Relatório de Gestão
2010
ÍNDICE
1 Considerações gerais e Conjuntura ... 3
2 Relatório de Gestão ... 5
2.1 Operações realizadas ... 5
2.2 Recursos Humanos ... 11
2.3 Formação ... 11
2.4 Situação Patrimonial e Investimentos ... 11
2.4.1 Situação patrimonial... 11
2.4.2 Investimento ... 12
3 Situação Económica e Financeira ... 12
3.1 Situação económica ... 12
3.2 Situação financeira ... 13
3.3 Principais indicadores ... 14
4 Proposta de Aplicação de Resultados ... 14
1 Considerações gerais e Conjuntura
Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o restabelecimento da actividade económica global, que se iniciou no 2º semestre de 2009, fortaleceu-se na primeira metade de 2010. Porém, a estabilidade financeira internacional sofreu um revés em consequência da turbulência registada no mercado da dívida soberana no segundo trimestre de 2010. O ritmo da recuperação diferiu substancialmente entre as regiões, com os países emergentes da Ásia e da América Latina a demonstrarem uma dinâmica de crescimento muito mais forte que os países avançados. Neste âmbito, persiste um elevado grau de incerteza acerca da sustentabilidade da recuperação mundial, particularmente relacionada com a degradação das finanças públicas, em especial nos países avançados, e com a fragilidade reinante nos sistemas financeiros. Neste panorama, o Fundo projecta o crescimento global em 4,8% para o final de 2010.
De acordo com a mesma fonte, o crescimento económico global, em termos reais, no primeiro semestre, foi de 5,2%, justificado pela transmissão à actividade económica das agressivas políticas anti-cíclicas, monetária e orçamental, seguidas pelos grandes blocos económicos. A recuperação da economia mundial da crise tem sido liderada pelas economias emergentes e países em vias de desenvolvimento, que cresceram em termos reais 8,1% no período. A restauração da confiança na indústria e o crescimento do emprego, nesses países, estão na base do desenvolvimento da actividade industrial (que cresceu 15% no período, em termos homólogos) e da recuperação do comércio global.
De acordo com o Banco de Cabo Verde, constata-se uma melhoria da actividade económica nacional ao longo dos primeiros 9 meses do ano, consistente com alguma recuperação dos principais parceiros. No entanto, o indicador de clima económico produzido pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) apresentou um perfil ascendente ao longo do primeiro semestre, tendo no 3º trimestre invertido a tendência. A evolução económica favorável observada em 2010 é justificada pela ténue recuperação da confiança dos agentes no comércio e nos transportes, a evolução francamente positiva dos indicadores para a indústria, a estabilização do índice da construção e um contributo positivo da agricultura, nomeadamente pelos investimentos que vêm sendo realizados no sector.
Os indicadores de consumo e de formação bruta de capital fixo produzidos pelo Banco de Cabo Verde confirmam o perfil de recuperação da actividade económica. As estatísticas da balança de pagamentos observaram algum entusiasmo no período. As receitas do turismo cresceram cerca de 3%, depois de terem diminuído 20% em 2009. O investimento externo continua a decrescer e as remessas de emigrantes apresentaram um ligeiro decréscimo, relativamente a 2009.
Os dados do FMI apontam ainda que a solvabilidade do país contínua intacto, com indicadores macroeconómicos satisfatórios registando uma inflação e 1,4% Investimento Directo Estrangeiro no valor de 125.892.173,00 ECV e Taxa desemprego em 10,7%)
Indicadores macroeconómicos de Cabo Verde 2007 a 2010
Subject Descriptor Units Scale 2007 2008 2009 2010
Gross Domestic Product, current prices U.S. dollars Billions 1.513 1.747 1.768 1.856 Inflation, average consumer prices Percent change 4.394 6.793 1.247 1.410
Population Persons Millions 0.491 0.504 0.513 0.523
Current account Balance U.S. dollars Billions -0.132 -0.216 -0.343 -0.465 Current account Balance Percent of GDP -8.731 -12.389 -19.419 -25.050 Net Foreign Direct Investment (USD) Millions 15.309,78 15.934,07 9.492,38 1.767,44
Unemployment rate (%) 21,0 17,8 13,1 10,7
Interest Rate (T-Bills) 3,625 3,625 3,625 3,625
Implied PPP Conversion Rate National currency/current international dollar 75.321 74.843 76.011 75.523
Fonte: FMI
No ano 2010 a Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVC) completou meia década de vida de funcionamento efectivo. Nesse ano, à semelhança do que aconteceu em anos anteriores, a BVC realizou, com sucesso, várias Ofertas Públicas de Subscrição (OPS), de entre as quais, se destacam, pelo seu carácter inédito, as Ofertas Públicas de Subscrição das Obrigações Municipais, quais sejam, as dos Municípios da Praia e do Sal.
Foram realizados, com sucesso, seis Ofertas Públicas de Subscrição (OPS). O montante global dessas Ofertas ronda os 3.582.650.000,00 (três mil, quinhentos e oitenta e dois milhões, seiscentos e cinquenta mil escudos).
No ano 2010, a capitalização bolsista global foi de 24.948.126.680,80 (vinte e quatro mil, novecentos e quarenta e oito milhões, cento e vinte e seis mil, seiscentos e oitenta escudos. Além das 8 Obrigações do Tesouro, estão cotadas 4 empresas no segmento accionistas (Banco Comercial do Atlântico - BCA, Caixa Económica de Cabo Verde - CECV, Empresa Nacional de Combustíveis – ENACOL e Sociedade Cabo-verdiana de Tabacos - SCT) 16 no segmento Obrigações Corporate e duas Obrigações Municipais, a saber, das Câmaras da Praia e do Sal.
2 Relatório de Gestão 2.1 Operações realizadas
Foram realizados, com sucesso, seis Ofertas Públicas de Subscrição (OPS). O montante global dessas Ofertas ronda os 3.582.650.000,00 (três mil, quinhentos e oitenta e dois milhões, seiscentos e
cinquenta mil escudos).
a) Operações realizadas no mercado primário
1. Realização da Oferta Pública de Subscrição (OPS) de Obrigações da Tecnicil Imobiliária, SA no montante 1.102.650.000$00 (mil, cento e dois milhões, seiscentos e cinquenta mil escudos), para financiamento de parte do projecto Vila Verde na Ilha do sal.
2. Realização da OPS de Obrigações do Município da Praia, no montante 450.000.000$00 (quatrocentos e cinquenta milhões de escudos), para financiamento do projecto do Mercado Municipal da Praia e Reconversão de Divida junto da Banca.
3. Realização da OPS de Obrigações do Município do Sal, no montante 200.000.000$00 (duzentos milhões de escudos), para financiamento seis projectos de Infra-estruturas e Requalificação Urbana das Localidades de Espargos e de Santa Maria.
4. Realização da 2ª OPS de Obrigações da IFH - Imobiliária, Fundiária e Habitat, no montante 330.000.000$00 (trezentos e trinta milhões de escudos), para financiamento da parte das obras de infra-estruturação para a urbanização de 54,47 hectares de terreno em Palmarejo Grande, viabilizando lotes de terrenos para habitação colectiva, individual, edifícios de uso misto, equipamentos diversos, edifícios comerciais, turismo entre outros.
5. Realização da OPS de Obrigações Subordinadas do Banco Africano de Investimentos Cabo Verde, no montante 1.000.000.000$00 (mil milhão de escudos), para Reforço dos fundos permanentes do Banco com o intuito de aumentar a capacidade do Banco de realizar grandes operações de crédito, melhorar o grau de cobertura de activos e minimizar o risco de taxa de juro.
6. Realização da OPS de Obrigações Subordinadas do Banco Comercial do Atlântico, no montante 500.000.000$00 (quinhentos milhões de escudos), para Reforço dos fundos permanentes do Banco
com o intuito de aumentar a capacidade do Banco de realizar grandes operações de crédito, melhorar o grau de cobertura de activos e minimizar o risco de taxa de juro.
Volume Global da Procura no Mercado Primário – 2010
Ano Oferta Descrição Segmento Procura Rácio
2010 1.102.650.000,00
Oferta Publica Sub Tecnicil Imobiliária
Obrigação D (Fev) Obrigações 1.102.650.000,00 1,00000
2010 450.000.000,00 Oferta Publica Sub Município da Praia Obrigações 450.000.000,00 1,00000 2010 200.000.000,00 Oferta Publica Sub Município do Sal Obrigações 200.000.000,00 1,00000 2010 330.000.000,00 Oferta Pública Sub IFH 2ª fase Obrigações 330.000.000,00 1,00000 2010 1.000.000.000,00
Oferta Publica Sub Banco Africano de
Investimentos Obrigações 1.064.495.000,00 1,06450
2010 500.000.000,00
Oferta Pública Sub Banco Comercial do
Atlântico Obrigações 977.390.000,00 1,95478
2010 3.582.650.000,00 TOTAL ECV 4.124.535.000,00
Volume Global da Procura no Mercado Primário 2008/2010
0,00 500.000.000,00 1.000.000.000,00 1.500.000.000,00 2.000.000.000,00 2.500.000.000,00 3.000.000.000,00 3.500.000.000,00 4.000.000.000,00 4.500.000.000,00 5.000.000.000,00 2008 2009 2010
Colocação no Mercado Primário por Banco 2010 BIA BAI CECV BCA BCN 1,79% 52,58% 11,15% 34,10% 0,38%
b) Operações no Mercado Secundário
O Volume de Negócios no mercado secundário foi de 1.105.663.523,00 (mil, cento e cinco milhões, seiscentos e sessenta e três mil, quinhentos e vinte e três escudos).
Volume de transacções no mercado secundário por título 2008/2010
título/descrição 2008 2009 2010
Secundário Total
Banco C. Atlântico 8.149.900,00 30.041.040,00 32.410.186,00 103.308.914,00 C.E. de Cabo Verde 1.820.000,00 4.248.000,00 79.535.410,00 86.609.910,00
Dir Subscrição BCA 14.644.508,00 14.644.508,00
Dir Subscrição CECV 23.976.510,00 23.976.510,00
ENACOL 853.091.238,00 71.356.455,00 331.158.977,00 1.956.913.566,00 O ASAA EUR/TBA+2,25% 17.533.500,00 17.533.500,00 O ELEA 6.121%2012 6.200.113,00 86.110.885,00 35.000,00 298.004.382,00 O ELEB 6.650% 2017 75.016.050,00 396.625.666,00 O ELEC VAR 2027 40.000.000,00 768.681.738,00 O IFHA 2014 200.000,00 200.000,00 Obrig CVFF 9% 2015 16.092.100,00 119.945.850,00 136.037.950,00 Obrig. BI 6% 2013 2.140.000,00 1.035.000,00 3.175.000,00
OBRIG. D TEC IMOB 159.030.000,00 159.030.000,00
Obrigação C Tecnicil 50.000.000,00
Obrigação SOGEI 2014 129.584.985,00 346.878.000,00 476.462.985,00 Obrigação T.IND 7.5% 1.675.000,00 20.250.000,00 21.925.000,00 Soc. C.V. de Tabacos 929.500,00 27.556.315,00 15.185.100,00 88.850.835,00
Volume de transacções no mercado secundário por Banco 2010 BCN BCA CECV BAI BIA 0,8% 34,3% 12,8% 50,0% 2,0% c) Capitalização Bolsista
Em 31 de Dezembro de 2010, a capitalização bolsista global era de 24.948.126.680,80 (vinte e quatro mil, novecentos e quarenta e oito milhões, cento e vinte e seis mil, seiscentos e oitenta escudos) distribuídos da seguinte forma:
CAPITALIZ. SEGMENTO ACCIONISTA 10.163.386.600,00
CAPITALIZ. SEG. OBRIGAÇÕES CORPORATE 13.654.740.080,80
CAPITALIZ. SEGMENTO OTS 1.130.000.000,00
Capitalização bolsista
TÍTULO 31-12-2010 31-12-2009 31-12-2008
Banco Comercial do Atlântico 2.099.295.000,00 2.169.271.500,00 1.200.000.000,00 Caixa Económica de Cabo Verde 3.238.488.000,00 2.818.800.000,00 1.357.200.000,00 Sociedade Cabo-verdiana de Tabacos 426.603.600,00 465.861.600,00 514.367.040,00 Empresa Nacional de Combustiveis 4.399.000.000,00 3.909.000.000,00 6.900.000.000,00 Electra - Obrigação A: 6,121% 2012 1.142.405.000,00 1.206.379.680,00 1.231.284.109,00 Electra - Obrigação B: 6,650% 2017 1.162.036.080,80 1.162.036.080,80 1.139.698.000,00 Electra - Obrigação C: Euribor/TBA +2% 2027 2.270.249.000,00 2.270.249.000,00 2.270.249.000,00 Tecnicil - Obrigação A Euribor + 2,216% 350.000.000,00 350.000.000,00 350.000.000,00 Tecnicil - Obrigação B Euribor + 2,216% 200.000.000,00 200.000.000,00 200.000.000,00 Tecnicil - Obrigação C Euribor + 2,216% 200.000.000,00 200.000.000,00 200.000.000,00 ASA - Obrigação - Euribor/TBA + 2,25% 677.400.000,00 677.400.000,00 677.400.000,00 Banco Interatlântico - 1ª série Euribor + 0,9% 6
anos 500.000.000,00 500.000.000,00 500.000.000,00
IFH -1ª Série - Euribor + 1,3% / TBA + 2,1%
2014 420.000.000,00 420.000.000,00 0,00
SOGEI - Euribor + 2,75% 1.500.000.000,00 1.500.000.000,00 0,00 OBRIGAÇÃO TECNICIL IDUSTRIA 7.5%,
2014 150.000.000,00 150.000.000,00 0,00
Cabo Verde Fast Ferry taxa fixa 9% 2015 1.500.000.000,00 1.575.000.000,00 0,00 Tecnicil Imobiliária taxa fixa 7,5% 2015 1.102.650.000,00 0,00 0,00 OBRIGAÇÃO MSAL: TBA + 3,35% (FLOOR
6,9%) 2025 200.000.000,00 0,00 0,00
Município Praia 450.000.000,00 0,00 0,00
O IFH: TBA + 2,9%, FLOOR DE 6,5%, 2015 330.000.000,00 0,00 0,00
Obrigações BAI 5,9% 2016 1.000.000.000,00 0,00 0,00
Obrigações BCA Taxa Crescente 2017 500.000.000,00 0,00 0,00 Obrigações do Tesouro 1.130.000.000,00 1.130.000.000,00 1.670.000.000,00
Capitalização Bolsista Global 24.948.126.680,80 20.703.997.860,80 18.210.198.149,00
d) Pagamento de Juros e Dividendos
Em 2010 todas as empresas cotadas no segmento accionista pagaram dividendos, relativos ao exercício de 2009, aos seus respectivos accionistas através dos Intermediários financeiros onde têm registados os seus títulos.
Relativamente aos juros, as entidades emitentes pagam os juros de Obrigações, semestralmente, juros esses, calculados sobre o valor nominal de cada título
Quanto ao regime fiscal, ao abrigo da lei os dividendos estão totalmente isentos de imposto. Os rendimentos das obrigações ou dos produtos de natureza análoga, emitidas durante o ano de 2010, que
não sejam títulos da dívida pública, com colocação pública e cotados na Bolsa de Valores de Cabo Verde são tributados, a taxa de 5% em sede de Imposto Único sobre o Rendimento (IUR), até ao final das suas maturidades.
Distribuição de Dividendos por Acção 2008 a 2010
Título 2010 2009 2008 Acções Cotadas Div Pago em
Exercício 2009 Exercício 2008 Exercício 2007 2010 2010
SCT 625,00 ECV 645,00 ECV 604,17 ECV 87.240 54.525.000,00 ECV
CEC 198,00 ECV 400,00 ECV 400,00 ECV 1.252.800 248.054.400,00 ECV
BCA 89,95 ECV 257,73 ECV 324,77 ECV 699.765 62.940.362,93 ECV
ENA 227,31 ECV 159,41 ECV 256,57 ECV 1.000.000 227.310.000,00 ECV
592.829.762,93 ECV
Quadro 6 – Pagamento de Cupões 2010
Data do
Evento Descrição do Título Cupão
Taxa
Anual Juros Pagos 6-Jan-10 2010 Obrigação IFH: MAX (TBA + 2,1%; EURIBOR + 1,3% 2014) 2º 5,580% 11.718.000,00 8-Jan-10 2010 Obrigação BI Euribor 6% fixa 3º 6,000% 15.000.000,00 1-Fev-10 2010 Obrigação CVFF taxa fixa 9% 1º 9,000% 67.500.000,00 8-Fev-10 2010 Obrigação A Tecnicil/Euribor + 2,216% 5º 3,350% 5.862.500,00 8-Fev-10 2010 Obrigação B Tecnicil/Euribor + 2,216% 5º 3,350% 3.350.000,00 8-Fev-10 2010 Obrigação C Tecnicil/Euribor + 2,216% 5º 3,350% 3.350.000,00 10-Fev-10 2010 Obrigação ASA Euribor/TBA + 2,25% 5º 5,750% 17.250.000,00 18-Fev-10 2010
Obrigação Sogei: Euribor 6 meses + 2,75% (Floor 6,4% ; Cap
7,4%) 2014 2º 6,400% 48.000.000,00
23-Abr-10 2010 Obrigação Tecnicil Industria 7,5% 2014 2º 7,500% 5.625.000,00
14-Jun-10 2010 Obrigação A Electra 6º 6,121% 34.963.305,03
14-Jun-10 2010 Obrigação B Electra 6º 6,650% 37.894.958,50
14-Jun-10 2010 Obrigação C Electra Euribor/TBA + 2% 6º 5,550% 62.999.409,75 6-Jul-10 2010 Obrigação IFH: MAX (TBA + 2,1%; EURIBOR + 1,3% 2014) 3º 5,680% 11.928.000,00 8-Jul-10 2010 Obrigação BI Euribor 6% fixa 4º 6,000% 15.000.000,00 2-Ago-10 2010 Obrigação CVFF taxa fixa 9% 2º 9,000% 67.500.000,00 6-Ago-10 2010 Obrigação A Tecnicil/Euribor + 2,216% 6º 3,183% 5.570.250,00 6-Ago-10 2010 Obrigação B Tecnicil/Euribor + 2,216% 6º 3,183% 3.183.000,00 6-Ago-10 2010 Obrigação C Tecnicil/Euribor + 2,216% 6º 3,183% 3.183.000,00 10-Ago-10 2010 Obrigação ASA Euribor/TBA + 2,25% 6º 5,840% 17.520.000,00 18-Ago-10 2010
Obrigação Sogei: Euribor 6 meses + 2,75% (Floor 6,4% ; Cap
7,4%) 2014 3º 6,400% 48.000.000,00
16-Set-10 2010 Obrigação D Tecnicil 7,5% 1º 7,500% 41.349.375,00 25-Out-10 2010 Obrigação Tecnicil Industria 7,5% 2014 3º 7,500% 5.625.000,00
14-Dez-10 2010 Obrigação A Electra 7º 6,121% 34.963.305,03
14-Dez-10 2010 Obrigação B Electra 7º 6,650% 37.894.958,50
2.2 Recursos Humanos
As prioridades, em termos de gestão de pessoas, em 2010, continuaram a orientar-se para o desenvolvimento das capacidades organizacionais indispensáveis à eficácia das diferentes operações conduzidas pela BVC, promovendo para esse fim formações técnicas e avançadas nos domínios do mercado de capitais.
No final de 2010 laboravam na bolsa 11 funcionários, mais 3 do que em 2009.
2.3 Formação
A realização de formação / reciclagem tem sido assumida na BVC como um instrumento fundamental para capacitação dos técnicos das instituições financeiras e melhoria de conhecimentos de todos os intervenientes do sistema financeiro e do público em geral.
Em parceria com a Caixa Credito Agrícola, foram realizados 2 formações, dirigidos aos quadros das instituições financeiras e para bancárias, designadamente Risco de Crédito e Duration e Controlo de Cumprimentos, com um total de 43 participantes, incluindo-os colaboradores da BVC.
Como tem sido o hábito, realizou-se mais uma Formação Avançada em Obrigações dirigidos aos quadros das instituições financeiras e para bancárias, Tesouro e outras instituições, ministrada uma vez mais pelo ilustre Presidente do Conselho de Administração da BVC, Veríssimo Pinto, com uma participação de cerca de 20 inscritos.
A bolsa promoveu ainda, uma formação sobre utilização dos Sistemas de Negociação, Liquidação e Custodia de títulos, dirigido aos bancos e operadores de bolsa e ministrada pelos técnicos da Fianantech.
2.4 Situação Patrimonial e Investimentos
2.4.1 Situação patrimonial
No final de 2010, a situação patrimonial manteve-se sensivelmente ao nível do ano anterior, não tendo as alterações patrimoniais ocorridas durante o exercício económico sido significativas, confirmando-se a tendência registada nos anos precedentes para a redução do valor dos activos tangíveis e intangíveis, uma vez que os acréscimos do valor do imobilizado bruto têm ficado aquém do valor do acréscimo das
amortizações acumuladas.
No exercício económico de 2010 o imobilizado líquido decresceu 0,7%, comparativamente com o do ano transacto e representa cerca de 76,7% do Activo Líquido no final do ano.
Variação de activos tangíveis e Intangíveis
2010 2009 VAR 10/09
Activos Tangíveis e Intangíveis (bruto) 140.633.040,00 133.724.345,00 5,2% Amortizações acumuladas 87.711.397,65 80.450.733,65 9,0%
Imobilizado líquido 52.921.642,35 53.273.611,35 -0,7%
Para esta evolução do imobilizado líquido, contribuíram, essencialmente, duas situações: o significativo aumento das amortizações acumuladas, 9%; e reduzido acréscimo do imobilizado bruto, 5,2%.
2.4.2 Investimento
No que concerne à rubrica Investimentos, é de realçar que o investimento global realizado pela BVC em 2010 situou-se nos 6.908.695,00 contra 1.365.143,00 CVE registados no ano transacto. Esta situação deveu-se à aquisição de um Veiculo Automóvel de marca VOLKSWAGEN (TOUAREG), no valor de 6.000.000,00 ECV, sendo o remanescente investido em equipamentos administrativos e materiais diversos.
3 Situação Económica e Financeira 3.1 Situação económica
O exercício económico de 2010 encerrou com um volume de vendas de 67.858 contos, uma variação positiva de cerca de 23,7%, motivado pela realização de várias de operações em mercado primário, e sobretudo pela Custodia mensal e manutenção anual na cotação com o aumento do número de
considerável de cerca de 264,6% face a 2009. Este desempenho proporcionou um Resultado Líquido de -1.796 contos, uma variação de cerca de 84%, face ao exercício de 2009 (-11.256 contos).
Bolsa de valores de Cabo verde 2010 2009 Var. 10/09
Volume de Negócios 67.858.596,00 54.839.856,63 23,7% FST e Custo c/ Pessoal 62.611.353,42 59.794.015,05 4,7%
EBITDA 5.477.782,58 -3.328.305,05 -264,6%
Resultado líquido -1.796.888,42 -11.256.883,21 -84,0%
Este resultado é explicado ainda pelo reduzido aumento na estrutura dos principais custos (Pessoal e FST), na ordem dos 4,7%, face ao ano transacto.
3.2 Situação financeira
As variações, positivas e negativas, das rubricas que compõem o balanço da BVC, determinaram algumas alterações na sua estrutura que de seguida se analisam.
O activo líquido situou-se nos 68.995.543,68 CVE. A estrutura do mesmo sofreu alterações razoavelmente significativas (9,2%) pois, a par de um aumento dos activos tangíveis e intangíveis, devido, fundamentalmente, ao aumento mais do que proporcional do investimento em imobilizações corpóreas face às amortizações do exercício, ocorreu um aumento dos capitais circulantes, consequência de um aumento significativo dos capitais circulantes.
Na estrutura do passivo, em 31 de Dezembro de 2010 a BVC tinha um passivo corrente de 16.229.425,50 CVE, um aumento de 98,1% face a 2009, contra 15.372.318,33 registados no activo corrente em 31 Dez. 2010 que também sofreu um aumento considerável na ordem de 54%. Esta situação (evidenciada nos Rácios Financeiros infra) deveu-se a um aumento considerável do Prazo médio de Pagamentos (130%) visto que o Prazo de recebimentos também sofreu amentos consideráveis, explicada essencialmente pela difícil situação de tesouraria dos clientes, como a CVFF, SA e Tecnicil Imobiliária, SA.
Situação financeira Bolsa de valores de Cabo verde
2010 2009 Var. 10/09
Activo liquido Total 68.995.543,68 63.209.545,10 9,2%
Imobilizado Líquido 54.078.736,35 53.273.611,35 1,5%
Capitais Próprios (Situação Líquida) 53.221.629,18 55.018.517,60 -3,3%
Passivo Total 16.229.425,50 8.191.027,50 98,1%
Exigível a Curto Prazo 16.229.425,50 8.191.027,50 98,1%
Clientes 9.157.293,60 5.337.098,60 71,6%
Activo corrente 15.372.318,33 9.935.933,75 54,7%
Resultado líquido -1.796.888,42 -11.256.883,21 -84,0%
3.3 Principais indicadores
Principais Rácios
Bolsa de Valores de Cabo Verde 2010 2009 Var. 10/09
Solvabilidade 3,28 6,72 -51,2%
Endividamento 0,23 0,13 80,3%
Rentabilidade do Activo -0,03 -0,18 -85,4%
Rentabilidade dos Capitais Próprios -0,03 -0,20 -83,5%
Liquidez Geral 0,95 1,21 -21,9%
Liquidez Imediata 0,27 0,08 219,4%
PMR (dias) 49,26 35,52 38,7%
PMP (dias) 122,22 52,95 130,8%
4 Proposta de Aplicação de Resultados
Propõe-se que o resultado líquido do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, no montante de (1.796.888,42 CVE) negativos, seja transferido resultados transitados.
O Conselho de Administração
Veríssimo Pinto
Presidente Conselho de Administração
Elias Monteiro Administrador Sandro de Brito Administrador Praia, Maio 2011
Anexo 1. Demonstrações Financeiras
Balanço
Demonstração de Resultados
2009
NOTA VALORES VALORES
71+72 Venda s e Pres tações de s ervi ços 14 67.858.596,00 54.839.856,63
74 Subs i di os a expl ora çã o 0,00 0,00
785-685 Ga nhos /perda s i mputados de s ubs i di a ri a s , a s s oci a da s e empreendi mentos conjuntos 0,00 0,00
614 Va ri a çã o nos i nventari os de produçã o 0,00 0,00
73 Tra ba l hos pa ra a propri a entida de 0,00 0,00
-61 (Excepto 614) Ga s to com merca dori a s vendi da s e ma teri a s cons umi da s 0,00 0,00
Resultado operational bruto 67.858.596,00 54.839.856,63
-62 Forneci mentos e s ervi cos externos 15 33.207.824,14 30.456.659,05
Valor acrescentado bruto 34.650.771,86 24.383.197,58
-63 Ga s tos com o pes s oa l 16 23.798.438,00 20.712.147,00
-652+7622 Ajus tamentos de i nventari os (perda s /revers oes ) 0,00 0
-651+7621 Impa ri da de de di vi da s a receber (perda s /revers oes ) 0,00 105.003,63
-67+763 Provi s oes (a umentos /reducoes ) 198.129,00 0,00
-653-657-658+7623+7627+7628 Impa ri da de de a ctivos na o depreci a vei s /a mortiza vei s (perda s /revers oes ) 0,00 0
77-66 Aumentos /redugoes de jus to va l or 0,00 0
78 (excepto 785)+7918+7928+7988 Outros rendi mentos e ga nhos 32.411,00 1.730.857,00
-68(excepto685)-6918-6928-6988 Outros ga s tos e perda s 17 5.605.091,28 8.625.209,00
Resultado antes de depreciações, amortizações, perdas/ganhos de financiamento e impostos 5.477.782,58 -3.328.305,05
-64+761 Ga s tos /Revers oes de depreci a ca o e de a mortiza ca o 03 7.260.664,00 7.916.228,16
-654-655-656+7624+7625+7626 Perda s /revers oes por Impa ri da de de a ctivos depreci a vei s /a mortiza vei s 0,00 0,00
Resultado operacional (antes de perdas/ganhos de financiamento e impostos) -1.782.881,42 -11.244.533,21
7911+7921+7981 Juros e ga nhos s i mi l a res Obtidos 0,00 0,00
-6911-6921-6981 Juros e perda s s i mi l a res s uportados 14.007,00 12.350,00
Resultado antes de Imposto -1.796.888,42 -11.256.883,21
Impos to s obre o rendi mento do peri odo 18 0,00 0,00
Resultado liquido do período -1.796.888,42 -11.256.883,21 Resultado liquido do periodo atribuível a:
O Director Administartivo e Financeiro O Conselho de Administração
/João Claude Lopes Pereira/ /Verissimo Pinto/ /Elias Monteiro/ /Sandro Brito/ SNCRF
Escudo CV
RENDIMENTOS E GASTOS
PERÍODO 2010
