• Nenhum resultado encontrado

COMPARATIVO DA MORTALIDADE EMPRESARIAL NOS ÂMBITOS MUNICIPAL, ESTADUAL E NACIONAL

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "COMPARATIVO DA MORTALIDADE EMPRESARIAL NOS ÂMBITOS MUNICIPAL, ESTADUAL E NACIONAL"

Copied!
31
0
0

Texto

(1)

International Scientific Journal – ISSN: 1679-9844 Nº 1, volume 13, article nº 4, January/March 2018 D.O.I: http://dx.doi.org/10.6020/1679-9844/v13n1a4

Accepted: 05/11/2017 Published: 10/03/2018

MORTALITY COMPARATIVE BUSINESS AREAS IN MUNICIPAL,

PROVINCIAL AND NATIONAL

COMPARATIVO DA MORTALIDADE EMPRESARIAL NOS ÂMBITOS

MUNICIPAL, ESTADUAL E NACIONAL

Gilmar Antônio Vedana1

1Mestrado em Gestão e Desenvolvimento Regional pela Universidade Estadual do Oeste do

Paraná, Brasil

gilmarvedana@hotmail.com

Resumo: O mercado globalizado exige um grande esforço por parte das

organizações, visando sua sobrevivência e competitividade. O sonho de obter sucesso em um empreendimento trilha um caminho repleto de obstáculos e desafios oriundos de ambientes internos e externos, colocando em risco a permanência da atividade empresarial. O objetivo deste estudo é comparar os índices de mortalidade empresarial nos âmbitos municipal, estadual e nacional. A pesquisa utilizou informações coletadas através da Junta Comercial de cada estado. Para os comparativos utilizou-se informações do município de Ampére, localizado no Sudoeste do Paraná, comparando-os com os índices do estado do Paraná e do Brasil. Utilizou-se uma abordagem qualitativa para a pesquisa. No referencial teórico procura-se abordar sobre mortalidade empresarial, relatando os estudos sobre o tema no mundo e no Brasil, além de tratar sobre os fatores que causam a mortalidade e sobre o ciclo de vida das organizações. Mediante o referencial teórico nota-se que não há um fator que isoladamente provoque a extinção de uma empresa, o fenômeno ocorre por uma combinação de fatores. Através da pesquisa foi possível perceber que o município de Ampére possui o melhor índice de mortalidade empresarial em comparação aos índices estadual e nacional, já o índice estadual é o pior entre as três esferas públicas, sendo o 9° estado brasileiro com pior índice. Constatou-se que nas três esferas públicas o ano de 2014 foi o que contribuiu significativamente para a piora dos índices de mortalidade, reflexos da crise

(2)

econômica nacional vivenciada. O ano de 2014 também foi o ano que menos nascimentos de empresas ocorreram nos últimos cinco anos, possivelmente como causa da insegurança perante a instabilidade econômica do país.

Palavras-chave: Mortalidade Empresarial. Fatores. Comparativo.

Abstract: The global market requires a major effort by the organizations for their survival and competitiveness. The dream to succeed in an enterprise track a path full of obstacles and challenges arising from internal and external environments, endangering the permanence of business activity. The aim of this study is to compare the corporate mortality rates in the municipal, state and national levels. The research used information collected by the Board of Trade of each state. For comparison we used Ampere municipality's information, located in southwestern Paraná, comparing them with the contents of the state of Paraná and Brazil. We used a qualitative approach to research. The theoretical framework seeks to address on corporate mortality, reporting the studies on the subject in the world and in Brazil, in addition to treating the factors that cause mortality and the life cycle of organizations. Through the theoretical framework is noticed that there is a factor that alone cause the extinction of a company, the phenomenon occurs by a combination of factors. Through research it was revealed that the municipality of Ampere has the best business mortality rate compared to state and national levels, since the state index is the worst among the three public spheres, and the 9th Brazilian state with the worst record. It was found that the three public spheres the year 2014 was the one that contributed significantly to the worsening of mortality rates, reflections of experienced national economic crisis. The year 2014 was also the year that fewer births companies occurred in the past five years, possibly as a cause of insecurity before the economic instability of the country.

Keywords: Corporate Mortality. Factors. Comparative.

1. INTRODUÇÃO

As empresas nascem com a intenção de obter sucesso, mas que muitas vezes não é correspondido. Os empresários apostam seus recursos em empreendimentos que na sua visão são lucrativos e atrativos, mas dependendo das variáveis que

(3)

interferem no mercado e as estratégias adotadas pelas organizações esse objetivo pode ou não ser atingido, transformando sonhos em realidade ou em pesadelos.

A atenção de estudiosos foi despertada pela análise da mortalidade de empresas em virtude dos impactos causados na sociedade, envolvendo o mercado de trabalho e a economia produtiva do país. Assim como ocorre a expectativa de criação de empregos e impacto positivo econômico quando surge uma nova empresa, ocorre o inverso quando uma empresa fecha suas portas.

Existem inúmeras variáveis que podem contribuir com a causa mortis de uma empresa. Estudos realizados pelo Sebrae (2014) apontam os três principais motivos de fechamento de empresas: planejamento prévio; gestão empresarial; e o comportamento empreendedor. Esses três fatores combinados determinam o sucesso ou o fracasso de uma organização, só depende de como são tratados na tomada de decisão no dia a dia empresarial.

O fracasso de uma empresa situada em um município de pequeno porte pode ser mais impactante que o fracasso numa cidade de grande porte, onde as oportunidades de negócio e o acesso à informação e tecnologia possuem uma amplitude maior.

Neste sentido, o estudo respondeu a seguinte questão: A mortalidade empresarial no município de Ampére-PR acompanha os índices estadual e nacional? O objetivo deste estudo foi comparar os índices de mortalidade empresarial nos âmbitos municipal, estadual e nacional.

O artigo está estruturado com esta introdução, na sequência a Seção 2 apresenta o embasamento teórico contendo as contribuições de autores renomados acerca do assunto, expondo detalhadamente sobre a mortalidade de empresas, os fatores que determinam a mortalidade empresarial e o ciclo de vida das organizações. Na Seção 3 descreve-se a metodologia utilizada para o estudo. Na Seção 4 encontram-se os resultados e análise e em seguida apresentam-se algumas conclusões e as referências bibliográficas utilizadas.

(4)

2.1 MORTALIDADE EMPRESARIAL

Ao abrir uma empresa o empresário precisa estar disposto a enfrentar desafios, altos riscos e imputar espírito inovador constante para driblar as dificuldades inerentes ao negócio. A capacidade de assumir riscos vem do espírito empreendedor. (BARON; SHANE, 2007; ACS, 2008; ZWAN; VERHEUL; THURIK, 2011).

O Brasil é conhecido como um país de empreendedores e espírito inovador. Mas na visão de Ferreira, et al (2008) há um fato que impede um maior crescimento de empreendimentos, os altos índices de mortalidade precoce de empresas.

Segundo estudos do Sebrae (2014), 31% das empresas brasileiras que iniciam as atividades não ultrapassam o primeiro ano de vida e 60% não ultrapassam 5 anos.

Através de uma pesquisa, Alvarenga (2012), concluiu que não existe um fator isolado e que determine a mortalidade precoce das empresas, mas sim, fatores que combinados entre si culminam na falência. Esses fatores estão, na sua maioria, ligados à maneira de gerenciar a organização. Estes fatores serão estudados em um capítulo específico mais adiante.

“Um número expressivo de empresários vem lutando contra um inimigo comum, a falência.” (XAVIER, et al, 2009, p. 62). O grande desafio dos empresários é prever e ultrapassar os riscos impostos pelo sistema vigente e detectar os obstáculos que afligem um empreendimento, mantendo-se vivos em um mercado altamente competitivo e globalizado. Os autores ainda acrescentam: “É comum no Brasil uma cultura empresarial estruturada nas conveniências. Não é pequeno o número de pessoas que decide fundar uma organização pelo fato de ter algum dinheiro disponível e uma idéia que na sua convicção é a melhor.” (XAVIER, et al, 2009, p. 63).

Neste mesmo sentido, Borges e Oliveira (2014) apontam que o cenário econômico em que as empresas brasileiras estão inseridas mostra-se bastante turbulento, complexo e competitivo, tornando a atividade do empreendedor um desafio, sendo necessário unir habilidades e estratégias para manter seus empreendimentos em funcionamento e ativas no mercado.

(5)

O fenômeno da mortalidade de empresas vem sendo motivo de análise por meio de diferentes dimensões e perspectivas teóricas. Na literatura encontram-se correntes teóricas que fazem uso de conceitos de ciclo de vida das organizações e análise dos sintomas de patologias organizacionais na tentativa de melhor compreensão do referido fenômeno. (XAVIER, et al, 2009, p. 63).

Corroborando com o tema, os autores argumentam que a mortalidade de empresas gera uma série de conseqüências que afetam, além dos próprios investidores, os trabalhadores e a região onde está inserida, afetando a geração de renda.

Albuquerque (2013) em sua tese de doutorado comenta que as pesquisas sobre mortalidade empresarial não contemplam as características típicas das empresas levando em consideração o seu porte e o estágio do ciclo de vida em que a organização encontra-se no momento do encerramento das atividades.

Nos estudos de Mahamid (2012) destaca que a política econômica nacional se possuir ações negativas, ou seja, má gestão do governo, dificulta a sobrevivência e a permanência de empresas no mercado. O mesmo resultado foi encontrado nos estudos de Kivrak e Arslan (2008) afirmando que as condições macroeconômicas de uma nação e as atitudes de governo nesse âmbito influenciam no fracasso de qualquer empreendimento.

2.1.1 Estudos Sobre a Mortalidade de Empresas no Mundo

Há algum tempo o tema mortalidade empresarial vem merecendo estudos em virtude de seu impacto no meio econômico e social. Davis (1939) iniciou um estudo mais aprofundado utilizando dados da empresa Dun & Bradstreet. Neste estudo ele apontou que em algumas cidades dos Estados Unidos a mortalidade de pequenas empresas chegou a 77,6% no final do terceiro ano de existência. Os principais fatores da mortalidade detectados foram: falta de mão de obra especializada; falta de infra-estrutura; instabilidade econômica e política; e a mudança volátil da demanda da clientela.

Edmister (1972) com a utilização de ferramentas estatísticas e financeiras avançadas buscou predizer com cinco anos de antecedência a falência de pequenas

(6)

empresas. O autor realizou estudos e concluiu que a má gestão financeira contribui significativa e decisivamente para a falência de empresas.

Alguns anos depois, Cochran (1981) revolucionou os conceitos e métodos de análise a respeito da mortalidade empresarial, pesquisando, analisando e revisando de forma crítica e minuciosa o que existia no meio literário sobre o tema. O autor levantou questionamentos em relação aos conceitos, definições e métodos utilizados nos estudos e concluiu que existem ao menos cinco conceitos diferentes de falência, demonstrando que não havia uniformidade do conceito e que isso poderia gerar falhas na coleta de dados, pondo em cheque os estudos até então realizados.

FIGURA 1 - Definições de Falência

D

Fonte: Cochran, 1981

Com esta figura o autor ilustra o conceito de falência, representando o universo de empresas:

A - Falência Formal: Empresas que formalizaram o encerramento das atividades

junto aos órgãos oficiais;

B - Encerramento das atividades com dívidas a credores sem baixa formal;

C - Encerramento das atividades para evitar perdas e dívidas sem baixa formal; A

B C

D E

(7)

D - Empresas vendidas ou transformadas em outras atividades;

E - Descontinuidade da empresa por qualquer outra razão.

Na opinião do autor, dependendo o conceito que se tome por base, pode ocorrer distorção nos resultados da pesquisa e torná-los pouco confiáveis. Mesmo assim, em suas pesquisas ele aponta dois principais fatores causadores da falência de empresas: falta de competência gerencial e de experiência no ramo de atuação do negócio.

Holmes e Haswell (1989) confirmaram em seus estudos que os dois fatores citados por Cochran são determinantes para a mortalidade empresarial de empresas australianas.

Barrow (1993) fez um estudo com empresas britânicas e detectou os motivos do encerramento das atividades conforme relação abaixo:

O Small Business Administration - SBA (1998) realizou estudo com empresas americanas e relacionou as principais causas da mortalidade de empresas, sendo que duas delas são as apontadas por Cochran (1981) e Holmes e Haswell (1989). As causas estão demonstradas na tabela abaixo:

(8)

Ordem Causa Porcentagem

01 Incompetência Gerencial 45% 02 Expertise Desbalanceada 20% 03 Inexperiência em Gerenciamento 18% 04 Inexperiência no Ramo 9% 05 Negligência nos Negócios 3%

06 Fraudes 2%

07 Desastres 1%

08 Fatores Desconhecidos 2% Fonte: Adaptado de SBA (1998)

Com o passar do tempo inúmeros estudos espalhados pelo mundo foram realizados sobre o tema mortalidade de empresas e que auxiliam nas análises deste fenômeno. Na tabela a seguir são apresentados os principais estudos que surgiram na década de 90 e seguintes:

Tabela 2 – Estudos Sobre o Tema no Mundo

Ano Autor (es) Resultado

1995 Audretsch Empresas de menor porte são mais propícias a morrer pois carecem de recursos para investimento e desenvolvimento.

1995 Bates O perfil do empreendedor influencia na falência das empresas.

1996 Birley e Niktari Identificaram 4 fatores ligados ao perfil empreendedor e que impacta na falência empresarial: Perfil inflexível, resistente a mudanças e não aceita procurar ajuda externa; Contrata equipe de baixa competência e com baixa experiência no ramo; Falta de Planejamento; Falta de organização das operações da empresa.

(9)

um planejamento formal antes de iniciar as atividades.

1999 Watson e Everett A mortalidade de empresas é maior em mercados que não há barreiras de entrada de novos concorrentes.

2001 Perry O plano de negócios reduz a possibilidade de morte empresarial.

2002 Cleverly Aponta 5 fatores contributivos da mortalidade de empresas: gastos elevados na abertura; variação do nível de competência do empreendedor; falta de dedicação exclusiva; falta de conhecimento de mercado; e falta de foco.

2002 Mager Aponta 4 fatores: Falta de Planejamento Estratégico de Longo Prazo; Falta de Conceitos de Finanças; Baixa qualidade da Mão de Obra; Falta de processo e métodos internos de trabalho (organização).

2002 Riquelme e Watson

Desenvolveram pesquisa na Inglaterra e descobriram os fatores: Falta de experiência da equipe gerencial e da mão de obra; Mercado com baixo potencial de crescimento e alta concorrência; Produto/Serviço sem diferencial competitivo; Produto/Serviço com baixa tecnologia e inovação.

2008 Kivrak e Aslan As condições macroeconômicas de uma nação e as atitudes de governo nesse âmbito influenciam no fracasso de qualquer empreendimento.

2009 Liu Argumenta que os problemas como a carência de estímulos à política de importação, elevadas taxas de juros e altas taxas de tributação são os principais fatores que contribuem para a mortalidade empresarial.

2012 Mahamid Além dos fatores apontados pelos demais autores, apontam a política econômica nacional como dificuldade para a sobrevivência de empresas.

(10)

2.1.2 Estudos Sobre a Mortalidade de Empresas no Brasil

No Brasil não há muitos estudos sobre a mortalidade de empresas, além de não ter base de dados estruturada para a realização de pesquisas. Mas mesmo assim, pode-se destacar alguns estudos no decorrer dos anos:

Azevedo (1992) pesquisou e elencou alguns fatores que contribuem para a falência das empresas: a falta de habilidade administrativa, financeira, mercadológica ou tecnológica do empreendedor, instabilidade econômica e falta de crédito no mercado.

De acordo com Santos e Pereira (1995) os principais fatores encontrados em suas pesquisas são:

Quanto aos aspectos técnicos do empreendedor: − Falta de experiência empresarial anterior;

− Falta de competência gerencial.

Na área mercadológica:

− Desconhecimento do mercado;

− Desconhecimento do produto ou serviço.

Na área técnico-operacional:

− Falta de qualidade nos produtos e serviços;

− Localização errada do imóvel ou do ponto;

− Problemas na relação com os fornecedores;

− Tecnologia de produção obsoleta e ultrapassada.

Na área Financeira:

− Imobilização excessiva do capital em ativos fixos;

(11)

− Falta de controles de custos e de gestão financeira.

Na área Jurídica / Organizacional: − Estrutura organizacional inadequada;

− Falta de Planejamento e Informações Gerenciais;

− Ausência de Inovações Gerenciais.

O Sebrae realizou e continua a realizar vários levantamentos a respeito da mortalidade empresarial do Brasil no correr dos anos. Em 1999 o Sebrae fez uma pesquisa e concluiu que os entraves mais relevantes ao êxito dos negócios no país são: o baixo nível de escolaridade e renda do empreendedor. Em 2005 o Sebrae apontou que 56% das empresas brasileiras encerram suas atividades em até cinco anos de vida, que apesar de ter caído de 71% em 2000, ainda continuava alto em comparação com outros países. Aponta também as principais causas dessa falência: conhecimentos, habilidades do dirigente de MPE pouco ousadas; deficiências no planejamento antes da abertura do negócio; deficiências na gestão, após a abertura do negócio; políticas insuficientes de apoio às empresas (peso dos impostos, burocracia, falta de crédito e de política de compras governamentais); conjuntura econômica deprimida (demanda fraca e concorrência forte) e problemas pessoais (de saúde, problemas com sócios ou problemas na sucessão do gestor da empresa).

Além dos autores já citados há vários outros que desenvolveram estudos sobre o tema no Brasil. Abaixo relacionam-se alguns desses autores e suas descobertas.

Tabela 3 – Estudos Sobre o Tema no Brasil

Ano Autor (es) Resultado

2002 Maximiano Fatores da mortalidade empresarial: falta de planejamento, baixo nível de escolaridade, elevadas cargas tributárias e demora e burocracia na abertura.

(12)

2005 Dornelas Fatores da mortalidade empresarial: falta de planejamento, deficiência na gestão, políticas de apoio insuficientes, conjuntura econômica e fatores pessoais.

2006 Neves e Pessoa Em seus estudos elencaram a falta de planejamento e conhecimento dos clientes como fatores determinantes da mortalidade de empresas.

2006 Pauli e Cruz Estudo sobre a mortalidade de empresas no Paraná. Apontam dificuldade no ponto de saturação do mercado.

2008 Chiavenato Aponta os fatores: inexperiência, vendas insuficientes, despesas excessivas e fatores econômicos.

2008 Ferreira, et al Não há fator específico que possa ser responsabilizado isoladamente pelo encerramento de empresas, os fatores são interligados.

2009 Xavier, et al Os aspectos ambientais e gerenciais impactam fortemente para o fechamento de empresas. 2010 Lombardi Motivos da mortalidade empresarial: falta de

capital de giro, altos tributos, falta de clientes, concorrência.

2012 Alvarenga Não há fator isolado determinante da mortalidade de empresas, a maioria está relacionada à gestão.

2012 Sobreiro, et al A mortalidade de empresas gera problemas de desemprego. Há necessidade de planejamento prévio de mercado, alta concorrência e conhecimento dos controles internos.

2012 Misunaga As empresas fecham as portas em virtude do perfil empreendedor, experiência e planejamento. 2014 Borges e Oliveira Empresários não sabem os motivos de

fechamento de empresas. Além dos motivos apontados pelos outros autores há problemas com marketing, avaliação dos custos e inovação. 2015 Santini, et al Além dos motivos já apontados, citam a

(13)

localização inadequada como fator que auxilia na mortalidade de empresas.

Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

2.1.3 Fatores da Mortalidade de Empresas

A busca pelo descobrimento das causas da mortalidade empresarial merece motivação para os estudos, face à importância deste tema em detrimento ao impacto que a morte de uma empresa causa na economia e, por conseguinte, na sociedade. Neste ponto irão ser destacados alguns estudos que detectaram algumas dessas causas.

As atitudes do governo, política econômica nacional, tributação, juros e falta de estímulos, ou seja, os fatores macroeconômicos são apontados nos estudos internacionais de Kivrak e Aslan (2008); Liu (2009); e Mahamid (2012), como influenciadores no fracasso dos empreendimentos. Esse aspecto também é percebido em estudos brasileiros, além de ser destacada a burocracia, a infra-estrutura, que fazem parte do custo Brasil, como fator determinante para o fechamento de empresas brasileiras, destacado por Azevedo (1992); Sebrae (2005, 2011 e 2013); Maximiano (2002); Dornelas (2005); Chiavenato (2008); Lombardi (2010).

Outro fator que contribui para a falência de empresas e apontado em estudos de diversos autores internacionais está relacionado ao perfil do empreendedor, citado por Barrow (1993); Bates (1995), Berley e Niktari (1996); SBA (1998); Cleverly (2002); e Mahamid (2012). Autores brasileiros também citam esse fator: Azevedo (1992); Santos e Pereira (1995); Maximiano (2002); Chiavenato (2008); Misunaga (2012); Borges e Oliveira (2014) e Santini et al (2015). Este fator compreende a falta de experiência, visão de mercado, escolaridade, desconhecimento do mercado e do produto, resistência à mudanças, competência gerencial, entre outros.

Grande parte desses autores destacam a falta de planejamento prévio como fator contributivo para a mortalidade de empresas. Segundo Sebrae (2013) o plano de negócios é de extrema importância para a sobrevivência das empresas, pois prevê situações de risco do novo empreendimento. Esse planejamento inclui o

(14)

conhecimento dos clientes, fornecedores, controles financeiros, impostos, recursos humanos, capacidade produtiva, estimativa de vendas, investimento inicial, localização da empresa e marketing.

Não há fator isolado que determine a morte de uma empresa, a mortalidade empresarial ocorre por fatores interligados (FERREIRA et al, 2008; ALVARENGA, 2012).

2.1.4 Ciclo de Vida das Organizações

Na literatura há diversas correntes que conceituam o fenômeno da mortalidade de empresas ligado ao Ciclo de Vida das Organizações – CVO, analisando os sintomas de patologias organizacionais para melhor compreensão do CVO (XAVIER, et al, 2009).

Pascotto e Machado (2006) utilizam o conceito de Ciclo de Vida das Organizações como uma maneira de percepção de características e auxiliar na resolução dos problemas das empresas.

Seguindo esse pressuposto Oliveira (2010) traz à luz da literatura comentários de que o CVO influencia na mudança do grau de valorização de determinados posicionamentos, interferindo na tomada de decisões. Neste sentido, Albuquerque (2013) argumenta em seu estudo que a formalização de um processo decisório só acontece à medida que a organização evolui ao longo do tempo.

Um dos estudos mais completos sobre CVO foi realizado por Adizes (2004) e é utilizado por outros estudiosos e empresários. Em seu estudo, definiu os estágios do CVO, onde as organizações nascem e morrem, comparando com organismos vivos. Em cada estágio são apresentados os desafios que o empreendedor enfrenta no desenvolvimento de seu empreendimento. Vejamos na figura abaixo os estágios do CVO:

(15)

Fonte: Autor, 2015.

As dificuldades encontradas pelos empreendedores em seus empreendimentos nos diversos estágios do CVO são tratadas por Adizes (2004):

INFÂNCIA: Um dos desafios encontrado pelo administrador é a necessidade

de dinheiro e de capital de giro, e o outro desafio é o compromisso do fundador, se não obtiver dinheiro e amor pela empresa, esta mesma perecerá. Se o fundador não acompanhar de perto o fluxo de caixa não irá longe, por isso tem que ter comprometimento.

PRÉ-ADOLESCÊNCIA: Neste estágio, o administrador terá o desafio de não

se envolver em empreendimentos nos quais não deveria se envolver, pois o fluxo de caixa neste momento está equilibrado e as vendas aumentaram, portanto existe uma tendência de adquirir novos negócios. O que num dia pode ser uma oportunidade, noutro dia torna-se prejuízo. Outro desafio é a delegação de autoridade, neste estágio não dever ocorrer à descentralização, pois não há sistema de controle.

ADOLESCÊNCIA: Neste estágio, um dos grandes desafios é a mudança de

liderança, do empreendedor ao gerente profissional, não podem existir conflitos entre sócios e administradores, brigas internas é comum devido crise de liderança. Na adolescência, a organização passa a dedicar menos atenção aos clientes

INFÂNCIA PRÉ-ADOLESCÊNCIA ADOLESCÊNCIA PLENITUDE ESTABILIDADE ARISTOCRACIA PRÉ-BUROCRACIA BUROCRACIA MORTE

(16)

externos e prioriza suas necessidades, tendo excesso de reuniões, é um desafio para o administrador disciplinar sua organização.

PLENITUDE: É um desafio manter a empresa neste estágio, onde atinge um

equilíbrio de autocontrole e de flexibilidade, e também é um desafio manter o espírito empreendedor.

ESTABILIDADE: Neste estágio é o início de envelhecimento da empresa, é

um grande desafio do administrador retomar o espírito de criatividade, inovação e incentivo as mudanças.

ARISTOCRACIA: É um grande desafio do administrador, voltar as decisões

essenciais, tem que reaprender a lutar para enfrentar os adversários. A organização tem que identificar qual é o seu negócio e qual é o seu valor para os clientes.

PRÉ-BUROCRACIA: É um grande desafio, nesta fase, pois a empresa entra

na paranóia gerencial, pois os maus resultados tornam-se evidentes, os gerentes começam a lutar entre si, ao invés de lutarem contra os concorrentes. É a sobrevivência pessoal, o desafio consiste em substituir as pessoas que são ineficazes, e uma única pessoa assumir o controle, levando a empresa à sua essência lucrativa.

BUROCRACIA E MORTE: Neste estágio, o administrador não tem autoridade

e nem responsabilidade, não há mais mudança, a organização deixa de reagir às mudanças ao meio ambiente; torna-se um grande desafio ao administrador mudar o sistema organizacional, mas neste momento mudar a liderança gerencial não levará à cura, é importante reativar o empreendedorismo e o comprometimento das pessoas.

Todavia Adizes (2004) ressalta que dependendo de determinados fatores o ciclo de vida organizacional pode ser precocemente interrompido e certas fases serem ultrapassadas, culminando na mortalidade antecipada das organizações.

(17)

Para o desenvolvimento deste estudo adotou-se a pesquisa qualitativa, que segundo Minayo (2003, p. 16):

Trata-se de uma atividade da ciência, que visa a construção da realidade, mas que se preocupa com as ciências sociais em um nível de realidade que não pode ser quantificado, trabalhando com o universo de crenças, valores, significados e outros construto profundos das relações que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis.

Quanto à natureza é classificada como aplicada, pois de acordo com Silva e Menezes (2003) esse tipo de pesquisa objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos e que envolve verdades e interesses locais.

Do ponto de vista dos seus objetivos a pesquisa é exploratória, pois busca comparar os índices de mortalidade empresarial do município, com o estado e o país, aprofundando-se sobre o tema mortalidade empresarial. Gil (2002) afirma que a pesquisa exploratória tem como objetivo identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência de determinados problemas.

Por fim, quanto ao delineamento, a pesquisa caracteriza-se por um estudo de caso. Segundo Yin (2005), o estudo de caso é um método de investigação que se concentra sobre o estudo de um determinado contexto, analisando e descrevendo ao mesmo tempo o objeto e a situação pesquisada.

Para a realização desta pesquisa, inicialmente foram estudados em profundidade os conceitos da base teórica adotada, isto é, os conceitos de mortalidade empresarial, seus estudos nacionais e internacionais, os fatores da mortalidade e o ciclo de vida das organizações.

A pesquisa ocorreu em Novembro de 2015, servindo-se de dados adquiridos na Junta Comercial da cidade de Francisco Beltrão e no site da Junta Comercial dos estados brasileiros. Foram coletados os números de nascimentos e extinção de empresas no período de 2010 a 2014.

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

(18)

A mortalidade empresarial acaba precocemente com os sonhos de sucesso de muitos empresários brasileiros (FERREIRA, et al, 2008). O cenário econômico em que as empresas brasileiras estão inseridas é por deveras, turbulento, volátil, competitivo e complexo, favorecendo o insucesso das organizações (BORGES e OLIVEIRA, 2014).

Através da pesquisa foi possível coletar dados relativos ao nascimento e à mortalidade de empresas no Brasil entre os anos de 2010 e 2014.

Tabela 4 – Nascimento e Mortalidade de Empresas no Brasil de 2010 a 2014

ESTADO 2010 2011 2012 2013 2014 TOTAL

Nascimento Mortalidade Nascimento Mortalidade Nascimento Mortalidade Nascimento Mortalidade Nascimento Mortalidade Nascimento Mortalidade %

São Paulo 196.615 69.691 201.798 67.919 188.671 64.713 181.527 60.336 173.736 65.881 942.347 328.540 34,86% Minas Gerais 55.755 19.909 57.278 33.913 51.007 26.072 50.676 20.130 45.106 22.370 259.822 122.394 47,11% Paraná 47.614 17.841 48.491 16.843 44.362 16.718 46.463 16.877 39.679 26.868 226.609 95.147 41,99% Rio Grande do Sul 46.241 26.352 45.362 24.238 41.158 24.112 39.890 22.199 35.504 28.995 208.155 125.896 60,48% Rio de Janeiro 40.935 9.505 40.675 9.648 36.557 7.587 43.933 12.264 43.798 8.992 205.898 47.996 23,31% Bahia 31.142 8.383 31.587 11.335 26.389 9.169 28.097 14.895 23.805 16.871 141.020 60.653 43,01% Santa Catarina 27.023 10.963 26.593 10.972 24.412 11.365 23.262 10.144 22.816 15.309 124.106 58.753 47,34% Goiás 24.174 10.716 23.891 9.908 22.340 9.119 24.069 8.959 21.308 15.420 115.782 54.122 46,74% Pernambuco 19.769 5.591 20.193 6.049 17.452 6.567 17.361 6.339 16.274 9.289 91.049 33.835 37,16% Ceará 18.637 7.925 18.631 7.673 16.558 7.042 16.821 7.850 14.606 13.043 85.253 43.533 51,06% Distrito Federal 11.815 3.859 12.064 3.728 11.626 3.916 11.163 4.581 9.896 7.349 56.564 23.433 41,43% Mato Grosso 11.691 2.527 12.256 3.290 11.028 3.589 11.888 3.712 10.695 6.478 57.558 19.596 34,05% Espírito Santo 11.282 4.458 10.849 4.620 9.751 4.330 9.921 4.510 9.013 8.486 50.816 26.404 51,96% Pará 10.959 1.781 11.844 2.247 10.447 2.557 12.001 2.672 10.381 4.733 55.632 13.990 25,15% Maranhão 10.116 2.326 11.002 2.244 10.170 2.244 11.117 2.275 9.405 3.256 51.810 12.345 23,83% Rio Grande do Norte 7.852 1.624 7.648 1.905 7.150 2.182 8.123 2.134 5.916 3.682 36.689 11.527 31,42% Mato Grosso do Sul 7.364 1.859 7.643 2.057 7.249 1.786 7.651 2.306 6.718 4.381 36.625 12.389 33,83% Amazonas 6.329 1.210 6.427 1.502 6.600 1.461 6.906 1.479 5.293 2.813 31.555 8.465 26,83% Paraíba 6.065 1.465 5.581 1.624 9.841 2.683 5.452 1.935 4.658 3.306 31.597 11.013 34,85% Alagoas 5.338 1.450 5.081 1.408 4.067 1.338 4.575 1.350 4.212 3.305 23.273 8.851 38,03%

(19)

Piauí 4.965 1.518 4.221 1.317 4.865 1.505 5.419 1.102 4.473 1.066 23.943 6.508 27,18% Rondônia 4.320 1.063 3.990 992 3.925 1.518 4.540 1.332 3.519 2.205 20.294 7.110 35,03% Tocantins 3.865 868 4.101 1.062 3.874 888 3.943 717 3.618 891 19.401 4.426 22,81% Sergipe 3.765 1.077 3.901 1.167 3.684 1.270 3.813 1.160 3.493 1.852 18.656 6.526 34,98% Amapá 1.978 296 1.707 326 1.369 244 1.478 382 1.304 590 7.836 1.838 23,46% Acre 1.491 358 1.603 486 1.257 480 1.279 515 1.088 785 6.718 2.624 39,06% Roraima 823 395 1.054 370 841 381 826 437 728 488 4.272 2.071 48,48% TOTAIS 617.923 215.010 625.471 228.843 576.650 214.836 582.194 212.592 531.042 278.704 2.933.280 1.149.985 39,20% % 34,80% 36,59% 37,26% 36,52% 52,48%

Fonte: Adaptado de Juntas Comerciais, 2015.

Gráfico 1 – Nascimento e Mortalidade de Empresas no Brasil de 2010 a 2014

Fonte: Autor, 2015.

De acordo com a tabela e o gráfico acima é possível perceber o número de empresas que abriram e o número de empresas que fecharam suas portas, por estado, no período estudado. Nota-se que todos os estados brasileiros apresentaram índices elevados de falência empresarial, totalizando índice de 39,20%, significando que para cada 10 empresas que nasceram no período, aproximadamente quatro morreram.

(20)

Um fator que chama a atenção é observado na análise do índice de mortalidade anual do período pesquisado, demonstrando que de 2010 a 2013 os índices permaneceram estáveis, variando apenas de 34,80% a 36,59%, mas em relação à 2014 o índice saltou para 52,48% refletindo a situação do cenário econômico afetado pela crise financeira que o país enfrenta desde àquele ano.

Autores como Azevedo (1992), Sebrae (2005), Dornelas (2005), Chiavenato (2008), Kivrak e Aslan (2008), Mahamid (2012), Oliveira (2014) e Santini, et al (2015), apontam a conjuntura econômica nacional como um dos principais fatores determinantes para a falência de empresas. Além de causar a mortalidade de empresas ocorre também a inibição de nascimentos de novos empreendimentos. Como pode-se observar, o ano de 2014 também foi o ano que menos nascimentos de empresas ocorreram nos últimos cinco anos, possivelmente como causa da insegurança perante à instabilidade econômica do país.

Realizando uma análise por estado é possível perceber que o melhor índice ficou com o estado de Tocantins (22,81%) e o pior índice foi apresentado pelo estado do Rio Grande do Sul (60,48%).

Padilha (2013) realizou estudo à respeito da mortalidade de empresas do Norte do estado de Tocantins e destaca que o estado possui diversas oportunidades que se bem aproveitadas impulsionam os empreendimentos. No mesmo estudo, percebe-se os fatores que culminam no encerramento da atividade empresarial, apesar de ser o menor índice do país:

Fatores como a carga tributária elevada, falta de capital de giro, falta de assessoria contábil, mão de obra pouco qualificada, concorrência, falta de clientes, baixo faturamento, problemas de saúde, dívidas, pouca disponibilidade para dedicar-se a empresa, falta de planejamento e competência gerencial, foram evidenciados pelos entrevistados como principais causas para a mortalidade das empresas estudadas (PADILHA, 2013, p. 82).

Santini, et al (2015) pesquisou sobre a mortalidade de empresas na Região Central do Rio Grande do Sul e conclui que dentre os fatores de mortalidade das empresas gaúchas estão a realidade regional e a capacidade de reação frente às dificuldades, ou seja, “cada medida de estímulo deverá levar em consideração as

(21)

particularidades de cada região e a formação do conjunto de empreendedores.” (SANTINI, et al, 2015, p. 165).

Segundo o site Portal Brasil (2012) se comparado o desempenho nacional com o de outros países, índice de sobrevivência das micro e pequenas empresas brasileiras é superior ao de nações como Espanha (69%), Itália (68%) e Holanda (50%), conforme dados da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

4.2 NASCIMENTO E MORTALIDADE DE EMPRESAS NO PARANÁ

O estado do Paraná é o 9° estado com pior indicador de mortalidade empresarial, apresentando índice de 41,99%, ou seja, de cada 10 empresas que nascem, ocorre aproximadamente quatro mortes. Abaixo se demonstra esses números e percentuais:

Tabela 5 – Nascimento e Mortalidade de Empresas no Paraná de 2010 a 2014

Ano Nascimento Mortalidade %

2010 47.614 17.841 37,47% 2011 48.491 16.843 34,73% 2012 44.362 16.718 37,69% 2013 46.463 16.877 36,32% 2014 39.679 26.868 67,71% TOTAL 226.609 95.147 41,99%

(22)

Gráfico 2 – Nascimento e Mortalidade de Empresas no Paraná de 2010 a 2014

Fonte: Autor, 2015.

O Governo do Estado do Paraná não oferece muitos incentivos fiscais e econômicos para implantação de novas empresas no estado e os benefícios existentes demandam burocracias excessivas e pouco impacto financeiro, visto que, alguns benefícios postergam o recolhimento de impostos, mas não ocorre redução e/ou isenção.

O Jornal O Paraná (2015) noticiou em 24/06/2015 uma matéria destacando que a crise econômica brasileira afeta a abertura e o fechamento de empresas do estado do Paraná. Nos cinco primeiros deste ano o nascimento de empresas caiu 8,79% e a mortalidade aumentou 22,37%. Mesmo com as iniciativas do governo estadual para facilitar a abertura de empresas não foi suficiente para incentivar os empresários que permanecem receosos em relação ao futuro incerto da economia estadual e nacional.

O Deputado Moura (2015) critica fortemente a gestão do Governo do Paraná que vem refletindo negativamente na economia estadual, registrando altos níveis de inflação e recorde no fechamento de empresas, tendo como principal causa o aumento absurdo de impostos praticado pelo Governo estadual.

(23)

4.3 COMPARATIVO MORTALIDADE EMPRESARIAL ESTADUAL X NACIONAL

O Brasil é um país com inúmeras diversidades, sejam elas culturais, costumes, folclóricas, climáticas, entre outras. Essas diversidades variam entre regiões e estados e unidas a outras variáveis políticas e econômicas impactam positiva ou negativamente no desempenho das organizações.

Como demonstrado no item 4.1 a mortalidade empresarial apresenta índices diferentes para cada estado brasileiro, alguns com desempenho melhor em detrimento a outros. Na tabela a seguir são comparados os índices de mortalidade empresarial do estado do Paraná com os índices nacionais.

Tabela 6 – Comparativo da Mortalidade Empresarial Estadual X Nacional de 2010 a 2014

Ano Estadual Nacional 2010 37,47% 34,80% 2011 34,73% 36,59% 2012 37,69% 37,26% 2013 36,32% 36,52% 2014 67,71% 52,48% Média 41,99% 39,20% Fonte: Autor, 2015.

Percebe-se que o índice médio do estado do Paraná está um pouco acima do índice médio nacional. Em relação aos índices anuais, o ano de 2014 apresentou maior diferença, apontando que no estado do Paraná a mortalidade de empresas cresceu acima dos índices nacionais.

Silva, et al (2015) comentam em seus estudos que o Paraná está entre os estados brasileiros que apresentam maior índice de falência de empresas e os principais motivos estão relacionados ao perfil do empreendedor e questões econômicas.

(24)

4.4 NASCIMENTO E MORTALIDADE DE EMPRESAS EM AMPÉRE

Segundo o IPARDES – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (2015), o município de Ampére possuía 531 empresas ativas em 2014, destas, 110 são indústrias, 229 estabelecimentos comerciais, 148 prestadoras de serviços, 15 ligadas à construção civil e 29 da área agropecuária.

Abaixo serão apresentados os números de nascimento e mortalidade empresarial do município de Ampére:

Tabela 6 – Nascimento e Mortalidade de Empresas em Ampére de 2010 a 2014

Ano Nascimento Mortalidade %

2010 88 17 19,32% 2011 104 22 21,15% 2012 131 26 19,85% 2013 127 19 14,96% 2014 111 23 20,72% TOTAL 561 107 19,20%

Fonte: Adaptado de Juntas Comerciais, 2015.

Gráfico 3 – Nascimento e Mortalidade de Empresas em Ampére de 2010 a 2014

(25)

Ampére apresenta índice médio de 19,20%, indicando que a cada 10 empresas que nascem, aproximadamente duas empresas fecham as portas.

Como incentivo à abertura de empresas, a administração municipal oferece isenção de impostos, contratos de comodato para instalações de indústrias, entre outros. Incentivos estes que podem estimular novos empreendimentos.

4.5 COMPARATIVO DA MORTALIDADE EMPRESARIAL MUNICIPAL X ESTADUAL X NACIONAL

Conforme mencionado no referencial teórico, os estudos realizados sobre o tema mortalidade empresarial no Brasil e no mundo apontam vários fatores determinantes para a falência de empresas, mas nenhum fator é responsável isoladamente e sim um conjunto de fatores que unidos dificultam a sobrevivência empresarial.

Abaixo serão apresentados os índices de mortalidade do município, estado e país, possibilitando a realização de um comparativo e análise do desempenho de cada esfera pública.

Tabela 7 – Comparativo da Mortalidade Empresarial Municipal EstadualXNacional

Ano Municipal Estadual Nacional

2010 19,32% 37,47% 34,80% 2011 21,15% 34,73% 36,59% 2012 19,85% 37,69% 37,26% 2013 14,96% 36,32% 36,52% 2014 20,72% 67,71% 52,48% Média 19,20% 41,99% 39,20% Fonte: Autor, 2015.

(26)

Gráfico 4 – Comparativo da Mortalidade Empresarial MunicipalXEstadualXNacional

Fonte: Autor, 2015.

De acordo com os dados acima pode-se perceber que o município de Ampére possui o menor índice médio de mortalidade empresarial e o pior índice é o estadual, como mencionado no item anterior está acima do índice médio federal.

Nessas análises é possível deduzir que o município conseguiu neutralizar mais eficazmente os impactos da crise econômica que paira sobre a nação, obtendo melhor desempenho em comparação aos índices estadual e nacional.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme visto no referencial teórico não há um fator que isoladamente cause a extinção de uma organização. A mortalidade de empresas é determinada por fatores combinados entre si, tanto internamente, quanto externamente.

O objetivo deste estudo era comparar os índices de mortalidade empresarial nos âmbitos municipal, estadual e nacional. Através da pesquisa foi possível perceber que o município de Ampére possui o melhor índice de mortalidade empresarial em comparação aos índices estadual e nacional, já o índice estadual é o pior entre as três esferas públicas, sendo o 9° estado brasileiro com pior índice.

Constatou-se que nas três esferas públicas o ano de 2014 foi o que contribuiu significativamente para a piora dos índices de mortalidade, reflexos da crise

(27)

econômica nacional vivenciada. O ano de 2014 também foi o ano que menos nascimentos de empresas ocorreram nos últimos cinco anos, possivelmente como causa da insegurança perante à instabilidade econômica do país.

Observa-se que o Governo do Paraná não oferece muitos incentivos fiscais e econômicos para atrair novos empreendimentos, já o município de Ampére possui atrativos que podem estar relacionados aos melhores indicadores da pesquisa, atraindo investimentos e possibilitando a perpetuação dos empreendimentos, principalmente nos primeiros anos de existência das empresas, época essas mais suscetíveis ao fracasso.

Realizando uma análise por estado é possível perceber que o melhor índice ficou com o estado de Tocantins (22,81%) fruto das oportunidades que o estado oferece aos empresários. O pior índice foi apresentado pelo estado do Rio Grande do Sul (60,48%), que segundo a literatura pesquisada é reflexo de um conjunto de fatores unidos à realidade regional.

Como sugestão para futuros estudos, indica-se realizar uma pesquisa com empresários amperenses que extinguiram seus negócios, afim de coletar informações que possam ser comparadas com a literatura apresentada, verificando se os fatores da mortalidade empresarial do município são semelhantes aos apresentados em estudos nacionais e internacionais.

6. REFERÊNCIAS

ACS, Z. J. Foundations of High Impact Entrepreneurship. Foundations and trends in entrepreneurship, 2008.

ADIZES, I. Os ciclos de vida das organizações: como e por que as empresas

crescem e morrem e o que fazer a respeito. São Paulo: Pioneira Thomson

Learning, 2004.

ALBUQUERQUE, A.F. Fatores de Mortalidade de Pequenas Empresas: Análise

de Empresas do Setor Varejista a Partir do Ciclo de Vida das Organizações.

Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo. Tese de Doutorado. 2013.

ALVARENGA. R.A. Estudo dos Fatores Contribuintes para a Mortalidade

Precoce das Micro e Pequenas Empresas do Estado do Maranhão.

(28)

AUDRETSCH, David B. Innovation and Industry Evolution. Massachusetts, MIT-Press, USA, 1995.

AZEVEDO, J.H. Como iniciar uma empresa de sucesso. Rio de Janeiro: Qualitymark,1992.

BARON, R. A.; SHANE, S. A. Empreendedorismo: uma visão do processo. São Paulo: Thomson Pioneira, 2007.

BARROW, C. The essence of small business. Hertfordshire, UK: Pretence Hall, 1993.

BATES, Timothy. Analysis of Survival Rates Among Franchise and Independent

Small Business Startups. Journal of Small Business Management, Apr. 1995,

V.33, Issue 2, p26, 11p.

BIRLEY, Sue & NIKTARI, Niki. Reasons for Business Failure. Leadership & Organization Development Journal, March, 1996, V.17, n2, p52 (2).

BORGES, R.P.; OLIVEIRA, D.M. Sobrevivência e Mortalidade das Micro e

Pequenas Empresas: Estudo dos Fatores determinantes e condicionantes.

Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.10, n.19; p. 2014

CASTROGIOVANNI, G. J. Pre-Startup Planning and the Survival of New Small

Business: theoretical Linkages. Journal of Management, [S.l.], v.22, n. 6, p.

801-822, 1996.

CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: Dando asas ao espírito

empreendedor. 2. ed.São Paulo : Saraiva, 2008.

CLEVERLY, William O. Who is responsible for business failures? Healthcare Financial Management Review, Westchester, Illinois, USA, oct. 2002.

COCHRAN, A. B. Small Business Mortality Rates: A Review of the Literature. Journal of Small Business Management, [S.l], v.19, p.50, oct. 1981.

DAVIS, Horace. Business Mortality: the shoe manufactoring industry. Harvard Business Review, Spring, v. 17, p.331, 1939.

DORNELAS, José Carlos de Assis. Empreendedorismo: transformando ideias

em negócios. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 2005.

EDMISTER, Robert O. An Empirical Test of Financial Ratio Analysis for Small

Business Failure Prediction. Journal of Financial and Quantitative Analysis.

[S.l], v.7, n.2, p.147-193 March, 1972.

FERREIRA, L. F. F. et al. Fatores associados à mortalidade de micro e

pequenas empresas da cidade de São Paulo. In: EnANPAD – ENCONTRO

(29)

ADMINISTRAÇÃO. 32. 2008, Rio de Janeiro, Anais... Rio de Janeiro, 2008, p.1-16.

GIL. A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. HOLMES, Scott; HASWELL, Stephen. Estimating the business failure rate: a

reappraisal. Journal of Small Business Management, [S.l], v. 27, n. 3, p. 68,

July, 1989.

IPARDES – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. Caderno

Estatístico: Município de Ampére. 2015.

JORNAL O PARANÁ. Crise Econômica Derruba Número de Empresas no

Paraná. Disponível em:

http://www.oparana.com.br/noticia/crise-economica-derruba-numero-de-empresas-ativas-no-parana/175/, acesso em Dezembro de

2015.

JUNTAS COMERCIAIS DO BRASIL. Coleta de dados para análise. Disponível em: http://drei.smpe.gov.br/assuntos/juntas-comerciais. Acesso em Novembro e Dezembro de 2015.

KIVRAK, S.; ARSLAN, G. Factors causing construction company failure. Building Abroad, oct., p. 297-305, 2008.

LIU, J. Business failures and macroeconomic factors in the uk. Bulletin of economic research, n. 61, v. 1, 2009.

LOMBARDI, R. Principais Fatores Causadores da Mortalidade Precoce das

Micro e Pequenas Empresas no Brasil. Universidade Nove de Julho. 2010.

MAGER, Richard A. Avoiding the Four Deadly Sins of Business Failure.

Entrepreneurship Resource Guide, Advertising Supplement. San Diego

Business Journal, [San Diego], n.10, June, 2002.

MAHAMID, I. Factors affecting contractor’s business failure: contractors’

perspective. Engineering, Construction and Architectural Management, v. 19 n.

3, p. 269-285, 2012.

MAXIMINIANO, Antonio C.A. Teoria geral da administração – da revolução à

revolução digital. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2002. 521 p.

MINAYO, M.C. de S. (Org.) Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 22 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2003.

MISUNAGA, H. Y.; et al. Mortalidade de Micro e Pequenas Empresas: Ensaio

Teórico Sobre os Motivos do Fechamento Prematuro de Empresas e Lacunas de Pesquisa. Maringá Management: Revista de Ciências

Empresariais, v. 9, n.2 - p. 07-18 jul/dez. 2011

MOURA, N. No Paraná, 7,2 mil empresas fecharam as portas em 12 meses.

2015, disponível em: http://www.nereumoura.com.br/?p=2004, acesso em Dezembro de 2015.

(30)

NEVES, J.A.D.; PESSOA, R.W.A. Causas da mortalidade de micros e pequenas

empresas: o caso das lojas de um shopping Center. Organizações em

contexto, Ano 2, n. 4, dezembro 2006.

OLIVEIRA, J. Estilos Gerenciais do Dirigente e Estágios de Desenvolvimento da

Pequena: Proposição de um Modelo Baseado nas Funções e nos Papéis do Administrador e no Setor Metal-mecânico de Araraquara, matão e São Carlos. Escola Estadual de São Carlos da Universidade de São Paulo. Tese de

Doutorado, 2010.

PADILHA, G.L. Fatores Condicionantes à Mortalidade de Micro e Pequenas

Empresas no Extremo Norte do Estado de Tocantins. Universidade de

Taubaté-SP. Dissertação de Mestrado. 2013.

PASCOTTO, H.; MACHADO, H. P. V. Dificuldades de pequenas empresas do

setor de serviços securitários nos primeiros anos de vida. Revista Eletrônica

de Gestão Organizacional, v.4, n.1, p.53-68, jan./abr., 2006.

PAULI, R.C.; CRUZ, M.J.V. Uma análise sobre a mortalidade de micro e

pequenas empresas no Paraná. Universidade Federal do Paraná. 2006.

PERRY, S. C. The relationship between written business plans and the failure

of small businesses in the U. S. Journal of Small Business Management, v. 39,

n.3, p.201-208, 2001.

PORTAL BRASIL. Sobrevivência e Mortalidade. 2012, disponível em:

http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2012/02/sobrevivencia-e-mortalidade, acesso em Dezembro de 2015.

RIQUELME, Hernán; WATSON, Jhon. Do Venture Capitalists Implicit Theories on

New Business Success/Failure have Empirical Validity? International Small

Business Journal. v.20, n. 4, p. 395 - 420, nov. 2002.

SANTINI, S.; et al. Fatores de Mortalidade em Micro e Pequenas Empresas: Um

Estudo na Região Central do Rio Grande do Sul. Revista Eletrônica de

Estratégia & Negócios. UNISUL, 2015.

SANTOS, Silvio A.; PEREIRA, Heitor J. Criando seu próprio negócio: como

desenvolver o potencial empreendedor. Brasília: Ed. SEBRAE, 1995.

SBA – SMALL BUSINESS ADMINISTRATION. Table of Small Business Size

Standards, 2008. Disponível em: http://www.sba.gov/size. Acesso em Novembro

de 2015.

SEBRAE. Estudo da Mortalidade das Empresas Paulistas. Sebrae-SP, 1999. SEBRAE-SP. Sobrevivência e mortalidade das empresas paulistas de 1 a 5

anos. Marco Aurélio Bedê, (coordenador). – São Paulo : SEBRAE, 2005.

SEBRAE. Estudo Mostra Causa da Mortalidade dos Pequenos Negócios. Agência de Notícias Sebrae, 2013.

(31)

SEBRAE. Causa Mortis: O Sucesso e o Fracasso das Empresas nos 5

Primeiros Anos de Vida. Sebrae-SP, 2014.

SILVA, E. L. da; MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de

dissertação. Florianópolis, Laboratório de Ensino à Distância da UFSC.

Disponível em: http://www.eps.ufsc.br/ppgep.html. Acesso em Novembro de 2015.

SILVA, A.B. et al. Desafios Enfrentados pelas Micro e Pequenas Empresas no

Brasil. Rev. Conexão Eletrônica – Três Lagoas, MS – Volume 12 – Número 1 –

Ano 2015

SOBREIRO, M.C.; et al. Taxas e fatores condicionantes à mortalidade e

sobrevivência das empresas em Marechal Cândido Rondon. XIX Congresso

Brasileiro de Custos – Bento Gonçalves, RS, Brasil, 12 a 14 de novembro de 2012.

WATSON, John; EVERETT, Jim. Small Business Failure Rates: choice of

definition and the Industry Effects. International Small Business Journal, [S.l],

v. 17, n.1, p. 4, Jan, 1999.

XAVIER, M.B. et al. Causas gerenciais e ambientais da mortalidade de micro e pequenas empresas: um estudo com empresários de Vitória da Conquista, Bahia. Cadernos de Ciências Sociais Aplicadas Vitória da Conquista-BA n. 5/6

p. 61-78, 2009.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

ZWAN, P.; VERHEUL, I.; THURIK, A. R.The entrepreneurial ladder, gender, and

Imagem

FIGURA 1 - Definições de Falência
Tabela 2 – Estudos Sobre o Tema no Mundo  Ano  Autor (es)  Resultado
Tabela 4 – Nascimento e Mortalidade de Empresas no Brasil de 2010 a 2014
Gráfico 1 – Nascimento e Mortalidade de Empresas no Brasil de 2010 a 2014
+7

Referências

Documentos relacionados

A engenharia civil convive com problemas tecnológicos e de gestão, motivo pelo qual projetos apresentam má qualidade. São elaborados rapidamente, sem planejamento,

apresentaremos, de forma, sucinta, as relações dialógicas de Mikhail Bakhtin e a linguagem como um fenômeno social da interação verbal; na segunda, trataremos dos gêneros

Além disso, não podemos esquecer que apesar de termos uma grande população, um grande parque industrial, grandes universidades, hospitais extremamente modernos,

Conclusão: a mor- dida aberta anterior (MAA) foi a alteração oclusal mais prevalente nas crianças, havendo associação estatisticamente signifi cante entre hábitos orais

Quer seja para energia em regime contínuo, de emergência (standby), de ponta ou cogeração, também chamada de aplicações de Calor e Energia Combinados (CHP), nossas soluções

Over time, more and more proactive actions have been created based around legitimation drivers, like the Green Company Program which im- plement Integrated Management Systems at

Sebusiani e Bettine (2011, p.3) afirmam que o mapeamento das informações é um recurso muito utilizado para tornar mais evidentes os padrões de uso e ocupação dos espaços. A

A USP se destaca por possuir produção significativamente maior que as dos demais programas (quase 70 artigos). O segundo grupo, composto por Unicamp, UnB, UFRGS