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Importância do PIBID para acadêmicos de licenciatura em educação física/ Importance of PIBID for physical education´s academics

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 2,p.8499-8508 feb. 2020. ISSN 2525-8761

Importância do PIBID para acadêmicos de licenciatura em educação física

Importance of PIBID for physical education´s academics

DOI:10.34117/bjdv6n2-238

Recebimento dos originais: 30/12/2019 Aceitação para publicação: 20/02/2020

Guilherme Habinoski

Acadêmico em Educação Física Licenciatura pela Universidade Estadual de Ponta Grossa bolsista do PIBID, Ponta Grossa, Brasil.

Universidade Estadual de Ponta Grossa

Endereço: Av. General Carlos Cavalcanti, 4748 - Uvaranas, Ponta Grossa - PR, 84030-900 E-mail: Guilherme_habi@hotmail.com

Nicolly Schwab da Silva

Acadêmica em Educação Física Licenciatura pela Universidade Estadual de Ponta Grossa e bolsista do PIBID, Ponta Grossa, Brasil.

Universidade Estadual de Ponta Grossa

Endereço: Av. General Carlos Cavalcanti, 4748 - Uvaranas, Ponta Grossa - PR, 84030-900 E-mail:schwsilvanicky@gmail.com

Guilherme Teixeira Pinto

Acadêmico em de Educação Física Licenciatura pela Universidade Estadual de Ponta Grossa e aluno do PIBID, Ponta Grossa, Brasil.

Universidade Estadual de Ponta Grossa

Endereço: Av. General Carlos Cavalcanti, 4748 - Uvaranas, Ponta Grossa - PR, 84030-900 E-mail: guiteixeira027@gmail.com

Gonçalo Cassins de Moreira do Carmo

Doutor em Ciências Sociais Aplicadas pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Universidade Estadual de Ponta Grossa

Endereço: Av. General Carlos Cavalcanti, 4748 - Uvaranas, Ponta Grossa - PR, 84030-900 E-mail: goncalocassins@gmail.com

Fabiane Distefano

Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, PR. Universidade Estadual de Ponta Grossa

Endereço: Av. General Carlos Cavalcanti, 4748 - Uvaranas, Ponta Grossa - PR, 84030-900 E-mail: fabiane.distefano@gmail.com

Gilmara Aparecida Borato

Especialista em Educação Especial. Universidade Estadual de Ponta Grossa

Endereço: Av. General Carlos Cavalcanti, 4748 - Uvaranas, Ponta Grossa - PR, 84030-900 E-mail: Gilmara.Borato@gmail.com

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 2,p.8499-8508 feb. 2020. ISSN 2525-8761

RESUMO

O objetivo deste estudo foi verificar e analisar a importância do PIBID no processo de formação dos acadêmicos de Licenciatura em Educação Física da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) que atuam em dois colégios da rede estadual de ensino no ano de 2019. Dessa forma, 10 acadêmicos do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Estadual de Ponta Grossa responderam a um questionário. Conclui-se a partir das respostas obtidas que o PIBID é Um programa importante para o processo de formação docente dos acadêmicos de Licenciatura em Educação Física.

Palavras-chave: PIBID; Educação Física; Acadêmicos de Licenciatura em Educação Física.

ABSTRACT

The aim of this study was to verify and analyze the importance of PIBID in the process of formation of Physical Education Degree students at Ponta Grossa State University (UEPG) who work in two colleges of the state school system in 2019. Thus, 10 undergraduate students of Physical Education at Ponta Grossa State University answered a questionnaire. It is concluded from the answers obtained that PIBID is an important program for the process of teacher training of Physical Education´s academics.

Keywords: PIBID; Physical Education; Physical Education´s academics.

1 INTRODUÇÃO

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) - criado em 2008 pelo Ministério da Educação (MEC) junto da Secretaria de Educação Superior (SESu), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). - atua na formação dos acadêmicos de Licenciatura como um instrumento de aproximação do discente com a realidade escolar. Possibilitando assim, o exercício da prática dos conteúdos estudados nas aulas nas Universidades e treinamento das habilidades didáticas de ser professor.

O PIBID é implementado em colégios que possuem o Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (IDEB) abaixo da média nacional com o objetivo de prestar auxílio aos profissionais que ministram as aulas e enriquece-las produtivamente.

A partir da perspectiva do Programa, este estudo apresenta as opiniões dos acadêmicos de Licenciatura em Educação Física, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), participantes do PIBID na cidade de Ponta Grossa –Paraná no ano de 2019. Os acadêmicos encontram-se divididos em dois colégios da rede estadual de ensino: Colégio Estadual Maestro Bento Mossurunga e Colégio Estadual Professor Becker e Silva.

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2 MÉTODOS

A pesquisa em ciências sociais frequentemente é questionada acerca de sua cientificidade1. Para Minayo (1994) os questionamentos a esse respeito podem ser agrupados em três aspectos principais: à possibilidade concreta de tratarmos de uma realidade da qual nós mesmos somos agentes; se a procura por objetivação não descaracterizaria o que há de mais essencial nos fenômenos e processos humanos, a subjetividade e; que método geral poderia ser utilizado para explorar uma realidade tão marcada pela especificidade e diferenciação.

A respeito desta discussão a autora afirma:

A cientificidade, portanto, tem que ser pensada como uma ideia reguladora de alta abstração e não como sinônimo de modelos e normas a serem seguidos. A história da ciência revela não um “a priori”, mas o que foi produzido em determinado momento histórico com toda a relatividade do processo de conhecimento (MINAYO, 1994, p. 12).

Assim sendo, o objeto na pesquisa social é essencialmente qualitativo, portanto, utiliza-se de instrumentos e teorias para estabelecer aproximações com a vida dos utiliza-seres humanos, ainda que estas sejam incompletas.

A pesquisa qualitativa se ocupa de questões bastante particulares, trabalha com o “universo de significados” (MINAYO, 1994, p. 21)

Nesta direção, a metodologia é compreendida aqui no sentido atribuído por Minayo (1994, p. 16): “O caminho do pensamento e a prática exercida na abordagem da realidade”.

Em um primeiro momento foi necessário determinar um planejamento para a realização da pesquisa. Marconi e Lakatos (2003) definem um planejamento esquematizado em três fases: 1ª) a preparação da pesquisa; 2ª) fases da pesquisa; 3ª) execução da pesquisa.

A preparação da pesquisa consiste na determinação dos objetivos, que por sua vez responde a pergunta do problema inicial e aponta um norte para a pesquisa.

Em relação às fases da pesquisa, é a etapa na qual se faz a escolha dos processos metodológicos e técnicos que serão utilizados, sendo assim, a determinação da natureza, nível, abordagem do problema e procedimentos técnicos. (GIL, 2008).

1 Esta crítica é especialmente estabelecida pelas chamadas Ciências Duras que criticam frequentemente os critérios de

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Por fim, a fase da execução da pesquisa, na qual ocorrerá a coleta de dados e o início da aplicação dos procedimentos metodológicos definidos anteriormente.

Conforme sugere Gil (1999), a pesquisa social tem como objetivo descobrir respostas para problemas, utilizando procedimentos científicos. Dessa forma, com o uso dos procedimentos científicos, é possível realizar a classificação da pesquisa.

Dessa forma, buscou-se nessa pesquisa entender qual é a opinião dos acadêmicos de Licenciatura em Educação Física pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, que participam do PIBID em dois colégios estaduais de Ponta Grossa no ano de 2019.

Segundo Gunther (2006) a pesquisa qualitativa possui uma flexibilidade e não apresenta instrumentos e procedimentos padronizados, sendo assim cada objetivo possui seu procedimento específico. Porém deve-se lembrar de seguir as etapas presentes na construção desta pesquisa, para não comprometer o estudo.

A análise que ora se propõe respalda-se na Análise de Conteúdo (AC) aqui considerada no sentido atribuído por Bardin (2011, p. 44) como:

[...] um conjunto de técnicas de análises de comunicações, que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens [...] A intenção da análise de conteúdo é a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção (ou, eventualmente, de recepção), inferência esta que recorre a indicadores (quantitativos, ou não).

Como esclarece Franco (2008, p. 12): “O ponto de partida da Análise de Conteúdo é a mensagem, seja ela verbal (oral ou escrita), gestual, silenciosa, figurativa, documental ou diretamente provocada”. Neste tipo de análise, o pesquisador assume uma concepção crítica e dinâmica da linguagem que expressa um significado e um sentido.

Portanto, o que está escrito é o ponto de partida para a identificação do conteúdo manifesto (explicito ou latente) e a inferência, o procedimento que vai permitir a passagem, explícita e controlada, da descrição à interpretação, através de um processo de comparação de dados (obtidos mediante os discursos e símbolos) com os pressupostos teóricos.

Bardin (2011, p. 44) ao tratar da inferência2 explica que esta significa: “deduzir de maneira lógica conhecimentos sobre o emissor da mensagem ou sobre o seu meio”.

2 Inferência: é a operação lógica, pela qual se admite uma proposição em virtude da sua ligação com outras proposições já

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Isto significa que este método de análise é balizado por duas fronteiras: a linguística tradicional e a hermenêutica (interpretação do sentido das palavras).

Posto isto, passamos a explicitar as fases da Análise de Conteúdo - AC (BARDIN, 2011) a fim de apresentarmos seus componentes básicos. A primeira delas é denominada de fase de pré-exploração do material ou leituras flutuantes.

Na leitura flutuante, toma-se contato com os documentos a serem analisados, conhece-se o contexto e deixa-conhece-se fluir impressões e orientações (BARDIN, 2011). Sendo assim, são empreendidas várias leituras, sem, no entanto, que se tenha a preocupação ou o compromisso de fazer sistematizações, mas sim apreender de forma global as ideias principais e seus significados gerais.

A segunda fase é denominada de seleção das unidades de análise (ou unidades de significado). Frequentemente as unidades de análise incluem palavras, sentenças, parágrafos, livros, entre outros.

Na AC (BARDIN, 2011) as unidades de análise subdividem-se em unidades de registro e unidades de contexto. A unidade de registro é definida por Bardin (2011, p. 134) como: “[...] unidade de significação codificada e corresponde ao segmento de conteúdo a considerar como unidade de base, visando a categorização e a contagem frequencial”.

A unidade de contexto pode ser considerada o pano de fundo que imprime significado às unidades de análise. Esta unidade “deve ser considerada e tratada como a unidade básica para a compreensão da codificação da unidade de registro” (FRANCO, 2008, p. 47).

Dentre as várias opções de recorte das unidades de análise: a palavra, o tema, o personagem, ou o item, optamos por assumir o tema, pois ele é considerado por Berelson apud Bardin (2011, p. 135) como: “uma afirmação acerca de um assunto. Quer dizer, uma frase, ou uma frase composta, habitualmente um resumo ou uma frase condensada, por influência da qual pode ser afetado um vasto conjunto de formulações singulares”.

No entendimento de Bardin (2011, p. 135), “fazer uma análise temática consiste em descobrir os ‘núcleos de sentido’ que compõe a comunicação e cuja presença, ou frequência de aparição, podem significar alguma coisa para o objetivo analítico escolhido”.

A terceira fase trata do processo de categorização e subcategorização, definido por Bardin (2011, p. 147) como sendo: “uma operação de classificação de elementos constitutivos de um conjunto, por diferenciação e, em seguida, por reagrupamento segundo o gênero (analogia), com os critérios previamente definidos”.

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Sendo assim, essas categorias devem ser agrupadas segundo um grau de intimidade ou proximidade, respeitando um critério semântico, para que através da análise apresentem significado. Nesse estudo, optamos por utilizar categorias não apriorísticas, ou seja, não definimos de antemão quais seriam as categorias de análise, mas sim, por determiná-las após o exame do corpus documental, fazendo com que estas categorias emergissem totalmente do contexto.

De acordo com Bardin (2011, p. 149 - 150) os principais critérios para a criação de categorias são:

A exclusão mútua: esta condição estipula que cada elemento não pode existir em mais de uma divisão. A homogeneidade: o princípio da exclusão mútua depende da homogeneidade das categorias. Um único princípio de classificação deve orientar sua organização [...] A pertinência: uma categoria é considerada pertinente quando está adaptada ao material de análise escolhido, e quando pertence ao quadro teórico definido [...] A objetividade e a fidelidade [...] As diferentes partes de um mesmo material, ao qual se aplica a mesma grade categorial, devem ser codificadas da mesma maneira, mesmo quando submetidas a várias análises [...]. A produtividade: um conjunto de categorias é produtivo se fornece resultados férteis: em índices de inferências, em hipóteses novas e em dados exatos.

Obedecendo aos critérios estabelecidos por Bardin (2011), destacamos duas categorias temáticas: o processo de formação e uma experiência marcante.

Conjuntamente com a formação de categorias e subcategorias, estabelecemos um processo de codificação para que as unidades de análise não fossem perdidas na diversidade do material.

A codificação é tratada por Bardin (2011, p. 133) como uma transformação:

[...] efetuada segundo regras precisas – dos dados em bruto do texto, transformação esta que, por recorte, agregação e enumeração, permite atingir uma representação do conteúdo, ou da sua expressão; suscetível de esclarecer o analista acerca das características do texto, que podem servir de índices [...].

Diante das proposições de Bardin (2011), a formação de categorias foi estabelecida a partir dos questionários obtidos.

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3 INSTRUMENTO

O instrumento utilizado foi o questionário. Segundo Parasuraman (1991), é um conjunto de questões que possui o intuito de gerar dados para atingirem os objetivos estabelecidos no projeto. Em continuidade, Marconi e Lakatos (2003, p. 201) definem o questionário como “um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador”.

A opção em utilizar o questionário baseou-se, em especial, no seguinte fator: conceder uma maior liberdade para responderem as questões, utilizando um momento que julgassem mais conveniente e que apresentasse menor pressão.

Em relação as perguntas estabelecidas no questionário, de acordo com Günther (2003), deve apresentar uma sequência lógica. Sendo assim, fazer com que o questionado não esqueça nenhum detalhe sobre o assunto abordado. Além disto, a posição das perguntas no questionário é algo importante, pois se for mal formulado pode ocasionar em informações equivocadas e causar erros na pesquisa.

Para obter-se um questionário sucinto com respostas dissertativas de forma detalhada, foram realizadas duas questões consideradas abertas, pois, desta forma, o questionado possuía a liberdade de expressar sua opinião sobre as seguintes perguntas: Qual a importância do PIBID no seu processo de formação? Cite um momento (ou mais) marcante (s) no PIBID.

As duas perguntas foram aplicadas a 10 acadêmicos do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), que atuam em dois Colégios da rede estadual de ensino no município de Ponta Grossa - PR no ano de 2019.

4 RESULTADOS

Os questionários apresentaram duas questões centrais: Para efeitos didáticos, em um primeiro momento apresentaremos apenas as respostas da primeira questão: Qual a importância do PIBID no seu processo de formação? Daremos destaque para a categoria utilizada: o processo de formação.

Todos os acadêmicos foram unânimes em destacar a importância do PIBID para sua formação. Vejamos algumas passagens em que este pensamento é explícito:

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E2 -Acredito que o PIBID é um Programa muito bom para o desenvolvimento do acadêmico para sua futura vida profissional. Para mim, poder estar em contato com a realidade da sala de aula logo no primeiro ano de curso é muito importante, pois me ajudou a perceber como realmente serão as coisas, e analisar se é isso que eu quero mesmo. Além disso, acredito que terei mais experiência que estou adquirindo nesse momento.

E8 - Adquirir experiência no âmbito escolar, passando por diferentes turmas e diferentes anos, podendo sentir as dificuldades da qual são encontradas nas escolas públicas e as necessidades motoras que os diferentes alunos apresentam. Podendo adquirir um melhor controle dentro de sala, colocando em prática o que é visto na faculdade dentro de sala de aula, os diferentes níveis maturacionais, as metodologias que melhor se encaixam a cada turma.

E10 - O PIBID em meu processo de formação, está sendo fundamental, principalmente para adquirir experiências que serão necessárias após me formar, e ainda mais para lapidar meus conhecimentos que os professores ensinam na Universidade colocando eles em prática e sempre buscando dar o meu melhor, tentando sempre mesclar à teoria com prática, utilizando de métodos distintos para além de ensinar, sempre continuar aprendendo para que com isso eu possa estar melhorando para ser um bom profissional futuramente e o PIBID auxilia grandemente neste processo de formação.

Como é possível verificar, o PIBID tem se consolidado como um programa fundamental, pois proporciona um amplo contato com a realidade escolar, bem como a possibilidade de estabelecer relações entre teoria e prática desde o início da formação acadêmica. Obara e Broietti (2017) demonstram a relevância do programa para a construção da identidade docente.

A questão dois tratava do seguinte tema: 2- Cite um momento (ou mais) marcante no PIBID, como categoria de análise, utilizou-se uma experiência marcante; Vejamos algumas respostas:

E8 - 2- Quando um determinado aluno sem laudo clínico mas do qual aparenta características de "multismo", isolamento social, não conversa, não interage e não participava das aulas práticas, o qual no período que teve a participação dos estagiários do PIBID em sua turma, começou a participar de algumas aulas práticas, interagindo um pouco mais, mesmo havendo um processo para que isso ocorresse. Após a saída dos pibidianos da sua turma, podemos notar novamente um afastamento

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social, voltando a não praticar as aulas práticas, havendo um regresso ao estágio de quando nós chegamos.

E9 - 2.O momento mais marcante do PIBID no período que estou atuando, foi em uma aula prática de fundamentação do basquete, que os alunos deviam efetuar a bandeja. Um aluno da turma é deficiente, paralisia cerebral, e mesmo com suas limitações físicas ele efetuava a prática. E mesmo os movimentos sendo limitados, na maioria das vezes acertava as cestas. Os acertos eram acompanhados de comemorações muito espontâneas. A turma, no geral, incluía o aluno na prática pois faziam questão de torcer assim que ele fosse arremessar, pegavam a bola a entregavam para repetir o arremesso caso erasse. Portanto, esse momento ficou marcado por presenciar de perto um exemplo de enfrentamento à segregação social vivida cotidianamente pelos deficientes em nosso país, fato este, durante a aula de Educação Física.

A categoria utilizada, uma experiência marcante, retoma um aspecto fundamental do processo educacional, a inclusão. A participação dos pibidianos, tem estimulado a participação dos alunos, motivado os profissionais e, sem dúvida criado uma ambiente favorável para o processo de ensino-aprendizagem

5 CONCLUSÃO

O objetivo deste estudo foi verificar e analisar a importância do PIBID no processo de formação dos acadêmicos de Licenciatura em Educação Física da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) que atuam em dois colégios da rede estadual de ensino no ano de 2019. Como pode-se constatar, através dos questionários aplicados, o PIBID tem se consolidado como um programa fundamental para a formação de docentes. Os relatos são enfáticos ao afirmarem que a partir da participação no programa, puderam conhecer a realidade escolar mais de perto e, ainda, estabelecer melhores relações entre a teoria e a prática.

Também tem destaque especial as experiências relatadas, que apontam na direção de maior participação dos alunos nas aulas práticas de Educação Física e também na criação de um ambiente de aprendizagem mais inclusivo.

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REFERÊNCIAS

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Referências

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