• Nenhum resultado encontrado

ANAIS JORNADA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - V ISSN: VI JOEP de 24 a 28/10/2016 Tangará da Serra/MT.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ANAIS JORNADA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - V ISSN: VI JOEP de 24 a 28/10/2016 Tangará da Serra/MT."

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

Coordenação do Curso Engenharia de Produção - UNIC Tangará da Serra – MT.

AGRICULTURA FAMILIAR: Principais cultivos dos assentamentos

rurais de Nova Olímpia - MT.

SILVA, Fagna E. da 1 NUNES, Jhon W. A 2 ARAÚJO, Simone P. de3

RESUMO

Este trabalho resulta na importância dos assentamentos que existem no município de Nova Olímpia-MT, enfatizando as necessidades que abrangem e a dificuldade que eles têm para manterem seu sustento familiar e sua produção. Portanto, esse estudo tem por objetivo identificar quais são os principais cultivos que os assentados produzem e se os gestores possuem politicas para incentivar a agricultura com foco no desenvolvimento sustentável. Do ponto vista metodológico, trata-se de uma pesquisa qualitativa, documental com auxílio de pesquisa bibliográfica para coleta de dados secundários e de conversas semiestruturada. E por fim apresenta resultados que irão nortear os assentados para cuidar de suas áreas em prol dos direito ambientais e econômicos.

Palavras-chave: Assentamentos, Agricultura Familiar, Desenvolvimento Sustentável. 1- INTRODUÇÃO

A agricultura familiar, durante a maior parte da história brasileira, foi um segmento quase inteiramente esquecido pelo Poder Público. A modernização da agricultura se deu em detrimento deste segmento, uma vez que as políticas públicas privilegiaram os produtores mais capitalizados: a esfera produtiva de commodities, voltadas ao mercado internacional, com fins de correção dos desequilíbrios dos pagamentos externos do país (MATTEI, 2001; DELGADO, 2005).

No município de Nova Olímpia-MT, a agricultura familiar é oriunda de produtos rurais que residem e trabalham em assentamentos. Sendo que, segundo Figueireido e Lameira (2002), “existem quatro assentamentos que são divididos em onze comunidades, pertencente ao INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), perfazendo um total de 245 lotes”.

A lei de nº 11.326, de 24 de julho de 2006, estabelece que as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar, estabelecendo princípios, conceitos, e instrumentos destinados à políticas públicas direcionadas à Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. Essa lei estabelece que para ser considerado agricultor familiar a sua área não pode ultrapassar quatro módulos fiscais e utilizar de forma predomina a mão de obra familiar. É necessário também que tenha percentual mínimo da renda familiar originada de atividades econômicas do seu estabelecimento (BRASIL, 2006).

1Professora de Ciências na Secretaria de Estado do Mato Grosso – (SEDUC-MT); Nova Olímpia – MT; email:fagninha87@hotmail.com

2Discente do curso de Engenharia de Produção Agroindustrial; Universidade do Estado de Mato Grosso-UNEMAT, Barra do Bugres-Mato Grosso; e.mail: jhonwittor@gmail.com

3Professora de Artes e Geografia na Secretaria de Estado do Mato Grosso – (SEDUC-MT); Nova Olímpia – MT; email:mony_27mt@hotmail.com

(2)

Coordenação do Curso Engenharia de Produção - UNIC Tangará da Serra – MT.

A maioria dos assentados rurais produz cana de açúcar sendo considerado como o principal produto da agricultura local, em função da implantação do complexo agroindustrial da usina produtora de álcool e açúcar que se encontra localizada neste município, assim esta matéria-prima é classificada como ‘carro chefe’ da economia nova-olímpiense, absorvendo significativa parcela da população economicamente ativa residente e também de uma população flutuante oriunda de outras regiões.

Essa usina respeita e protege o meio ambiente de forma que nenhum progresso é possível se não houver comprometimento com o futuro das novas gerações. Com este propósito foi implantado o Sistema de Gestão Ambiental (SGA), que segundo Azevedo (2001), possibilitou a detecção dos impactos ambientais decorrentes do processo produtivo agrícola e industrial.

O SGA desenvolve ações concretas no sentido de diminui-los ou, ainda, elimina-los. Além disso, o monitoramento do processo operacional permite evitar um possível impacto (AZEVEDO, 2001). Voltando as histórias políticas para a agricultura dos pequenos produtores, acaba criando obstáculos a sustentabilidade econômica dos assentamentos rurais.

1.1

Objetivos

Esta pesquisa tem como objetivo principal de verificar qual o principal cultivo que é produzido nos assentamentos de Nova Olímpia-MT, e como objetivos específicos de realizar uma revisão bibliográfica sobre agricultura familiar e identificar quais as políticas públicas que os gestores do município realizam para incentivar o pequeno produtor a aperfeiçoar seus produtos com intuito de agregar valores sem precisar desmatar áreas de formas demasiadas respeitando a natureza.

2- REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Conceito de assentamentos rurais

O termo assentamento apareceu segundo Bergamasco e Norder (1996), pela primeira vez no vocabulário jurídico e sociológico no contexto da Reforma Agrária venezuelano, em 1960, e se difundiu para inúmeros outros países. Os assentamentos rurais podem ser definidos como uma nova criação de produção agrícola, por meio de políticas governamentais visando o reordenamento do uso da terra, em benefício de trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra (BERGAMASCO e NORDER, 1996).

As dificuldades que a população enfrenta em seu meio tais como: desemprego, habitação, condições de vida bastante precárias, entre outras, as unidades de produção familiar tem a função de conter o avanço da migração rural para as cidades (LAMARCHE,

(3)

Coordenação do Curso Engenharia de Produção - UNIC Tangará da Serra – MT.

1993). Neste contexto de reforma agrária, o termo assentamento está relacionado a um espaço preciso em que uma população será instalada é, portanto, uma transformação do espaço físico, cujo objetivo é a sua exploração agrícola (BERGAMASCO; BLANC-PAMARD; CHONCHOL, 1997).

Para Bergamasco e Norder (1996), acreditam que “os assentamentos podem ser definidos como a criação de novas unidades de produção agrícola, por meio de políticas governamentais visando o reordenamento do uso da terra, em benefício de trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra”. Segundo o autor focaliza os assentamentos como formas objetivas de fazer uma reforma agrária.

A implantação dos assentamentos tem haver por um lado, com a configuração das forças políticas onde os planejamentos corretos na implantação de um assentamento rural destinada ao desenvolvimento socioeconômico das famílias exigem planejador um conhecimento completo e detalhado de todas as condições que cercam as áreas assentadas.

2.2- Agricultura familiar sustentável

A agricultura familiar, segundo Abramovay e Carvalho Filho (1994), desempenha um importante papel no desenvolvimento brasileiro tornando-se centro de debate sobre reforma agrária. De acordo com Le Bourlegat (2000), a idealização da agricultura familiar, na qual se inserem os assentamentos rurais, supõe uma lógica específica de reprodução da unidade familiar dentro do universo capitalista. Assim os assentamentos podem estabelecer locais privilegiados de experiências tecnológicas pouco rentáveis em termos contábeis de empresas capitalistas, mas perfeitamente rentáveis em termo de economia familiar dos agricultores.

A agroecologia se constitui um conjunto de princípios, um desses é a sustentabilidade social ecológica que em condições agrícolas predomina a agricultura familiar. Com esse enfoque, abordar-se a organização social estabelecida nos assentamentos rurais, aonde vem sendo estruturado, há alguns anos, o referido modelo social ecológico de sustentabilidade.

O desenvolvimento local sustentável do meio rural por muito tempo foi medido através do nível crescente das produtividades dos agrícolas, assim sendo comercializados no município. Para Tigiboy (1993), “0 desenvolvimento sustentável é, na sua essência um desenvolvimento humano, e as mais diversas formas de organização no mundo moderno.”

Para Sachs (1993), “as estratégias de eco desenvolvimento, para os países em vias de desenvolvimento podem ser triplamente vencedoras”. Segundo o autor, os assentamentos urbanos sustentáveis devem ser vistos como ecossistema, pois existem recursos que são subtilizados ou mal utilizados, tais como: terras agriculturáveis, lixo

(4)

Coordenação do Curso Engenharia de Produção - UNIC Tangará da Serra – MT.

reciclável, potencial para conservação de energia e água, potencial para poupança de recursos de capital, mediante a melhor manutenção de equipamentos infraestruturas e imóveis.

Segundo Coelho et al., (1994) afirma que “os agricultores tradicionais, ao longo de sua história, constroem seus modelos, inúmeros e variados como eles próprios os são”. A agricultura opera tanto no mundo natural como no mundo social, parte do pressuposto de que os principais determinantes dos sistemas de produção agrícola estão no mundo natural.

De acordo com Ramalho Filho e Beek (1995), “a aptidão agrícola, depende de uma boa harmonia do solo com os recursos disponíveis na natureza, sem agravantes para o agro ecossistema”. Segundo o autor, relata que os agricultores dos assentamentos do município, possuem o conhecimento empírico sobre solos e sobre rotação de culturas, assim, o cultivam sem a necessidade de que alguém ensine isso para eles. Neste sentido, a agroecologia se insere como estratégia sustentável de produção.

Segundo Martins e Pelegrini (1984), dos tipos de solos que compõem as áreas de cerrado, são de baixa fertilidade, com elevada acidez sofrendo limitações para agricultura. Isso indagar a respeito de como é feito o manuseio relacionado às plantações onde não utilizam de quaisquer práticas e de produtos de síntese industrial.

Para Primavesi (2002), “o manejo do solo é basicamente através do uso de enxada para capinar, a matraca para plantio de sementes, além de práticas como derrubada de toco e o uso de animais para arar a terra”. Segundo o autor, é importante ressaltar que antigamente se trabalhavam a este modo, tanto que nos assentamentos dos municípios os agricultores ainda continuam a esta maneira trabalhando todos os dias da semana para assim produzir seu meio de sobrevivência.

De acordo com Gregolim (1999), assegura a importância que os pequenos agricultores representam com relação ao que produzem, pois fazem parte significativa dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros e, historicamente, nunca estiveram expostos em lugares privilegiados na condição de prioridade das políticas agrícolas e agrárias do país.

Em suma, a agricultura familiar tem como proposta a priorização da vida e da manutenção da sustentabilidade, quando associa a um ambiente como meio social. Desta forma, este pensamento incorpora uma ideia de desenvolvimento do ser humano ao requerer a redução da desigualdade social.

3- METODOLOGIA

O presente estudo visa identificar qual a principal cultura produtiva produzida por produtores rurais de assentamentos que se encontram dentro do município de Nova Olímpia-MT. A partir desse espaço territorial, o instrumento utilizado para a coleta de dados

(5)

Coordenação do Curso Engenharia de Produção - UNIC Tangará da Serra – MT.

foi à técnica de observação não participativa de uma entrevista semiestruturada nesse estudo exploratório e de campo, além de análises documentais disponibilizadas pela Secretaria Municipal de Agricultura, Indústria e Comércio do município.

A priori para atender o objetivo dessa pesquisa de caráter qualitativo, porque apenas fez a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados e não precisou de métodos e técnicas estatísticas, realizar se uma pesquisa bibliográfica que consiste em discursões de autores a fim de analisar todo um contexto da situação local que abrange os assentados do município de Nova Olímpia-MT.

4- RESULTADO E DISCUSSÃO

A Secretaria Municipal de Agricultura do município de Nova Olímpia-MT tem como missão orientar, coordenar e controlar a execução das políticas de desenvolvimento agropecuário municipal, a partir da promoção e realização de atividades a ela relacionadas, delimitando inclusive áreas destinadas a exploração da produção de forma sustentáveis.

No entanto, a sociedade sustentável é capaz de fazer suas necessidades sem comprometer as chances de sobrevivência das gerações futuras. A secretaria desenvolve estudos e projetos de elaboração, avaliação e revisão do Plano Diretor Estratégico; a elaboração de proposições para legislação sobre parcelamento, uso e ocupação do solo com vistas à atualização das normas urbanísticas do município.

Neste cenário o processo de crescimento populacional é elevado porque contém usos inadequados de recursos naturais, assim como a concentração de riqueza e renda. Existe a necessidade de mudança de paradigmas do próprio sistema para que o modelo ao relacionar processos permanentes de educação e inserção no mercado garanta índices melhores de qualidade de vida.

O acesso terra é um instrumento importante que é previsto pela constituição e regulamentado de acordo com o estatuto da cidade. Sendo assim, o Quadro 1 mostra os nomes dos assentamentos, a quantidade de lotes e famílias e a área total em hectares de cada assentamento.

Quadro 1 - Demonstrativo de assentamentos rurais

Assentamento Nº de Lotes Nº De Famílias Área Total (ha)

Hortência Borges 71 71 2.430,67

Vale do Sol (Paloma) 52 52 2.338,21

Jatobá 36 36 1.106,00

Rio Branco 86 86 2.545,39

(6)

Coordenação do Curso Engenharia de Produção - UNIC Tangará da Serra – MT.

Neste Quadro 1, observa-se que respectivamente o assentamento que mais se destaca em relação aos números de lotes e família e tamanho territorial é o Rio Branco, Hortência Borges, Vale do Sol que é conhecida no município como “Paloma” e o Jatobá.

O principal cultivo para os assentamentos e pela Usina Itamarati S/A é a cana-de-açúcar (Sacharum spp). A usina utiliza essa produção de matéria prima para gerar álcool, açúcar que será submetido à comercialização, e a energia como subproduto do bagaço parte é utilizada na própria fabrica e o que sobra e comercializado. Dessa forma o Quadro 2 descreve o nome popular e as famílias dos principais cultivos que geram fontes de rendas aos produtores do assentamento.

Apesar de que a cana-de-açúcar é uma das principais fontes de renda para os assentados, eles também se destacam em outros tipos de produção, como mostra no Quadro 2, porém a família que mais se destacam é da Gramínea/ Poacea com a produção de arroz, cana-de-açúcar, capim anapie e milho-verde.

Quadro 2: Principais famílias dos cultivos produzidos nos assentamentos de Nova Olímpia

Nome popular Família

Abacaxi Bromeliaceae

Abóbora-rasteira Cucurbitaceae

Alface Asteraceae

Amendoim Fabaceae

Arroz Gramíneas/ Poaceae

Banana Musaceae

Batata-doce Convolvulaceae

Caju Anacardiceae

Cana-de-açúcar Gramínea/ Poacea

Capim anapie Gramíneas/ Poaceae

Cebolinha Alliaceae Coentro Apiaceae Feijão-de-corda Fabaceae Inhame Araceae Jiló Solanaceae Laranja Rutaceae Limão Rutaceae Maxixe Cucurbitaceae

Milho-verde Gramíneas/ Poaceae

Pepino Cucurbitaceae

Quiabo Malvaceae

Salsa (salsinha) Apiaceae

(7)

Coordenação do Curso Engenharia de Produção - UNIC Tangará da Serra – MT.

A ciência agronômica desenvolveu em seu contexto uma visão mecanicista do mundo. Portanto, não parte do princípio de compreensão e utilização de manejo vital de seus sistemas de produção.

Os cultivos produzidos sem o uso de agroquímicos, conforme a figura 1 é: alface (Lactuca sativa), coentro (Coriadrum sativum), cebolinha (Allium schoenoprasum), maxixe (Cucumis anguria), abóbora (Cucurbita moschata), pepino (Cucumis sativos), quiabo (Abelmoschus esculentus), feijão-de-corda (Vigna unguiculata) inhame (Colocasia

esculenta), jiló (Solanum gilo), batata doce (Ipomea batatas), milho-verde (Zea mays L.) e

mandioca (Manihot esculenta).

Figura 1: Assentamentos em Nova Olímpia-MT, como sendo: a- Assentamento Jatobá. b- Plantação de Mandioca na comunidade Riozinho. c- Plantação de Coentro, cebolinha, alface (...) na comunidade Três Ranchos. d- Plantação de Bananal na comunidade Pé da

Serra

Fonte: Autores, (2016).

Esses produtos, em sua maioria são destinados ao consumo da família e a outra parte é comercializada na feira livre municipal, nos supermercados e mercearias. As frutas mais citadas foram banana (Musa paradisiaca L.), abacaxi (Ananas comosus), limão (Citrus

aurantifolia), laranja (Citrus sinensis), caju (Anacardium occidentale), dentre outros. Apesar

de que nas atividades produtivas que envolvem a fruticultura o município não possui ainda

a

b

(8)

Coordenação do Curso Engenharia de Produção - UNIC Tangará da Serra – MT.

uma característica específica quanto a sua produção uma vez que tem significativa participação na economia local.

Conforme Ávila et all., (2000) após a modernização da agricultura houve visibilidade as preocupações ambientais e a busca por modelos alternativos relacionando ciência e conhecimento tradicional para a recuperação do meio ambiente, como também, o saber popular das comunidades existentes e preservação do mesmo .

Em questão do desenvolvimento econômico dos assentamentos o município busca recursos para ajudar os agricultores, como por exemplo, a construção de um laticínio; a assistência técnica da EMPAER para melhorar a qualidade dos produtos; o estimulo do comércio local para agregar valor aos produtos dos agricultores locais; a facilidade em termos logísticos através de um veículo adequado para transportes de mercadorias; a construção de um abatedouro para pequenos animais e instalar torre repetidora de celular para atender a zona rural. Essas contribuições dos gestores desse município são para atender em partes, as necessidades dos assentados trazendo uma estrutura que possam melhor favorecê-los.

A maioria das modificações causadas ao meio ambiente é porque às atividades agropecuárias são feitas de forma equivocadas podendo assim causar impactos irreversíveis. Conforme Oldeman (1994) por volta de 1990, às práticas agrícolas inadequadas contribuiu para a degradação de 562 milhões de hectares, isso são aproximadamente 36% dos 1,5 bilhão de hectare agricultável do mundo.

Na visão do Direito Ambiental, Custódio (1993), afirma que:

O conceito de dano ambiental, decorrente de poluição ambiental pelo uso nocivo da propriedade e por condutas ou atividades lesivas ao meio ambiente, compreende todas as lesões ou ameaças de lesões prejudiciais à propriedade (privada ou pública) e ao patrimônio ambiental, com todos os recursos naturais ou culturais integrantes, degradados, descaracterizados ou destruídos, individualmente ou em conjunto (CUSTÓDIO, 1993).

De forma distinta, a noção de meio ambiente abordado por Branco e O’Neil (1993) pode ser entendida como o palco das relações entre o homem e a natureza, no curso do processo produtivo. A dinâmica do desenvolvimento das forças produtivas e da relação de produção provocará conflitos sociais e impactos ambientais, determinados na apropriação da natureza pela sociedade.

Na questão ambiental o foco do município de Nova Olímpia-MT é de implantar uma equipe de assistência técnica, pois os assentados não possuem desse serviço de orientação para uma produção com menos agrotóxicos, porque assim o produto vai agregar valor de forma sustentável e não terá um impacto significativo no ambiente, além da área que já foi desmantada.

(9)

Coordenação do Curso Engenharia de Produção - UNIC Tangará da Serra – MT.

5- CONSIDERAÇÕES FINAIS

A necessidade de aplicar uma maneira eficaz de suprir as de cursos que possam auxiliar o conhecimento agroecológicos dos assentados do município de Nova Olímpia-MT, pois essa é uma dificuldade encontrada e sugerindo soluções cabíveis para o problema pra que ocasione danos ao meio ambiente, como a realização de queimadas para realizar uma nova plantação.

Os assentamentos justos com os gestores do município devem buscar a resolução desses problemas. Para que isso ocorra de forma eficiente é necessária à orientação e criação de condições para a moradia e o trabalho de forma que produção dos mesmos seja sustentável respeitando assim os direitos ambientais. A organização da economia local e as dimensões da vida social, educacional e cultural das famílias assentadas eleva seu nível educacional, cultural e de consciência social-política de todas as famílias.

Em suma, os assentados rurais se mostram bastante propícios a iniciativas sociais ecologicamente sustentáveis que visem a atender, de forma integradamente participativa, às necessidades de sua efetiva construção como modelo agrícola tecnológico e uma alternativa de organização agrária aos padrões dominantes.

REFERÊNCIAS

ABRAMOVAY, R.; CARVALHO FILHO, J. J. de. A objetividade do conhecimento nas ciências sociais. In: Revista da Associação Brasileira de Reforma Agrária. v. 24, n. 3, p. 36-53, set./dez., 1994.

ÁVILA, V. F. de et al. Formação Educacional em Desenvolvimento Local: Relato de Estudo em Grupo e Análise de conceitos. Campo Grande. UCDB, 2000.

AZEVEDO, P. F. Comercialização de produtos agroindustriais. In: BATALHA, M. O. (Coord.). Gestão agroindustrial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

BERGAMASCO, S. M. P. P.; BLANC-PAMARD, C.; CHONCHOL, M. - E. Por um Atlas dos assentamentos brasileiros: espaços de pesquisa. Rio de Janeiro: DL/Brasil, 1997.

BERGAMASCO, S. M. P. P.; NORDER, L. A. C.. O que são assentamentos rurais? São Paulo: Brasiliense, 1996.

BRANCO, M. L. G. C.; O’NEILL, M. M. V. C. A Distribuição Espacial de Serviços de Infra-estrutura Social no Brasil: O Abastecimento de Água e a Coleta de Lixo. In: Mesquita, Olindina Vianna & Silva, Solange Tietzmann (coord.). Geografia e Questão Ambiental. IBGE. Rio de Janeiro. 1993.

(10)

Coordenação do Curso Engenharia de Produção - UNIC Tangará da Serra – MT.

BRASIL, Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006. Estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Poder Executivo, Brasília, DF, 24 de jul. 2016. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11326.htm>. Acesso em: 29 abr. 2016

COELHO, M.F.B. et all (orgs.) Diversos Olhares em Etnobiologia, Etnoecologia e Plantas Medicinais: conhecimento nas ciências sociais. In: Revista da Associação Brasileira de Reforma Agrária. v. 24, n. 3, p. 36-53, set./dez., 1994.

CUSTÓDIO, H. B. A Declaração do RIO/92: conteúdo e impacto sobre os direitos nacionais. In: BENJAMIN, Antonio Herman V. (org.) Dano ambiental, prevenção, reparação e

repressão. 3 ed. São Paulo: RT, 1993.

FIGUEIREDO. Adriano Marcos Rodrigues & LAMEIRA. Janice Alves. Os Assentamentos rurais em Mato Grosso- UFMT- Cuiabá/Mt-2002.

GREGOLIN, A. Municipalização da Agricultura: O caso da Assistência Técnica e extensão rural de Santa Catarina. Chapecó: Grifos, 1999.

LAMARCHE, Hugues. (Coord.). A agricultura familiar: comparação internacional. Tomo I. Trad. TIJIWA, Angela Maria Naoko. Campinas: Ed. UNICAMP, 1993.

LE BOURLEGAT, C. A. Ordem local como força interna de desenvolvimento. In: Interações- Revista Internacional de Desenvolvimento Local. Campo Grande. V.1, n. 1. p. 12-20, set 2000.

MARTIN, Paulo San e PELEGRINI, Bernardo. Cerrados: uma ocupação Japonesa no campo. Rio de Janeiro: Editora Codecri, 1984. 163 p.

MATTEI, L. Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF): Concepção, abrangência e limites observados. Texto apresentado no IV Encontro da Sociedade Brasileira de Sistemas de Produção, realizado em Belém (PA), de 19 a 23/03/01. Disponível em:

<http://gipaf.cnptia.embrapa.br/publicacoes/artigos-e-trabalhos/trabalhosbsp3.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2016.

OLDEMAN, L.R. The global extent of soil de gradation. In: Soil Resilience and Sustainable Land Use. GREENLAND, D. J. & SZABOCLS, I (Eds.) Cab International, Wallingford, VK, 1994.

PRIMAVESI, A. M. O Combate à pobreza é básico e depende da recuperação ambiental e da Agroecologia. Agroecol. e Desenv. Rur. Sustent. Porto Alegre, v.3, n.4, p.5-9,out/dez. 2002.

(11)

Coordenação do Curso Engenharia de Produção - UNIC Tangará da Serra – MT.

RAMALHO FILHO, A.; BEEK, K. J. Sistema de Avaliação da aptidão Agrícolas das Terras. 3. Ed. ver. Rio de Janeiro: EMBRAPA-CNPS, 1995. 65 p.

SACHS, I. Estratégias de transição para o século XXI: desenvolvimento e meio ambiente. Studio Nobel São Paulo, 1993.

TIJIBOY, J. A. Educação, Ecologia e Desenvolvimento Municipal. Suliani. Porto Alegre: 1993.

Referências

Documentos relacionados

Por fim, a revista Strada aposta fortemente nas relações públicas, definidas por Kotler e Armstrong (2004) como ferramenta para a «criação de um bom rela- cionamento com o

Although all the cationic porphyrins inactivated the sewage T4-like phage to the limits of detection with all the light sources tested at 5.0 M, photoinactivation with the led

Além disso, é também de referir que ao longo do estágio, foram-me regularmente colocadas questões e pequenos trabalhos de pesquisa, relativos a vários produtos (quer

Os substratos que demonstraram maiores IVG foram vermiculita e papel filtro, sendo que a vermiculita também propiciou maior porcentagem de germinação, indicando que esse substrato

Keywords: Structural Health Monitoring; Cable-stayed Bridges; Thermomechanical Analysis; Damage Detection; Data-based

In this work, TiO2 nanoparticles were dispersed and stabilized in water using a novel type of dispersant based on tailor-made amphiphilic block copolymers of

The focus of this thesis was to determine the best standard conditions to perform a laboratory-scale dynamic test able to achieve satisfactory results of the

Neste sentido, é evidente calcular o grau de sensibilidade atribuída ao indivíduo no que diz respeito à condição de ser racional operante às práticas de seu cotidiano e, no que