonorgan.com
Desenvolvimento de
know-how
nacional sobre sistemas eólicos
offshore
D. O Recurso Offshore
D. O Recurso Offshore
Consoante o tipo de tecnologia
Consoante o tipo de tecnologia
J
J
á
á
existente (1
existente (1
º
º
fase):
fase):
1
1
ª
ª
FASE
FASE
–
–
TIPO A
TIPO A
R
R
egiões com
egiões com
NEPS >= 2900h/ano e batimetria
NEPS >= 2900h/ano e batimetria
<=40m
<=40m
, fora das zonas de exclusão, consentindo um
, fora das zonas de exclusão, consentindo um
tipo de fundo
tipo de fundo
“
“
não
não
rocha
rocha
”
”
2
2
ª
ª
FASE
FASE
–
–
TIPO B
TIPO B
Regiões com NEPS >= 2700h/ano e batimetria
Regiões com NEPS >= 2700h/ano e batimetria
<=40m, fora das zonas de exclusão, consentindo um
<=40m, fora das zonas de exclusão, consentindo um
tipo de fundo
tipo de fundo
“
“
não rocha
não rocha
”
”
Desenvolvimento de
know-how
nacional sobre sistemas eólicos
offshore
Fonte: www.beatricewind.co.uk
O estado da arte da tecnologia….
As condições batimétricas do projecto Beatrice (profundidade máxima 45 m) são muito similares às dos locais com potencial eólico na costa portuguesa.
O potencial offshore na região
Norte
O potencial offshore na região
centro
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D. O Atlas offshore
[… permitiu identificar
“macro-regiões” com interesse]
Consoante o tipo de tecnologia
Consoante o tipo de tecnologia
Em desenvolvimento (2
Em desenvolvimento (2
º
º
fase):
fase):
“
“Deep
Deep
offshore
offshore
”
”
R
R
egiões com
egiões com
NEPS >= 2900
NEPS >= 2900
hano
hano
e
e
batimetria
batimetria
a variar entre os
a variar entre os
40m e 200m
40m e 200m
.
.
Neste caso, não foi dada relevância (imposta restri
Neste caso, não foi dada relevância (imposta restri
ç
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ão) ao tipo de
ão) ao tipo de
fundo
fundo
.
.
As grandes expectativas de desenvolvimentos offshore em países como US, J, I, Ie, Ko and PT residem em sistemas flutuantes, sendo a Noruega líder nesta área.
Fonte: IEA, Task 23 (ieawind.org)
…mas a grande esperança de
vários países (PT, No, US, Ie, Co, J, I,…)
reside nos sistemas flutuantes …
Somente o desenvolvimento de fundações flutuantes permitirá o pleno aproveitamento do potencial eólico na costa portuguesa. Fonte:http://www.belt.es slide 12 of 34slide 13 de 25
Ao contrário do que é
comummente assumido Portugal tem à sua disposição a uma
plataforma costeira com
batimetrais que variam de 25 m to 200 m, e estas com declives
baixos (~ 3%).
O recurso eólico “deep offshore”
em Portugal
O INETI iniciou em 2006 uma campanha
experimental na Berlenga para validar o
Atlas de Potencial Eólico Offshore na
costa Atlântica (em curso).
Berlengas/Peniche slide 15 of 34
Projecto EC FP7:
Utilização de uma rede de equipamentos (tecnologia LIDAR e convencional) a instalar nas plataformas petrolíferas do Mar do Norte e nas Berlengas, cujos resultados permitirão desenvolver e validar metodologias para caracterização da energia do vento no mar com base em dados de satélite.
Fonte: Projecto Norsewind;
Fonte:http://www.natural power.com
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E. R&D: O Projecto NORSEWinD:
Validação de modelos na Berlenga
Número de horas
equivalentes à
potência nominal
(NEPs)
H = 9 m [h/year]
h/ano 0.0 - 390.0 390.1 - 713.8 713.9 - 1,003.5 1,003.6 - 1,276.2 1,276.3 - 1,548.9 1,549.0 - 1,889.7 1,889.8 - 2,281.6 2,281.7 - 2,656.5 2,656.6 - 2,980.3 2,980.4 - 3,235.9 3,236.0 - 3,474.5 3,474.6 - 3,764.2 3,764.3 - 4,309.5Projecto NORSEWinD:
Validação de modelos na Berlenga
Dados Satelite vs IN_166 0 5 10 15 20 25 1 10 19 28 37 46 55 64 73 82 91 100 109 118 127 136 145 154 163 172 181 190 199 208 217 226 235 244 253 262 271 280 289 298 307 316 325 334 343 V ( m /s ) Satelite IN_166
Projecto em curso;
Dados satélite Quickscat. Passagem satélite na proximidade da ilha no
período (10.2006 – 09.2007). Nesse período a correlação com os dados
experimentais do mastro do INETI, IN-** foi superior a a 90%.
Projecto NORSEWinD:
Fase prévia - validação de modelos na
Berlenga
F. Estrat
F. Estrat
é
é
gia e metodologia (2
gia e metodologia (2
º
º
passo)
passo)
1. Participação em projectos internacionais relevantes para a caracterização e avaliação das
potencialidades e dificuldades técnicas. Simulação do vento na costa, detecção remota, uso dados satélite e correlação com as medições no mar para validação;
Projecto
Projecto NORSEWinDNORSEWinD, EC FP7, EC FP7-- EnergyEnergy--20072007--22--TREN TREN
(PT: INETI/LNEG; D: Riso, G: IWES, NO: Stathoil e 20 outros)
2. Identificação de soluções tecnológicas viáveis (e.g. fundações e amarrações);
Projecto IEA
Projecto IEA TaskTask2323-- OffshoreOffshore
[DK: DEA/Riso, US: DOE/NREL/MIT/GE, UK: DTI/GH; G: Gov./Univ. Stuttgart/GE/GL,N:SenterNovem/We@Sea; Sp: Ciemat/Cener; Se: SEA/Chalmers
Univ. P: INETI/Selenis, (…) ]
3. Desenvolvimento de Sistemas Eólicos Flutuantes
Projecto
Projecto WindFloatWindFloat (FAI )(FAI )
[EDP , Principle Power, A. Silva Matos]
Outros (LNEG) : Roadmap (FCT); Seanergy (IEE)
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Desenvolvimento de
know-how
Proximo passo:
Medir no mar!...
Síntese
A)
Existe elevado potencial eólico offshore, sobretudo para soluções
flutuantes
Para batimetrais <= 40 m na Costa Portuguesa, existe potencial para uma capacidade com excelentes indicadores na ordem de 1000 a 1500 MW… .... mas “o petróleo português” está nos sistemas “deep offshore”! (>40 GW)
B)
Já existe tecnologia passível de instalação na batimetria da costa
Portuguesa (entre 15 e 45 m)
com especial incidência nos sistemas “monopile” e/ou “jacket”;
Sendo a indústria eólica offshore emergente, existe possibilidade de
desenvolvimento de know-how em conjunto com outros países, bem como de elevada incorporação nacional em soluções já desenvolvidas
C)
Promotores mostravam grande apetência pelo offshore até à
recente crise financeira.
D)
As tempestades de “mar aberto” podem revelar-se um problema
sério… que ainda não está avaliado.
Hywind
Projecto Hywind
Primeira turbina multi-MW instalada num sistema flutuante (“ballast”) na costa da Noruega.
Courtesy of Principle Power
The WindFloat Project
A PT Floating Offshore Wind Development
Only the development of floating systems will enable the deployment of the full wind potential of the Portuguese Coast