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O papel das Memórias dissonantes na Comunicação Coletiva: Estudo de Caso do Holocausto Judeu durante a Segunda Guerra Mundial

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Academic year: 2021

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IV Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação

PUCRS

O papel das Memórias dissonantes na Comunicação Coletiva:

Estudo de Caso do Holocausto Judeu durante a Segunda Guerra

Mundial

Nome do Aluno: Fernando Cibelli de Castro. Nome do Orientador: Jacques Alkalai Wainberg Programa de Pós-Graduação em Comunicação-Faculdades dos Meios de Comunicação Social/ PUCRS,

Resumo

O presente estudo tem como proposta apontar a conexão entre história, memória e comunicação a partir de dois objetos de estudo, a Memória Traumática do Holocausto e da Ditadura Militar no Brasil. A memória tem dois campos de estudos básicos: sua vertente biológica é objeto de pesquisa no panorama das neurociências. No terreno das humanidades é motivo de preocupação da psicologia, da filosofia e das ciências sociais. Entretanto, o termo memória coletiva, a partir do começo do século XX foi apropriado pelas Ciências Sociais da Psicologia Social. Com efeito, grupos antagônicos tiram proveito dos meios de comunicação, sejam os mass media, seja a mídia segmentada, para travarem suas batalhas pelas versões dos fatos. Em suma pelo controle da memória coletiva.

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Em decorrência de um evento traumático a comunicação se converte numa guerra de versões entre as partes envolvidas, porque através das narrativas espelhadas os atores lutam pelo monopólio da memória. Esse ambiente belicoso acirra-se com frequência, pois envolve duas ocorrências. Tal disputa de idéias ocorre todo o dia e a cada momento nas páginas dos jornais, nas emissoras de rádio, na televisão, na Internet, na produção de livros e na cinematografia, entre outros meios de comunicação. Acabam envolvidos na polêmica grupos interessados em fazer prevalecer esta ou aquela interpretação dos fatos. Aparentemente, o que está em jogo é a identidade das novas gerações fustigadas e atormentadas pelo passado. À medida que o tempo decorre, e se distancia dos eventos históricos, cresce o choque entre as imagens dissonantes. A memória já não é fruto do testemunho, mas da pregação e da persuasão que criam margem a todo o tipo de interpretações. Dessa maneira, memória e comunicação formam um binômio estratégico. Dito de outra forma, os eventos dolorosos da História costumam produzir uma batalha pelo controle da memória e seus intérpretes travam tal embate por meio de discursos em que o teatro de guerra são as mídias.

O que está em jogo é a maneira como os vivos cultivam e reproduzem os fatos sobre a vida dos mortos. Nos casos mais graves predominam as memórias dissonantes. Elas produzem culpa e dor, o que explica o engajamento de grupos na sua descrição. A luta sobre o significado do passado converte-se num evento político com finalidade persuasiva. Tal disputa cresce com o tempo, à medida que a experiência lúdica da ocorrência se apaga com o desaparecimento do testemunho dos atores, das vítimas, dos responsáveis. Restam documentos, relatos, palavras. Como as ideias sob exame não morrem, a minoritária, sufocada pela versão triunfante, espera por melhores dias. Com o passar do tempo ressurge alimentada por contestações e pregações. Os atores animam-se para fazer valer as velhas ideias e concepções.

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Procedimentos metodologia Inspirado no método dedutivo

1 BETTO, Frei, Batismo de Sangue – São Paulo : Casa Amarela, 2001.

2 BRASIL, Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, Direito à Memória e à Verdade, 2007.

3 CASTAN, S.E. Acabou o gás. Porto Alegre : Editora Revisão, 2001. 4 CASTAN, S.E. SOS Alemanha, Porto Alegre : Editora Revisão, 1990.

5 CASTAN, S.E. Holocausto Judeu ou Alemão?, Porto Alegre : Revisão, 1987. 6 CARDOSO, Odimar Pontes, História Hoje. São Paulo : Editora Ática, 2007. 7 FERREIRA, Aurélio Buarque de Hollanda. Novo Dicionário da Língua

Portuguesa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1986.

8 GORENDER, Jacob, Combate nas Trevas – Editora Ática : São Paulo, 1998. 9 HACKETT, David, O Relatório Buchenwald - O dia a dia em um campo de

extermínio nos depoimentos dos sobreviventes, Rio de Janeiro : Editora Record, 1998.

10 HALBWACHS, Maurice. A Memória Coletiva. São Paulo, Centauro Editora, 2006.

11 HART, Roderick P. Modern rhetorical critcism. Roderick P. Hart and SuzanneDaughton – Boston, Person, 2005.

12 ITO, Mamoru, Television and Violence in the Economy of Memory Waseda University, 2002.

13 IZQUIERDO, Ivan. Memória – Porto Alegre : Artmed, 2002.

14 J.E Tunbridge and G.J Ashworth. The Management of the Past as Resource in Conflict. Wiley & Sons, 1996.

15 MARTINO, Luiz C; FRANÇA, Vera Veiga [Orgs.]. Teorias da Comunicação: conceitos, escolas e tendências. Petrópolis : Vozes, 2007.

16 MARTINO, Luiz C. De qual comunicação estamos falando? IN: HOHFELDT, Antônio; Martino Luiz C, FRANÇA, Vera Veiga [Orgs.]. Teorias da Comunicação: conceitos, escolas e tendências. Petrópolis : Vozes, 2007.

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18 MELSON, Robert, Revolution and Genocide. - Chicago,The University of Chicago : Press Ltd, 1996.

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J.E Tunbridge and G.J Ashworth. The Management of the Past as Resource in Conflict. Wiley & Sons, 1996.

MARTINS, Gilberto de Andrade, Metodologia da Investigação Científica para Ciências Sociais Aplicadas - Atlas, 2007,

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Moderna, 2008.

24 STIVELMAN, Michel e Raquel. A Marca dos Genocídios. Rio de Janeiro : Imago Editora, 200

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