• Nenhum resultado encontrado

Qualidade fisiológica de Daucus carota L. utilizando diferentes adubações orgânicas/ Physiological quality Daucus carota L. using differents organics fertilizers

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "Qualidade fisiológica de Daucus carota L. utilizando diferentes adubações orgânicas/ Physiological quality Daucus carota L. using differents organics fertilizers"

Copied!
17
0
0

Texto

(1)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.90260-90276 nov. 2020. ISSN 2525-8761

Qualidade fisiológica de Daucus carota L. utilizando diferentes adubações

orgânicas

Physiological quality Daucus carota L. using differents organics fertilizers

DOI:10.34117/bjdv6n11-438

Recebimento dos originais:08/10/2020 Aceitação para publicação:20/11/2020

Andréa Celina Ferreira Demartelaere

Doutora em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB/CCA/Campus II) e Professora em Agroecologia

Instituição: Escola Técnica Estadual Senador Jessé Pinto Freire

Endereço: Rua Monsenhor Freitas, 648, Centro, CEP: 59586-000, Parazinho-RN, Brasil E-mail: andrea_celina@hotmail.com

Adriana dos Santos Ferreira

Mestre em Ciências Florestal pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Instituição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestal na Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

Endereço: Rodovia RN 160, Km 03, S/N, CEP: 59280-000, Distrito de Macaíba-RN, Brasil E-mail: ferreiraufra@gmail.com

Hailson Alves Ferreira Preston

Doutor em Fitopatologia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Professor Adjunto em Fitopatologia

Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN/EAJ)

Endereço: Rodovia RN 160, Km 03, S/N, CEP: 59280-000, Distrito de Macaíba–RN, Brasil E-mail: hailson_alves@hotmail.com

Selma dos Santos Feitosa

Doutora em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB/CCA/Campus II) e Professora do CST Agroecologia

Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - IFPB, Campus Sousa, PB Endereço: Rua Pres. Tancredo Neves, S/N, Jardim Sorrilandia, CEP: 58805-345,

Distrito de São Gonçalo- PB, Brasil E-mail: selma.feitosa@ifpb.edu.br

Tadeu Barbosa Martins Silva

Doutor em Entomologia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Professor Adjunto em Entomologia

Instituição: Universidade Estadual do Piauí (UESPI)

Endereço: Rua Almir Benvindo, S/N, CEP: 64860-000, Uruçuí–PI, Brasil E-mail: tadeubarbosa@urc.uespi.br

(2)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.90260-90276 nov. 2020. ISSN 2525-8761

Welka Preston

Doutora em Agronomia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Professora Titular de Gestão Ambiental

Instituição: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Endereço: Rua Professor Antônio Campos, BR 110, S/N, Costa e Silva, CEP: 59600-000, Mossoró-RN, Brasil

E-mail: welkapreston@hotmail.com

Anne Katherine Holanda Bezerra Rosado

Doutora em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB/CCA/Campus II) e Professora Adjunta em Gestão Ambiental

Instituição: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Endereço: Rua Professor Antônio Campos, BR 110, S/N, Costa e Silva, CEP: 59600-000, Mossoró-RN, Brasil

E-mail: annekatherine@uern.br

Roseano Medeiros da Silva

Doutor em Fitotecnia pela Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) e Professor Adjunta em Gestão Ambiental

Instituição: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Endereço: Rua Professor Antônio Campos, BR 110, S/N, Costa e Silva, CEP: 59600-000, Mossoró- RN, Brasil

E-mail: roseanomedeiros@uern.br

André Luís dos Santos Rodrigues

Graduando em Tecnologia em Gestão Ambiental Instituição: Universidade Estácio de Sá/Polo Cajazeiras-PB

Endereço: Rua Higino Rolim, 142, CEP: 58900-000, térreo, Cajazeiras-PB, Brasil E-mail: andreleao21@outlook.com

Rodrigo Fernandes Benjamim

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) Instituição: Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA)

Endereço: Rua Francisco Mota, 572, CEP: 59625-900, Pres. Costa e Silva, Mossoró-RN, Brasil E-mail: rfbenjamim_20@hotmail.com

RESUMO

Daucus carota L. pertence à família Apiaceae, originária Ásia Central, possui vitaminas e minerais, rica principalmente em retinol (vitamina A), alfa e beta caroteno, essenciais para manutenção da visão, pele e mucosas saudáveis. A adubação orgânica pode promover, além do aumento da produtividade das culturas, melhoria dos índices de fertilidade do solo. Resíduos da agroindústria também podem ser usados como adubo orgânico e nessa categoria estão incluídas as tortas oleaginosas (amendoim, algodão, mamona, cacau), borra de café, bagaços de frutas e subprodutos da indústria de alimentos, resíduos das usinas de açúcar e álcool (torta de filtro, vinhaça e bagaço de cana) e resíduos de beneficiamento de produtos agrícolas. Como também o esterco bovino como fertilizantes que melhora a estrutura e da drenagem do solo. O adubo de caprino apresenta elevadas concentrações de nitrogênio, fósforo e potássio, pode existir uma alta concentração de nutrientes essenciais. Portanto, os adubos orgânicos de origem animal ou vegetal como bovinos e caprinos são utilizados por oferecer inúmeros benefícios ao solo, influenciando direta ou indiretamente as suas propriedades físicas, químicas e biológicas. Além de aumentar a capacidade de troca catiônica e a capacidade de retenção da água, a

(3)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.90260-90276 nov. 2020. ISSN 2525-8761 porosidade do solo e a agregação do substrato elos seus inúmeros benefícios ao solo, torna-se uma prática útil e econômica para os produtores de hortaliças, proporcionando acúmulo de macro e micronutrientes no solo, aumentando seu potencial de mineralização e disponibilidade às plantas, garantindo crescimento, desenvolvimento e produção.

Palavras-chave: Cenoura, Adubação caprina, Vigor. ABSTRACT

Daucus carota L. belongs to the Apiaceae family, originally from Central Asia, has vitamins and minerals, rich mainly in retinol (vitamin A), alpha and beta carotene, essential for maintaining healthy vision, skin and mucous membranes. Organic fertilization can promote, in addition to increasing crop productivity, improving soil fertility rates. Agro-industry residues can also be used as organic fertilizer and this category includes oilseed pies (peanuts, cotton, castor beans, cocoa), coffee grounds, fruit cake and by-products from the food industry, sugar and alcohol mill waste ( filter cake, vinasse and sugarcane bagasse) and agricultural product processing residues. As well as cattle manure as fertilizers that improves the structure and drainage of the soil. Goat fertilizer has high concentrations of nitrogen, phosphorus and potassium, there may be a high concentration of essential nutrients. Therefore, organic fertilizers of animal or vegetable origin such as cattle and goats are used for offering numerous benefits to the soil, directly or indirectly influencing its physical, chemical and biological properties. In addition to increasing cation exchange capacity and water retention capacity, soil porosity and substrate aggregation and their numerous benefits to the soil, it becomes a useful and economical practice for vegetable growers, providing macro accumulation. and micronutrients in the soil, increasing their mineralization potential and availability to plants, ensuring growth, development and production.

Keywords: Carot, Goat fertilization, Vigor.

1 INTRODUÇÃO

Daucus carota L. foi trazida da Europa (França e Holanda) e da Ásia (Japão). Cultiva-se, atualmente, além das cultivares originárias dos grupos Nantes (Nantes, Forto, Nantesa etc.) e Kuroda (Kuroda, Nova Kuroda, Kuronan etc.). Atualmente no Brasil apresenta bastante cultivares do grupo Brasília (Brasília, Tropical, Nova Carandaí e Alvorada), obtidas de populações de cenoura mais antigas, coletadas no sul do País, onde até os dias atuais são os maiores produtores desta oleracea (SPINOLA et al., 1998).

Estas, além de apresentarem bom formato e coloração de raiz, são produtivas e destaca-se pelo valor nutritivo, sendo uma das principais fontes vegetais de pró-vitamina A (SPINOLA et al., 1998), rica em minerais essenciais para manutenção da visão, pele e mucosas saudáveis. Além disso, a de auxiliar na biodisponibilidade do ferro e atua na prevenção do efeito inibitório dos polifenóis presentes no chá e café que são responsáveis pela redução de mais de 50% na absorção de ferro dos alimentos (TEIXEIRA, 2008).

O princípio da adubação orgânica é ativar e manter a vida do solo. Ao repor os nutrientes e a energia, os ciclos biogeoquímicos naturais são ativados e podem ser otimizados, podendo fornecer nutrientes. E estão na forma orgânica devendo ser mineralizados para aproveitamento pela planta.

(4)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.90260-90276 nov. 2020. ISSN 2525-8761 Além de fornecerem nutrientes, os adubos orgânicos melhoram a estrutura física, química e biológica, aumentam da capacidade de troca catiônica (CTC) e a matéria orgânica do solo. Sua decomposição é lenta e os nutrientes são liberados em menor quantidade para as plantas. Por outro lado, contribuem para o acúmulo de matéria orgânica no solo (BRAGA, 2010).

A utilização contínua da adubação orgânica poderá promover, além do aumento da produtividade das culturas, melhoria dos índices de fertilidade do solo, com reflexos importantes sobre os teores e a qualidade da matéria orgânica (KIEHL, 1985).

Segundo Machado; Corazza (2004), o manejo orgânico, visa a sustentabilidade e um equilíbrio do solo e demais recursos naturais. E indicam que existem diferenças relativas na qualidade do produto final, quando são considerados atributos como sabor e valor nutricional, mediante comparação entre os alimentos produzidos de forma orgânica e o convencional (FAVARO-TRINDADE et al., 2007).

As vantagens do esterco de bovinos como fertilizantes são: melhora da estrutura do solo (tanto para solos arenosos como para solos argilosos); diminuição dos processos de compactação do solo; melhora da aeração e da drenagem do solo; aumento da capacidade de armazenagem de água no solo; diminuição dos efeitos da erosão; fonte de macros e micronutrientes; elevação da CTC do solo; melhora da condição de crescimento de raízes; contribuição para o aumento de pH em solos ácidos; aumento do número de microrganismos úteis no solo, essenciais no combate de pragas; traz benefício por mais tempo, pois fornece lentamente nutrientes, prolongando os efeitos da adubação e evita as perdas de minerais por lixiviação (ROSA, 2005).

O adubo de caprino apresenta elevadas concentrações de nitrogênio, fósforo e potássio que são macronutrientes responsáveis pela desenvolvimento das plantas além da fácil disponibilidade de aquisição no Rio Grande do Norte, pode existir uma alta concentração de nutrientes essenciais, pH adequado, boa textura e estrutura (SILVA et al., 2001), e favorecer as características adequadas à espécie plantada e possibilitar a redução do tempo de cultivo, como fertilizantes químicos (FERMINO; KAMPF, 2003).

Várias características agronômicas são levadas em consideração na seleção de uma cultivar como: produtividade, exigência de mercado consumidor, cor, tamanho, teor de açúcar, resistência a pragas e doenças, precocidade, teor de proteína e vitamina. Entretanto, a preocupação com a saúde humana e a procura por alimentos mais saudáveis é uma tendência mundial, e são várias as vantagens, do sistema orgânico de produção, dentro do manejo orgânico, tem-se utilizado estudos com adubos bovinos e caprinos sobre a qualidade, produtividades e características agronômicas das hortaliças (LUZ et al., 2009).

Portanto, o objetivo da presente revisão foi avaliar a qualidade fisiológica de Daucus carota L. utilizando diferentes adubações orgânicas.

(5)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.90260-90276 nov. 2020. ISSN 2525-8761

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DA CENOURA

Daucus carota L. pertence à família Apiaceae, compreende cerca de 200 gêneros e cerca de 3.000 espécies, originária de áreas temperadas da Ásia Central (Índia, Afeganistão e Rússia) e sua cultura remonta há mais de dois mil anos (KASEKER et al., 2014).

A cenoura apresenta-se como uma das mais importantes hortaliças cultivadas e comestíveis no Brasil, sendo produzidos anualmente cerca de 784 mil toneladas, em uma área de 26 mil hectares, com valor da produção de aproximadamente 340 milhões de dólares, equivalente a 4% do valor total da produção de hortaliças (GRANGEIRO et al., 2012).

No Brasil a variedade mais cultivada é a Brasília. Esta variedade surgiu em 1981, num trabalho de adaptação da cenoura às condições brasileira, desenvolvida pelo programa de melhoramento genético da EMBRAPA-HORTALIÇAS e ESALQ-USP Esta cultivar está adaptada as mais variadas condições edafoclimáticas e tem excelente nível de resistência à queima-das-folhas (PEREIRA et al., 2012).

A temperatura é o fator climático de maior importância para a produção de raízes. Temperaturas de 10 a 15 ºC favorecem o alongamento e o desenvolvimento de coloração característica, enquanto temperaturas superiores a 21 ºC estimulam a formação de raízes curtas e de coloração deficiente. (FILGUEIRA, 2008).

2.2 ASPECTOS BOTÂNICOS

É uma planta herbácea, possui um caule pouco perceptível, situado no ponto de inserção das folhas, formadas por folíolos finamente recortados, com pecíolo longo e afilado. Na etapa vegetativa do ciclo, a planta representa um tufo de folhas em posição vertical, compostas alternadas ou basais e pecíolos dilatados que abraçam o caule na altura dos nós, atingindo 50 cm de altura, a parte utilizável é uma raiz pivotante, tuberosa, carnuda, lisa, reta e sem ramificações, de formato cilíndrico ou cônico e de coloração alaranjada (FILGUEIRA, 2003).

A cenoura apresenta raiz tuberosa, sem ramificações, podendo ser longa, média ou curta de formato cilíndrico ou cônico e coloração geralmente alaranjada. O ciclo de vida da cenoura abrange uma fase vegetativa, formação da raiz, e a fase reprodutiva, com emissão do pendão floral, o qual termina com uma inflorescência do tipo umbela (STRECK; SCHWAB, 2016).

As flores são pequenas, desenvolvem numerosas flores esbranquiçadas reunidas em umbelas compostas, regulares, epígeas, pentâmeras, com sépalas muito pequenas, contendo cinco estames que são alternados com as pétalas. O pistilo é único formado de dois carpelos unidos, com dois estilos e um ovário inferior formado de duas células, que amadurecem gerando dois frutos pequenos com uma

(6)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.90260-90276 nov. 2020. ISSN 2525-8761 semente cada, sendo cada fruto chamado de mericarpo e o conjunto de esquizocarpo. E os frutos são secos (diaquênios), sendo a semente a metade de um fruto (FILGUEIRA, 2003).

2.3 ASPECTOS NUTRICIONAIS E USO

Do ponto de vista nutritivo, é das principais fontes vegetais de vitaminas e minerais, rica principalmente em retinol (vitamina A), alfa-caroteno e beta caroteno além de fibras e antioxidantes, apresenta textura macia e paladar agradável. O betacaroteno é um dos responsáveis por sua cor alaranjada e é um importante precursor da vitamina A (PIAMONTE, 1996).

A composição química da cenoura varia de acordo com a variedade, solo, época de plantio, etc. Em média, a composição química da cenoura, em g por 100g, é: umidade 88,20 a 95,55; proteínas 0,44 a 1,3; lipídios 0,19 a 0,50; cinzas 0,3 a 0,99; carboidratos 3,51 a 9,70, sendo que 1,0 a 3,32 destes carboidratos representam fibra alimentar. Para minerais, encontram-se em média: 0,6 a 0,7mg/100g de ferro; 26 a 36 mg/100g de fósforo; 26 a 37 mg/100g de cálcio (VERZELETTI et al., 2010).

O uso pode ser de forma in natura, e também como matéria-prima para indústrias processadoras de alimentos, que a comercializam na forma de minimamente processada (minicenoura, cubos, raladas em rodelas) ou processada na forma de seleta de legumes, alimentos infantis e sopas instantâneas (OLIVEIRA, 2017).

2.4 AGRICULTURA ORGÂNICA

Com o crescimento da consciência ecológica e a mudança do enfoque sobre o conceito de desenvolvimento, as correntes alternativas de agricultura passaram a ser discutidas pela ciência ao se tentar estabelecer uma agricultura sustentável, que difere do modelo agrícola atual, predominante no Brasil e em quase todos os países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Esse modelo, denominado “convencional”, é sedimentado no uso de produtos químicos tóxicos e na mecanização agrícola energeticamente dependente dos combustíveis fósseis, o que põe em xeque a sua sustentabilidade sob aspectos econômicos, ambientais e sociais (CUNHA, 2006).

A produção alternativa pode proporcionar aos pequenos produtores, tanto a sustentabilidade da unidade, devido aos métodos de manejo mais naturais, quanto a oportunidade comercial, em função dos mercados ainda em expansão e com baixas barreiras tarifárias. As perspectivas comerciais aliadas às iniciativas políticas têm incentivado a formação de modelos que proporcionam a elevação da capacidade produtiva, a criação de empregos e a melhora na renda, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e a ampliação do exercício da cidadania por parte dos agricultores familiares (SANTOS; MITJA, 2012).

Em meio à consolidação do novo conceito de agricultura, observou-se na década de 1970, iniciativas isoladas que chocavam-se ao modelo produtivista agrícola adotado a partir da Revolução Verde.

(7)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.90260-90276 nov. 2020. ISSN 2525-8761 Um movimento, que tinha como premissa fundamental a produção de alimentos orgânicos foi movido por iniciativas individuais, e somente em fins dos anos 90, que o governo federal interviu favoravelmente ao sistema de produção orgânico. Até então, sempre tentou desenvolver mecanismos de proteção ao sistema de produção agrícola nacional, sem dar a devida atenção ao orgânico, que em linhas gerais, desenvolveu-se sem as técnicas disseminadas a partir da Revolução Verde (ALVES, 2013).

Assis (1993), afirma que o desenvolvimento da agricultura orgânica no cenário nacional ocorreu, baseado na experimentação, tentativa e erro dos produtores não rurais (indivíduos de áreas urbanas), que buscavam novas técnicas produção de alimentos que garantissem um novo estilo de vida, tanto em relação à saúde humana, quanto em relação à qualidade e saúde do meio-ambiente utilizado nos sistemas de produção agrícola. Estava assim, configurado um cenário que tinha de um lado um movimento em evolução e com cada vez mais adesões, tanto do setor de produção, quanto das principais camadas de consumo.

2.5 FONTES, COMPOSIÇÃO E APLICAÇÃO DOS ADUBOS

Os adubos orgânicos são materiais de origem animal ou vegetal, alguns considerados resíduos ou rejeitos. São recomendados por sua capacidade de aumentar a fertilidade e promover a elevação da atividade biológica do solo. Dentre os muitos produtos que podem ser utilizados como adubo orgânico, destacam-se os estercos, camas de aviário, palhas, restos vegetais e compostos (KIEHL, 1985).

Resíduos da agroindústria também podem ser usados como adubo orgânico e nessa categoria estão incluídas as tortas oleaginosas (amendoim, algodão, mamona, cacau), borra de café, bagaços de frutas e outros subprodutos da indústria de alimentos, resíduos das usinas de açúcar e álcool (torta de filtro, vinhaça e bagaço de cana) e resíduos de beneficiamento de produtos agrícolas (KIEHL, 1985). Os estercos são a fonte de matéria orgânica mais comum entre os adubos orgânicos, utilizados na forma líquida ou sólida, fresco ou pré-digerido, como composto ou vermicomposto (WEINÄRTNER et al., 2006). A composição dos estercos varia com a espécie e a idade do animal, tipo de cama utilizada, cuidados em sua manipulação antes da aplicação, alimento consumido, entre outros fatores (WEINÄRTNER et al., 2006).

Os teores de nutrientes encontrados no esterco de bovinos são em média, em g kg-1: 19,3 de N; 5,6 de P; 19,9 de K; 10,9 de Ca e 4,4 de Mg e é uma prática milenar, tendo perdido prestígio com a introdução da adubação mineral, em meados do século 19, e retomado a importância, nas últimas décadas, com o crescimento da preocupação com o ambiente, com a alimentação saudável e com a necessidade de dar um destino apropriado às grandes quantidades produzidas em alguns países (SALAZAR et al., 2005).

(8)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.90260-90276 nov. 2020. ISSN 2525-8761 Atualmente, o uso do esterco bovino, assim como outras fontes de matéria orgânica, vem sendo muito utilizado pelos seus inúmeros benefícios ao solo, influenciando direta ou indiretamente as suas propriedades físicas, químicas e biológicas. Além de aumentar a capacidade de troca catiônica e a capacidade de retenção da água, a porosidade do solo e a agregação do substrato (STEFANOSKI et al., 2013).

E a sua eficiência depende do grau de decomposição, da origem do material, os teores dos elementos essenciais às plantas e da dosagem empregada (STEFANOSKI et al., 2013), proporcionando a redução dos custos de produção pelo menor uso de adubos químicos nos plantios e dá um destino ao grande volume de excremento produzido em várias propriedades (STEFANOSKI et al., 2013).

Sua função química é manifestada pela habilidade para interagir com metais, óxidos e hidróxidos metálicos e formar complexos orgânico-metálicos atuando como depósito de nitrogênio, fósforo e enxofre (SCHNITZER, 1991).

As funções biológicas da matéria orgânica do solo é proporcionar C como fonte de energia para bactérias fixadoras de nitrogênio, aumentar o crescimento vegetal, o sistema radicular, o rendimento, a absorção de nutrientes, a síntese de clorofila e a germinação das sementes (PRAKASH; MACGREGOR, 1983).

A utilização de adubos orgânicos de origem animal torna-se uma prática útil e econômica para os pequenos e médios produtores de hortaliças, de vez que enseja melhoria na fertilidade e na conservação do solo (GALVÃO et al., 1999). No entanto, maiores ou menores as doses a serem utilizadas dependerão do tipo, textura, estrutura e teor de matéria orgânica no solo (TRANI et al., 1997) e, quando utilizada por vários anos consecutivos, proporciona acúmulo de nitrogênio orgânico no solo, aumentando seu potencial de mineralização e disponibilidade às plantas (SCHERER, 1998). Neste sentido, Filgueira (2000), afirma que as hortaliças reagem bem a este tipo de adubação, tanto em produtividade como em qualidade dos produtos obtidos, sendo o esterco bovino a fonte mais utilizada pelos olericultores, devendo ser empregado especialmente em solos pobres em matéria orgânica.

No esterco de aves: 35,6 de N; 13,3 de P; 19,9 de K; 23,1 de Ca e 5,0 de Mg e

no esterco de suínos: 23,2 de N; 20,6 de P; 16,2 de K; 32,5 de Ca e 7,7 de Mg (KIEHL, 1985). O esterco caprino é um produto valioso e a sua utilização prevê tanto a possibilidade de recuperação de terrenos degradados, e na regulação do pH do solo, mantendo numa faixa favorável ao desenvolvimento das culturas; na estruturação, infiltração e retenção de água, aeração e redução da compactação do solo (STEFANOSKI et al., 2013).

Alguns estudos evidenciaram o seu potencial por apresentar macronutrientes importantes como o potássio, além de ser mais sólido e muito menos aquoso que o dos bovinos e suínos, tem a estrutura

(9)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.90260-90276 nov. 2020. ISSN 2525-8761 mais fofa, permitindo a aeração e por essa razão fermentam rapidamente, podendo ser aproveitados na agricultura, após um menor período de “curtição” do que os demais tipos de estercos (HENRIQUES, 1997).

Freitas et al. (2008), testando esterco caprino, constataram incrementos nos teores de P, K, Ca, Mg e matéria orgânica, na capacidade de troca de cátions (CTC) e na saturação por bases. Esse aumento da matéria orgânica (MO) tem um importante papel na produtividade, pois atua como reserva de nutrientes (ZECH et al., 1997). Segundo Altieri (2002), a matéria orgânica é a maior fonte de capacidade de troca de cátions, que ajuda a estocar os nutrientes disponíveis e protegê-los da lixiviação.

Segundo Raij (1991), a aplicação de esterco caprino, pode influenciar na neutralização do alumínio (Al), estimulando a manutenção ou a formação de certas bases permutáveis, como Ca, Mg, K e Na, contribuindo para a redução da acidez e uma relação positiva com a capacidade de troca catiônica.

O que representa uma grande importância na estratégia de manejo, devido ao incremento nos estoques de carbono orgânico e nitrogênio total (LEITE et al., 2003) influenciando positivamente as propriedades biológicas do solo (PIRES et al., 2008) ao favorecer inúmeros processos microbiológicos relacionados com a mineralização e a liberação de nutrientes para as plantas e influenciando na crescimento, desenvolvimento e produtividade (BENTO, 1997).

Os resíduos animais são aplicados no solo com diferentes finalidades, principalmente para o aproveitamento como fertilizantes, visando ao rendimento de culturas agrícolas (STRECK et al., 2008) e essa possibilidade pode ser considerada uma alternativa viável para substituição total ou parcial de adubos químicos, principalmente os nitrogenados sintéticos (OLIVEIRA et al., 1993; MOREIRA et al., 2000).

A quantidade de esterco e outros resíduos orgânicos a ser adicionada

em determinada área depende, entre outros fatores, da composição e do teor de matéria orgânica dos referidos resíduos, classe textural e nível de fertilidade do solo, exigência nutricional da cultura explorada e condições climáticas regionais (DURIGON et al., 2002).

Em geral, as taxas de aplicação estão entre 10 e 100 t ha-1, porém, níveis mais elevados são comuns (AQUINO, 2005). Os adubos orgânicos podem ser aplicados no solo de maneira uniforme e/ou localizada, dependendo do tipo de equipamento envolvido e do sistema de plantio adotado (EPAGRI, 1995).

No caso de culturas perenes instaladas, como café e frutíferas, o adubo orgânico pode ser incorporado ao solo ou disposto sobre este em superfície formando uma coroa ao redor das plantas, com antecedência mínima de 15 a 20 dias ao plantio, procurando manter umidade suficiente no período (KIEHL, 1985).

(10)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.90260-90276 nov. 2020. ISSN 2525-8761 2.6 DECOMPOSIÇÃO E LIBERAÇÃO DE NUTRIENTES

A decomposição de materiais orgânicos é complexa, podendo ser resumidamente definida como a modificação do estado inicial de um material orgânico, através da influência de fatores interativos, ocorrendo redução da massa orgânica e modificação na composição química desses materiais (HEAL et al., 1997).

O processo de decomposição da matéria orgânica está ligado essencialmente à população microbiana do solo (SYLVIA et al., 1998) e é controlado por características inerentes aos materiais, principalmente a relação C/N e o teor de lignina (BORTOLUZZI; ELTZ, 2000).

Tais características, em conjunto com a ação do clima, principalmente temperatura e precipitação (TORRES et al., 2007), influenciam de maneira a acelerar ou reduzir o processo de decomposição. Esse et al. (2001), trabalhando em solos arenosos na Nigéria, observaram que mais de 50% da matéria orgânica proveniente de estercos de bovinos, caprinos e ovinos, desapareceram em um período de aproximadamente 20 semanas e que a mineralização variou com os compostos do esterco, tais como lignina e polifenóis.

A decomposição do material orgânico é diferenciada segundo as características físicas, químicas e biológicas dos seus diversos componentes. Os açúcares, amidos e proteínas simples, são decompostos primeiro; a seguir ocorre a decomposição da proteína bruta e da hemicelulose. Outros componentes, como a celulose, a lignina e as gorduras, são mais resistentes (TIBAU, 1983), podendo com o tempo dar origem às substâncias orgânicas de estrutura química mais complexa, genericamente denominadas húmus (MIYASAKA et al., 1983; IGUE, 1984).

Outro fator preponderante na decomposição de materiais orgânicos é o tempo (KIEHL, 1985). Souto et al. (2005), analisando o efeito do tempo sobre a decomposição de diferentes estercos, verificaram que essa foi lenta nos trinta dias iniciais, permanecendo ainda nas sacolas de náilon cerca de 95% da massa inicial dos estercos, e que até 90 dias da disposição dos estercos no solo, houve maior taxa de decomposição do esterco bovino, tendo 28% do esterco sido decomposto.

As culturas que recebem aplicação de adubos orgânicos geralmente apresentam-se mais equilibradas nutricionalmente e com melhor desenvolvimento do que aquelas adubadas unicamente com fertilizantes minerais (OLIVEIRA; DANTAS, 1995; PIRES; JUNQUEIRA, 2001).

Embora certa fração da matéria orgânica dos estercos seja decomposta e liberada no período de um a dois anos, outra fração é transformada em húmus, que é mais estável. Sob essa forma, os elementos são liberados lentamente. Assim, os componentes do esterco, convertidos em húmus, exercerão influência nos solos de maneira persistente e duradoura (BRADY, 1989).

O nitrogênio pode ser temporariamente imobilizado. Os microrganismos que decompõem a matéria orgânica necessitam de nitrogênio para formarem proteínas em seus corpos. Se a matéria

(11)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.90260-90276 nov. 2020. ISSN 2525-8761 orgânica que está sendo decomposta possuir alta relação C/N, esses organismos usarão o nitrogênio disponível, proveniente do solo e dos fertilizantes (KIEHL, 1985).

A maioria do nitrogênio que se torna disponível para as raízes das plantas provém da mineralização da matéria orgânica, estando 95% desse nutriente contido em formas orgânicas (HUMPHREYS, 1994). No caso do potássio aplicado na forma orgânica, esse tem comportamento de um mineral desde a aplicação, uma vez que ele não faz parte de nenhum composto orgânico estável.

Portanto, esse nutriente não precisa sofrer a ação dos microrganismos, sendo considerado prontamente disponível para fins de recomendação de adubação (FERREIRA et al., 2000). A eficiência na rapidez com que os nutrientes passam do meio abiótico para o biótico e deste, através do processo de decomposição da matéria orgânica, de volta para o primeiro é imprescindível à manutenção do sistema produtivo (SANTOS; GRISI, 1981).

2.7 MELHORIA DAS CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS E MICROBIOLÓGICAS DO SOLO A adubação orgânica é uma prática agrícola muito utilizada para a melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, atuando no fornecimento de nutrientes, principalmente N, P e K; na retenção de cátions (SEVERINO et al., 2006); na complexação de elementos tóxicos, como alumínio trocável (LIMA et al., 2007); na regulação do pH do solo, mantendo numa faixa favorável ao desenvolvimento das culturas; na estruturação, infiltração e retenção de água, aeração e redução da compactação do solo (COSTA et al., 2006).

Santos et al. (2001), estudando o efeito residual da adubação orgânica sobre o crescimento e produção de alface, verificaram que o solo adubado com composto orgânico repôs, parcialmente, os nutrientes exportados ao final do primeiro cultivo, constatado pelo alto teor de P disponível.

Freitas at al. (2008), testando esterco bovino, cama de aviário, composto e adubo químico, constataram incrementos nos teores de P, K, Ca, Mg e matéria orgânica, na CTC e na saturação por bases, com o uso dos adubos orgânicos. Esse aumento de MO tem um importante papel na produtividade, pois atua como reserva de nutrientes (ZECH et al., 1997). De acordo com Altieri (2002), a matéria orgânica é a maior fonte de CTC, que ajuda a estocar os nutrientes disponíveis e protegê-los da lixiviação.

Quanto à importância da matéria orgânica no pH do solo, segundo Raij (1991), a alteração deste pela aplicação de resíduos orgânicos, está relacionada com aspectos como o alto poder tampão do material orgânico; a possível neutralização de Al; o efeito da saturação de bases, estimulando a manutenção ou a formação de certas bases permutáveis, como Ca, Mg, K e Na, contribuindo para a redução da acidez e uma relação positiva com a capacidade de troca catiônica.

(12)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.90260-90276 nov. 2020. ISSN 2525-8761 Whalen et al. (2000), constataram aumento do pH do solo com a aplicação de esterco, devido ao tamponamento por carbonatos e bicarbonatos e também a outros compostos que atuam regulando a acidez do solo.

A adubação orgânica representa uma importante estratégia de manejo, devido ao incremento nos estoques de carbono orgânico e nitrogênio total (LEITE et al., 2003) influenciando positivamente as propriedades biológicas do solo (PIRES et al., 2008) ao favorecer inúmeros processos microbiológicos relacionados com a mineralização e a liberação de nutrientes para as plantas (BENTO, 1997).

A biomassa microbiana possui papel fundamental na produtividade e na manutenção do solo, pois atua como um catalisador das importantes transformações químicas e constitui um reservatório de nutrientes disponíveis às plantas, por pertencer ao componente lábil da matériaorgânica do solo e possuir atividade influenciada pelas condições bióticas e

abióticas (MONTEIRO; GAMA-RODRIGUES, 2004).

Peacock et al. (2001), observaram a comunidade microbiana do solo em decorrência do uso de adubo orgânico (fezes, urina e cama de vacas leiteiras estabuladas) e a aplicação desse adubo, por cinco anos, resultou em um aumento significativo nos teores de carbono orgânico e nitrogênio e na biomassa microbiana do solo.

3 CONCLUSÃO

Portanto, os adubos orgânicos de origem animal ou vegetal como bovinos e caprinos são utilizados por oferecer inúmeros benefícios ao solo, influenciando direta ou indiretamente as suas propriedades físicas, químicas e biológicas.

Além de aumentar a capacidade de troca catiônica e a capacidade de retenção da água, a porosidade do solo e a agregação do substrato elos seus inúmeros benefícios ao solo, torna-se uma prática útil e econômica para os produtores de hortaliças, proporcionando acúmulo de macro e micronutrientes no solo, aumentando seu potencial de mineralização e disponibilidade às plantas, garantindo crescimento, desenvolvimento e produção.

(13)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.90260-90276 nov. 2020. ISSN 2525-8761

REFERÊNCIAS

1. ALTIERI M. Agroecologia: Bases científicas para uma agricultura sustentável. Guaíba: Agropecuária. p.592, 2002.

2. ALVES C.T. A revolução verde na mesorregião noroeste do RS (1930-1970), (Dissertação mestrado em história), Universidade de Passo Fundo, 2013.

3. AQUINO, A. M. Integrando compostagem e vermicompostagem na reciclagem de resíduos orgânicos domésticos. EMBRAPA, 2005.

4. ASSIS, R.L. “Diagnóstico da agricultura orgânica no Estado do Rio de Janeiro e propostas para a sua difusão”. Tese de M.Sc., UFRRJ, Rio de Janeiro, 1993.

5. BAUHUS, J.; PARÉ, D.; COTÉ, L. Effects of tree species, stand age and soil type on soil microbial biomass and its activity in a southern boreal forest. Soil Biology and Biochemistry, v. 30, p. 1077-1089, 1998.

6. BENTO, M. M. Fontes de Matéria orgânica na composição de substratos para a produção de mudas micorrizas de maracujazeiro. p.59. Dissertação de Mestrado- ESALQ. Piracicaba-SP, 1997. 7. BORTOLUZZI, E. C.; ELTZ, F. L. Efeito do manejo mecânico da palhada de aveia-preta sobre a cobertura, temperatura, teor de água no solo e emergência da soja em sistema de plantio direto. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 24, p. 449-457, 2000.

8. BRADY, N. C. Natureza e propriedade dos solos. 7ª ed. New York: John Wiley. p.4721989. 9. BRAGA, G.N.M. A Importância e o manejo da Adubação Orgânica, 2010.

10. BUSSATO, J.G.; CANELLAS, L.P.; DOBBSS, L.B.; BAUDOTTO, M.A.; AGUIAR, N.O.; ROSA, R.C.C.; SHIAVO, J.A; MARCIANO, S.R.; OLIVARES, F.L. Guia para a Adubação Orgânica, 2009.

11. COSTA, F. X.; BELTRÃO, N. E. M.; SEVERINO, L. S.; LIMA, V. L. A.;GUIMARÃES, M. M. B.; LUCENA, A. M. A. Resposta do efeito da compactação do solo adubado com torta de mamona nos macronutrientes das folhas da mamoneira. In: Congresso brasileiro de plantas oleaginosas,óleos, gorduras e biodiesel, 2. Brasília. Anais... Brasília: BIPTI, 2006.

12. CUNHA, C. F. Disposição a pagar pelo café orgânico: um estudo no município de São Paulo. p.166. Tese de Doutorado. Dissertação (Mestrado em Economia Aplicada)-Escola Superior de Agricultura" Luiz de Queiroz". Universidade de São Paulo. Piracicaba, 2006.

13. DURIGON, R.; et al. Produção de forragem em pastagem natural com o uso de esterco líquido de suínos. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 26, p.983 – 992, 2002.

14. EPAGRI. Aspectos práticos do manejo de dejetos de suínos. Florianópolis, SC: EPAGRI/Concordia: Embrapa Suínos e Aves. p.106,1995.

15. ESSE, P. C.; BUERKERT, A.; HIERNAUX, P.; ASSA, A. Decomposition of and nutrient release from ruminant manure on acid sandy soils in the Sahelian zone of Niger, West Africa. Agriculture, Ecosystems and Environment, v. 83, p. 55-63, 2001.

(14)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.90260-90276 nov. 2020. ISSN 2525-8761 16. FAVARO-TRINDADE C.S.; MARTELLO L.S.; MARCATTI B.; MORETTI T.S.; PETRUS R.R.; ALMEIDA E.; FERRAZ J.B.S. Efeito dos sistemas de cultivo orgânico, hidropônico e convencional na qualidade de alface lisa. Brazilian Journal Food Technology, v.10: p.111-115, 2007. 17. FERREIRA, T. N.; SCHARZ, R. A.; STRECK, E. V. Solos: Manejo integrado e ecológico– elementos básicos. Porto Alegre: EMATER/RS, p.95, 2000.

18. FERMINO, M.H.; KAMPF, A.N. Uso do solo bom Jesus com condicionadores orgânicos como alternativa de substrato para plantas. Pesquisa Agropecuária Gaúcha, Porto Alegre, v.9, n.1/2, p.33-41, 2003.

19. FILGUEIRA, F. A. R. Novo Manual de OLERICULTURA. 3ª Ed. Viçosa/MG:UFV, 2008. 20. FILGUEIRA F.A.R. Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. Viçosa: UFV. P.402, 2003.

21. FILGUEIRA, F.A.R. Manual de olericultura: Agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. Viçosa: UFV, p.402,2000.

22. L. A.; MENDES, B. O. T.; LIU, I. M.; LIU, Y.; MATTOS, U. J. M.; BARRELLA, T. P. Produção de goiabeira (Psidiumg Guajava) Cv. Paluma em função de diferentes adubações orgânicas. In: XX CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA. Anais...Vitória/ES, 2008.

23. GALVÃO JCC; MIRANDA GV; SANTOS IC. 1999. Adubação orgânica. Revista Cultivar, v.2, p.38-41 1999.

24. GRANGEIRO LC; AZEVÊDO PE; NUNES GHS; DANTAS MSM; CRUZ CA. Desempenho e divergência genética de cenoura ‘Brasília’ em função da procedência das sementes. Horticultura Brasileira 30: p.137-142, 2012.

25. HEAL, O. W.; ANDERSON, J. M.; SWIFT, M. J. Plant litter quality and decomposition: An historical overview. In: CADISCH, G.; GILLER, K. E. (org.) Driven by nature: plant litter quality and decomposition. London: University of London; CAB INTERNATIONAL, p.3-30, 1997.

26. HENRIQUES, R.C. Análise da fixação de nitrogênio por bactérias do gênero Rhizobium em diferentes concentrações de fósforo e de matéria orgânica na cultura do feijão (Phaseolus vulgaris) em Regossolo. 1997. p. 37. (Graduação em Agronomia). UFPB, Areia-PB.

27. HUMPHREYS, l. R. The maintenance of soil fertility i. Nitrogen and organic matter. In: tropical forages: their role in sustainable agriculture. P. 23-72,1994.

28. IGUE, K. Dinâmica da matéria orgânica e seus efeitos nas propriedades do solo. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE A ADUBAÇÃO VERDE, 1983, Rio de Janeiro. Anais... Campinas: Fundação Cargill. p. 232-67, 1984.

29. KIEHL, E. J. Fertilizantes Orgânicos, Piracicaba, SP: Ceres. p.492, 1985.

30. KASEKER J. F.; BASTOS M. C.; CONSALTER R; MÓGOR Á. F. Rev. Ceres, Viçosa, v. 61, n.6, p. 964-969, nov/dez, 2014.

31. LEITE, L. F. C.; MENDONÇA, E. S.; NEVES, J. C. L.; MACHADO, P. L. O. A.; GALVÃO, J. C. C. Estoques totais de carbono orgânico e seus 70 compartimentos em argissolo sob floresta e sob

(15)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.90260-90276 nov. 2020. ISSN 2525-8761 milho cultivado com adubação mineral e orgânica. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 27, p. 821–832, 2003.

32. LIMA, R. L. S.; SEVERINO, L. S.; FERREIRA, G. B.; SILVA, M. I. L.;ALBUQUERQUE, R. C.; BELTRÃO, N. E. M. Crescimento da mamoneira em solo com alto teor de alumínio na presença e ausência de matéria orgânica. Revista Brasileira de Oleaginosas e Fibrosas, v. 11, p. 15-21,2007.

33. LUZ J.M.Q.; SILVA JÚNIOR J.A.; TEIXEIRA M.S.S.C.; SILVA M.A.D.; SEVERINO G.M.; MELO B. Desempenho de cultivares de cenoura no verão e outono-inverno em Uberlândia-MG. Horticultura Brasileira, v. 27, p. 96-99, 2009.

34. MACHADO F; CORAZZA R. Desafios tecnológicos, organizacionais e financeiros da agricultura orgânica no Brasil. Revista de la Facultad de Economia, v.26, p.21-40, 2004.

35. MIYASAKA, S.; CAMARGO, O. A.; CAVALERI, P. A.; GODOY, I. J.; WERNER, J. C.; CURI, S. M.; LOMBARDI NETO, F.; MEDINA, J. C.; CERVELINI, G. S.; BULISANI, E. A. Adubação orgânica, adubação verde e rotação de culturas no Estado de São Paulo. Campinas: Fundação Cargill. p.138, 1983.

36. MOREIRA, C. R.; SIQUEIRA, M. M.; TAVARES, M. H. F. Influência da adubação orgânica sobre algumas propriedades físicas do solo. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE MANEJO DO SOLO E DA ÁGUA, 13. Anais...Ilhéus, Bahia, 2000.

37. MONTEIRO, M. T.; GAMA-RODRIGUES, E. F. Carbono, nitrogênio e atividade da biomassa microbiana em diferentes estruturas de serapilheira de uma floresta natural. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 28, p. 819-826, 2004.

38. OLIVEIRA, C. S. Influence of bleaching on the physicochemical properties of vegetables stored in freezing temperature. 30 f. Conclusion of the Food Technology Course – Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Ponta Grossa, 2017.

39. OLIVEIRA, A. M. G.; DANTAS, J. L. L. Composto Orgânico. Cruz das Almas, BA: Embrapa-CNPMF. p.12, 1995.

40. OLIVEIRA, P. A. V.; MARTINS, R. R.; PEDROSO, D.; LIMA, G. J. M. M.; LINDNER, E. A.; BELLI FILHO, P.; CASTILHO JUNIOR, A. B.; SILVEIRA, V. R.; BALDISERA, I.; MATTOS, A. C.; GOSMANN, H.; CRISTMANN, A.; BONETT, E.; HESS, A. Manual de manejo e utilização de dejetos de suínos. Concórdia: EMBRAPA Suínos e Aves-CNPSA. p.188,1993.

41. PEACOCK, A. D.; MULLEN, M. D.; RINGELBERG, D. B.; TYLER, D. D.; HEDRICK, D. B.; GALE, P. M.; WHITE, D. C. Soil microbial Community responses to dairy manure or ammonium nitrate. Soil Biology and Biochemistry, v. 33, p. 1011-1019, 2001.

42. PEREIRA RB; CARVALHO ADF; PINHEIRO JB; SILVA GO; VIEIRA JV. Resistência de populações de cenoura à queima-das-folhas com diferentes níveis de germoplasma tropical. Horticultura Brasileira 30: p.489-493, 2012.

43. PIAMONTE, R.P. Seminário sobre novas tendências de manejo do solo: húmus e microorganismos. São Paulo: Instituto de Cooperativismo e Associativismo. CATI/SAA.P. 63, 1996.

(16)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.90260-90276 nov. 2020. ISSN 2525-8761 44. PIRES, A. A.; MONNERAT, H. P.; MARCIANO, C. R.; PINHO, L. G. R.; ZAMPIROLLI, P. D.; ROSA, R. C.; MUNIZ, R. A. Efeito da adubação alternativa do maracujazeiro amarelo nas características químicas e físicas do solo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 32, p. 1997-2005, 2008.

45. PIRES, J. F.; JUNQUEIRA, A. M. R. Impacto da adubação orgânica na produtividade e qualidade das hortaliças. Horticultura Brasileira, v. 19, n. 2, p. 195, 2001.

46. PRAKASH, A.; MACGREGOR, D.J. Environmental and human health significance of humic materials: an overview. In: CHRISTIMAN, R.F.; GJESSING, E.T. (Eds.) Aquatic and terrestrial humic materials. Woburn, Ann Arbor Science. p.481-494,1983.

47. RAIJ, B. V. Fertilidade do solo e adubação. São Paulo, Ceres, p.343, 1991.

48. ROSA, B.; FREITAS, K. R; PINHEIRO, E. P. Utilização de Resíduos Orgânicos de Origem Animal na Produção de Forragens. VII Simpósio Goiano sobre Manejo e Nutrição de Bovinos de Corte e Leite. Colégio Brasileiro de Nutrição Animal, 2005.

49. SALAZAR, F.J.; CHADWICK, D.; PAIN, B.F.; HATCH, D. & OWEN, E. Nitrogen budgets for three cropping systems fertilised with cattle manure. Biores. Technol., 96:235-245, 2005.

50. SANTOS M.A; MITJA D. INTERAÇÕES, Campo Grande, v.13, n.1, p.39-48, jan./jun. 2012. 51. SANTOS, R. H. S.; SILVA, F.; CASALI, V. W. D.; CONDE, A. R. Efeito residual da adubação com composto orgânico sobre o crescimento e produção de alface. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 36, n. 11, 2001.

52. SANTOS, O. M.; GRISI, B. M. Efeito do desmatamento na atividade dos microorganismos do solo de terra firme na Amazônia. Acta Amazônica, v. 11, n. 1, p. 97-102, 1981

53. SCHERER, E. E. Utilização de estercos suínos como fonte de nitrogênio: bases para a adubação dos sistemas milho/feijão e feijão/milho, em cultivo de sucessão. Florianópolis:EPAGRI. p. 49, 1998.

54. SCHNITZER, M. Soil organic matter- the next 75 years. Soil Science, v. 151, n. 1, p. 41-58, 1991.

55. SEVERINO, L. S.; FERREIRA, G. B.; MORAES, C. R. A.; GONDIM, T. M. S.; CARDOSO, G. D.; VIRIATO, J. R.; BELTRÃO, N. E. M. Produtividade e crescimento da mamoneira em resposta à adubação orgânica e mineral. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 41, n. 5, p. 879-882, 2006. 56. SILVA, R.P. da; PEIXOTO, J.R.; JUNQUEIRA, N.T.V. Influência de diversos substratos no desenvolvimento de mudas de maracujazeiro-azedo (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa DEG). Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.23, n.2, p.377-381, ago. 2001.

57. SOUTO, P. C.; SOUTO, J. S.; SANTOS, R. V.; ARAÚJO, G. T.; SOUTO, L. S. Decomposição de estercos dispostos em diferentes profundidades em área degradada no semiárido da Paraíba. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 29, p. 125-130. 2005.

58. SPINOLA, M. C. M. et al. Comparação entre métodos para avaliação do vigor de sementes de cenoura. Revista Brasileira de Sementes, Pelotas, v. 20, n. 2, p. 63-67, 1998.

(17)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.90260-90276 nov. 2020. ISSN 2525-8761 59. STEFANOSKI D. C.; SANTOS. G. G; MARCHÃO R. L.; PETTER F. A.; PACHECO L. P. R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.17, n.12, p.1301–1309, 2013.

60. STRECK, E. V.; KÄMPF, N.; DALMOLIN, R. S. D.; KLAMT, E.; NASCIMENTO, P. C.; SCHNEIDER, P. Solos do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS, 2008. 222 p.

61. STRECK N. A.; SCHWAB N. T. Pesq. agropec. bras., v. 51, n. 8, p. 899-904, 2016.

62. SYLVIA, D. M.; FUHRMANN, J. J.; HARTEL, P. G.; ZUBERER, D. A. Principles and applications of soil microbiology. New Jersey: Prentice Hall. p. 550, 1998.

63. TEIXEIRA, L.J.Q. Campos Elétricos Pulsados de Alta Intensidade no Processamento de Suco de Cenoura. 2008. 149 f. Tese (Doutorado em Ciência e Tecnologia de Alimentos), Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2008.

64. TIBAU, A. O. Matéria orgânica e fertilidade do solo. 2. ed. São Paulo: Nobel, 1983. 220p. 65. TORRES, J. L. R.; PEREIRA, M. G.; FABIAN, A. J.; PAULA, J. C. Efeito da temperatura do ar e precipitação pluviométrica na decomposição de plantas de cobertura no Cerrado. In: CONGRESSO BRASILEIRO DA CIÊNCIA DO SOLO, 31. Gramado, 2007. Anais...Gramado, SBCS/UFRGS, 2007.

66. TRANI, P. E.; TAVARES, M.; SIQUEIRA, W. J.; SANTOS, R. R.; BISÃO, L. L.; LISBÃO, R. S. Cultura do alho: recomendação para seu cultivo no Estado de São Paulo. Campinas: IAC, 1997. 67. VERZELETTI, A.; FONTANA, R. C.; SANDRI, I. G. Avaliação da Vida de Prateleira de Cenouras Minimamente Processadas. Alimentos e Nutrição, v. 21, n. 1, p. 87- 92, 2010.

68. WEINÄRTNER, M. A.; ALDRIGHI, C. F. S.; MEDEIROS, C. A. B. Práticas Agroecológicas: Adubação Orgânica. Embrapa, Pelotas: SC, 2006. 10p.

69. WHALEN, J. K.; CHANG, C.; CLAYTON, G. W.; CAREFOOT, J. P. Cattle manure amendments can increase the pH of acid soils. Soil Science Society, v. 64, p. 962-966, 2000.

70. ZECH, W.; SENESI, N.; GUGGENBERGER, G.; KAISER, K.; LEHMAN, J.; MIANO, T.M.; MILTNER, A.; SCHROTH, G. Factors controlling humification and mineralization of soil organic matter in the tropics. Geoderma, v. 79, p. 117- 161, 1997.

Referências

Documentos relacionados

Juan Carlos Aguilar, José Ramón Bello, Hipólito Collado, Vicente Contreras, Juan José Chamizo, Roberto Carlos Fernández, Santiago Guerra, José Luis Mosquera, Samuel Pérez,

A disciplina optou pela reflexão sobre o processo de construção da identidade da população negra e por refletir também sobre temas como o mito da democracia, pois o reconhecimento

Uma explicação para essa diferença apresentada entre os métodos de obtenção de nanocompósitos se deve ao fato de que quanto maior a distância entre as camadas de MMT mais fácil

7 ANÁLISE E VALIDAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS COM O SOFTWARE DIGSILENT® Como relatado anteriormente, nesta etapa deste estudo fez-se uso do software DigSilent® com o intuito de

Given the above, the objective of this research was to associate histochemical, physical and physiological changes occurring during the carrot seed maturation process in cultivar

Two hundred twenty three adult AML patients and 202 health adult individuals (controls) were genotyped for TP53, GSTT1, GSTM1 polymorphisms and 55 de novo AML

Para tanto, foi determinada a composição centesimal (proteínas, carboidratos, lipídeos, fibras dietéticas, umidade e cinzas), o valor calórico e fatores

Os modelos apresentados nesse capítulo são modelos de sucesso no mercado e modelos totalmente aplicáveis, cada um tem suas particularidades e existe mais de uma maneira de se