A
P
Ê
N
D
I
C
E
E
CARGAS EXCEDENTES/INDIVISÍVEIS
A t u a l i z a d o e m2 7 / 0 5 / 1 2NOTA DO AUTOR: este capítulo traz dicas resumidas acerca da fiscalização de veículos e combinações que ultrapassam o
peso e as dimensões previstas nas Resoluções 210/06, 211/06 e 305/09, todas do CONTRAN, e, consequentemente,
necessi-tam de Autorização Especial de Trânsito - AET, expedida pelo órgão executivo rodoviário da União (DNIT), dos estados
(DER,DAER,etc.) e dos municípios. Aos colegas que quiserem aprofundar os conhecimentos ou realizar uma fiscalização mais
detalhada, devem ter sempre por perto o MPO-017 (escoltas de cargas superdimensionadas) e a Resolução 11/04 do DNIT
(ex-pedição de AET), os quais trazem todas as orientações na íntegra.
ETAPAS DA FISCALIZAÇÃO
A fiscalização de cargas excedentes/indivisíveis está dividida nas etapas abaixo listadas, que serão melhor especificadas nas páginas seguintes:
1 Analisar a Autorização Especial de Trânsito - AET 2 Analisar a combinação de veículos
3 Analisar a documentação da carga 4 Verificar o recolhimento da taxa de escolta
5 Solicitar ao motorista da escolta o CERTIFICADO DE VISTORIA DO VEÍCULO DE ESCOLTA 6 Solicitar ao motorista da escolta a LICENÇA DO MOTORISTA DE ESCOLTA
7 Verificar se a empresa está cumprindo as exigências quanto ao veículo
8 Autuar
1 - Analisar a Autorização Especial de Trânsito - AET
- Verificar a autenticidade da AET na página http://www1.dnit.gov.br/aplweb/sis_siaet/fiscalizacao/manfiscalizacaoaet.asp - Verificar se está dentro da validade, caso contrário autuar pelo Art. 231*VI do CTB (AET vencida);
- Verificar se a combinação está rodando somente pelos trechos autorizados pela AET e dentro do horário estipulado, caso contrário, autuar pelo
Art. 187*I do CTB (transitar em local ou horário proibido), preferencialmente, ou então pelo Art. 231*VI do CTB (em desacordo com a AET);
- Verificar se existe necessidade de escolta, conforme tabela ao final deste Apêndice;
- Solicitar ao motorista da combinação o Formulário de Vistoria de Cargas Especiais (Anexo XII do MPO-017, exigível a partir de 14/11/2012), o qual será preenchido na primeira unidade da PRF onde passar a carga, ou então logo após a substituição do motorista ou veículo.
2 - Analisar a combinação de veículos
- Verificar se os veículos relacionados correspondem à realidade, caso contrário autuar pelo Art. 231*VI do CTB (em desacordo com a AET); - Verificar se o CMT do caminhão trator ou dos caminhões tratores é compatível com o PBTC da combinação, caso contrário, tudo que ultrapassar o limite dos veículos será considerado excesso de peso sobre a CMT, cuja autuação prevista está no Art. 230*X do CTB;
- Verificar se as dimensões do veículo e da carga correspondem à AET, lembrando que, segundo o Art. 42, inciso IV, da Resolução 11/04 do DNIT, “o transportador poderá, a seu critério, apresentar na AET dimensões e/ou peso maiores do que a carga a ser transportada, desde que atendida a legislação e o contido nesta Resolução.”, caso contrário autuar pelo Art. 231*VI do CTB (em desacordo com a AET). Neste ínterim, deverá ser orientado o interessado para que se dirija ao DNIT a fim de corrigir a irregularidade, devendo reter o veículo transportador em que foi realizada a fiscalização, até que seja sanada a irregularidade.
- Caso a combinação apresente indícios de estar com excesso de peso, só será admitida a pesagem com balanças que possam pesar cada eixo do veículo por inteiro no mesmo nível do piso, nos termos do Art. 42, § 1º, da Resolução 11/04 do DNIT, lembrando que neste caso o limite regulamentar (PBTC) será o indicado pela própria AET, independentemente da capacidade dos veículos ou configuração de eixos (Art. 18 do MPO-006);
- Verificar a inscrição do RNTRC (consultar Capítulo 10 - Convênio com ANTT).
3 - Analisar a documentação da carga
- Verificar se a mercadoria descrita na Nota Fiscal corresponde à AET, inclusive no peso bruto declarado; - Verificar se existe o Conhecimento de Transporte (consultar Capítulo 10 - Convênio com ANTT).
Alteração 9.10
4 - Verificar o recolhimento da taxa de escolta
- A empresa responsável pela carga ou escolta deverá apresentar a GRU comprovando o pagamento do serviço de escolta e batedor PRF, em conformidade com os valores constantes na Portaria 596/96 do Ministério da Justiça.
5 - Solicitar ao motorista da escolta o CERTIFICADO DE VISTORIA DE ESCOLTA
6 - Solicitar ao motorista da escolta a LICENÇA DE MOTORISTA DE ESCOLTA
Velocidade R$/Km 70 km / h 0,65 60 km / h 0,76 50 km / h 0,91 40 km / h 1,14 30 km / h 1,53 20 km / h 2,29
7 - Verificar se a empresa está cumprindo as exigências quanto ao veículo
I – comportar todos os equipamentos e materiais exigidos nesta norma no compartimento de carga, mantendo os equipamentos e materiais transportados ancorados de forma a não serem lançados no motorista ou auxiliar em freadas bruscas ou acidentes;
II – estar pintados na cor branca, “zebrada” na cor laranja, no capô com faixas de quinze centímetros em intervalos iguais em forma de “V” com a ponta do V no centro do capô e até a meia altura da carroceria dos mesmos, com faixas de quinze centímetros medidas na horizontal, em intervalos iguais, inclinadas de quarenta cinco graus da direita para a esquerda e de cima para baixo.
Nota: Os veículos de escolta credenciados até a data da publicação desta norma poderão circular nas cores laranja com faixas pretas até a sua substituição por veículos novos ou vencimento do prazo de vida útil estabelecido neste manual.
III – estar dotados de suportes para fixação das bandeiras, colocados nas extremidades laterais do veículo ou dos para-choques dianteiros e traseiros, com inclinação de trinta graus em relação a vertical;
IV – estar perfeitamente identificados com o nome da empresa e número da credencial escritas em letras pretas, dentro de um retângulo, pintados na cor branca nas portas dianteiras.
V – estar dotado de: a) luvas de raspa;
b) material de combate a incêndio: no mínimo dois extintores de quatro quilogramas cada, carregados com gás carbônico ou pó químico, por veículo, além do exigido pela legislação de trânsito para o veiculo;
c) trena de no mínimo 30m;
d) oito cones de segurança, com altura mínima de cinquenta centímetros por veículo de escolta, com as características descritas na NBR 15071; e) quatro bandeiras de tecido ou plástico, na cor vermelha e nas dimensões de cinquenta centímetros de altura por sessenta centímetros de comprimento, com mastros de sessenta centímetros, para serem afixadas conforme Inciso III, deste artigo;
f) colete em material refletivo na cor branca;
g) lanterna portátil com no mínimo duas pilhas grandes ou bateria recarregável em condições de funcionamento;
h) no mínimo, quatro dispositivos portáteis, que funcionem independentemente do circuito elétrico do veículo e dotados de luzes intermitentes, na cor amarelo âmbar, com pulsações mínimas de cinquenta vezes por minuto, com visibilidade mínima de duzentos e cinquenta metros, em condições atmosféricas normais, destinados à sinalização da pista em casos de emergência, com suporte para serem afixados sobre os cones de sinalização.
VI – ter instalados dispositivos luminosos intermitentes ou rotativos, de cor amarelo âmbar, sobre o teto, na forma estabelecida pela Resolução nº 268/2008 do CONTRAN, ou outro dispositivo legal que venha substituí-la.
As empresas credenciadas, quando em serviço de escolta, deverão dispor de sistema de comunicação via rádio (aprovado e autorizado pelo órgão responsável), entre os tripulantes do(s) veículo(s) de escolta, o veículo transportador da carga indivisível/excedente, e a Polícia Rodoviária Federal quando em escolta conjunta. (exigível a partir de 14/11/2012)
Os veículos de escolta podem estar registrados e licenciados na categoria particular ou aluguel.
Para cumprimento do disposto no inciso II deste artigo, caso seja necessário fazer adaptações no veículo, inclusive retirada o banco traseiro e instalação de sistema de ancoragem, deverá ser providenciada a regularização junto ao órgão executivo de trânsito dos Estados ou Distrito Federal (DETRAN).
Alteração 9.10
8 - Autuar
- Verificada alguma irregularidade, deverá o policial emitir o Auto de Infração de Escolta (Anexos I do MPO-017), em duas vias, sendo a primeira via enviada à sede da Superintendência ou Distrito para abertura do processo e a segunda via entregue ao motorista da escolta infratora e, conforme a irregularidade, adotar as medidas administrativas e de segurança cabíveis, sendo que os documentos recolhidos deverão ser anexados à primeira via do Auto de Infração correspondente.
- Todas as infrações possíveis estão relacionadas nos Art. 37 e 38 do MPO-017. - Numerar o Auto de Infração conforme Anexo II do MPO-017.
Alteração 9.10