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GÊNERO TEXTUAL: RECEITA CULINÁRIA NA AQUISIÇÃO DA LEITURA E ESCRITA

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Academic year: 2021

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GÊNERO TEXTUAL: RECEITA CULINÁRIA NA AQUISIÇÃO DA

LEITURA E ESCRITA

Adriege Matias Rodrigues (1); Janaina Silva Pontes de Oliveira (1); Jeorgeana Silva Barbosa (2); Elidiana Oliveira das Neves (1).

Universidade Federal da Paraíba - UFPB, adriege_matias@hotmail.com; Universidade Federal da Paraíba - UFPB, oliveirajanny@gmail.com; Universidade Federal da Paraíba - UFPB, jeorgeanasb@hotmail.com;

Universidade Federal da Paraíba - UFPB, elidiana.bn@gmail.com.

Resumo

O presente trabalho foi desenvolvido baseado em uma experiência vivenciada no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência – PIBID, vinculado ao curso de licenciatura plena em Pedagogia do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias da Universidade Federal da Paraíba – Campus III. Dessa forma, objetivamos discutir o uso dos diversos gêneros textuais como norteador da aprendizagem em especial o gênero textual – Receita culinária. O estudo desse gênero é de suma importância para o conhecimento do aluno, pois, através desse, a criança percebe que esse tipo textual faz parte do seu dia a dia, não estando distante de suas vivências sociais e culturais. O percurso metodológico que orienta esse trabalho se deu a partir da vivência na no projeto de iniciação a docência (PIBID). O referente gênero textual receita culinária foi uma escolha feita pelos alunos, nele foi explorado toda sua estrutura, além de se voltar para a leitura e interpretação fazendo a distinção da tipologia textual, bem como um texto de cunho instrucional. O público alvo para aplicação das atividades aqui proposta foram alunos Da nucleação III (4° e ° ano) da Escola Municipal Nossa Senhora do Carmo situada no município de Bananeiras, Paraíba. O número estipulado para a aplicação desta produção didática foi de (2) duas aulas. Para exercer a ação da leitura com as crianças, e que essas desenvolvam o gosto e o interesse pela leitura, o professor, como mediador, terá que desenvolver práticas e metodologias para enriquecer seu trabalho que é intencional e direcionado para a formação de leitores. O próprio PCN´s mostrar os gêneros textuais como uma importante ferramenta para a construção de conhecimentos. Trazer os gêneros discursivos para a sala de aula possibilita aos estudantes uma compreensão maior sobre o mesmo, além, de fazer com que tenham acesso a esse mundo letrado.

Introdução

O presente trabalho apresenta um relato de experiência a partir de um recorte das atividades vivenciadas no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência – PIBID, vinculado ao curso de licenciatura plena em Pedagogia do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias da Universidade Federal da Paraíba – Campus III. O referente trabalho foi desenvolvido em uma escola municipal da rede pública situada no município de Bananeiras, PB, com crianças de 7 a 11 anos de idade. Para melhor desenvolver o processo de ensino e aprendizagem, foi proposto um trabalho com os gêneros textuais com o objetivo de estimular o aprofundamento dos conhecimentos já existentes e os aprimorar, a partir das trocas de experiências e saberes trazidos pelas crianças.

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(83) 3322.3222 contato@coprecis.com.br Os gêneros textuais estão presentes em nossas vidas a todo o momento, muitas vezes não percebemos a diversidade desses gêneros que fazem parte do nosso cotidiano, a vida em sociedade exige do cidadão o desenvolvimento da linguagem por meio da aprendizagem de leitura e escrita que lhe possibilite compreender o mundo a sua volta e desta maneira intervir nele de forma mais ampla. Existe uma diversidade de Gêneros textuais, tais como: anúncios, convites, avisos, bulas, cartas, cartazes, comédias, contos de fadas, crônicas, entrevistas, letras musicais, leis, mensagens, noticias entre outros, são incontáveis e estão por toda parte. Sobre o estudo dos gêneros textuais, Coscarelli, (2009, p. 83) esclarece:

Não precisamos conhecer todos os gêneros textuais. Há gêneros para ler e gêneros para escrever, para ouvir, para falar. A maioria das pessoas não precisa saber escrever bula de remédio, mas a maioria delas precisa saber ler bulas. Precisamos saber onde encontrar as informações de que precisamos [...](2009, p. 83).

Nesse contexto, é observada a flexibilidade que os gêneros textuais trazem para ser trabalhado na sala de aula de forma mais dinâmica, não forçando a total “sabedoria” de escrevê-lo na sua formalidade, mas que essa aprendizagem ocorra de maneira mais prazerosa.

Nasce então, a ideia de ampliar as experiências de leitura por meio de um projeto sobre os tipos de gêneros textuais, possibilitando uma leitura prazerosa, imagética e poética conhecendo por meio dessas a diversidade de gêneros que nos rodeiam, levando em consideração a realidade dos discentes, tornando o processo de ensino e aprendizagem mais significativo, envolvendo textos que estão inseridos no cotidiano dos alunos.

Dessa forma, objetivamos discutir o uso dos diversos gêneros textuais como norteador da aprendizagem em especial o gênero textual – Receita culinária. O estudo desse gênero é de suma importância para o conhecimento do aluno, pois, através desse, a criança percebe que esse tipo textual faz parte do seu dia a dia, não estando distante de suas vivências sociais e culturais.

Metodologia

O percurso metodológico que orienta esse trabalho se deu a partir da vivência no projeto de iniciação a docência. O referente gênero textual receita culinária foi uma escolha feita pelos alunos, nele foi explorado toda sua estrutura, além de se voltar para a leitura e interpretação fazendo a distinção da tipologia textual, bem como um texto de cunho instrucional. O público alvo para aplicação das

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(83) 3322.3222 referentes ao 4° e 5° ano do Ensino Fundamental da Escola Nossa Senhor do Carmo situada no município de Bananeiras, Paraíba. O número estipulado para a aplicação desta produção didática foi de (2) duas aulas.

Tendo em vista a teoria sócio-interacionista a aprendizagem se faz por meio de interação social, segundo Vygotsky, dentro da zona de desenvolvimento proximal, o segredo é tirar vantagens das diferenças entre os alunos e apostar no potencial de cada um, assim, nessa troca de informações irão construindo novos e consolidados alguns conhecimentos.

Podemos também trazer o planejamento como algo de grande relevância para o desenvolvimento das atividades, ao planejar algo, ou projetar, parte-se do intuito de que seja efetuado e que haja contribuições entre os professores com a comunicação visando à integração curricular; a não desperdiçar as oportunidades que aparece em meio ao que não foi planejado para enriquecer o seu desempenho em sala de aula. O professor não precisa necessariamente seguir a risca seu planejamento sistemático. Vejamos a afirmação de Vasconcellos (1995):

Se quisermos efetivamente atingi-lo, temos que aproveitar da melhor forma o espaço-tempo de sala de aula. Um bom planejamento certamente tem repercussão na disciplina, uma vez que as necessidades dos alunos estão sendo levadas em conta e o professor tem maior convicção daquilo que está propondo (Vasconcellos, 1995, p.35).

O planejamento educacional torna-se crucial no sentido de atingir os verdadeiros propósitos da educação do cidadão, primeiramente, o planejamento busca direcionar a educação considerando o contexto regional, local e comunitário que o indivíduo está inserido. O planejamento curricular visa, sobretudo, a ser funcional, promovendo não só a aprendizagem do conteúdo, mas também promovendo condições favoráveis à aplicação e integração desses conhecimentos.

Planejar é de grande importância, quando falamos em planejar, estamos falando diretamente quais os objetivos que queremos atingir e como vamos atingir esses objetivos, é necessário traçar metas, organizar e sistematizar todo o trabalho.

Diante disso, pensamos em desenvolver essa sequência didática com os objetivos de reconhecer as características do gênero textual – receita; analisar e compreender um texto prescritivo; organizar o texto receita e desenvolver capacidades necessárias à leitura com fluência e compreensão.

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(83) 3322.3222 contato@coprecis.com.br Como suporte teórico utilizamos PCN (1997); SOLÉ (1998) e KOCH (2006). Sabemos que a leitura e a escrita têm uma função social e pela sua relevância se faz necessário ter sentido para os educandos. Dessa forma, poderá contribuir para a formação do leitor ativo e produtor de textos, de sentidos.

Resultados e discussões

Ao falarmos de gêneros textuais nos remete diretamente a textos orais ou escritos. Essas diferentes práticas discursivas que fazem parte de nossa vida nos variados âmbitos sociais ao qual estamos inseridos, de fato, já cria uma aproximação com os educandos. Diante disso, os gêneros textuais podem ser imprescindíveis à vida em uma sociedade, pois convivemos diariamente com os mesmos, sejam eles de maneira escrita ou oral.

Assim, surge a necessidade de se trabalhar com gêneros textuais próximos a realidade das crianças, possibilitando o aprimoramento da leitura e escrita, partindo dos conhecimentos já existentes e os aprimorar mais, a partir das trocas de experiências e saberes trazido pelas crianças. A perspectiva da interação é considerada uma estratégia para o processo de compreensão sobre a leitura, levando em conta seus conhecimentos constituídos de modo espontâneo em seu meio social e cultural. Soares afirma:

Leitura não é esse ato solitário; é interação verbal entre indivíduos, e indivíduos socialmente determinados: o leitor, seu universo, seu lugar na estrutura social, suas relações com o mundo e com os outros; o autor, seu universo, seu lugar na estrutura social, suas relações com o mundo e os outros (2000, p. 18).

Percebe-se então, que o conceito de leitura é bem mais amplo do que simples decodificação, não é um processo fechado, no qual o sujeito é passivo, mas sim um processo dinâmico e social, consequência da interação das informações presentes no texto e o conhecimento prévio do indivíduo.

Para exercer a ação da leitura com as crianças, e que essas desenvolvam o gosto e o interesse pela leitura, o professor, como mediador, terá que desenvolver práticas e metodologias para enriquecer seu trabalho que é intencional e direcionado para a formação de leitores, é o que nos traz os Parâmetros Curriculares, e ainda enfatiza em seu documento: “Quando são lidas histórias ou notícias de jornal para crianças que ainda não sabem ler ou escrever convencionalmente, ensina-se a elas como são organizados, na escrita, estes dois gêneros: desde o vocabulário adequado a cada um, até

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(83) 3322.3222 os recursos coesivos”. Trazer os gêneros discursivos para a sala de aula possibilita aos estudantes uma compreensão maior sobre o mesmo, além, de fazer com que tenham acesso a esse mundo letrado. O próprio PCN´s mostra os gêneros textuais como uma importante ferramenta para a construção de conhecimentos.

Para que essa construção seja significativa é preciso selecionar e organizar o trabalho com base na necessidade dos sujeitos, pois só assim ocorrerá uma leitura significativa. A leitura significativa acontece quando o leitor consegue interagir com o texto. Com a direção tomada adequadamente para a discussão de um texto na sala de aula, fará com que as crianças reflitam sobre a linguagem e o seu contexto, para que não foquem apenas no falar por falar como no seu cotidiano. Que essa interação cognitiva seja exercida ainda quando pequenas, favorecendo assim, a evolução de aprendizagem com a circulação de informações e ideias.

O aluno precisa ser protagonista nesse processo de ensino aprendizagem, buscar métodos que coloque como o centro dessa construção. Assim, trabalhar com as hipóteses que as crianças trazem, as inferências sobre o que se lê isso possibilita uma construção e assimilação do que se estuda. Ressalta Freire:

Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, a suas inibições, um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho - a ele ensinar e não a de transferir conhecimento. (FREIRE, 1996. p.27)

Como o autor afirma é preciso levar em consideração as inquietações e as curiosidades dos alunos, por esse motivo o gênero a ser estudado partiu do interesse das crianças. Sabemos que essa tipologia textual é muito presente em nossas vidas, acreditamos que esse foi o motivo da escolha das crianças. A organização do trabalho se deu por etapas, na 1° etapa organizamos uma roda inicial para levantar os conhecimentos prévios sobre o gênero textual receita culinária. Na 2° etapa pedimos para que pesquisassem em grupos na internet as características do gênero e discutir em seguida compartilhando as informações que foram encontradas. Na 3° etapa solicitamos que escrevessem alguma receita que recordavam, ou poderiam simplesmente inventá-las, instigando a imaginação e trabalhando a escrita. A 4° etapa foi mais para atividade de casa, pedimos para que buscassem com seus familiares suas receitas favoritas e escrevessem para posteriormente socializar com os colegas de sala de aula, já buscando trabalhar a leitura coletiva. E a 5° etapa

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(83) 3322.3222 contato@coprecis.com.br culinárias com o material coletado nas pesquisas. Nessa última etapa fomos à parte prática, dentre as receitas dos alunos, foi eleita uma para ser feita, nesse caso a pizza.

Nesse sentido a sequência contemplou inicialmente uma roda de conversa objetivando sondar os conhecimentos prévios das crianças. Os alunos então foram instigados a fazer pesquisas na internet sobre o gênero com relação a sua estrutura, características bem como seu papel social. A discussão foi riquíssima, tivemos vários exemplos e inferências sobre o gênero estudado. Trabalhando com enfoque nas estratégias de leitura como recurso didático para se alcançar os objetivos desejados. Sabemos que a leitura e a escrita têm uma função social e pela sua relevância se faz necessário ter sentido para os educandos. Dessa forma, poderá contribuir para a formação do leitor ativo e produtor de textos, de sentidos. Tendo tais motivos, através da dialogicidade buscamos fazer as crianças refletirem por meio do levantamento prévio dos conhecimentos em relação ao tema. Este levantamento foi feito oralmente a partir das seguintes perguntas: “O que vocês mais gostam de comer?” “O que caracteriza o texto receita culinária?” “Qual a função desse texto” “Vocês conhecem algum tipo de receita?” e assim, procurando estabelecer uma relação de proximidade da criança com o texto.

A pesquisa e o debate trouxeram novas experiências em sala, geralmente os estudos de textos são feitos por meio do livro didático muitas vezes com aspectos de uma região que a criança não conhece, ou até mesmo por textos avulsos. Na construção escrita da receita a maioria optou por criar a sua, segundo os mesmos são receitas de família. O autor Irandé defende o ensino de textos diversificado com o uso dos gêneros mais próximo ao cotidiano na escola.

O ensino da língua deveria privilegiar a produção, a leitura e a analise dos diferentes gêneros, de cuja circulação social somos agentes e testemunhos. Os critérios de escolha desses gêneros de textos, conforme cada estágio da escolaridade poderia advir da observação das ocorrências comunicativas de nossas transações sociais. (IRANDÉ, 2009, p.223)

Com essas afirmações podemos perceber a importância de um trabalho contextualizado, para um maior envolvimento. O próximo passo pedimos que os alunos pesquisassem com seus familiares suas receitas favoritas para uma posterior socialização em turma. Na continuidade da sequência, elaboramos e construímos um livro de receitas culinárias que foi dedicado à escola, produzido com as receitas coletadas na pesquisa, envolvendo além dos alunos e professores os familiares com o intuito de aproximar cada vez mais toda comunidade escolar.

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Imagens 01 e 02: Acervo pessoal dos estagiários.

No registro acima podemos observar na imagem 01 a dedicatória, texto criado pelos alunos em grupo, a ideia de dedicar o livro à escola também partiu dos discentes. Na imagem 02 é possível perceber o registro da capa feita com ajuda das crianças através de suas interferências. O exercício de construir e planejar o referido livro faz com que o aluno passe construir diversas habilidades, além de ser uma atividade contextualizada, prazerosa e percebendo a função social dos textos. Sobre a função social dos gêneros textuais Márcia porto (2009. P.41) afirma:

É importante salientar que os gêneros textuais são caracterizados por aspectos sóciocomunicativos e funcionais, embora, em muitos casos, sejam as formas que os determinam e, em muitos outros, sejam as funções. Assim existem tantos gêneros textuais quanto as situações sociais convencionais em que são usados: anúncios, atas, convites, avisos, convênios, crônicas, discursos políticos, editoriais, novelas, orações, piadas, receitas, regimentos, reportagens, requerimentos, romances, sermões, telegramas, palestras e trabalhos científicos, entre outros (2009. P.41).

Para que o aluno esteja preparado para tais situações cotidianas é preciso saber qual discurso usar em cada situação. E para finalização da sequência foi produzido um cartaz da receita de pizza escolhida pela turma e em seguida possibilitamos aos discentes a experiência de vivenciar a produção de uma receita. Para que esse momento fosse realizado, utilizamos a cozinha da escola, no intuito que as crianças tivessem uma percepção e um contato maior com a realidade. Para praticar foi necessário aprender que o principal aspecto da tipologia estudada é instruir, por sua vez é preciso possuir algumas capacidades de linguagem ao interpretar o mesmo, levar em consideração ao enunciado para se

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(83) 3322.3222 contato@coprecis.com.br desenvolver uma ação, ou seja, ler e preparar a receita escolhida.

Partindo desse pressuposto, a criança vivencia um processo, o qual está sendo considerado o seu repertorio de conhecimento constituído socialmente, através das estratégias de leitura, como nos afirma Solé (1998, p. 78):

Consideramos as estratégias de compreensão leitora como um tipo particular de procedimento de ordem elevada. Como poderão verificar, cumprem todos os requisitos: tendem à obtenção de uma meta, permitem avançar o custo da ação de leitor, embora não a preservem totalmente; caracterizam-se por não estarem sujeitas de forma exclusiva a um tipo de conteúdo ou a um tipo de texto (1998, p. 78).

A autora enfatiza que as estratégias de leitura são procedimentos que o leitor utiliza para controlar o processo de compreensão de um texto, tendo uma maior percepção de sua função. Estando a partir daí a importância de trabalhar e vivenciar a construção do processo.

Imagens 03 e 04: Acervo pessoal dos estagiários.

Nas imagens acima podemos observar o momento da produção da receita culinária, o cartaz foi produzido com a colaboração de todos, revendo oralmente a estrutura e as características do gênero. Durante a experiência vivenciada foi possível perceber a possibilidade de desenvolver momentos criativos, imagéticos, que permite um processo de ensino e aprendizado significativo nas escolas, o processo não é rápido e se constitui com a prática e a inserção desse tipo de produção pelas crianças. É de grande relevância trabalhar os gêneros textuais, principalmente os que fazem parte

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(83) 3322.3222 do cotidiano dos alunos, tentando fazer essa relação para ocorra uma aprendizagem significativa. Segundo Caldas:

É papel de o professor apresentar e trabalhar com os alunos os tipos e os gêneros textuais que fazem parte do cotidiano. É fundamental que os estudantes compreendam que o texto não são somente aquelas composições escritas tradicionais com a qual se trabalha na escola- descrição, narração e dissertação – mas sim que o texto é produzido diariamente em todos os momentos em que nos comunicamos, tanto na forma escrita como na oral. (Caldas, p.3)

Considerando a máxima que o aluno aprende a partir do que é significativo e contextualizado com sua realidade ainda assim professores trabalham de maneira isolada, fugindo da realidade dos alunos. Nossa proposta foi a de levar a contextualização em nossas ações para que assim pudéssemos suprir a necessidade de aprender a partir do contexto e de suas vivências. Valorizando a identidade social daquele determinado grupo, construindo assim conhecimentos por meio dessas relações sociais.

Conclusões

Tendo em vista os aspectos observados, foi possível perceber que a experiência com o estudo dos gêneros textuais, sobre tudo o gênero - receita culinária, fez com que as crianças tivessem contato com textos do seu cotidiano, fazendo assim, uma contextualização do vivido e o estudado. Para exercer a ação da leitura com as crianças, e que essas desenvolvam o gosto e o interesse pela leitura, o professor, com a função de mediador do conhecimento, terá que desenvolver práticas e metodologias para enriquecer seu trabalho que é intencional e direcionado para a formação de leitores. O estudo sobre o gênero textual estudado oportunizou aos alunos trazerem seus conhecimentos já adquiridos no seu meio social, para que, por meio do diálogo e da prática, aconteça uma aprendizagem significativa, podendo vivenciar todo o processo.

Enfatiza-se a importância da autonomia dos educandos, pois através do diálogo, têm condições de se impor em sociedade. Capaz de construir e buscar seus direitos enquanto cidadãos. Uma educação que esteja disposta a considerar o ser humano como sujeito de sua própria aprendizagem e não como mero objeto sem respostas e saber. Sua vivência, sua realidade e essencialmente sua forma de enxergar e ler o mundo precisam ser considerados para que esta aprendizagem se realize.

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(83) 3322.3222 contato@coprecis.com.br ANTUNES, Irandé. A escrita de textos na escola: de olho na diversidade. In: Língua texto e ensino, outra escola possível. Parábolas Editora: São Paulo, 2009. P. 207 – 226.

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Referências

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