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CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO DA ADUBAÇÃO DOS CANAVIAIS PAULISTAS

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Academic year: 2019

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CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO DA ADUBAÇÃO

DOS CANAVIAIS PAULISTAS

(2)

554 B R A G A N T I A V O L . I V

cuales está sometida." "En los países tropicales, cuando se cuenta con agua de riego a discreción (o lluvias abundantes, y uniformemente distribuídas), disponiendo adernas de mucho calor y luz solar, el cultivo responde noblemente a la aplicación de abonos ; pero si tales elementos escasean, su desarrollo queda afectado al no poder aprovechar debida-mente los abonos que podrian aplicar-se."

Mas, não basta simplesmente espalharem-se pelo terreno os adubos fosfatados, potássicos ou nitrogenados ; devem eles ser aplicados economi-camente.

Qual será o critério a ser seguido para a escolha da fórmula conve. niente de adubação ?

Não se conhece ainda o processo analítico, de laboratório, capaz de nos esclarecer fácil e completamente a questão. Eckart ( 3 ) referiu-se

da maneira seguinte, ao mencionar aquela dificuldade, também por ele encontrada : " . . . the multiplicity of known factors controlling the growth of cane . . . makes the subject extremely complex." "If we . . , consider that a host of unknown factors . . . etc., e t c . " De modo que se tem, ainda como procedimento mais conveniente para se conhecerem as deficiências de um solo em determinados elementos fertilizantes, a análise do mesmo pela própria planta. Assim, esta Secção de Cana de Açúcar adotou, desde início, o plano de instalar ensaios de adubação, por todo o Estado, tantos quantos sejam precisos para, depois do exame estatístico, se ter um controle das necessidades das terras paulistas, relativamente à adubação dos canaviais ali plantados.

Em relatórios, ainda não publicados, do sr. J. M. Aguirre Júnior (4, 5, 6, 7, 8, 9, 10), que foi o responsável pela chefia da Secção de Cana de Açúcar até o fim de 1 9 4 1 , acham-se descritos resultados de ensaios de adubação de cana de açúcar, entre os quais se 'contam os de número 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 11, 12.

O quadro I contém as caraterísticas próprias dos ensaios acima enumerados, enquanto o quadro II contém os rendimentos obtidos de cada um, expressos em toneladas de açúcar provável de 96°, por quartel.

O quadro III contém, resumidamente, as conclusões a que chegou J. M. Aguirre Júnior (10), com relação aos efeitos dos vários tratamentos a que submeteu os canteiros das experiências.

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(8)

560 B R A G A N T I A

LZNSÀ/O DE JDUÕÀCÀÒ A/f 3

£NSÀ/Q Df ÀDUÕÀÇJÒ AK-f

roA/

(9)

1 9 4 4 B R A G A N T I A 5 6 1

£AfS/l/0 DE ÀDÜÕ/4ÇÀO N°5

(10)

562 V O L . I V

A'P,r pt<

ror*

7 g

-7

.4 \

7.C- 6S- 66- 6.4-6 Z~ 60->'f-\ 5.6

£A/S4/0 Df jfOUõJCÂO A/f7

(11)

B R A G A N T I A

£A/5/1/0 D£ ÀDU34C/ÍO ATÕ

roAl. *

£NSJ/0 0£ ÀD03JC40 A/f/O

(12)

A-^64 B R A G A N T I A

(13)
(14)

B R A G A N T I A V O L . I V

CALCÁREO

Teodureto de Camargo e R. Bolliger (11) concluem, das suas

experi-ências feitas em vasos, que "a produção de açúcar nos vasos que rece-beram cálcio é bastante maior, mesmo quando a produção de cana é menor."

Eis alguns resultados obtidos por estes autores, apresentados de modo sumário :

Q U A D R O I V

SACAROSE % PUREZA %

c/cal cαreo s/calcαreo | c/calcαreo s/calcαreo

Testemunha 16,37 15,98 9 0 , 1 3 8 9 , 9 0 Sem N 16,13 14,94 8 9 , 6 2 82,51 Sem P 15,93 13,97 90,11 8 6 , 1 9 N8 Ps Ka 14,46 13,59 8 9 , 5 8 8 9 , 5 6

Ni Po Kj 16,84 15,16 8 9 , 2 0 8 6 , 5 8 Ni Pi Ki 16,86 15,21 88,84 89,51 N2 Pi Kj 15,79 12,91 9 0 , 2 4 9 0 , 2 2

Ni Pi K2 16,56 15,20 8 7 , 5 6 86,51

Como se vê, a percentagem de sacarose aqui foi sempre maior nos vasos com calcáreo; a pureza foi maior nos vasos idênticos, com uma exceção, não convincente, em apenas um vaso.

Comparemos os efeitos da aplicação de calcáreo, em seis dos ensaies feites pela Secção de Cana de Açúcar, localizados em tipes diferentes de terras, onde se aplicaram 5.000 Kg de corretivo por hectare, e que se resumem no quadro V.

Os gráficos às páginas 5 6 8 a 5 7 2 servem para realçar as maneiras desiguais de comportamento de calcáreo, em vista da cultura da cana de açúcar e das adubações diferentes, nas condições experimentadas (em toneladas de açúcar provável, de 96°, por quartel).

(15)
(16)

entre-5 6 8 B R A G A N T I A V O L . I V

(17)

1944. B R A G A N T I A 569

raN

/4.0Li

(18)

B R A G A N T I A V O L . I V

(19)

B R A G A N T I A

EA/SJ/O DE ÀDU3ÀCÀO tf*õ

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1 p. 4

?M MP

E/VSÀ/O DEÀDÜ3ÀCJO /V°/0

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I

I

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(20)

572 B R A G A N T H V O L . I V

(21)

1944 B R A G A N T I A 5 7 3

tanto, nos canteiros experimentais, onde houve uma diversidade de comportamentos para o corretivo calcáreo, talvez devido à sua dosagem, à maneira de ser aplicado ou a outros fatores não esclarecidos.

Infelizmente, não encontramos dados de análise físico-química das terras, onde se localizaram os ensaios aqui referidos, que permitissem estabelecer possíveis correlações entre aqueles e as reações devidas à incorporação de elementos fertilizantes ao solo.

ENSAIO DE ADUBAΗΓO N.° 16

Quando assumimos a direção dos trabalhos da Secção de Cana de Açúcar, em 1942, encontramos instalado o ensaio de adubação n.°'

16, que não havia ainda sofrido nenhum corte ou colheita, e cujas carate-rísticas se resumem no seguinte, de acordo com a descrição deixada, pela chefia anterior da S e c ç ã o :

L o c a l i d a d e : Igarapava (Usinas Junqueira)

T e r r a : Sílico-argilosa, vermelha seca ; arada e sulcada, com.

trator, a 3 0 cm de profundidade.

F σ r m u l a s :

N.o 1 Ni P i K i

„ 2 No P i K i

„ 3 Ni P0 Ko

„ 4 Ni Po Ki

„ 5 No P i K0

„ 6 Nx P ! Ko

„ 7 No Po K i

„ 8 No Po Ko

Doses :

N — 6 0 Kg/hectare, na forma de sulfato de

amónio-P2 05 — 120 ,, ,, ,, superfosfato

K20 — 9 0 ,, ,, ,, cloreto de potássio

A r r a n j a m e n t o : 6 blocos randomizados compactos. D i m e n s υ e s d o s c a n t e i r o s : 1 0 x 1 0 m = 100 m.2

D i s t β n c i a s : Entre as linhas -— 1,428 m ( 7 linhas = 1 0 m), de

centro a centro de tolete de 2 gemas — 5 0 cm (20 toletes = 10 m).

(22)

5 7 4 B R A G A N T I A V O L . I V

A p l i c a η γ o dos a d u b o s : Feita por ocasião do plantio, no fundo

dos sulcos, antes de sa depositarem ali os toletes.

V a r i e d a d e s : Co. 2 9 0 .

D a t a do p l a n t i o : 13-3-1941.

PRIMEIRO CORTE

As canas dos canteiros deste ensaio foram cortadas e pesadas, pela primeira vez, nos dias 2 5 e 2 6 de junho de 1942, tendo-se procedido, concomitantemente, à análise química do seu caldo. Os resultados obtidos foram os que figuram no quadro VI.

A análise estatística dos resultados (açúcar provável) nos revelou serem estes bastante significativos, como se vê na página 5 7 8 .

SEGUNDO CORTE

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(26)

]$ Fv A G A X T T A V O L . I V

DISPOSIΗΓO DOS CANTEIROS, COM A QUANTIDADE DE AΗ٠CAR PROVÁVEL, EM TONELADAS POR QUARTEL

7,0 7,9 6,0 4,4

b.U 3.9 6,9 3,6

4 6

3,7 3,6 6.0 o, o

• ,4 o,: 8,

6,1 o, o

a 5,7 o.u 3,3

6,1 6,8 4,6

8,8 6,6 2,8 7,8 5,6

MEDIA DOS TRATAMENTOS

3 4 j o Média Erro geral ; Standard

j 7,6 I 7,9 ' 3,9

j

I 125 ! 130 ! 64

6,2 . 6,4 s 7,0 • 5,5 | 4,4 6,1 0,2o";

102 105 115 90 ' 72 : 100 4,2

Para P = 1% n = 35

(27)

1044 B R. A O A X T í A

FA/ÕA/O DE ADUBAÇÃO

/Ηrιjf/CO cfβS procfuητes c/e cana (/on e/a t/as for juar/e/)

%

/ — NtPt /26

2 - K

t /20

J - ".Po «o 65

4 —

«,

/os

5 - Kp

K

/03

6 — NtPt «o //6

7

o o

x,

67

σ — A/ £> O 0

«o 7/

/scjA /'5 /O *nrn = 5 loi

27' (jirιftco dasyuan/idbdes efe aη٥carprovΰve/ (fone/s Jas por juar/ν/j

TWVAMENTO

/ —

2

-3 —

4 —

5- 0 / o

6 ~ I / O

7 — 6 —

(28)
(29)
(30)
(31)

1944

Aqui estão os resultado.", da

obtidos DO 2." corte : estatística dos rer.dirn

DISPOSIΗΓO DOS CANTEIROS E SUAS PRODUΗΥES, EM TONELADAS ?CR QUARTEL (AΗ٠CAR PROVÁVEL)

1,9 1,0 0,8 0,8 r , o

0,5 0,6 1.4 0.1 1,4

0, 0,2 1,0 0,6 0,7 o,: 0,3 4 0,7 2,4 1,4 1,2 1 7 2,0 8 0,3 i,: 1,4 0,4 0,8 1,0 0,3 0,7 % 6 0,5 0,5 8 0,6 0,2 1,0 1,4

M E D I A S DOS TRATAMENTOS

7 1,0

0,7

8

146 2 0 2

Kg/quartel . 8.833 12.221

* 3 0,; 0,2 Média Erro geral -Standard 3 6 2.178

1 1 3 ; 95 11o 95 6 8 ! 109 19,54

6.836 i 5.747 : 6.957 i 5.747 4,114 - 6.594 1182.OS

134 i 185 33 104 : 87 106 i 87 62 ; 100

Diferença mínima Para P = 1% n = 35

(32)
(33)
(34)
(35)

1 9 4 1

Anab' so, estatística men te, os ei ei tos tolais dos diversos trata-mentos, relaLi vãmente ao aguçar provável de 96", nos dois anos da -xperiéncia, encontraremos o seguinte ;

QUANTIDADES TOTAIS DE AΗ٠CAR PROVÁVEL, 9 6 "

(Toneladas por q u a r t e l )

AN<

T R A T A M E N T O S

1942 1943 Soma. 7,6 1,0 8,6 7,9 1,5 9,4 3,9 0,3 4,2 6,2 6,4

0,7 I 0,7

6,9 7,1 7,0 0,9 ••V 7,9 0,7 6,2 4,4 0,5 4.9

Para P = 1 % n = 70

Diferença mínima 0,S4

A a: alise fator ia i c o., ciados reíere produções totais e m açu provável de S 6 " c on i irmã os resultados que iíticos anteriores, corno vi- pelo quadro VIII, orqaviizacio segur.do i'ates.

Q U A D R O V I I I

TRATA-MENTO

. Produção

to-: tal de 2 anos

j Ton./'quartel

1 1 2 3 ; E i ce:to tot

T 4,9 9,1 22,2 55,2 T

N 4,2 13,1 ; 33,0 + 0,0 N

K 6,2 15,0 ; 0,0 + 7,0 K

N K 6,9 18,0 : 0,0 , — 0,2 N K

P 7,1 0,7 ! 4- 4,0 +

10

,8

P

N P 7,9 + 0,7 + 3,0 0,0 N P

P K 9,4 -í- 0,8 -f 1,4 — 1,0 P K

(36)
(37)
(38)

L I T E R A T U R A CITADA

1. M a r t i n , F . La Canne a Sucre, 1935. 2. C r o s s , W. E . La Cana de Azúcar, 1939.

3. E c k a r t , C. F . The Action of Soluble Fertilizers on Cane Soils, 1909.

4. A g u i r r e J ٥ n i o r , J . M . Relatório da Est. Exp. de Piracicaba e Secção de Cana

de Açúcar, 1937.

5. A g u i r r e J ٥ n i o r , J . M. Relatório da Est. Exp. de Cana de Piracicaba, 1938.

6. A g u i r r e J ٥ n i o r , J . M . Relatório da Secção de Cana -— Período de abril de 1938 a dezembro de 1939.

7. A g u i r r e J ٥ n i o r , J . M. Relatório da Est. Exp. de Piracicaba, 1939.

8. A g u i r r e , J ٥ n i o r , J . M. Relatório da Secção de Cana de Açúcar e da Est. Exp. de Piracicaba, 1939.

9. A g u i r r e J ٥ n i o r , J . M . Relatório da Secção de Cana de Açúcar, 1940. 10. A g u i r r e J ٥ n i o r , J . M . Relatório da Secção de Cana de Açúcar, 1941. 11. C a m a r g o , T . e R. Bolliger. Influência do pH do solo sτbre a percentagem de

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