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OBSTÁCULOS A IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL NUMA EMPRESA: ESTUDO DE CASO DE UMA REFINARIA DE PETRÓLEOS DO RIO DE JANEIRO

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OBSTÁCULOS A IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL

NUMA EMPRESA: ESTUDO DE CASO DE UMA REFINARIA DE

PETRÓLEOS DO RIO DE JANEIRO

Geni Malca Wajnsztajn(1)

Engenheira Química pela Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Especialista em Administração de Projetos de Controle Ambiental, pela Fundação Getúlio Vargas. Mestranda em Planejamento Ambiental e Energético (COPPE - UFRJ). Ex-Chefe de Serviço da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Assistente da Sub-Secretaria de Assuntos Ambientais da SEMA.

Carlos Alberto Leal

Engenheiro Civil, com especialização em Engenharia de Segurança e do Trabalho. Ex-Chefe de Divisão de Segurança e Meio Ambiente da Refinaria de Petróleos de Manguinhos.

Endereço(1): Rua Xavier da Silveira, 106 apto. 101 Copacabana Rio de Janeiro RJ

-Brasil - Tel: (021) 235-0258 - e-mail: geniw@bridge.com.br

RESUMO

A evolução da preocupação internacional com a questão ambiental levou à edição das Normas ISO 14000. As exigências de controle ambiental seja por instituições gestoras do meio ambiente seja pela competitividade oriunda da globalização econômica, tornaram as empresas comprometidas no seu processo produtivo com a questão do meio ambiente. O engajamento de uma refinaria de petróleos do município do Rio de Janeiro com a questão ambiental, de 1986 até os dias de hoje, a partir das pressões internas e externas da sociedade, é o estudo em análise, onde até então os custos legais e administrativos eram elevados em detrimento aos investimentos ambientais.

São resumidamente apresentados os principais instrumentos de gestão ambiental, estratégias de inovação, os obstáculos encontrados e a resolução dos problemas com diminuição dos custos.

PALAVRAS-CHAVE: Gestão Ambiental, Implantação de Gestão Ambiental, Gestão

Ambiental em Refinaria.

INTRODUÇÃO

As organizações de todos os tipos estão aumentando seus interesses em alcançar e demonstrar o desempenho ambiental. Isso é realizado no contexto do aumento da legislação restritiva, do desenvolvimento econômico e outras medidas para fomentar a proteção ambiental.

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Muitas empresas tem tentado revisões ou auditorias ambientais para avaliar seu desempenho; entretanto essas atitudes não podem resolver o problema de organização com segurança, atingindo também os requisitos legais e políticos. Para ser eficientes, as empresas precisam ser conduzidas dentro de um sistema de gestão estruturado, integrado com a gestão total.

Este trabalho tem como objetivo indicar os principais elementos na implantação de um programa de gestão ambiental eficaz numa empresa, passível de integração com outros requisitos de gestão, de forma a auxiliar outros casos a alcançar suas metas ambientais e econômicas. Ele é resultado de um esforço conjunto de uma empresa geradora de poluentes e do órgão ambiental responsável pelo controle ambiental no estado do Rio de Janeiro: FEEMA (Fundação Estadual de Controle Ambiental). Desde 1975, o principal instrumento de gestão ambiental implantado é o Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras (SLAP), inovado com a instituição de auditorias ambientais, Programa de Autocontrole (1980), além dos Planos de Emergência para ecossistemas, até o Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (início em 1994). Outro resultado da maior importância decorrente do Programa de Gestão Ambiental foi o fortalecimento dos canais de comunicação da empresa com seu público interno e externo. Finalmente, a utilização dos efluentes tratados, além do seu valor econômico, representa um ganho ambiental para a região da Baía de Guanabara, estimulando outras empresas a produzir sem poluir.

1 - IMPORTÂNCIA DA GESTÃO AMBIENTAL

A necessidade de proteger o meio-ambiente por meio de leis teve uma aceitação ampla, mas um tanto relutante. Como todos querem um planeta habitável, a primeira parte desta proposição pode ser entendida, mas a crença de que as leis ambientais impedem a competitividade traz a relutância conhecida. De um lado estão os benefícios sociais, que provêm de padrões ambientais rígidos, enquanto do outro, estão os custos privados das indústrias para a prevenção de danos e despoluição.

A visão estática de que tudo, exceto a regulamentação, se mantém inalterado é incorreta. Se tecnologia, produtos, processos e necessidades do consumidor fossem todos fixos, a conclusão de que a regulamentação necessariamente eleva os custos seria inevitável. Acontece que as empresas operam no mundo real da competição dinâmica, constantemente encontrando soluções inovadoras por pressão dos concorrentes e consumidores.

Os dados relatados por uma refinaria de petróleos no Rio de Janeiro mostram que os custos de adequação às legislações ambientais podem ser minimizados, se não eliminados através de inovações que tragam outros benefícios competitivos.

Novos processos de inovações podem permitir que as empresas usem mais produtivamente uma série de insumos - de matérias primas a fontes de energia - de forma a compensar os gastos feitos para preservar mais o meio ambiente.

Ineficiências são mais evidentes numa empresa na forma de utilização de material incompleto e controles de processo deficientes, os quais resultam em perdas

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desnecessárias, defeitos, etc. Mas há também outros custos embutidos no ciclo de vida de um produto, como o descarte de embalagens por distribuidores ou consumidores.

Outro tipo de inovação vai direto às raízes da poluição, aumentando a produtividade dos recursos em primeiro lugar. A produtividade de recursos aumenta quando materiais mais baratos substituem os de alto custo ou quando os mesmos materiais são utilizados em menor quantidade.

Dentro deste contexto, a Política de Recursos Hídricos sancionada pela Lei 9433, de 8 de Janeiro de 1997, cria a figura do usuário-pagador e do usuário-poluidor pagador, descentralizando a gestão das águas no Brasil, permitindo assim que as decisões quanto a preço, formas de pagamento, utilização dos recursos sejam locais, mais próximas das necessidades e desejos dos consumidores diretos. Sua aplicação vem corroborar a importância de reavaliação dos desperdícios dos recursos renováveis, trazendo à tona a importância da reciclagem e/ou reutilização de matérias primas e utilidades.

2 - INSTRUMENTOS DE GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS

Os melhores resultados são obtidos por todas as partes interessadas a partir da adoção e implementação de um conjunto de técnicas de gestão. O sistema de gestão ambiental deve estimular as empresas a considerarem a melhor tecnologia disponível, quando apropriada e economicamente viável. Além disso, é recomendado que a relação custo-benefício seja totalmente levada em consideração

As Normas ISO 9000 para sistemas de qualidade e ISO 14000, principalmente a ISO DIS 14001 - Environmental management systems, tratam os sistemas de gestão de forma a atender as necessidades de um vasto conjunto de partes interessada e as crescentes demandas da sociedade em matéria de proteção ambiental.

Além disso, a Norma “British Standard BS 7750.1992”, assim como a ISO 14000 (Sistemas de Gestão Ambiental / Especificação e Diretrizes para uso), especifica os elementos de um sistema de gestão ambiental, para se aplicar a todos os tipos de atividade. Desta norma, vale ressaltar os requisitos principais de um sistema de Gestão Ambiental:

- Política Ambiental, onde a empresa definirá e documentará suas atividades, produtos e serviços e seus efeitos ambientais.

- Organização e Pessoal, onde são estabelecidos recursos e responsabilidades, para implementação e operação através de canais definidos.

- Efeitos Ambientais; com registro e comunicação

- Objetivos Ambientais e Metas: após consideração dos registros, estes devem incluir compromisso para melhorias contínuas, em áreas escolhidas onde são mais necessárias a redução de risco e perdas, identificando-se por análise custo-beneficio onde pode ser aplicada a meta em questão.

- Controle e Ações corretivas.

As auditorias e revisões de gestão ambiental são inerentes ao sistema, mas devem ser analisadas separadamente. As primeiras avaliam a eficiência do sistema de gestão e a realização dos objetivos ambientais, enquanto as revisões checam a importância contínua

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da política ambiental, atualizam a evolução dos efeitos e verificam a eficácia das auditorias e ações seguidas.

A auditoria ambiental começou no início da década de 70 nos EUA, como resposta de alguns setores industriais às pressões provenientes do Poder judiciário. Na década de 80, esta atividade passou a ser realizada em algumas empresas européias. Na presente década, ela chegou ao Brasil, através de leis estaduais e de um projeto de lei federal em tramitação no Congresso Nacional.

Nos EUA, Canadá e na Comunidade Comum Européia, a auditoria ambiental é uma ferramenta voluntária no contexto de auto-regulamentação das empresas. No Brasil, ela aparece de uma forma obrigatória e periódica, sendo regulada por legislação específica emergente.

Os pontos importantes em Programas de Auditoria Ambiental são: objetivos, organização, recursos, escopo, freqüência e orientação.

A avaliação de desempenho ambiental é utilizada para medir, analisar, registrar e comunicar sua atuação em relação aos critérios selecionados pela gestão.

Parte da identificação de aspectos ambientais das atividades, produtos ou serviços da empresa que, juntamente com os critérios selecionados pela gestão, servem de base para a seleção de indicadores ambientais que, por sua vez, auxiliam na descrição do desempenho ambiental da empresa.

O Relatório de Desempenho Ambiental deve contemplar:

- na fase de planejamento: aspectos ambientais, seleção de indicadores ambientais apropriados para a área gerencial, área operacional e ambiental e, ligação entre áreas de avaliação;

- na avaliação: conter coleta de dados, análise e avaliação, com comunicação interna e externa;

- revisão e implementação.

3 - TECNOLOGIAS LIMPAS E OBSTÁCULOS À IMPLANTAÇÃO

Durante os últimos anos, tem havido uma constatação de que muitos tratamentos utilizados para o controle da poluição da água e do ar não tem alcançado as metas desejadas.

Algumas indústrias vem se esforçando na identificação dos problemas e resolvendo-os nas suas fontes de geração; elas estão se beneficiando financeiramente enquanto a qualidade ambiental, interna e externamente, está aumentando simultaneamente.

O conjunto de decisões que devem ser tomadas na possibilidade da utilização de tecnologias limpas estão relacionados a:

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Pressões - internas à indústria ♦ qualidade do produto

♦ gasto de capital

♦ relutância à troca

♦ prevenção e disponibilidade em relação às alternativas técnicas

Pressões – externas

♦ demandas do consumidor

Objetivos Ambientais e Metas: Após consideração dos registros, devendo incluir

compromisso para melhorias contínuas, em áreas escolhidas onde são mais necessárias a redução de risco e perdas, identificando-se por análise custo-beneficio onde pode ser aplicada

Controle e Ações Corretivas: O uso de tecnologias limpas, também chamado

“tecnologia de baixo ou nenhum despejo” tem se tornado uma necessidade. Isso é verdadeiro para países em desenvolvimento, pois eles tem de gerar seus próprios recursos e limitar as importações, reduzindo ao mesmo tempo os efeitos danosos ao meio ambiente. Se a inovação pode ser rentável, se uma empresa pode realmente compensar os custos de cumprimento da regulamentação através do aumento de produtividade, temos uma falsa idéia da competitividade neste campo. Na verdade, no mundo real os executivos têm freqüentemente informações extremamente incompletas e dispõem de tempo e atenção limitados.

São muitos os obstáculos para mudar essa situação. Podemos dizer que a regulamentação é então necessária na medida que:

- cria pressão para motivar as empresas a inovar,

- melhora a qualidade ambiental, nos casos em que a inovação e os resultados de melhoria na produtividade de recursos não compensem o custo de adequação,

- alerta e educa as empresa sobre possíveis ineficiências de recursos e áreas potenciais para melhorias tecnológicas,

- aumenta a probabilidade de que as inovações nos produtos e no processo em geral sejam amistosas ao meio ambiente,

- nivela o campo de concorrência durante o período de transição para soluções ambientais baseadas em inovações, assegurando que a empresa não pode galgar posições competitivas em relação às outras fugindo dos investimentos de natureza ambiental.

Na introdução prática das tecnologias limpas, são seguidas três tipos de estratégia:

- tecnologias limpas de produção com objetivo de minimização de despejo em todas os pontos do ciclo de produção através de trocas no processo, manutenção adequada, reciclagem, reengenharia dos equipamentos e reformulação dos produtos

- projeto de tecnologias de reciclagem para recuperação de matérias primas, energia e água, além de subprodutos durante o tratamento de despejos

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4 - INTRODUÇÃO DA VARIÁVEL AMBIENTAL NA GESTÃO DA PRODUÇÃO

A empresa analisada está instalada no bairro de Benfica, município do Rio de Janeiro, desde 1954, produzindo 10000 Barris de petróleo/dia, e gerando despejos líquidos, sólidos e atmosféricos. No período de 1960 a 1980 foi constatado um aumento de poluição na Baía de Guanabara, decorrente do deslocamento populacional para as áreas circunvizinhas à baía, sem infra-estrutura de apoio, aliada ao crescimento industrial. Com as condições agravadas de qualidade ambiental, foi exigida da empresa, quando do requerimento de licença ambiental (1987), o atendimento à legislação pertinente. A pressão do órgão de controle governamental apoiado nos vários instrumentos de gestão incorporados ao controle ambiental e de segurança, aliado às pressões das comunidades vizinhas, poderia conduzir a um prejuízo econômico. Essa previsão foi na verdade o ponto de partida para uma nova gestão na empresa, onde os custos de adequação foram declinando com o tempo.

4.1 - FASES DE IMPLANTAÇÃO E AJUSTE DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

1a FASE - ESTRATÉGIA DO PRÉ-TRATAMENTO

Previamente existia apenas um sistema de tratamento para os efluentes líquidos industriais, contendo alto teor de óleos: separador água-óleo, do tipo API, convencional. Esse equipamento por operar sub-dimensionado, também era fonte de emissões atmosféricas. Por exigência do órgão de controle ambiental, após constatação de determinados parâmetros excedentes (fenol, sulfetos), foi necessário a implantação de sistema mais eficiente de controle hídrico; a empresa adotou então a estratégia do pré-tratamento, através de metodologia denominado “in-plant control”, onde ocorria a recuperação de cerca de 20% do óleo presente nos efluentes, através da instalação de caixas de coleta de óleo nas fontes de emissão: vazamento de válvulas, gaxetas, etc. Foram implantados ainda sistema de drenagem pluvial das áreas contaminadas, importante fator na carga poluidora, conduzindo esse fluxo para tanque separador de água e óleo e, lagoa aerada para oxidação da carga orgânica, sulfetos e da concentração de fenóis (1986/87).

Nesta fase, as questões ambientais da empresa eram atendidas pela chefia da produção, cuja atribuição principal era a operação das unidades de produção. Os resultados se aproximaram das metas, mas quaisquer problemas surgidos nos processos produtivos causavam grandes variações nos lançamentos, deixando o corpo receptor já fragilizado pelas condições locais, com características péssimas de poder de recuperação.

2a FASE - IMPLEMENTAÇÃO DAS MELHORIAS NO TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS

Com o aumento da exigência da qualidade ambiental, aliado à programa de redução de riscos ambientais e acidentais, houve implementação das ações em resposta às demandas externas (maior conscientização da comunidade) e internas (ocorrência de acidente). Na

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área técnica, começou a preocupação com o treinamento dos técnicos, melhoria nas condições de operação do sistema de tratamento, com complementação da recuperação dos óleos pela instalação de um segundo separador água-óleo (1990). A vazão de despejo (600 m3 /dia), mesmo após tratamento dos efluentes, representava uma contribuição de 150 mg/l de carga orgânica para o corpo receptor.

Nesta fase as áreas de manutenção, disposição de resíduos e riscos passam a ser áreas prioritárias. A empresa passa a se conscientizar da sua responsabilidade frente a população e ao meio-ambiente, e se sente motivada a incluir esses aspectos na análise custo-benefício.

3a FASE - RECICLAGEM

A estratégia de reutilização dos despejos ou reciclagem, foi uma das alterações implantadas no processo de produção (setor de utilidades), em dezembro de 1993. O aumento do custo de água fez a empresa buscar insumos de baixo custo, inovando seu sistema de make-up de águas de refrigeração. Os efluentes líquidos industriais tratados poderiam ter suas características aperfeiçoadas em sistema de coagulação-filtração-decantação, podendo ser novamente utilizados como águas de refrigeração do processo. Os custos de construção do sistema de recuperação dos efluentes foram adaptados a equipamentos existentes em desuso, sendo que os custos de utilização de produtos químicos são abatidos pela redução do consumo de água bruta.

A empresa portanto, identificou uma vantagem comparativa ao diminuir o custo de água e reduzir substancialmente o descarte de efluentes líquidos para 100 m3 / dia.

Assim, embora o reuso da água não seja propriamente uma tecnologia limpa, esse tipo de melhoramento pode reduzir os efeitos negativos ambientais da indústria e proporcionar os correspondentes benefícios econômicos.

4.2 - ADOÇÃO DE POLÍTICA AMBIENTAL E ORGANIZAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS

Com o aumento das pressões ambientais interna e externamente, aliado à concorrência dos mercados, a empresa criou o Setor de Meio Ambiente em 1991, desenvolvendo em 1996, a Divisão de Segurança e Meio Ambiente, após a implantação do Sistema de Gestão do Meio Ambiente.

Para esta nova Divisão estão indicados na figura 1 os elementos do Programa. Os elementos foram selecionados de acordo com a política ambiental da empresa, incluindo o compromisso de prevenção da poluição. A partir do Programa serão definidos as funções, responsabilidades e autoridades. A implementação e operação deve incluir treinamento, conscientização e competência, devendo os aspectos relacionados à comunicação, documentação controle operacional e emergências sofrerem verificações e atualizações sempre que necessárias.

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Figura 1: Seleção de Elementos de um Programa de Gestão Ambiental.

Comprometimento e/ou Envolvimento Avaliação inicial e Periódica

Auditoria Política de Segurança e Meio Ambiente

Plano de Ação

Programa de Monitoramento

5 - OBSTÁCULOS À IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL

A implantação da gestão ambiental, como foi visto anteriormente, passou por várias fases, demonstrando maior dificuldade nos itens relativos à responsabilidades e comprometimento.

Somente após o comprometimento da Diretoria, através da estruturação da empresa, com distribuição equilibrada de atribuições e responsabilidades, alocando recursos humanos e financeiros, além do envolvimento, através de treinamento dos demais trabalhadores foi possível o sucesso do Programa.

5.1 DEFINIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES

Nos elementos do Programa, foram definidos as responsabilidades dos chefes de Divisão, superiores, encarregados e demais trabalhadores.

As responsabilidades dos chefes de Divisão, Supervisores e Encarregados podem ser resumidos:

- colaborar na implementação da política de segurança e meio ambiente estabelecida pela direção da empresa,

- cumprir e fazer cumprir as normas e diretrizes referentes ao Programa,

- tomar providencias para diminuir os riscos à saúde e segurança do trabalhador e do meio ambiente,

- cuidar para que seus subordinados sejam integrados e instruídos sobre os aspectos de segurança e meio ambiente,

- desenvolver entre seus subordinados uma consciência de prevenção sobre os aspectos de segurança e meio ambiente.

Responsabilidades dos demais trabalhadores:

- inteirar-se da Política de segurança e meio ambiente da empresa;

- cumprir as normas e diretrizes do Programa de segurança e meio ambiente;

- estar atento e informar a sua chefia imediata quaisquer anormalidades que poderão resultar em acidentes e degradação do meio ambiente;

- manter em si e seus companheiros uma consciência prevencionista sobre os aspectos de segurança e meio ambiente.

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O Programa de Gerenciamento Ambiental da Refinaria, inclui a segurança das instalações, processos e produtos, a preservação da saúde dos trabalhadores, além da proteção do meio-ambiente.

Na figura 2 estão apresentados os pontos-chave.

Figura 2 - Pontos-chave no Programa de Gestão.

Determinação dos Impactos Ambientais Significantes

Auditoria Política Ambiental

Objetivos e Metas Plano de Ação

5.2 - IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS

Para a determinação dos impactos ambientais significantes é mantido um Programa de Monitoramento Ambiental (Ar e Água) com o objetivo de identificar e corrigir na origem eventuais vazamentos que possam contaminar ar e água. Com a reutilização dos efluentes líquidos industriais, as decisões gerenciais de controle das perdas de produto, gerando aumento de poluentes, tornou-se fundamental.

A partir do Plano de Ação e dos Programas de Monitoramento, é feita avaliação periódica das modificações nos requisitos legais e/ou nas expectativas das partes interessadas, podendo trazer como consequência alterações na política de segurança e meio ambiente, no plano de ação e no programa de monitoramento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Acompanhamento da implantação do sistema de gestão ambiental em uma refinaria de petróleos, como parte do Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras da FEEMA, Divisão de Controle Industrial - Departamento de Controle Ambiental (1986-1997).

2. ”Gerenciamento ambiental no Brasil”, julho 1996- Sociedade de Incentivo ao Gerenciamento Ambiental, Projeto GEMS.

3. Porter, Michael E., Linde, Claude van der . Ser verde também é ser competitivo. Exame, nov.1995. 4. Saraswat,N. and Khanna, P.. Waste minimization in industry, issues and prospects,

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