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Modelo para descrição de espaços colaborativos: Apoiando a realização de Arquiteturas Pedagógicas

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Academic year: 2021

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Modelo para descrição de espaços colaborativos:

Apoiando a realização de Arquiteturas Pedagógicas

Ramon Rosa Maia Vieira

Junior

PPGIE - UFRGS Porto Alegre/RS, Brasil

ramon.maia@ufrgs.br

Crediné Silva de

Menezes

FACED - UFRGS Porto Alegre/RS, Brasil

credine@gmail.com

Orivaldo de Lira

Tavares

PPGI - UFES Vitória/ES, Brasil

tavares@inf.ufes.br

ABSTRACT

This paper presents a structural model to complement the proposal framework of [13], by adding collaborative activi-ties coordination support to Pedagogical architectures. The methodology exploratory research was conducted in three Pedagogical architectures proposed in the literature: Simu-lated Jury, Thesis Debate and Academic Controversy. The criteria for selecting of Pedagogical architectures was the use of text as the main artifact of cooperation. Each Pedagogi-cal Architecture was instantiated and described to facilitate analysis and identify the software requirements needed to attend the proposed coordination of cooperative activities and support the authorship. Finally, we present a proposal for integration between the proposed model and [13].

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo propor um modelo estrutu-ral para complementar a proposta de [13], no que se refere ao suporte a coordena¸c˜ao das atividades colaborativas das Arquiteturas Pedag´ogicas. Como metodologia realizou-se uma pesquisa explorat´oria em trˆes Arquiteturas Pedag´ogi-cas propostas na literatura: Juri Simulado, Debate de Teses e Controv´ersia Acadeˆmica. O crit´erio de sele¸c˜ao das Arqui-teturas Pedag´ogicas foi a utiliza¸c˜ao de texto como principal artefato de coopera¸c˜ao. Cada Arquitetura Pedag´ogica foi instanciada e descrita para facilitar a an´alise e identificar os requisitos de softwares necess´arios para atender as propos-tas de coordena¸c˜ao das atividades cooperativas e suporte a autoria. Por fim, apresenta-se uma proposta de integra¸c˜ao entre o modelo proposto e [13].

Categories

and Subject Descriptors

H.5.3 [Group and Organization Interfaces]: Computer-supported cooperative work. Organizational design.

General

Terms

Design

Permission to make digital or hard copies of all or part of this work for personal or classroom use is granted without fee provided that copies are not made or distributed for profit or commercial advantage and that copies bear this notice and the full citation on the first page. To copy otherwise, to republish, to post on servers or to redistribute to lists, requires prior specific permission and/or a fee.

SBSC'15, November4-6,2015,Salvador,Bahia,Brazil.

ISSN: 2318-4132

Keywords

pedagogical architecture, coordination, groupware

1.

INTRODUÇÃO

A oferta de groupwares no ciberespa¸co, bem como a amplia-¸

c˜ao do suporte de diversas m´ıdias, favoreceu novas propostas pedag´ogicas apoiada por computador. Nesta perspectiva, [1] define Arquiteturas Pedag´ogicas, buscando pensar o uso das tecnologias sintonizado com as novas propostas e vice-versa, como podemos observar no trecho: ”Arquiteturas Pedag´ ogi-cas (APs) s˜ao estruturas de aprendizagem realizadas a par-tir confluˆencia de diferentes componentes: abordagem pe-dag´ogica, software, internet, inteligˆencia artificial, educa¸c˜ao a distˆancia, concep¸c˜ao de tempo e espa¸co. O car´ater des-tas arquiteturas pedag´ogicas ´e pensar a aprendizagem como um trabalho artesanal constru´ıdo na vivˆencia de experiˆ en-cias e na demanda de a¸c˜ao, intera¸c˜ao e meta-reflex˜ao do sujeito sobre os fatos, os objetos e o meio ambiente s´ ocio-ecol´ogico. Seus pressupostos curriculares compreendem pe-dagogias abertas capazes de acolher did´aticas flex´ıveis, ma-le´aveis, adapt´aveis a diferentes enfoques tem´aticos”[8]. Alguns trabalhos destacam que a flexibilidade dos ambien-tes virtuais colaborativos atuais ainda n˜ao est˜ao sintoniza-dos com a complexidade resultante da varia¸c˜ao de cen´arios para a coopera¸c˜ao. A dificuldade destes ambientes virtuais em atender a implanta¸c˜ao de novas propostas pedag´ogicas s˜ao evidenciadas por [7]. Atrav´es da avalia¸c˜ao realizada por [15], verificou se a necessidade de groupwares, classificados como Learning Management Systems, mais aderentes aos re-quisitos de softwares que favorecem a realiza¸c˜ao das APs, com maior articula¸c˜ao e coordena¸c˜ao das atividades coope-rativas. Este trabalho segue a perspectiva de colabora¸c˜ao descrita em [4], no qual descreve a inter e intra-rela¸c˜ao das atividades de comunica¸c˜ao, coopera¸c˜ao e coordena¸c˜ao. Percebe-se que a demanda de cria¸c˜ao de novos softwares para apoiar cada nova proposta pedag´ogica, que utilizam a troca de mensagens em texto como principal artefato de co-munica¸c˜ao e coopera¸c˜ao, s˜ao evidˆencias da dificuldade dos groupwares atuais satisfazer as regras de intera¸c˜ao impostas. Este fato resulta em adapta¸c˜oes de propostas pedag´ogicas aos suportes existentes, que por sua vez dificulta a coor-dena¸c˜ao das atividades, sobrecarrega o professor, enquanto articulador e mediador das atividades colaborativas. Evi-dˆencias destas dificuldades podem ser encontradas: atrav´es de [3] em sua proposta de Projetos de Aprendizagem e a necessidade de conceber uma solu¸c˜ao espec´ıfica de software;

(2)

[7] atrav´es das evidˆencias das inadequa¸c˜oes dos ambientes virtuais pela falta de flexibilidade no apoio a aprendizagem cooperativa; pelas evidˆencias apresentadas em [11] no traba-lho com debates s´ıncronos apoiada por ferramentas de chat, pelas dificuldades apresentadas em [14] no uso da ferramenta de autoria colaborativa wiki para a implementa¸c˜ao de um ambiente colaborativo de aprendizagem.

Este trabalho apresenta uma proposta de um modelo estru-tural, complementar a proposta de [13], que pretende favo-recer `a cria¸c˜ao e a organiza¸c˜ao flex´ıvel de espa¸cos virtuais colaborativos para realiza¸c˜ao das Arquiteturas Pedag´ogicas. Entre os principais objetivos, destaca-se a proposta de flexi-bilidade do apoio a colabora¸c˜ao pelas formas diferenciadas de coordenar as intera¸c˜oes e organizar as produ¸c˜oes, indivi-duais e coletivas, tendo como referˆencia “espa¸cos de autoria” reorganiz´aveis e flex´ıveis.

Como metodologia, investigou-se os requisitos de softwares para atender as propostas de coordena¸c˜ao e suporte a auto-ria das APs. O crit´erio de sele¸c˜ao das APs foi a utiliza¸c˜ao de texto como principal artefato de coopera¸c˜ao. As APs selecio-nadas foram Debate de Teses [9], Controv´ersia acadˆemica [6] e Juri Simulado [12]. Como m´etodo de pesquisa realizou-se uma pesquisa explorat´oria nas APs selecionadas para esta-belecer os modelos de atividades, a partir da descri¸c˜ao de cada uma. Tendo como base a proposta de framework de [13], foi proposto um modelo estrutural, utilizando a Unified Modeling Language (UML) e uma proposta de integra¸c˜ao.

2.

APRENDIZAGEM COLABORATIVA

O avan¸co das Tecnologias Informa¸c˜ao e Comunica¸c˜ao (TIC) propiciou um melhor suporte telem´atico e ampliou as pos-sibilidades de intera¸c˜oes. Segundo citado em [10], a rede de computadores pode: i) mudar a maneira com que aprendi-zes e professores interagem; ii) aumentar as oportunidades para aprendizagem colaborativa; iii) facilitar as discuss˜oes; iv) deslocar o estudo de um processo individual em dire¸c˜ao `

a aprendizagem social e participativa.

[1] complementam, quando entende que a incorpora¸c˜ao das tecnologias nos “desenhos” globais de teleforma¸c˜ao n˜ao ga-rante, por si s´o, a efetividade dos resultados, devendo estar sustentada por uma teoria de aprendizagem que justifique esse “desenho” e o delimite. Em favor da aprendizagem est´a a constru¸c˜ao do conhecimento, fundamentada pela pedago-gia aberta, atrav´es de did´aticas flex´ıveis, male´aveis, adapt´ a-veis a diferentes enfoques tem´aticos. Conforme evidenciado por [10], as solu¸c˜oes para colabora¸c˜ao na ´area de Computer Supported Collaborative Learning (CSCL) possuem v´arias aplica¸c˜oes para apoiar a aprendizagem colaborativa, entre-tanto pouca varia¸c˜ao, s˜ao frequentemente re-implementadas e ainda possibilitam um gap entre as concep¸c˜oes te´oricas e o que de fato ´e implementado.

Fica not´oria a preocupa¸c˜ao com o uso da tecnologia sintoni-zado com novas propostas, que se originam nas novas pos-sibilidades de comunica¸c˜ao e coopera¸c˜ao viabilizadas pelas redes telem´aticas, que rompem as barreiras de tempo e es-pa¸co, permitindo ao educador o compartilhamento de ideias com seus pares e estudantes, a qualquer hora e em qualquer lugar.

A preocupa¸c˜ao, que ´e refor¸cada no trecho a seguir, busca enfatizar a metamorfose das intera¸c˜oes, sugerindo o aban-dono das hierarquias em favorecimento das rela¸c˜oes interdis-ciplinares. As arquiteturas pedag´ogicas configuram-se como releituras de abordagens pedag´ogicas ao realizarem a inter-sec¸c˜ao entre projeto educativo e o suporte telem´atico. Bus-cam traduzir em situa¸c˜oes de aprendizagem propostas pe-dag´ogicas concebidas para a media¸c˜ao da aprendizagem, ca-racterizadas por deslocamento das concep¸c˜oes hier´arquicas e disciplinares de ensino, na dire¸c˜ao de uma concep¸c˜ao do conhecimento interdisciplinar e do modelo de forma¸c˜ao de professores como rede de rela¸c˜oes [1].

As novas pr´aticas de ensino-aprendizagem sustentadas pe-las arquiteturas pedag´ogicas sugerem plataformas tecnol´ o-gicas sintonizadas `as necessidades de intera¸c˜ao sob proto-colos distintos. Os ambientes colaborativos, principalmente os ambientes virtuais de aprendizagem, devem apresentar ao professor, enquanto coordenador das atividades, recursos funcionais capazes de tornar poss´ıvel a implementa¸c˜ao das suas estrat´egias de ensino e aprendizagem.

2.1

Arquiteturas Pedagógicas

A aprendizagem colaborativa requer um ambiente diferente do tradicional, j´a que professores e alunos desempenham no-vos pap´eis. Os alunos s˜ao ativos e respons´aveis por sua pr´ o-pria aprendizagem. O professor deixa de ser o centro das aten¸c˜oes e o detentor do conhecimento, e passar a promover propostas pedag´ogicas para que os alunos possam progredir por seus pr´oprios esfor¸cos [2]. Nesta perspectiva, as arqui-teturas pedag´ogicas s˜ao definidas por [8] como “suportes es-truturantes” para a aprendizagem, que combinam o aparato t´ecnico com a vis˜ao pedag´ogica, numa ideia ecossistˆemica. Essa combina¸c˜ao inclui elementos como: abordagem peda-g´ogica, software, internet, Educa¸c˜ao a Distˆancia, concep¸c˜ao de interconex˜ao em tempos e espa¸cos m´ultiplos. Seguindo esta proposta, em promo¸c˜ao da aprendizagem, possu´ımos na literatura diversas APs, algumas s˜ao abordadas em [8]. Atrav´es das Arquiteturas Pedag´ogicas, novas propostas de coopera¸c˜ao s˜ao apresentadas. A complexidade na organiza-¸

c˜ao e coordena¸c˜ao das atividades pode variar, o aumento da quantidade de regras de intera¸c˜ao, assim como de partici-pantes, aumenta a demanda por coordena¸c˜ao. Os sistemas colaborativos podem servir de apoio ao orientar os partici-pantes em suas responsabilidades, atrav´es de requisitos fun-cionais que restrinjam ou permitam suas atividades. Um dos aspectos cr´ıticos na colabora¸c˜ao, que demanda uma maior aten¸c˜ao do coordenador, ´e a gerˆencia de pap´eis. Os pap´eis determinam quem deve fazer o que dentro de um grupo de colaboradores. O suporte computacional, para sa-tisfazer estas associa¸c˜oes entre tarefa e usu´ario, permite que o planejamento da colabora¸c˜ao seja executado com maior controle, pois os conflitos nas atividades s˜ao reduzidos, uma vez que as permiss˜oes s˜ao gerenciadas, as restri¸c˜oes respei-tadas e os prazos satisfeitos.

Podemos inferir que a flexibilidade no suporte na gerˆencia de pap´eis ´e proporcional a flexibilidade no suporte ao fluxo de trabalho, uma vez que est´a associada ao gerenciamento das atividades. A complexidade na colabora¸c˜ao pode ganhar novos ingredientes, quando um colaborador, em um mesmo

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espa¸co compartilhado, exerce mais de um papel ao mesmo tempo ou em momentos/espa¸cos distintos. A multiplicidade de pap´eis ocorre em propostas de atividades mais complexas, onde regras s˜ao bem definidas e a demanda por uma maior pol´ıtica de coordena¸c˜ao ´e maior. O termo ”multiplicidade de pap´eis”´e discutido em [15], cujo qual realizou uma avalia¸c˜ao em um conjunto de Ambientes Virtuais de Aprendizagem no atendimento as arquiteturas pedag´ogicas, e constatou a limita¸c˜ao do suporte tecnol´ogico a coordena¸c˜ao de m´ultiplos pap´eis.

Algumas atividades coletivas n˜ao exigem um planejamento formal. Atividades ligadas `as rela¸c˜oes sociais s˜ao bem con-troladas pelo chamado protocolo social[5], caracterizado pela ausˆencia de coordena¸c˜ao expl´ıcita entre tarefas e pela con-fian¸ca nas habilidades dos participantes de mediar `as inte-ra¸c˜oes. Por outro lado, atividades voltadas para o trabalho em grupo, principalmente as mais complexas onde estabe-lecem maior conjunto de regras, participantes e protocolos, exigem sofisticados mecanismos de coordena¸c˜ao para garan-tir o sucesso da colabora¸c˜ao, como ´e o caso dos sistemas de workflow.

O gerenciamento do fluxo de trabalho workflow tem por ob-jetivo oferecer mais flexibilidade de configura¸c˜ao nas ativi-dades cooperativas, determinando quem ir´a fazer o que , quando e onde. O gerenciador de fluxo de trabalho visa apoiar a execu¸c˜ao do fluxo de atividades de um processo de neg´ocio de uma organiza¸c˜ao, de tal forma que as atividades sejam realizadas no per´ıodo planejado e pelo indiv´ıduo de-signado. Os sistemas colaborativos poderiam utilizar deste suporte para oferecer novas possibilidades nas suas aplica-¸

c˜oes. Isto ´e, com este suporte o administrador do ambiente colaborativo poder´a criar seu pr´oprio fluxo de trabalho, con-figurando as atividades, dependˆencias, assim como as atri-bui¸c˜oes de cada colaborador, permitindo uma especifica¸c˜ao flex´ıvel dos protocolos de intera¸c˜ao dos colaboradores. Restri¸c˜oes e permiss˜oes fazem parte do conjunto de respon-sabilidades dos colaboradores que devem ser gerenciado pe-los mecanismos de coordena¸c˜ao do groupwares. Este fato, por vezes, pode ocasionar maior complexidade tanto no pro-jeto de software, quanto na administra¸c˜ao e configura¸c˜ao do ambiente, entretanto estes fatores favorecem a redu¸c˜ao de conflitos na coopera¸c˜ao, que por sua vez reduz o traba-lho do coordenador nas atividades colaborativas. Assim, os requisitos de coordena¸c˜ao, como cronograma de atividades, atribui¸c˜ao de responsabilidades a um conjunto de usu´arios, permiss˜ao de escrita e leitura, podem tanto diminuir a carga de trabalho do coordenador, quanto ajudar a gerir as ativi-dades de coopera¸c˜ao.

2.1.1

Arquiteturas Pedagógica Debate de Tese

A descri¸c˜ao da dinˆamica do debate de teses segue a proposta de [9] e foi representada pelo diagrama de atividades, con-forme apresentada na Figura 1. Consideram-se os perfis dos participantes, o fluxo de debate (pr´e e p´os-condi¸c˜oes), as res-tri¸c˜oes e permiss˜oes de cada perfil. No ambiente do mediador (moderador) s˜ao realizadas as seguintes atividades: inclus˜ao de participantes, cria¸c˜ao/edi¸c˜ao de cronograma para o de-bate, cadastramento de teses, defini¸c˜ao de revisores e inter-ven¸c˜oes (comunica¸c˜ao). As interven¸c˜oes s˜ao realizadas atra-v´es de mensagens privadas nas atividades de coopera¸c˜ao dos

Figura 1: Atividades da AP Debate de Teses argumentadores e revisores. No ambiente dos argumentado-res, cada um ´e convidado a fazer uma apresenta¸c˜ao inicial (etapa 1) onde deve-se elaborar um texto sobre a sua vis˜ao a priori sobre o tema em debate. Durante as intera¸c˜oes cada individuo, assume dois pap´eis, um de argumentador e outro de revisor. As permiss˜oes de acesso aos espa¸cos, para lei-tura ou edi¸c˜ao s˜ao habilitadas de acordo com o cronograma, editado pelo mediador. Na etapa de argumenta¸c˜ao (etapa 2) o participante s´o tem acesso `a sua p´agina de argumenta-¸

c˜ao, com a possibilidade de edi¸c˜ao do argumento. Ap´os esta fase, a permiss˜ao para edi¸c˜ao ´e desabilitada com a finalidade de evitar conflitos (altera¸c˜oes fora do per´ıodo) na etapa de revis˜ao . Na fase de revis˜ao (etapa 3) cada participante argu-mentador possui acesso as p´aginas de argumenta¸c˜ao de seus revisandos, assumindo um papel de revisor, onde possuir´a permiss˜ao de leitura dos argumentos dos outros participan-tes (escolhidos pelo mediador) e permiss˜ao de escrita para a edi¸c˜ao de sua revis˜ao. A leitura do parecer dos demais revisores n˜ao ´e permitida nesta etapa. Na etapa de r´eplica (etapa 4), o argumentador apresenta as suas considera¸c˜oes (contra-argumenta¸c˜ao) a cada parecer de seus revisores, os revisores tˆem acesso, tanto ao seu parecer e r´eplica (como revisor) , quanto a revis˜ao realizada por outro revisor do seu argumento. A pen´ultima etapa ´e a de re-argumenta¸c˜ao (etapa 5), quando cada participante ´e convidado a criar uma nova vers˜ao de sua argumenta¸c˜ao com seu posicionamento final. Ao final, ele ´e convidado (etapa 6) a fazer um texto sintetizador sobre todos os acontecimentos, inclusive sobre o seu processo de constru¸c˜ao de conhecimento sobre o assunto debatido.

(4)

Figura 2: Atividades da AP Juri Simulado A Arquitetura Pedag´ogica Juri Simulado [12] consiste em uma simula¸c˜ao de um J´uri presencial. Em um j´uri h´a um r´eu, h´a os jurados que escutam os argumentos de ambos os lados e participam ao votar na inocˆencia ou culpa do r´eu e, finalmente, h´a o juiz que profere a senten¸ca final, ou seja , o veredito. A proposta da Arquitetura Pedag´ogica Juri Si-mulado, o r´eu pode ser uma proposi¸c˜ao, uma teoria, ou um assunto no qual possa haver dois tipos de argumenta¸c˜ao di-vergentes. A promotoria ser´a representada por um grupo de alunos que acusar´a o r´eu (assunto) e a defesa ´e representada por outro grupo de alunos que defendem o r´eu. Um grupo de alunos s˜ao os jurados que argumentam os seus votos e o professor ´e o juiz que d´a o veredito justificando-o a partir da dinˆamica do grupo.

Em uma instˆancia da AP Juri Simulado, representada na Figura 2 o professor no papel de Juiz, cria o debate atra-v´es da especifica¸c˜ao de um espa¸co colaborativo, em seguida convoca o r´eu. O r´eu publica o tema a ser debatido. O Juiz convoca o grupo (ataque) que far´a a argumenta¸c˜ao contra o tema do r´eu. Ap´os a primeira etapa de argumenta¸c˜ao, o juiz convoca o grupo de defesa. A defesa publica sua contra-argumenta¸c˜ao. As argumenta¸c˜oes e contra-argumenta¸c˜oes continuam enquanto houver argumentos em ambos os gru-pos. Ap´os encerrar os argumentos/contra-argumentos, o juiz convoca os jurados para publicar seus votos. Ap´os a leitura dos votos e observar a dinˆamica o juiz publica a senten¸ca.

2.1.3

Arquitetura Pedagógica Controvérsia

Acadê-mica

A controv´ersia acadˆemica busca chegar a um consenso quanto a discordˆancia entre os estudantes sobre uma ideia, informa-¸

c˜ao, conclus˜ao, teoria e opini˜ao. Os conflitos intelectuais s˜ao inevit´aveis e atualmente desej´aveis, pois contribuem para que a aprendizagem colaborativa promova um n´ıvel mais elaborado de racioc´ınio, maior reten¸c˜ao e maior criatividade do que a aprendizagem competitiva individualista. Algu-mas circunstancias s˜ao necess´arias para que a controv´ersia acadˆemica resulte em benef´ıcios, dentre elas: contexto cola-borativo; heterogeneidade entre participantes; distribui¸c˜ao

de informa¸c˜oes relevantes; e habilidade sociais para o con-flito e argumenta¸c˜ao racional [6].Conforme a descrito em [2] e apresentado na Figura 3, a controv´ersia acadˆemica pos-sui uma sequˆencia de atividade em grupos, organizadas em cinco etapas:

1. Organiza¸c˜ao: A organiza¸c˜ao da turma em grupos de quatro estudantes, posteriormente dividido em dois pares. Cada par pesquisa sobre uma posi¸c˜ao desig-nada, organiza suas descobertas em um arcabou¸co con-ceitual, buscando construir argumentos persuasivos e convincentes para validar a sua posi¸c˜ao.

2. Argumenta¸c˜ao: Os estudantes apresentam persuasiva-mente o melhor argumento poss´ıvel para a sua posi¸c˜ao, ouvem cuidadosamente a apresenta¸c˜ao oposta, e ten-tam aprender os dados e a l´ogica que sobre os quais eles se basearam.

3. Contra-argumenta¸c˜ao: Os estudantes se engajam em uma discuss˜ao aberta, continuam a advogar suas posi-¸

c˜oes enquanto tentam aprender sobre a posi¸c˜ao oposta. Analisam criticamente as evidˆencias e l´ogica da posi-¸

c˜ao contr´aria e tentam refut´a-las. Ao mesmo tempo, fazem r´eplica `as cr´ıticas que recebem sobre as evidˆ en-cias e l´ogica que apresentam na tentativa de persuadir a outra dupla.

4. Invers˜ao de Perspectiva: Os estudantes invertem as perspectivas e passam a advogar a posi¸c˜ao oposta t˜ao sincera, completa, precisa e persuasivamente quanto poss´ıvel. Para liberar os estudantes de suas antigas convic¸c˜oes, os mesmos devem insistir em pesquisa, re-correr as anota¸c˜oes feitas durante os passos 2 e 3, de-senvolver um arcabou¸co conceitual contendo os melho-res argumentos poss´ıveis para validar a nova posi¸c˜ao e persuadir a outra dupla.

5. S´ıntese: Os estudantes voltam `a composi¸c˜ao inicial do grupo, com 4 integrantes e desenvolvem uma s´ıntese que integra as diferentes ideias e fatos em uma ´unica posi¸c˜ao. Os estudantes consideram as melhores evi-dˆencias e racioc´ınio de ambos os lados. O prop´osito dual da s´ıntese ´e chegar a melhor posi¸c˜ao sobre o as-sunto e encontrar argumentos que todos os membros do grupo possam concordar e se comprometer.

2.2

Requisitos

Com base nos requisitos identificados por [15] e atrav´es da an´alise das APs selecionadas, foram identificados os seguin-tes requisitos de softwares para a articula¸c˜ao e coordena¸c˜ao:

• Cria¸c˜ao do Espa¸co coletivo

• Subdivis˜ao do Espa¸co para subgrupos • Defini¸c˜oes dos Pap´eis

• Atribui¸c˜oes dos Pap´eis, antes e durante a colabora¸c˜ao • Multiplicidade de Pap´eis

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Figura 3: Atividades da AP Controv´ersia Acadˆ e-mica

• Restri¸c˜ao de Intera¸c˜oes

• Restri¸c˜ao de visualiza¸c˜ao de artefatos para um mesmo Perfil em uma mesma etapa.

• Perfis Dinˆamicos

• Permiss˜oes de Leitura e escrita • Prazos de Leitura e escrita

O requisito Espa¸co Reservado refere-se a uma subdivis˜ao do espa¸co colaborativo, no qual pode possuir finalidades coope-rativas ou individuais. A determina¸c˜ao de pap´eis refere-se a capacidade do sistema atribuir dinamicamente Perfil aos usu´arios. Papel ´e associa¸c˜ao entre um usu´ario e um Perfil, isto ´e, delegar ao usu´ario X o Perfil Y. Perfil corresponde a um codinome que representa um conjunto de responsa-bilidades(permiss˜oes e restri¸c˜oes), isto ´e, atividades que re-presentam permiss˜oes e restri¸c˜oes nas intera¸c˜oes com outros colaboradores, ou nas a¸c˜oes com os artefatos compartilha-dos. O requisito de coordena¸c˜ao nomeado como Multipli-cidade de Pap´eis possui a responsabilidade de descrever o suporte a delega¸c˜ao de mais de um perfil a um mesmo usu´ a-rio, dentro de um mesmo espa¸co coletivo, em uma proposta de colabora¸c˜ao.

3.

TRABALHOS RELACIONADOS

A limita¸c˜ao de groupwares no apoio a coordena¸c˜ao do tra-balho colaborativo motiva-nos a considerar alternativas aos sistemas tradicionais. Neste sentido, estendemos nossa pre-ocupa¸c˜ao tamb´em para a inadequa¸c˜ao das pr´aticas nos am-bientes virtuais. [1] entende que o aporte te´orico deve estar associado as atividades cooperativas, quando estas re´ unem-se a uma conduta em favor da aprendizagem.

Sob estas perspectivas foi proposto, por [7], a concep¸c˜ao e implementa¸c˜ao do MOrFEu, um acrˆonimo para Multi-Organizador Flex´ıvel de Espa¸cos Virtuais, tendo em vista

o suporte computacional `as Arquiteturas Pedag´ogicas. A proposta visa equilibrar o suporte tecnol´ogico e a concep-¸

c˜ao pedag´ogica. Um dos objetivos ´e favorecer novas possi-bilidades na organiza¸c˜ao das intera¸c˜oes de pessoas, de suas bibliotecas digitais (multimidi´aticas) e de suas produ¸c˜oes in-dividuais e coletivas, inclusive as resultantes de intera¸c˜oes, de maneira tal que resgate os aspectos singulares de cada indiv´ıduo, promovendo caracter´ısticas adaptativas ao ambi-ente. Segundo a proposta de [7], o MOrFEu permite a mo-delagem dos espa¸cos virtuais de acordo com as necessidades de cada atividade colaborativa, assim como os interesses e preferˆencias de usu´arios. A proposta de flexibilidade se fun-damenta na possibilidade de transferir para os usu´arios a responsabilidade pela cria¸c˜ao e a administra¸c˜ao de suas pro-du¸c˜oes individuais ou coletivas. E prevista, no ambiente,´ interconex˜oes entre os espa¸cos virtuais dos diversos usu´arios de modo, que cada um possa interagir com o espa¸co dos demais, acrescentando ou modificando suas produ¸c˜oes. No MOrFEu, os espa¸cos virtuais para produ¸c˜ao cooperativa de um grupo de usu´arios s˜ao chamados de Ve´ıculos de Comu-nica¸c˜ao (VCom), isto ´e, s˜ao as estruturas respons´aveis por realizar qualquer necessidade de intera¸c˜ao entre os usu´arios do espa¸co. Para fins de modelagem, entendemos que o re-sultado do uso das principais ferramentas de comunica¸c˜ao, baseado em troca de mensagens em um ambiente compar-tilhado, sejam elas s´ıncronas, ass´ıncronas ou mistas, podem ser descritas como um documento, escrito por diferentes au-tores, seguindo uma determinada estrutura e protocolo de intera¸c˜ao. O trabalho de [13] apresenta um framework para descrever os VComs com a possibilidade de serem modifica-dos a qualquer momento, de acordo com as necessidades de intera¸c˜ao e organiza¸c˜ao visual por meio de templates com EXtensible Stylesheet Language (XSLT).

Atrav´es da avalia¸c˜ao realizada por [15], verificou-se a neces-sidade de Ambientes Virtuais de Aprendizagens mais ade-rentes aos requisitos cr´ıticos que favorecem a realiza¸c˜ao das Arquiteturas Pedag´ogicas, com maior articula¸c˜ao e coorde-na¸c˜ao das atividades coletivas. O presente trabalho utiliza os requisitos de [15] como base de referˆencia para investigar as Arquiteturas Pedag´ogicas selecionadas.

Estes trabalhos apresentaram avan¸cos na implementa¸c˜ao de solu¸c˜oes em groupwares para apoiar a realiza¸c˜ao de Arqui-teturas Pedag´ogicas sob a concep¸c˜ao de [7]. No entanto, percebe-se que os requisitos de softwares identificados para coordena¸c˜ao das atividades cooperativas, propostas pelas ar-quiteturas, n˜ao foram atendidos e desta forma podem ser ampliadas, bem como o suporte a autoria.

4.

PROPOSTA

Este trabalho tem por objetivo complementar a proposta de [13], que por sua vez ´e fundamentada na concep¸c˜ao de [7]. Os trabalhos desenvolvidos facilitaram a cria¸c˜ao e a organi-za¸c˜ao dos espa¸cos colaborativos, a veicula¸c˜ao das autorias e o agrupamento dos sujeitos envolvidos. Seguindo esta pers-pectiva, apresenta-se um modelo estrutural composto pelos elementos tradicionais do MOrFEu: Ve´ıculo de comunica¸c˜ao e Unidade Produ¸c˜ao Intelectual relacionados com outros ele-mentos que possui o prop´osito de facilitar a coordena¸c˜ao das atividades cooperativas e ampliar o suporte a autoria.

(6)

A Figura 4 representa um trecho do modelo estrutural (di-agrama de classe) com seus os principais elementos estrutu-rantes e relacionamentos. O elemento principal da solu¸c˜ao proposta ´e o Ve´ıculo de Comunica¸c˜ao (VCom), respons´avel pela concep¸c˜ao de um espa¸co virtual colaborativo. O espa¸co colaborativo deve ser organizado em m´ultiplas divis˜oes para atender os espa¸cos reservados de poss´ıveis subgrupos ou de artefatos. A se¸c˜ao ´e uma classe de elementos que possui a responsabilidade de compor um VCom com subdivis˜oes l´ o-gicas. Ou seja, a se¸c˜ao possui a capacidade de permitir a cria¸c˜ao de categorias, divis˜ao, agrupamento de espa¸cos (su-bespa¸cos do VCom) virtuais. Nas propostas de [7] e [13], um VCom pode possuir n (v´arios) VComs, como forma tam-b´em de organiza¸c˜ao do espa¸co. Na proposta deste trabalho, a responsabilidade de criar divis˜oes em espa¸cos internos ´e atribu´ıda `a Se¸c˜ao, contudo sua organiza¸c˜ao tamb´em segue a estrutura de dados do tipo ´arvore.

Figura 4: Trecho do Diagrama de Classe Para atender a flexibilidade nas constru¸c˜oes das atividades de coopera¸c˜ao, as atividades s˜ao articuladas previamente. Geralmente as produ¸c˜oes de artefatos e/ou autorias s˜ao re-alizadas durante a execu¸c˜ao (realiza¸c˜ao) das atividades, en-tretanto a organiza¸c˜ao das produ¸c˜oes pode estar sujeita `a dependˆencia de outras produ¸c˜oes (autorias), como uma r´ e-plica ou um coment´ario j´a efetuado. Por este motivo, o mo-delo estabelece o elemento Etapa, para viabilizar a estrutura de rela¸c˜oes entre as produ¸c˜oes.

Cada Unidade de Produ¸c˜ao Intelectual (UPI) produzida em um VCom ´e considerada uma postagem, que ser´a manipu-lada e registrada pelo elemento Post. Uma instˆancia de Post representa um artefato gerado pelo processo de socializa¸c˜ao das produ¸c˜oes no VCom. Cada Post ´e necessariamente o

resultado da execu¸c˜ao de uma Etapa, realizada atrav´es de uma atividade de Postagem. Entretanto n˜ao ´e o Post o res-pons´avel pelo conte´udo das autorias, mas sim o elemento UPI. Uma Etapa resultar´a em um Post, ou em uma cole¸c˜ao de Posts, que por sua vez estar´a contido em um Container de Postagens. Uma Etapa pode possuir um relacionamento de dependˆencia com outra Etapa, assim determina-se o seu autorrelacionamento.

A dependˆencia de uma Etapa permitir´a um maior controle dos fluxo de atividades. Ao estabelecer o autorrelaciona-mento do eleautorrelaciona-mento Etapa cria-se um controle, no qual per-mitir´a a implementa¸c˜ao de um sequenciamento de atividades cooperativas, adequando-se a necessidade, por exemplo, do Juri Simulado, onde a defesa (grupo de alunos) somente po-der´a realizar suas postagem de contra-argumenta¸c˜ao, ap´os a promotoria realizar sua atividade de postagem da argumen-ta¸c˜ao.

Atrav´es da Classe Contrato ´e poss´ıvel: (i) Associar os Perfis de Usu´ario `as Etapas; (ii) Determinar um conjunto de per-miss˜oes de leitura (acesso) e escrita (cria¸c˜ao e edi¸c˜ao); (iii) Determinar, atrav´es das permiss˜oes, as restri¸c˜oes temporais tornando expl´ıcito os prazos iniciais e finais. O conjunto des-tes prazos constitui um cronograma que estar´a associado a uma determinada permiss˜ao. Enquanto a atribui¸c˜ao de pa-p´eis estabelece uma das atividades da fase de articula¸c˜ao, a configura¸c˜ao do contrato possibilita um maior controle tanto na fase de articula¸c˜ao, quanto na fase de coordena¸c˜ao da co-labora¸c˜ao.

A flexibilidade na articula¸c˜ao do trabalho colaborativo ´e re-sultado da rela¸c˜ao dos trˆes elementos: Usu´ario, Perfil e Pa-pel. Cada elemento est´a representado por sua respectiva classe de objetos. Usu´ario ´e um participante (colaborador) presente no ambiente. Perfil ´e um apelido para represen-tar um conjunto de responsabilidades, tendo como exemplo: mediador, Juiz, revisor, entre outros. Papel ´e associa¸c˜ao en-tre um usu´ario e um Perfil, isto ´e, delegar o Usu´ario X ao Perfil Y. Assim, o Perfil, que poder´a possuir um conjunto de permiss˜oes, associar´a a um usu´ario quando um Papel for criado. Desta forma, a defini¸c˜ao de perfis ser´a dinˆamica a cada VCom, permitindo a atribui¸c˜ao de pap´eis a qualquer momento e a m´ultiplos usu´arios.

4.1

Integração na Proposta de [13]

Com o prop´osito de realizar a integra¸c˜ao com o trabalho de [13], este trabalho prop˜oe um XML Schema Definition (XSD), estruturado a partir dos elementos que comp˜oe o modelo de classes proposto neste trabalho. O XML Schema, nomeado como MOrFEu Schema e apresentado na Figura 5, tem por fun¸c˜ao validar a descri¸c˜ao do VCom em formato XML. Al´em do planejamento da colabora¸c˜ao, a organiza-¸

c˜ao visual tamb´em pode ser determinada, atrav´es do padr˜ao XSLT (eXtensible Stylesheet Language for Transformation), proposto em [13]. Este padr˜ao atua como folhas de estilo em um documento XML ao qual est´a associado, e utiliza a linguagem XSL como tecnologia para cria¸c˜ao de Templates. A integra¸c˜ao de ambas propostas perpassa pela descri¸c˜ao em XML do VCom, mas seguindo as regras de descri¸c˜ao (vali-da¸c˜ao) do MOrFeu Schema, conforme ilustrado na Figura 6. Uma vez que a descri¸c˜ao seja validada, esta pode ser

(7)

forma-Figura 5: Trecho do XSD Morfeu Schema tada utilizando a tecnologia XSL. Em seguida, o N´ucleo do MOrFEu (interpretador do XML), interpreta as informa¸c˜oes descritas no XML e cria o VCom.

5.

CONCLUSÃO

Percebemos que os sistemas colaborativos tradicionais para apoiar as atividades colaborativas a distˆancia, baseadas em troca de mensagens, ainda n˜ao est˜ao acordados com os re-quisitos de articula¸c˜ao e coordena¸c˜ao da colabora¸c˜ao. Este fato ´e constatado em propostas de interatividade mais com-plexas, onde protocolos de intera¸c˜ao s˜ao definidos exigindo uma maior pol´ıtica de controle nas atividades e dos seus cola-boradores. As arquiteturas pedag´ogicas prop˜oem atividades cooperativas atrav´es de requisitos cr´ıticos de intera¸c˜ao, cujo suporte tecnol´ogico atual dos sistemas colaborativos n˜ao tem se apresentado como adequados no apoio `as suas realiza¸c˜oes. Este trabalho apresentou um modelo de solu¸c˜ao em software que estabelece uma complementa¸c˜ao `as solu¸c˜oes propostas por [7] e [13] a fim de reduzir os problemas apontados por [15], e aproximar as novas solu¸c˜oes em groupwares `as Arqui-teturas Pedag´ogicas, em favor da articula¸c˜ao e coordena¸c˜ao

Figura 6: Descri¸c˜ao de um VCom - Integra¸c˜ao com a proposta de [13]

das atividades colaborativas. A partir da investiga¸c˜ao rea-lizada, atrav´es das Arquiteturas Pedag´ogicas Debate de Te-ses, Juri Simulado e Controv´ersia Acadˆemica, identificamos requisitos de softwares para apoiar a autoria, coordena¸c˜ao e coopera¸c˜ao de propostas colaborativas, que utilizam texto como principal artefato de coopera¸c˜ao.

A partir da investiga¸c˜ao das APs selecionadas verificou-se a necessidade de suporte computacional `as propostas colabo-rativas que demandam: gerˆencia de m´ultiplos pap´eis, cria¸c˜ao e atribui¸c˜ao dinˆamica de perfis, gest˜ao do compartilhamento de recursos durante as atividades colaborativas, restri¸c˜oes as atividades de acesso/leitura e escrita em espa¸cos coletivos e suporte a autoria individual e coletiva.

O modelo proposto introduz elementos e relacionamentos que favorecem o suporte aos requisitos de software identi-ficados. Para ocorrer a integra¸c˜ao com a proposta de [13], o MOrFEu Schema foi elaborado para que a descri¸c˜ao do VCom, no formato em XML, seja validada, e portanto sa-tisfazer os requisitos de colabora¸c˜ao das APs.

A concep¸c˜ao primordial da proposta do MOrFEu ´e o su-porte `a autoria e a socializa¸c˜ao das produ¸c˜oes intelectuais. Assim, retiramos o foco no uso das ferramentas e utiliza-mos como base a manifesta¸c˜ao dos sujeitos por meio do seu elemento central de autoria - UPI - usada para registrar as produ¸c˜oes dos usu´arios. Pela pr´opria defini¸c˜ao das APs, a autoria e o suporte a regras de intera¸c˜ao devem estar nas pautas do suporte computacional. No que se refere a au-toria, al´em de favorecer o sujeito a criar suas produ¸c˜oes, o suporte computacional deve oferecer recursos que permitam recupera-las. O processo de recupera¸c˜ao das autorias pos-sui algumas dificuldades que devem ser reduzidas. Algumas situa¸c˜oes devem ser consideradas na produ¸c˜ao e disponibili-dade das autorias, como por exemplo, permitir que a autoria possa ser recuperada pelo autor independentemente do local registrado (espa¸co privado ou p´ublico). O modelo proposto, em decorrˆencia da rela¸c˜ao entre Usuario-UPI-Post, possibi-lita o fraco acoplamento entre a autoria(UPI) e o espa¸co de veicula¸c˜ao (VCom), e portanto facilita a sua recupera¸c˜ao individual (do pr´oprio autor - Usuario), independentemente das regras (Contrato) de visualiza¸c˜ao do espa¸co (Secao) onde foi publicada (Post). Este relacionamento ainda permite que uma mesma autoria possa ser publicada em diferentes espa-¸

(8)

6.

REFERÊNCIAS

[1] M. J. S. Carvalho, R. A. d. Nevado, and C. d. Menezes. Arquiteturas pedag´ogicas para educa¸c˜ao a distˆancia: concep¸c˜oes e suporte telem´atico. Anais do XVI Simp´osio Brasileiro de Inform´atica na Educa¸c˜ao, Juiz de Fora-MG. Brasil, 2005.

[2] A. Castro and C. Menezes. Aprendizagem colaborativa com suporte computacional. In M. Pimentel and H. Fuks, editors, Sistemas Colaborativos, pages 135 – 153. Elsevier Editora Ltda., 2012.

[3] L. d. C. Fagundes, R. A. d. Nevado, M. V. Basso, J. Bitencourt, C. S. d. Menezes, and V. C. P. Monteiro. Projetos de aprendizagem-uma experiˆencia mediada por ambientes telem´aticos. Revista brasileira de inform´atica na educa¸c˜ao, 14(1), 2006.

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[5] H. Fuks, A. Raposo, M. A. Gerosa, M. Pimentel, D. Filippo, and C. J. Lucena. Inter-e intra-rela¸c˜oes entre comunica¸c˜ao, coordena¸c˜ao e coopera¸c˜ao. Anais do IV Simp´osio Brasileiro de Sistemas Colaborativos, 2007.

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