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Avaliação da Adesão dos Professores de Ensino Superior da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) aos Cuidados Preventivos de Saúde

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Academic year: 2020

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Estadual de Montes Claros (Unimontes) aos Cuidados Preventivos de Saúde

Estadual de Montes Claros (Unimontes) aos Cuidados Preventivos de Saúde

Estadual de Montes Claros (Unimontes) aos Cuidados Preventivos de Saúde

Estadual de Montes Claros (Unimontes) aos Cuidados Preventivos de Saúde

Estadual de Montes Claros (Unimontes) aos Cuidados Preventivos de Saúde

Adhesion of Professors at

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Adhesion of Professors at Universidade Estadual de Montes Claros

Universidade Estadual de Montes Claros

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(Unimontes)

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(Unimontes)

(Unimontes)

(Unimontes) to Preventive Health Care

to Preventive Health Care

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to Preventive Health Care

to Preventive Health Care

Eustáquio Xavier Silveira * Marise Fagundes Silveira ** Marcelo Fernandes do Vale *** Mara Lúcia Fernandes do Vale ****

Resumo: Resumo: Resumo: Resumo:

Resumo: O presente estudo procurou traçar o perfil dos professores da Unimontes em relação à prática de cuidados preventivos de saúde e comparar os resultados entre os indivíduos que trabalham na área da saúde, com destaque para o profissional médico, com os das demais áreas. Com esta finalidade, foi aplicado um roteiro de entrevista, sendo que os dados coletados mostraram que os indivíduos da área da saúde praticam menos atividade física, além de possuírem um maior índice de massa corporal (IMC) e representarem um maior número de tabagistas e ex-tabagistas, quando comparados com os professores das demais áreas.

Palavras-chave: Palavras-chave: Palavras-chave: Palavras-chave:

Palavras-chave: prevenção, professores universitários, hábitos de vida. Abstract:

Abstract: Abstract: Abstract:

Abstract: The proposal of this study was to devise a profile of the Professors at Unimontes concerning the practice of preventive health care, and then compare results between health professionals (highlighting the physician) and those from other fields. With this objective, an interview schedule has been applied, and collected data showed that health professionals are less likely to practice physical activities, have a greater body weight index (BWI) and represent the majority of smokers and former smokers, when compared to Professors on other fields.

Key words: Key words: Key words: Key words:

Key words: prevention, University Professors, life habits.

* Mestre em Saúde Pública; Professor do Departamento de Clínica Médica; Especialista em Saúde do Trabalhador. ** Mestre em Epidemiologia; Professora de Bioestatística; Especialista em Estatística e Matemática Superior. *** Acadêmico do Curso Médico.

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As doenças crônico-degenerativas representam a principal causa de mortalidade e incapacidade no mundo, destacando-se as doenças cardiovasculares, diabete, obesidade, câncer e doenças respiratórias. Isso é reflexo das mudanças no estilo de vida das pessoas, sendo que a nova rotina adotada é fruto dos processos de industrialização, urbanização, de-senvolvimento econômico e crescente globalização do mercado de alimentos. Vale destacar, ainda, que está cientificamente comprovado que uma mudança nos hábitos alimentares e na atividade física pode influenciar vários desses fatores de risco na popula-ção (OPAS, 2003).

Por isso, o envolvimento ativo dos indivíduos é essencial à prevenção bem-sucedida. A atenção às orientações divulgadas, maciçamente, através de campanhas do Ministério da Saúde, permite às pessoas compartilharem a responsabilidade de colocar a prevenção na prática.

Em nosso estudo, optamos por investigar esses aspectos em uma população constituída, especificamente, por professores de ensino superior, o que envolve indivíduos esclarecidos, responsáveis pela difusão de conhecimentos que englobam aqueles relacionados a práticas de vida saudáveis, que visam, sobretudo, a prevenção e a detecção precoce de doenças.

Nesse contexto, é de fundamental importância o exemplo que os educadores, ligados à área de saúde, dão de si próprios. Pelos votos que fizeram e a licença que obtiveram, esses profissionais comprometeram-se a comprometeram-ser o modelo no cuidado com a saúde. O que se obser va, entretanto, é que esses profissionais são mestres em negar a própria dor, desconforto, exaustão e em ignorar os avisos e ensinamentos que dão aos seus próprios pacientes e alunos sobre prevenção, sinais e sintomas. Com isso, eles vão procurar tratamento mais tardiamente que os profissionais das demais áreas. Optam por se medicarem em casa com remédios para doenças

revelar esse fato, posteriormente, quando procuram um colega (TÄHKA, 1988).

Através do presente estudo, pretendemos avaliar a adesão dos docentes de ensino superior aos cuidados preventivos de saúde recomendados internacionalmente. Pretendemos, assim, ratificar a hipótese de que os professores, principalmente ligados à área de saúde, negligenciam a si esses cuidados, visto que a expectativa de vida entre os médicos, por exemplo, é de dez a quinze anos menor que a da média da população, e eles apresentam elevadas taxas de doença física, além de altos índices de alcoolismo, abuso de drogas, suicídio e outras patologias sociais (MELEIRO, 2001).

Dessa forma, estará demonstrada a necessidade de adoção de medidas preventivas de saúde, até então não praticadas, ou adequação das práticas dessas medidas às recomendações, atualmente, aceitas internacionalmente, visando maior longevidade com melhor qualidade de vida.

Metodologia Metodologia Metodologia Metodologia Metodologia

Trata-se de um estudo descritivo, de corte transver-sal.

Foi elaborado um roteiro de entrevista visando avaliar o grau de adesão da população estudada a intervenções preventivas de classificação A e B recomendadas pela Canadian Task Force on the Periodic Health Examination e pela United States Preventive Services Task Force, adaptadas aos objetivos do estudo pelo coordenador da pesquisa. Entretanto, devido ao fato da abordagem estratégica de alto risco já estar bastante difundida na prática médica atual e devido ao seu impacto potencial ser, freqüentemente, desapontador na carga total de doenças (BARATIERI, 1991), ativemo -nos, exclusivamente, à abordagem das estratégias preventivas em nível populacional.

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pessoais e relacionados ao trabalho dos professores pesquisados e por questões que visam, propriamente, avaliar o grau de adesão dos indivíduos pesquisados às intervenções preventivas em nível populacional recomendadas pelas entidades anteriormente citadas, tais como: prevenção de males relacionados à inadequação dietética, ao etilismo, tabagismo, sedentarismo, prevenção de câncer cervical, além da prevenção do câncer de próstata.

O estudo proposto foi realizado no Campus Univer-sitário Professor Darcy Ribeiro, em Montes Claros, sendo que o controle dos indivíduos orientou-se pela relação de professores, por departamento, ob-tida no banco de dados do Departamento de Recur-sos Humanos da Unimontes, em agosto de 2004.

A população de professores efetivos, que trabalham no Campus Universitário Professor Darcy Ribeiro, sediado em Montes Claros, totaliza712 indivíduos, sendo que 207 responderam o questionário (101 pertencentes à área da saúde e outros 106 pertencentes às demais áreas).

A inclusão do professor no estudo fez-se segundo seu consentimento livre e esclarecido, mediante as-sinatura de um termo de consentimento pós-infor-mado.

Foram excluídos do estudo os professores em férias ou afastados por quaisquer motivos no período de coleta dos dados, os professores diretamente envolvidos na pesquisa e aqueles que responderam de forma incompleta ao questionário.

Concedida autorização dos chefes de departamen-to, foram aplicados os questionários aos professo-res, após o encerramento da reunião departamental mensal.

Dois estudantes do curso médico, previamente trei-nados e identificados, ficaram responsáveis pela dis-tribuição e recolhimento dos questionários e dos termos de consentimento livre e esclarecido.

O programa utilizado para tabulação e análise dos

dados foi o SPSS, versão 11.

Inicialmente, os dados colhidos foram tabulados. À tabulação seguiu-se a análise exploratória dos mesmos, utilizando-se as técnicas de estatística descritiva: tabelas de freqüências, gráficos, medidas de tendência central e variabilidade. Também, foi utilizado o teste do qui-quadrado e o teste t de Student para fazer as comparações entre os professores das áreas de Saúde com os das áreas de Humanas, Exatas e Sociais e aplicadas.

Resultados ResultadosResultados ResultadosResultados

A partir dos dados coletados através dos questioná-rios aplicados entre os professores da Unimontes, pode-se observar que, em todos os centros predo-minam indivíduos do sexo feminino (F) em relação aos do sexo masculino (M), destacando-se o Centro de Ciências Humanas (CCH), onde os percentuais atingem 71% F e 29% M e o Centro de Ciências Bio-lógicas e da Saúde (CCBS), onde os resultados quase se equiparam, com 52% F e 48% M (tabela 1). Inúmeras pesquisas mostram a importante inser-ção da mulher no mercado de trabalho nos últimos anos, sendo que isto, também, é verdade entre os profissionais da área da saúde, inclusive na área médica (MACHADO, 1997. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2004).

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Tabela 1abela 1abela 1abela 1abela 1

Distribuição dos indivíduos, segundo o gênero

Fonte: Fonte:Fonte:

Fonte:Fonte: banco de dados da pesquisa

* CCET – Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas. ** CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas.

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pequena variação de acordo com o centro, oscilan-do entre 40,21 no CCBS e 42,78 no CCSA, com uma média geral de 41,01 anos (tabela 2).

Torna-se cada vez mais claro o potencial de preven-ção das principais causas de morbimortalidade em

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Tabela 2abela 2abela 2abela 2abela 2

Medidas descritivas das idades dos indivíduos, segundo o Centro

fessores da Unimontes. Exemplo disso é o declínio na mortalidade por doenças cardiovasculares obser-vado em vários países do mundo e em algumas par-tes do Brasil, sendo relevanpar-tes para este declínio as medidas preventivas mais amplas e aquelas exercidas pela assistência médica (DUNCAN, 2004).

Fonte: Fonte: Fonte: Fonte:

Fonte: banco de dados da pesquisa

A análise da carga horária semanal de trabalho mos-trou que a mesma é menor entre os indivíduos do CCBS (18,3% trabalham menos de 40h semanais e 36,5% trabalham mais de 50h) em relação à dos pro-fissionais dos outros centros (14,3% trabalham me-nos de 40h semanais, enquanto 39,8% trabalham mais de 50h nesse período) (tabela 3).

Entre os 44 médicos inseridos no CCBS, que res-ponderam a esta pergunta, 56,81% trabalham entre 40 e 50 horas semanais e 43,19% mais de 50 horas semanais (tabela 3). Isso condiz com os dados

naci-onais, que mostram um ritmo intenso de trabalho, jornadas prolongadas, sobrecarga e insatisfação (MA-CHADO, 1997. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2004).

Essa situação apresenta-se inadequada, pois a ativi-dade médica caracteriza-se pela necessiativi-dade de tem-po para interação entre médico e paciente, acompa-nhamento e estudo dos mesmos, bem como para atualização científico-tecnológica (CONSELHO FEDE-RAL DE MEDICINA, 1998. CONSELHO REGIONAL DE

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Tabela 3abela 3abela 3abela 3abela 3

Distribuição dos indivíduos, segundo a carga horária semanal de trabalho

Fonte: Fonte: Fonte: Fonte:

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Foi observada discrepância na regularidade de práti-ca de atividade físipráti-ca entre indivíduos do CCBS e demais centros com 34,3% e 52,5%, respectivamen-te (tabela 4).

Estudos observacionais e ensaios clínicos têm de-monstrado o efeito protetor da atividade física con-tinuada sobre doença isquêmica do coração (MORRIS, 1990; TANASESCU, 2000), hipertensão arterial sistêmica (WHELTON, 2002), diabetes melito tipo 2 (TUOMILEHTO, 2001), osteoporose (FLORINDO, 2002), câncer de cólon (LEE, 1991), ansiedade e de-pressão (STRAWBRIDGE, 2002). Estudos observacionais, também, indicam que indivíduos com

maior nível de aptidão física ou que realizam ativi-dades físicas regulares têm menores índices de mortalidade por todas as causas (SANDVIK, 1993). Além disso, a prática da atividade física é um fator favorável à melhora da qualidade do sono, tendo como itens analisados a latência de sono, profundi-dade do sono e o alerta matutino (VUORI, 1998). Entretanto, apesar da ampla divulgação e conheci-mento da importância da prática regular de ativida-de física para se manter a saúativida-de, os professores da Unimontes, em sua maioria, 56,8% afirmaram não realizar atividade física regularmente (tabela 4).

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Tabela 4abela 4abela 4abela 4abela 4

Distribuição dos indivíduos, segundo a prática regular de atividade física

Fonte: Fonte: Fonte: Fonte:

Fonte: banco de dados da pesquisa

Quanto à análise de freqüência de ingestão de bebi-da alcoólica, observou-se equivalência entre as op-ções nunca, raramente/ocasionalmente e freqüentemente, para o CCBS e demais centros (ta-bela 5).

Chama atenção o fato de que cerca de 10% dos pro-fessores, ligados à área da saúde e demais áreas, afirmaram consumir bebida alcoólica, freqüentemente

(tabela 5).

Apesar da maioria das pessoas utilizar bebida alcoó-lica na busca de efeitos prazerosos, sem que isso acarrete prejuízos em sua vida, pesquisas mostram que aproximadamente um quarto da população adul-ta apresenadul-ta problemas crônicos associados ao uso do álcool em algum momento de suas vidas (DUNCAN, 1993).

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Tabela 5abela 5abela 5abela 5abela 5

Distribuição dos indivíduos, segundo a ingestão de bebida alcoólica

Fonte: Fonte:Fonte:

Fonte:Fonte: banco de dados da pesquisa

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(IMC), foram observados valores aproximadamente equivalentes entre CCBS e demais centros, porém com valor correspondente a sobrepeso no CCBS (25,13 Kg/m) e faixa ideal de IMC nos demais cen-tros (tabela 6).

As complicações relacionadas à obesidade são

am-metabólicas, cardiovasculares, doenças reprodutivas, respiratórias, gastrintestinais, ósteoarticulares, cân-cer, doenças psíquicas, entre outras. Em função dis-so, torna-se importante o ajuste dietético e pro-moção de atividade física entre os professores do CCBS.

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Tabela 6abela 6abela 6abela 6abela 6

Medidas descritivas dos indivíduos, segundo o Índice de Massa Corporal (IMC)

Fonte: Fonte: Fonte: Fonte:

Fonte: banco de dados da pesquisa

Com relação ao tabagismo, observa-se maior núme-ro de tabagistas e ex-tabagistas no CCBS (7,5% e 25,5%, respectivamente) em relação aos demais cen-tros (6% e 21%, respectivamente). Porém, de um modo geral, nota-se ser pequena a porcentagem de pro-fessores tabagistas na Unimontes, sendo este um fato positivo, uma vez que os males relacionados ao hábito de fumar podem trazer graves conseqüências à vida dos fumantes ativos e passivos, principalmen-te, o de desenvolvimento de vários tipos de câncer e doenças cardiovasculares (tabela 7).

Além disso, destaca-se o fato de ser o tabagismo passivo a terceira maior causa de morte evitável no mundo, superada apenas pelo tabagismo ativo e pelo

consumo excessivo de álcool. Especialistas alertaram para os perigos do tabagismo passivo, que é a inala-ção da fumaça de derivados do tabaco (cigarro, cha-ruto, cigarrilhas, cachimbo e outros) por indivíduos não-fumantes no convívio com fumantes em ambi-entes fechados. A fumaça que sai da ponta do cigar-ro, segundo eles, contém em média três vezes mais nicotina e monóxido de carbono, e, até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que é inalada. O risco para as pessoas que não fumam e têm que conviver, principalmente no ambiente de trabalho, com a fumaça, que traz altos níveis de agen-tes cancerígenos, é 30% maior para câncer de pul-mão e 25% maior para infarto e problemas respira-tórios (INCA, 2006).

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Tabela 7abela 7abela 7abela 7abela 7

Distribuição dos indivíduos, segundo o tabagismo

Fonte: Fonte: Fonte: Fonte:

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Houve diferença significativa entre a porcentagem de indivíduos que realizaram a última consulta de caráter preventivo há menos de um ano, sendo o valor obtido entre os professores do CCBS de 69,3% e entre os dos demais centros 57,6% (valor-p =

0,016). Além disso, apenas 3% dos indivíduos, alocados no CCBS, afirmaram nunca terem realizado consulta preventiva, em oposição a 16,5% dos indi-víduos dos demais centros (tabela 8).

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Tabela 8abela 8abela 8abela 8abela 8

Realização da última consulta preventiva

Fonte: Fonte: Fonte: Fonte:

Fonte: banco de dados da pesquisa

Observa-se uma maior freqüência de realização de exame ginecológico preventivo entre as mulheres inseridas no CCSA, CCET e CCH, havendo destaque para as que realizaram o último exame há menos de um ano (73,6% versus 53,0% das pertencentes ao CCBS). Chama atenção o fato de que, como dito an-teriormente, muitos profissionais da saúde não co-locam como prática em suas vidas, as recomenda-ções que fazem a seus pacientes e alunos, negligen-ciando a própria saúde (tabela 9).

O câncer de colo do útero pode ser evitado através da realização periódica do exame preventivo, em toda mulher com vida sexual ativa, principalmente, aquelas com idade de 25 a 59 anos. Vale lembrar, também, que outras doenças que não o câncer po-dem ser encontradas durante o exame preventivo, tais como as Infecções vaginais, inclusive as sexual-mente transmissíveis (INCA, 2006). Em função dis-so, está amplamente divulgada e estabelecida a im-portância de se realizar este exame com a devida freqüência.

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Tabela 9abela 9abela 9abela 9abela 9

Realização do último exame ginecológico com finalidade preventiva

Fonte: Fonte: Fonte: Fonte:

Fonte: banco de dados da pesquisa

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os, 36% afirmam realizar o exame preventivo de cân-cer de próstata bienalmente, sendo que um terço destes estão inseridos no CCBS e o restante nos demais centros (tabela 10).

Apenas um indivíduo inserido no CCBS afirmou nun-ca ter realizado o exame e não pretende fazê-lo fu-turamente (tabela 9).

O câncer de próstata é a segunda causa de óbitos por neoplasia maligna em homens, sendo superado apenas pelo de pulmão. Para 2006, estima-se a ocorrência de 47.280 casos novos para este tipo de

importância da detecção precoce, através de rastreamento com toque retal realizado anualmente, a partir dos cinqüenta anos e, no caso dos indivíduos com fatores de risco (como câncer de mama e próstata na família, por exemplo), anualmente, a partir dos quarenta e cinco anos (JÚNIOR, 2001).

Entende-se por detecção precoce do câncer da prós-tata o, rastreamento de homens assintomáticos por meio da realização do toque retal e pela dosagem do PSA, a fim de detectar o câncer da próstata em seus estádios iniciais (INCA, 2006).

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Tabela 10abela 10abela 10abela 10abela 10

Freqüência da realização do exame preventivo do câncer de próstata

Fonte: Fonte: Fonte: Fonte:

Fonte: banco de dados da pesquisa

Conclusão: Conclusão: Conclusão: Conclusão: Conclusão:

A carga horária semanal de trabalho é menor entre os indivíduos do CCBS em relação à dos profissionais dos outros centros. Apesar disto, foi observada discrepância na regularidade de prática de atividade física entre indivíduos do CCBS, que é menor do que os dos demais centros.

Em relação ao consumo de bebida alcoólica, observou-se equivalência entre as respostas dadas pelos professores, chamando atenção o fato de que cerca de 10% dos indivíduos da área de saúde afirmaram consumir bebida alcoólica

frequentemente, apesar do conhecimento que os mesmos possuem a respeito dos malefícios desta prática.

Entre os dados que mais chamaram atenção está o Ìndice de Massa Corporal, que apontou para obesidade grau I entre os professores do CCBS e faixa ideal naqueles dos demais centros.

Observou-se, também, um número maior de tabagistas e ex-tabagistas no CCBS em relação aos demais centros.

Houve diferença entre a porcentagem de indivíduos que realizaram a última consulta de caráter preventivo

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há menos de um ano, sendo esta maior entre professores do CCBS em relação aos dos demais centros. Apenas 3% dos indivíduos pertencentes ao CCBS afirmaram nunca terem realizado consulta preventiva, em oposição a 16,5% dos indivíduos dos demais centros, o que deixa claro a necessidade de melhoria no esclarecimento da importância deste hábito entre os professores que não pertencem à área da saúde.

Em relação à realização do último exame ginecológico com finalidade preventiva, notou-se uma menor freqüência entre as profissionais da área da saúde, no período inferior a um ano.

Quanto à realização de exames que visam prevenir o câncer de próstata, observa-se uma maior adesão dos indivíduos da área de saúde.

Vale ressaltar que, ao se comparar os dados dos professores da área da saúde com os das demais áreas, apesar de uma carga horária semanal de trabalho menor, os professores pertencentes ao CCBS praticam menos atividade física do que os dos demais centros. Além disso, possuem um maior índice de massa corporal e representam um maior número de tabagistas e ex-tabagistas. Referências bibliográficas Referências bibliográficas Referências bibliográficas Referências bibliográficas Referências bibliográficas

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