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Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Química (modalidade Bacharelado)

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

PR

Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Diretoria de Graduação e Educação Profissional Departamento Acadêmico de Química e Biologia

Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Química

(modalidade Bacharelado)

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Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Química

(modalidade Bacharelado)

O presente documento foi consolidado pelo Núcleo Docente Estruturante do curso de Graduação em Química do Câmpus Curitiba da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em consonância com o Colegiado do Curso de Graduação em Química, compostos pelos seguintes membros:

Núcleo Docente Estruturante - NDE:

Prof. João Batista Floriano, Dr. – Coordenador

Profa. Danielle Caroline Schnitzler, Dra. – subárea Química Analítica Profa. Marcela Mohallem Oliveira, Dra. - subárea Química Inorgânica Prof. Paulo Roberto de Oliveira, Dr. – subárea Química Orgânica Prof. Luciano Nassif Vidal, Dr. – subárea Físico-Química

Profa. Lucia Regina Rocha Martins, Dra. – área Biologia

Profa. Valma Martins Barbosa, Dra. – área Processos Industriais e Controle Ambiental

Colegiado do curso de Química:

Prof. João Batista Floriano, Dr. – Coordenador

Profa. Cláudia Regina Xavie, Dra. - representante da área de química; Profa. Adriane Martins de Freitas, Dra. - representante da área de biologia;

Profa. Tamara van Kaick, Dra. - representante da área de processos industriais e controle ambiental;

Profa. Sônia Zanello, Msc. - professora responsável pela atividade de estágio - bacharelado;

Prof. Luiz Alberto Pavelsky da Costa, Esp. - professor responsável pela atividade de estágio - licenciatura;

Profa. Lucia Regina Rocha Martins, Dra. - professora responsável pelo trabalho de conclusão de curso;

Milene Klenk, graduando - representante discente.

A estrutura do presente Projeto Pedagógico teve como fundamentação os seguintes documentos:

1. Projeto de abertura do Curso (2008) - Projeto aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós Graduação (Resolução nº 093/07 de 19/10/07), tendo sido elaborado pela seguinte comissão:

Profa. Fátima de Jesus Bassetti, Dra. Profa. Lívia Mari Asis, Dra.

Profa. Maria Cristina da Silva, Msc. Profa. Maria Teresa Garcia Badoch, Esp. Prof. Thomaz Aurélio Pagioro, Dr.

Profa. Valma Martins Barbosa, Dra.

Sob a presidência do Coordenador de Curso: Prof. João Batista Floriano, Dr.

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2. Revisão curricular (2010) – Projeto aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós Graduação (Resolução nº 173/10 de 09.12.10), tendo sido elaborado pela seguinte Comissão:

Prof. João Batista Floriano, Dr.

Profa. Claudia Regina Xavier, Prof. Marcus Vinicius de Liz, MSc. Prof. Paulo Roberto de Oliveira, Dr.

Profa. Lúcia Regina Rocha Martins, Dra. Profa. Valma Martins Barbosa, Dra. Prof. Pedro Ramos Neto, Dr.

Profa. Sônia Zanello, MSc.

Prof. Luiz Alberto Pavelsky da Costa, Esp. Sob a presidência do Coordenador de Curso: Prof. João Batista Floriano, Dr.

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ... 6

1.1. O Histórico da Instituição ... 7

1.2. Histórico do departamento e/ou curso ... 12

1.2.1. Bacharelado em Química – com aprofundamento em Ambiental ... 14

1.3. Contextualização Nacional, Regional e Local. ... 16

2. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO ... 21

Bacharel em Química: ... 23

a. com relação à formação pessoal: ... 23

b. com relação à compreensão da Química:... 24

c. com relação à busca de informação e à comunicação e expressão: ... 24

d. com relação ao trabalho de investigação científica e produção/controle de qualidade: ... 25

e. com relação à aplicação do conhecimento em Química: ... 26

f. com relação à profissão:... 26

g. com relação à área de aprofundamento em ambiental: ... 27

3. ESTRUTURA CURRICULAR... 31

3.1. Flexibilidade curricular ... 31

3.2. Mobilidade acadêmica ... 32

3.3. Relação teoria e prática ... 33

3.4. Desenvolvimento de competências profissionais ... 34

3.5. Relação com a Pesquisa ... 35

3.6. Relação com a Extensão ... 35

3.7. Rendimento escolar e aprovação ... 38

3.8. Estágio Supervisionado ... 41

3.9. Trabalho de Conclusão de Curso ... 44

3.10. Matriz Curricular ... 47

3.11. Ementários e Bibliografia ... 56

3.11.1. Núcleo de Conteúdos Básicos e Profissionalizantes ... 56

a. Disciplinas Complementares ... 56

b. Disciplinas das áreas de Matemática e Física ... 58

c. Disciplinas da área de Química ... 64

c.1. Disciplinas de Química não especificas ... 64

c.2. Disciplinas de Química Analítica ... 67

3.12. Atividades Complementares ... 121

4. ADMINISTRAÇÃO DO CURSO ... 123

4.1. Coordenação do curso ... 123

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4.3. Corpo docente ... 127

4.4. Núcleo docente estruturante ... 130

4.5. Capacitação do corpo docente ... 132

4.6. Avaliação do corpo docente ... 133

4.7. Perfil do colaborador técnico-administrativo ... 134

4.8. Acompanhamento do egresso ... 134

4.9. Convênios ... 135

5. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ... 136

6. INFRAESTRUTURA DE APOIO ACADÊMICO ... 136

6.1. Salas de aula ... 136

6.2. Biblioteca ... 137

6.3. Acervo de revistas (nacionais e internacionais) ... 137

6.4. Equipamentos ... 137

6.5. Laboratórios ... 140

6.6. Recursos tecnológicos ... 142

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1. APRESENTAÇÃO

O mercado de trabalho da Região Metropolitana de Curitiba apresenta-se, relativamente às demais regiões do Estado, com nível maior de empregos formalizados, maior concentração de ocupações nos segmentos mais modernos da economia e, por consequência, maiores oportunidades de rendimento para a parcela de trabalhadores ligados a estes segmentos. Situações semelhantes também ocorrem em outras regiões do País.

As novas tecnologias estabeleceram uma nova organização e estrutura para a produção, o que implica na necessidade de refletir e direcionar esforços para a formação de profissionais para o processo produtivo. A indústria requer profissionais que possuam competências para analisar, controlar e propor novas tecnologias de produção, para garantir e melhorar e a competitividade do processo industrial.

Pelo contexto atual, a formação de profissionais em Química (com Atribuições Tecnológicas) atende as necessidades das empresas, independentemente da área de atuação industrial.

Somado a tudo isto, a elaboração do projeto didático pedagógico do curso, teve como base a Resolução CNE/CES 8, de 11 de março de 2002 do Conselho Nacional de Educação da Câmara de Educação Superior / MEC que estabelece as Diretrizes Curriculares para os cursos de Bacharelado e Licenciatura em Química e o Decreto-lei n° 4.452/43 (CLT), nos art.325 a 351 que discorre sobre o exercício da profissão de Químico, direitos e deveres. O exercício da profissão do Bacharel em Química é regulamentado pelo Decreto n° 85.877 de 07/04/1981 que estabeleceu normas para a execução da Lei n° 2.800 de 18/06/1956 (que cria o CFQ e os CRQs e dispõe sobre a regulamentação da profissão do Químico). A resolução Normativa CFQ n° 36 de 25/04/74, publicada no DOU de 13/05/74, ―dá atribuições aos profissionais da Química‖.

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1.1. O Histórico da Instituição

A instituição, atualmente denominada Universidade Tecnológica Federal do Paraná, iniciou suas atividades no começo do século XX, quando em 23 de setembro de 1909, através do Decreto Presidencial nº 7.566, foi institucionalizado o ensino profissionalizante no Brasil. Em 16 de janeiro de 1910, foi inaugurada a Escola de Aprendizes e Artífices de Curitiba, à semelhança das criadas nas capitais de outros estados da federação. O ensino ministrado era destinado, inicialmente, às camadas mais desfavorecidas e aos menores marginalizados, com cursos de ofícios como alfaiataria, sapataria, marcenaria e serralheria.

Em 1937, a Escola iniciou o ensino ginasial industrial, adequando-se à Reforma Capanema. Nesse mesmo ano, a Escola de Aprendizes Artífices passou a ser denominada de Liceu Industrial de Curitiba e começou o Ensino Primário. A partir de 1942, teve inicio o ensino em dois ciclos. No primeiro, havia o Ensino Industrial Básico, o de Mestria, o Artesanal e o de Aprendizagem. No segundo, o Técnico e o Pedagógico. Com essa reforma, foi instituída a Rede Federal de Instituições de Ensino Industrial e o Liceu mudou a denominação para Escola Técnica de Curitiba. Em 1943, surgiram os primeiros Cursos Técnicos: Construção de Máquinas e Motores, Edificações, Desenho Técnico e Decoração de Interiores. Em 1944, foi ofertado o Curso Técnico em Mecânica.

Em 1946, foi firmado um acordo entre o Brasil e os Estados Unidos visando ao intercâmbio de informações relativas aos métodos e à orientação educacional para o ensino industrial e ao treinamento de professores. Decorrente desse acordo criou-se a Comissão Brasileiro-Americana Industrial (CBAI), no âmbito do Ministério da Educação. Os Estados Unidos contribuíram com auxílio monetário, especialistas, equipamentos, material didático, oferecendo estágio para professores brasileiros em escolas americanas integradas à execução do Acordo. A então Escola Técnica de Curitiba tornou-se um Centro de Formação de Professores, recebendo e preparando docentes das Escolas Técnicas de todo o país, em cursos ministrados por um corpo docente composto de professores brasileiros e americanos.

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8 Em 1959, a Lei nº 3.552 reformou o ensino industrial no país. A nova legislação acabou com os vários ramos de ensino técnico existentes até então, unificando-os. Permitiu maior autonomia e descentralização da organização administrativa e trouxe uma ampliação dos conteúdos da educação geral nos cursos técnicos. A referida legislação estabeleceu, ainda, que dois dos membros do Conselho Dirigente de cada Escola Técnica deveriam ser representantes da indústria e fixou em 4 anos a duração dos cursos técnicos, denominados então cursos industriais técnicos. Por força dessa lei, a Escola Técnica de Curitiba alterou o seu nome, à semelhança das Escolas Técnicas de outras capitais, para Escola Técnica Federal do Paraná.

No final da década de 60, as Escolas Técnicas eram o "festejado modelo do novo Ensino de 2° Grau Profissionalizante", com seus alunos destacando-se no mercado de trabalho, assim como no ingresso em cursos superiores de qualidade, elevando seu conceito na sociedade. Nesse cenário, a Escola Técnica Federal do Paraná destacava-se, passando a ser referência no estado e no país.

Em 1969, a Escola Técnica Federal do Paraná, juntamente com as do Rio de Janeiro e Minas Gerais, foi autorizada por força do Decreto-Lei nº 547, de 18/04/69, a ministrar cursos superiores de curta duração. Utilizando recursos de um acordo entre o Brasil e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), foram implementados três Centros de Engenharia de Operação nas três Escolas Técnicas referidas, que passaram a oferecer cursos superiores. A Escola Técnica Federal do Paraná passou a ofertar cursos de Engenharia de Operação nas áreas de Construção Civil, Eletrotécnica e Eletrônica, a partir de 1973.

Cinco anos depois, em 1978, a Instituição foi transformada em Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (CEFET-PR), juntamente com as Escolas Técnicas Federais do Rio de Janeiro e Minas Gerais, que também ofereciam cursos de ensino superior de curta duração. Era um novo modelo de instituição de ensino com características específicas: atuação exclusiva na área tecnológica; ensino superior como continuidade do ensino técnico de 2º Grau e diferenciado do sistema universitário; acentuação na formação especializada, levando-se em consideração tendências do mercado de trabalho e do desenvolvimento; realização de pesquisas aplicadas e prestação de serviços à comunidade. Essa nova situação permitiu no

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9 CEFET-PR, a implantação dos cursos superiores com duração plena: Engenharia Industrial Elétrica, ênfase em Eletrotécnica, Engenharia Industrial Elétrica, ênfase em Eletrônica/Telecomunicações e Curso Superior de Tecnologia em Construção Civil. Posteriormente, em 1992, passaria a ofertar Engenharia Industrial Mecânica em Curitiba e, a partir de 1996, Engenharia de Produção Civil, também em Curitiba, substituindo o curso de Tecnologia em Construção Civil, que havia sido descontinuado.

Em 1988, a instituição iniciou suas atividades de pós-graduação "stricto sensu" com a criação do programa de Mestrado em Informática Industrial, oriundo de outras atividades de pesquisa e pós-graduação "lato sensu", realizadas de forma conjunta, com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), além da participação do governo do Estado do Paraná como instituição de apoio ao fomento.

A partir de 1990, participando do Programa de Expansão e Melhoria do Ensino Técnico, o CEFET-PR estendeu sua ação educacional ao interior do estado do Paraná, com a implantação de suas Unidades de Ensino Descentralizadas nas cidades de Medianeira, Cornélio Procópio, Ponta Grossa e Pato Branco. Em 1994, o então CEFET-PR, através de sua Unidade de Pato Branco, incorporou a Faculdade de Ciências e Humanidades daquele município. Como resultado, passou a ofertar novos cursos superiores: Agronomia, Administração, Ciências Contábeis, entre outros. No ano de 1995, foi implantada a Unidade de Campo Mourão e, em 2003, a Escola Agrotécnica Federal de Dois Vizinhos foi incorporada ao CEFET-PR, passando a ser a sétima UNED do sistema.

Em 1995, teve início o segundo Programa de Pós-Graduação "stricto sensu", o Programa de Pós-Graduação em Tecnologia (PPGTE), com área de concentração em Inovação Tecnológica e Educação Tecnológica, na UNED Curitiba.

Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394/96 de 20 de dezembro de 1996, desvinculou a educação profissional da educação básica. Assim, os cursos técnicos integrados foram extintos e passou a existir um novo sistema de educação profissional, ofertando cursos nos níveis básico, técnico e tecnológico, no qual os Centros Federais de Educação Tecnológica deveriam

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10 prioritariamente atuar. A partir de então, houve um redirecionamento da atuação do CEFET-PR para o Ensino Superior, prosseguindo com expansão também da Pós-Graduação, baseada num plano interno de capacitação e ampliada pela contratação de novos docentes com experiência e titulação.

Devido a esta mudança legal, a UTFPR interrompeu a oferta de novas turmas dos cursos técnicos integrados a partir de 1997, passando a ofertar cursos na modalidade pós-médio.

Em 1998, iniciou-se o Ensino Médio, desvinculado do ensino profissionalizante e constituindo a etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, ministrado em regime anual.

Em 1999, tiveram início os Cursos Superiores de Tecnologia, como uma nova forma de graduação plena, proposta pelo UTFPR em caráter inédito no País, com o objetivo de formar profissionais focados na inovação tecnológica.

Também em 1999 o CPGEI iniciou o doutorado em Engenharia Elétrica e Informática Industrial.

Em fevereiro de 2001 começou a funcionar em Curitiba, com o nome de Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais um curso de mestrado, envolvendo professores de diferentes áreas como: Física, Química e Mecânica. No ano de 2002 ocorreu a primeira defesa de dissertação do programa.

Em 2003, a Unidade de Ponta Grossa passou a ofertar o mestrado em Engenharia de Produção, comprovando o crescimento da pós-graduação, juntamente com a interiorização das atividades do sistema. Na continuidade, em 2006, foi aprovado o Programa de Pós-Graduação em Agronomia (PPGA), em Pato Branco; em 2008, o Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia (PPGECT), em Ponta Grossa. Em 2009, a UTFPR acrescentou mais três Programas de Pós-Graduação, um em Engenharia Elétrica (PPGEE), em Pato Branco, um em Desenvolvimento Regional (PPGDR) em Pato Branco e outro em Engenharia Civil (PPGEC), em Curitiba. Em 2010, a UTFPR acrescentou o Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia ambiental e em 2011 o Programa de Pós-Graduação Profissional em Ensino de Ciências – Formação Científica, Educacional e Tecnológica em Curitiba.

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11 Em outubro de 2005, pela Lei Federal 11.184, O CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA tornou-se a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Os alicerces para a Universidade Tecnológica foram construídos desde a década de 70, quando a Instituição iniciou sua atuação na educação de nível superior. Assim, após sete anos de preparo e obtido o aval do Governo Federal, o Projeto de Lei n° 11.184/2005 foi sancionado pelo Presidente da República, no dia 7 de outubro de 2005, e publicado no Diário Oficial da União, em 10 de outubro de 2005, transformando o Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (CEFET-PR) em Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a primeira do Brasil.

A iniciativa de pleitear junto ao Ministério da Educação a transformação teve origem na comunidade interna, pela percepção de que os indicadores acadêmicos nas suas atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão credenciavam a instituição a buscar a condição de Universidade Especializada, em conformidade com o disposto no Parágrafo Único do Artigo 53 da LDB.

Em 2006, o Ministério da Educação autorizou o funcionamento dos Campi Apucarana, Londrina e Toledo, que começaram suas atividades no início de 2007, e Francisco Beltrão, em janeiro de 2008. Assim, em 2010, são 11 campi, distribuídos no Estado do Paraná.

Após a transformação em Universidade, ocorreu um processo acelerado de implantação de novos cursos de graduação. Assim, no segundo semestre letivo de 2009 foram ofertados 28 cursos de tecnologia, 24 cursos de engenharia, 5 bacharelados em outras áreas e 3 licenciaturas.

A partir de 2007, a UTFPR iniciou atividades de Educação a Distância, através da oferta de cursos do Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB) pelo Câmpus Medianeira. Em 2009 iniciaram também cursos técnicos a distância do Programa e-Tec Brasil, nos campi de Campo Mourão, Curitiba, Medianeira, Pato Branco e Ponta Grossa.

Em 2009, ano em que se deu o centenário, a UTFPR contava com 1.393 docentes, 647 técnico-administrativos e 16.091 estudantes matriculados em cursos

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12 de Educação Profissional de Nível Técnico, de Graduação e em Programas de Pós-Graduação lato e stricto sensu, distribuídos nos 11 Campi, no Estado do Paraná.

1.2. Histórico do departamento e/ou curso

No final da década de setenta, quando a Instituição foi transformada em Centro Federal de Educação Tecnológica, houve a necessidade de criação de novos departamentos, para atender a diversidade dos cursos de nível superior que imergiriam a partir da nova perspectiva educacional. Nesse momento, o então Departamento de Ciências, que abrangia as áreas de matemática, física, química e biologia foi desmembrado, tinha início o Departamento Acadêmico de Química e Biologia, com sete professores de química e dois de biologia; o primeiro chefe foi o professor Otto Dieter Gerken.

Diante de dificuldades decorrentes de escassos recursos para a estruturação de laboratórios, até 1983 todas as aulas ministradas eram teóricas, quando então foram criados dois laboratórios, que permitiram ao corpo docente da época fomentar os recursos didáticos, ampliando as possibilidades de atuação, além de congregar os anseios por novas perspectivas. Em 1988, o Departamento contava com apenas 24 professores. Após aproximadamente uma década, o quadro total de docentes era cerca de 50 professores, entre efetivos e substitutos.

Em 2005, quando a Instituição foi transformada em Universidade, o Departamento Acadêmico de Química e Biologia (DAQBI) atendia diversos cursos de nível básico, técnico, tecnológico e engenharia, dentre os quais o curso de Tecnologia em Processos Ambientais, oferecido pelo Departamento e criado no final da década de noventa.

A idealização e concepção do projeto de abertura do curso de graduação em Química tiveram início em 2006. Após extenso trabalho, o projeto foi encaminhado para aprovação em 2007, consistindo então na proposta de abertura do Curso de Bacharelado em Química Tecnológica e/ou Licenciatura em Química. O curso teve seu início no primeiro semestre de 2008, com o ingresso da primeira turma, com 22 alunos. Nesse mesmo ano, o corpo docente aceitou o desafio de transferir a

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13 estrutura do Departamento para a nova sede do Câmpus Curitiba (Ecoville), tendo início a elaboração do projeto de estrutura do novo prédio, que comportaria suas atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Com a adesão da UTFPR ao projeto REUNE, houve expansão do número de vagas do curso de Bacharelado em Química Tecnológica para 44, tendo essa alteração sido implantada já no primeiro semestre de 2009. Com o aporte de recursos do Governo Federal, houve melhoria da infraestrutura, através da aquisição de equipamentos para as atividades de graduação, além da contratação de novos professores efetivos.

Em 2010, o corpo docente e os discentes, representados pelo Colegiado de curso, constataram a necessidade de revisão da estrutura curricular, considerando os seguintes aspectos: segregação entre os cursos de Licenciatura e de Bacharelado, adequações de carga horária e de ementários de unidades curriculares, flexibilização da matriz curricular. Em relação à separação entre os cursos de Licenciatura em Química e Bacharelado em Química Tecnológica optou-se, naquele momento, pela manutenção do curso de Bacharelado em Química, em detrimento ao curso de Licenciatura, pois foi de entendimento que a estrutura curricular estabelecida atendia, de forma mais ampla, o perfil profissional do bacharel e, também, devido às competências específicas do corpo docente do DAQBI e à carência, naquele momento, de profissionais da área de educação na Instituição como um todo.

A estrutura curricular atual do curso de Graduação em Química – modalidade Bacharelado, que oferece conteúdos de caráter tecnológico e o diferencial de aprofundamento ambiental, tal como apresentada neste Projeto Pedagógico, encontra-se em fase de implantação final. Futuramente, outras áreas de aprofundamento poderão ser implantadas, oferecendo aos graduando opções que diversifiquem sua formação, de forma a atender seus anseios profissionais e a demanda do mercado de trabalho.

Também no ano de 2010 teve início o Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental, curso que congrega a formação da grande maioria do corpo docente do DAQBI, e consolida sua vocação para a pesquisa. Aos alunos egressos

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14 do curso de Graduação em Química, o ingresso na pós-graduação torna-se a cada dia mais atraente, em especial em áreas voltadas a questões ambientais.

No início de 2012, ao receber as chaves de suas novas instalações, a totalidade da estrutura física do Departamento Acadêmico de Química e Biologia foi transferida para a nova sede (Ecoville), que atualmente conta com uma área física de 7.000 m2, contemplando diversas salas de aula, laboratórios de química, biologia e demais áreas afins, laboratório de informática, sala de professores, sala de atendimento a alunos e monitoria, além da área administrativa.

O crescimento do Departamento tem se constituído em um processo de constantes modificações e melhorias, sempre buscando oferecer as melhores condições para atender as necessidades do corpo discente, criando um ambiente propício ao crescimento profissional e permitindo a promissora expansão das atividades do seu corpo docente.

Considerando que o primeiro curso de nível superior do Departamento foi o de Tecnologia em Química Ambiental, o enfoque nas questões ambientais foi sendo consolidadas ao longo do tempo, estabelecendo o que seria uma das vocações essenciais do corpo docente do DAQBI. Desta forma, o curso de graduação em Química (modalidade Bacharelado) contempla e oferece, aos seus alunos, a opção de aprofundamento na área ambiental, que, devido a sua importância, será enfatizada a seguir.

1.2.1. Bacharelado em Química – com aprofundamento em Ambiental

De acordo com o artigo ―A Química Ambiental No Brasil”: em termos ambientais, pode-se dizer que estas últimas duas décadas foram marcadas, no Brasil, por uma crescente conscientização dos cidadãos e empresas sobre os danos causados por uma verdadeira miríade de atividades humanas, quer nas suas mais elementares atividades em seus lares, quer naquelas industriais (MOZZETO; JARDIM, 2002). Grande parte dessas atividades tem gerado efluentes e resíduos, sólidos, líquidos e gasosos que, de uma maneira ou outra, têm seu destino final na atmosfera, nos solos e nos corpos d’água, lóticos e lênticos, naturais e artificiais, continentais,

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15 costeiros ou nos oceanos. Um grande número desses efluentes e resíduos constitui-se em materiais ricos em nutrientes (carbono, nitrogênio e fósforo) e contaminantes orgânicos (aqui, uma variedade realmente grande existe) e inorgânicos (metais e metalóides) que são os responsáveis pelos muitos males que nossos ecossistemas vêm sofrendo e, outros muitos que atingem aos homens.

Segundo a Sociedade Brasileira de Química (SBQ) a Química Ambiental é definida como: ―a que estuda os processos químicos que ocorrem na natureza,

sejam eles naturais ou ainda causados pelo homem, e que comprometem a saúde humana e a saúde do planeta como um todo. Assim, dentro desta definição, a Química Ambiental não é a ciência da monitoração ambiental, mas sim da elucidação dos mecanismos que definem e controlam as concentrações das

espécies químicas candidatas a serem monitoradas‖.

O Bacharelado em Química Tecnológica com aprofundamento em Ambiental tem o intuito de colocar no mercado um profissional diferenciado, fornecendo como base novos paradigmas fundamentados no desenvolvimento sustentável. Este profissional estará apto a elaborar um planejamento estratégico de tal forma que o uso das mais diversas substâncias e materiais venha cumprir sua função e ao mesmo tempo garantir qualidade de vida e ser seguro ao meio ambiente e ou mesmo melhorar a qualidade deste. O químico com este diferencial de aprofundamento em Ambiental tem a proposta de visar a eficiência e o rendimento das reações, no sentido de evitar ou minimizar a geração de reações secundárias, e que os produtos tenham pelo menos uma das seguintes características: baixos níveis ou ausência de toxicidade ao meio, biodegradabilidade e que sejam facilmente recuperáveis, recicláveis ou de tratáveis ao final do seu ciclo de vida, diminuindo, portanto a possibilidade de impactos ambientais.

A proposição de soluções e tratamentos adequados para os resíduos inevitavelmente gerados durante os processos e o reconhecimento dos pontos de geração dos mesmos, também vêm compor a habilidade deste profissional. O egresso deve ser consciente da capacidade finita da Terra quanto à extração de matéria prima e à recepção de emissões sejam estas sólidas, líquidas ou gasosas. Neste contexto, estar sempre disposto a pesquisar alternativas para processos

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16 convencionais e buscar novas tecnologias no sentido de contribuir com a restauração do equilíbrio ambiental, é a meta a ser alcançada pelo Bacharel em Química Tecnológica com aprofundamento em Ambiental.

1.3. Contextualização Nacional, Regional e Local.

A Química, desde sua origem, esteve e sempre estará a serviço da humanidade, apesar de ser considerada uma vilã pela população leiga, tendo-a como grande responsável pela poluição ambiental. Na realidade, o problema da poluição não é da química, mas sim como ela é utilizada nos mais variados processos. Apesar de estudar as substâncias e suas transformações, a química não deixa de ser uma ciência estreitamente ligada à vida.

Conhecendo os conceitos, leis e princípios da Química, entende-se que esta faz parte da natureza e da construção humana, o que contribui na compreensão dos aspectos históricos de sua produção e suas relações com os contextos culturais, socioeconômicos e políticos.

A década de setenta constitui o marco da transformação do perfil econômico do Estado do Paraná, com progressiva diversificação na agropecuária – pela modernização da base técnica de produção, expansão de culturas, comercialização de ―commodities‖ e agroindustrialização – e, no setor industrial, com a introdução dos ramos modernos na linha da metalmecânica, como parte do processo de desconcentração da atividade econômica a partir de São Paulo (CIMBALISTA, 2000).

As atividades do Setor Primário, que na década de setenta respondiam por mais de 40% do Valor Adicionado Fiscal (VAF) gerado no estado, progressivamente foram superadas pelas do Setor Secundário, que consolidou sua participação atingindo, em 2000, 49,96% dessa renda da economia.

A agricultura, em 2000, respondeu por 13,7% do VAF do Estado, mantendo, contudo, papel relevante, dada à dinâmica multiplicadora na cadeia produtiva. Em 2000, 80,45% do valor bruto da produção agropecuária do Paraná corresponderam

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17 à produção de soja, trigo, algodão e milho – importantes como ―commodities‖ e base do segmento agroindustrial de primeiro processamento, bem como dos insumos à cadeia protéica animal (PARNOFF, 2003b).

Numa dinâmica paralela e inversa à observada pelo Setor Agropecuário, os segmentos da indústria moderna metalmecânica lideraram uma mudança qualitativa na estrutura industrial do Estado, centrada no aglomerado metropolitano de Curitiba. Na década de noventa, essa estrutura industrial incorporou novos segmentos e, desse modo, criou nova dinâmica sustentada por uma política estadual de atração de novos investimentos, reforçou o espaço metropolitano, que disponibilizava vantagens locais da proximidade do mercado do Sudeste e do Porto de Paranaguá, oferta de infraestrutura em termo de energia, telecomunicações, aeroporto internacional e rodovias, dentre outros fatores que se somaram à concessão de incentivos fiscais e financeiros.

Os investimentos econômicos foram realizados particularmente nos municípios de São José dos Pinhais, que foi contemplado com a localização de duas das maiores montadoras (Renault e Volkswagem/Audi) e que recebeu uma série de investimentos em comércio e serviços, além da adequação do aeroporto internacional; Campo Largo (que por pouco tempo sediou a Chrysler, tendo vivido o impacto da condição efêmera desse investimento); Araucária e Curitiba (com a modernização e ampliação de segmentos existentes), assim como pequenas inversões nos demais municípios limítrofes ao polo.

Acompanhando o reforço à atividade industrial, os setores Comércio e Serviços demonstram maior incremento em toda a década. O último, fortemente concentrado no pólo, voltou-se particularmente às empresas e ao mercado constituído pelos empreendimentos, pelo fluxo de executivos e profissionais especializados que se intensificou e pelos novos habitantes da cidade, que demandam serviços mais complexos e sofisticados, peculiares ao mundo globalizado.

Curitiba passou a ter visibilidade entre as cidades que desempenham papel relevante no cenário econômico nacional, adicionando à sua condição de ―cidade-modelo‖ a de ―metrópole-competitiva‖ (FIRKOWSKI, 2001). Atividades desses setores também se espraiaram entre os municípios metropolitanos. São José dos

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18 Pinhais destaca-se por apresentar-se como nova centralidade desse espaço regional transformado.

A ―desconcentração‖ da atividade econômica, ou ―concentração dispersa entre municípios‖, alterou substancialmente o perfil da economia metropolitana, com transformações sócio-espaciais e efeitos ambientais marcantes. Ademais, reforçaram o aglomerado metropolitano como o espaço econômico de maior relevância no Paraná (IPARDES, 2005).

Destas políticas, resultaram o adensamento do segmento metal-mecânico e a atração de grande número de fornecedores e empresas complementares. Em termos regionais, o conjunto de políticas implementadas ao longo da década de noventa constituiu-se em elemento fundamental para a inserção do Paraná na dinâmica espacial da economia brasileira. Parte significativa dos investimentos vem ocorrendo no setor automotivo, com capacidade de geração de efeitos endógenos diretos e indiretos, especialmente no setor serviços, principalmente nos de tratamento de superfície (MACEDO et al., 2002).

Em 2000, a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) respondia por 43,04% do VAF do Paraná, e mais da metade dessa renda era gerada por Curitiba, que se destaca como o polo industrial e de serviços do Estado (IPARDES, 2005).

Ao longo da década de noventa, a economia paranaense e da Região Metropolitana de Curitiba sofreram fortes ajustes em suas estruturas produtivas, caracterizados por reorganização de processos, aumento nos níveis de eficiência e de qualidade das empresas, além do redimensionamento de capacidade instalada em diversos ramos industriais.

Reforçou-se o perfil consolidado na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), dado pela sobreposição de atividades industriais de maior conteúdo tecnológico, principalmente nas áreas metalmecânica e química, sobre as mais tradicionais tais como as de produtos alimentares (IPARDES, 2005).

Na década de noventa, a economia regional passou por forte ajuste em sua estrutura produtiva, caracterizado pela reorganização de processos produtivos, aumento nos níveis de eficiência e de qualidade das empresas, além do redimensionamento da capacidade instalada em diversos ramos industriais.

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19 Associada a essa mudança no setor industrial, ocorreu a ampliação da demanda por serviços e produtos de maior especialização, muitos dos quais viabilizados por capital internacional e voltados ao mercado global.

Das 500 maiores empresas do Brasil, 14 estão incluídas na RMC, 12 encontram-se em Curitiba, uma em São José dos Pinhais e outra em Araucária. São José dos Pinhais também se sobressai por sediar o aeroporto internacional da Região. Nos empregos formais em atividades que se destacam como indicativas de segmentos de ponta da ―nova‖ economia, a distribuição adquire outro contorno: Curitiba responde por 68,7% desses empregos; São José dos Pinhais, por 14,1%, e Pinhais, por 4,8%, com os demais municípios demonstrando menores valores.

O mercado de trabalho da Região Metropolitana de Curitiba apresenta, relativamente às demais regiões do Estado, um nível maior de formalização do emprego, maior concentração de ocupações nos segmentos mais modernos da economia e, por consequência, as maiores oportunidades de rendimento para a parcela de trabalhadores ligados a estes segmentos.

As novas tecnologias estabeleceram uma nova organização e estrutura para a produção, do que decorre a necessidade de refletir e direcionar esforços para a formação de profissionais para o processo produtivo. A indústria requer profissionais que possuam competências para analisar, controlar e propor novas tecnologias de produção, para garantir a melhorar e a competitividade do processo industrial.

Pelo contexto atual, a formação de profissionais em Química com atribuições Tecnológicas atende as necessidades das empresas, independentemente da área de atuação industrial.

Diante deste cenário, a oferta do Curso de Graduação em Química com Habilitação em Bacharelado em Química e com atribuições Tecnológicas, justifica-se pelos fatores relacionados a seguir:

 O estado do Paraná vem perdendo gradativamente a imagem de um estado quase exclusivamente agrícola, tornando-se cada vez mais industrializado, principalmente na região metropolitana de Curitiba.

 A área industrial na região metropolitana de Curitiba tem apresentado crescimento constante a partir de 1973, com a implantação da CIC – Cidade

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20 Industrial de Curitiba. Vale destacar, outrossim, que a partir de 1997, com a instalação de diversas montadoras de automóveis, a região metropolitana de Curitiba tornou-se um pólo automobilístico.

 O panorama atual, decorrente da industrialização, demanda uma quantidade significativa de profissionais de nível superior.

 As indústrias da região metropolitana de Curitiba sempre mantiveram a demanda elevada pelos formandos da UTFPR, devido ao grande inter-relacionamento com a Instituição, à tradição do ensino técnico, ao alto nível de tecnologia que esta detém e aos equipamentos e laboratórios de que dispõe.

 O fato de a UTFPR consolidar-se, cada vez mais, como uma instituição formadora de recursos humanos na área tecnológica.

 A preocupação da UTFPR, como agência formadora de recursos humanos, para formar profissionais que venham a participar do processo global de produção, assegurando-lhes a posse dos fundamentos teóricos e práticos da cultura científica.

 A existência de programas de pós-graduação na instituição permite a verticalização do ensino para os egressos do Curso.

O Departamento Acadêmico de Química e Biologia é formado por profissionais da área de química, biologia e áreas afins e oferece, desde 1999, o curso Superior de Tecnologia em Química Ambiental, atualmente denominado Curso Superior de Tecnologia em Processos Ambientais; além disso oferece, deste 2008, o curso de Graduação em Química, o que comprova a capacidade e a vocação deste departamento para atuação nesta área de conhecimento.

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2. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

Nome do curso: CURSO DE GRADUAÇÃO EM QUÍMICA

Titulação conferida: Bacharel em Química ou Bacharel em Química com ênfase em Ambiental.

Modalidade do curso: Bacharelado

Duração do Curso: Integralização em 4 anos (8 períodos, sendo cada período um semestre) e duração máxima em 6 anos (12 períodos)

Área de conhecimento: Ciências Exatas e da Terra – subárea: Química.

Habilitação e ênfase: Bacharelado em Química com ênfase em Ambiental

Regime escolar: Seriado semestral, com matrículas por disciplinas, respeitados os pré-requisitos e co-requisitos existentes.

Número de vagas oferecidas por semestre: 44 (88 vagas por ano).

Turnos previstos: período integral (manhã e tarde).

Ano e semestre de início de funcionamento do Curso: 2008/01.

Ato de reconhecimento: está em processo de reconhecimento.

Vestibular: conforme Deliberação do Conselho Universitário da UTFPR, a seleção dos candidatos será pelo aproveitamento do desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), adotando o Sistema Único de Seleção Unificada (SISU).

Finalidades: a fim de atender a visão da UTFPR, que é ―Ser modelo educacional de desenvolvimento social e referência na área tecnológica‖, bem como sua missão de ―Promover a educação de excelência através do ensino, pesquisa e extensão, interagindo de forma ética e produtiva com a comunidade para o desenvolvimento social e tecnológico‖, o curso de Graduação em Química (modalidade Bacharelado) busca ―Desenvolver e disseminar conhecimentos para o aprimoramento científico e tecnológico da sociedade no âmbito da Química, qualificando e preparando o bacharel em Química para o mercado de trabalho e para atuar de modo ético e responsável na Sociedade‖.

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Objetivos do curso: (Lei 11.184/2005: objetivos da UTFPR/LDB – Lei no 9394/96)

Sendo a missão da UTFPR de promover a educação de excelência por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, interagindo de forma ética e produtiva com a comunidade, para o desenvolvimento social e tecnológico, este curso tem como objetivo a formação generalista fundamentada em sólidos conhecimentos de química de forma multidisciplinar. Este direcionamento é apropriado tendo em vista as características e o perfil educacional da UTFPR, assim como atender às características regionais/profissionais visando o desenvolvimento sócio-econômico e ambiental.

Para tanto tem com base a Resolução CNE/CES 8, de 11 de março de 2002 do Conselho Nacional de Educação da Câmara de Educação Superior / MEC que estabelece as Diretrizes Curriculares para os cursos de Bacharelado e Licenciatura em Química e o Decreto Lei n° 4.452/43 (CLT), nos art.325 a 351 que discorre sobre o exercício da profissão de Químico, direitos e deveres. O exercício da profissão do Bacharel em Química é regulamentado pelo Decreto n° 85.877 de 07/04/1981 que estabeleceu normas para a execução da Lei n° 2.800 de 18/06/1956 (que cria o CFQ e os CRQs e dispõe sobre a regulamentação da profissão do Químico). A resolução Normativa CFQ n° 36 de 25/04/74, publicada no DOU de 13/05/74, ―dá atribuições aos profissionais da Química‖. A Resolução Ordinária n° 1.511 de 12/12/1975 que complementa a Resolução Normativa n° 36 de 25/04/1974. Bem como as Resoluções Normativas de n° 194 de 14/04/2004 e nº 198 de 17/12/2004 que estabelecem quais profissionais poderão registrar no CRQ e quais serão as atribuições concedidas.

Com o propósito de ser um curso flexível em termos de ênfases nas áreas tecnológicas, e em função do planejamento estratégico institucional e das ações incluídas na sua formatação, foram definidos os seguintes objetivos para caracterização do profissional:

- Direcionamento para ampla e multidisciplinar fundamentação em sólidos conhecimentos de química que possibilite atuação em vários setores;

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23 atuação consciente;

- Exercício da criatividade na resolução de problemas; - Capacitação para trabalhos individuais e coletivos;

- Estímulo a atitudes inovadoras e agilidade no aprofundamento constante de seus conhecimentos científicos para que possa acompanhar as rápidas mudanças da área em termos de tecnologia e mercado globalizado;

- Ensinamentos para tomadas de decisões, levando em conta os possíveis impactos ambientais ou de saúde pública, quando atuar na implementação de novos processos industriais para a produção de substâncias de uso em larga escala;

- Manter aproximação com atividades do mercado de trabalho.

Perfil do egresso:

Considerando as Diretrizes Curriculares Nacionais (Diretrizes Curriculares para os cursos de Bacharelado e de Licenciatura em Química, Resolução CNE/CES 8, de 11 de março de 2002 do Ministério de Educação) e em conformidade com a Resolução Ordinária N° 1.511 de 12/12/1975 do Conselho Federal de Química (CFQ), publicada no D.O.U. de 10/02/76e as Diretrizes institucionais da UTFPR (PDI e PPI) e a estrutura curricular do curso de Graduação em Química, as competências, habilidades e atitudes esperadas do egresso encontram-se relacionadas a seguir.

Bacharel em Química:

a. com relação à formação pessoal:

- Possuir conhecimento sólido e abrangente na área de atuação, com domínio das técnicas básicas de utilização de laboratórios e equipamentos necessários para garantir a qualidade dos serviços prestados e para desenvolver e aplicar novas tecnologias, de modo a ajustar-se à dinâmica do mercado de trabalho. - Possuir habilidade suficiente em Matemática para compreender conceitos de Química e de Física, para desenvolver formalismos que unifiquem fatos isolados

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24 e modelos quantitativos de previsão, com o objetivo de compreender modelos probabilísticos teóricos, e de organizar, descrever, arranjar e interpretar resultados experimentais, inclusive com auxílio de métodos computacionais. - Possuir capacidade crítica para analisar de maneira conveniente os seus próprios conhecimentos; assimilar os novos conhecimentos científicos e/ou tecnológicos e refletir sobre o comportamento ético que a sociedade espera de sua atuação e de suas relações com o contexto cultural, socioeconômico e político.

- Saber trabalhar em equipe e ter uma boa compreensão das diversas etapas que compõem um processo industrial ou uma pesquisa, sendo capaz de planejar, coordenar, executar ou avaliar atividades relacionadas à Química ou a áreas correlatas.

b. com relação à compreensão da Química:

- Compreender os conceitos, leis e princípios da Química.

- Conhecer as principais propriedades físicas e químicas dos elementos e compostos químicos que possibilitem entender e prever o seu comportamento físico-químico e aspectos de reatividade, mecanismos e estabilidade.

- Reconhecer a Química como uma construção humana e compreender os aspectos históricos de sua produção e suas relações com os contextos culturais, socioeconômicos, ambientais e políticos.

c. com relação à busca de informação e à comunicação e expressão:

- Saber identificar e fazer busca nas fontes de informações relevantes para a Química, inclusive as disponíveis nas modalidades eletrônica e remota, que possibilitem a contínua atualização técnica, científica e humanística.

- Ler, compreender e interpretar os textos científico-tecnológicos.

- Saber interpretar e utilizar as diferentes formas de representação (tabelas, gráficos, símbolos, expressões, etc.).

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25 - Saber comunicar corretamente em linguagem científica, oral e escrita, os projetos e resultados de pesquisa.

d. com relação ao trabalho de investigação científica e produção/controle de qualidade:

- Saber investigar os processos naturais e tecnológicos, controlar variáveis, identificar regularidades, interpretar e proceder a previsões.

- Saber conduzir análises químicas, físico-químicas e químico-biológicas qualitativas e quantitativas e a determinação estrutural de compostos por métodos clássicos e instrumentais, bem como conhecer os princípios básicos de funcionamento dos equipamentos utilizados e as potencialidades e limitações das diferentes técnicas de análise.

- Saber realizar síntese de compostos, incluindo macromoléculas e materiais poliméricos.

- Ter noções de classificação e composição de minerais. - Ter noções de Química do estado sólido.

- Ser capaz de efetuar purificação de substâncias e materiais; exercendo, planejando e gerenciando o controle químico da qualidade de matérias-primas e de produtos.

- Saber determinar as características físico-químicas de substâncias e sistemas diversos.

- Ter noções dos principais processos de preparação de materiais para uso da indústria química, eletrônica, óptica, biotecnológica e de telecomunicações modernas.

- Saber elaborar projetos de pesquisa e de desenvolvimento de métodos, produtos e aplicações em sua área de atuação.

- Possuir conhecimentos básicos sobre uso de softwares aplicados em Química. - Possuir conhecimento dos procedimentos e normas de segurança no trabalho. - Possuir conhecimento da utilização de processos de manuseio e descarte de materiais e de rejeitos, tendo em vista a preservação da qualidade do ambiente.

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26 - Saber atuar em laboratório químico, selecionar e manusear equipamentos e reagentes.

e. com relação à aplicação do conhecimento em Química:

- Saber realizar avaliação crítica da aplicação do conhecimento em Química tendo em vista o diagnóstico e o equacionamento de questões sociais e ambientais. - Saber reconhecer os limites éticos envolvidos na pesquisa e na aplicação do conhecimento científico e tecnológico.

- Ter curiosidade intelectual e interesse pela investigação científica e tecnológica, de forma a utilizar o conhecimento científica e socialmente acumulado na produção de novos conhecimentos.

-Ter consciência da importância social da profissão como possibilidade de desenvolvimento social e coletivo.

- Saber identificar e apresentar soluções criativas para problemas relacionados com a Química ou com áreas correlatas na sua área de atuação.

- Ter noções de estudos de viabilidade técnica e econômica no campo da Química.

- Saber planejar, supervisionar e realizar estudos de caracterização de sistemas de análise.

- Possuir conhecimentos relativos ao planejamento e à instalação de laboratórios químicos.

- Saber realizar o controle de operações ou processos químicos no âmbito de atividades de indústria, vendas, segurança e outras nas quais o conhecimento da Química seja relevante.

f. com relação à profissão:

- Ter capacidade de disseminar e difundir e/ou utilizar o conhecimento relevante para a comunidade.

- Ter capacidade de vislumbrar possibilidades de ampliação do mercado de trabalho, no atendimento às necessidades da sociedade, desempenhando outras

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27 atividades para cujo sucesso uma sólida formação universitária seja um importante fator.

- Saber adotar os procedimentos necessários nos casos dos acidentes mais comuns em laboratórios químicos.

- Conhecer aspectos relevantes de administração, de organização industrial e de relações econômicas.

- Ser capaz de atender às exigências do mundo do trabalho, com visão ética e humanística, tendo capacidade de vislumbrar possibilidades de ampliação do mesmo, visando atender às necessidades atuais.

g. com relação à área de aprofundamento em ambiental:

- Compreender os conceitos, leis e princípios da Química aplicados ao meio ambiente.

- Ser capaz de determinar as características físico-químicas de substâncias e sistemas diversos e suas interações ambientais.

- Saber levantar e avaliar riscos físicos, químicos e biológicos para a saúde e o meio ambiente.

- Saber investigar os processos naturais e tecnológicos, definir indicadores de desempenho ambiental, controlar variáveis, identificar irregularidades, interpretar e proceder a previsões.

- Utilizar e interpretar a legislação, normas, resoluções e padrões pertinentes à proteção do meio ambiente e segurança no trabalho.

- Conhecer critérios para classificação, manuseio, armazenamento e estratégias para a segregação e coleta de resíduos.

- Conhecer processos industriais, identificar os sistemas geradores de resíduos e investigar, propor e aplicar tratamentos prévios de produtos e resíduos visando à produção mais limpa.

- Conhecer, propor e aplicar tecnologias de eliminação, minimização, reuso, recuperação, reciclagem, tratamento e disposição de resíduos: urbanos, industriais, agrícolas, hospitalares e resíduos especiais.

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28 - Conhecer e aplicar as normas de segurança: em laboratórios, em sistemas de controle e tratamento de resíduos e no transporte e armazenamento de produtos. - Possuir conhecimentos relativos ao planejamento, à instalação e manutenção de laboratórios químicos e microbiológicos e de sistemas de controle e tratamento de resíduos.

- Ser capaz de expedir laudos de qualidade de sistemas de controle e tratamento de resíduos, de análise de contaminantes ambientais de solos, de corpos de água, da atmosfera e de organismos e de segurança ambiental em laboratórios e indústrias.

- Propor tecnologias para remediação e recuperação de áreas contaminadas. - Gerenciar e monitorar áreas contaminadas e atividades potencialmente poluidoras.

- Pesquisar e apresentar soluções criativas para problemas relacionados com a Química Ambiental ou com áreas correlatas na sua área de atuação, assim como conduzir e controlar o desenvolvimento das mesmas.

- Assessorar processos de Educação Ambiental;

- Ter conhecimentos relativos ao assessoramento, ao desenvolvimento e à implantação de políticas ambientais.

Áreas de atuação:

Habilitação de Bacharel em Química

O Bacharel em Química é um profissional capaz de atuar na área científica e tecnológica como pesquisador da área Química. Na indústria, o Químico atua no estudo, no planejamento, no desenvolvimento, na fabricação e no tratamento de produtos químicos, em análises químicas e no controle de qualidade.

A Resolução Normativa CFQ - Conselho Federal de Química nº 36 de 25/04/74 publicada no DOU em 13/05/74 dá atribuições aos profissionais da Química e lista as atividades desses profissionais:

- Direção, supervisão, programação, coordenação, orientação e responsabilidade técnicas no âmbito de suas atribuições respectivas;

(29)

29 - Assistência, assessoria, consultoria, elaboração de orçamentos, divulgação e comercialização no âmbito das atribuições respectivas;

- Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento de serviços técnicos, elaboração de pareceres, laudos e atestados, no âmbito das atribuições respectivas;

- Exercício do Magistério, respeitada a legislação específica;

- Desempenho de cargos e funções técnicas, no âmbito das atribuições respectivas; - Ensaios e pesquisas em geral, pesquisas e desenvolvimento de métodos e produtos;

- Análises químicas e físico-químicas, químico-biológicas, bromatológicas, biotecnológicas, químico-toxicológicas ou químico-legais, padronização e controle de qualidade.

- Produção, tratamentos prévios e complementares de produtos e resíduos; - Operação de equipamentos e execução de trabalhos técnicos;

- Condução e controle de operações e processos industriais e trabalhos técnicos; - Pesquisa e desenvolvimento de operações e processos industriais;

- Estudo e execução de projetos de processamento;

- Estudo da viabilidade técnica e técnico-econômica no âmbito das atribuições respectivas.

Com relação à área de aprofundamento em ambiental

O Bacharel em Química, com aprofundamento em ambiental, está apto a:

- Compreender os conceitos, leis e princípios da Química aplicados ao meio ambiente;

- Ser capaz de determinar as características físico-químicas de substâncias e sistemas diversos e suas interações ambientais;

- Saber levantar e avaliar riscos físicos, químicos e biológicos para a saúde e o meio ambiente;

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30 - Saber investigar os processos naturais e tecnológicos, definir indicadores de desempenho ambiental, controlar variáveis, identificar irregularidades, interpretar e proceder a previsões;

- Utilizar e interpretar a legislação, normas, resoluções e padrões pertinentes à proteção do meio ambiente e segurança no trabalho;

- Conhecer critérios para classificação, manuseio, armazenamento e estratégias para a segregação e coleta de resíduos;

- Conhecer processos industriais, identificar os sistemas geradores de resíduos e investigar, propor e aplicar tratamentos prévios de produtos e resíduos visando à produção mais limpa;

- Conhecer, propor e aplicar tecnologias de eliminação, minimização, reuso, recuperação, reciclagem, tratamento e disposição de resíduos: urbanos, industriais, agrícolas, hospitalares e resíduos especiais;

- Conhecer e aplicar as normas de segurança: em laboratórios, em sistemas de controle e tratamento de resíduos e no transporte e armazenamento de produtos; - Possuir conhecimentos relativos ao planejamento, à instalação e manutenção de laboratórios químicos e microbiológicos e de sistemas de controle e tratamento de resíduos;

- Ser capaz de expedir laudos de qualidade de sistemas de controle e tratamento de resíduos, de análise de contaminantes ambientais de solos, de corpos de água, da atmosfera e de organismos e de segurança ambiental em laboratórios e indústrias; - Propor tecnologias para remediação e recuperação de áreas contaminadas;

- Gerenciar e monitorar áreas contaminadas e atividades potencialmente poluidoras; - Pesquisar e apresentar soluções criativas para problemas relacionados com a Química Ambiental ou com áreas correlatas na sua área de atuação, assim como conduzir e controlar o desenvolvimento das mesmas;

- Assessorar processos de Educação Ambiental;

- Ter conhecimentos relativos ao assessoramento, ao desenvolvimento e à implantação de políticas ambientais.

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3. ESTRUTURA CURRICULAR

3.1. Flexibilidade curricular

Com o propósito de ser um curso flexível, apresentando-se como um curso de bacharelado em Química com atribuições tecnológicas e opção de aprofundamento ambiental, em termos de suas características específicas e em função do planejamento estratégico institucional e das ações incluídas na sua formatação, foram definidos os seguintes objetivos para caracterização do profissional:

- Direcionamento para ampla e multidisciplinar fundamentação em sólidos conhecimentos de química, que possibilite atuação em vários setores;

- Desenvolvimento de metodologia e senso de responsabilidade que permita atuação consciente;

- Exercício da criatividade na resolução de problemas; - Capacitação para trabalhos individuais e coletivos;

- Habilitação em atitudes inovadoras e agilidade no aprofundamento constante de seus conhecimentos científicos para que possa acompanhar as rápidas mudanças da área e mercado globalizado;

- Ensinamentos para tomadas de decisões, levando em conta os possíveis impactos ambientais ou de saúde pública, quando atuar na implementação de novos processos industriais para a produção de substâncias de uso em larga escala; - Manter aproximação com atividades do mercado de trabalho.

Dentro deste propósito, o curso de graduação Química apresenta atividades teórico-práticas, sendo que sua organização curricular contempla o desenvolvimento de competências profissionais coerentes com os objetivos do curso e com o perfil profissional. O curso apresenta a grade 570 de 2008, de acordo a proposta de abertura do curso era possível ao aluno as seguintes opções: (1) Bacharelado em Química Tecnológica com ênfase ambiental e Licenciatura em Química, (2) Bacharelado em Química Tecnológica com ênfase ambiental, (3) Bacharelado em Química Tecnológica e (4) Licenciatura em Química. Atualmente tem-se a Grade

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32 reformulada que começou a ser implantada no primeiro semestre de 2010 com a modalidade bacharelado, mas também mantendo as disciplinas que garantem atribuições tecnológicas e a opção de aprofundamento específico.

3.2. Mobilidade acadêmica

A mobilidade proporciona o intercâmbio científico, cultural e humano, valorizando a formação integral do estudante. O Programa de Mobilidade Estudantil resulta da integração acadêmica e científica entre Instituições Públicas de Ensino Superior e permite ao discente uma formação mais generalista e, ao mesmo tempo, individualizada, promovendo o enriquecimento do currículo acadêmico e profissional, a ampliação das possibilidades de relacionamento interpessoal, a expansão do conhecimento através de vivências, a aquisição de novas experiências e a interação de culturas.

Dentro deste contexto, o Departamento Acadêmico de Química e Biologia (DAQBI), possui a disponibilidade de intercâmbio entre as universidades brasileiras, através de convênios pré-estabelecidos pela universidade. A UTFPR é integrante do convênio de mobilidade estudantil organizado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino (ANDIFES), entre todas as universidades federais do Brasil, assim como da rede de universidades estaduais do Paraná, convênio realizado por intermediação da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (SETI).

O Departamento de Relações Interinstitucionais é responsável em implementar a política de cooperação nacional e internacional da Instituição, em aplicar as normativas e diretrizes inerentes às atividades decorrentes do estabelecimento de cooperação interinstitucional, em centralizar e distribuir informações sobre assuntos internacionais, referentes ao Câmpus, em promover, em conjunto com os diversos setores do Câmpus, ações de parceria e divulgação de informações sobre convênios e intercâmbios, em propor ações para aperfeiçoar as relações interinstitucionais do Câmpus, em proporcionar apoio ao intercâmbio internacional, no âmbito do Câmpus,

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33 estabelecer vínculos com as unidades de assessoria internacional de instituições parceiras e/ou conveniadas, intermediar o processo de intercâmbio nos Câmpus e providenciar apoio na recepção de estrangeiros em visita ao Câmpus.

Há, ainda, a possibilidade de que as disciplinas oferecidas por outras instituições de ensino ou de regulamentação e supervisão do esforço profissional possam ser cursadas, mesmo que estes conteúdos não estejam previstos no currículo pleno de uma determinada instituição, mas nele podem ser aproveitados, porque circulam em um mesmo currículo, de forma interdisciplinar, e se integram com os demais conteúdos realizados promovendo assim o intercâmbio entre as instituições.

3.3. Relação teoria e prática

As dimensões da teoria e da prática são indissociáveis para a educação integral. Os laboratórios especializados (didáticos e de pesquisa) são largamente utilizados pelos discentes para experimentação dos conceitos teóricos-práticos. Acredita-se que só através dessa vivência é possível fixar e desenvolver conhecimentos. Os conceitos adquiridos nas disciplinas teóricas são vivenciados nas disciplinas práticas e vice-versa, bem como em estágios não obrigatórios e em projetos de iniciação cientifica. Além disso, o desenvolvimento de atividades complementares contemplam, de forma abrangente, outros aspectos importantes à formação discente, tais como assistência a cursos, palestras, eventos de natureza científica, atividades voluntárias, dentre outros.

Para construir uma proposta pedagógica que atenda às novas necessidades demandadas para a educação, o DAQBI tem como meta promover atividades de caráter interdisciplinar através, por exemplo, de projetos temáticos com temas norteadores, privilegiando a metodologia da problematização, procurando uma constante articulação entre teoria e prática pela contextualização dos conteúdos. Têm como objetivo integrar as bases tecnológicas de maneira que, ao desenvolvê-lo, o aluno exercita as competências e habilidades da área. Os resultados dessas

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34 atividades pretendem ser soluções a problemas enfrentados no exercício da profissão, sendo fundamental na formação do profissional.

3.4. Desenvolvimento de competências profissionais

Admitindo a pluralidade de significação, bem como a controvérsia no meio acadêmico em relação à noção de competência, a UTFPR entende que tal conceito não se limita ao ―saber fazer‖, pois pressupõe acerto no julgamento da pertinência da ação e no posicionamento, de forma autônoma, do indivíduo diante de uma situação. A ação competente envolve atitude relacionada com a qualidade do trabalho, a ética do comportamento, o cuidado com o meio ambiente, a convivência participativa e solidária, iniciativa, criatividade, entre outros. E, assim sendo, por sua natureza e características, a educação profissional e tecnológica deve contemplar o desenvolvimento de competências profissionais tecnológicas, gerais e específicas, incluindo os fundamentos científicos e humanísticos necessários ao desempenho profissional e a uma atuação cidadã.

O currículo do curso apresenta coerência com o perfil desejado do egresso através das unidades curriculares.

Uma das ferramentas que permite e contribui para a obtenção de competências profissionais é o estágio não obrigatório, possível desde o 3º período e o estágio obrigatório, a partir do 5º período, além das experiências com projetos de iniciação científica, participação em eventos acadêmicos locais, regionais e nacionais. Por outro lado, as disciplinas são conduzidas de forma a aproveitar os saberes dos estudantes, incorporando-os no processo ensino, como reconhecimento de possibilidades diversas de soluções de problemas, assim como de percursos de aprendizagem.

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3.5. Relação com a Pesquisa

A pesquisa, no Curso de Graduação em Química, caracteriza-se pela atuação dos alunos em atividades de iniciação científica, do tipo bolsista ou voluntário. Estes alunos recebem orientação por um professor pesquisador, de modo que a aprendizagem de técnicas e métodos, bem como o desenvolvimento do pensar científico, seja decorrente de situações criadas pelo confronto direto com os problemas da pesquisa. Dentro deste contexto, a iniciação científica é um instrumento que permite introduzir os alunos de graduação na pesquisa científica, sendo um instrumento de apoio teórico e metodológico à realização de um projeto que contribua na formação profissional do aluno. Tem a finalidade de despertar vocação científica e incentivar talentos potenciais entre estudantes de graduação universitária, mediante participação em projeto de pesquisa.

Os Professores do Curso de Bacharelado em Química Tecnológica possuem conhecimento na elaboração de diferentes textos técnico-científicos, como projetos, relatórios, artigos e resumos, os quais são submetidos para agências de financiamento de pesquisa e também para vários congressos científicos realizados no Brasil e exterior. Além disso, vinculado ao Departamento Acadêmico de Química e Biologia encontra-se o Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental (PPGCTA) que objetiva a formação de recursos humanos para atuarem em ciências e processos ambientais, de forma interdisciplinar, nos temas de gestão de bacias, sistema integrado de gestão, controle e tratamento de águas e efluentes e energias renováveis.

3.6. Relação com a Extensão

A Extensão, no Curso de Graduação em Química, caracteriza-se por uma gama de ações, e realiza-se através de programas, projetos, cursos e eventos que podem ser exemplificados, tais como:

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