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Instituto Federal do Espírito Santo Campus Aracruz GRUPO TEATRAL ARTE E RISO: UMA EXPERIÊNCIA CÊNICA NO AMBIENTE ESCOLAR

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Instituto Federal do Espírito Santo Campus Aracruz

GRUPO TEATRAL ARTE E RISO: UMA EXPERIÊNCIA CÊNICA NO AMBIENTE ESCOLAR

Projeto apresentado à Coordenação a Gerencia e à Direção, Sujeito a aprovação para a realização de atividade artística, cultural e educativa no ramos das artes cênicas, no IFES – Instituto Federal do Espírito Santo campus de Aracruz.

Coordenadora: Prof. Camila Conceição Vinhas da Cunha

Aracruz 2011

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SUMÁRIO

1 Grupo Teatral Arte e Riso: Uma Experiência Cênica no Ambiente Escola... 01

1.1 Introdução ... 01 1.2 Justificativa ... 02 1.3 Objetivos ... 06 1.3.1 Objetivo Geral ... 06 1.3.2 Objetivo específicos ... 06 1.4 Metodologia ... 06 1.5 Referências bibliográficas ... 07

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1. GRUPO TEATRAL ARTE E RISO: UMA EXPERIÊNCIA CÊNICA NO AMBIENTE ESCOLAR.

1.1. INTRODUÇÃO

O Projeto Grupo Teatral Arte e Riso: uma experiência cênica no ambiente escolar, busca desenvolver praticas artísticas, mas especificamente a Arte Teatral, com o objetivo que vai além de iniciar os alunos nas artes Cênicas, mas busca desenvolver a arte em sua amplitude, reconhecendo que esta contribui para o desenvolvimento humano, a liberdade de expressão, a valorização da multiculturalidade. O homem, tornando-se artesão e criador de sua realidade, de sua cultura.

Proponho desenvolver o projeto Grupo Teatral Arte e Riso: uma experiência cênica no ambiente escolar no IFES - Instituto Federal do Espírito Santo Campus Aracruz junto aos alunos do Ensino Médio integrado ao técnico em Química e Mecânica, além de oportunizar aos alunos conhecer, fruir e produzir a Arte Teatral, como sugere a Arte/educadora Ana Mae Barbosa 1 em sua Proposta Triangular. Este projeto envolverá todos que fazem parte da comunidade escolar. Por é fundamental buscar contatos em associações culturais, órgãos públicos, festivais assim o projeto além de ganha visibilidade, colocará em praticas um dos seus objetivos de disseminar a arte teatral.

As praticas artísticas colaboram com educação vendo que a arte é essencialmente humana e esta, utiliza o conhecimento de técnicas, mas também a sensibilidade que é natural a todos, mas desenvolvida por poucos.

O Teatro no ambiente escolar é uma proposta eficaz já que tanto a escola quanto a arte teatral buscam o aprendizado o desenvolvimento humano, apesar de ambos possuírem características especificas e diferentes, estas se completam. Principalmente quando se trata especificamente do Instituto Federal do Espírito Santo no Campus de Aracruz, que possui um publico interessando um grupo teatral que no momento está com suas atividades

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Ana Mae Barbosa, Arte/educadora referência no Brasil no ensino de arte nas escolas. Possui pesquisa que defende o papel em que a arte estimula a construção e a cognição das crianças e adolescentes, ajudando a desenvolver outras áreas de conhecimento. Desenvolvendo uma proposta triangular onde o aluno possui um conhecimento mais amplo em relação as aulas de artes por Conhecer e fruir e produzir destas manifestações.

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paradas, mas há o desenvolver dos alunos como de toda comunidade escolar de voltar com as atividades vendo que os alunos possuem uma pré-disposição para tal e ainda com base no Plano de Desenvolvimento Institucional do IFES (2009–2013) que estabelece dentre suas ações “Estruturar atividades artístico-culturais como parte do processo pedagógico educativo e da cidadania” (p.40).

1.2 JUSTIFICATIVA

Por décadas a escola passou a desenvolver atividades artísticas relacionadas a reprodução, confecção de materiais, tendo como prioridade o produto final desenvolvido nas aulas, limitando a criatividade e a imaginação dos alunos negligenciando sua real função. No período da Ditadura as disciplinas Filosofia e Sociologia foram retiradas do currículo escolar, permanecendo a arte, mas sendo desenvolvida como mera reprodução de materiais plásticos, do modo que esta não pudesse alcançar vôos maiores, impedindo-se de sua própria natureza reflexiva, crítica e criadora.

Apesar do fim da ditadura, nossa escola aos poucos vem desvencilhando-se de tais pré-conceitos onde as aulas de artes não possuíam uma devida importância por estar restrita a mera reprodução. Não era interessante para o governo que a população acreditasse em seu potencial como produtor de cultura, enquanto artistas. Porque além que aumentar a auto-estima das pessoas ainda possibilitava que desenvolver-se o pensamento critico e questionador, assim como permitia o acesso a novos meios de comunicação, através das imagens nas pinturas, das poesias nas musicas, das vozes no teatro e do corpo na dança. Diversas formas de comunicação seria mais difícil controlar.

Os resquícios da Ditadura foram um dos fatores que contribuíram para o pouco incentivo a cultura e a desvalorização das artes, enquanto essencial para o desenvolvimento social, político e humano.

Desmistificar que a arte é possível apenas para poucas pessoa que possuem um dom especial é o primeiro passo para se entender a arte como a acessível a todos. Como acredita o Arte/Educador Dan Baron (2000, p. 56),

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A cultura é normalmente entendida como arte produzida para galeria e teatros, por gênios criativos em isolamento. Essa crença nos tem desviado e inferiorizado por séculos. Tem sido usada para nos convencer de que a cultura é irrelevante a nossa vida e para nos excluir da construção de idéias e interpretações. Resultou na idéia de que não possuímos técnicas culturais. Mas, sobretudo, essa mentira tem sido usada para nos desencorajar de participar da construção de nossa própria cultura e identidade.

O teatrólogo Augusto Boal (1931/2009) 2, trabalhando com atores amadores e não-atores, criticando a falta de acesso, a descrença das pessoas que não se vêem enquanto artistas e a atuação de alguns atores profissionais. Provocando a todos com a frase “todo mundo pode fazer teatro até os atores”. Acreditando no potencial artístico dos alunos, como produtores de cultura, o projeto contribuirá para ampliar tais potencialidades que contribuíram para o desenvolvimento artístico, profissional e humano, disseminado a arte teatral na comunidade local.

As manifestações artísticas muitas vezes são elitistas e, por isto, acabam por excluir o povo3. O povo deve ter uma participação igualitária, não apenas nas manifestações culturais, mas também na política, na economia, que ainda permanecem dominadas pela elite. A busca desta libertação é proposta por Boal, em sua vertente do Teatro do Oprimido tem por base a Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire (1921/1997)4. )5. As duas propostas compartilham pontos em comum que influenciaram a proposta de um Teatro de transformação, desenvolvido mundialmente por Dan Baron6.

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Augusto Boal dramaturgo, professor de Teatro, diretor, desenvolveu a técnica de Teatro do Oprimido, quando esteve exilado pela ditadura militar. O Teatro do Oprimido é um Teatro para o povo, “um ensaio para revolução” (BOAL, 1979, p. 19).

3 Entendo “povo” nesse projeto como a classe socioeconomicamente desfavorecida que compõe a sociedade brasileira.

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Paulo Freire foi um educador de renome internacional que desenvolveu um método de alfabetização mais adequado à realidade dos alunos, proporcionando uma Educação Popular. Buscou uma Educação pra o desenvolvimento de um pensamento questionador, para a formação da consciência crítica. (FREIRE, 1987, p. 16).

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Paulo Freire foi um educador de renome internacional que desenvolveu um método de alfabetização mais adequado à realidade dos alunos, proporcionando uma Educação Popular. Buscou uma Educação pra o desenvolvimento de um pensamento questionador, para a formação da consciência crítica. (FREIRE, 1987, p. 16).

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Dan Baron, Arte/Educador, dedicou sua vida a lutas populares e a movimentos sociais. É presidente da Associação Internacional de Drama-Educação (IDEA). Escritor do livro

Alfabetização cultural, no qual apresenta seu método de (re)humanização, (re)alfabetização,

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Com os novos anseios do mundo contemporâneo capitalista, a prática de ir ao Teatro vem se extinguindo pouco a pouco. Vários foram os motivos que colaboraram para o esvaziamento das salas de espetáculos. Estes fatores foram causados tanto pelo público quanto pelos artistas e produtores de Teatro. No modo de vida contemporâneo, as pessoas não possuem tempo livre para consumir manifestações artísticas fora de sua residência ou de seu local de trabalho, por isto a televisão vem a ser o recurso considerado mais apropriado, por não impossibilitar o espectador de realizar outras tarefas paralelamente.

O individualismo é outra característica do atual sistema capitalista, o que não se coaduna com a ida ao Teatro por ser uma manifestação obrigatoriamente coletiva. Para Flávio Desgranges (2003, p. 26) seria necessário que artistas e produtores de Teatro abrissem as salas de espetáculos, tornando-as mais acessíveis, não apenas no que se refere ao valor dos espetáculos – apesar de este ser um fator real que seleciona o público – mas “abrir o teatro, de fato, de maneira que o espectador se sinta participante efetivo de um movimento artístico, fazendo da instituição teatral um espaço comunitário, de todos e aberto a todos.” O espectador tem uma fundamental importância para o acontecimento teatral. Sua importância não se restringe apenas à bilheteria. Sua participação na platéia deve ser ativa. Mas para que isso ocorra é necessário que o espectador conheça suas regras, sua linguagem, podendo exercer, assim, um questionamento crítico sobre a peça que assistiu, entendendo qual foi sua proposta, quais foram as técnicas utilizadas pelo ator. Como Desgranges (op. cit., p. 30) porpõe que “é preciso formar espectadores que estejam aptos a decifrar os signos propostos a elaborar um percurso próprio no ato da leitura da encenação, pondo em jogo

externalizada através da cultura. [...] “não estou propondo uma nova maneira de ‘trazer a cultura para as massas’ ou promover a ‘conscientização das massas’. Estou propondo a valorização das outra linguagens e inteligências que usamos intuitivamente o tempo inteiro” (BARON, 2004, p. 38).

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sua subjetividade, seu ponto de vista, partindo de suas experiências, sua posição, do lugar que ocupa na sociedade.”

O Projeto Grupo Teatral Arte e riso além de realizar a proposta do teórico teatral Desgranges para a formação de expectadores permitirá aos participantes uma busca pessoal e/ou coletiva, através de percepções, da imaginação, da emoção, da investigação, da sensibilidade e da reflexão ao realizar e fruir produções artísticas. Os temas propostos para a criação dessas expressões artísticas estarão vinculados às realidades sociais, econômicas, políticas e culturais dos alunos. As aulas estarão organizadas a partir de um trabalho cooperativo, com a coordenação da professora de Artes, assim como o ambiente de trabalho que será construído por todos os envolvidos no grupo teatral, facilitando o diálogo, confiança e o respeito.

A arte e sua suma importância para o aprendizado dos alunos por ser uma forma dos mesmo desenvolverem su pensamento criativo, imagético, sua expressão corporal, vocal, e ainda se apropriar de um poderoso meio de comunicação ao conhecer e desenvolver trabalhos artísticos relacionados ao teatro. A Arte/Educadora Heloise Pedralva (2007, não paginado), vem colaborar com o nosso entendimento a respeito da importância ao desenvolver o Projeto de teatro na escola:

A importância e a riqueza da arte vêm exatamente da sua capacidade de reunir todas as dimensões humanas - a emotiva, a racional, a mística, a corporal. O tipo de experiência que a arte é capaz de proporcionar é único, e não pode ser substituído por nenhuma outra área do conhecimento humano. Isso significa que sem a arte nosso entendimento do mundo e também de nós mesmos fica empobrecido. Conhecer e entender a arte produzida pelo grupo cultural a que pertencemos é fundamental na construção da nossa identidade. Por outro lado, o contato com a arte de outras culturas dá oportunidade de perceber o que temos de singular, e também amplia nossa visão do mundo.7

É através do contato com outras culturas que conhecemos a nossa é contaco com outras pessoas que formamos nossa identidade e precisamos sempre do olhar do outro para nos conhecermos já que estamos tão próximos de nós mesmo ao ponto de dificultar uma reflexão distanciada e efetiva.

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Disponível em <http://anasra.blogspot.com/2007/07/importncia-da-arte.html>. Acesso em 11/12/2009.

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1.3 OBJETIVOS

1.3.1 OBJETIVO GERAL

 Desenvolver atividades artísticas, mais especificamente do Teatro

1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Dinamizar as atividades cênicas na escola;

 Desenvolver o enriquecimento pessoal do estudante fundado na sensibilidade, no conhecimento e capacidade de reflexão sobre a dramaturgia, a estética e o papel social do teatro;

 Apresentar os diversos signos relacionados à arte teatral possibilitando que os alunos atuem em espetáculos teatrais de maneira criativa, responsável e ética;

 Estimular a prática teatral da cidade e região, atuando na formação do espectador e visando a ampliação da oferta de espetáculos teatrais;

 Resgatar e valorizar as manifestações artísticas da região, de modo a difundi-las através do teatro;

 Pesquisar as diversas culturas pertencentes aos que compõem a comunidade escolar;

 Realizar apresentações públicas de um exercício cênico resultante das experiências do grupo;

1.4 METODOLOGIA

 A formação de um grupo teatral, onde a iniciação para o teatro será realizada através de Jogos teatrais, Jogos dramáticos, Jogos de improvisação, exercícios de Expressão Corporal e Expressão Vocal anterior aos ensaios para a apresentação de peças teatrais os alunos.

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 Conhecimento de técnicas teatrais e das diversas linhas distintas para a interpretação

 Estudo das diversas linhas e concepções teatrais, como por exemplo, o teatro convencional/tradicional, teatro de rua, teatro de Bonecos ente outros especificidades.

 Entender os diversos signos que compõem o teatro entre eles o figurino, iluminação, sonoplastia, cenário, caracterização e a dramaturgia;

 Estratégias de conhecimento do contexto sócio-cultural dos alunos, através do diálogo com alunos, professores e pais;

 Pesquisa das tradições, influências políticas e raízes culturais dos alunos.

Obs.: Se houver um contexto histórico de colonizações, imigrações, estudar também a história dos povos envolvidos e discutir o decorrente processo de miscigenação.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARON, Dan. Alfabetização cultural: a luta íntima por uma nova humanidade. São Paulo: Alfarrábio, 2004.

BOAL, Augusto. Jogos para atores e não-atores. Rio de Janeiro: Civilização, 1998.

BOAL, Augusto. Técnicas Latino – Americanas de Teatro popular. São Paulo: Hucitec, 1979.

DAYRELL, Juarez. A escola “faz” as juventudes? Reflexões em torno da socialização juvenil. 2007. p. 1105-1128. Disponível em <http://www.cedes.unicamp.br>. Acesso em: 01/12/2009.

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