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CRESCIMENTO DE PLANTAS DE ALFACE CULTIVADAS EM SUBSTRATOS ORGÂNICOS, NO MUNICÍPIO DE CODÓ, MARANHÃO

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Academic year: 2020

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Crescimento de plantas de alface

cultivadas em substratos orgânicos, no

município de Codó, Maranhão

Josielta Alves dos Santos1;

Wady Lima Castro Júnior2;

Alex Jhonne Barbosa Carvalho3;

Antonio Marcos da Conceição Lima4;

Gutierres Nelson Silva5;

1 Bacharel em Agronomia pelo Instituto Federal do Maranhão - IFMA. E-mail: josielta.alves@gmail.com;

2 Professor de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal do Maranhão - IFMA. E-mail: wadycastro@ifma.edu.br; 3 Bacharel em Agronomia pelo Instituto Federal do Maranhão - IFMA. E-mail: alex.jbc@ifma.edu.br;

4 Graduando em Licenciatura em Química pelo Instituto Federal do Maranhão - IFMA. E-mail: zootec21@gmail.com;

5 Professor de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal do Maranhão - IFMA. E-mail: gutierres.silva@ifma.edu.br;

RESUMO

Objetivou-se, neste estudo, analisar a produção da alface americana (Lactuca sativa) com cultivo submetido a diferentes substratos. O delineamento foi em blocos ao acaso cons-tituído por cinco fontes de nutrientes, sendo EB: esterco bovino + terra preta; EC: esterco caprino + terra preta; EA: esterco de aves + terra preta; TB: terra preta (tratamento padrão) e AQ: terra preta + adubação química. Cada tratamento foi constituído por quatro repeti-ções, totalizando vinte parcelas. Cada parcela apresentou as seguintes dimensões: 1,20 m de largura por 1,50 m de comprimento. Os dados foram submetidos à análise de variân-cia, utilizando-se o teste F a 5% de probabilidade, seguido de comparação de médias por meio dos testes Tukey e Dunnet a 5% de probabilidade. O tratamento que proporcionou maiores médias com relação à altura de plantas, número de folhas e comprimento de folha foi a EA, seguido da EB e EC, respectivamente. O tratamento com substrato terra preta + esterco de aves proporciona melhores resultados de desenvolvimento vegetativo da alface do tipo americana, no município de Codó/ MA. Desta forma é indicado como uma alternativa para produção de alface.

Palavras-chave: Substratos alternativos. Lactuca sativa. Produtividade.

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Growth of lettuce plants cultivated in

organic substrates, in the municipality

of Codó/ MA

ABSTRACT

The objective of this study was to analyze the production of American lettuce (Lactuca sativa) with cultivation submitted to different substrates. The design was a randomized block design with five nutrient sources: EB: cattle manure + black soil; EC: goat manure + black earth; EA: bird manure + black earth; TB: black soil (standard treatment) and AQ: black soil + chemical fertilization. Each treatment consisted of four replications, totaling twenty plots. Each plot had the following dimensions: 1.20 m wide and 1.50 m long. Data were submitted to analysis of variance, using the F test at 5% of probability, followed by means comparison using the Tukey and Dunnet tests at 5% probability. The treatment yielded higher averages in relation to plant height, leaf number and leaf length for EA, followed by EB and EC, respectively. Treatment with black soil substrate + poultry manure provides better vegetative development results of American type lettuce, not Codó municipality, MA, in this way and indicated as an alternative for surface production.

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1 INTRODUÇÃO

A alface (Lactuca sativa L.) é uma das horta-liças mais plantadas e consumidas no país, sendo uma das mais cultivadas em hor-tas domésticas. (HENZ e SUINAGA, 2009; SEDIYAMA et al., 2016). Grande parte da sua produção é proveniente de pequenos produtores fundamentados no sistema de agricultura familiar (BONELA et al., 2015), o que lhe confere grande importância eco-nômica e social. (COSTA et al., 2012). Esta cultura tem grande importância na ali-mentação humana ao se destacar como fonte de vitaminas e sais minerais, e também por ser uma hortaliça de fácil aquisição e de bai-xo custo ao consumidor. (ZIECH et al., 2014). Com a expansão de redes fast-food em todo o país, houve um consequente aumento na de-manda dessa hortaliça. (SALA e COSTA, 2008). A alface é uma planta de clima frio, poden-do tolerar geadas de menor intensidade. Seu ciclo é anual, encerrando sua fase ve-getativa quando as folhas atingem o maior desenvolvimento. Esta cultura por ser uma cultura de ciclo curto e crescimento rápido é muito exigente às condições edafoclimá-ticas para que haja um incremento à mas-sa fresca. A alface é muito exigente quanto às características químicas e físicas do solo, sendo assim, a fertilização constitui a práti-ca agrícola mais onerosa e de maior retor-no. (OLIVEIRA et al., 2009).

A qualidade final da alface é resultado de diversos fatores, dentre estes destaca-se a dose de nutrientes fornecidos durante o cultivo. Segundo Sanchez (2007), a

cultu-ra da alface é considecultu-rada uma hortaliça exigente em nutrientes, mesmo absorven-do pequenas quantidades, se comparadas a outras culturas, sendo que o nitrogênio, cálcio e potássio os elementos minerais mais absorvidos pela cultura.

Tendo-se em vista os custos inerentes à nu-trição da cultura da alface, faz-se necessário buscar substratos alternativos que propor-cionem produtividades elevadas a baixo custo de produção.

A adubação dos solos é um fator indis-pensável à manutenção da fertilidade e à constante obtenção do aumento das sa-fras. Visando um melhor aproveitamento dos resíduos disponíveis nas propriedades rurais e a redução de uso de insumos quí-micos, a utilização de substratos orgânicos pode ser uma alternativa viável e mais sus-tentável. (COSTA et al., 2014).

Muitos estudos vêm sendo realizados com a cultura da alface, avaliando seu desem-penho em diferentes formas de cultivos, como a adubação orgânica e sob diferentes cultivares. (COSTA et al., 2012; FREITAS et al., 2013; SOUZA et al., 2016; BRITO et al., 2017). No estado do Maranhão, há estudos relacionados a esta cultura no que diz res-peito à produção sustentável, a exemplo das pesquisas feitas por Silva e França (2014). Entretanto, não há informações a respeito sobre diferentes fontes de nutrientes para a cultura da alface nesse Estado. Assim, saber a fonte de nutriente que promova maior produtividade da alface americana é impor-tante tanto para o pequeno produtor como também para o grande produtor rural.

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Diante do exposto, objetivou-se, assim, com este estudo, avaliar o crescimento vegetativo de alface americana, em diferentes tipos de substrato orgânicos no município de Codó, MA.

2 MATERIAL E MÉTODOS

O estudo foi conduzido com a cultura da alface (Lactuca sativa L.) cultivar americana Grandes Lagos 659. O experimento foi realizado no Campo Experimental do Instituto Federal de Educa-ção, Ciência e Tecnologia do Maranhão, Campus Codó, localizado no município de Codó, MA, com coordenadas geográficas de 4º 26’ 51’’ S, 43º 52’ 57’’ O e com altitude de 48 m. (CASTRO JÚNIOR et al., 2015).

O clima da região dos cocais maranhenses, na qual a área experimental está inserida é, segundo a classificação de Köppen, do tipo Aw - megatérmico úmido e sub úmido de in-verno seco.

O solo da área é classificado como Neossolo Quartzarênico. Para caracterização química do solo foram realizadas coletas de amostras deformadas de solo nas profundidades de 0 a 20 cm, representando, assim, a profundidade efetiva do sistema radicular da maioria das hortaliças. Na mesma ocasião, foi coletada amostra da terra preta e também encaminhada para o Laboratório de solos da Universidade Estadual do Maranhão. Os valores encontra-dos podem ser observaencontra-dos nas Tabela 1 e 2.

Tabela 1: Características químicas do solo:

Profundidade (cm) MO* pH P K Ca Mg Al + H

g.dm-1 CaCl2 (mg dm-3) (mmolc dm3)

0-0,20 10 5,1 2 3,7 29 9 16,0

* MO: Matéria orgânica.

Tabela 2: Características químicas da terra preta

Profundidade (cm) MO* pH P K Ca Mg Al + H

g.dm-1 CaCl2 (mg dm-3) (mmolc dm3)

0-0,20 19 5,5 52 4,3 56 16 36,0

* MO: Matéria orgânica. Fonte: Autores.

As mudas foram produzidas em bandejas de polietileno contendo 288 células. Foram utilizados como substratos terra-preta e esterco de bovino na proporção 2:2. As sementes foram semeadas no dia 05 de janeiro de 2016, sendo depositadas 3 sementes por célula a uma profundidade de 0,5 cm. Aos 12 dias após a emergência foi realizado o desbaste dei-xando apenas uma planta por célula tida como vigorosa. O preparo dos canteiros deu-se

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manual da vegetação espontânea. Após a capina procedeu-se a aplicação dos adubos conforme cada tratamento. Com os cantei-ros adubados, aguardaram-se vinte e quatro horas para realizar o transplantio. Para pro-teção dos canteiros, estes foram recobertos por palha de arroz.

O controle das plantas daninhas foi realiza-do de forma manual, senrealiza-do que o primeiro desbaste ocorreu quinze dias após o trans-plantio. As capinas foram realizadas em in-tervalos de 15 dias até a colheita.

Os tratamentos foram constituídos por cin-co fontes de nutrientes: 1 - estercin-co bovino + terra preta (EB); 2 - esterco caprino + terra preta (EC); 3 - esterco de aves + terra pre-ta (EA); 4 - terra prepre-ta + adubação química (AQ) e 5 - terra preta (TP), esse último foi considerado tratamento padrão. Cada par-cela apresentaram as seguintes dimensões: 1,20 m de largura por 1,50 m de compri-mento (1,8m²). O espaçacompri-mento utilizado foi de 0,30 m entre plantas e 0,30 m en-tre fileiras. Foram consideradas área útil as plantas centrais, desconsiderando-se a bor-dadura da parcela. O sistema de irrigação utilizado foi o de micro aspersão.

As variáveis avaliadas foram: altura de plan-tas, número de folhas, comprimento médio de folhas, comprimento médio de caule, diâmetro médio de caule, massa fresca da parte aérea, massa seca da parte aérea, mas-sa seca das raízes. O crescimento e acúmulo de massa seca das plantas foram avaliados aos 45 dias após o transplantio, cortando as plantas rentes ao solo.

Para a variável altura de plantas, a medida foi tomada desde a base até o ápice da plan-ta, utilizando-se uma régua milimetrada. Após esta etapa, foi realizada a contagem do número de folhas de cada planta. Após a contagem das folhas, foi realizada a medida do comprimento das folhas de cada planta. Para a contagem de folhas, foram considera-das folhas acima de 5,0cm de comprimento. A variável comprimento de caule foi men-surada com o auxílio de uma régua milime-trada, levando-se em consideração desde a base até a primeira inserção da primeira folha. Com o auxílio de um paquímetro, realizou-se a leitura do diâmetro de caule a uma altura de 0,5 cm de comprimento. A massa fresca foi obtida a partir da pesa-gem da parte aérea de cada planta. A de-terminação de massa fresca foi mensurada com uma balança analítica, (tecnologia UNIBLOC - Modelo AUW-220D) com capa-cidade 220g e precisão 0,0001g, sendo, em seguida, colocada em sacos de papel que fo-ram levados à estufa a 70º C por 48 horas. A variável massa seca de raízes foi obtida de forma semelhante ao da massa seca da parte aérea, sendo esta obtida um dia após a coleta da parte aérea, com diferença apenas na tem-peratura utilizada. Depois de serem retiradas do solo, as raízes foram lavadas e colocadas para secar. Em seguida, as raízes foram pesa-das e levapesa-das à estufa 105ºC por 24 horas. O experimento foi instalado no delineamen-to em blocos ao acaso (DBC), com quatro repetições. Foram utilizados cinco tratamen-tos: EB, EC, EA, AQ e TP (tratamento padrão).

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Os dados foram submetidos à análise de variância. As médias foram comparadas utili-zando o teste de Tukey a 5% de probabilidade. A comparação dos valores médios de cada característica para os tratamentos (EB, EC, EA, AQ) foram comparados com o tratamento padrão (TP) pelo teste Dunnett a 5% probabilidade.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Observou-se pelo teste F, a 5% de probabilidade, que os diferentes substratos tiveram efei-to significativo sobre as seguintes variáveis avaliadas (altura de plantas, número de folhas, comprimento médio de folhas e diâmetro de caule, a exceção foi para o comprimento de caule, onde não foi constatado diferença significativas entre os diferentes tipos de subs-tratos (Tabela 3). Observa-se que o fator bloco não influenciou (P>0,05) em nenhuma das características avaliadas. Ainda analisando a Tabela 3 é possível evidenciar que, em geral, todos os coeficientes de variação (CV) estão dentro do padrão estabelecido na literatura. (GOMES, 1990; FERREIRA, 1991).

Tabela 3: Quadrado médio dos parâmetros da planta: altura de plantas (AP); número de folhas (NF); comprimento médio de folhas (CF); comprimento de caule (CC) e, diâmetro de caule:

QM FV GL AP NF CF CC DC BLOCOS 3 13,08958ns 13,52966ns 5,70512ns 0,09672ns 0,07591ns TRATAMENTOS 4 298,44721** 182,36216** 64,13871** 0,08607ns 0,23888** RESÍDUO 12 7,80324 6,50314 2,33331 0,09144 0,01664 CV(%) 11,51 16,96 10,72 27,52 22,31

** significativo ao nível de 1% de probabilidade pelo teste F, e ns não significativo pelo teste F; CV: coeficiente de variação. Fonte: Autores

Para as variáveis comprimento de caule (CC) e diâmetro de caule (DC), os valores de coefi-ciente de variação foram elevados e ultrapassaram os 20%. De acordo com Gomes (1990), coeficientes de variação apresentando valores entre 20 e 30% são considerados altos, refletin-do em baixa precisão experimental. Valores elevarefletin-dos de coeficiente de variação obtirefletin-dos para comprimento de caule podem ser explicados, uma vez que é altamente influenciado pelo ambiente, devido temperatura e foto período elevados (SOUZA et al., 2008), pois a região onde foi instalada a pesquisa (Codó, MA) apresenta clima do tipo equatorial, caracterizado por período seco e com temperatura média anual de 35ºC. (IBGE, 2010; PONTE et al., 2011). O tratamento com esterco de ave (EA), proporcionou valores médios estatisticamente su-periores (P<0,05) em relação aos demais tratamentos, para todas as características, exceto comprimento de caule (Tabela 4). Peixoto Filho et al. (2013) relacionam os incrementos proporcionados pelo esterco de aves com a relação carbono nitrogênio (C/N) serem

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me-79 tade dos demais substratos, sendo assim, apresenta uma mineralização mais rápida e, em

consequência, a maior disponibilização do nitrogênio para a cultura. Possivelmente, a maior disponibilidade de nitrogênio no tratamento EA proporcionou maior desenvolvi-mento vegetativo da cultura da alface. Bonela et al. (2015), ao estudarem a resposta de cultivares de alface a diferentes fontes de matéria orgânica, verificaram que o substrato de cama de frango apresentou menor relação C/N (8,65), quando comparados aos estercos bovino (18,8) e suínos (9,57).

Tabela 4: Valores médios das características avaliadas: altura de plantas (AP); número de folhas (NF); comprimento médio de folhas (CF); comprimento de caule (CC) e, diâmetro de caule (DC).

Tratamento AP (cm) NF (Folhas planta-1) CF (cm) CC (cm) DC (cm)

EB 25,57 b* 15,70 b 15,87 ab 1,04 a 0,56 b

EC 24,75 b 14,37 b 14,52 b 1,22 a 0,43 bc

EA 35,33 a 23,83 a 18,01 a 1,27 a 0,89 a

TP 11,07 c 4,91 c 7,46 c 0,91 a 0,21 c

AQ 24,57 b 16,33 b 15,36 ab 1,03 a 0,55 b

*Médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Fonte: Autores.

Outro resultado semelhante ao reportado nessa pesquisa foi relatado por Ziech et al. (2014), que, estudando o cultivo de alface em diferentes manejos de cobertura do solo e fontes de adubação, observaram maiores valores médios para número de folhas e diâme-tro de caule, quando foi utilizado adubação com cama de aviário.

Em relação ao tratamento com terra preta (TP), em geral, esse tratamento apresentou os menores valores médios (P<0,05) para todas as características avaliadas na cultura da alface (Tabela 4). Isso se deve, provavelmente, a menor mineralização dos nutrientes nes-te substrato, nes-tendo, como consequência, menor desenvolvimento vegetativo da cultura nessas condições.

Em relação ao comprimento de caule, não foi constatada diferença significativa entre os tratamentos (P>0,05) (Tabela 4). É importante salientar que quanto menor o caule, melhor será a qualidade de comercialização e resistência do material ao pendoamento. De acordo com Luz et al. (2009), o comprimento do caule de plantas pode ser considerado um pa-râmetro para verificar a sua resistência ao pendoamento. Segundo Fiorini et al. (2016), o maior comprimento do caule de plantas de alface inviabiliza o produto comercial.

Para a variável diâmetro de caule (DC), os valores médios verificados nos tratamentos EA e AQ apresentaram resultados superiores (P<0,05) ao valor médio do DC no tratamento

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TP (padrão) pelo teste Dunnett (Tabela 5). Já as demais, características de crescimento vegetativo da alface, não houve diferença significativa (P>0,05) dos tratamentos (EC, EA e AQ) comparado ao tratamento padrão pelo teste Dunnett (Tabela 5). Desta forma, o uso de esterco de ave como substrato na cultura da alface pode ser uma alternativa viável para aumentar da produtividade dessa hortaliça.

Tabela 5: Valores médios das características avaliadas: altura de plantas (AP); número de folhas (NF); comprimento médio de folhas (CF); comprimento de caule (CC) e, diâmetro de caule (DC).

Tratamento AP (cm) NF (Folhas planta-1) CF (cm) CC (cm) DC (cm)

TP (padrão) 11,07 4,91 7,46 0,91 0,21

EC 24,75 14,37 14,52 1,22 0,43

EB 25,57 15,70 15,87 1,04 0,56

EA 35,33 23,83 18,01 1,27 0,89*

AQ 24,57 16,33 15,36 1,03 0,55*

Médias com * na coluna diferem do valor da terra preta (padrão) ao nível de 5% de probabilidade pelo teste Dunnett. Fonte: Autores.

Observou-se, pelo teste F, a 5% de probabilidade, que os diferentes substratos tiveram efei-to significativo sobre as características de massa fresca, massa seca da parte aérea e massa seca de raiz (Tabela 6).

Tabela 6: Quadrado médio dos parâmetros da planta: massa fresca da parte aérea (MFPA), massa seca da parte aérea (MSPA) e massa seca de raiz (MSR).

QM FV GL MFPA MSPA MSR BLOCOS 3 817,16ns 3,40ns 4,86ns TRATAMENTOS 4 11628,30** 53,78** 21,35** RESÍDUO 12 771,12 5,77 5,86 CV(%) 43,35 48,79 69,39

** significativo ao nível de 1% de probabilidade pelo teste F, e ns não significativo pelo teste F; CV: coeficiente de variação. Fonte: Autores.

Em geral, o tratamento EA, proporcionou valores médios estatisticamente superiores (P<0,05) em relação aos demais tratamentos, para as variáveis de massa fresca da parte aérea, massa seca da parte aérea e massa seca de raiz (Tabela 7). Resultados similares foram reportados por Tashima et al. (2015) que, ao trabalhar com a cama de frango peletizada na cultura da alface, encontraram valores médios superiores de massa fresca da parte aérea no tratamento com cama de frango. Ao trabalhar com doses de estercos de frango, bovi-no e ovibovi-no, Peixoto Filho et al. (2013) também encontraram melhores resultados para a

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81 produção de matéria fresca, matéria seca de plantas, e número de folhas com a utilização

de esterco de frango. Segundo esses mesmos autores, provavelmente a mineralização da matéria orgânica tenha sido mais lenta nos tratamentos dos estercos bovino em relação ao de frango, o que pode ter acarretado as maiores produções com o esterco de frango. Tabela 7: Valores médios das características avaliadas: massa fresca da parte aérea (MFPA), massa seca da parte aérea (MSPA) e massa seca de raiz (MSR):

Tratamento MFPA MSPA MSR

g planta-1 EB 59,76 bc* 4,94 b 2,54 ab EC 43,62 bc 3,18 b 3,50 ab EA 152,38 a 10,82 a 7,14 a TP 4,83 c 0,94 b 0,82 b AQ 69,50 b 4,72 b 3,61 ab MÉDIA 66,02 4,92 3,52 DMS 64,53 5,41 5,51

*Médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Fonte: Autores

Para a variável massa fresca da parte aérea (MFPA), massa seca da parte aérea (MSPA) e massa seca da raiz (MSR), os valores médios verificados nos tratamentos EA e AQ apresen-taram resultados superiores (P<0,05) ao valor médio observados no tratamento TP (pa-drão) pelo teste Dunnett (Tabela 8). Comportamento semelhante foi verificado por Costa et al. (2012) que, avaliando diferentes substratos alternativos para produção de mudas de alface, observaram que o uso de substrato a base de terra preta e húmus apresentou meno-res valomeno-res médios de MFPA, MSPA e MRS, comparado aos demais tratamentos.

Tabela 8: Valores médios das características avaliadas: massa fresca da parte aérea (MFPA), massa seca da parte aérea (MSPA) e massa seca de raiz (MSR).

Tratamento MFPA MSPA MSR

g planta-1 TP (Padrão) 4,83 0,94 0,82 EB 59,76 4,94 2,54 EC 43,62 3,18 3,50 EA 152,38* 10,82* 7,14* AQ 69,50* 4,72* 3,61*

Médias com * na coluna diferem do valor da terra preta (padrão) ao nível de 5% de probabilidade pelo teste Dunnett. Fonte: Autores.

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Os resultados obtidos neste estudo confirmam que o uso de substrato a base de esterco de aves pode aumentar a produção de alface americana, na região de Codó/MA, tornando-se, assim, uma alternativa para os pequenos produtores da região.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desempenho do tratamento com substrato terra preta + esterco de aves proporcionou melhor crescimento de plantas de alface do tipo americana, no município de Codó/MA, sendo uma alternativa para produção de alface, supostamente devido à mineralização mais rápida e a maior disponibilização do nitrogênio para a alface americana.

AGRADECIMENTOS

Este trabalho foi fomentado pelo Departamento de Ensino do Instituto Federal de Educa-ção, Ciência e Tecnologia do Maranhão.

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REFERÊNCIAS

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Tabela 2: Características químicas da terra preta
Tabela 3: Quadrado médio dos parâmetros da planta: altura de plantas (AP); número de folhas  (NF); comprimento médio de folhas (CF); comprimento de caule (CC) e, diâmetro de caule:
Tabela 4: Valores médios das características avaliadas: altura de plantas (AP); número de  folhas (NF); comprimento médio de folhas (CF); comprimento de caule (CC) e, diâmetro  de caule (DC).
Tabela 5: Valores médios das características avaliadas: altura de plantas (AP); número de  folhas (NF); comprimento médio de folhas (CF); comprimento de caule (CC) e, diâmetro  de caule (DC).
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