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COMEÇANDO A HISTÓRIA PELO INÍCIO – POSSIBILIDADES E DESAFIOS DA GRANDE HISTÓRIA

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Academic year: 2020

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COMEÇANDO A HISTÓRIA PELO INÍCIO – POSSIBILIDADES

E DESAFIOS DA GRANDE HISTÓRIA

Emannuel Henrich Reichert* RESUMO: O presente artigo busca servir de introdução para o público lusófono à corrente

historiográfica conhecida como grande história, que vem ganhando espaço, principalmente no meio acadêmico anglo-saxônico, durante as duas últimas décadas. A grande história consiste no emprego de diversas escalas temporais, em geral maiores do que aquelas com que os historiadores costumam lidar, até uma escala máxima que abrange toda a história do universo. Essa corrente tem o potencial de trazer uma multidisciplinaridade renovadora para a produção histórica; contudo, sua aplicação no Brasil encontra desafios.

PALAVRAS-CHAVE: Grande história, historiografia, longa duração

ABSTRACT: This article seeks to introduce the Portuguese-speaking public to the historiographical current known as big history, which has been gaining space, specially in the English-speaking academia, in the last two decades. Big history consists in applying several time scales, usually larger than those commonly used by historians, up to an ultimate scale that encompasses the entire history of the universe. It has the potential to bring about a multidisciplinary renovation of historical research, but its applying in Brazil meets a few obstacles.

KEYWORDS: Big history, historiography, longue durée

1. Introdução

Seria um experimento interessante perguntar a diversos historiadores quais foram as tendências gerais da ciência histórica no século XX. Em meio a uma vasta produção dispersa entre inúmeras áreas e correntes teóricas, é possível detectar padrões recorrentes?

Uma possível resposta – provavelmente não a única – seria o alargamento dos horizontes da disciplina. Não se trata apenas do surgimento de teorias mais refinadas ou da descoberta de novas fontes, mas de uma expansão dos próprios conceitos de história e pesquisa histórica. Abordagens e metodologias que anteriormente eram ou completamente desconhecidas ou apenas esporadicamente empregadas tornaram-se partes universalmente aceitas do kit de ferramentas do historiador: a história serial, a história oral e a micro-história são apenas alguns dos principais exemplos. Da mesma forma, temas antes quase ignorados formam hoje em dia subcampos perfeitamente respeitáveis, tais como a história a partir de baixo e a história cultural. Tantas são as inovações, em suma, que grande parte da produção histórica atual não poderia ter surgido há cem anos atrás, graças às mudanças nos problemas de pesquisa e nos recursos empregados para resolvê-los em um e noutro período.

O âmbito da história cresceu consideravelmente. Essa constatação, por si só, seria trivial se não despertasse uma dúvida: esse crescimento pode – ou deve – continuar ainda

*Mestrando em História na Universidade de Passo Fundo. E-mail: ehr.historia@yahoo.com.br. Recebido em:

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mais? A história atingiu alguma espécie de fronteira natural, dentro da qual os historiadores devem cultivar seus campos (ou fomentar suas pequenas guerras internas) ou, pelo contrário, está propensa a novos crescimentos que talvez, no futuro, façam os horizontes atuais parecerem um tanto quanto limitados, como hoje nos parecem os de há um século?

Uma vez que essa questão continua em aberto, pode ser recompensador analisar o que está em jogo e quem são os contendores. O objetivo deste artigo é investigar uma das correntes que defendem a expansão do terreno do historiador, a autodenominada “grande história” (big history), com certa ênfase em seu principal expoente, o historiador americano David Christian.

2. A Grande História

Embora tenha antecedentes nas antigas “histórias universais” (HUGHES-WARRINGTON, 2005), a grande história é uma corrente historiográfica recente. Ela foi primeiramente apresentada ao público acadêmico em 1991, com um artigo publicado por David Christian no Journal of World History. Baseado nas reflexões e experiências do autor a partir de suas aulas de introdução à história na Macquarie University de Sydney desde 1989, o artigo é, desde seu título (The case for “Big History”, traduzindo aproximadamente:

Argumentos em favor da “Grande História”), a defesa de um programa:

Qual a escala em que a história deveria ser estudada? […] Eu argumentarei que a escala temporal apropriada para o estudo da história pode ser o todo do tempo. Em outras palavras, os historiadores deveriam estar preparados para explorar o passado em várias escalas temporais diferentes, até aquela do próprio universo – uma escala entre 10 e 20 milhões de anos. Isso é o que quero dizer com “grande história” (CHRISTIAN, 1991: 223).

A ideia de escalas temporais diferentes não é uma novidade; trata-se de um dos mais famosos desenvolvimentos na historiografia do século XX, que devemos a Fernand Braudel, com sua clássica elaboração das três durações dos fatos, conjunturas e estruturas (BRAUDEL, 1958). Contudo, mesmo a longa duração estrutural de Braudel, que recorre amplamente à geografia e a um tempo tão longo que chega a ser quase imóvel, não se aproxima do que tem em mente Fred Spier, outro adepto da metodologia de Christian:

A “grande história” é uma nova abordagem à história, na qual a história humana é vista contra o pano de fundo de um panorama coerente de todo o passado conhecido, do começo do universo à vida na Terra hoje. Assim, ela lida com as origens do universo; o surgimento e desenvolvimento de galáxias, incluindo a nossa Via Láctea; a formação do sistema solar; e o surgimento e desenvolvimento da vida na Terra como parte de mudanças geológicas e climatológicas. Em seguida, a ascensão dos

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primeiros humanos é discutida, seguida por um panorama da história humana situada neste grande contexto (SPIER, 2008: 141).

A essência da grande história, como pode ser percebido nas duas definições acima, é abordar a história com base em várias escalas temporais, especialmente (pois aí está o seu diferencial em relação à abordagem braudeliana) nas mais vastas, chegando à escala maior da história do universo. Embora as maiores escalas recebam a maior parte da atenção, isso não significa descartar as menores e mais tradicionais. Em um artigo subsequente, Christian apontou para a existência de sete escalas, da microscópica à telescópica, cada uma colaborando para a percepção e solução de problemas diferentes:

1) a micro-história do particular;

2) a história étnica e nacional, que lida com algumas décadas ou séculos; 3) a história global, dos últimos 500 anos e da “modernidade”;

4) a história mundial, dos últimos 5.000 anos e das civilizações; 5) a história humana, de alguns milhões de anos;

6) a escala planetária, de cerca de 4,6 bilhões de anos;

7) a escala da grande história, abrangendo a existência do universo (CHRISTIAN, 2005). Cada uma dessas escalas esclarece melhor certos problemas, também oculta outros. Se a história dos últimos séculos, por exemplo, pode contribuir para questões relativas ao progresso, ou à globalização, ou à desigualdade entre os povos, ela não é necessariamente a melhor forma de abordar questões que digam respeito à humanidade como um todo, pelo simples fato de ignorar todos os milênios anteriores em que se deu a maior parte da existência humana. Em uma perspectiva mais ampla, o surto tecnológico e demográfico sem precedentes dos últimos séculos – um traço fundamental da época moderna - deixa de ser algo aparentemente natural, que estava latente nas populações humanas desde sempre, para se tornar um problema a ser considerado, precisamente por não ter precedentes: “toda a história das civilizações agrárias, e agora industriais, é, desse ponto de vista, uma conclusão curiosa e um tanto quanto surpreendente inserida na ponta da história humana” (CHRISTIAN, 1991: 231). Mas em qualquer escala que se empregue, o ser humano continua a ser o foco – do ponto de vista da história, não interessa tanto o surgimento e desenvolvimento da vida na Terra em si quanto o que esse processo revela sobre nós e nossas origens, e o mesmo se aplica a outros elementos e processos que devem ser levados em conta nas durações maiores.

Cada escala temporal ilumina e oculta determinados problemas; não seria difícil concordar com essa afirmação para as escalas menores que os historiadores estão habituados a empregar. Mas que problemas podem ser analisados através do telescópio? É possível

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efetivamente fazer pesquisas significativas em território tão amplo, sem cair na generalização e na superficialidade?

3. Desafios e possibilidades

A resposta aparentemente é um sim, uma vez que investigações relevantes em grande escala já existem, vinculados ou não à grande história. Um exemplo famoso e controverso é a obra Armas, germes e aço de Jared Diamond, que Christian inclui em uma pequena bibliografia de trabalhos que investigam a história humana da forma que ele propõe – uma seleção eclética que inclui também, por exemplo, Uma breve história do tempo, do físico inglês Stephen Hawking, e os livros do ambientalista James Lovelock sobre a Hipótese Gaia, segundo a qual o planeta Terra possui mecanismos autorreguladores comparáveis aos de um organismo vivo (CHRISTIAN, 2005).

O exemplo de Armas, germes e aço (DIAMOND, 2005) é revelador. Diamond não é um historiador por formação, mas um biólogo, especialista em fisiologia e ornitologia; apesar disso, ele tornou-se o autor de um dos livros de história mais conhecidos entre o grande público nas últimas décadas. Suas teses são polêmicas no meio acadêmico, e muitas vezes superficialmente descartadas como determinismo geográfico, o que não tira da obra de Diamond o mérito de ser uma tentativa de responder a uma pergunta cuja importância, nos dias de hoje, é gritante: por que algumas sociedades prosperam e outras fracassam? Enquanto as respostas tradicionais dos historiadores em geral concentram-se na análise da ascensão européia desde o século 15 ou 16, Diamond investiga um panorama mais amplo. Temporalmente, sua investigação parte dos primórdios da agricultura no Crescente Fértil e prossegue até o presente; no plano espacial, aborda não só os tradicionais povos europeus e do Oriente Próximo, mas também americanos, africanos, e mesmo os povos austronésios que colonizaram o Pacífico, entre outros.

O objetivo da menção a Jared Diamond não é fazer uma apologia de sua obra ou expressar concordância com suas conclusões, e sim mostrar algumas tendências que seu trabalho indica: que a pesquisa histórica em grande escala pode ser feita, e de fato já está sendo feita por não-historiadores, e que, estejam suas conclusões corretas ou não, elas indicam caminhos relevantes. Assim sendo, restam aos historiadores duas alternativas: ou um progressivo entrincheiramento à medida que o público leigo se interessa mais por esse tipo de produção histórica, aumentando ainda mais a já excessiva separação entre academia e sociedade, ou juntar suas forças a um esforço conjunto para buscar perguntas que possam ser

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respondidas com um olhar histórico mais vasto e buscar formas de respondê-las sem cair na superficialidade. Nesse último caso, a grande história seria uma maneira, ainda em desenvolvimento, de embasar teoricamente e validar a exploração de novos territórios.

Isso não é, de forma alguma, um convite à revolução, para que todos os historiadores abandonem suas especialidades cada vez mais subdivididas e queimem seus arquivos. Muito pelo contrário, os arquivos e outras fontes primárias mantêm toda a sua importância, e os especialistas em pequenas escalas temporais e problemas bem delimitados continuam a ser os produtores de grande parte do conhecimento histórico no qual outros se baseiam. Até aí, tudo continua de acordo com o status quo: o objetivo desta corrente não consiste em invalidar os meios usuais de pesquisa, mas efetuar um avanço no sentido em que Paul Veyne afirmou ser o único possível nas pesquisas históricas: a multiplicação das perguntas que os historiadores fazem (VEYNE, 2008: 181).

A diferença está em que, nessa nova concepção de história, a especialização tradicional não seria o único caminho possível; haveria, lado a lado com a especialização em áreas cada vez mais restritas, uma demanda por um conhecimento generalista (ou, mais precisamente, especializado no que hoje são consideradas áreas demasiado vastas e multidisciplinares), através do qual seriam abordadas escalas mais amplas e feitas as conexões entre os pontos que normalmente um especialista isolado em sua área não enxerga; em outras palavras, seria necessário preparar pessoas para obter uma visão de conjunto. Mesmo assim, o trabalho dos especialistas não perderia nada de seu valor, ao mesmo tempo levando a novas descobertas e também servindo como base para as pesquisas mais amplas; afinal, uma pesquisa de grande envergadura que não aproveite outras sobre temas mais circunscritos é simplesmente irrealizável, ou se reduz a generalizações de pouco valor. Para Christian, os historiadores poderiam contribuir muito em iniciativas semelhantes porque:

Cientes do caráter extremamente complexo e contingente dos fenômenos que tentam analisar e explicar, os historiadores podem ser capazes de resistir a tentativas apressadas de generalizar sobre tendências de longo prazo ou forças motrizes da história e injetar nessas discussões o sentido de particularidade e contingência que é característico da maior parte da pesquisa histórica profissional (CHRISTIAN, 2005: 50).

A multidisciplinaridade, mencionada há pouco, seria uma parte fundamental na aplicação das propostas da grande história. Seria preciso não apenas aproximar especialidades históricas que em geral têm pouco contato entre si, mas igualmente buscar conexões com áreas que, via de regra, a grande maioria dos historiadores ignoram: a geografia, à qual Braudel dava tanta importância, continua a ser um exemplo, mas também a ecologia, a

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biologia evolucionária e, eventualmente, também a física e a cosmologia. Se obviamente o domínio completo de todos esses campos, ou mesmo de um único deles, não é uma tarefa viável, o mesmo não pode ser dito de tentativas de aproximação que busquem aproveitar o que cada disciplina tem a contribuir em uma eventual síntese da história humana.

A questão da multidisciplinaridade poderia também possibilitar o aproveitamento da grande história de outra forma, que não depende da realização de pesquisas que abranjam, em tese, a maior parte dos campos do conhecimento humano: ela pode ser empregada como uma forma de ensino que integrasse a história e as demais disciplinas escolares ou universitárias. A maneira mais simples de colocar essa possibilidade em prática, sem sobrecarregar os professores de história, seria realizar uma cooperação com docentes de outras áreas: um professor de física poderia dar uma aula sobre o Big Bang, os primórdios do universo e o surgimento do sistema solar e da Terra; na aula seguinte, um professor de biologia explicaria a teoria da evolução e o desenvolvimento da vida no planeta, e assim por diante. Como mencionado acima, o primeiro texto sobre a grande história escrito por David Christian surgiu como consequência de suas aulas universitárias empregando essa metodologia:

A ideia do curso era ver se era possível, mesmo no mundo moderno, contar uma história coerente sobre o passado em muitas escalas diferentes, começando, literalmente, pelas origens do universo e terminando no presente. Cada escala, eu esperava, acrescentaria algo novo ao quadro total e tornaria mais fácil entender todas as outras escalas. Dadas as convenções da profissão histórica moderna, essa era uma ideia extremamente presunçosa. Mas ela se revelou surpreendentemente realizável, e até mais interessante do que eu supus a princípio (CHRISTIAN, 2005a: 3).

Resta ainda uma questão a ser respondida: se os defensores da grande história conseguem aplicar suas ideias e produzir trabalhos que mostrem a viabilidade prática de suas propostas. Como vai a grande história hoje?

4. Perspectivas

A grande história já mostrou algumas realizações práticas. Entre elas, o desenvolvimento de ideias, em grande medida tomados de empréstimo de outras ciências, que podem lançar nova luz sobre alguns aspectos da existência humana. Uma deles, mencionado por Christian, é a relação entre a grande complexidade dos seres humanos e das sociedades, e o consumo de energia necessário para manter esse nível de complexidade. Em termos concretos, isso significa que para a sociedade global moderna continuar funcionando é preciso um gasto imenso de energia para produzir alimentos e produtos, transportar pessoas, bens e informações, etc. A energia que consumimos deixa de estar disponível para outros

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seres vivos, além de tornar a própria humanidade mais vulnerável ao depender desse grande dispêndio energético (CHRISTIAN, 2003; SPIER, 2005); a derrubada de florestas para criar animais ou plantar soja que empregamos para nossos próprios fins é um exemplo disso, e as consequências ecológicas desse padrão de crescente monopolização de energia estão nos jornais dia após dia, na forma de extinções, desertificação, clima imprevisível e aquecimento global. Uma análise do impacto dos seres humanos no ambiente, e vice-versa, faria muito para enriquecer nossa compreensão da história, podendo ir muito além das discussões triviais sobre a relação entre as cheias recorrentes do rio Nilo e a configuração do antigo Estado egípcio, para mencionar apenas o caso mais recorrentemente mencionado nos livros didáticos.

Há também, certo progresso no campo do ensino, como no caso da Universidade de Amsterdã, em que há anos vem sendo oferecida uma disciplina de Grande História, com alta demanda pelos alunos e a presença de palestrantes de diversas áreas, tais como Immanuel Wallerstein, autor da teoria do sistema-mundo (SPIER, 2005a).

Uma dúvida talvez natural concerne à viabilidade de utilizar a grande história no contexto brasileiro. Há pouco material a respeito em português, e nenhum texto de Christian foi publicado no Brasil, embora seu livro mais importante, Maps of time, tenha uma edição em espanhol. Apenas uma obra dessa corrente está disponível no país atualmente: A grande

história: do Big Bang aos dias de hoje, da historiadora americana Cynthia Brown (2010).

Outra dificuldade concerne o viés de nosso ensino de história. Por mais que se acumulem as queixas contra o eurocentrismo, a história no Brasil continua, em geral, a ser extremamente voltada para a Europa ocidental, desde a primeira aula de história no ensino fundamental até o final do curso superior. A história africana apenas agora começa a ter sua existência reconhecida fora do gabinete de um punhado de especialistas, e o sucesso ou não da incorporação da história da África aos currículos escolares ainda é uma questão em aberto. Que dizer então da história da Europa oriental, das diversas civilizações da Ásia, da Oceania e dos povos das ilhas do Pacífico? São histórias que, infelizmente, continuam em grande parte desconhecidas por aqui, mesmo que a segunda e terceira maiores economias mundiais de hoje estejam na Ásia, e a despeito de alguns esforços importantes no sentido de cobrir essas lacunas no ensino (BURITI; AGUIAR, 2009). Se nem temos uma história mundial digna do nome, ainda mais longe estamos de integrar a história a outras ciências.

Certamente não é o surgimento de uma nova corrente teórica que vai mudar todo esse panorama do dia para a noite – existem inúmeros problemas envolvendo currículos, preparação de professores (e formação de novos pesquisadores) e disponibilidade de fontes e material didático, nenhum dos quais é de solução simples ou imediata. Mesmo assim, talvez

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uma história mais ampla e ambiciosa ainda possa ser implementada no ensino e na pesquisa, se pessoas suficientes se dispuserem a dar a contribuição necessária. O convite está feito, e o presente artigo terá cumprido seu objetivo se o potencial dessa opção for considerado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Sociétés, Civilisations. Paris, v. 13, n. 4, p. 725-753, 1958.

BROWN, Cynthia Stokes. A grande história: Do Big Bang aos dias de hoje. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.

BURITI, Catarina de Oliveira; AGUIAR, José Otávio. Incursões de Clio na Terceira Margem do Ocidente: Experiências de pesquisa sobre o ensino de história do Oriente em uma escola pública de Campina Grande – PB. Antíteses. Londrina, v. 2, n. 3, p. 169-199, 2009. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/2439>. Acesso em: 30 jan. 2012.

CHRISTIAN, David. The Case for “Big History”. The Journal of World History. Honolulu, v. 2, n. 2, p. 223-238, 1991.

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DIAMOND, Jared. Guns, germs and steel: A short history of everybody for the last 13000 years. Londres: Random House, 2005.

HUGUES-WARRINGTON, Marnie. Big History. Social Evolution and History. Moscou, v. 4, n. 1, p. 7-21, 2005.

SPIER, Fred. How Big History Works: Energy Flows and the Rise and Demise of Complexity. Social Evolution and History. Moscou, v. 4, n. 1, p. 87-135, 2005.

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VEYNE, Paul. Como se escreve a história/Foucault revoluciona a história. 4 ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2008.

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