• Nenhum resultado encontrado

RESOLUÇÃO CRM-PR Nº 205/2017

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "RESOLUÇÃO CRM-PR Nº 205/2017"

Copied!
19
0
0

Texto

(1)

RESOLUÇÃO CRM-PR Nº 205/2017

Estabelece as diretrizes gerais para a elaboração de Regimentos Internos das instituições de assistência médica do Estado do Paraná, e revoga a Resolução CRM-PR nº 18/1986.

O CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO PARANÁ, no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, publicada em 1º de outubro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958, publicado em 25 de julho de 1958, e pela Lei nº 11.000, de 15 de dezembro de 2004, e;

CONSIDERANDO o artigo 28 do Decreto nº 20.931, de 11 de janeiro de 1932, que declara que qualquer organização hospitalar ou de assistência médica, pública ou privada, obrigatoriamente, tem que funcionar com um diretor técnico, habilitado para o exercício da Medicina, como principal responsável pelos atos médicos ali realizados;

CONSIDERANDO o artigo 15 da Lei nº 3.999, de 15 de dezembro de 1961, que impõe que os cargos, ou as funções de chefia de serviços médicos somente podem ser exercidos por médicos habilitados na forma da lei;

CONSIDERANDO o artigo 12 do Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958, e a Lei nº 6.839, de 30 de outubro de 1980, que estabelecem que as pessoas jurídicas de prestação de assistência médica estão sob a ação disciplinar e de fiscalização dos Conselhos de Medicina;

CONSIDERANDO o artigo 11 da Resolução CFM nº 997, de 23 de maio de 1980, que estabelece que o diretor técnico, principal responsável pelo funcionamento dos estabelecimentos de saúde, terá obrigatoriamente sob sua responsabilidade a supervisão e a coordenação de todos os serviços técnicos do estabelecimento, que a ele ficam subordinados hierarquicamente;

(2)

CONSIDERANDO a Resolução CFM nº 1.481, de 08 de agosto de 1997, que determina que as instituições prestadoras de serviços de assistência médica no País deverão adotar nos seus Regimentos Internos do Corpo Clínico as diretrizes daquela Resolução;

CONSIDERANDO a Resolução CFM nº 2.152, de 10 de novembro de 2016, que estabelece normas de organização, funcionamento, eleição e competências das Comissões de Ética Médica dos estabelecimentos de saúde, e dá outras providências;

CONSIDERANDO a Resolução CFM nº 1.980, de 07 de dezembro de 2011, que dispõe sobre as atribuições, deveres e direitos dos diretores técnicos, diretores clínicos e responsáveis pelos serviços na área médica;

CONSIDERANDO a Resolução CFM nº 2.007, de 10 de janeiro de 2013, alterada pela Resolução CFM nº 2.114, de 29 de abril de 2015, que determina que para exercer o cargo de diretor técnico ou de supervisão, coordenação, chefia ou responsabilidade médica pelos serviços assistenciais especializados é obrigatória a titulação, em especialidade médica, registrada no Conselho Regional de Medicina;

CONSIDERANDO a Resolução CFM nº 2.056, de 20 de setembro de 2013, que estabelece critérios para a autorização de funcionamento dos serviços médicos de quaisquer naturezas, bem como estabelece critérios mínimos para seu funcionamento, vedando o funcionamento daqueles que não estejam de acordo, e em especial o artigo 16, que define ambiente médico;

CONSIDERANDO a Resolução CFM nº 2.147, de 27 de outubro de 2016, que estabelece normas sobre a responsabilidade, atribuições e direitos de diretores técnicos, diretores clínicos e chefias de serviço em ambientes médicos;

CONSIDERANDO o decidido em Sessão Plenária do Conselho Regional de Medicina do Paraná realizada em 12 de junho de 2017;

(3)

Art. 1º A presente Resolução tem por objetivo regulamentar a elaboração do Regimento Interno do Corpo Médico, documento exigido para o regular funcionamento das instituições prestadoras de assistência médica, no Estado do Paraná, e através de seu Anexo fornecer as informações necessárias para a elaboração do mesmo.

Art. 2º O Regimento Interno do Corpo Médico tem por objetivo regulamentar a atuação dos médicos, dentro das instituições prestadoras de assistência médica, não deve, portanto, dispor de artigos e/ou cláusulas relativas àquelas pertinentes aos Estatutos e/ou Regimentos Internos próprios das instituições.

Art. 3º O Regimento Interno deve prever os objetivos principais do Corpo Médico, dentro dos parâmetros estabelecidos, nesta Resolução e nas Resoluções Federais relativas ao caso, além do Código de Ética Médica.

Art. 4º Esta Resolução revoga a Resolução CRM-PR nº 18/1986.

Art. 5º A presente Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Curitiba,12 de junho de 2017.

Cons.º Wilmar Mendonça Guimarães Presidente

Cons.º Luiz Ernesto Pujol Secretário-Geral

Aprovada na Sessão Plenária nº 4485ª, de 12/06/2017.

(4)

ANEXO DA RESOLUÇÃO CRM-PR Nº 205/2017

CAPÍTULO I

COMPOSIÇÃO DO CORPO MÉDICO E DO CORPO CLÍNICO

Art. 1º O Regimento Interno, considerando que o mesmo se atém à regulamentação das atividades de médicos legalmente habilitados para o exercício da profissão, em ambiente médico, deve conter artigos e/ou cláusulas, exclusivamente, pertinentes às atividades exercidas por médicos.

§ 1º CORPO MÉDICO é a designação dada ao grupo de profissionais legalmente habilitados para exercer as atividades relativas à Medicina na instituição.

§ 2º CORPO CLÍNICO é a designação dada ao conjunto formado, pelos membros do Corpo Médico e pelos demais grupos de profissionais da saúde de nível superior, que integram as atividades da instituição.

Art. 2º O Regimento Interno deve prever de maneira clara as categorias de médicos existentes, no CORPO MÉDICO, sendo livre a denominação a ser utilizada para cada uma delas, bem como qual delas, ou quais delas têm direito a voto, para eleição dos cargos de DIRETOR DO CORPO MÉDICO e de VICE-DIRETOR DO CORPO MÉDICO, assim como para os membros da Comissão de Ética Médica, quando esta for exigida, de acordo com o número de médicos do CORPO MÉDICO.

Art. 3º Ainda que não conste previsão expressa, no Regimento Interno, a todo médico é assegurado o direito de internar e assistir seus pacientes, em hospital público ou privado, ainda que não faça parte de seu CORPO MÉDICO, ficando sujeitos o médico e o paciente, nesta situação, às normas administrativas e técnicas da instituição, de acordo com o Código de Ética Médica.

(5)

CAPÍTULO II

DIREÇÃO DO CORPO MÉDICO - DIREÇÃO TÉCNICA - CHEFIAS DE SERVIÇOS

Art. 4º Tanto a Diretoria do Corpo Médico, quanto a Diretoria Técnica, cargos privativos de médicos, possuem suas atribuições e responsabilidades definidas, nesta Resolução e na Resolução CFM nº 2.147/2016, ou nas outras, que por ventura as substituam, devendo constar expressamente, no Regimento Interno, as funções de ambas e também, ao existirem chefias de serviço, em ambientes médicos, a descrição das mesmas, suas competências e atribuições, de forma clara e objetiva, conforme o Modelo Anexo.

Art. 5º A Direção Técnica se constitui em cargo de confiança da Diretoria da Instituição, podendo ser exercida por médico não integrante do Corpo Médico, uma vez que, o Regimento Interno não deve vincular obrigações relativas à administração da instituição.

Art. 6º A Direção do Corpo Médico se constitui em cargo de representação médica, dentro da instituição, motivo pela qual deve ser exercida, através de eleição, pelo próprio Corpo Médico.

§ 1º A eleição para o cargo de Diretor do Corpo Médico deve ser realizada, por votação direta e secreta, não sendo permitido o voto por procuração, mediante convocação específica do Corpo Médico para este fim, com antecedência mínima de 10 (dez) dias.

§ 2º Para o cargo de Diretor do Corpo Médico é admitida a formação de chapas, nas quais conste o candidato ao cargo, bem como seu vice, sendo considerada eleita a chapa que obtiver a maioria simples dos votos.

§ 3º Na hipótese de candidatura individual, será considerado eleito como Diretor do Corpo Médico o candidato que obtiver a maioria simples de votos, sendo o segundo candidato mais votado, automaticamente, eleito para o cargo de Vice-Diretor do Corpo Médico.

(6)

Art. 8º A Chefia de Serviço se constitui em função dada a profissional do Corpo Médico especialista na especialidade oferecida, por determinado serviço especializado da instituição, com o devido registro do título, no Conselho Regional de Medicina do Paraná.

§ único - O Chefe de Serviço estará subordinado ao Diretor Técnico e ao Diretor do Corpo Médico, em suas competências respectivas.

CAPÍTULO III

MODELO DE REGIMENTO INTERNO DO CORPO MÉDICO

REGIMENTO INTERNO DO CORPO MÉDICO DO (A)... (nominar a Instituição)

CAPÍTULO I - DEFINIÇÃO

Art. 1º O CORPO MÉDICO do (a) (NOMINAR A INSTITUIÇÃO) constitui o conjunto de médicos com a incumbência de prestar assistência aos pacientes que o (a) procuram, gozando de autonomia profissional, técnica, científica, política e cultural.

Art. 2º O conjunto formado pelo CORPO MÉDICO e os demais profissionais da saúde de nível superior do (a) (NOMINAR A INSTITUIÇÃO) constituem o Corpo Clínico do (a) mesmo (a).

Art. 3º O Regimento Interno do CORPO MÉDICO do (a) (NOMINAR A INSTITUIÇÃO) é o documento que a instituição deve manter sob o registro, após análise e posterior homologação no Conselho Regional de Medicina do Paraná, tornando-o, portanto, o documento hábil para quaisquer análises de todo o complexo referente às atividades médicas da instituição.

CAPÍTULO II - DAS FINALIDADES E DOS OBJETIVOS

(7)

a) Contribuir para o bom desempenho profissional dos médicos, assegurando condições dignas de trabalho e os meios indispensáveis ao exercício da Medicina;

b) Estudar e discutir soluções para os problemas de ordem médico-administrativa em conjunto com a Diretoria da instituição;

c) Trabalhar para a solução de eventuais problemas de ordem legal perante as autoridades de saúde e outras relacionadas ao Poder Público;

d) Estimular e desenvolver pesquisas relativas à Medicina e outras áreas da saúde;

e) Assegurar a melhor assistência possível aos usuários da instituição, garantindo o direito de todo paciente dispor de um médico responsável por sua assistência;

f) Colaborar com a Diretoria da instituição para que sejam estabelecidas as normas e as rotinas, que promovam a melhoria dos serviços por ela prestados;

g) Executar e fazer executar as orientações fornecidas pela instituição relativas às matérias administrativas;

h) Zelar pelo cumprimento de todas as disposições legais e regulamentares em vigência; i) Assegurar o pleno e autônomo funcionamento da Comissão de Ética Médica;

j) Em sendo a instituição uma Entidade Hospitalar, deve ser garantido plantão médico, que possibilite a assistência aos seus pacientes, nas 24 horas do dia, de forma imediata e contínua.

CAPÍTULO III - DA COMPOSIÇÃO

Art. 5º O CORPO MÉDICO do (a) (NOMINAR A INSTITUIÇÃO) é composto por todos os profissionais médicos que prestam serviço à instituição e será dirigido por um DIRETOR DO CORPO MÉDICO e um VICE-DIRETOR DO CORPO MÉDICO, que substituirá o primeiro nos seus impedimentos temporários ou definitivos.

§1º Quanto ao tipo de vínculo estabelecido com os médicos, o (a) (NOMINAR A INSTITUIÇÃO) caracteriza-se como de CORPO MÉDICO ______________ (Fechado ou Aberto).

§2º Instituição com o CORPO MÉDICO FECHADO é aquela que mantém com seus médicos relações trabalhistas formais, excluindo os médicos que não celebraram com ela um vínculo de trabalho, com direitos e deveres recíprocos formalmente estabelecidos e estáveis no tempo.

(8)

§3º Instituição com o CORPO MÉDICO ABERTO oferece seus recursos a médicos que nela atendem seus pacientes, sem manter com ela uma relação trabalhista formal.

CAPÍTULO IV - DA DESIGNAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO CORPO MÉDICO

Art. 6º O CORPO MÉDICO é aquele composto por profissionais formados em Medicina, com diploma registrado, no Conselho Regional de Medicina do Paraná, aos quais, a instituição atribui o direito de internar e prestar atendimento aos pacientes, usufruindo todos os recursos disponíveis na instituição.

Fazem parte do CORPO MÉDICO os profissionais das seguintes categorias:

1º - MEMBRO EFETIVO: é o médico aprovado para o exercício da profissão na instituição em caráter permanente;

2º - MEMBRO TEMPORÁRIO: é o médico aprovado para o exercício da profissão em caráter provisório ou transitório;

3º - MEMBRO EVENTUAL: é aquele que não fazendo parte do CORPO MÉDICO da instituição pode, eventualmente, internar e atender seus pacientes, desde que devidamente autorizado pelo DIRETOR TÉCNICO da instituição, designados como:

a) CONSULTORES: são os médicos que, embora não internem seus pacientes, aceitem colaborar, quando eventualmente solicitados, proferindo sua opinião sobre o diagnóstico, tratamento ou evolução de determinado paciente;

b) RESIDENTES, ESTAGIÁRIOS e VOLUNTÁRIOS: são os profissionais vinculados aos programas de ensino e treinamento ou de voluntariado, de acordo com a legislação específica;

c) “BENEMÉRITOS”: são considerados membros beneméritos os profissionais do próprio

CORPO MÉDICO, reconhecidos pelo conjunto dos médicos por terem prestado relevantes serviços ou contribuições à causa daquela instituição e que, portanto, recebem esta designação a título de homenagem ou reconhecimento;

(9)

d) “HONORÁRIOS”: são considerados membros honorários aqueles médicos não pertencentes ao CORPO MÉDICO, mas reconhecidos pelo mesmo como dignos de homenagem e louvor;

4º - CHEFES DE SERVIÇO são aqueles responsáveis por serviços assistenciais especializados, que possuem título de especialista, na especialidade oferecida pelo serviço, com o devido registro do título, no Conselho Regional de Medicina do Paraná.

CAPÍTULO V - DAS DIRETORIAS MÉDICAS DA INSTITUIÇÃO

Art. 7º A instituição será dirigida por uma DIRETORIA EXECUTIVA de cuja composição fará parte, obrigatoriamente, um médico, na qualidade de DIRETOR TÉCNICO.

Art. 8º O DIRETOR TÉCNICO, nos termos da lei, é o responsável perante o Conselho Regional de Medicina do Paraná, Autoridades Sanitárias, Ministério Público, Poder Judiciário e demais autoridades, pelos aspectos formais, do funcionamento da instituição assistencial que represente.

Art. 9º O provisionamento do cargo ou função de DIRETOR TÉCNICO se dará por designação da Administração Pública ou, nas instituições privadas de qualquer natureza, através de seu Corpo Societário ou Mesa Diretora.

Art. 10. Nos impedimentos do DIRETOR TÉCNICO, a Administração deverá designar substituto médico, imediatamente, enquanto durar o impedimento.

Art. 11. O DIRETOR DO CORPO MÉDICO é o responsável pela assistência médica, coordenação e supervisão dos serviços médicos da instituição e deve, obrigatoriamente, ser eleito, exclusivamente, pelos médicos efetivos da instituição, para um mandato de, no mínimo dois anos, sendo possível ser reconduzido ao cargo, por meio de nova eleição.

Art. 12. Os cargos de DIRETOR TÉCNICO, DIRETOR DO CORPO MÉDICO e de VICE-DIRETOR DO CORPO MÉDICO são privativos de médicos.

(10)

§ 1º É permitido assumir a responsabilidade, seja como DIRETOR TÉCNICO, seja como DIRETOR DO CORPO MÉDICO, em até duas instituições públicas ou privadas, prestadoras de serviços médicos, mesmo quando tratar-se de filiais, subsidiárias ou sucursais da mesma instituição.

§ 2º Excetuam-se dessa limitação as pessoas jurídicas de caráter individual em que o médico é responsável por sua própria atuação profissional.

§ 3º Para que seja permitido o exercício de DIRETOR TÉCNICO, em mais de duas instituições assistenciais, o médico deve preencher todos os requisitos exigidos pela Resolução CFM nº 2.127/2015.

§ 4º Somente é possível ao médico exercer, simultaneamente, as funções de DIRETOR TÉCNICO e DIRETOR DO CORPO MÉDICO, nas instituições assistenciais, que possuam um CORPO MÉDICO com menos de 30 (trinta) médicos.

§ 5º O DIRETOR TÉCNICO só poderá acumular a função de DIRETOR DO CORPO MÉDICO, quando tenha sido eleito para esta função, pelos médicos efetivos da instituição.

§ 6º É exigida para o cargo de DIRETOR DO CORPO MÉDICO e de DIRETOR TÉCNICO das instituições especializadas a titulação, em especialidade médica correspondente registrada, no Conselho Regional de Medicina do Paraná.

§ 7º O DIRETOR TÉCNICO de instituições médicas especializadas em reabilitação deverá, obrigatoriamente, ser médico especialista, ainda que sejam utilizadas técnicas fisioterápicas.

§ 8º Nas instituições sem assistência especializada, basta o título de graduação em Medicina para assumir o cargo de DIRETOR TÉCNICO ou de DIRETOR DO CORPO MÉDICO.

§ 9º Em caso de afastamento ou substituição do DIRETOR TÉCNICO, ou do DIRETOR DO CORPO MÉDICO em caráter definitivo, aquele que deixa o cargo tem o dever de imediatamente

(11)

§ 10. A substituição do diretor afastado deverá ocorrer, imediatamente, obrigando o diretor que assume o cargo a fazer a devida notificação, ao Conselho Regional de Medicina do Paraná, por escrito e sob protocolo.

Compete ao DIRETOR TÉCNICO:

a) Zelar pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares em vigor; b) Supervisionar e coordenar todos os serviços assistenciais do estabelecimento;

c) Assegurar condições dignas de trabalho e os meios indispensáveis à prática médica, visando o melhor desempenho do CORPO MÉDICO e dos demais profissionais da saúde, em benefício da população, sendo responsável por faltas éticas decorrentes de deficiências materiais, instrumentais e técnicas da instituição;

d) Em conjunto com os demais diretores, planejar ações para atingir os propósitos da instituição e de seu CORPO CLÍNICO;

e) Assegurar o pleno e autônomo funcionamento da Comissão de Ética Médica;

f) Certificar-se da regular habilitação dos médicos da instituição, perante o Conselho Regional de Medicina do Paraná, bem como de suas qualificações como especialistas, exigindo a apresentação formal de documentos comprobatórios, os quais deverão constar da pasta funcional de cada médico perante o setor responsável, aplicando-se a mesma regra para os demais profissionais da saúde que atuam na instituição;

g) Organizar as escalas de plantonistas, zelando para que não haja lacunas, durante as 24 horas de funcionamento da instituição, de acordo com o regramento dado pela Resolução CFM nº 2.056, de 20 de setembro de 2013;

h) Tomar as providências necessárias para solucionar a ausência de plantonistas;

i) Assegurar que as condições de trabalho dos médicos sejam adequadas em relação à manutenção predial, ao abastecimento de produtos e insumos de qualquer natureza, inclusive alimentos e produtos farmacêuticos, conforme padronização da instituição;

j) Assegurar que as pessoas jurídicas que atuam, na instituição, estejam regularmente inscritas, no Conselho Regional de Medicina do Paraná;

k) Assegurar que os convênios relacionados à área de Ensino sejam formulados dentro das normas vigentes para a adequada garantia de seus cumprimentos;

(12)

l) Acionar o DIRETOR DO CORPO MÉDICO, quando existirem irregularidades relacionadas à sua competência funcional;

m) Manter o DIRETOR DO CORPO MÉDICO informado das decisões tomadas pela Direção da instituição, quando afetarem sua área de competência;

n) Em conjunto com o DIRETOR DO CORPO MÉDICO, dar posse aos novos membros do CORPO MÉDICO;

o) Estimular o desenvolvimento de pesquisas, no âmbito da instituição, garantindo a observância da ética que preside a pesquisa em seres humanos;

p) Garantir que todo paciente sob a responsabilidade da instituição tenha um médico designado como responsável pelo seu atendimento.

Compete ao DIRETOR DO CORPO MÉDICO:

a) Dirigir e coordenar o CORPO MÉDICO da instituição; b) Fiscalizar o exercício ético da Medicina;

c) Zelar pelo cumprimento do Regimento Interno do CORPO MÉDICO;

d) Apresentar à Diretoria da instituição sugestões que visem à melhoria do atendimento médico; e) Encaminhar consultas, ou denúncias de natureza ética à Comissão de Ética Médica;

f) Divulgar as determinações oriundas do Conselho Regional de Medicina do Paraná e do Conselho Federal de Medicina;

g) Após ouvir o CORPO MÉDICO, propor o aperfeiçoamento da sistemática de atendimento em todas as dependências da instituição, a submetendo à apreciação da Direção Técnica;

h) Estimular o desenvolvimento de pesquisas, no âmbito da instituição, garantindo a observância da ética que preside a pesquisa em seres humanos;

i) Fiscalizar o cumprimento de normas, protocolos e rotinas da instituição; j) Representar o CORPO MÉDICO, junto à Diretoria Executiva da instituição; k) Prestar contas de seus atos ao CORPO MÉDICO, nas Assembleias;

l) Assegurar a autonomia profissional, científica, técnica e política entre os integrantes do CORPO MÉDICO;

m) Solicitar ao DIRETOR TÉCNICO as necessárias correções de eventuais problemas de serviços técnicos;

(13)

n) Colaborar com o DIRETOR TÉCNICO para garantir que todo paciente sob a responsabilidade da instituição tenha um médico designado como responsável pelo seu atendimento;

o) Em conjunto com o DIRETOR TÉCNICO, dar posse aos novos membros do CORPO MÉDICO; p) No caso de instituições de Corpo Médico Aberto, propor a admissão e a exclusão de membros,

segundo decisões da Assembleia do CORPO MÉDICO;

q) Exigir dos médicos assistentes ao menos uma evolução e prescrição diária de seus pacientes, assentadas no prontuário;

r) Recepcionar e assegurar a todos os estagiários, acadêmicos, médicos e médicos residentes as condições de exercerem suas atividades com os melhores meios de aprendizagem, com a responsabilidade de exigir supervisão para todos;

s) É assegurado ao DIRETOR DO CORPO MÉDICO convocar e dirigir as Assembleias do CORPO MÉDICO, encaminhando ao DIRETOR TÉCNICO as decisões para as devidas providências, inclusive quando houver indicativo de suspensão integral ou parcial das atividades médico-assistenciais por faltarem as condições funcionais previstas, na Resolução CFM nº 2.056/2013, em consonância com o disposto no Art. 20 e parágrafos desse mesmo dispositivo. Sendo ainda de seu direito, comunicar o Conselho Regional de Medicina do Paraná e, se necessário, outros órgãos competentes.

Compete ao VICE-DIRETOR DO CORPO MÉDICO:

a) Substituir o DIRETOR DO CORPO MÉDICO nos seus impedimentos temporários ou definitivos;

b) Secretariar as reuniões do CORPO MÉDICO;

c) Elaborar os relatórios a serem apresentados pelo DIRETOR DO CORPO MÉDICO, instruindo-os com a documentação e esclarecimentinstruindo-os necessáriinstruindo-os;

d) Expedir correspondência e dar ciência dos atos ao DIRETOR DO CORPO MÉDICO; e) Lavrar as Atas das reuniões do Corpo Médico em livro próprio;

f) Providenciar as assinaturas no Livro de Presença, às reuniões do Corpo Médico;

g) Disponibilizar as Atas das reuniões, bem como o livro de presença, documentos que atestam a vitalidade do Corpo Médico, para a eventual fiscalização do CRM.

(14)

Art. 13. O DIRETOR DO CORPO MÉDICO e seu VICE reunir-se-ão, periodicamente, segundo calendário estabelecido, em comum acordo, para tratar de assuntos de sua competência.

CAPÍTULO VI - DAS ELEIÇÕES

Art. 14. O DIRETOR DO CORPO MÉDICO e o VICE-DIRETOR DO CORPO MÉDICO serão eleitos, em reunião do CORPO MÉDICO, especialmente convocada, através de edital, para esta finalidade.

Art. 15. Os candidatos inscrever-se-ão, junto à Comissão Eleitoral, em chapas compostas por dois médicos - o candidato a DIRETOR DO CORPO MÉDICO e o candidato a VICE-DIRETOR DO CORPO MÉDICO - até 24 horas antes do horário marcado para o início dos trabalhos da data designada para a eleição.

Art. 16. A Eleição será em escrutínio secreto, vencendo o candidato, ou a chapa que receber o maior número de votos e o mandato será de 02 (dois) anos, sendo possível ocorrer reeleição.

Art. 17. A posse do DIRETOR DO CORPO MÉDICO será realizada em até 30 (trinta) dias, após as eleições.

Art. 18. O resultado da Eleição deverá ser comunicado, formalmente, ao Conselho Regional de Medicina do Paraná pela Comissão Eleitoral.

CAPÍTULO VII - DAS REUNIÕES DO CORPO MÉDICO

Art. 19. O CORPO MÉDICO reunir-se-á em Sessão Ordinária, uma vez por mês e, extraordinariamente, sempre que for convocado, com pelo menos 48 horas de antecedência, pelo DIRETOR DO CORPO MÉDICO, ou pelo DIRETOR TÉCNICO da instituição ou por 1/3 dos membros do Corpo Médico.

(15)

§ 1º O comparecimento dos membros do Corpo Médico tem caráter obrigatório e deverá ser documentado no livro de presença.

§ 2º As reuniões ordinárias e extraordinárias serão convocadas em edital, sem prejuízo de que outras formas de aviso e de comunicação sejam utilizadas.

Art. 20. O CORPO MÉDICO deliberará em primeira convocação, estando presente a maioria simples (50% + 1) de seus membros.

§ único - Na falta de “quórum” previsto neste artigo, a sessão, em segunda convocação, trinta minutos após, será realizada com qualquer número de presentes, sendo suas decisões tomadas por maioria simples.

Art. 21. O DIRETOR DO CORPO MÉDICO, além de seu voto natural, tem também o de qualidade.

CAPÍTULO VIII - DOS DIREITOS E DEVERES DO CORPO MÉDICO

Art. 22. São direitos dos membros do Corpo Médico:

a) Votar e ser votado, atendendo-se ao disposto neste Regimento Interno; b) Receber e atender os doentes que lhes forem encaminhados;

c) Defender-se de acusações que lhes sejam imputadas;

d) Representar contra atos que possam prejudicar o conceito da instituição ou a qualidade do atendimento;

e) Decidir, autonomamente, quanto à prestação de serviços a pacientes do Sistema de Saúde Suplementar, mesmo quando aceitos pelo Corpo Médico e pela instituição;

f) Comunicar formalmente falhas observadas, na assistência prestada pela instituição, e reivindicar melhorias, que resultem em aprimoramento da assistência aos pacientes;

g) Votar o Regimento Interno em Assembleia do Corpo Médico;

h) Frequentar a instituição e utilizar para a execução de seu trabalho todos os serviços, recursos técnicos, materiais e equipamentos disponíveis, necessários à assistência dos clientes sob sua

(16)

responsabilidade desde que, devidamente habilitado para tal e observadas as normas estabelecidas.

Art. 23. São deveres dos membros do Corpo Médico:

a) Cumprir e fazer cumprir o Código de Ética Médica;

b) Frequentar a instituição, assistindo seus pacientes, valendo-se dos recursos técnicos disponíveis, visitando diariamente os pacientes internados sob sua responsabilidade;

c) Manter atualizados os prontuários médicos, preenchendo, de forma legível e, em tempo hábil, o prontuário de cada paciente sob sua responsabilidade e os impressos exigidos pela legislação, SUS e Convênios;

d) Garantir que cada registro médico no prontuário, inclusive evoluções e prescrições, sejam particularizados com data, horário, nome legível do profissional, número de inscrição no Conselho Regional de Medicina do Paraná e sua assinatura;

e) Imediatamente após a alta do paciente, organizar seu prontuário em ordem cronológica, com os registros dos dados da anamnese, exame físico, exames complementares, evoluções, prescrições, resumo de alta e outras informações pertinentes, de acordo com as normas adotadas pela instituição;

f) Seguir os regulamentos administrativos da instituição;

g) Preencher os formulários e registros administrativos oficializados na instituição, tais como: termos de ajuste prévio, guias de internamento, de alta e de cobrança de honorários profissionais, etc.;

h) Obedecer à padronização de materiais e medicamentos da instituição, justificando, formalmente, ao DIRETOR TÉCNICO, qualquer atitude contrária;

i) Colaborar com os programas de treinamento da instituição; j) Colaborar com as comissões da instituição;

k) Propor e participar do aperfeiçoamento dos protocolos oficializados pela instituição; l) Participar das assembleias e reuniões científicas do Corpo Médico e da instituição; m) Colaborar com seus colegas, quando solicitado, em tempo hábil;

n) Restringir sua prática à área para a qual foi admitido, exceto em situações de emergência; o) Em caso de necessidade institucional, atuar em área diferente daquela para a qual foi

(17)

p) Submeter-se aos programas de capacitação definidos pela instituição para seu Corpo Médico, de acordo com a missão e as necessidades institucionais.

CAPÍTULO IX - DA ADMISSÃO NO CORPO MÉDICO DAS INSTITUIÇÕES DE CORPO CLÍNICO ABERTO

Art. 24. Para ingressar no Corpo Médico como membro efetivo ou temporário, o candidato deverá requerer a sua inscrição à Direção Técnica da Instituição, anexando os seguintes documentos:

a) Ficha de inscrição devidamente preenchida, na qual deverão constar todos os elementos de identificação e área de interesse de trabalho, inclusive título de especialista, se for o caso;

b) Curriculum Vitae, no qual deverão ser expostos, especialmente, os elementos informativos da área de interesse;

c) Carteira do Conselho Regional de Medicina do Paraná.

Art. 25. A documentação deverá ser protocolada e encaminhada à Direção Técnica da Instituição, a qual formulará parecer quanto ao interesse na sua inclusão. Havendo interesse, encaminhará o processo ao Diretor do Corpo Médico, para apreciação do Corpo Médico e emissão de parecer oficial.

Art. 26. A Direção Técnica e o Diretor do Corpo Médico terão 30 (trinta) dias para proferirem seus pareceres, por escrito.

Art. 27. O Diretor do Corpo Médico fará a apresentação dos pedidos e pareceres em reunião do Corpo Médico, decidindo-se por maioria simples dos votos dos membros efetivos, e encaminhará o parecer do Corpo Médico, por escrito, à Diretoria Geral da Instituição.

Art. 28. Havendo impasse entre o Corpo Médico e a Direção Geral da Instituição, quanto ao ingresso do candidato, a decisão final competirá ao Conselho Regional de Medicina do Paraná, após uma reunião conjunta com a Direção Geral da Instituição e o Corpo Médico.

(18)

Art. 29. A necessidade de maior número de profissionais no Corpo Médico será baseada num acordo de interesses e prioridades, recomendando-se os seguintes critérios:

a) Número de leitos da instituição;

b) Número de pacientes atendidos mensalmente na área específica; c) Número de cirurgias realizadas mensalmente;

d) Número de profissionais já integrados na área específica; e) Renovação de técnicas de atendimento.

Art. 30. As internações de emergência serão deferidas obrigatoriamente ao profissional solicitante, conforme disposto no Código de Ética Médica.

CAPÍTULO X - DA EXCLUSÃO DE MEMBRO DO CORPO MÉDICO ABERTO

Art. 31. A exclusão de membro do Corpo Médico de instituição com o Corpo Médico Aberto, em quaisquer de suas categorias, será precedida de instalação de Comissão de Sindicância, na qual será dado o direito de ampla defesa ao profissional.

Art. 32. A Comissão de Sindicância será instalada, por iniciativa do Diretor do Corpo Médico, ou da Direção Geral da Instituição e deverá constar de Peça Inicial, por escrito, na qual serão especificadas as raízes para o seu procedimento.

Art. 33. A defesa do profissional indiciado deverá ser feita, por escrito, e lhe deve ser deferido o direito de produzir provas.

Art. 34. A decisão do Corpo Médico competirá aos seus membros efetivos, em reunião ordinária ou extraordinária, sendo exigidos 2/3 dos votos presentes para decidir a exclusão.

Art. 35. A decisão final será tomada pelo Diretor do Corpo Médico, levando em conta a decisão da votação dos membros efetivos, em conjunto com a Direção Geral da Instituição.

(19)

Art. 36. Havendo impasse entre o Corpo Médico e a Direção Geral da Instituição, quanto à exclusão pretendida, a decisão final competirá ao Conselho Regional de Medicina do Paraná, após uma reunião conjunta com a Direção Geral da Instituição e o Diretor do Corpo Médico.

Art. 37. Ao Conselho Regional de Medicina do Paraná caberá, no prazo de 30 (trinta) dias, Recurso para deliberar das decisões proferidas no que concerne à exclusão de membros do Corpo Médico Aberto.

CAPÍTULO XI - DA COMISSÃO DE ÉTICA MÉDICA

Art. 38. O Corpo Médico, Aberto ou Fechado, composto por mais de 31 médicos, constituirá Comissão de Ética Médica conforme o disposto na Resolução CFM nº 2.152/2016.

Art. 39. Caso seja dispensada a constituição da Comissão de Ética Médica cabe ao Diretor do Corpo Médico as responsabilidades e as funções definidas, na mesma Resolução, responsabilizando-se por encaminhar as demandas éticas ao Conselho Regional de Medicina do Paraná.

Art. 40. Compete ao Diretor do Corpo Médico encaminhar ao Conselho Regional de Medicina do Paraná a Ata da eleição da Comissão de Ética Médica.

CAPÍTULO XII - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 41. Os casos omissos deste Regimento Interno serão resolvidos pelo Diretor do Corpo Médico e, no que couber, pelo Conselho Regional de Medicina do Paraná.

Referências

Documentos relacionados

4 - Valores da Refl ectância Bidirecional (em fração, de 0 a 1) versus o comprimento de onda central da banda obtidos para a vegetação na imagem sem correção atmosférica e

Apesar do glicerol ter, também, efeito tóxico sobre a célula, ele tem sido o crioprotetor mais utilizado em protocolos de congelação do sêmen suíno (TONIOLLI

a viver na felicidade completa. Vós, Deus de ternura e de bondade, nunca vos cansais de perdoar.. Concedeis agora a vosso povo tempo de graça e reconciliação. Daí, pois, em

O baixo nível de Literacia em Saúde Mental (LSM) é um fator determinante para a ausência de comportamentos de procura de ajuda. O conceito de LSM apresentado

O rejuntamento dos azulejos deve ser iniciado após três dias, pelo menos, de seu assentamento, verificando-se previamente, por meio de percussão com instrumento não contundente, se

Os tratamentos foram definidos em função da época de indução do déficit hídrico nos diferentes estádios fenológicos da cultura (vegetativo, floração e enchimento de grãos) e

Que o Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, no âmbito desta competência, bem como da delegação que lhe foi conferida em reunião de Câmara de 25 de Outubro de

Função de distribuição radial entre os centros de massa (à esquerda) e entre a molécula do soluto e as moléculas de solvente mais próximas (à direita) obtida para a geometria