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Unidade 02 O PÓLO EPISTEMOLÓGICO

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Academic year: 2019

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Unidade 02

O PÓLO EPISTEMOLÓGICO

2.1. Vigilância crítica da pesquisa

2.1. Vigilância crítica da pesquisa

2.2. Causalidade

(2)

2.1. Vigilância Crítica da Pesquisa

Lógica da Descoberta

-> O Pólo Epistemológico se

preocupa com a ciência enquanto processo, ou seja,

examina como o conhecimento científico de uma dada

área produz os seus objetos: achados, métodos etc.

Lógica da Prova

-> A Epistemologia analisa os

Lógica da Prova

-> A Epistemologia analisa os

procedimentos lógicos de validação e propõe critérios

de demarcação/legitimação para as práticas científicas.

Nem sempre a reflexão epistemológica é consciente

(3)

2.2. Causalidade

Tipologia para o uso do conceito de causa:

1. Relação acidental entre eventos diferentes (senso

comum): aplicável a casos singulares, que não garantem

qualquer replicabilidade para circunstâncias similares.

Ex: “

Maria se casou com Paulo por causa de seu

dinheiro

”.

(4)

Evolução das concepções de causalidade:

Aristóteles:

• Existência de quatro tipos de causas para um mesmo

efeito).

Galileu Galilei:

• Causa eficiente -> “a condição necessária e suficiente para o

aparecimento de algo” aparecimento de algo”

• Princípio do Universo Determinado na Física Clássica -> a

causa é determinada por um agente externo ao efeito.

Werner Heisenberg:

• Princípio da Indeterminação quântica (partícula/onda) -> o

(5)

Causalidade em ciências sociais ->

Modelo de

Rosenberg

:

1. Relações

assimétricas

(=

uma

das

variáveis

influencia outra)

2. Relações simétricas (= nenhuma das variáveis afeta

2. Relações simétricas (= nenhuma das variáveis afeta

a outra)

(6)

Sob o ponto de vista prático da pesquisa (Pólo Técnico ou

estratégias de pesquisa, coleta e tratamento dos dados etc.),

nem sempre a causalidade é o objeto focal do estudo. Ex:

Estudos de caso descritivos.

As abordagens teórica e metodológica escolhidas (Pólos

Teórico e Metodológico) condicionam as explicações causais

de um mesmo fenômeno.

As Teorias Organizacionais convencionais abordam a

As Teorias Organizacionais convencionais abordam a

(7)

As Teorias Organizacionais não-funcionalistas abordam a

causalidade como compreensão do significado interno dos

fenômenos, segundo paradigmas sociológicos alternativos

(ex: Estruturalismo Radical, Fenomenologia, Teoria Crítica,

Teoria Institucional etc.) (BURREL e MORGAN, 1978).

Exemplo: Num estudo sobre comportamento humano em

(8)

2.3. Significância, confiabilidade e validade

dos achados de pesquisa

Validade (validez) e confiabilidade (fidedignidade) são os

critérios de significância dos instrumentos de medição,

avaliação ou quantificação de dados e informações em

uma pesquisa (ex: questionários, testes, entrevistas

etc.).

Validade implica na capacidade do instrumento de

Validade implica na capacidade do instrumento de

medir de fato aquilo a que se propôs medir.

Confiabilidade se relaciona à constância dos resultados

(9)

Validade

Técnicas de validação de um instrumento de coleta de

dados/informações:

1. Validade Aparente: Refere-se a aparência de validade emanada

da percepção teórica consensual do(s) pesquisador(es),

pesquisado(s) ou julgador(es) da pesquisa. A mais simples, mais subjetiva e menos satisfatória de todas. Porém, ela é a base para todas as outras, pois se um instrumento parece já aos olhos do(s) pesquisador(es), pesquisado(s) ou julgador(es) como inadequado, tolo ou irrelevante, nenhum outro critério de inadequado, tolo ou irrelevante, nenhum outro critério de validade adicional é viável.

(10)

3. Validade de Critério / Empírica: Comparação das medidas geradas por um instrumento de pesquisa com algum critério/padrão externo. Quanto mais os resultados coletados pelo instrumento se aproximam do critério/padrão, maior a validade do instrumento. Esta categoria de validade se divide nas seguintes situações:

a) Validade Convergente/Simultânea -> Os resultados do instrumento se correlacionam com o critério no mesmo momento do tempo. Ex: Numa pesquisa de clima organizacional, pode-se validar o instrumento ao mesmo tempo em que se o aplica numa organização mesmo tempo em que se o aplica numa organização (questionário-teste).

(11)

3. Validade de Construto: Um construto é uma variável ou conjunto de variáveis que busca expressar o verdadeiro significado teórico de um conceito. Pode ser de primeira ordem (= variável principal) ou de segunda ordem (= subvariáveis componentes da variável principal). Sua validade refere-se ao grau em que um instrumento de medidas se relaciona consistentemente com outras medições similares derivadas da mesma teoria e medições similares derivadas da mesma teoria e conceitos que estão sendo medidos.

(12)

5. Hipóteses concorrentes plausíveis: As hipóteses (ou explicações) concorrentes devem ser explicitadas e

controladas (“isolamento experimental”). Uma

dificuldade de implantar essa abordagem nas Ciências dificuldade de implantar essa abordagem nas Ciências Sociais Aplicadas é a irreprodutibilidade integral dos fenômenos investigados (diferentemente das Ciências Naturais). Isto reduz a possibilidade de eliminar experimentalmente as hipóteses concorrentes de modo plausível.

(13)

6. Validação em diferentes estratégias de pesquisa nas Ciências Sociais Aplicadas

Estratégia de

Pesquisa Exemplos Vantagens Desvantagens

Pesquisa Experimental

•Estudos de

comportamento em ambientes organizacionais simulados.

•Simulação de linhas de

produção para estudos ergonômicos.

•Maior controle do pesquisador

sobre os sujeitos e variáveis.

•Uso de métodos aleatórios de

amostragem e seleção de sujeitos.

•Maior rigor lógico no

estabelecimento da relação de causa e efeito.

•Menor realismo empírico do

fenômeno sob controle

experimental.

•Menor potencial de

generalização dos resultados.

•Menor validade externa.

ergonômicos. causa e efeito.

•Maior validade interna.

Pesquisa Quase-Experimental

•Estudosex-post facto

sobre a influência da informação contábil sobre preços de ações no

mercado de capitais.

•Estudos de pré e

pós-testes sobre os efeitos de um novo produto no mercado ou de uma nova

•Maior realismo empírico do

fenômeno nos

quase-experimentos.

•Maior validade externa que os

experimentos.

•Uso de métodos não-aleatórios

de amostragem e seleção de sujeitos.

•Menores rigor lógico e

capacidade de evitar a influência de efeitos rivais.

•Menor validade interna que os

(14)

Estratégia de

Pesquisa Exemplos Vantagens Desvantagens

Levantamento (Survey)

•Pesquisas

quantitativa sobre comportamento de gestores em situações dadas, através de amostragem aleatória. •Pesquisas quantitativas sobre comportamentos de consumo de segmentos mercadológicos

•Maior potencial de generalização

dos resultados (= amostras representativas das populações estudadas).

•Uso de métodos aleatórios de

amostragem e seleção de sujeitos.

•Maior validade externa dentre

todas as estratégias de pesquisa praticadas.

•Quando se usam estratégias como

a produção de hipóteses causais concorrentes a partir de revisão de literatura, consegue-se maior

•Menor validade interna quando

não formulam hipóteses do tipo causal (explicativa).

mercadológicos específicos.

literatura, consegue-se maior validade interna.

Estudos de Caso

•Estudos

organizacionais de cunho descritivo ou qualitativo, que buscam aprofundar a compreensão ou interpretação de um certo fenômeno.

•Conhecimento mais detalhado

sobre o fenômeno estudado no nível micro.

•Contribuições para a riqueza de

teorias e conceitos.

•Potencial de generalização de

resultados é o menor dentre todos as estratégias de pesquisa.

•Maiores dificuldades em produzir

e analisar evidências para testes de hipóteses.

•Menor rigor lógico e capacidade

(15)

Estratégia de

Pesquisa Exemplos Vantagens Desvantagens

•Pesquisas visando a

solução de

problemas/desafios organizacionais ou comunitários.

•Maior potencial de intervenção no

domínio empírico, visando a persecução de objetivos sociais ou organizacionais validados coletivamente pelos sujeitos envolvidos na pesquisa.

•Pouca preocupação com os

aspectos de validade interna (teste de hipóteses, relação de causa-efeito) e externa

Pesquisa-Ação

•Pesquisas de

intervenção que objetivam o desenvolvimento organizacional, em base sóciotécnica.

•Quando realizada com uma atitude

de rigor científico, preserva a preocupação com alguns critérios

de validade, ainda que

intersubjetivos (ao invés de objetivos, como na ciência tradicional).

causa-efeito) e externa (generalização de resultados).

•Reduzida capacidade de produzir

(16)

Confiabilidade

A

inconstância

das

medidas

realizadas

pelos

instrumentos de pesquisa representa um desafio

específico dos fenômenos sociais, diferentemente dos

fenômenos naturais (físicos, químicos, biológicos), que

mantém certa estabilidade quando as mesmas

mantém certa estabilidade quando as mesmas

circunstâncias de medição são observadas.

Por isso, a confiabilidade dos instrumentos de pesquisa

(17)

Técnicas e procedimentos para elevar a confiabilidade da

pesquisa em Ciências Sociais Aplicadas:

1. Técnica do Desvio-Padrão (DP) de medidas estatísticas relativas a variáveis pesquisadas -> Quanto menor o DP em relação ao comportamento médio da variável, maior é a confiabilidade dos instrumentos de medição e de seus resultados.

(18)

3. Técnica de Formas Equivalentes -> Duas ou mais versões diferentes do mesmos instrumento de coleta (mas com o mesmos conteúdo e objetivo) são aplicadas à mesma amostra ou população em dois momentos separados no tempo. Depois, calcula-se a correlação entre as respostas dadas nos dois momentos. Sendo elevada, maior a confiabilidade. A dificuldade reside na disponibilidade de versões diferentes dos instrumentos.

4. Técnica das Metades Partidas (split-half) -> O instrumento

4. Técnica das Metades Partidas (split-half) -> O instrumento

(19)

5. Confiabilidade a partir de avaliadores: Se dois ou mais avaliadores (juízes) observarem o mesmo comportamento, a partir das mesmas instruções e igual treinamento, a confiabilidade das medidas será dada pelo cálculo do coeficiente de Pearson entre os escores dos juízes.

6. Coeficiente Alfa de Cronbach: Alfa é a média de todos os coeficientes de corelação de Pearson obtidos entre os coeficientes de corelação de Pearson obtidos entre os escores de respostas. Quando for superior a 70%, diz-se que há confiabilidade nas medidas.

(20)

Referências

MARTINS,

G.

A.;

THEÓPHILO,

C.

R.

(2009)

Metodologia da investigação científica para ciências

sociais aplicadas

. 02 ed., São Paulo: Atlas (Cap. 02).

Referências

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