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Flexão nominal. Pronomes: emprego, formas de tratamento.

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Bom, dentre as classes de palavras, o substantivo e o adjetivo são os nomes que podem oferecer algumas dificuldades na flexão.

Substantivo é a palavra que designa seres. Ele pode se flexionar em gênero (masculino-feminino) e número (singular-plural).

1. Flexão de gênero:

Substantivos uniformes: são os que apresentam apenas uma forma, para os gêneros masculino e feminino. Os substantivos uniformes recebem nomes especiais, que são os seguintes:

I - Comum-de-dois gêneros: os comuns-de-dois são os que têm uma só forma para ambos os gêneros, com artigos distintos: Eis alguns exemplos: o / a estudante o / a imigrante o / a acrobata

o / a agente o / a intérprete o / a lojista o / a patriota o / a mártir o / a viajante o / a artista o / a aspirante o / a atleta

Flexão nominal. Pronomes: emprego, formas de

tratamento.

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II - Sobrecomum: são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os gêneros: Eis alguns exemplos:

o cônjuge a criança o carrasco

o indivíduo o apóstolo o monstro

a pessoa a testemunha o algoz

III - Epiceno: são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os gêneros de certos animais, acrescentando as palavras macho e fêmea, para se distinguir o sexo do animal. Eis alguns exemplos:

a girafa a cobra o tatu a borboleta Existem alguns a águia o jacaré a anta o canguru

substantivos que trazem

a barata a onça a arara

o caranguejo

dificuldades, quanto ao gênero. Atente para os mais importantes:

São masculinos:

o açúcar o afã o alvará

o anátema o aneurisma o antílope

o apêndice o apetite o algoz

o cataclismo o cônjuge o champanha

o gengibre o herpes o lança-perfume

São femininos:

a abusão a acne a aguarrás

a alface a apendicite a aguardente

a alcunha a aluvião a bacanal

a bólide a couve a couve-flor

a cal a comichão a derme

a dinamite a debênture a elipse

a ênfase a echarpe a enzima

Dependendo da mudança do gênero, a palavra pode sofrer mudança também de sentido. Como a banca Fundação Carlos Chagas cobra a gramática no texto, é bom atentarmos às seguintes palavras:

o caixa = o funcionário a caixa = o objeto

o capital = dinheiro a capital = sede de governo o coma = sono mórbido a coma = cabeleira, juba o grama = medida de massa a grama = a relva, o capim

o guarda = o soldado a guarda = vigilância, corporação o guia = aquele que serve de guia, cicerone

a guia = documento, formulário; meio-fio

o moral = estado de espírito a moral = ética, conclusão o banana = o molenga. a banana = a fruta

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2. Flexão de número - singular e plural a. Plural dos substantivos simples

O elemento básico da pluralização de nomes é o “s”. Vez ou outra ele deve se apoiar em outras letras a fim de tornar a sonoridade mais agradável.

Assim, vale a pena verificarmos a regra geral, sem a preocupação exacerbada de decorar. O macete é ler os vocábulos atentando à regra. Se houver palavras que causaram estranhamento, grife-as, para depois lê-las algumas vezes e tornar esses vocábulos mais familiares.

Negritei as palavras que mais caem em provas!!!

1) Substantivos terminados em vogal e semivogal: acrescenta-se S: lobo = lobos pele = peles céu = céus bacalhau = bacalhaus joia = joias chapéu = chapéus troféu = troféus degrau = degraus.

2) Substantivos terminados em ão:

Atente principalmente aos vocábulos em negrito: a) Fazem o plural em ões:

gavião = gaviões formão = formões folião = foliões questão = questões b) Fazem o plural em ães:

escrivão = escrivães tabelião = tabeliães capelão = capelães

c) Fazem o plural em ãos:

artesão = artesãos; cidadão = cidadãos; cristão = cristãos; pagão = pagãos

d) todas as paroxítonas terminadas em -ão: bênçãos, sótãos, órgãos. 3) Admitem mais de uma forma para o plural:

Normalmente não é cobrada essa flexão, mas é bom termos a noção. Portanto, sem decoreba:

aldeão = aldeões, aldeães, aldeãos ancião = anciões, anciães, anciãos ermitão = ermitões, ermitães, ermitãos pião = piões, piães, piãos

vilão = vilões, vilães, vilãos alcorão = alcorões, alcorães charlatão = charlatões, charlatães cirurgião = cirurgiões, cirurgiães faisão = faisões, faisães guardião = guardiões, guardiães

peão = peões, peães anão = anões, anãos

corrimão = corrimões, corrimãos verão = verões, verãos vulcão = vulcões, vulcãos

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4) Substantivos terminados em L:

Nesta regra procure perceber a regra da pluralização associada à acentuação gráfica, pois pode vir uma questão fazendo justamente isto: acentuação gráfica, com base no plural:

a) Terminados em “-al”, “-el”, “-ol” ou “-ul”: Troca-se o L por IS:

vogal = vogais animal = animais papel = papéis anel = anéis paiol = paióis paul = pauis álcool = álcoois ou alcoóis

Cuidado:

mal = males cal = cais ou cales aval = avais ou avales mel = méis ou meles cônsul = cônsules real (moeda antiga) = réis real (moeda atual)= reais mol = móis, moles e mols

b) Terminados em -il: I - Palavras oxítonas:

Troca-se a terminação L por S:

cantil = cantis canil = canis barril = barris I - Palavras paroxítonas ou proparoxítonas:

Troca-se a terminação IL por EIS: fóssil = fósseis fácil = fáceis

Cuidado com as palavras abaixo. Elas possuem duas formas de pronúncia. Com isso, terão plurais e acentuações diferentes:

projetil (oxítona) = projetis projétil (paroxítona) = projéteis reptil (oxítona) = reptis réptil (paroxítona) = répteis c) Terminados em M:

Troca-se o M por NS:

item = itens nuvem = nuvens álbum = álbuns

Lembre-se: não existe acento em “item”, somente em “hífen”. d) Terminados em N:

Soma-se S ou ES:

hífen = hifens ou hífenes pólen = polens ou pólenes

espécimen = espécimens ou especímenes abdômen = abdomens ou abdômenes

Essa dupla possibilidade dificilmente cairia na prova da FCC, mas é bom atentarmos, pois os editais preveem isso.

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e) Terminados em R ou Z: Acrescenta-se ES:

caráter = caracteres sênior = seniores júnior = juniores Atente quanto à acentuação: isso é importante.

f) Terminados em X ficam invariáveis.

o tórax = os tórax a fênix = as fênix

g) Terminados em S:

I - Palavras monossílabas ou oxítonas: Acrescenta-se ES.

ás = ases deus = deuses ananás = ananases

II - Palavras paroxítonas ou proparoxítonas: Ficam invariáveis.

os lápis. os tênis os atlas

Cuidado: Cais é invariável.

h) Substantivos só usados no plural:

as calças as costas os óculos

os parabéns as férias as olheiras

as hemorroidas as núpcias as trevas

os arredores

i) Substantivos terminados em ZINHO:

Ignora-se a terminação -zinho, coloca-se no plural o substantivo no grau normal, ignora-se o s do plural, devolve-se o -zinho ao local original e, finalmente, acrescenta-se o s no final.

Por exemplo pãozinho: ignora-se o -zinho (pão); coloca-se no plural o substantivo no grau normal (pães); ignora-se o s (pãe); devolve-se o -zinho (pãezinho); acrescenta-se o s final (pãezinhos).

mulherzinha = mulher - mulheres - mulhere - mulherezinha - mulherezinhas. alemãozinho = alemão - alemães - alemãe - alemãezinho - alemãezinhos. barzinho = bar - bares - bare - barezinho - barezinhos.

j) Substantivos terminados em INHO, sem Z: Acrescenta-se S.

lapisinho = lapisinhos patinho = patinhos chinesinho = chinesinhos k) Plural com deslocamento da sílaba tônica:

carácter = caracteres espécimen = especímenes júnior = juniores sênior = seniores

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b. Plural do substantivos compostos

Como dissemos anteriormente, não é normal a Fundação Carlos Chagas cobrar estas regras, mas, como os editais têm previsto, há forte tendência de cair uma questão desta que elencarei em seguida. Então, atente quanto às regras principais. A banca não tem a intenção de fazê-lo decorar todas as minúcias, mas aquilo que é mais importante.

Para se pluralizar um substantivo composto, os elementos que o formam devem ser analisados individualmente. Por exemplo, o substantivo composto “couve-flor” é composto por dois substantivos pluralizáveis, portanto seu plural será “couves-flores”; já o substantivo composto “beija-flor” é composto por um verbo, que é invariável, quanto à pluralização nominal, e um substantivo pluralizável, portanto seu plural será “beija-flores”. Estudemos, então, os elementos que formam um substantivo composto e sua respectiva pluralização.

1) Substantivo / Adjetivo / Numeral:

São elementos pluralizáveis, portanto, quando formarem um substantivo composto, normalmente irão para o plural.

aluno-mestre = alunos-mestres erva-doce = ervas-doces

alto-relevo = altos-relevos gentil-homem = gentis-homens

segunda-feira = segundas-feiras cachorro-quente = cachorros-quentes salário-mínimo= salários-mínimos laranja-baiana= laranjas-baianas 2) Pronome:

Alguns pronomes admitem plural; outros, não. Por exemplo, os pronomes possessivos são pluralizáveis (meu - meus; nosso - nossos), mas os pronomes indefinidos, não (ninguém, tudo). Na formação de um substantivo composto, o mesmo ocorre.

padre-nosso = padres-nossos Zé-ninguém = Zés-ninguém 3) Verbo / Advérbio / Interjeição:

São elementos invariáveis, portanto, quando formarem um substantivo composto, continuarão invariáveis.

pica-pau = pica-paus beija-flor = beija-flores

alto-falante = alto-falantes abaixo-assinado = abaixo-assinados salve-rainha = salve-rainhas ave-maria = ave-marias

Casos especiais

4) Substantivo + Substantivo:

Como vimos anteriormente, ambos irão para o plural, porém, quando o último elemento estiver indicando tipo ou finalidade do primeiro, somente este irá para o plural.

banana-maçã = bananas-maçã navio-escola = navios-escola

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5) Três ou mais palavras:

I - Se o segundo elemento for uma preposição, só o primeiro irá para o plural. pé de moleque1 = pés de moleque

pimenta-do-reino = pimentas-do-reino mula sem cabeça2 = mulas sem cabeça

Cuidado: Se o primeiro elemento for invariável, o substantivo todo ficará invariável. P. ex. fora da lei3, fora de série4.

II - Se o segundo elemento não for uma preposição, só o último irá para o plural.

bem te vi 5 = bem te vis bem-me-quer = bem-me-queres

6) Verbo + Verbo:

I - Se os verbos forem iguais, alguns gramáticos admitem ambos no plural, outros, somente o último.

corre-corre = corres-corres ou corre-corres. pisca-pisca = piscas-piscas ou pisca-piscas

lambe-lambe = lambes-lambes ou lambe-lambes

II - Se os verbos possuírem significação oposta, ficam invariáveis. o leva e traz6 = os leva e traz o ganha-perde = os ganha-perde

7) Palavras repetidas ou onomatopeia:

Quando o substantivo for formado por palavras repetidas ou for uma onomatopeia, somente o último irá para o plural.

tico-tico = tico-ticos tique-taque = tique-taques

lero-lero = lero-leros pingue-pongue = pingue-pongues 8) Substantivo composto iniciado por Guarda:

I - Formando uma pessoa, ambos irão para o plural.

guarda-urbano = guardas-urbanos guarda-noturno = guardas-noturnos guarda-florestal = guardas-florestais guarda-mirim = guardas-mirins II - Formando um objeto, somente o último irá para o plural.

guarda-pó = guarda-pós guarda-chuva = guarda-chuvas guarda-roupa = guarda-roupas guarda-sol = guarda-sóis

III - Sendo o segundo elemento invariável ou já surgindo no plural, ficam invariáveis.

O mesmo acontece com os substantivos iniciados por porta. 1 A expressão “pé de moleque” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica. 2 A expressão “mula sem cabeça” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica. 3 A expressão “fora da lei” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica. 4 A expressão “fora de série” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica. 5 A expressão “bem te vi” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica. 6 A expressão “leva e traz” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.

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www.redeestudos.com o guarda-costas = os guarda-costas

o guarda-volumes = os guarda-volumes o porta-joias = os porta-joias

o porta-malas = os porta-malas

Substantivos que admitem mais de um plural

fruta-pão = frutas-pães, fruta-pães, frutas-pão,

guarda-marinha = guardas-marinhas, guarda-marinhas padre-nosso = padres-nossos, padre-nossos

terra-nova = terras-novas, terra-novas

salvo-conduto = salvos-condutos, salvo-condutos xeque-mate = xeques-mates, xeque-mates. chá-mate = chás-mates, chás-mate

Metafonia

Inseri essa regra apenas para você saber o que significa a palavra metafonia: a banca não vai inserir palavra difícil de pronunciar, apenas pode pedir para você reconhecer em qual delas há metafonia. Então metafonia é a mudança de timbre do /o/ fechado para /ó/ aberto, na flexão dos nomes. Veja: a. Mudam de timbre no plural, de /ô/ para /ó/:

abrolho destroço miolo posto caroço

esforço olho povo corno forno

osso rebordo coro foro (tb. /ó/ no sing.)

ovo reforço corpo fosso poço

rogo corvo imposto porco socorro

despojo jogo porto tijolo

b. Mantêm o timbre fechado /ô/ no plural:

acordo consolo estorno moço adorno contorno ferrolho molho “condimento” almoço desgosto globo morro bolo encosto golfo piolho bolso engodo gosto rolo cachorro esgoto gozo sogro coco estofo lobo (animal) sopro colosso estojo logro

c. Admitem os dois timbres /ó ou ô/ no plural:

estorvo forro toco torno troco

3. Flexão em grau

Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir intensificação, exagero, atenuação, diminuição ou mesmo deformação de seu significado. Essas modificações, que constituem as variações de grau do substantivo, são tradicionalmente consideradas um mecanismo de flexão. Pode-se perceber, no

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entanto, que não se trata de mecanismos de flexão, mas sim de processos de derivação, pois exige a presença de afixos nos casos sintéticos.

Formação do grau – existem dois processos:

a) sintético: consiste no acréscimo de sufixos aumentativos ou diminutivos à forma normal do substantivo. É, na verdade, um típico caso de derivação sufixal:

rato ratão (aumentativo sintético)ratinho (diminutivo sintético)

b) analítico: a forma normal do substantivo é modificada por adjetivos que indicam aumento ou diminuição de proporções.

rato rato grande (aumento analítico) rato pequeno (diminutivo analítico) No uso efetivo da língua, as formas sintéticas de indicação de grau são normalmente empregadas para conferir valores afetivos aos seres nomeados pelos substantivos. Observe formas como as seguintes:

amigão partidão bandidaço mulheraço livrinho ladrãozinho rapazola futebolzinho

Em todas elas, o que interessa é transmitir dados como carinho, admiração, ironia ou desprezo, e não noções ligadas ao tamanho físico dos seres nomeados.

Adjetivos

Adjetivo é a classe gramatical que modifica um substantivo, atribuindo-lhe qualidade, estado.

1. Flexões em gênero

Flexão de gênero (masculino/feminino):

O adjetivo concorda em gênero com o substantivo a que se refere: Um comportamento estranho uma atitude estranha

Um jornalista ativo uma jornalista ativa Os adjetivos também são classificados em biformes e uniformes. I - Adjetivos biformes

A formação do feminino desses adjetivos normalmente varia de acordo com a terminação da forma masculina, de modo semelhante ao que acontece com os substantivos.

a) Os adjetivos terminados em –o trocam essa terminação por –a: ativo / ativa branco / branca honesto / honesta

Em alguns casos, além da mudança na terminação, há alteração no timbre da vogal tônica, que de fechado passa a aberto:

brioso / briosa formoso / formosa grosso / grossa

b) Os adjetivos terminados em –ês ,-or e –u geralmente recebem a terminação –a: português/portuguesa; sedutor/sedutora; cru/crua.

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Atente para as seguintes palavras, que são invariáveis:

hindu, cortês, pedrês, incolor, multicor, bicolor, tricolor. O mesmo ocorre com estas formas comparativas:

maior, melhor, menor, pior, superior, inferior, anterior, posterior. Cuidado com o par mau / má.

c) Os adjetivos terminados em –ão trocam essa terminação por –ã, –ona, e, mais raramente, por –oa:

são/sã; catalão/catalã; chorão/chorona; comilão/comilona; beirão/beiroa d) Os adjetivos terminados em –eu trocam essa terminação por –eia (timbre aberto); os terminados em –éu, por –oa :

plebeu / plebeia; ateu / ateia; ilhéu / ilhoa; tabaréu / tabaroa Cuidado com os vocábulos judeu/judia e sandeu / sandia.

II - Adjetivos uniformes: São os adjetivos que possuem uma única forma para o masculino e o feminino:

pássaro frágil ave frágil planejamento agrícola empresa agrícola ator ruim atriz ruim comportamento exemplar vida exemplar

2. Flexão de número

A formação do plural dos adjetivos simples segue as mesmas regras da formação do plural dos substantivos simples. Os adjetivos que indicam cores e são formados pela expressão “cor de + substantivo” são invariáveis em gênero e número, mesmo quando a expressão “cor de” estiver subentendida.

papel cor de rosa papéis cor de rosa giz (cor de) laranja gizes (cor de) laranja carro (cor de) creme carros (cor de) creme camisa (cor de) cinza camisas (cor de) cinza

Os adjetivos compostos apresentam pelo menos dois radicais em sua

estrutura: ítalo-brasileiro, luso-africano, socioeconômico, político-institucional. A flexão de número e gênero nos adjetivos compostos

I - Flexão de gênero (masculino/feminino) ou número (singular/plural):

Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos, apenas o último elemento sofre flexão:

cidadão luso-brasileiro cidadãos luso-brasileiros cidadã luso-brasileira cidadãs luso-brasileiras olho verde-claro olhos verde-claros camisa verde-clara camisas verde-claras

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Aqueles em que o segundo elemento é um substantivo são invariáveis: tecido amarelo-ouro tecidos amarelo-ouro

camisa amarelo-ouro camisas amarelo-ouro terno verde-mar ternos verde-mar camisa verde-mar camisas verde-mar Observações:

a. azul-marinho, azul-celeste e ultravioleta são sempre invariáveis: Leve seus ternos azul-marinho e não os azul-celeste.

O sol transmite raios ultravioleta.

b. Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os dois elementos flexionados.

Aqueles rapazes surdos-mudos têm prioridade de acesso à recepção. Aquelas moças surdas-mudas têm prioridade de acesso à recepção.

Os indivíduos peles-vermelhas têm princípios diferentes dos da nossa sociedade.

3. Flexão de grau:

Os adjetivos variam em grau quando se deseja comparar ou intensificar as características que atribuem. Há, portanto, dois graus de adjetivo: o comparativo e o superlativo:

1) Comparativo: compara uma qualidade entre dois elementos ou duas qualidades de um mesmo elemento.

São três os comparativos: De superioridade:

Para alguns alunos, Português é mais fácil (do) que Química.

De igualdade:

Para alguns alunos, Português é tão fácil quanto Química. Ele é tão exigente quanto (ou como) seu irmão.

De inferioridade:

Para alguns alunos, Português é menos fácil (do) que Química.

Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, devem-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno.

Essa solução é melhor (do) que a outra. Minha voz é pior (do) que a sua.

O descaso pela miséria é maior (do) que o senso humanitário. Ele é mais bom (do) que inteligente.

Todo corrupto é mais mau (do) que esperto. Meu salário é mais pequeno (do) que justo.

Atente para o fato de que as formas menor e pior são comparativas de superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente.

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2) Superlativo: nesse grau, a característica atribuída pelo adjetivo é intensificada de forma relativa ou absoluta.

a) No grau superlativo relativo, essa intensificação é feita em relação a todos os demais seres de um conjunto que a possuem. O superlativo relativo pode exprimir superioridade ou inferioridade e é sempre expresso de forma analítica:

I – superlativo relativo de superioridade:

Ele é o mais atento da sala. Ele é o mais exigente de todos os irmãos. II - superlativo relativo de inferioridade:

Você é o menos crítico do grupo. Você é o menos importante da firma. Observações:

 Note o uso do artigo definido (o, a, os, as) e da preposição (de), empregados para especificar o ser (papel fundamental do artigo) dentro de um grupo (uso da preposição para indicar limitação).

Você é o menos crítico do grupo.

 As formas do superlativo relativo de superioridade dos adjetivos bom, mau, grande e pequeno são sintéticas: o melhor, o pior, o maior e o menor. b) No grau superlativo absoluto, intensifica-se a característica atribuída pelo adjetivo a um determinado ser, transmitindo ideia de excesso. O superlativo absoluto pode ser analítico ou sintético:

I – O superlativo absoluto analítico é formado normalmente com a participação de um advérbio:

Você é muito crítico. Ele é demasiadamente exigente. Somos excessivamente tolerantes.

II – O superlativo absoluto sintético é expresso com a participação de sufixos. O mais comum deles é –íssimo; nos adjetivos terminados em vogal, esta desaparece ao ser acrescentado o sufixo do superlativo:

Trata-se de um artista originalíssimo. Ele é exigentíssimo. Seremos tolerantíssimos.

Vários adjetivos possuem formas irregulares para exprimir o grau superlativo absoluto sintético. Muitas dessas irregularidades ocorrem porque o adjetivo, ao receber o sufixo, reassume a forma latina. É o caso dos terminados em –vel, que assumem a terminação –bilíssimo (volúvel, volubilíssimo; indelével, indelebilíssimo). Na relação a seguir, você encontrará muitas formas irregulares do superlativo absoluto sintético. Observe que algumas são de uso comum (facílimo e dificílimo, por exemplo), enquanto outras pertencem à linguagem formal (acérrimo e pulquérrimo, por exemplo).

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Advérbio

O advérbio é uma palavra invariável que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio. Sua característica é transmitir circunstâncias às palavras que ele modifica.

verbo advérbio O navio chegou ontem.

advérbio adjetivo advérbio advérbio

A atriz é muito linda. O atleta jogou muito bem.

Grau dos advérbios: Normalmente, os advérbios são considerados palavras invariáveis, por não apresentarem flexão de gênero e número. No entanto, alguns deles – principalmente os de modo – apresentam variação de grau semelhante à dos adjetivos.

Adjetivo Superlativo absoluto sintético geral generalíssimo grande máximo humilde humílimo incrível incredibilíssimo infame infamérrimo inimigo inimicíssimo jovem juveníssimo livre libérrimo magnífico magnificentíssimo

magro macérrimo ou magríssimo manso mansuetíssimo

mau péssimo

miserável miserabilíssimo miúdo minutíssimo

negro Nigérrimo ou negríssimo nobre nobilíssimo

notável notabilíssimo pequeno mínimo

perspicaz perspicacíssimo pessoal personalíssimo

pobre paupérrimo, pobríssimo possível possibilíssimo pródigo prodigalíssimo próspero prospérrimo sábio sapientíssimo sagrado sacratíssimo soberbo superbíssimo Adjetivo Superlativo absoluto

sintético acre acérrimo

ágil agílimo agudo acutíssimo

alto altíssimo, supremo amargo amaríssimo amável amabilíssimo amigo amicíssimo antigo antiquíssimo áspero aspérrimo atroz atrocíssimo audaz audacíssimo benéfico beneficentíssimo benévolo benevolentíssimo bom boníssimo ou ótimo capaz capacíssimo célebre celebérrimo comum comuníssimo cruel crudelíssimo difícil dificílimo doce dulcíssimo eficaz eficacíssimo fácil facílimo feliz felicíssimo feroz ferocíssimo fiel fidelíssimo frágil fragílimo

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Grau Comparativo: Como ocorre com os adjetivos, o grau comparativo pode ser de igualdade, de superioridade e de inferioridade:

Ele agia tão friamente quanto (ou como) o comparsa. Ele agia mais friamente (do) que o comparsa.

Ele agia menos friamente (do) que o comparsa.

Para os advérbios bem e mal, as formas de comparativo são sintéticas (melhor e pior):

Ele agia melhor / pior (do) que o comparsa.

Cuidado: diante de particípios que atuam como adjetivos, são empregadas as formas analíticas mais bem e mais mal:

Ele é o mais bem informado dos jornalistas. (e não o melhor informado) Este edifício é o mais mal construído de todos. ( e não o pior construído)

Questão 1: Prefeit. São Paulo 2006 - Agente Fiscal de Rendas (banca FCC) A frase que respeita o padrão culto no que se refere à flexão é:

(A) Em troca-trocas acalorados de idéias, poucos se atêem às questões mais relevantes da temática.

(B) Quando aquele grupo de pesquisadores reaver a credibilidade comprometida nos últimos revés, certamente apresentará com mais tranqüilidade sua contribuição.

(C) No caso de proporem um diálogo sem pseudodilemas teóricos, o professor visitante diz que medeia as sessões.

(D) Chegam a constituir-se como clãs os grupos que defendem opiniões divergentes, como as que interviram no último debate público.

(E) Ele era o mais importante testemunha do acalorado embate entre opiniões contrárias, de que adviram os textos de difusão que produziu. Comentário: Esta questão trabalha alguma coisa de flexão nominal.

Na alternativa (A), o substantivo composto com palavra repetida mantém-se corretamente flexionado no plural com apenas a segunda palavra flexionada; mesmo havendo autores que abonem as duas palavras no plural. Assim, estão corretas as construções: troca-trocas ou trocas-trocas.

Desconsidere o acento no vocábulo “idéia”, pois veremos que tal acento foi admitido até dezembro de 2015.

O problema é o verbo “ater”, que se flexiona como o verbo “ter”. Como este verbo, na terceira pessoa do plural do presente do indicativo, apenas recebe acento circunflexo (“têm”), basta inserirmos o prefixo “a-” : atêm.

Na alternativa (B), o verbo “reaver” deve se encontrar no futuro do subjuntivo, por força da conjunção “Quando”. Esse verbo é conjugado como o verbo “haver”, no pretérito perfeito do indicativo e seus derivados. Por isso, sua flexão correta no futuro do subjuntivo é “reouver”.

Como estamos atentos à flexão nominal, veja que o plural do substantivo “revés” é “reveses”.

Desconsidere o trema no vocábulo “tranqüilidade”, pois veremos que o trema foi admitido até dezembro de 2015.

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Questão 2: TRT 24 R 2006 Técnico (banca FCC)

A forma correta de plural dos substantivos compostos mico-leão-dourado e ararinha-azul é

(A) micos-leão-dourados e ararinhas-azul. (B) micos-leão-dourado e ararinha-azuis. (C) mico-leões-dourados e ararinha-azuis. (D) mico-leão-dourados e ararinhas-azul. (E) micos-leões-dourados e ararinhas-azuis.

Comentário: Note que em, “micos-leões-dourados”, cada substantivo formador do composto é pluralizável, por isso eles recebem o “s”. Além disso, o substantivo composto “ararinhas-azuis” é o correto, por ser formado por substantivo e adjetivo, todos dois pluralizáveis.

Gabarito: E

Questão 3: TRT 24 R 2006 Técnico (banca FCC)

Talvez um implante possa resgatar a saúde de anciãos devastados pelo mal de Alzheimer...

De acordo com a norma culta, a palavra grifada acima pode fazer o plural, também corretamente, como anciões e anciães. A palavra que sofre a mesma variação está grifada na frase:

(A) O cinema trata muitas vezes o comportamento do vilão como resultante de alterações no funcionamento do cérebro.

(B) O aumento da violência nos núcleos urbanos leva os pesquisadores à busca da razão da agressividade humana.

(C) No futuro as empresas poderão exigir de um cidadão exames que comprovem sua capacidade para o trabalho.

(D) O caráter ético deve ser o coração das pesquisas destinadas a comprovar a origem de comportamentos anti-sociais.

(E) Pesquisas que buscam explicar o comportamento de delinqüentes podem indicar a solução para esse problema.

Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o substantivo “vilão” possui A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “proporem” encontra-se no infinitivo pessoal. O verbo “medeia” faz parte do grupo de verbos irregulares, denominados de grupo do MÁRIO, o qual é formado pelos verbos “mediar”, “ansiar”, “remediar”, “incendiar” e “odiar”. Assim, a terceira pessoa do presente do indicativo é “medeia”, “anseia”, “remedeia”, “incendeia” e “odeia”. Note que a primeira letra de cada verbo forma o nome “MÁRIO”. Isso facilita decorar.

Na alternativa (D), o verbo “interviram” não existe. A sua forma correta é “intervieram”.

Na alternativa (E), o substantivo “testemunha” não admite artigo “o”, mesmo se referindo a pessoas do sexo masculino. Exemplo: Ele é a testemunha-chave.

O verbo “adviram” não existe, a forma correta é “advieram”. Gabarito: C

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Questão 4: ALEPE 2014 Analista Legislativo (banca FCC)

Fragmento do texto: Não obstante a falta de rigor e o propósito de

confundir os adversários, com a habilidade de raciocínio que os notabilizou, os Sofistas tiveram o indiscutível mérito de introduzir, no estudo da sociedade e da cultura, o ponto de vista reflexivo-crítico que caracteriza a filosofia.

Julgue a afirmativa abaixo com C (CERTO) ou E (ERRADO)

Na linha 4, se, em lugar de “o ponto de vista”, se tratasse de distintos pontos, a formulação "os distintos pontos de vista reflexivos-críticos" estaria em concordância com as normas gramaticais.

Comentário: Esta questão nos cobra a flexão nominal de adjetivo composto. Quando o adjetivo composto é constituído de dois adjetivos, o primeiro fica invariável e o segundo se flexiona de acordo com o substantivo a que se refere. Assim, a construção correta desse segmento seria: "os distintos pontos de vista reflexivo-críticos".

É certo que a banca indagou apenas quanto à expressão entre aspas, isto é, ela só cobrou a concordância dentro do trecho entre aspas, mas vale ressaltar que tal flexão levaria também à concordância do verbo “caracteriza” ao plural:

"...os distintos pontos de vista reflexivo-críticos que caracterizam a filosofia "

Gabarito: E

Questão 5: ISS-SP 2012 Auditor-Fiscal Tributário Municipal (banca FCC)

Fragmento do texto: Só uma coisa não mudou: o nacionalismo cultural.

Continuamos repetindo, ritualmente, que a cultura brasileira (ou latino- americana) deve desfazer-se dos modelos importados e voltar-se para sua própria tradição cultural.

Julgue a afirmativa com (C) para CERTO e (E) para ERRADO

Se o autor fizesse referência a "povos", em vez de à "cultura" latino- americana, a correção exigiria que ambos os termos do gentílico estivessem no masculino e no plural.

Comentário: Primeiramente, vamos entender o que a questão quis cobrar. Na realidade, a questão pediu que retirássemos o substantivo feminino singular “cultura” (linha 2) e o substituíssemos pelo substantivo plural e masculino “povos”. Logicamente, os adjetivos que se referem a tal palavra vão se flexionar.

O vocábulo “gentílico” significa adjetivo que designa povo ou nação. Assim, temos o gentílico (adjetivo simples) “brasileira” e o gentílico (adjetivo composto) “latino-americana”. Note que a banca fez referência apenas ao

três plurais: vilãos, vilões, vilães.

Na alternativa (B), o substantivo “razão” possui o plural “razões”. Na alternativa (C), o substantivo “cidadão” possui o plural “cidadãos”. Na alternativa (D), o substantivo “coração” possui o plural “corações”. Na alternativa (E), o substantivo “solução” possui o plural “soluções”. Gabarito: A

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Agora, vamos ao segundo assunto!

Pronome: emprego e formas de tratamento

A parte principal dos pronomes foi trabalhada na nossa aula de regência, em que vimos o uso de “o”, “a”, “lhe” e a colocação desses pronomes. Na dúvida, releia essa aula. Ela é muito importante. Mas, além desse emprego do pronome, veremos mais.

Pronomes Pessoais

caso reto caso oblíquo

átono (sem preposição) tônico (com preposição)

eu me mim, comigo

tu te ti, contigo

ele se, o, a, lhe si, consigo, ele/ela

nós nos nós, conosco

vós vos vós, convosco

eles se, os, as, lhes si, consigo, eles/elas

1. Pronomes Pessoais

Os pronomes pessoais são aqueles que indicam uma das três pessoas do discurso: a que fala, a com quem se fala e a de quem se fala.

a. Pronomes pessoais do caso reto

Pronomes pessoais do caso reto são os que desempenham a função sintática de sujeito da oração, vocativo e predicativo. São os pronomes eu, tu, ele, ela, nós, vós eles, elas.

b. Pronomes pessoais do caso oblíquo

São os que desempenham a função sintática de complemento verbal (objeto direto ou indireto), complemento nominal, agente da passiva, adjunto adverbial, adjunto adnominal ou sujeito acusativo (sujeito de oração reduzida). Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os átonos, que não são antecedidos por preposição, e os tônicos, precedidos por preposição.

gentílico de adjetivo composto “latino-americana”. Assim, estava querendo testar seus conhecimentos sobre a flexão do adjetivo composto.

Dessa forma, a afirmativa está errada, pois a flexão do adjetivo composto “latino-americano” no plural é “latino-americanos”. Apenas o último dos termos, sendo um adjetivo, se flexiona. Confirme:

cultura brasileira (ou latino-americana) povos brasileiros (ou latino-americanos)

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b.1. Pronomes pessoais oblíquos átonos:

Os pronomes oblíquos átonos são os seguintes: “me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes”. Eles podem exercer diversas funções sintáticas nas orações. São elas:

Objeto Direto (“me, te, se, o, a, nos, vos, os, as”). Objeto Indireto (“me, te, se, lhe, nos, vos, lhes”). Valor de posse (“me, te, lhe, nos, vos, lhes”).

Complemento nominal (“me, te, lhe, nos, vos, lhes”).

Sujeito acusativo: “me, te, se, o, a, nos, vos, os, as”, quando estiverem em um período composto formado pelos verbos “fazer, mandar, ver, deixar, sentir ou ouvir”, e um verbo no infinitivo ou no gerúndio.

Deixei-a entrar atrasada. Mandaram-me conversar com o diretor.

Parte Integrante do verbo pronominal: me, te, se, nos, vos. Verbo pronominal é aquele que não se conjuga sem o pronome. São exemplos de verbo pronominal “suicidar-se, queixar-se, arrepender-se, lembrar-se, esquecer-se, recordar-se...”

Queixei-me de Pedro por ter atrapalhado o nosso trabalho. Arrependam-se, pecadores!

Partícula Expletiva ou de Realce: me, te, se, nos, vos. Ocorre a partícula de realce com verbo intransitivo, com sujeito claro. Esse pronome pode ser retirado da frase, sem prejuízo de significado.

João foi-se embora. Maria morria-se de ciúmes da cunhada.

Colocação dos pronomes oblíquos átonos: A colocação pronominal já foi explorada na aula de Regência. É bom relembrar porque vamos exercitar um pouco mais em seguida!

b.2. Pronomes pessoais oblíquos tônicos: são precedidos de preposição e

são os seguintes: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, nós,

conosco, vós, convosco, eles, elas.

Abaixo segue a diferença entre os tipos de pronomes pessoais:

Eu, tu / Mim, ti

Eu e tu exercem a função sintática de sujeito (então são pronomes pessoais do caso reto). Mim e ti exercem a função sintática de complemento verbal ou nominal, agente da passiva ou adjunto adverbial e sempre são precedidos de preposição (então são pronomes pessoais do caso oblíquo tônico). Confira no exemplo a seguir:

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www.redeestudos.com O sujeito não admite preposição, por isso a preposição “para” se refere a toda a oração adverbial de finalidade, não só ao sujeito.

Comprei um livro para eu ler. VTD + OD Suj + VI

oração principal or sub adv final (reduzida de infinitivo)

período composto Comprei um livro para mim.

VTDI + OD OI período simples Nada há entre mim e ti.

Por isso, são construções viciosas as seguintes: “Comprei um livro para mim ler”, “Comprei um livro para eu” “Nada há entre eu e tu”.

Si, consigo

São pronomes reflexivos ou recíprocos, portanto só poderão ser usados na voz reflexiva ou na voz reflexiva recíproca. Para se ter certeza desse uso, procure subentender a palavra “mesmo” ou “próprio”.

Quem só pensa em si, acaba ficando sozinho.

Quem só pensa em si (próprio), acaba ficando sozinho. Maria trouxe consigo os três irmãos.

Maria trouxe consigo(mesma) os três irmãos.

Assim, é considerada errada a construção de consigo com o valor de com você: Gostaria de falar consigo. (vício de linguagem)

Troque por: Gostaria de falar com você.

Com nós, com vós / conosco, convosco Maria esteve conosco. Falarei convosco.

Usa-se com nós ou com vós, quando os pronomes pessoais são reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral.

Gilberto conversou com nós todos a respeito de seus estudos. Ele falou que sairia com nós dois.

Dele, do + subst. / De ele, de o + subst.

Quando os pronomes pessoais ele(s), ela(s), ou qualquer substantivo, funcionarem como sujeito, não devem ser aglutinados com a preposição de. Ex. É chegada a hora de ele assumir a responsabilidade.

No momento de o orador discursar, faltou-lhe a palavra.

entre mim e ti adverbial de pronome pessoal oblíquo tônico (adjunto lugar): do caso OD +VTD adj adv de lugar

período simples

eu (sujeito): pronome pessoal do caso reto

para mim (objeto indireto): pronome pessoal do caso oblíquo tônico O objeto indireto e o adjunto adverbial são termos preposicionados, por isso há preposição antecedendo-os.

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2. Pronomes demonstrativos

Esse pronome situa os seres no tempo, no espaço e no discurso (posição dentro do próprio texto). O posicionamento no discurso é dividido em anafórico e catafórico, os quais trabalham a coesão referencial, por retomar palavra ou expressão dita anteriormente e referenciar-se a termo posterior, respectivamente.

Os pronomes demonstrativos são este, esta, isto; esse, essa, isso; aquele, aquela, aquilo; tal; semelhante; próprio; mesmo; o; a. Os pronomes isto, isso, aquilo são invariáveis.

a. Uso de este, esta, isto; esse, essa, isso; aquele, aquela, aquilo: I - Posicionamento referente a lugar e tempo:

Este, esta, isto: são usados para o que está próximo da pessoa que fala e para o tempo presente.

Este chapéu que estou usando é de couro. Este ano está sendo cheio de surpresas.

Esse, essa, isso: são usados para o que está próximo da pessoa com quem se fala, para o tempo passado recente e para o futuro.

Esse chapéu que você está usando é de couro?

Dezembro. Esse mês será marcado pelo meu casamento.

Em novembro de 2007, inauguramos a loja. Até esse mês, nada sabíamos sobre comércio.

Aquele, aquela, aquilo: são usados para o que está distante da pessoa que fala e da pessoa com quem se fala e para o tempo passado remoto.

Aquele chapéu que ele está usando é de couro?

Em 1980, eu tinha 15 anos. Naquela época, Campinas ainda era considerada uma cidade pequena.

II - Posicionamento no discurso (no próprio texto):

Em uma citação oral ou escrita, usa-se “este, esta, isto” para o que ainda vai ser dito ou escrito (recurso catafórico), e “esse, essa, isso” (recurso anafórico) para o que já foi dito ou escrito.

A verdade é esta: o Brasil será campeão. O Brasil será campeão. A verdade é essa.

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Para estabelecer-se a distinção entre dois elementos anteriormente citados, usa-se “este, esta, isto” em relação ao que foi mencionado por último e “aquele, aquela, aquilo”, em relação ao que foi nomeado em primeiro lugar.

(A, B. Este, aquele)

Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados Unidos é de domínio destes sobre aquele.

Os filmes brasileiros não são tão respeitados quanto as novelas, mas eu prefiro aqueles a estas.

b. O, a, os, as são pronomes demonstrativos, quando equivalem a isto,

isso, aquilo ou aquele(s), aquela(s).

Não concordo com o que ele falou. (aquilo que ele falou)

Tudo o que aconteceu foi um equívoco. (aquilo que aconteceu) A que apresentar o melhor texto será aprovada. (aquela que

apresentar)

c. Tal, tais podem ter sentido próximo ao dos pronomes demonstrativos ou de semelhante, semelhantes:

Os dois estão casados há 50 anos. Tal amor não se encontra facilmente. Embora tenha sido o mentor do plano, ele nunca admitiu tal fato.

d. Da mesma forma, semelhante, semelhantes são demonstrativos quando equivalem a tal, tais:

O Brasil ficou em choque com a tragédia na Região Serrana do Rio de janeiro. Não se veriam semelhantes catástrofes se os projetos urbanísticos municipais fossem eficazes ou, pelo menos, existissem.

Para o romano, o mundo dos prodígios ficava a Ocidente. Semelhante tradição vinha de longe, através dos escritores gregos, sobretudo de Platão” (Aquilino Ribeiro).

e. Mesmo, mesmos, mesma, mesmas; próprio, próprios, própria, próprias são demonstrativos quando têm o sentido de "idêntico", "em pessoa":

Não é possível continuar insistindo nos mesmos erros. Ela própria deve fiscalizar a mercadoria que lhe é entregue.

Os recursos anafóricos e catafóricos não são exclusividades do pronome demonstrativo, a retomada, por exemplo, já foi vista com outros pronomes substantivos, como o relativo, o pessoal, e também cabe a substantivos e a outras classes gramaticais:

Algo me incomoda: a fome no mundo. (recurso catafórico: algosfome)

Há dois detalhes não previstos: comida e água. (recurso catafórico: detalhesscomida, água)

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3. Pronomes Indefinidos

Os pronomes indefinidos referem-se à terceira pessoa do discurso de uma maneira vaga, imprecisa, genérica. São eles:

Invariáveis Variáveis

alguém, algum, alguns, alguma, algumas, nenhum, nenhuns, ninguém, tudo, nenhuma, nenhumas, todo, todos, toda, todas, muito, muitos, nada, algo, cada, muita, muitas, bastante, bastantes, pouco, poucos, pouca, outrem, , poucas, certo, certos, certa, certas, tanto, tantos, tanta, alhures, mais, tantas, quanto, quantos, quanta, quantas, um, uns, uma, menos, demais. umas, qualquer, quaisquer, vário, vária, vários, várias, etc

Acrescentam-se, ainda, as locuções pronominais indefinidas: cada um, cada qual, quem quer que, todo aquele que, tudo o mais...

Uso de alguns pronomes indefinidos

Todo: deve ser usado com artigo, se significar inteiro e o substantivo à sua

frente o exigir; caso signifique cada ou todos, não terá artigo, mesmo que o substantivo exija.

Todo dia telefono a ela. (Todos os dias) Fiquei todo o dia em casa. (O dia inteiro)

Todo ele ficou machucado. (Ele inteiro, mas a palavra ele não admite artigo.)

Todos, todas: devem ser usados com artigo, se o substantivo à sua frente o

exigir.

Todos os colegas o desprezam. Todos vocês merecem respeito. Algum: tem sentido afirmativo, quando usado antes do substantivo; passa a

ter sentido negativo, quando estiver depois do substantivo.

Amigo algum o ajudou. (Nenhum amigo) Algum amigo o ajudará. (Alguém) Pode também transmitir valor de pouca quantidade:

“Anastácio procurava um jeito de arranjar algum dinheiro.” (um pouco de),

Certo: será pronome indefinido, quando anteceder substantivo e será adjetivo,

quando estiver posposto a substantivo.

Certas pessoas estão aqui. As pessoas certas estão aqui. Qualquer: Designa coisa, lugar ou indivíduo indeterminado:

Veio duma cidade qualquer.

Dependendo do contexto, a troca de posição faz mudar o sentido

Qualquer pessoa pode entrar naquela empresa!! (sentido de “toda”) Ele não é uma pessoa qualquer! (sentido pejorativo)

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4. Pronomes de tratamento

Esses pronomes são empregados no trato com as pessoas, familiarmente ou respeitosamente. Vejamos um quadro com os principais tratamentos:

Pronome de tratamento Abreviatura Usado para se dirigir a

Vossa Alteza V. A. príncipes e duques

Vossa Eminência V. Emª. cardeais

Vossa Excelência V. Exª. altas autoridades *

Vossa Magnificência V. Magª. reitores de universidades

Vossa Majestade V. M. reis, imperadores

Vossa Santidade V. S. papa

Vossa Senhoria V. Sª. tratamento cerimonioso

* Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, o pronome de tratamento Vossa Excelência é empregado para as seguintes autoridades:

 do Poder Executivo: Presidente da República, Vice-Presidente da República, Ministros de Estado7, Governadores e Vice-Governadores de

Estado e do Distrito Federal, Oficiais-Generais das Forças Armadas, Embaixadores, Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial, Secretários de Estado dos Governos Estaduais, Prefeitos Municipais.

Obs.: algumas gramáticas entendem dão o tratamento a prefeito como Vossa Senhoria. Então, tome cuidado e, por eliminação das alternativas, resolva a questão que envolva este cargo.

 do Poder Legislativo: Deputados Federais e Senadores, Ministros do Tribunal de Contas da União, Deputados Estaduais e Distritais, Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais, Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.

 do Poder Judiciário: Ministros dos Tribunais Superiores, Membros de Tribunais, Juízes, Auditores da Justiça Militar.

a. Quando esses pronomes de tratamento se encontram na função de sujeito, o verbo e pronomes adjetivos flexionam-se na terceira pessoa do singular e os adjetivos podem concordar literalmente (com a palavra feminina Excelência, Alteza, etc) ou por silepse (concordância com a pessoa do sexo masculino ou feminino) :

Vossa Excelência está cansado, deputado!

Vossa Senhoria remeteu seu documento ao endereço errado.

b. Quando esses pronomes estão na função de objeto indireto ou complemento nominal, antecedidos da preposição “a”, não recebem crase, pois não admitem artigo: Refiro-me a Vossa Senhoria.

7 Nos termos do Decreto no 4.118, de 7 de fevereiro de 2002, art. 28, parágrafo único, são Ministros de Estado, além dos titulares dos Ministérios: o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Advogado-Geral da União e o Chefe da Corregedoria-Geral da União.

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c. Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. O senhor e a senhora são empregados num tratamento formal; você e vocês, no tratamento familiar e amigável.

Dentre os pronomes de tratamento, somente senhora admite artigo “a”, por isso, se esse pronome for precedido de preposição “a”, haverá crase:

Refiro-me à senhora Gioconda.

d. Usa-se “Vossa”, quando conversamos com a pessoa, e “Sua”, quando falamos da pessoa.

Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas responsabilidades e não com as de Sua Excelência, o Prefeito, que se encontra ausente.

Questão 6: Prefeitura São Luiz 2015 Auditor Controle Interno (banca FCC) 1 Pretende-se discutir aqui alguns aspectos da obra de Gilberto Freyre

focalizando seu livro de estreia, Casa-grande & senzala, cuja publicação em 1933 levanta questões até hoje importantes para o entendimento do passado brasileiro.

5 Cabe observar, antes de prosseguir, que o debate intelectual sobre os destinos do país estava, naquele momento, profundamente marcado pelo tema da mestiçagem. Mas a mestiçagem, isto é, o contato sexual entre grupos étnicos distintos, costumava ser apresentada como um problema: ora implicava esterilidade − biológica e cultural −, 10 inviabilizando assim o desenvolvimento nacional, ora retardava o completo domínio da raça branca, dificultando o acesso do Brasil aos valores da civilização ocidental.

O enorme impacto produzido pelo surgimento da obra, que aprofundava a contribuição pioneira de alguns outros autores como 15 Manuel Quirino, Lima Barreto e Manoel Bomfim, concorreu para alterar

essa avaliação, ao enfatizar não só o valor específico das influências indígenas e africanas, como também a dignidade da híbrida e instável articulação de tradições que teria caracterizado a colonização portuguesa. Isso só foi possível, segundo o próprio Gilberto, pelo seu vínculo com a 20 antropologia americana e com a orientação relativista de Franz Boas − ele obteve um título de mestre em Columbia, em 1922 − que lhe teria permitido separar a noção de raça da de cultura e conferir a esta última primazia na análise da vida social.

Associam-se corretamente um segmento do texto e o trecho que ele retoma, precisamente demarcado, em:

(A) (linha 6) naquele momento / do passado brasileiro. (B) (linha 13) que / impacto.

(C) (linha 16) essa avaliação / o acesso do Brasil aos valores da civilização ocidental.

(D) (linha 18) que / a híbrida e instável articulação de tradições. (E) (linha 19) Isso / a colonização portuguesa.

Comentário: A alternativa (A) está errada, porque “naquele” é um pronome demonstrativo que retoma “1933” (linha 3).

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Questão 7: ManausPrev 2015 Analista Previdenciário (banca FCC) O segmento em que se encontra sublinhado um pronome está em:

(A) A impressão que eu tenho, a esta altura do campeonato − qual altura, exatamente? − é que todo mundo tem a minha idade.

(B) Deve ser por isso que, sem perceber, parei de contar.

(C) o desejo de crescer é parte fundamental do software com que viemos ao mundo.

(D) Agora é inegável que você ficou adulto.

(E) me dei conta de que eu não sabia a minha idade.

Comentário: A questão quer que você encontre o pronome relativo “que”, isto é, um recurso anafórico, pois tal pronome retoma um nome anterior. O pronome relativo pode ser substituído por “o qual” e suas variações.

Na alternativa (A), há a conjunção integrante “que”, a qual inicia a oração subordinada substantiva predicativa “que todo mundo tem a minha idade”. (A impressão é essa).

Na alternativa (B), a palavra “que” é expletiva, isto é, ela faz parte da expressão “é que”, expressão que está variada pela locução “deve ser...que”. É fácil entender a expressão expletiva porque podemos excluí-la sem prejuízo ao texto: por isso, sem perceber, parei de contar.

A alternativa (C) é a correta, pois o pronome relativo “que” retoma “software”. Assim, podemos substituir “com que” por “com o qual”. Veja:

o desejo de crescer é parte fundamental do software com o qual viemos ao mundo.

Na alternativa (D), há a conjunção integrante “que”, a qual inicia a oração subordinada substantiva subjetiva “que você ficou adulto”. (Agora isso é inegável).

Na alternativa (E), há a conjunção integrante “que”, a qual inicia a oração subordinada substantiva completiva nominal “de que eu não sabia a minha idade”. (me dei conta disso).

retoma “obra” (linha 13).

A alternativa (C) está errada. É importante ressaltar que a expressão “essa avaliação” possui o pronome demonstrativo “essa”, o qual retoma informação anterior. Essa informação foi caracterizada como uma avaliação, pois tal elemento anafórico é seguido do substantivo “avaliação”. Assim, tal expressão retoma a informação de que “a mestiçagem, isto é, o contato sexual entre grupos étnicos distintos, costumava ser apresentada como um problema” (linhas 7 a 9).

A alternativa (D) é a correta, pois “que” é um pronome relativo, o qual retoma a informação mais próxima “a híbrida e instável articulação de tradições” (linhas 17 e 18).

A alternativa (E) está errada, porque “isso” é um pronome demonstrativo que retoma a informação de todo o período sintático anterior (linhas 13 a 18).

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Questão 8: ManausPrev 2015 Analista Previdenciário (banca FCC)

No contexto, o segmento que restringe o sentido do termo imediatamente anterior encontra-se em:

(A) A mítica floresta amazônica vai muito além de um museu geográfico de espécies ameaçadas e representa muito mais do que um simples depósito de carbono.

(B) Funciona assim como um mar suspenso, que contém uma miríade de células vivas, muito elaborado e adaptado.

(C) Com os recursos tecnológicos disponíveis, podemos agregar inteligência à ocupação, otimizando um novo uso do solo, que abra espaço para a reconstrução ecológica da floresta.

(D) Uma colônia extravagante de organismos que saíram do oceano há 400 milhões de anos e vieram para a terra.

(E) Uma lista curta desses princípios, arrolados pela escritora Janine Benyus, constata que a natureza é propelida pela luz solar.

Comentário: A palavra que inicia segmento de valor restritivo é o pronome relativo, o qual inicia oração subordinada adjetiva restritiva. Como vimos, o pronome relativo pode ser substituído por “o qual” e suas variações.

Na alternativa (A), há a conjunção comparativa “que”, a qual inicia a oração subordinada adverbial comparativa “que um simples depósito de carbono”.

Na alternativa (B), a palavra “que” é pronome relativo, porém é precedida de vírgula. Assim, a oração “que contém uma miríade de células vivas, muito elaborado e adaptado” é subordinada adjetiva explicativa.

Na alternativa (C), a palavra “que” é pronome relativo, porém é precedida de vírgula. Assim, a oração “que abra espaço para a reconstrução ecológica da floresta” é subordinada adjetiva explicativa.

A alternativa (D) é a correta, pois a palavra “que” é pronome relativo e não é precedida de vírgula. Assim, a oração “que saíram do oceano há 400 milhões de anos” é subordinada adjetiva restritiva.

Na alternativa (E), há a conjunção integrante “que”, a qual inicia a oração subordinada substantiva objetiva direta “que a natureza é propelida pela luz solar”. (Uma lista curta ... constata isso).

Gabarito: D Gabarito: C

Questão 9: Metrô-SP 2014 Analista (banca FCC)

Estão plenamente adequados o emprego e a colocação dos pronomes na frase:

(A) Ao falar sobre viagens de metrô e avião, lhes notou o autor certa semelhança, o que o permitiu estabelecer algumas analogias entre as mesmas.

(B) Ninguém sabe por que ele se vale tanto do celular, utilizando-lhe mesmo em viagens rápidas de metrô.

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(C) Olhando as nuvens pela janela do avião, vemo-las passar como se as afugentassem as asas da aeronave.

(D) Uma viagem por dentro de nós − somente realizamo-na quando dispostos a ficar sós conosco mesmos.

(E) A razão por que ela não dispõe-se à prática da interiorização é o receio de que isso obrigue-lhe a enfrentar seus fantasmas.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o pronome “-lhes” está posicionado imediatamente após a vírgula. Assim, devemos posicioná-lo após o verbo. Note que tal pronome é o objeto indireto do verbo transitivo direto e indireto “notou” (o autor notou a algumas pessoas certa semelhança).

Deve-se evitar o uso do pronome demonstrativo “mesmas” com valor substantivo. Tal pronome deve ser usado com valor de reforço reflexivo, sinônimo de “próprias”. Assim, cabe o pronome pessoal do caso oblíquo tônico “elas”. Veja a correção:

Ao falar sobre viagens de metrô e avião, notou-lhes o autor certa semelhança, o que o permitiu estabelecer algumas analogias entre elas.

A alternativa (B) está errada, pois o verbo “utilizando” é transitivo direto e o pronome deve ser “-o”, por estar na função de objeto direto. Veja a correção:

Ninguém sabe por que ele se vale tanto do celular, utilizando-o mesmo em viagens rápidas de metrô.

A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “vemos” é transitivo direto e termina com “s”. Assim, exclui-se a letra “s” e se insere a letra “l” antes do pronome “as”. Os vocábulos “-las” e “-as” estão corretamente empregados por retomarem o substantivo feminino plural “nuvens”.

Olhando as nuvens pela janela do avião, vemo-las passar como se as afugentassem as asas da aeronave.

A alternativa (D) está errada, pois o verbo “realizamos” é transitivo direto e termina com “s”. Assim, deve-se excluir a letra “s” e inserir a letra “l” (e não “n”) antes do pronome “as” (realizamo-la). Porém, o advérbio “somente” é palavra atrativa, por isso deve haver próclise.

O pronome demonstrativo “mesmos” impede o uso do pronome “conosco” e força o uso da expressão “com nós”. Veja a correção:

Uma viagem por dentro de nós − somente a realizamos quando dispostos a ficar sós com nós mesmos.

A alternativa (E) está errada, pois a palavra negativa “não” é atrativa, devendo haver próclise. Além disso, o verbo “obrigue” é transitivo direto, por isso não cabe “-lhe”, mas o objeto direto “-a”. Mesmo o pronome demonstrativo “isso” não sendo especificamente palavra atrativa, é bom manter o pronome pessoal oblíquo átono ante do verbo.

A razão por que ela não se dispõe à prática da interiorização é o receio de que isso a obrigue a enfrentar seus fantasmas.

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Questão 10: SABESP 2014 Técnico em Gestão (banca FCC)

Fragmento do texto: Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão

de paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na tarde quente.

O pronome “eles” substitui a palavra (A) tufos.

(B) bruços. (C) quentes.

(D) paralelepípedos. (E) braços.

Comentário: Entende-se do segmento que o menino tem os braços dobrados e a testa pousada sobre os braços. Para evitar a repetição do substantivo “braços”, pode-se substituir o segundo substantivo pelo pronome pessoal do caso reto “eles”.

Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na tarde quente.

Gabarito: E

Questão 11: CMSP 2014 Técnico Administrativo (banca FCC)

Fragmento do texto: Os publicitários descobriram que é possível fazer o inconsciente do consumidor trabalhar a favor do lucro de seus clientes. O inconsciente, como se sabe, não é ético ou antiético. O inconsciente é amoral. Ele funciona de acordo com a lógica da realização (imediata) dos desejos, que na verdade não é tão individual quanto parece. O desejo é social. Desejamos o que os outros desejam, ou o que nos convidam a desejar. Uma imagem publicitária eficaz deve apelar ao desejo inconsciente, ao mesmo tempo em que se oferece como objeto de satisfação. Ela determina quais serão os objetos imaginários de satisfação do desejo, e assim faz o inconsciente trabalhar para o capital. Só que o sujeito do inconsciente nunca encontra toda a satisfação prometida no produto que lhe é oferecido.

Ele funciona de acordo com a lógica da realização (imediata) dos desejos... ... no produto que lhe é oferecido.

Os elementos grifados acima referem-se, respectivamente, a: (A) desejo − capital

(B) consumidor − consumidores em potencial (C) inconsciente − sujeito do inconsciente (D) objeto de satisfação − produto

(E) clientes − objetos imaginários

Comentário: Note contexto em que se encontra o primeiro segmento:

O inconsciente é amoral. Ele funciona de acordo com a lógica da realização (imediata) dos desejos, que na verdade não é tão individual quanto parece.

Referências

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