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Tema: Desassoreamento do Lago Municipal

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Academic year: 2021

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Tema: Desassoreamento do Lago Municipal

Autoras: Associação Oeste Paranaense dos Engenheiros Ambientais - AOPEA

Engenheiras Ambientais Ana Cé e Bruna Saara Oliveira dos Santos

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ÍNDICE 1. Título ... 3 2. Município ... 3 3. Problema/justificativa... 3 4. Público alvo ... 4 5. Órgão responsável ... 4 6. Tipo ... 5 7. Objetivo ... 5

8. Horizonte temporal (quando possível) ... 5

9. Estratégia de implementação ... 5

10. Ações para implantação ... 7

11. Líder da proposta ... 7

12. Valor estimado de orçamento da proposta – possíveis fontes de recursos ... 8

13. Responsáveis ... 8

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1. Título

Técnicas de recuperação e restauração do Lago Municipal de Cascavel - PR.

2. Município

O Lago Municipal localiza-se na Avenida Rocha Pombo, Região do Lago, CEP de n° 85816-540, em Cascavel, na região oeste do Paraná (Latitude: 24º 57' 36.06''S e Longitude: 53º 26' 5.90'' O), conforme apresentado na Figura 1. O Lago apresenta área de 111,26 hectares, sendo 55,35 hectares de mata nativa, 38 hectares de lâmina d’água, ocupados por 4 bilhões de litros de água armazenados (provenientes de distintas nascentes formadoras do Rio Cascavel), bem como 17,91 hectares utilizados pelo Zoológico do município (Cascavel, 2016).

Figura 1. Imagem de satélite da localização do Lago Municipal de Cascavel-PR. Fonte: Geoportal (2020).

3. Problema/justificativa

Problemas como o assoreamento dos rios, inundações e deslizamentos não são recentes. De acordo com Piolli et al., (2004), há 1200 a.C., na ilha mediterrânea de Chipre, a utilização de carvão vegetal para fundição de metais ocasionou problemas dessa natureza.

Nesse contexto, com a extensão da urbanização do município de Cascavel, aumenta-se cada vez mais o número de loteamentos construídos e concomitantemente a isto a densidade populacional, ocasionando implicações em relação à poluição e a disponibilidade dos corpos hídricos da região. Isso porque aumenta a quantidade de resíduos dispostos no Lago Municipal de Cascavel, ocasionando o assoreamento no mesmo.

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Nesse sentido, é de grande preocupação ambiental a remoção de detritos e nutrientes dos corpos hídricos, pois tais componentes são considerados como um fator de aceleração do processo de assoreamento e até mesmo de eutrofização, principalmente em ambientes mais vulneráveis como lagos e represas (Von Sperling, 2014).

O município de Cascavel apresenta outorga do estado para utilização local do parque, com o objetivo de preservação da qualidade da água do Lago (Cascavel, 2016). Para tanto, verificou-se que o assoreamento no Lago Municipal (Figura 2) ocorre com determinada frequência, uma vez que o mesmo é desassoreado e com o passar dos anos volta a assorear. Detofoi, Bertolini e Felipetto (2017) realizaram um levantamento topográfico batimétrico do Lago Municipal de Cascavel-PR, no qual encontraram indícios de assoreamento de aproximadamente 04 (quatro) metros de profundidade.

Figura 2. Assoreamento do Lago Municipal de Cascavel-PR. Fonte: As autoras (2020).

4. Público alvo

O público alvo envolvido define-se como sendo cidadãos de Cascavel e região, Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Cascavel e a Companhia de Saneamento do Paraná – SANEPAR.

5. Órgão responsável

Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Cascavel e Companhia de Saneamento do Paraná – SANEPAR.

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6. Tipo

O que habitualmente tem-se proposto em curto prazo para o desassoreamento do Lago Municipal é a dragagem do mesmo, de maneira que sejam removidos os lodos localizados em profundidade no corpo hídrico. Entretanto, essa técnica resolve temporariamente o assoreamento do lago, pois o acúmulo de detritos continua ocorrendo, não objetivando resolver a problemática em longo prazo.

De acordo com a Lei n° 9.985 de 18/07/2000, a qual institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, no artigo 2°, a recuperação de uma área degradada define-se como a “restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição original.” Em contrapartida, na referida Lei, a restauração é a “restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada o mais próximo possível de sua condição original. ”

Em outras palavras, a recuperação de uma área degradada envolve ações rápidas, visando à manutenção da condição de segurança, no qual o objetivo principal é a estabilização de uma área. Já a restauração busca pelo manejo e volta ao ecossistema muito próximo ao original, a qual ocorre em longo prazo.

7. Objetivo

O objetivo deste trabalho foi propor técnicas de recuperação e restauração para o assoreamento do Lago Municipal de Cascavel/PR.

8. Horizonte temporal (quando possível)

A implementação desse projeto enquadra-se como temporária devida necessidade de execução inicial e contínua no que diz respeito às técnicas de recuperação, restauração, bem como campanhas de conscientização e educação ambiental.

9. Estratégia de implementação

Realizar a implementação do projeto envolvendo a Prefeitura de Cascavel, Secretaria de Meio Ambiente Municipal, SANEPAR, comunidade escolar a nível municipal, estadual e superior.

Algumas técnicas de recuperação e restauração são exemplificadas a seguir:

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A dragagem é uma técnica necessária para desassoreamento imediato do corpo hídrico. Sua técnica consiste em realizar inicialmente coletas de amostras de sedimentos, para realizar análises laboratoriais, seguido de processo de sucção de lodo (Conama, 2004).

Hidrossemeadura

É um plantio de baixo custo indicado para revegetação rápida de solos estéreis. Considerando o tipo de solo, inclinação e quantidade de luz é escolhida uma diversidade de gramíneas e leguminosas, assim como adubos e insumos, que proporcionarão uma revegetação rápida e eficiente. As gramíneas evitam o início do processo erosivo bem como o carregamento de sedimentos superficiais.

Mantas vegetais

Pode ser desenvolvida a partir de fibra de coco, palha, sisal, juta, ou combinação destas. Auxilia no desenvolvimento da vegetação, em locais em que intempéries como água e vento atrapalham, e fixação das sementes no solo. É utilizada em áreas susceptíveis a erosão, pois retém as partículas de solo, sementes e umidade, auxiliando no processo de vegetação.

Técnicas de nucleação

Essa medida de restauração baseia-se na integração da comunidade existente com a paisagem atual, ou seja, é refazer a sucessão natural local, através da atuação humana. Existem diferentes técnicas de nucleação, economicamente atrativas, como: Núcleos de Anderson; Poleiros artificiais; Núcleos de galharias; Transposição de solos.

Arbóreas

Em palavras simples, as árvores funcionam como “guarda-chuvas” no solo, as raízes agem como “presilhas” no mesmo, sendo que a vegetação em geral, reduz consideravelmente a velocidade da água corrente no solo. Essas características tornam um ambiente perfeito para proteção de corpos hídricos.

Em uma cobertura florestal intacta, a infiltração da água no solo é quase total e a contaminação dos mananciais mínima. Dentre diversos papéis ecológicos das arbóreas, uma delas é atuar na contenção de enxurradas e retenção de sedimentos, auxiliando na rede de drenagem bem como na redução de assoreamento do corpo hídrico (Attanasio, et al., 2006). Na Figura 3 é apresentado um exemplo de cinturão ver no corpo hídrico (3A) e a atuação da mata ciliar na proteção do corpo d’água (3B).

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Figura 3. Diferentes fatores relacionados ao efeito protetor realizado pelas matas ciliares em relação ao corpo hídrico.

Fonte: Attanasio, et al., (2006).

Ressalva-se que a efetivação do desassoreamento do Lago Municipal ocorrerá de maneira estendida com o emprego de técnicas conjuntas de recuperação e restauração, bem como campanhas de conscientização, monitoramento e promoção de educação ambiental para a população.

10. Ações para implantação

Algumas ações para implantação do presente projeto deverão ser realizadas, dentre elas, destacam-se:

 Revisão bibliográfica detalhada sobre a implantação e escolha de técnicas de recuperação e restauração;

 Realizar análises físicas e químicas de detritos localizados no Lago Assoreado;  Realizar análises do solo envolvido no entorno do Lago para plantio de mudas;  Envolvimento de entidades como corpo financiador do projeto;

 Ações de conscientização ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, em parceria com escolas, colégios e faculdades.

11. Líder da proposta

O líder da proposta do presente projeto deverá realizar as seguintes atividades:  Estabelecer objetivos iniciais e posteriormente metas a serem seguidas no

decorrer do projeto;

 Buscar os recursos necessários para implementação do projeto;

 Estabelecer um cronograma de execução, com prazos, recursos e órgãos financiadores;

 Mobilizar envolvimento com entidades no desenvolvimento do projeto;

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 Comunicação dos resultados.

12. Valor estimado de orçamento da proposta – possíveis fontes de recursos Há uma diversidade de referências que exemplificam gastos de milhões de reais investidos para a dragagem de lagoas e represas assoreadas. Entretanto, existem programas de controle de assoreamento bem-sucedidos no Brasil, que não precisam necessariamente de técnicas complexas e inviáveis economicamente. Além disso, as mudas de árvores nativas podem ser utilizadas do IAP (Instituto Ambiental do Paraná), o qual apresenta 19 Viveiros de produção de mudas nativas, distribuídas por todo o estado, inclusive em Cascavel.

13. Responsáveis

As pessoas responsáveis pela elaboração, análise técnico-científica, bem como proposta do estudo são:

 Engenheira Ambiental Ana Cé, CREA/PR: 175598/D e Mestra em Tecnologia Ambiental. Sócia-proprietária na empresa SAARA & CÉ ENGENHARIA.

 Engenheira Ambiental Bruna Saara Oliveira dos Santos, CREA/PR: 170277/D. Especialização em andamento em Engenharia de Segurança do Trabalho. Sócia-proprietária na empresa SAARA & CÉ ENGENHARIA.

14. Referências

Attanasio, C.M.; Rodrigues, R.R.; Gandolfi, S.; Nave, G.N. Adequação ambiental de propriedades rurais: recuperação de áreas degradadas e restauração de matas ciliares. Universidade de São Paulo. 2006.

Brasil. Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências.2000.

Cascavel, Portal do Município de Cascavel. História e Parques, acesso em maio de 2016. Conama, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução n°344, de 25 de março de 2004. Detofol, K.; Bortolini, J.; Felipetto, H. S. Análise batimétrica do lago municipal de Cascavel - PR. Revista Técnico-científica do CREA-PR. ISSN:2358-5420. 2017.

GeoPortal Cascavel. Disponível em:< http://geocascavel.cascavel.pr.gov.br/geo-view/index.ctm?mslinkLote=84280>. Acesso em: 05 jan. 2020.

Piolli, A.L.; Celestini, R. M.; Magon, R. Teoria prática em recuperação de áreas degradadas: Plantando a semente de um mundo melhor. Secretaria do Meio Ambiente. São Paulo – SP. 2004.

Von Sperling, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos, 4a ed, UFMG, Belo Horizonte, Brasil, 472pp. 2014.

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Apoio:

Referências

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