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REFLEXÕES SOBRE A EVOLUÇÃO DOS TEMAS E DAS ABORDAGENS TEÓRICAS EM GEOGRAFIA INDUSTRIAL

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REFLEXÕES SOBRE A EVOLUÇÃO DOS TEMAS E DAS

ABORDAGENS TEÓRICAS EM GEOGRAFIA INDUSTRIAL

Denise Leonardo Custodio Machado de Oliveira1

Introdução

Ao longo do século XX a Geografia Industrial passou por mudanças de caráter teórico e metodológico, as quais refletem tanto modificações ocorridas na Ciência Geográfica, como na própria atividade industrial.

Assim, o presente estudo objetiva refletir, embora sucintamente, sobre os principais temas e abordagens teóricas desenvolvidos pela Geografia Industrial no referido século. Trata-se de uma análise preliminar, que se constitui em parte de uma pesquisa mais abrangente, relacionada a esta temática.

A relevância desta análise se explica pelo fato de haver poucos trabalhos, no Brasil, que abordem especificamente o assunto em questão, o que pode ser explicado, em parte, devido à maioria dos estudos em Geografia Industrial terem se desenvolvido em outros países.

No primeiro tópico são apresentadas, de forma bastante sucinta, as abordagens tradicionais, incluindo-se as relativas à escola francesa tradicional e as chamadas teorias neoclássicas.

O segundo tópico aborda as abordagens quantitativa, sistêmica e comportamental, em meio ao processo de renovação da Geografia, desenrolado a partir dos anos 60.

No terceiro tópico faz-se uma análise mais extensa e detalhada, em relação às anteriores, a respeito das principais teorias e temas desenvolvidos pela Geografia Industrial, a partir da década de 70, sob a influência das abordagens estruturalistas

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))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) Ao final, são feitas algumas considerações acerca da evolução temática e teórica vivenciada pela Geografia Industrial, até o final do século passado, assim como da importância de se dar continuidade à análise em questão.

As abordagens tradicionais

No período da chamada Geografia Clássica, a maioria dos estudos sobre a indústria desenvolveram-se sob a influência lablachiana, portanto dentro da abordagem francesa tradicional. Predominante na França e em outros países europeus, assim como na América Latina, até a década de 1960, tais estudos apresentavam um caráter descritivo e idiográfico, consistindo basicamente num inventário dos tipos de indústrias, bem como dos fatores de localização industrial. Além disso, o enfoque era micro-geográfico, ou seja, as pesquisas se davam em nível local e regional.

Uma segunda vertente desenvolvida no contexto da Geografia Tradicional, consistiu na abordagem neoclássica, a partir de teorias de localização industrial elaboradas por economistas como A. Weber e A. Lösch, as quais repercutiram, respectivamente, a partir das décadas de 1930 e 1940, nos trabalhos de geógrafos anglo-saxões.

A teoria do custo mínimo de A.Weber buscava explicar a espacialização das empresas a partir dos custos de produção, e a de A. Lösch , defendia a localização ideal para uma indústria onde houvesse uma maximização dos lucros (MANZAGOL, 1985).

Em oposição às monografias regionais francesas, as teorias neoclássicas objetivavam determinar a localização ótima para as indústrias, com base em modelos matemáticos. De caráter dedutivo, esta abordagem recebeu diversas críticas, principalmente no que se refere ao fato da indústria ser analisada de forma isolada.

A renovação da Geografia a partir dos anos 60: novos temas e novas abordagens Segundo Moraes (1987, p. 93) desde meados da década de 50 a Geografia conheceu um processo de renovação, o qual veio a se acentuar nas duas décadas seguintes.

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))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) pelo pesquisador, assim como os métodos de interpretação e as abordagens teóricas também foram variados.

A passagem do capitalismo da fase concorrencial para a monopolista, a revolução tecnológica concomitante, e o fim do liberalismo econômico, alteraram a base social que muito influiu nos fundamentos da Geografia Tradicional. O Estado passou a intervir como regulador da economia, e a idéia de planejamento econômico e territorial tornam-se um dos principais propósitos da ação estatal. Neste sentido, as ciências humanas adquirem uma nova função, qual seja, a de “(...) gerar um instrumental de intervenção, enfim uma feição mais tecnológica” (MORAES, 1987, p.94).

Por outro lado, a realidade sócio-espacial também havia se modificado, tornando-se mais complexa, devido a ocorrência dos processos de intensa urbanização, da industrialização do campo, e, sobretudo, da globalização das relações econômicas. Com a nova divisão internacional do trabalho e a instalação de empresas multinacionais em diversos países, o conceito de lugar adquire um novo significado, inserindo-se num contexto mais amplo.

Articulados ao espaço econômico mundial, os diferentes lugares/localidades já não podiam mais ser explicados por uma ótica local/regional, baseada na observação e descrição dos fatos, dada a complexidade que a organização espacial havia assumido.

Assim, por volta dos anos 60, as transformações técnicas, produtivas e organizacionais registradas na indústria, e as conseqüentes mudanças nos espaços industriais levaram os geógrafos à necessidade de se buscar novas teorias para suas análises.

Neste sentido, a Revolução Teorética-Quantitativa vivenciada pela Geografia, com o seu paradigma da organização espacial, teria propiciado um novo enfoque para a análise dos fatores locacionais. Baseada em modelos matemáticos e estatísticos, a abordagem teorética-quantitativa também buscava a análise dos fatores locacionais, privilegiando temas como padrões de distribuição espacial da indústria e fluxos de bens e de informações (SELINGARDI-SAMPAIO, 1989, p. 4). De cunho neopositivista, esteve voltada para fins de planejamento regional, e, embora considerasse a Geografia como uma Ciência Social, no tocante à indústria, as pesquisas consistiam, em grande parte, numa extensão das abordagens neoclássicas.

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))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) institucionais e comportamentais – estariam interrelacionados, ao mesmo tempo em que manteriam relações com o meio externo.

Também baseada no uso de modelos, estes “(...) expressariam um grande nível de generalidade, sendo válidos para qualquer ponto da superfície terrestre” (MORAES, 1987, p. 105).

Um dos méritos deste enfoque diz respeito a propiciar uma visão de conjunto, integradora, ao relacionar os diversos elementos do sistema industrial entre si (tais como o mercado, os custos, o Estado, as economias de aglomeração). Entretanto, a ausência de preocupação com a dimensão histórica e social torna esta abordagem, assim como as anteriores, limitada em suas análises.

Também durante a década de 1960, desenvolveu-se um outro corpo teórico no âmbito da Geografia, chamado de Geografia Comportamental ou da Percepção. No que se refere à atividade industrial, essa corrente se propunha a explicar a dinâmica locacional das indústrias não só através de fatores econômicos, mas principalmente de aspectos subjetivos.

A insatisfação quanto às teorias e modelos originados da economia espacial, bem como o crescimento e a diversificação da indústria ocorridos nesta época, levam muitos geógrafos industriais, influenciados por outras ciências como a Psicologia, a dedicarem suas pesquisas aos mecanismos que levam à tomada de decisão por parte do empresário. Assim, voltada para análise do comportamento da empresa, a abordagem comportamental (como ficou conhecida) sofreu muitas críticas, principalmente pelo seu caráter descritivo e normativo. Um de seus desdobramentos teria sido a chamada Geografia da Empresa, baseada na idéia de que todas as decisões dos empresários teriam implicações espaciais (SELINGARDI-SAMPAIO, 1989, p. 6).

Um novo enfoque teórico pós-1970: as abordagens estruturalistas

Contrapondo-se às diversas teorias até aqui esboçadas, surgem, na década de 70, as abordagens estruturalistas, em meio à chamada Geografia Radical ou Crítica, a qual se constituiu num dos movimentos de renovação desta ciência (MORAES, 1987, p. 99). Fundamentando-se, em grande medida, nos princípios marxistas (embora não fosse a única vertente), tais abordagens trouxeram a dimensão social para o centro das análises, procurando contextualizar historicamente, os fatos analisados.

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))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) A crise no regime de acumulação fordista (dominante de 1920 até meados dos anos 60) e de seu correspondente modo de regulação social (o “Estado de bem estar”), tornam-se um “campo fértil de investigação” para a Geografia Industrial.

Neste contexto, a Teoria de Regulação de Aglietta (1976), surgida na França, influenciou muitos pesquisadores, preocupados em compreender as crises do sistema capitalista. A chamada “escola californiana” de regulação (composta por teóricos como Storper, Piore e Sabel, Scott), tem seus estudos centrados no fim do fordismo e no surgimento do regime de acumulação flexível (SELINGARDI-SAMPAIO, 2009, p. 72). Assim, a reestruturação industrial ocorrida nas economias capitalistas - em seus aspectos técnicos, produtivos e organizacionais - e suas implicações sócio-espaciais, são abordadas por diversos pesquisadores. Dentre eles, destaque-se os trabalhos de Cooke (1988), o qual analisa a transição do fordismo para o pós-fordismo, o de Walker (1988) onde o autor propõe uma reorientação teórica nas análise sobre a organização espacial da indústria, e o de Linge (1991), sobre o sistema de produção flexível “just-in-time”.

Por outro lado, segundo o enfoque estruturalista, compreender o modo de produção vigente, e, neste contexto, o papel do trabalho na atividade industrial, torna-se essencial para o entendimento da relação espaço-indústria. Desta forma, temas como os processos e os mercados de trabalho, as relações de trabalho e as divisões espaciais do trabalho passaram a ser intensamente analisados.

Massey (1983) analisou o processo de reorganização industrial ocorrido no Reino Unido, nos anos 60 - com a introdução de ramos como o de vestuário, de calçados e o de eletrônica, em antigas áreas mineradoras - e seus impactos sobre o mercado de trabalho. Storper e Walker (1989) e Morrison (1990), também abordaram o tema mercado de trabalho, porém, do ponto de vista da sua estratificação ou segmentação interna.

Dentre os estudos sobre o regime de acumulação flexível ou pós-fordista, muitos voltaram-se para o entendimento das relações de produção e de trabalho na indústria, enfocando temas como linkages industriais (entendidas como relações transacionais

inter-firmas), desintegração vertical da produção e subcontratação.

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))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) Peck (1992) ao analisar a indústria de confecções australiana, aborda as relações de subcontratação existentes entre firmas, bem como o recrutamento de trabalhadores a domicílio, por este ramo industrial.

Ainda com respeito à temática “trabalho”, surgiu, no período em questão, uma corrente dentro da Geografia Industrial, voltada para a análise da questão do gênero no mercado de trabalho. Por influência da chamada Geografia de Gênero (uma das vertentes da Geografia Cultural), alguns pesquisadores consideraram, em suas análises, a divisão sexual do trabalho. Neste contexto, destacam-se os trabalhos de Massey (1983; 1996), de Peck (1992), de Lawson (1995) e de Chant (1996).

A preocupação com a dimensão local também veio à tona, e, sobretudo, a relação local-global passou a ser investigada, especialmente a partir dos anos 80. O trabalho de Massey (1984) constituiu-se num dos primeiros a trazer a citada relação para o cerne das análises em Geografia Industrial. Ao estudar a divisão espacial do trabalho no Reino Unido, a autora afirmou que, se de um lado cada local é único e diferente, de outro, o mesmo só pode ser entendido se analisado no contexto global. Também Lipietz (1993) abordou esta questão, utilizando os conceitos de localidade e globalidade.

Nos anos 90, além da relação local-global, as aglomerações de indústrias foram um dos principais temas abordados pelos geógrafos industriais. Dentre os tipos de aglomerações analisadas, destacam-se os estudos dos distritos industriais e dos clusters,

bem como das linkages que se estabelecem a partir de tais aglomerações.

Segundo Selingardi-Sampaio (2009, p. 73) a análise de distritos industriais foi feita por Scott (1986), Becattini (1994) e Markusen (1996), os quais dizem respeito aos distritos com características marshallianas, destacando-se os da chamada Terceira Itália.

Os estudos dos distritos industriais italianos – estes caracterizados por aglomerações de indústrias trabalho intensivas, muito diferentes da produção em massa fordista - engendraram a retomada dos estudos sobre as aglomerações industriais (MATUSHIMA; SELINGARDI-SAMPAIO, 2006, p. 163). Por outro lado, de acordo com Selingardi-Sampaio (2009, p. 73) a partir de tais estudos, baseados na teoria de regulação, desenvolveu-se uma teoria chamada “modelo de desenvolvimento endógeno”, a qual foi abordada por Benko e Lipietz (1994).

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))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) proximidade geográfica possibilitaria o estabelecimento de “(...) laços de solidariedade , reciprocidade e confianaça, e de oportunidades de cooperação das empresas (...)” (SELINGARDI-SAMPAIO, 2009, p. 73).

Também os clusters passaram a ser analisados nos anos 90, como parte da

tendência estabelecida de se estudar as aglomerações espaciais da indústria. Porter (1998, p. 78) analisando o cluster vinícola da Califórnia, define este tipo de

aglomeração como concentrações geográficas de empresas e instituições que se encontram inter-relacionadas. Eles incluem desde fornecedores de insumos especializados como máquinas, componentes e serviços, assim como de infra-estrutura. Os clusters também abrangem as ligações entre empresas e clientes, e instituições tanto

governamentais quanto de outros tipos, tais como universidades, agências de normatização e instituições voltadas para o treinamento profissional.

Conforme Selingardi-Sampaio (2009, p. 73), diversos estudos sobre clusters

foram realizados, tais como o de Markusen (1996), o qual estabelece, por via indutiva, quatro tipos de aglomerações; o de Park (1996), que a partir de análise do sudeste asiático, definiu nove tipos de distritos industriais, e o de Capello (1999) que classifica as aglomerações industriais em cinco tipos (“concentrações geográficas”, “áreas especializadas”, “distritos industriais”, “meios” e ‘meios inovativos”).

Um outro tipo de cluster que também pesquisas vieram a revelar consiste nos

chamados arranjos produtivos locais (APL).

O território local também se constitui numa categoria analítica que vem sendo abordada pela Geografia Industrial. Temas como o desenvolvimento local/territorial e a análise da indústria no contexto dos territórios locais passaram a ser analisados, sobretudo na última década do século XX.

O estudo de Becattini (1994) sobre os distritos industriais do nordeste italiano, já apontava para atributos do território local e sua relação com o desenvolvimento industrial.

Economistas e geógrafos têm dado uma atenção especial às relações entre os diversos atores locais (como empresas, universidades, poder público, centros de pesquisa, sindicatos) existentes num dado território.

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))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) formam a proximidade territorial- é destacada, por meio das instituições e da aprendizagem coletiva.

A articulação ou parceria dos atores sociais juntamente com outros elementos dos território - como recursos e ativos - levaria ao desenvolvimento local.

No que se refere aos recursos e ativos do território, conforme Benko e Pecqueur (2001, p. 41) os recursos constituem-se em fatores a revelar, a explorar, ou seja, numa reserva, num potencial do território, ao passo que os ativos seriam fatores que se encontram em “atividade”. Além disso, segundo a sua natureza, os ativos e recursos podem ser genéricos ou específicos.

O papel das normas e convenções também tem sido considerado nas análises sobre o desenvolvimento local. Segundo Pires, Müller e Verdi (2006), o território é socialmente construído pelos atores locais. Além disso, pode-se dizer que ele é organizado de acordo com normas e convenções estabelecidas pelos seus agentes.

Desta forma, o território é tido como uma categoria analítica essencial, uma vez que é possível, através dos elementos que o constituem, compreender sua dinâmica e desenvolvimento.

Uma ampla gama de estudos sobre a questão do território e das aglomerações industriais, nas suas diversas formas, continua a ser desenvolvida até os dias atuais.

Considerações Finais

Pela análise ora aqui efetuada, pode-se perceber que enquanto nos anos 80 houve a tendência ao desenvolvimento de teorias macro-econômicas – como, por exemplo, a teoria de regulação – na década de 90, muitos geógrafos desenvolveram teorias de enfoque local, em nível micro-econômico, destacando-se as relativas às aglomerações industriais e à questão do território local.

Diferentemente das abordagens teóricas tradicionais, como as teorias neoclássicas de localização, a empresa não é mais vista de forma isolada dos demais componentes do território, mas, ao contrário, interagindo com outros elementos tais como instituições, poder local e a própria comunidade.

Por outro lado, o local não existe (e, portanto, não pode ser explicado) sem o global, e é a interação entre ambos que possibilita o entendimento da dinâmica dos diferentes espaços industriais.

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))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) assim que se analisa, de forma simultânea, a crise do fordismo e a emergência dos sistemas flexíveis, a reestruturação industrial e a questão do trabalho, a desintegração vertical da produção e a subcontratação, as aglomerações industriais e o território local.

Pelo exposto, pode-se dizer que, ao longo do século XX, diversos foram os temas e abordagens desenvolvidos pela Geografia Industrial. Entretanto, a ausência de preocupação com a dimensão social permeou praticamente todos os enfoques teóricos aqui delineados, exceção feita às abordagens estruturalistas.

Contudo, todas elas contribuíram para o desenvolvimento teórico e metodológico na Geografia Industrial, não se podendo afirmar que as abordagens mais recentes tenham superado completamente as suas antecessoras.

A grande lição a ser extraída – e esse mérito deve ser atribuído às abordagens estruturalistas- é de que o estudo sobre a atividade industrial requer que esta seja histórica e socialmente contextualizada.

Longe de se esgotar o assunto em tela nesta sucinta abordagem, o intuito é de que a evolução teórica e temática da Geografia Industrial continue a ser investigada e (re) interpretada, com maior profundidade, em pesquisas futuras.

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