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Transcrição Aula 01 CEF PORTUGUÊS. Prof. Carlos Zambeli

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Academic year: 2021

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PORTUGUÊS

Prof. Carlos Zambeli

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Aula 01

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AULA 01

Parte 01

Oi, pessoal de casa! Eu sou o Zambeli, professor de português daqui da Casa do Concurseiro e hoje nós vamos começar com uma matéria muito legal que é a matéria de Português. Tudo mundo gosta de Português, não é turma?

Então vamos lá. O que é legal para a gente dominar em Português sendo esta uma disciplina deste tamanho. O Português tem várias possibilidades para a gente fazer uma análise e a gente estuda português desde sempre, a gente foi alfabetizado então começamos a aprender as le-tras, depois passamos a formar palavras e daqui a pouco estávamos lendo frases, textos, mas sempre é muito difícil essa relação do Português.

Então, eu quero te mostrar pelo menos quatro ideias, essas ideias são mais ou menos assim, eu posso ter uma relação de morfologia, uma relação de análise sintática, eu posso ter uma rela-ção de semântica e eu posso ter uma relarela-ção chamada de estilística. Essas são possibilidades de análises, são possibilidades que a gente vai ver aquela frase e eu vou fazer uma análise da mor-fologia, essa análise da morfologia eu vou palavra por palavra ou vou fazer uma análise sintáti-ca, então eu vou entender a compreensão na frase. Não, eu vou fazer uma análise semântisintáti-ca, então é outra análise. Mas, o objeto de estudo é o mesmo. A frase. A lógica será a definição de qual análise iremos realizar.

Funciona dessa forma, na análise na análise morfológica a gente diz o que ele é, então eu olho para uma palavra, e digo, isso é tal coisa, isso é chamado de classe de palavras, não é à toa que a gente clas-si-fi-ca. Nesse caso, eu não estou preocupado com o que faz, eu estou preocupado com o que ele é, isso é uma análise morfológica.

Pois bem, existe análise sintática e essa irá precisar de muita atenção, porque a análise sintática é o que ele faz, então, uma coisa é o que ele é, outra coisa é o que ele faz. Então por exemplo, vocês conhecem a professora Tati? A Tati é a melhor professora. Então a Tati é uma pessoa e ela tem uma função de ser professora, então olha que louco, eu também sou uma pessoa, eu e a Tati não somos a mesma pessoa, mas nós fazemos a mesma coisa e isso é muito legal quando a gente entende no português, porque as palavras não precisam ser a mesma coisa para fazerem a mesma coisa, então, eu e a Tati somos coisas diferentes, mas a gente faz a mesma coisa, ago-ra, o mais legal disso tudo, a gente faz a mesma coisa sempre? Não, depende do contexto, do lugar em que a gente está. Então, por exemplo, quando a Tati e eu entramos aqui, a gente faz a mesma coisa, mas, quando eu vou ao estacionamento e a Tati vai ao Mercado, nós fazemos coisas diferentes, porque eu passo a ser um motorista e ela uma consumidora. Então, é legal a

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gente perceber que as palavras irão se organizar dessa mesma forma. Coisas diferentes podem fazer coisas iguais ou coisas diferentes. Faz sentido? As mesmas classes podem fazer coisas diferentes, classes diferentes podem fazer coisas iguais e isso é uma análise, uma análise da morfologia, “o que ele é”.

E o que é semântica? Semântica é o que ele diz, então agora, já não me interessa o que ele é ou o que ele faz, me interessa agora o que está sendo dito na frase e isso é a relação semântica, é a relação de significado.

E o que é a tal da estilística? A estilística é aquela relação do certo e do errado. Então, é muito importante a gente perceber que existem muitas análises sobre a mesma coisa. O que é uma relação de certo e errado? Vou te dar um exemplo, eu estou me formando em psicologia, daqui a pouco você que está assistindo essa aula eu já esteja até formado, e aí, eu não falo para as pessoas na faculdade que eu sou professor, porque lá eu sou aluno, lá eu tenho uma função diferente, eu sou a mesma coisa, mas eu tenho funções diferentes, aqui eu falo algumas coisas e lá eu falo outras. Faz sentido? Na faculdade eu não digo que sou professor, mas por causa das redes sociais as pessoas acabam descobrindo e quando eu falo que leciono Português as pes-soas passam a ter medo de falar comigo dizendo que não sabem mesmo falar corretamente, então nesse contexto é que entra a análise da estilística, a questão do certo e do errado. Isso será o nosso curso, nós teremos 8 ou 9 aulas e a gente fará essas análises.

A nossa primeira aula hoje é sobre morfologia, e esse assunto é um monte de nada, mas esse monte de nada faz a base da análise sintática que é um monte de tudo. É assim, a morfologia, se cair na nossa prova, cairá uma questão, no máximo duas. Ela não é uma matéria de questão, mas sim uma matéria de base, ela me ajuda a entender outros assuntos, então, a aula de hoje é uma aula básica, isso não significa que ela não seja importante, significa que ela é base, é estrutural.

EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS

Isso se chama Morfologia, isso é “o que ele é”, eu vou falar o que ele faz, mas o foco hoje é o que ele é. Então, a morfologia, também conhecida como classe de palavras, são dez classes de palavras, denominadas classes de palavras eu classe gramaticais, tanto faz, não vai cair esse nome. A questão não vai te dizer: isso é uma questão de classe de palavras. Não vai, o que a questão vai me dizer será: substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição. Isso aparece na questão, “morfologia”, “classe de palavras”, não aparecem. Mas aparece como? “A preposição destacada”, “o artigo definido”, entenderam qual a lógica?

Aproveitando esse clima que nós estamos vivendo no Brasil, as classes de palavras funcionarão de duas maneiras, existem duas facções, uma é substantivo e a outra se chama verbo, olha só, são essas as relações que a gente tem. O substantivo é líder de uma gangue chamada nome e o verbo é líder de uma gangue chamada verbo, então olha que louco, todo o Português vai se dá aqui. Vejam só, quem já estudou para a prova se lembra de um assunto chamado concordância ver-bal e uma outra chamada concordância nominal, uma se chama regência verver-bal e a outra se chama regência nominal, uma se chama complemento verbal e a outra se chama complemento nominal, assim, tudo que iremos estudar está dentro dessa dupla, então hoje a gente vai en-tender quem é do grupo dos verbos e quem é do grupo dos nomes, pois isso vai facilitar a mi-nha vida no futuro. Entenderam qual será a moral da aula hoje? Vem comigo!

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1. SUBSTANTIVO

Nesse momento nós vamos falar do líder substantivo (nome), tudo que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis (nas próximas aulas eu vou explicar que variável é concordar, o substantivo é uma palavra que flexiona, ela pode ir para o feminino ou masculino, singular ou plural, ela troca) as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos também nomeiam os lugares, sentimentos, estados, qualidades e ações.

Pois é, na escola nos ensinaram que quem indicam os lugares são os advérbios, quem indicam os estados e as qualidades são os adjetivos e quem indicam as ações são os verbos. Só que nos esqueceram de nos dá um pequeno grande detalhe que é: tudo isso tem que ter um nome. En-tão, tudo isso tem que ter um substantivo.

Assim, os lugares, são dados pelo advérbios, mas quando eu falo São Paulo, Fortaleza, é um nome de um lugar e isso é substantivo, quando eu uso um estado alegre, tudo bem, alegre é um estado, mas o nome desse estado é alegria, então isso é um substantivo. Quando eu digo: “eu sou honesto”, isso é uma característica, mas o nome dessa característica é honestidade, que é um substantivo. Escutar é um verbo, mas o nome da coisa que esse verbo produz é escu-ta que é um subsescu-tantivo. Tudo tem que ter um nome e esse nome é subsescu-tantivo.

2. ARTIGO

Olha que legal isso aqui, turma. Setenta por cento das palavras são substantivo, mas o artigo só tem oito palavras. O artigo é a palavra que, antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de maneira definida (A, O, AS, OS) ou indefinida (UMA, UM, UMAS, UNS). Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero (masculino e feminino) e o número (singular e plural) dos substantivos. Nas próximas aulas veremos que estas palavras “a, o, as, os” nem sempre indicarão um artigo, pode indicar ainda uma preposição.

Primeiramente nós temos que entender o básico. O que é definido ou indefinido? Vamos ima-ginar que chegou alguém novo na turma, então vocês irão dizer aos colegas: “tem um cara novo na sala”. Então, o que você está me dizendo? Que tu não sabes quem é essa pessoa, faz sentido?

O que é o definido e o indefinido? Quando eu digo, por exemplo: “Tainã, um colega nosso está te procurando”. O que eu estou dizendo para ele? Eu nem sei quem é, mas é uma pessoa, é in-definida essa pessoa.

Eu chego no Tainã e digo: “Tainã, o nosso colega está te procurando”. O que a gente infere? Que eu sei quem é essa pessoa e que ele também sabe quem é essa pessoa, porque está definida. Entenderam até aqui? Então vamos voltar para o texto.

Eu posso aplicar a definição em um texto quando eu digo: “Tainã, um colega nosso está te pro-curando, o cara disse que é para tu ires para lá.” Quando eu disse “o cara”, está definido, mas eu sei quem é esse cara? Esse cara define o colega que eu não sei quem é. Então o fato dele ser definido não quer dizer que eu saiba quem ele seja, ele está definido no texto. É assim que cai na prova.

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O que cai na prova de artigo é isso, o fato de eu dizer “o cara quer falar contigo”, significa que a gente saiba quem é esse cara? Não, porque esse cara faz alusão, define, o colega que eu não sei quem é, que é UM colega.

Prestem atenção: “eu vou falar para vocês sobre uma matéria muito especial, a matéria sempre cai”. Quando eu falo esse “a” eu me refiro a quem? A essa, que não importa qual é. Entenderam a relação? Ser definido não importa saber o nome do cara, tem que ser definido no texto, tem que ter sido mencionado no texto, isso é fundamental para a gente dominar. Legal?

Prestem atenção no primeiro detalhe zambeliano:

O que mais tem chance de cair é uma substantivação. O que é uma substantivação? Substanti-vação é: tu pegas uma classe de palavra que não é um substantivo, então tu usas um artigo, de maneira geral são os artigos, e esse artigo irá determinar essa palavra e ela virará um substantivo. Olha só o exemplo do quadro acima. Engraçadinhos lhes parece o que como classe de palavra? Adjetivo, porque caracteriza alguém, então, a prova pergunta assim, vejam: “a palavra ‘engraça-dinhos da linha 17 é classificada como um adjetivo”. Nesse caso, nós pensaríamos o que? O me-nino engraçadinho, os professores engraçadinhos, isso é uma característica desses seres, então é um adjetivo. Mas, quando eu vejo a linha mencionada, o “os” faz com que “engraçadinhos” não seja mais um adjetivo, como eu poderia pensar, pois ele o transformou em um substantivo. Outro exemplo: “os políticos corruptos são eleitos pelo povo”, “corruptos”, nesse caso é um adjetivo. Já em “os corruptos merecem cadeia” “corruptos” aqui é classificado como um subs-tantivo.

Parte 02

Observem, a gente passou a vida inteira estudando que não era um advérbio de negação, mas quando eu digo “o seu não é inadmissível” esse “não” é agora um substantivo, isso é um pro-cesso chamado de propro-cesso de substantivação. O que vocês acham? Difícil?

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Vejamos outro exemplo, a palavra “insuportável”, nessa ocasião, vamos imaginar que vocês tenham uma colega que seja insuportável, imaginemos que essa colega chegue ao mesmo ambiente que vocês, não é natural que entre olhares vocês digam: “chagou a insuportável”. Nesse caso, quando tu dizes “a insuportável” “insuportável” virou ser e isso é um substantivo, porque não é a colega insuportável, se fosse seria um adjetivo, mas se for só “a insuportável” é um substantivo, porque é o famoso processo de substantivação.

Existem ainda alguns detalhes importante de nós sabermos:

Os artigos serão facultativos diante de nomes próprios. Você pode dizer: “ah, nem sei o que é nome próprio”. O que nome próprio? É o nome das pessoas, não é? É o nome dos bichos, de tudo, tudo que tiver nome é um nome próprio. Então, por exemplo, faz de conta que o Tainã dormiu, então eu vou chegar lá, mas eu não o conheço, então eu digo assim para o coordenador: “olha, Tainã dormiu na aula”. Agora, eu já conheço o Tainã, então não é uma tendência eu dizer “o Tainã dormiu na aula”? Qual a forma correta? Lembra da estilística de “certo e errado”? Qual é o certo? Os dois, tanto faz. Porque é uma relação facultativa, facultativa é: pode ou não, tu escolhe. Quando eu digo assim: “Tati já deu aula para vocês?” ou “a Tati já deu aula para vocês?”, tanto faz, parece que usar o “a” dá uma familiaridade, uma ideia de que eu já conheça, mas isso é só uma ideia, não é uma regra.

Deixa eu te lembrar uma coisa, vocês já estudaram crase alguma vez na vida? Não tem uma relação de crase em que a crase é facultativa diante dos nomes próprios femininos? Você en-tendeu que a questão não é da crase, mas sim do artigo? Isso porque se o artigo é facultativo, a crase também é facultativa, porque crase tem artigo, então, se artigo pode ou não, a crase pode ou não.

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O artigo também é facultativo diante dos pronomes possessivos. O que é um pronome posses-sivo? Ideia de posse, minha mosca, tua mosca, pronomes que indicam de quem é aquele obje-to. Então nesse caso o artigo é facultativo. Por exemplo, quando eu digo: “minha vida é sempre assim” ou quando eu digo: “A minha vida é sempre assim”, tanto faz, novamente, crase faculta-tiva diante dos pronomes possessivos femininos. Faz sentido? Se eu posso ou não colocar um artigo, eu posso ou não colocar a crase.

3. ADJETIVO

Muita atenção nessa matéria. Coração nesse cara. Por que coração nesse cara? Porque daqui a pouco nós veremos os advérbios e veremos que eles se opõem, eles serão os capangas. Lem-bram da relação substantivo X verbo? Essa relação tem uns capangas, os adjetivos estarão com o grupo dos substantivos e os advérbios estarão juntos aos verbos. Isso é muito corriqueiro em provas, então teremos que prestar atenção nessas características, pois isso irá embasar varias outras matérias que veremos mais adiante.

Adjetivo é uma palavra que expressa uma qualidade ou uma característica do ser, é importante nós sabermos que qualidade não é só coisa boa, por exemplo, eu estou fazendo uma cadeira agora na faculdade que é o segundo semestre e eu deixei por último, porque é uma cadeira de Estatística, eu sou um cara das Letras, eu me formei em Letras, eu estou fazendo Psicologia, que é da humanas, fazer uma cadeira de Estatística é uma violência que vocês não têm noção. Quando alguém me pergunta da cadeira de estatística eu dou adjetivos sobre ela, então eu falo: “difícil, complicada, desgraçada” e antão começam os outros que não cabem para esse momento. Mas quando eu digo que a matéria é desgraçada, isso é algo bom ou ruim? É ruim. Mas, desgraçada é uma qualidade, pois qualidade é característica, turma.

Então deixa eu te mostrar o que seria uma questão de prova, observe as frases: • O homem estressado é muito chato.

Nós estamos falando de quem? Do homem estressado. Então, “homem” é o substantivo, pois é o que nomeia um ser, fica claro que homem é uma palavra que está no masculino singular. Fica claro que “estressado” e “chato” que caracteriza “homem” também estão no masculino singular.

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A banca examinadora está indignada!

Nessa frase, de quem nós estamos falando? Da banca, que é um substantivo, fica claro que a “banca” está no feminino singular e da mesma forma “examinadora” e “indignada” que qualifi-cam a “banca” também estão no feminino singular.

Com isso, nós percebemos que uma das características é que o adjetivo concorda com o subs-tantivo, é variável na mesma relação.

Para quem já estudou para concurso eu posso adiantar o seguinte, nessa aula eu disse que “banca” é substantivo, na próxima aula eu vou dizer que ela é núcleo do sujeito, pois, aqui eu digo o que ela é, mas, na próxima aula que é aula sobre análise sintática, eu irei dizer o que ela faz na frase.

Morfossintaxe do adjetivo

Morfo significa é e sintaxe é igual a faz, agora eu vou te dizer o que ele é e o que ele faz. O que

ele é tu já sabes, pois é um adjetivo, agora vamos ver o que ele pode fazer.

O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adnomi-nal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).

Vamos voltar com a frase para entendermos:

Na próxima eu vou falar para vocês assim: “pergunta quem é o sujeito”, então a pergunta do sujeito será: “quem é que é muito chato?” então, tu dirás: “o homem estressado”. Na parte do sujeito eu vou dizer: “pessoal, no sujeito tem a parte que é mais importante, chamada de núcleo, quem é o núcleo do nosso sujeito?”. Será o Homem. Então eu vou dizer: “o verbo “é” de ligação atribui uma característica, então vamos chamá-lo de VL, verbo de ligação, e essa característica “muito chato”, a gente irá chamar de predicativo. Vimos antes que “estressado” e “chato” eram adjetivos, tanto é que eles estavam concordando com o substantivo. Agora, vamos entender como isso será cobrado em provas:

Ainda estudando a frase “o homem estressado é muito chato”, vimos que “estressado” e “chato” são adjetivos, pertencem a mesma classe de palavras, mas, “estressado” não está junto de “homem”? então ele é adjunto adnominal, pois faz o papel de está junto do nome, bem como o artigo “o”, fazendo o mesmo papel. Assim, “chato” e “estressado” são classificados da mesma maneira, todavia, eles exercem funções sintáticas diferentes.

Outra pergunta, “o” e “estressado” pertencem a mesma classe gramatical? Não, porque um é artigo e o outro é adjetivo, todavia, eles exercem a mesma função na frase, pois eles são adjuntos adnominais.

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Difícil? Claro que eu explicar isso hoje pode parecer meio assustador, na próxima aula vamos estudar mais isso e fará mais sentido, mas é importante a gente começar a entender.

Locução adjetiva

Locução adjetiva é uma subclasse muito importante na concordância nominal. Das locuções adjetivas, 99% são compostas das preposições mais substantivo, ou seja, uma preposição combinada com um substantivo caracterizam um substantivo.

Desse modo, fica claro, por exemplo, que “amor de mãe” não é amor de pai ou de vizinho, ele limita o amor, caracterizando-o. A prova nos pergunta assim: “poderíamos substituir o “de mãe” por materno sem prejuízo para o sentido e para a correção?”.

Como é bonito o amor de mãe.Como é bonito o amor materno.

Essas duas frases dizem a mesma coisa? Qual a diferença entre “de mãe” e “materno”? A diferença é que “materno” é um adjetivo e “de mãe” é o que nós chamamos de locução adjetiva. No Português, tudo que o que for dois ou mais nós chamamos de locução, por exemplo, dois verbos juntos é locução verbal, duas palavras com ideia de advérbio, locução adverbial, duas palavras que valem como adjetivo é locução adjetiva.

Estou com problema de cabelo.Estou com problema capilar.

As duas frases acima têm o mesmo sentido, a diferença entre elas é que “de cabelo” é uma locução adjetiva e “capilar” é apenas um adjetivo.

Nem sempre há um adjetivo equivalente para uma locução adjetiva, por exemplo, “aula de História”, “de História” é uma característica da aula, concordam? Caracterizou o substantivo, isso é uma locução adjetiva. Percebam, dá pra dizer que isso é uma aula histórica? Não. Então, existe um adjetivo, mas não é equivalente. Se eu falar que eu “tenho uma aula de História” e “tenho uma aula histórica” muda o sentido.

Eu estou falando de morfologia, quando eu digo: “troca de História por histórica”. Vocês lembram que eu falei depois que essa troca mudaria o sentido? O que é sentido? Semântica. Assim, vejamos uma questão de cada, “de História” e “história” é a mesma classe gramatical? O primeiro é uma locução adjetiva e a segunda é um adjetivo. Isso pertence a mesma função sintática? Sim, os dois são adjuntos adnominais. Mas eles te dizem a mesma coisa? O sentido permanece? Não, o sentido se altera com a mudança.

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Parte 03

Esse exemplo eu coloquei só para nós entendermos assim, percebam que acima temos duas frases diferentes, então a prova nos pergunta dessa forma: “a palavra críticas da linha 5 e a pa-lavra críticas da linha 18 pertencem a mesma classificação”. Nós vamos pensar que classificação refere-se a morfologia, então a resposta está correta, pois a palavra trata-se de um adjetivo. Mas se a prova perguntar se pertence a mesma função sintática estaria correto?

O que eu mais gosto é de ensinar maldades, vou te ensinar uma maldade. O mundo não é divi-dido entre verbos e nome? Na primeira frase a palavra “críticas” está ligada a um substantivo, já na segunda frase “críticas” está ligada a um verbo, então elas exercem a mesma função? Não.

4. PRONOMES

Observem de quem nós iremos falar agora. Nós falaremos dos caras que se relacionam com os verbos? Não, se não eles se chamariam “proverbos” (brincadeira). Os pronomes ficam do lado ou ficam no lugar. Não entendeu?

Quando eu penso em pronome, essa é uma questão que vai cair na nossa prova e a ques-tão será desse tipo: “meu aluno foi fazer o concurso, ele sabia alguma coisa”, quando eu disse “meu” ele acompanhou o nome aluno (fica do lado), mas quando eu disse “ele sabia alguma coisa”, “ele” faz referência a aluno, não é o nome? Ele é o pronome, ou ele fica do lado (no caso da frase o “meu”) ou ele fica no lugar do nome (como foi o caso do pronome “ele” na frase). Como cai na prova? Vocês já ouviram falar do pronome “o” ou o pronome “lhe”, conhecidos como pronomes oblíquos? Vamos aprender sobre isso, mas antes, na prova geralmente isso é cobrado da seguinte forma: “a palavra ‘lhe’ da linha 14 retoma a palavra ‘aluno’ da linha 10”. Como eu resolvo essa questão? Lendo o texto, é uma questão que eu não tenho como te ensi-nar, pois isso depende do texto, mas saiba que pronome fica do lado ou no lugar do nome. a) Pessoais

Existem muitos tipos de pronomes, nós vamos falar daqueles que ficam no lugar das pessoas, são chamados de pronomes pessoais. Os pronomes das pessoas podem ser os pronomes retos

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Pronome reto

Os pronomes pessoais do caso reto são aqueles que exercem a função de sujeito ou predicativo do sujeito, ou seja, são aqueles que nós conjugamos os verbos: eu, tu, ele, nós, vós, eles. Enquanto que os pronomes oblíquos funcionam como complemento. Vamos entender: - Eu reviso a matéria, mas você nunca a estuda!

Na frase “eu” está como sujeito (pronome reto), enquanto que “matéria” é classificada como substantivo e o “a” destacado está como complemento do verbo estudar, ou seja, é um pronome oblíquo.

Quando eu digo: “trouxe um presente para ti”, eu não posso dizer: “trouxe um presente para tu”. Os pronomes retos são os sujeitos da frase, por isso que mim não conjuga verbo, pois, quem conjuga verbo são os retos.

b) Indefinidos

Vejamos os exemplos:

- Algum material pode me ajudar. (afirmativo) - Material algum pode me ajudar. (negativo)

Se esse tipo de pronome for cobrado em prova, será cobrado a sua localização, que é uma questão bem comum de ser cobrada em todas os tipos de classes, pois trata mais de semântica do que a própria classe de palavras.

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Os pronomes demonstrativos são utilizados de acordo com a ideia que se deseja transmitir, seja de espaço, tempo ou discurso, ou seja, se for uma relação espacial, os pronomes “este, esta e isto” deverão ser utilizados quando se estiver perto de quem fala, os pronomes “esse, essa e isso” deverão ser utilizado quando o objeto estiver perto de quem ouve e quando ele estiver longe dos dois, deverão ser utilizados “aquele, aquela ou aquilo”.

Qual é a relação temporal? Presente e futuro, utiliza-se “este, esta e isto”, no passado breve utiliza-se “esse, essa e isso” e quando for o passado distante, utiliza-se “aquele, aquela e aqui-lo”. Quando eu digo, por exemplo: “nesta semana nós teremos mais uma aula” ou ainda: “nes-te mês nós “nes-teremos três aulas”. Quando eu pergunto: “pessoal, semana passada nós tivemos aula?”. Vocês respondem: “não, nessa semana não tivemos aula”, pois trata-se de um passado breve.

É muito provável que seja cobrado em prova a relação do discurso, pois “este, esta e isto” é utilizado para algo que ainda será dito, enquanto que o “esse, essa e isso” para algo que já foi dito. Lembram que eu disse que o pronome fica no lugar do nome? Nesse caso, os pronomes demonstrativos relativos ao discurso também ficarão no lugar do nome. Nesse sentido, é possí-vel evitar a repetição de palavras utilizado os pronomes demonstrativos.

RETOMADA

“As crianças de classe média têm um futuro mais promissor do que os filhos de pais das classes menos favorecidas, porque àqueles se dão oportunidades que se negam a estes.”

No caso da frase, o último elemento sempre será o “esta” e o primeiro elemento sempre será o “aquela”. Se forem três, o elemento do meio será o “esse”.

Observe o exemplo: “o Dudan, a Tati e o Ravazolo são professores exclusivos da Casa do Con-surseiro. Este ensina Marketing, essa ensina Defesa do Consumidor e aquele ensina Estatística”, ou seja, Dudan ensina Estatística, a Tati ensina Marketing e o Ravazolo ensina Direito do Consu-midor, o pronome determina quem é quem, a relação do discurso é a mais importante.

d) Possessivos

Os pronomes possessivos indicam posse: - Este é o meu problema. Cadê o seu?

Na prova não será perguntado o que é o pronome possessivo, provavelmente será cobrado dessa forma: “a palavra ‘seu’ da linha 37 retoma a palavra problema da linha 30”. No caso da frase acima, quando o pronome “seu” faz referência ao substantivo “problema”. Lembram que eu disse no início? O pronome fica do lado ou no lugar de um nome.

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Parte 04

5. VERBOS

Olá, pessoal! Agora teremos nossa aula de verbo, hoje faremos um estudo breve apenas para termos uma ideia do assunto, mas nas próximas aulas veremos este assunto com mais profun-didade.

Hoje é interessante a gente dominar que o verbo têm formas nominais, essas formas são co-nhecidas como gerúndio (ndo), infinitivo (ar, er,ir) e o particípio (ado, ido, ito). Não apresentam flexão de tempo e modo, perdendo, dessa maneira, algumas das características principais dos verbos.

O que irá nos interessar, e nós teremos uma aula inteira sobre isso, é o que tange o tempo e o modo, pois os verbos têm os tempos, que é o presente, o passado e o futuro e têm os modos, que é o indicativo, o subjuntivo e o imperativo e isso a gente vai estudar um dia.

Eu só queria deixar registrado para vocês uma ideia, que é essa daqui:

6. ADVÉRBIO

O que o advérbio tem de especial, o que nós temos que prestar atenção nele? O advérbio é uma classe de palavras que modifica um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. É a palavra invariável que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.

Lembram que eu falei que o advérbio é o capanga do verbo? O adjetivo está para o substantivo assim como o advérbio está para o verbo. Eu te disse que o adjetivo concorda, não é? Então agora eu estou te dizendo que um advérbio não concorda. Um advérbio trabalha para um ver-bo, trabalha para um adjetivo e trabalha para um outro advérbio, que é o que nós iremos ver agora. lembrando que ele não concorda, ele permanecerá sempre do mesmo jeito, ou seja, ele é invariável.

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Sempre que eu falar em advérbio, nós temos que lembrar que ele é uma circunstância, seja de tempo, de modo, negação, enfim, advérbio é circunstância. Vamos entender isso então!

Alguns colegas chegam muito cedo

Na frase acima identificamos que o advérbio “cedo” trabalha para o verbo “chegam” e o advér-bio “muito” trabalha para o advéradvér-bio “cedo”.

Ele não estuda muito, mas acha que vai passar.

As palavras “não” e “muito” são advérbios que trabalham para o verbo estuda. • Ela é muito dedicada!

No caso da frase, “muito” é o advérbio que trabalha para o adjetivo “dedicada”. Em algumas provas poderá ser cobrado da seguinte forma: “se trocarmos a palavra ‘ela’ pela palavra ‘elas’, quantas outras palavras deveriam mudar para fim de concordância?”. Nesse caso, a frase ficaria da seguinte forma: “elas são muito dedicadas”, assim, outras duas palavras deveriam ser modi-ficadas para fim de concordância. Faz sentido, turma, que “dedicadas” é um adjetivo e “muito” é um advérbio, nesse caso, o adjetivo concorda com o substantivo, mas o advérbio não concor-da com o adjetivo.

Lembrem que um advérbio mente. Como assim? Por exemplo, “feliz” é um adjetivo, “felizmen-te” é um advérbio. Da mesma forma, “alegre” é um adjetivo, “alegremen“felizmen-te” é um advérbio.

7. PREPOSIÇÃO

A preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo ao primeiro, ou seja, o regido ao regente. As preposições podem pertencer aos grupos dos nomes ou dos verbos. Se o verbo pedir a preposição a regência é do verbo (regência verbal),

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Regência verbal: Enviaram todas as informações ao cliente ontem. Regência nominal: Esta rua fica paralela ao mercado.

Observem a minha pergunta: “a estrutura sublinhada na linha 5 ‘ao cliente’ e a linha sublinhada na linha 16, ‘ao mercado’ é composta com as mesmas classes gramaticais?”. A resposta é afir-mativa, pois nas duas estruturas sublinhadas há uma preposição, um artigo e um substantivo. Agora, as estruturas sublinhadas possuem a mesma função sintática? Não, porque no primeiro caso a preposição é regência do verbo (regência verbal), já na segunda frase, a preposição é re-gência do nome (rere-gência nominal). Quando o verbo pede uma preposição o objeto é indireto. Quando o nome pede uma preposição há um complemento nominal.

8. CONJUNÇÕES

Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Quem já estudou conjunções sabe do que eu to falando, lembram-se das coor-denadas e das subordinadas? Nós iremos falar disso, as aulas de conjunções têm muita semân-tica e uma vantagem, as conjunções não mudam, são sempre as mesmas.

Existem as conjunções coordenadas e subordinadas. As conjunções coordenadas são cinco e subordinadas são dez. Vou te apresentar a principal de cada:

E  MAS  OU  PORTANTO

Coordenadas – aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas,

POIS

explicativas.

Quando eu digo: “eu estudei e comi.”, essa frase traduz uma ideia de soma. Já na frase: “eu estudei e comi, mas ainda estou com fome”, apresenta uma ideia adversativa, de oposição. As conjunções alternativas, por sua vez, demonstram ideia de possibilidades, “ou você marca a letra ‘a’ ou você marca a letra ‘b’”, isso não é alternativa? Todos já fizeram uma redação, não fizeram? Não é na conclusão que tu usas um “portanto”? O que é explicativa? São conjunções que geralmente explicam ordens.

EMBORA  SEGUNDO  JÁ QUE  TANTO QUE

Subordinadas – concessivas, conformativas, causais, consecutivas,

COMO  SE  QUANDO PARA QUE Á MEDIDA QUE

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O que é uma concessão? Sempre que eu penso em concessão eu lembro de concessionária. Como é o nome de pedágio? Pedágio não é uma concessão? Uma concessão cedida a iniciativa privada? Eu penso que eu poderia passar pela estrada sem pagar nada porque eu já paguei os impostos, mas ao ter que pagar o pedágio eu quero a minha perspectiva inicial. É uma conjun-ção semelhante com a conjunconjun-ção adversativa, mas é diferente, pois, ela é uma quebra da pers-pectiva e não uma oposição.

O que são as conjunções conformativas? As conformativas lembram a previsão do tempo: “Se-gundo a meteorologia, amanhã deve chover.”.

Um exemplo de aplicação da conjunção causal seria: “Já que estava tarde, o sono me derru-bou.”, é a causa do porque o sono derrubou.

Consecutiva é consequência, quando você diz: “Zambeli, eu estudei tanto à noite que eu não estou me aguentando agora acordado.”, a consequência de estudar demais, resulta o sono. O que é uma conjunção comparativa? Poderíamos falar como exemplo: “Essa aula é tão estra-nha como a aula de estatística.”, há uma comparação.

As conjunções condicionais: “Se prestarem atenção à aula terminará mais cedo.”, há uma con-dição para a aula terminar mais cedo, se prestar atenção na aula.

Temporal: “Quando eu explicar essa matéria.”, existe na frase uma perspectiva de tempo. As conjunções finais expressam uma ideia de objetividade: “Nós estudamos para que possa-mos gabaritar o Português.”, esse fim não é de encerramento, mas de finalidade.

As conjunções proporcionais: “À medida que a aula avança, mais soninho eu tenho.”, o proces-so vai acontecendo proporcionalmente.

É muito provável que caia uma questão sobre o “QUE” na sua prova, essa é um tipo de questão é comum ser cobrada em provas de Português. Esse “QUE” tem muitas opções, mas a dupla é: conjunção integrante X pronome relativo. Uma conjunção integrante completa uma estrutura, já um pronome relativo faz o que todos os pronomes fazem, que é retomar ou substituir. No dia da prova talvez o seu desespero não te faça lembrar isso, então, tu vais usar um artifício para chegar nessa resposta. O artifício é: conjunção integrante = trocar por “ISSO”, o pronome relativo = trocar por “O/A QUAL”. Não se preocupe porque ainda veremos essa matéria durante muitas aulas, mas em todas as aulas eu vou dizer: “Vai lá no quadrinho da aula 01” e a gente vai retomar esse conhecimento.

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Como isso cai na prova? Uma das questões clássicas é perguntar: “As duas ocorrências da pala-vra ‘QUE’ da linha 19 são classificadas da mesma forma”.

A aluna que estuda disse que entende mais a matéria!

Nesse caso, você deverá fazer a seguinte pergunta: “a aluna isso ou a aluna a qual disse a qual entende ou disse isso?”.

A aluna que estuda disse que entende mais a matéria!      a qual     isso

Para terminar com chave de ouro, vocês entenderam essa parte? Troca por “a qual”, troca por “isso”? Prestem atenção que na primeira ocorrência do “que” trata-se de um pronome relativo (nesse caso ele acompanha o nome) e no caso da segunda ocorrência do “que” trata-se de uma conjunção integrante que acompanha o verbo.

Pessoal de casa, não desiste! Me segue lá no insta, @carloszambeli, e estamos juntos, até a próxima aula.

Referências

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