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gatinhar desde a mais tenra edade e devem permanecer

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Academic year: 2021

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(1)

Cuidar de

creancas

O costume de pôr os recem-nascidos sentados

quando apenas têm algumas semanas de

vida é tão pernicioso como 0 de fazei -os andar antes do tempo.

O sentar-se é uma attitude pouco natural,

que nenhuma creanva adopta P°r si mesma.

Sentando-se

produz o desequilíbrio a acção normal da circulação e dos nervos e

até dos membros inferiores, Ocasionando congestões e freqüente-mente a compressão completa, e mesmo Permanente, do grande sympathico. Nisso tem origem, muitas vezes, a Paralysia infantil.

Quanto mais cansada estiver a cre-ança mais

terá vontade de se sentar e mais exposta

estará a soífrer as conse-quencias dessa

posição.

As mães e as amas que se acostumam a sentar a creança

em seu regaço, ín-correm

em grave erro, tanto quanto as lue a carregam nos braços de bocca Para cima. Em geral deitam-se as cre-anças assim

para ver-lhes bem o rosto Prodigalizar-lhes caricias e mimos, estes carinhos, muitas vezes dam-ninhos,

poderiam ser prodigalisados mais •O

racionalmente mantendo a creança de lado e livrando-a assim de uma posição perigosa.

E' verdade que as próprias crean-ças freqüentemente procuram sentar-se, mas sá o fazem por espirito de imitação^ As creanças hão de gatinhar desde a mais tenra edade e devem permane-cer gatinhando por um espaço relativa-mente longo, isto é, desde as sete se-manas, segundo a robustez, até a edade de seis mezes e mais. Deve-se fazer que subam diariamente e desçam algu-ma escada, exercício magnífico para desenvolvimento de todo o seu organis-mo, especialmente para fortalecer c peito e os pulmões.

fts enfermidades das creanças pro-vêm em grande parte do habito de as deitarem de bocca para cima e obri-gal-as a sentar-se por muito tempo e freqüentemente, sem attender a que sua posição natural é sempre de lado.

cn

Até meiados do século XIX, pouco se sabia ácerca do fundo do mar.

Em 1850 um grande naturalista in" glez, Eduardo Forbes, assegurou que não era possível viverem animaes de qualquer especie a mais de 540 metros

de profundidade. Hoje está averiguado que mesmo a 5.000 se encontram ani-maes de innumeras especies.

descoberta foi devida a um ac-cidente. Um cabo telegraphico subma-rino quebrou-se. Quando conseguiram retiral-o para o respectivo concerto, viu-se que elle estava coberto de innume-ros seres vivos, desconhecidos até então. O resultado disso foi organisar-se a celebre expedição Challenger, que du-rou desde 1873 até 1876.

CS?

Por

que razão a Elisa fecha os olhos quando canta?...

Porque não tem coragem de ver o auditorio soffrer.

CS7

Em todo o continente atricano, são publicados apenas 250 jornaes.

ra

No mundo consomem-se 600 mi-lhôes de alfinetes por semana.

cn

Quando ouvirem um homem ga-bar-se de comprehender as mulheres, podem, com toda a segurança,, alfir-mar que elle nunca foi c tsaai».

OOJ

Arte [ Americana

Que horror, my dear!

Que foi aquillo? Terremoto ? Nao. Fui.

(2)

r; H mil [iHii ^

i55S^^iffl565S56s5^^^^^^S555

.

O o o

Carnaval de 1923 — Os bailes a phantasia ÍI1ARIO PINTO SERVA —

«O BKASiL CONTEMPO-RANEO». ED. LIVRARIA DO GLOBO. 1922.

O brilhante escriptor Mario Pinto Serva, que o nosso publico tem moti-vos de sobra para querer e admirar, continua na obra grandiosa de enrique-cer o patrimonio mordi ainiellectual do Brasil. E' o nosso Smiles. lauto como o estrangeiro, o publicista nacional fun-damcnta as suas campanhas na eleva-ção do caracter e do credito. 0 Bra-sil Contemporâneo realisa mais uma bella etapa para essa consecussão. Elle o diz, por outras palavras, na "Adver-tencia": "O autor, em trabalhos que ora collige, pensa reflectir alguns as-pectos e ideaes dçssc vasto formigueiro humano que é o Brasil contemporâneo, ora em periodo confuso de elaboração de raças, pensamentos, actividades e

di-0 gorducho René, de 7 mezes, querido filhinho do sr. An<!raus, socio da importante "Cisa dos Tres Irmãos",

-???

rectrizes, complexos, numerosos c va-riados, de que surgira, como de uma crysalida, a formação de um novo typo de civilisação latino e americano".

Para ver como o /\. desenvolve esse thema, reproduzimos, a seguir, os

???-capítulos principaes da obra, destinada, como as outras, a seguro e merecido successo:

Programma nacional — /V O-rientação do pensamento nacional — ü

problema militar — O

pri-Qrupo de alumnos da Casa da Infancia (Escola Montessori) carinhosamente dirigida pela illustre professora senho-rita Mary Buarque, pholographado para "I\ Cigarra" por occásião do Carnaval.

(3)

meiro dever constitucional — O patriotismo intelligente — Começar pelo principio — R grandeza das nações — O espirito de bairro — Voluntariado nacional do ensino Subditos de olygarchias O v°to feminino — Ministério da educação nacional O imposto territorial — O trabalho constitu-cional — Como

se constroe uma nacionalidade — O desenvolvimento dos Estados Unid os — O jogo no Drasil J\ commcmoraçao do Centenário da Independencia — Separatismo — O futurismo O problema operário — Uma cam-panha necessoria — Trabalho e estudo — Iniciativa histórica

-"fganisação

política de S. Póu-J? O grande erro nacional

— ^ dever continental. Cf? «COLMEIA» BEIRO. JOÃO

RI-_ Colmeia é o ultimo livro do sr. João Ribeiro. O nome diz bastante da ? ra: é uma vasta colmeia em que

pul-u am idéias

que para alli ficam ape-"as desvendadas.

E é curioso o facto. flo passo

que certos escribas, na mais esoladoras

das inopias mentaes, tomam 6

rp1?1 '°Kar commum e o affirmam, eajtirmam, confirmam em todos os Períodos de um só artigos de capitulo, ' lustre acadêmico timbra em apenas s orar os seus

assumptos. Suas pa-avras não

são de explanação; são sug-gestões. Deixa

ao leitor a tarefa de pen-Sar'

tirar as conclusões que bem lhe aProuver.

/vrtig os de jornal, escriptos "° "is-a-dia indeclinável dos

prelos,

jJ"

os característicos do jornalismo mo-'no: rápidos,

leves, úteis, eruditos, azendo

sempre a chegar a investiga-que interessam á collectividade. a um delles daria margem a uma

*-ada uma das

suas ideas é sug-ão de mi) coisas de vario matiz. a° se detem,

porém, o autor. Aven-ta-as e

Passa.

o 1 'fS

assumPtos se succedem sem que Cl or s« sobresalte: lingüística, ma-foi!".9"03' ^is'oria> sociologia, biologia, tura

°rp ar'0' sc'enc'a> critica,

littera-tò Vi tnt'e|n-se todos, porém, a ques-PoT t

ac'"a'" idade, que, se não fôra tran r!- mcio' ficariam em revistas ex-tn,l f.ras' principalmente allemãs, de p

0 "ra

alcance do publico que

xo /S 0S

?a^ra^as terras se dá ao lus-Sc-

e Cl,'dar de

alguma coisa que não

(im.H proPr'a bolsa.., E além disso a m -ií

rePe*'r) •>

linguagem do autor é fl

"s |)llra,

a mais elegante, a mais n c e intelligivel, o

que não deixa

n

perfume,-*

moda

rsi ra

de ser notável, maximé em se tratando de philologo dos mais eminentes. Nada se lhe encontra do estylo embolorado dos nossos grammaticÕes.

0 examinador — Sabe de que doen-ça soffria Milton, o grande poeta in-glez, cujo centenário foi celebrado re-centemente ?

0 examinando — Sei, sim, senhor. Era poeta.

CT?

Todos estes retratos são de teus

antepassados?

Não, homem... são meus . . .

Meus antepassados morreram ha muitos

annos.

Cf?

Os terremotos são movimentos

su-perficiaes, tendo se demonstrado que nunca chegam a alcançar o fundo das

minas de carvão.

cr?

SAUVAS

Extingue-se infallivelmente pelo processo UM/\K/VVILHH PAULISTA,, e com o tóxico "CONCEIÇÃO, (Formicida Moderno). Este foranicida serve era toda* as machinas. JA extincçAo fica 85 o/o mais barato que por qualquer outro pnocesso. rt ECLECT1CA. — Rua Joã» Briccola, 12 — Caixa postal, 539 — S. PAULO R«presentante

geral: .. , —

-Encontra-se

(4)

Minha amiga bôa...

A Mimi Bluetle.

Que tristeza infinitaI... Um si-lencio sepulcral invade a alma mi-nha... Ouço o monotono tic tac do relogio de parede da sala de jantar e o ruido lugubre dos trovões... e a chuva torrencial lá fóra... De vez em quando, a luz de um raio escla-rece meu quarto em trévas... Lá fóra continúa a tremenda tempes-tade... mas aqui dentro, dentro da minha alma, a outra tempestade tal-vez seji mais terrível, mais furiosa. . R tempestade da alma .. não sabes o que é a tempestade da alma que-rida, e és feliz... Sim, és feliz, tu, que guardas a tua dôr no fundo da tua alma, escondendo-a aos olhos indiscretos, enganando a todos cora a tua falsa alegria... Tu és feliz pelo menos mais; feliz... Eu.. não posso esconder, abafar essa dôr... esse solfrimento, que dia a dia augmenta, tomando proporções enormes... nãoí eu, amiga, n8o posso, porque a mi-nha é uma dôr de que todos sen-tem os gemidos. Quando soffro, minh'alma falam, contam a todos a minha tristeza; o meu soffrimento, o meu Calvario .. Eu, seria feliz, si

pudesse fingir... Ohl recordo me... que tempos felizes a quellesl .. e que ingenuidade a minha I... quando, en-novellada por labaredas exlraordi narias de goso, prescrutava ao longe e descobria um céo azul, deliciosa-mente azul, que me promettia um manancial de delicias supremas. Fi-tava horas esquecidas e vadias o céo lindo, bello, com todo o seu

es-plendor, e via as nuvens alvas, al-vas, que deslisavam suavemente no espaço... E ás vezes tinha desejos loucos de subir... subir até Deus e pedir-lhe que cobrisse de flôres mil o seu leito, o leito do meu amado! .. e elle, eom aquella voz tão suave, respondia me: Eu quizera ser poete, minha flor divina, quizera ser poetapara ti., quizera cantar-te es-trophes de poemas que Dante á Beatriz cantava e tudo sorria... e eu era feliz.., Ohl minha amiga... mioha bôa e doce amigai... Porque criei ainda tão cedo estupendos cas-tellos? Exemplos doirados de chi-meras?... Ohl minh'alma não éeul-padal... e foi sem culpa condem-nada á solidão e ao silencio! Por-que na minha jovem existencia — 17 annos em flôr — crepusculo de tão amargas queixas?...

«Eu quizera morrer, quizera

(morrer!... Olhando para o céo n'uma tarde (de luz.. Eu quizera tomhar.,.

Na immensidade do céo e mar!... E na hora extrema d'agonia... Anciosa de ver., a luz que irradia Daquelle olhar...

Que me seduz !!!>

Tu, amiga minha, não desanimes nunca. Cré na felicidade, cré que ella existe. Ella se faz desesperar, mes existe... Sim.. para ti existe... E ri e gosa e canta...

«Fia... linda fiandeira... fia... Fia... e nunca deixes de fiar... E fiando ri.. porque um dia... Talvez tenhas que chorar !»

Olga Narduzzo.

Estão na Berlinda

Labib Razouk por ser morem-nha batuta; Ntlson Carvalho por ser attrahente; Octacilio Cunha por ser baixinho; Jorge Jamra por ser camaradinha; Dalmo T. por estar branquinho de creme; Carneiro por ser elegante; Nicolau Jamra por ser engraçadinho; Timotheo L. por ser correcto e bomsinho; Nicolau Bu-chaim por ser irmãos «Vandih»; ftdolpho Bittencourt por ser o mas-cotte dos bailes; Guilherme Loyolla por ser orgulhoso. E a querida «Ci-garra» por ser má se deixar de pu-blicar esta lislinha da leitora — Myrlam.

Ao Xico 30

Sinceramente agradece o tele- I gramrna de felicitações a — NaiT

Yole. H M ¥J&\ || #; JggSff " PEDI-A! Procurae achar o pescador, a Marca de Supremacia, em todas os vidros que se comprem.

Significa que vos

pedirá EMULSÃO de SCOTT wmmÊmmmmmmmmmmmm yy §{! 605

(5)

collaboraçAo »y>*i mni

DftS LEITORAS

Perfil de Grazieila

Encontremo nos em casa duma ?'"Wncta família, num desses

arra->a(des

que a alma da gente procura !'os, domingos para espairecer do '«stio da cidade.

Pombinha garrula, minha

racem-amiga lera sempre "os lábios carminados um sorriso <jocil e

um aroma que se

daspren-p '° «no, «a sua juvinilidade pura. Espiri-ironia adocisada pela polli-a educação

que lhe adorna o todo, ®x'asia

quem lhe ouve a voz rica "j? vida

e juventude. Jovemsinha •nda,

no florir da vida, tem dentro

10 a'Ura peito um coração de ouro. Es-regular constatando com o arttionioso de seu todo e de um Mimo

magnanimo, seduz a pureza os sentimentos dessse

myiterioso oraçjo

de moça. Os cabellos cas-anhos

escuros, artisticamente dis-Postos, encobrem

a fronte incompa-,vel. Olhinhos

negros, penetrantes, Parecem

pequenos phard«s rutilan-0 na cavidade dos organs visuaes. *s mãos, extremamentes

pequenas, . 0 resguardadas por finíssima epi-jírme que se receia magual-a

quan-j*

'«a nos apresentá a dextra. Não

j|uerendo as me alogar mais, direi ape-que, como amadora da musica, Jyrahi do piano dulcifluos accordes.

natna-se

Grazieila, reside, parece, rua Augusta

n.o 126. Da cons-n'e leitora - Miss T.

Feminismo

0 feminismo está ganhando ter-«no.

vimoS) ha tempo, uma Offlmissào

de <suffragistas>, sob a

^ 'ecção

de Margarida Durand, ir limara reclamar o direito do Ulo ?

I

Isto eslá muito bem e é muito

;efessant«, mas muito pouco fe-Para que queremos nós, s lwiscuir nas

questões políticas Sociaes ? Não temos nós outros ®í5*is

mais importantes a repre-s«otar

?

(, Ps. nossos caprtchos, as nossas n

nt«si#s,

o nosso coquetismo, a

deP** "Çadezas, RraÇa' 'c'la 'rBRi',dede e não nos predispõem

pa-(r

'aes destinos. As feministas

in-I

^n^igentes

são muitas vezes aquel-* (I"e não comprehenderan\ no

0 Un?°.

ou foram mal succedidns v<dj de

mulher. A% outras, essas

0,nl'

l'm meio muito mais seguro de

c ®r

que as leis as favoreçam sob

,?3 E Pontos muito justos. crearam o seu feminismo.

ç M 'ridos, inníos lilhos, sentirão nu i* '"fluencia da idéa daquella Nce. inspira omôr, respeito, e ^

lfjrnarão

os grandes defensores 8,guns

progressos úteis ao

nos-

MCU,°-do P°r ^avor» nfto j.

"osso

pedestal, si quizermos ain.llm P°ut;o ^o nosso presti-,er' O iddeal da mullier não deve fa 0 <le chegar a ser uma creatu-t "«ascul», não se parecendo de p 1° ® com o ente sempre querido

sua fraqueza e fragilidade, vuerer eguafar o homem sob

certos pontos 6 confessar que po-demos luetar com elJe em certos terrenos, 6 abandonar para sempre o direito ao seu respeito e ao seu amor. E bem poucas, por este pre-ço, continuariam feministas conven-cidas I Da amiguinha e constante leitora — Mademe Sevigné.

Leilão em Taubalé

Quanto me dão pelo sorriso de Akirinha L., pela paixão do A.

Car-doso, pela boquinha de Jacyra, pela delicadeza do T. Valente, pela gra-cinha de Helena L., pela altura do Cyro C., pelos dentinhos Esther C., pela dicção de Antoninho V., pelo olhar de Vina F., pelo porte do Plinio A., pela meiguice de Fifica, pela «xtrema sympathia do Mario P. e pela lagarelice da Ieit< ri cons-tante — Tic Tac ?

Notas da Avenida Paulista

Wanda A. admirando um retra-to. Célia S. encantadora. Zalinha S. muito roínantica, Zelina M. S. muito risonha. Helena M. S. muito sympathiia Marietta com vontade de casar. Nenella gostando de certa pessôa. Helena P. Ignacio dançan-do sempre o fadançan-do graciosissimamen-Ic Sylvia com o vestido curto. Pi-vi com vontade de engordar.

Mari-na G, muito engraçadinha. Elza querendo ser moça. Rapazes: Da-dá O. não cessa de passar pela ca-sa da namorada (desista, rapaz, ella não liga). Paulo P. 6 um guitar-rista. Os Serrichios, muito elegan-tes. Das leitoras — Mysterioses.

Perfilando Marina ].

Morena, cor de jambo, olhos negros, attrahentes, nariz bem ta-lhado. Btquinha bem feita, lábios

rubros, onde paira um sorriso ie-duetor. E' possuidora de uma ebun-dante e negra cabelleira, cortada i ingleza. E' muito jovem ainda, pois deve contar 15 ou 16 floridas pri-maveras. Possue um corpinho ele-gente. E' alumna do Externafo Sta. Cecília, onde t muito estimada. Adora a dança e o futebol, sendo rubra torc adora do glorioso Paulis-tano. Mera num sobrado á rua Consolação, lado impar. Da ami-guinha — Donzellinha.

Salve 10-2-23!

Ao A. tíarcez

Por essa data, não podendo der-le os parabéns pessoalmente, vão,

pela boa «Cigarra», os votos mais ardentes que faço pela tua ftlicida-de. Tua amiga — Maldicta,

Vale a

pena tingir?

Então tinja bem usando as

afamadas Tinturas Americanas

SUNSET

Basta uma prova

A' venda em todas as pharmacias e

drogarias.

ÚNICOS AGENTES

PAUL J. CHRISTOPH & Co.

RIO DE JANEIRO SAO PAULO

(6)

GOLLflBORAÇAO

DHS LEITORAS

A' «Gatinha do Braz>

Fui agradavelmente surprehen-dida com a tua tão meiga cartinha, a mim dirigida por intermedio da sempre querida «Cigarra». E's ge-nerosa na extensão da palavra, não deixando, entretanto, de ser um tan-tosinho irônica, Agradeço-te since-ramente ; bem sei que não sou me-recedora de tanta generosidade. Re-conheço quão aspera fui para copa-tigo, sem comtudo ter a menor in-tenção de offender-te. Não escrevi, como dizes, com o intuito de pro-vocar polemicas com grandes «for-tes na penna, mas, si tencionasse fazer tal, seria comtigo, pois és admiravel 1... Enganas-te, Gatinha, num certo ponto; dizes qu» é por ciúmes ? Impossível, pois sou noi-va, e, si escrevi, Ioi na melhor in-tenção de defender uma amiguinha que me é cara e que ama o jovem a quem noi referimos. Porem, si mais uma vez insistes em affirmar a sua volubilidade, agradeço-te por mim e por ella, a quem desejo vêr feliz. Querida Gatinha, perdôa as expressões de tua Creusa, que si te maguou, foi num momento de irre-flexào. Adeus. Acoeitarás a amiza-de da — Creusa ?

C. O. P. (Campos Elyseos)

Tem a pureza da estatuaria gre-ga o meu querido Cid. Alto e bem proporcionado, trae em todos os gestos a admiravel elegencia de uma plastica irreprehensivel, o excepcio-nal encanto de stu porte aristocra-tico e fidalgo. Basta cabelleira ne-gra, penteada para traz, com as suas ondas revoltas, dá áquelle ros-to graciosamente oval a suggestiva belleza de um imp ccavcl perfil. Seus olhos negros, grandes e pro-fundos, emoldurados por longos e sedosos cilios, têm a fulguraço dos astros. Argueadas e lindas sobran-celhas feitas de vclludo preto, con-trastam singularmente com a alvu-ra de sua tez levemente rosada,

en-cantadoramente macia. Possue pri-morosa educação e uma vasta cul-tura augmsntada sempre pela sua brilhante intelligencia e um especial amor pelo saber. De caracter firme e leal, detesta as palestras futeis e gosta muito de estar junto dos seus grandes amigos: os livros. Tem par-ticular predilecção pelos que soffrem e deseja abraçar a sua carreira co-mo um apostolo da caridade, um sacerdote do bem. E' estudante de Medicina no Rio, mas reside com os seus paes nos Campos Elyseos, em S. Paulo. Sente especial prazer em ouvir os accordes do meu vio-lino e gosta muito dos poetas. Uma grande saudade da amiguinha sin-cera — Sonho Feliz.

Serra Negra na Paulicéa

Após uma viagem a Serra Ne-gra, terrinha «succo», ei-nos de vol-ta á Paulicéa, para contarmos á á nossa «Cigarra» o que mais no-tamos naquelle lindo paraíso. Fize-mos uma reunião e achamos que 6 digno de se notar qu#: G. Mangeon é uma creatura adoravel; M. Ver-gal é bonitinha ; A. Citrangulo é bôa camarada ; J. Vergai e Maria José são muito retrahidas; a Abreu é muito tagarella ; Jupira i bôasi-nha ; A. Silveira possue um lindo sorriso ; L. Zelante, elegante; Ala-dina, sympathica ; Maria C. Godoy, engraçadinha; Arlindo, bom com-panheiro; J. Rodrigues gosta muito de falar; João Lombardi é muito

prosa ; Cassio Godoy, bomsinho, mas muito flirtista; Flaminio Cal-lais. muito gentil. Das amiguinhas

Sia, Zi, Lia & Cia.

Quadrado do Paraizo

Nào imaginas, querida «Cigar-ra>, que terrível sonho tive esta noite . Sonhei que uma fada havia transformado o «Quadrado» em um bazar e seus habitantes em bone-cos. Celina C. era uma custosa boneca de bisquit. Zilda L., boneca

de cêra vestidinha de azul claro Hilda C., hollandeza de «terra-co-j| ta». Albertina P., minuscula bonc-.*j quinha que sabia dizer «n*amã».^ Jandyra C., pastorinha de porcel!a-3 na. Amelinha, boneca de borracha com assobio nos pés. Muriel <me- j lindrosa de celluloide. Carlito D , bebê que dorme, tinha na bocca uma chupetinha. Abílio M., boneco i de panno cheinho de Marcella. Re- ¦] nato M., boneco de pau, que dan-Dante, um risonno Polichinello. Ti-to C., um loiro bebê, que chorava, deixando ver dois lindos dentinhos. Gomes, Chico Boia de massa. Lau-ro C., um Cupídinho de olhos ar-regalados, E eu era, minha «Cigar-ra», a — Boneca de Chocolate.

Moços de Avaré

O moço bonito é o Jorge Mar-real; sympathico Antoninho Lam-bert: bonizinho Olympio de Almei-da ; querido, Juquinha Cruz ; riso-nho, José Cordeiro ; o de olhos lindos Ariowaldo Neias; elegante, Chico Scarlato; prosa, Oliveira Gar-cia ; conquistador, dr. Deolindo ; o que tem lino gosto, Thrazibulo Al-buquerque; o querido das melindro-sas, Miguel Brisolla ; amabilissimo, Nhonho Bastos ; feio é o . . . não existe, pois aqui são todos bonitos. Da leitora — Serpentina Azul.

Notinhas do meu bairro

Notei: Laura F. muito conten-te ; as irmãs Birckholz não appare-ceram (foram ao baile?); Leonor procurando alguém ; Lourdes estava quieta (que é isso, menina ?); Ire-ne olhando muito para traz (era meu irmão...); Adelaide O. foi pa-ra... Moacyr phantasiou-se de pier-rot preto (te ficou bem); H. Frei-tas zangou-se commigo por causa da ultima notinha (não sejas máu-sinho, pcrdôa me, sim ?); Luiz M. sempre sorrindo (e a seriedade ?); Dario S. creio que foi ao Braz ; Álvaro dando graças a Deus por usar occulos de Haroldo Loyd, que o livraram do lança perfume. Sau-dades da — Moça de Olhos Còr da Noite.

OO -O O

V. Sa. não pódc fazer um beneficio maior aos

seus dentes do que acostumando-se a

prote-gel-os regularmente com o uso do Odol. Para a limpeza mechanica, todavia, é

conscientemente recommendavel

a Pasta dentifricia Odol.

Ella evita com o uso quotidiano o sarro

prejudicial e a formação do tarlaro, elimi-»nando o mau halilo e dando á bocca um

aroma agradavcl.

Prf.n do ()tlol liquido: lras<;o grande Rs. 5$000

fraico pequeno Rx. 3$50l)

(7)

Descobertas de Jahú O que descobri em

Jahú: que o ftlbenaz voltou

retrahido da Bahia; 0 Dr. Braga Fica uma

gracinha Us;a

palheta; o Dr. Rufino surgiu de novo cm

Jahú; o Dr. Jangão está ícando

cada vez mais importante; 0 Dr. Aducci vè a gente e faz que tido

vê ; o Dr. Couto ficou mais bo-n«o depois

que tirou o bigodinho; ? Lauro anda com vontade de lr e Minas; o Zinho não se casa ™®smo;

o lu;z N. i um bom par-"do; o

Astor deixou de ir ao ci-nema;

será que anda prompto? o

COLLflBORflÇflO

DfiS LEITORAS

mesmas fantasias de 1922; a flire-lia L. gosta muito das férias; a Di-va anda querendo voar. Da leitora Meia-noite.

O Carnaval em Campinas

< í Eis querida «Cigarra» o que pu-de notar no magnífico baille cama-valcsco do Club Campineiro: A belleza da Arminda M., em sua lin-da phantasia Oriental; o

contenta-mmfP0[}DRES 5e fWm INC0MPARABLES grammas de P<> de arroz t Ch*

gosta jaB,ora ás dúzias; o Octacilio 0 n namorar moças de frtra; «stá

n° letn um segredo ..; Jarbas liam

#prendendo

tirar linhas e bar-oih-815 c.om 0 Quintino; o Toto S. Co) • r\

°. para mim

(desista, mo" o *y° Quintino é bom conselheiro; m«„^ai?,0n'e e*qucceu-se da alie-Patlíf10 ' a Z<C. í muito sym-chir'C°' B Odilla P. L. estava muito iá se«*° u",mo baile; a Alpia P. L. "üth P

"udades do Carnaval; a

lit„. p*'*u uma genlil hespanho-<~l»lin usou

no Carnaval as

mento de Elisita com o noivado; a alegria dc L. por ter voltado da Paulicéa e dansado a noite toda com o J. B.; a elegantia o formasura de Nélla L. C.; o <flirt» de Mariquita com um certo rapaz morenoe alto; Zizi, muito disliiicta, bonitinha e ti-sonha, dansou stímente com o gen-til P. W.; Edith A., muito jovial, dansando bastante; Laurita, muito <chic», fantasiada de hollandeza e extremamente delicada; Eunice mui-to feliz por estar ao lado do C...; Dinorah N., galante em sua toiletle

«blanche» e sempre linda como os anjos; C. M., bella e alegre; Maiy S., graciosa e dansando bastante o «Fox-Trot»; Silvia e Gilda, bonitas e contentissimas por estarem ao la-do delles; Catita apreciando um certo collega do Harold Lloyd e Dulce A. muitissirso espirituosa em sua phantasia de pierrot. Dadico bancando a pose; Cyro Arruda «filrtando utna linda hollandeza; J. Brayer, o almofada mais perfeito da <soirée>: Pedro namorando muito uma pierrete; Jacy muito ciumento com a noivinha; Rubem S. A., tris-te peta ausência de certa moça; a magua (porque será?) do A. P.; o «flirt» silencioso do Raul B.; o na-moro do Alfredo com uma senho-rita da capital e o novo penteado do Plinio Witaker, o qual o deixou bem bonitinho. Da leitora e amigui-nha — Yvonne.

Impressão d* Carnaval

Tua imprevista apparição, no exilio amagurado de minh'alma, ac-cendeu chammas de sonho na noite sem tréguas da minha angustia... Foste, — no espaço minusculo de tres dias carnavalescos, — o meu Arlequim de lenda, a relisação completa da minha ancia... Tiveste minha vida em tuas mãos, minha vontade genuflexa ao teu capricho. Sei, no entanto, que me vaes es-quecer; que vaes apagar com novas aventurae o encanto phantastico do nosso encontro. Sei que nio volta-rás ! E eu ficarei na vida, tacteando a trévn apavorante do meu aban-dono, á maneira de um cégo sem guia nem apoio... Ha de florir em meu caminho muita promessa de Pierrot; hão de finir a meus pés as moedas doiradas do carinho, ha de ferir o meu ouvido, a mentira esfu-siante da paixão... Mas, que importa tudo isso? Que importa isso tudo, se teu vulto ficou em meu pensa-mento, qual o marco milliario onde minha peregrina saudade ha de sem-pre aportar?! Quizera viver sem-pre assim; morrer presa dessa vo-lupia invencível que 6 o prazer illu-sorio do sonho, e encher o mundo com meus brados de victoria, na lueta renhida contra a felicidade. E, algum dia eu te encontrar n'al-guma volta caprichosa do destino, repetirei ainda, o que meu lábio te confia : E's a potência máscula da minha vida. Torna minh'alma elaze delia o que te aprouver. — Enigma Lilás.

Perlil de Ciina Bottini

Minha perfilada 6 muito graciosa. Possue sdmente 17 risonhas prima-veras, sua tez 6 muito clara, seus cabellos louros e ondulados; olhos

pretos seduetores, que revelam no-breza de alma e bondade. Da sua nmiguinhn — Anno Novo.

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-f-Triste recordação

Dorme... dorme em paz o somnoeterno!...

Recordo-me.. faz hoje um anno... Foi no dia treze de Fevereiro de 1922... o dia estava chuvoso... es-curo e triste. Estava docemente de-clinado sobre o leito, aquelle que tinba apenas doze horas de vida... As janellas do Hospital estavam abertas... e o quarto todo branco do pobre enfermo estava frio... era um frio que entrava nos ossos da gente... Perguntei-lhe si devia fechar as vidraças, pois, a garoa que en-trava devia fazer-lhe mal. Olhou-me... com aquelles olhos que iam

esmo-COLLHBORAÇ/lO

DAS LEITORAS

• ntuii r/nn—ii

»I«IIIM IIII I I?

me pergunto: O que teria elle feito da vida ?... A que lhe servia mais a vida?... Talvez para continuar o Calvario... para soffrer mais humi-lhações.. necessidades... Não... não!... foi melhor assim, meu pobre pro-fessor... foi melhor assim!... Ha mo-mentos em que a morte é a ventura suprema... e, para Vós, meu pro-fessor, morrer foi a ventura supre-ma!!. . Sim! a ventura suprema!... Deixar esta vida cheia de misérias, illusões, enganos e falsidades, para ir n'um lugar ., (quem sebe aonde?)

No Conservatorio

Eis que noto: a sympathia da Assumpta L. S.; Violeta C. S., muito melindrosa; Marilia A., sem-pre indifferente e seria; Maria L. D', linda como uma Ilêr; Cieny N. muito graciosa. Finalmente eu apre-ciando eternamente a «Cigarra» Da leitora — Pellanca.

Ao F. Milone (Chiquito)

Sim, quero-te porque tuas

mei-UMA ASCENSÃO A MONTANHA

0 homem que attingiu o cume. — Avia te, vem admirar este panorama soberbo.

0 homem que sobe. — Nao posso subir mais. Sinto um peso no estomago, tenho a cabeça pesada, e tenho vertigeas.

— Faça como eu. toma « CARVÃO DE BEL1.0C •, e o teu

estomago nao te incommodarà mais .

O uso do Carvão dc Belloc,

cm pó ou cm pastilhas basta para curar

cm poucos dias os desarranjos gástricos c as doenças intestinaes: enterites,

diar-rheias, etc..., até mesmo as mais

anti-gas e rebeldes a todos os outros

medi-camentos. Produz uma sensação

agra-davel no estomago, restitue o appetite,

accclera a digestão e faz desapparecer

a prisão de ventre. E' de uma grande

eíficacia contra a sensação de peso de

estomago antes das refeições, contra as

enxaquecas, que resultam das más

di-gestões, contra a azia, eruetações e

to-das as affccções nervosas do estomago

e dos intestinos.

Deposito Geral: Maison FRÈRE, 19, rue Jacob, Paris.

i *?

recendo sempre mais, e dos seus lábios roxos e trêmulos esboçou um sorriso... Um sorriso sem vida...frio e triste como aquella tarde de Fe-vereiro... Não, minha bôa menina!... Kssa garôa não me faz mal.. agora nada me pôde fazer mal... Abre... também essa janella... assim... obri-gado... Ves?... o céo está negro... ameaçador... nunca vi um céo tão sinistro, como hoje.. hoje... dia de maus annos... dia 13 de Fevereiro... (>4 annos!... Avisada pela Irmãn do seu grave estado, resolvi fazer-lhe a vontade... talvez seja a sua ultima vontade — pensei, e mais tarde vi que não me enganava... Não sei o que teria leito para anl-mar aquelle pobre corpo que defi-nhava dia a dia... hora a hora... tal-vez metade da minha vida... toda a minha vida!!... Mm... 6 o que eu

não sei!... mas, sem a menor du-vida, melhor do que este... — Olga Narduzzo.

<A's lntromettidas» — jahú

Si em um baile o Totó dansa todas, em 10 quanto dansará? Res-posta; Em 10 já estará fatigado de tanto dansar, e, voltará novamente a São Paulo para perto de alguém

que vive de saudade.,. Da — II de Agosto.

Américo S. e A. F. Araújo

Amij^uinhos, estimai-vos muito que mais tarde os céos vos recom-pensarão. Faço votos pela felicidade de ambos e desejo-vos um futuro de alegrias e venturas. Da assídua leitora - Espuma dn Mar.

gas palavras fizeram pulsar meuco-ração; teus olhos cativaram minha imaginação, prendendo-a para sem-pre na sua luz brilhante, porque (s dotado de um coração bondoso. Sim, amo-te, e com tanto ardor que só a morte poderá apagar de meu co- . ração a tua imagem querida — Co-ração Torturado.

Ao Bito...

OhL. fnrtar-me ao (eus olhos, seria viver sem luz... sem luz eterna-mente.

Si podesses advinhar, um só ins-tante, as saudades que tenho sen-tido com a lua ausência, não teria» talvez, desapparecido tão mysterio-samente aos olhos da lua... -r Co-lomblna azul.

(9)

Cessa a indigestão cm cinco minutos

Todos dizem que assim 6, porém laça em vds proprio a experiencia. Se sois um dyspetico e vos sen-tis sempre mal, se não vos aliment&es convenientemente com receio dos effeitos, se sensen-tis palpitação, nauseai», arrotos, se os alimentos vos

pesam no estomago como chumbo, ide a uma pharmacia e obtende um vidro de MAGNESIA BISURADA. Logo na primeira dose verilicareis os benefícios e nos dias successivos sentireis uin bem estar nem mais vos lembrando do soffrimento passado. A MAGNESIA BISURADA 6 vendida tanto em P<5 como em comprimidos e os seus resultados são positivos em todas as perturbações estomacaes.

a- n

Gente chic

Maria B. toda apaixonada pelo seu «Harold Lloyd». Aprecio: a Pose de Alice L. F. quando guia o <580»

; o enthusiasmo de Odila no ultimo

jogo do Paulistano ; Camilla L- S, abriu o anno com chave de °uro; o sorriso de Bébé A.

_L. luando dansa lox-trot; a paixonite chronica de

Alayde ; Ernestina P. "•

num radiantismo único ; o flirt official de Lisah; a satisfação dc Judith C. de A. quando faz o cor-s°; o inesperado noivado de Nelly; 0 eterno sorriso de Bia S. Q.; o

,aríinho triste da Vivi. Ja viram a ¦mponencia

de Marina C. quando guia o seu <Columbia> ? Os pesi-nhos dc Heloisa K. L. desafiando

de «Cendrillon» ; a gargalhada ,r_resistivel de Dadá

Silveira ; o in-differentismo de

Ondina S. L.; Au-Susta S. Q. muito compenetrada no seu novo papal; a belleza impres-s'onante de Maria

Baeta ; a

melap-Çolia de M. M. de Barros no baile Automovel; os discretos «bar-bantes» de Cecília de S. L.; o ar-zinho importante de Marietta

quan-do faz o corso com o cunhado ; a alegria de Helena fazendo o corso 'jL4 *barata> do noivinho; Noemia

M. prestes a deixar esta nossa boa terrinha.

E, finalmente, registro a radiosa alegria de Adelaide Vi-®ent# de Carvalho e da Maria Lara ftssumpção. Da amiguinha

grata e leitora — Marylh.

Instituto Commercial

Na festa realisada dos

encerra-J"entos das aulas e entregas dos diplomas,

aos contadores de 1922,

Jjotei: o nervosismo do Francisco JJrisolia 'Onio quando leu o discurso; An-Jorge, não sahiu de perto da Pequena; Waldemar Bueno, intelli-Sente e agradavel com todos; a

Çontra-dansa 'asso; original do Ignacio a (alta de Carlos Rezende '°i muito

sentida; Casemiro disse lue nSo dansava por ser gordissi-m°; Luiz Carderelli,

garganteando s®r um

perfeito compositor de mu-sica; Bento,

ás voltas com uma 'oirinha;

Lauro Lima, captivando u,n coração;

Sylvia, dansando ad-^iravelmente com os collegas do Pfofessor Lauro; Olga Pinto,

sem-sentada

perto da mana; Emilia, "}«ito triste

por não estar o L ; Mirai, dansando muito com um

cer-, rapaz; Svlvia Pinto, muito gra-c'osa, dizendo

estar saudosa;

Adel-ma Maciel, conquistando o coração de um alnofadinha; Thereza Taba-rtlli sahiu logo; Lucilia Guedes, dansando, muito contente, com um da linha de tiro. Da constante lei-tora — Obseroadora.

Perfilando

Seu nome: Benedicto Bastos. Deve residir na Villa Buarque. Fre-quenta o Pallas Club e dansa admi-ravelmente. A sua tez 6 morena, os seus cabellos são negros, ligeira-mente ondeados. Quando fala, sorri amavelmente, porém esse sorriso não demonstra ironia ou sarcasmo, mas 6 puro como a sua alma, doce como uma melodiosa canção ao luar' Seus olhos são negros e lim-pidos. Um psychiatra disse-me uma vez: «Fita longa e demoradamente os olhos de quem amas e, essa lin-guagem dos olhos que é a única verdadeira e pura, abrir-te-á a alma do teu bem amado>. Assim eu fiz: conheço a tua alma... não me pòdesenganar. E sabes quem sou?... a mais humilde das tuas innumeras admiradoras. — Ether.

A «Sohemes»

Querida amiguinha. Quer fazer o grande favor de me dizer a quem pertence o coração do jovem (teu amiguinho) Decio A. Lara? Muito grata lhe fica a amiguinha — Sin-ceridade.

O furor de serem bonitas,

para as mulheres,

chagou ao extremo

Se em outros tempos o único ideal quasi da mulher era ser boni-to, hoje esse ideal augmenta consi-deravelmente.

Qual i a mulher, por simples que seja, que se mostre indifferente á sua própria belleza? As enfermida-des actuaes, as difficuldades de vida, as más pinturas são outros tantos attentados contra a juventude e a frescura das mulheres.

Se não fosse o santo appareci-mento do BRANCO AMERICANO, pintura branca, conservadora por excellencia da pelle, preservativo ei-ficaz contra as rugas, muitos espe-lhos seriam forçados a reflectir ve-lhices prematuras.

Agencia geral do <Branco Ame-ricano>: Drogaria Braulio—Rua S. Bento, 22.

Companhia ftbigail Maia

Acham-se na berlinda os seguin-tes artistas: Abigail Maia, por tra-balhar divinamente. Graziela Diniz, por ter o porte gentil. Margarida, muito esbelta. Cordelia Ferreira, por ser bonitinha. Ruth Vianna, inte-ressante. Dina Castro, com seu fa-lar agradavel captiva. Apolonia Pie-to, compenetra-se muito dos seus papeis, por ser sentimental. Jorge Diniz, extremamente sympathico. Procopio Ferreira, por ser engraça-dissimo, impagavel. Palmerim Silva, com sua gracinha attrae. Carlos Machado, possuidor de olhos boni-tos ... Manuel Durães, pacato. João Gino, apezar da peça, é muito

ami-go da paz. Plácido Ferreira, bon-doso. E eu, querida «Cigarra», por gostar muito da excellente compa-nhia. Da assidua leitora e amigui-nha — A oida 6 um sonho.

Laura lorres Costa

Olhos que traduzem uma funda melancolia, lábios bem feitos, sol-tando ao de leve lindas phrases on-de se denota a sua grande intelli-gencia. Dentes côr de neve, riso franco e agradavel, cabellos encara-colados e côr de ouro. Seu porte i mediano, toca admiravelmente pia-no, é muitíssimo agradavel para com suas amiguinhas, pois sempre a vejo fazendo o Triângulo ao lado de diversas amiguinhas e com ellas rindo e trocando impressões. NSo sei onde ella está residindo presen-temente. Ha tempos residiu na rua Peixoto Gomide. Depois partiu para o interior. Encontrei-a casualmente no Rio e soube depois que partiu para a Europa, onde foi visitar a terra dos seus paes. Agora está re-sidindo novamente em em S. Paulo, mas não sei onde. Da amiguinha • leitora — Sempre-Vioa.

Perfil de Nicolau Jampa

Possue o meu gentil perfilado, olhos verdes, cabellos castanhos claros, tez clara e corada. Bocca pequena e quando sorri mostra duas fileiras de lindos dentinhos alvos E' baixo, gordo, e apparenta umas 20 primaveras. E' muito estimado pe-lou seus amigos por ser muito bom-zinho e engraçadinho. Gosta muito de dansar e adora o Ilirt. Reside á Rua Allonso Celso n.o 3. Da lei' tora agradecida — Myriam.

(10)

<0 Carnaval no Fulgor Club>

Impressões sobre o baile de Car-naval realizado no salão da Casa Mappin :

Rachel M. — Em bella pliaula-sia «pierrette» em seda verde, her-vilha furta cor, muito chic e cheia de espirito.

Baby Braz — Linda borboleti-nha. Parece que a meia mascara nío valeu para manter o incognito. A sua bella boquinha deve tel-a trahido. Alguém ficou muito triste, depois da sua sahida.

Mlle. Pereira — Em bello cos-tume de bailarina.

Mlle. Judith S.— Bella pierrette. Mlle. Fontana — Em rico e ori-ginal costume, imitando frasco de pó de arroz.

Moços: — Característica phan-tasia de «Bobo Alegre», sendo po-rim o martyrio das dansarinas.

collrborrçAo

DflS LEITORAS

Como não haveria de em vós peti-sar, se, para vós vivo e viverei I ? E estou certa de que não sois in-grato, corno .vós mesmo dissesteis a uma cclleguinha no ultimo baile do «Victoria Ideal Club» — Mlle. Pompadour.

Terça-feira de Carnaval

Ao Harold Lloyd

Quem és? Onde moras? Eis o que mais desejo saber. Nunca te vi aqui em S. Paulo, Quasi sempre, entre as folas do Deus Mómo, se adquirem vossos conhacimentos. Quanto tempo durou o nosso en-contro? O tempo necessário para eu te appellidar de Harold e pro-metter dar-te noticias minhas, pela

fui porque motivos imperiosos im-pediram-me, e tu minha amiga, li-custe magoada a tal ponto, resol-vendo incontinenti não mais ver-me nem falar-me. Espero que demons-tres ainda uma vez a tua excelsa bondade para com estu tua sempre amiga que fica... — Em ti pensando.

Perfil de E. N. P.

O meu perfilado 6 alto, elegante, tez morena e de um pallido roman-tico. Olhar meigo e scintillante, que faz lembrar uma noite de luar na praia. Reside no bairro de Santa Cecília. Já tem amado diversas ve-zes e actualmente ama a uma gra-ciosa loirinha do mesmo bairro. E' grande apreciador do ping-pong. Sei

MC-

-«©23-CALCADO^S^j^^^^/

São Paulo

Rua de São Bento, 52

Telephone Central 664 Campinas Rua Barão jaguara, 39 QUAL! DADEdeFAMA Santos

Rua General Carnara, 63

—••••

querida «Cigarra». Saiba que procu-rei o resto da noite de terça-feira inutilmente, pois não consegui ver-te. Cumpri religiosamente a minha pro-messa. Adeus, Hcrold Lloyd e, oxalá que eu te encontre brevemente. Da tua — Serpentina Branca e Preta.

Carta aberta á L. Varani.

Querida aiaiga. Não podes cal-cular o que padece a minh'a!ma (da tua irmã) com o teu duro e pro-longado silencio. Não posso tiír como uma pessoa que se diz sin-cera, intima amiga de outra, per-maneça como tu, tanto tempo in-differente, como si entre nós não existesse uma amizade que data de não poucos annos. Sou levada a crCr ser isto uma das muitas ex-paruões do leu gênio insondavel. Então julgas que por eu nâo ter ido aquelle scbbado á tua casa, ti-vesse com isso rompido a nossa amirade? Oh t por deus nunca. Não

¦ '

que 6 filho das plagas cariocas, mas aprecia muito o nosso bello S. Pau-lo. Tenho-o visto, aos domingos, no Braz. Da atniguinha e constan-te leitora — Privilegiada.

Notas de Jahií

Eis, minha querida «Cigarra», uma listinha em que te vou contar o que mais se vô nesta linda terra. Dr. Braga fazendo sempre succes-so. Zinho P., moreninho sympathi-co e muito amavel. Joaquim P., bom partido para casamento. Boa-ventura C. banca pose muito ele-gante. João Fernandes tem um co-radinho muito discreto (será rou-ge ?) Luiz N. está s« tornando um perfeito almofadinha. Dr. Ernesto, rnuito amavel e engraçadinho. Cali-dio M. está sempre llirtando certa moreninha (porque não arrisca. Já t tempo.) Jorge S. é muito sírio : não gosta do flirt. Da amiguinha « leitora — Saudade Roxa.

Alberto B. — Phantasiado de turco, muito a caracter.

P. Caielli— Graciosa melindrosa. Dino P. — Estupenda phantasia de pulga.

Carlos G. — Phantasiado de avia-dor. Tome cuidado, não vai «no Braz I...

Chico — Phantasiado de «Ci-garra» muito engraçadinho.

Presidente — Em rico e origi-nal costume de «Cupido».

rtlipio F. — Um perfeito lord in-glez, mas, depois que levou aquelje descomunavel tombo, andou meio escondido...

Pereira — Phantasiado de Ja-cará, andou muito triste. Seriam la-grimas de... ou «il faudra chercher Ia femme»? Da assidua leitora — Mlle. C.

/\o Fernando

No decorrer daquella inesqueci-vel noite, nfio pensei senão em vós.

Referências

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